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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - Legislativas 2011

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 7/5/2011 14:55

Círculos médios (6 a 10 deputados)

Este grupo compreende 7 círculos eleitorais, que no seu conjunto elegem 59 deputados (26% do total). A representatividade eleitoral destes círculos é moderada. Os resultados podem ser previstos com algum grau de certeza, mas em quase todos eles subsiste dúvida sobre qual o partido que receberá o último mandato, pelo que todos estes distritos têm algum poder de influência na distribuição final.


Coimbra
Coimbra pede um deputado este ano, passando de 10 para 9. Tradicionalmente, os 10 mandatos eram disputados entre os dois grandes partidos, com vantagem para o PS que geralmente conseguia eleger 6 deputados, mas em 2009 a repartição foi de 4 - 4 - 1 - 1, com o Bloco a eleger um deputado e o CDS a recuperar um mandato após mais de 24 anos de jejum.

A grande incógnita em Coimbra é: quem é que vai perder um deputado? A julgar pela quebra do Bloco nas sondagens, creio que vai ser este partido a perder um mandato neste distrito.


Faro
O Algarve elegia 8 deputados, este ano passa a eleger 9 (recebe o deputado retirado a Coimbra). Os deputados eram habitualmente disputados pelos dois maiores partidos (desde 1995 o PS tem levado vantagem), mas em 1999 tivemos uma situação parecida com Coimbra: 3 - 3 - 1 - 1, com o Bloco a eleger um deputado e o CDS a eleger um deputado pela primeira vez na sua história.

Aqui a questão é inversa da de Coimbra: para quem irá o nono deputado? Sinceramente não tenho quaisquer pistas e isto é uma roleta, mas vou admitir que o PSD recupera 2 ou 3 pontos percentuais no Algarve, superando o PS e conquistando assim 4 mandatos. O Bloco e o CDS deverão manter os respectivos mandatos (o primeiro porque teve aqui a sua melhor votação a nível nacional, com mais de 15%, e o segundo porque está a subir em todas as sondagens). No entanto, há ainda uma hipótese remota de ir para o PCP (em 1987, quando o Algarve tinha direito a 9 mandatos, a CDU elegeu um e em 1985 até elegeu dois!).


Leiria
Leiria elege 10 deputados e é território PSD (foi o único distrito do continente onde o PS não ganhou as legislativas de 2005). Tipicamente o PSD elege 5 deputados e às vezes elege 6 e o CDS em geral assegura um mandato. No entanto, em 2009 a repartição foi 4 - 4 - 1 - 1 pois o Bloco conquistou um mandato ao PSD.

Paulo Portas tem andado a dizer que espera eleger o segundo deputado por Leiria, situação que não me parece inverosímil. A minha dúvida está mais em saber quem cede esse mandato: o PS ou o Bloco? Vou apostar que é o PS que perde.

O PCP não elege qualquer deputado.


Madeira
A Madeira tinha 5 deputados até 2002, mas em 2005 passou a ter 6 (recebeu o mandato que foi retirado a Portalegre). Este facto beneficiou o PS, que conseguiu eleger 3 deputados em 2005. E beneficiou o CDS, que elegeu um deputado em 2009 (o primeiro desde 1979).

Em 2009 o PSD elegeu 4 deputados, o PS ficou com 1 e o CDS com 1. Esta distribuição deverá repetir-se.


Santarém
A capital do Ribatejo elege 10 deputados, mas ao contrário do que sucede em Coimbra, onde os 10 mandatos eram disputados pelos dois grandes, aqui a CDU elege sempre um deputado e o CDS elege às vezes (em 2005 falhou essa eleição mas recuperou em 2009).

Nas últimas legislativas, o PS elegeu 4 dos 10 deputados, o PSD elegeu 3 e os restantes partidos elegeram 1 mandato cada.

Santarém é talvez o distrito mais imprevisível dentro deste lote de círculos, uma vez que os votos estão muito distribuídos e as hipóteses são muitas (desde ficar tudo na mesma, até o Bloco perder um deputado, ou PSD conquistar 1 ao PS). Considerando que o PS tinha 6 pontos percentuais de vantagem sobre o PSD e poderá perder uma essa vantagem, vou admitir que a única alteração é um mandato ganho pelo PSD ao PS, ficando o resto na mesma.


Viana do Castelo
Com os seus 6 deputados, Viana não é dos distritos mais importantes em termos eleitorais. Distritos com poucos deputados são menos favoráveis às forças mais pequenas. Nos últimos anos, a distribuição dos lugares tem sido esta: 3 para o PS, 2 para o PSD e o último vai saltitando entre o PSD e o CDS.

Tenho dúvidas que desta vez o PS consiga eleger o terceiro deputado, mas também tenho dúvidas que o PSD consiga lá chegar. Penso que esse sexto deputado de Viana vai ser muito disputado. Para já a minha aposta vai para uma repetição dos resultados de 2009: três para o PSD, dois para o PS e um para o CDS (em Santarém apostei na troca e aqui apostei na manutenção, mas pode acontecer o inverso... digamos que em média um dos mandatos mudará e o outro não).

A CDU nunca elegeu deputados por este distrito e também não deverá consegui-lo desta vez. E o Bloco também não leva nada.


Viseu

Viseu (que dispõe de 9 mandatos) é um distrito importante para o PSD que geralmente consegue eleger 4 ou 5 deputados. O PS costuma eleger 3 ou 4 e o CDS tem conseguido assegurar um mandato.

Em 2009 a repartição foi de 4 - 4 - 1 mas o enfraquecimento do PS na região poderá beneficiar o CDS que elegerá o segundo deputado se reforçar a sua votação para 16% (em 2009 teve 13,5%).

O PCP nunca elegeu deputados por Viseu (pese embora o facto de ser este o distrito natal do antigo líder Carlos Carvalhas).


Segue-se o quadro com a minha previsão de mandatos (a vermelho as situações onde prevejo perda de mandatos e a verde as situações em que prevejo ganhos).
Anexos
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por Elias » 7/5/2011 14:11

Círculos pequenos (2 a 5 deputados)

Incluem-se aqui 10 círculos eleitorais, que no seu conjunto elegem 33 deputados (14% do total). Estes círculos têm, no seu conjunto, uma representatividade eleitoral muito baixa e acabam por contribuir muito pouco para o resultado final. Os resultados podem ser previstos com elevado grau de certeza e não será nestes distritos que as eleições se vão decidir (excepto naqueles em que subsiste alguma incerteza, como Açores ou Beja).



Açores
Ao círