Falar em idades de reforma de 67 ou 70 anos é incontornável
Mares Escreveu:Precisa de comprovação, mas pareçe-me que estas medidas bastavam para colocar o sistema de novo em equilíbrio.
A pensão estar entre 40% a 70% da média dos salários recebídos nos últimos 20 anos, respeitar a idade legal para a reforma (nada de antecipar) e anular imediatamente a acumulação de várias reformas.
Portanto pedes um esforço contributivo maior às pessoas (mais ainda) e rezas para que:
- A esperança de vida não continue a aumentar.
- A relação entre trabalhadores no activo e a receber não se agrave.
- A economia cresça o suficiente de forma a manter o barco a navegar se as duas anteriores forem para os piores cenários.
se os deuses estiverem contigo tudo bem, caso contrário deste um pontapé no problema um pouco mais para a frente e alguém que o resolva quando ele se voltar a colocar no futuro.
AutoMech Escreveu:Exacto Jolly. A questão prática é que, no imediato, estaríamos a falar numa duplicação directa de contribuições (empresas e trabalhadores), sendo essa taxa progressivamente diminuída ao longo dos próximos 30 / 40 anos, à medida que fossem desaparecendo os pensionistas que não descontaram para si próprios.
Ora, parece-me que uma duplicação de contribuições é algo insustentável. Alternativas ?
Aumentar as contribuições, mas sem as duplicar e simultaneamente colocar já um tecto em todas as pensões (e acabar com acumulações). Quem hoje recebe 3.000 passa a receber 1.500, por exemplo. Os pensionistas não têm culpa dos erros passados ? Não. Mas os trabalhadores actuais também não...
Precisa de comprovação, mas pareçe-me que estas medidas bastavam para colocar o sistema de novo em equilíbrio.
A pensão estar entre 40% a 70% da média dos salários recebídos nos últimos 20 anos, respeitar a idade legal para a reforma (nada de antecipar) e anular imediatamente a acumulação de várias reformas.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
AutoMech Escreveu:O problema é hoje e não daqui a 20 anos Jolly.
É hoje que teria de haver duplicação de sistemas (continuando o distributivo para os actuais pensionistas e criando a capitalização para os futuros).
Duplicação de sistemas = enormidade de dinheiro a mais.
Sim eu sei. Já disse que ia custar um bocado.
A fase de transição ia ser mais dificil nos anos iniciais e sendo mais fácil com o decorrer do tempo até que normalizaria.
O que estou a sugerir é que o Estado assuma também parte do esforço de transição através de benefícios fiscais por exemplo.
...
Jolly Roger Escreveu:AutoMech Escreveu:Ora, parece-me que uma duplicação de contribuições é algo insustentável. Alternativas ?
Aumentar as contribuições, mas sem as duplicar e simultaneamente colocar já um tecto em todas as pensões (e acabar com acumulações). Quem hoje recebe 3.000 passa a receber 1.500, por exemplo. Os pensionistas não têm culpa dos erros passados ? Não. Mas os trabalhadores actuais também não...
Alarga os horizontes homem. Tem de ser insustentável porquê?
O Estado poderia aliviar-te um pouco o IRS na medida em que estavas a aliviá-lo a ele de futuros encargos e a contribuir para uma Segurança Social equilibrada.
Não tem de ser tudo mau...
...
O problema é hoje e não daqui a 20 anos Jolly.
É hoje que teria de haver duplicação de sistemas (continuando o distributivo para os actuais pensionistas e criando a capitalização para os futuros).
Duplicação de sistemas = enormidade de dinheiro a mais.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Ora, parece-me que uma duplicação de contribuições é algo insustentável. Alternativas ?
Aumentar as contribuições, mas sem as duplicar e simultaneamente colocar já um tecto em todas as pensões (e acabar com acumulações). Quem hoje recebe 3.000 passa a receber 1.500, por exemplo. Os pensionistas não têm culpa dos erros passados ? Não. Mas os trabalhadores actuais também não...
Alarga os horizontes homem. Tem de ser insustentável porquê?
O Estado poderia aliviar-te um pouco o IRS na medida em que estavas a aliviá-lo a ele de futuros encargos e a contribuir para uma Segurança Social equilibrada.
Não tem de ser tudo mau...
...
Exacto Jolly. A questão prática é que, no imediato, estaríamos a falar numa duplicação directa de contribuições (empresas e trabalhadores), sendo essa taxa progressivamente diminuída ao longo dos próximos 30 / 40 anos, à medida que fossem desaparecendo os pensionistas que não descontaram para si próprios.
Ora, parece-me que uma duplicação de contribuições é algo insustentável. Alternativas ?
Aumentar as contribuições, mas sem as duplicar e simultaneamente colocar já um tecto em todas as pensões (e acabar com acumulações). Quem hoje recebe 3.000 passa a receber 1.500, por exemplo. Os pensionistas não têm culpa dos erros passados ? Não. Mas os trabalhadores actuais também não...
Ora, parece-me que uma duplicação de contribuições é algo insustentável. Alternativas ?
Aumentar as contribuições, mas sem as duplicar e simultaneamente colocar já um tecto em todas as pensões (e acabar com acumulações). Quem hoje recebe 3.000 passa a receber 1.500, por exemplo. Os pensionistas não têm culpa dos erros passados ? Não. Mas os trabalhadores actuais também não...
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AutoMech Escreveu:E também é difícil pedir aos actuais trabalhadores que dupliquem as contribuições, para manter o redistributivo, pagando aos actuais pensionistas e descontando para si próprios.
Uma mudança de um sistema redistributivo para um sistema de capitalização (que me agradaria) envolve, no entanto, custos provavelmente incomportáveis.
É dificil sem dúvida, mas as asneiras perpetuadas no tempo acabam por ter custos mais elevados ainda.
Agora imagina que vais entrar no mercado de trabalho para o ano e dizem-te assim:
Reforma para ti não sei se vai haver. E se houver só depois de chegares aos 70 anos e vamos ver se a esperança de vida não aumenta e não temos de subir a fasquia para os 75 ou mesmo 80. E tem mais uma coisa - o que houver provavelmente não vai dar para teres uma vida digna. Pagas a transição ou estás disposto a esperar para ver se dá?
...
Um sistema em que cada um desconta para a sua reforma (com o qual concordo, diga-se) levanta o problema de como resolver a situação duma boa parte das pessoas.
Imaginemos que hoje se implementa uma solução desse género. Quem hoje tenha 40 ou 50 anos nunca descontou para si, mas sim para os outros (porque o sistema tem sido redistributivo).
Não faria sentido uma pessoa com 50 anos começar agora com uma "conta de reforma" a zeros, estando apenas a 15/20 anos da reforma.
E também não faz sentido dizer a um pensionista de hoje que, como não descontou, acabou-se a sua reforma porque os trabalhadores a partir de hoje já só descontam para si próprios e não para os outros.
E também é difícil pedir aos actuais trabalhadores que dupliquem as contribuições, para manter o redistributivo, pagando aos actuais pensionistas e descontando para si próprios.
Uma mudança de um sistema redistributivo para um sistema de capitalização (que me agradaria) envolve, no entanto, custos provavelmente incomportáveis.
Imaginemos que hoje se implementa uma solução desse género. Quem hoje tenha 40 ou 50 anos nunca descontou para si, mas sim para os outros (porque o sistema tem sido redistributivo).
Não faria sentido uma pessoa com 50 anos começar agora com uma "conta de reforma" a zeros, estando apenas a 15/20 anos da reforma.
E também não faz sentido dizer a um pensionista de hoje que, como não descontou, acabou-se a sua reforma porque os trabalhadores a partir de hoje já só descontam para si próprios e não para os outros.
E também é difícil pedir aos actuais trabalhadores que dupliquem as contribuições, para manter o redistributivo, pagando aos actuais pensionistas e descontando para si próprios.
Uma mudança de um sistema redistributivo para um sistema de capitalização (que me agradaria) envolve, no entanto, custos provavelmente incomportáveis.
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MarcoAntonio Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Aqui fica, se quiserem, valores aproximados para a esperança de vida média e entre parentisis excluindo a mortalidade infantil (valores aproximados tomando critérios algo simplificados):
1965 - 65.3 (71.4)
1975 - 69.3 (72.4)
1987 - 74.1 (75.5)
1999 - 76.0 (76.6)
2009 - 78.7 (79.0)
Já agora, para o caso de não ter ficado claro, a idade média final daqueles que passavam os 5 anos de idade em 1965 era de mais de 71 anos. E se considerarmos só aqueles que passavam dos 18 o número seria ainda superior em mais qualquer coisa...
Mas naquela data não havia reformas antecipadas. Antes pelo contrário, não faltavam os que travalhavam até morrer (mesmo que isso significasse trabalhar bem para lá dos 65)!
Hoje, as pessoas que têm a felicidade de não morrer em criança ou jovem, vivem bem até mais tarde (grosso modo vive-se mais uns 10 anos, em média). Mas já poucos trabalham para lá dos 60 e ainda menos para lá dos 65!
Eu francamente até acho pouco saudável, para além de obviamente insustentável. É impressão minha ou a percentagem de pessoas com mais de 60 anos com depressões disparou? Eu tenho a sensação que disparou...
A minha opinião sobre isto e como já escrevi de resto no forum antes noutros topicos sobre o tema é a de que nas duas últimas décadas fez-se precisamente o inverso do que se devia. As pessoas vivem melhor (com melhores condições de vida e de saúde e até com melhores condições para desempenhar trabalho, graças a ajudas tecnológicas) mas em vez de se alargar em concordância a percentagem de tempo dedicada à vida activa, fez-se exactamente o oposto!
Exacto, Marco. Sabendo nós que a hoje em dia não se começa a trabalhar e a descontar aos 14 e aos 18 anos mas que não é tão pouco frequentes começar-se a descontar aos 30 porque se estudou.
Elias, porque não pegas antes num sistema do género que é usado em singapura e que é cada um ter o seu próprio pacote de reforma? descontas para a tua reforma. Ponto. Depois, porque também descontas para a SS, o estado trata dos rendimentos mínimos, etc. Seria giro sabermos melhor como funciona por lá, não? E pelo que sei, a tendência passa pela adopção deste tipo de esquemas, que estimulam o desconto a quem trabalha. E nota como até é possível calcular para cada um dos reformados actuais o valor dos descontos feitos e, dessa forma, fazer um ajuste imediato das pensões a receber e tornar o período de transição menor. Até se poderia permitir um retorno à vida activa a quem preferisse, mas alteravam-se as fórmulas de cálculo com base nos descontos feitos por cada um.
Confesso que só vejo benefícios neste tipo de sistema (provavelmente porque não conhecendo a fundo, não sei conheço o lado perverso que certamente terá). Mas é transparente, sustentável, motivador aos descontos e prevê a parte social (que acho que deve ser via SS mas nem tenho a certeza disso).
Elias Escreveu:
O verdadeiro problema já foi diagnosticado há muito tempo: o Estado social só funciona quando há crescimento económico e esse crescimento já emigrou para países bem distantes...
É exactamente isso que dizem os políticos não é?
O problema é que tu não me podes apresentar uma solução que depende de uma condição que não se verifica linearmente ao longo do tempo, certo?
SEMPRE que há um desequilibrio entre a oferta e a procura o mercado TENDE a nivelar e a restabelecer o equilibrio até criar as condições necessárias para poder crescer novamente.
Não é isso que tu vês diariamente quando fazes as tuas análises para decidires os teus investimentos?
Os activos não estão sempre a subir nem mesmo num bull market, eles corrigem momentaneamente mesmo quando a tendência é para cima.
É essa a razão porque as economias contraem e ir contra isso é criar novos desequilibrios.
Portanto, é preciso criar um sistema que funcione mesmo em condições mais adversas e não estar à espera que as condições sejam sempre favoráveis para tornar um sistema imperfeito sustentável.
Quanto ao teu comentário que a minha sugestão apresenta o mesmo problema que a tua, só o saberíamos com toda a certeza se pudermos perguntar às pessoas:
O que é que preferem?
Hipótese 1 - Um sistema tecnicamente imperfeito, insustentável, cujas regras estão sempre a ser revistas, inseguro, susceptivel de conflitos geracionais, que cada vez que é revisto penaliza os mais pobres, paternalista porque nos trata como crianças incapazes de tomar decisões por nós próprios, imposto de forma coerciva e impossivel de reclamação.
Ou
Hipótese 2 - Um sistema responsável, contratualizado, concorrencial, independente, susceptivel dos conflitos serem dirimidos no seio da justiça, seguro e que não defrauda expectativas.
Se as coisas fossem explicadas às pessoas, tenho dúvidas que a resposta fosse para manter tudo como está.
Eu preferia suportar os custos de transição, mas ter a certeza que deixava aos nossos filhos uma coisa que eles provavelmente nos iriam agradecer.
...
MarcoAntonio Escreveu:
...
Aliás, pouco depois de eu nascer, o Estado redigiu uma Constituição que bloqueia (impede) uma série de acções por parte do contribuinte/cidadão na tentativa de anular tais decisões do Estado!
Apesar de não ser o Direito nem pouco mais ou menos a minha especialidade, tenho dúvidas que num tribunal internacional não desse para ganhar algumas causas e anular tais contratos insultuosamente danosos para o contribuinte que não assinou coisa nenhuma para agora ter de pagar tais somas...
Não adivinhas sequer o teor da defesa?
1- Fizemos o que fizemos por razões de imperativo nacional. (serve para tudo esta).
2 - Elaborámos um programa eleitoral que foi sufragado pelos eleitores de forma favorável ao darem-nos a vitória nas últimas eleições. Limitámo-nos a cumpri-lo. ( Não leste o programa? Devias ter lido, estava lá escrito).
3 - As condições sobre as quais fizemos as nossas promessas e decidimos a nossa política, alteraram-se radicalmente nos últimos dias pelo que se torna impossivel cumprir o que prometemos.
Estás carregadinho de razão Marco, mas a luta é demasiado desigual. Governo - 1 Cidadão -0
...
A solução está no princípio sólido da liberdade individual, ou seja, da responsabilidade individual.
Custa-me muito encontrar soluções para os problemas que não respeitem aquele princípio.
Primeiro por acreditar ser o mais justo, segundo por acreditar ser aquele que mais beneficia o bem-estar geral.
Portanto, na generalidade, concordo com a solução apresentada pelo Jolly.
Cumps
Custa-me muito encontrar soluções para os problemas que não respeitem aquele princípio.
Primeiro por acreditar ser o mais justo, segundo por acreditar ser aquele que mais beneficia o bem-estar geral.
Portanto, na generalidade, concordo com a solução apresentada pelo Jolly.
Cumps
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Jolly Roger Escreveu:
Quando tratas tu do assunto com uma qualquer entidade privada assinas um contrato. Se esse contrato não for cumprido tens sempre a possibilidade de recorrer a tribunal. No final a garantia de que recebes o que contrataste é muito maior do que a actual que não é nenhuma.
Esta coisa do Estado e dos Contratos até me dá volta aos nervos...
As entidades quando acordam algo com o Estado, munem-se de um contrato ou de um acordo escrito a que se podem agarrar. O contribuinte não tem nada!
Assim, o Estado assina os contratos que lhe apetece, com quem lhe apetece. Depois, vem sacar o contribuinte que não tem contrato nenhum!
Quando o Estado resolve subir ou IVA ou implementar uma taxa qualquer que vai precisamente sustentar os que se seguram em contratos, a que contrato é que eu me agarro?
Desde que nasci, nunca assinei nenhum contrato com o Estado para o endossar a decidir sobre tais coisas...
Aliás, pouco depois de eu nascer, o Estado redigiu uma Constituição que bloqueia (impede) uma série de acções por parte do contribuinte/cidadão na tentativa de anular tais decisões do Estado!
Apesar de não ser o Direito nem pouco mais ou menos a minha especialidade, tenho dúvidas que num tribunal internacional não desse para ganhar algumas causas e anular tais contratos insultuosamente danosos para o contribuinte que não assinou coisa nenhuma para agora ter de pagar tais somas...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Jolly Roger Escreveu:
Confesso que não sei como funciona nos EUA. Muita coisa funciona mal nos EUA, não é aí que vou buscar soluções a menos que sejam efectivas.
Já agora e para completar a defesa da ideia, quando é o Estado a tomar conta destas coisas e a defraudar expectativas e a mudar as regras, não há como reclamar - se for preciso mudam a lei a não tens tribunal que te atenda uma reclamação.
Quando tratas tu do assunto com uma qualquer entidade privada assinas um contrato. Se esse contrato não for cumprido tens sempre a possibilidade de recorrer a tribunal. No final a garantia de que recebes o que contrataste é muito maior do que a actual que não é nenhuma.
Também por isso a Segurança Social é na verdade uma Grande Insegurança Social, já para não falar de que os mais prejudicados com a alteração das regras são exactamente os mais pobres que alegadamente se pretende proteger.
...
O verdadeiro problema já foi diagnosticado há muito tempo: o Estado social só funciona quando há crescimento económico e esse crescimento já emigrou para países bem distantes...
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Mares Escreveu:Elias Escreveu:Mares Escreveu:Elias Escreveu:Mares eu sei que é complexo e que falta considerar uma data de "cenas". Uma fórmula deste tipo tem de amadurecer e para isso passa por várias iterações, considerando os aspectos que referiste e outros que possivelmente nos ocorrerão mais tarde.
A ideia base aqui passa por criar um sistema dinâmico que seja autossustentável, que não entre em colapso por haver demasiados reformados. Claro que para funcionar todos teriam de contar com maior flexibilidade e incerteza.
(no limite este exercício até pode servir para chegar à conclusão de que não é possível desenhar um sistema sustentável)
Alinho.... Vamos lá
Ok vou desenvolver umas ideias sobre o assunto e colocarei aqui o resultado dessa reflexão.
Se conseguires trabalhar com dados reais (que estão por exemplo no Pordata, ou outra fonte qualquer), aposto no desafio....
Oh pá antes de ir aos dados reais há que trabalhar com bases muito mais simples.
Tipo isto: toda a gente ganha 1000 euros, toda a gente trabalha 30 anos a descontar o mesmo, não há desemprego, o pessoal reforma-se todo aos 65 e vive mais 10 anos.
Depois começas a mexer numa variável de cada vez: desemprego, menos gente a entrar no activo, maior longevidade. Depois entra o desemprego com os respectivos subsídios. Depois entram os maiores salários. A seguir vem o serviço nacional de saúde e as "baixas".
Vai dar pano para mangas

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Elias Escreveu:Olá Jolly,
Não, não arranquei os cabelos, nem sequer fiquei chocado. Segundo julgo saber é assim que funciona nos EUA, não é?![]()
Pessoalmente não vejo nada contra (até porque eu sou um daqueles que acha que já contribuiu de mais para aquilo que o Estado da em troca).
Mas claro que a tua sugestão enferma do mesmo problema que referes para a minha: "quando se pensa numa medida interessante para resolver um problema é preciso (é imprescindível) ter em conta as consequências da mesma e não esquecer uma coisa muitas vezes esquecida por quem decide que é o comportamento e a natureza humana."![]()
1 abraço
Confesso que não sei como funciona nos EUA. Muita coisa funciona mal nos EUA, não é aí que vou buscar soluções a menos que sejam efectivas.
Já agora e para completar a defesa da ideia, quando é o Estado a tomar conta destas coisas e a defraudar expectativas e a mudar as regras, não há como reclamar - se for preciso mudam a lei a não tens tribunal que te atenda uma reclamação.
Quando tratas tu do assunto com uma qualquer entidade privada assinas um contrato. Se esse contrato não for cumprido tens sempre a possibilidade de recorrer a tribunal. No final a garantia de que recebes o que contrataste é muito maior do que a actual que não é nenhuma.
Também por isso a Segurança Social é na verdade uma Grande Insegurança Social, já para não falar de que os mais prejudicados com a alteração das regras são exactamente os mais pobres que alegadamente se pretende proteger.
...
Elias Escreveu:Mares Escreveu:Elias Escreveu:Mares eu sei que é complexo e que falta considerar uma data de "cenas". Uma fórmula deste tipo tem de amadurecer e para isso passa por várias iterações, considerando os aspectos que referiste e outros que possivelmente nos ocorrerão mais tarde.
A ideia base aqui passa por criar um sistema dinâmico que seja autossustentável, que não entre em colapso por haver demasiados reformados. Claro que para funcionar todos teriam de contar com maior flexibilidade e incerteza.
(no limite este exercício até pode servir para chegar à conclusão de que não é possível desenhar um sistema sustentável)
Alinho.... Vamos lá
Ok vou desenvolver umas ideias sobre o assunto e colocarei aqui o resultado dessa reflexão.
Se conseguires trabalhar com dados reais (que estão por exemplo no Pordata, ou outra fonte qualquer), aposto no desafio....

- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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MarcoAntonio Escreveu:Elias, apesar de não ter visto a tua fórmula com grande detalhe, há um aspecto que não está aí considerado e que é extremamente problemático: a formula é unilateral e penaliza os activos, o que é injusto...
Basicamente, o que eu estou a dizer é que são os reformados que determinam quanto os activos têm de descontar e isso não é justo. A formula deve penalizar também os pensionistas: quanto mais pessoas se reformam, menos condições existem para os suportar e isso deve ser reflectido na formula.
Sim, tens toda a razão, aliás isso já me tinha ocorrido também

Como referi a fórmula foi extremamente simplificada e terá de passar por várias iterações mas concordo que esse é um aspecto a ter em conta.
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MarcoAntonio Escreveu: O problema que temos resultou actualmente precisamente de um desiquilibrio e de excessiva protecção (em muitos casos mesmo tratou-se de incentivo!) à reforma...
Essa será a reforma à "Taxa até os Santos"...
Ele abriu o caminho para a reforma do Estado...
isto é,....Colocando o Estado (parte dele) na reforma .....
Só esqueçeu uma coisa.... agora quem vai pagar as reformas?
Editado pela última vez por Mares em 3/5/2011 1:09, num total de 1 vez.
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- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Se vais desenvolver a fórmula, não sei se viste o meu post, poderá interessar-te...


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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mares Escreveu:Elias Escreveu:Mares eu sei que é complexo e que falta considerar uma data de "cenas". Uma fórmula deste tipo tem de amadurecer e para isso passa por várias iterações, considerando os aspectos que referiste e outros que possivelmente nos ocorrerão mais tarde.
A ideia base aqui passa por criar um sistema dinâmico que seja autossustentável, que não entre em colapso por haver demasiados reformados. Claro que para funcionar todos teriam de contar com maior flexibilidade e incerteza.
(no limite este exercício até pode servir para chegar à conclusão de que não é possível desenhar um sistema sustentável)
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Ok vou desenvolver umas ideias sobre o assunto e colocarei aqui o resultado dessa reflexão.

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Elias Escreveu:Mares eu sei que é complexo e que falta considerar uma data de "cenas". Uma fórmula deste tipo tem de amadurecer e para isso passa por várias iterações, considerando os aspectos que referiste e outros que possivelmente nos ocorrerão mais tarde.
A ideia base aqui passa por criar um sistema dinâmico que seja autossustentável, que não entre em colapso por haver demasiados reformados. Claro que para funcionar todos teriam de contar com maior flexibilidade e incerteza.
(no limite este exercício até pode servir para chegar à conclusão de que não é possível desenhar um sistema sustentável)
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Olá Jolly,
Não, não arranquei os cabelos, nem sequer fiquei chocado. Segundo julgo saber é assim que funciona nos EUA, não é?
Pessoalmente não vejo nada contra (até porque eu sou um daqueles que acha que já contribuiu de mais para aquilo que o Estado da em troca).
Mas claro que a tua sugestão enferma do mesmo problema que referes para a minha: "quando se pensa numa medida interessante para resolver um problema é preciso (é imprescindível) ter em conta as consequências da mesma e não esquecer uma coisa muitas vezes esquecida por quem decide que é o comportamento e a natureza humana."
1 abraço
Não, não arranquei os cabelos, nem sequer fiquei chocado. Segundo julgo saber é assim que funciona nos EUA, não é?

Pessoalmente não vejo nada contra (até porque eu sou um daqueles que acha que já contribuiu de mais para aquilo que o Estado da em troca).
Mas claro que a tua sugestão enferma do mesmo problema que referes para a minha: "quando se pensa numa medida interessante para resolver um problema é preciso (é imprescindível) ter em conta as consequências da mesma e não esquecer uma coisa muitas vezes esquecida por quem decide que é o comportamento e a natureza humana."

1 abraço
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mfsr1980 Escreveu:Mares, então não acrescenta?
Fez-se alguma coisa para contrariar a natalidade?
E o reformado continuava a trabalhar, porquê? Ajudava os jovens nalguma coisa?
Vamos vêr onde vai parar a conversa... Tem pessoas interessadas propondo soluções.
Neste exercício poderemos entender um pouco mais da nossa sociedade, compararmos com outros modelos, entendermos os nossos erros... então é um aprendizado.
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Elias Escreveu:
Jolly, longe de mim sugerir que a fórmula é perfeita. Nada disso.
Estou apenas a elaborar sobre formas de dar a volta a uma fórmula demasiado rígida e que não se adequa aos tempos actuais.
Claro que há outras formas de mexer nisso: em vez de se alterar a taxa, aumenta-se a idade da reforma de modo a nunca haver mais de x% de reformados![]()
E tu, Jolly, o que sugeres?
A tua fórmula pode ser muito interessante do ponto vista matemático, mas quando se pensa numa medida interessante para resolver um problema é preciso (é imprescindível) ter em conta as consequências da mesma e não esquecer uma coisa muitas vezes esquecida por quem decide que é o comportamento e a natureza humana.
A minha sugestão faria muita gente arrancar os cabelos de indignação, mas é a mais lógica.
Extinção da segurança social pura e simples.
Queres ter reforma? Trata tu desse assunto que és crescidinho e podes bem tomar conta das decisões que queres tomar na tua vida.
Não tem de ser o Estado a tratar desse assunto.
Se quiseres trabalhar até morrer, podes.
Se quiseres trabalhar até aos 70 anos também podes.
Se quiseres trabalhar até aos 35 também podes.
Isso só te diz respeito a ti. Com o dinheiro que tu e a tua entidade patronal deixam de pagar para uma fantochada cuja sustentabilidade está mais que visto que não tem, podes aplicá-lo e capitalizá-lo como tu quiseres e entenderes e ninguém tem nada com isso.
Não é o Estado que te impõe quando te reformas, és tu que tomas essa decisão e que providencias o quando e o como.
Não pesas a ninguém, não te tornas um fardo para ninguém e tratas de ti.
Se me perguntares por aqueles que são doentes crónicos, que têm deficiências, ou que por motivos de saúde não podem trabalhar, aí é diferente.
Sendo uma minoria, o Estado pode nesses casos e apenas nesses casos, com um custo reduzido dar o apoio necessário para que tenham o mínimo para uma vida digna e para isso, uma pequena parte dos impostos que pagamos seriam suficientes para resolver o problema não sendo precisos contribuições específicas.
Sem matemáticas e só com alguma racionalidade o problema resolvia-se.
Problema disto - os custos de transição.
Haveria uma geração que teria de pagar os custos de transição, as asneiras têm destas coisas, têm custos por vezes pesados de resolver, mas as seguintes poderiam respirar de alívio.
Se ainda não arrancaste os cabelos e leste até aqui com o cabelo intacto, concluo dizendo que é melhor este sistema do que ter as expectativas defraudadas sistemáticamente ao longo do tempo com a consequente alteração também ela sistemática das regras, agora é da fórmula, depois é a idade e nunca mais acaba.
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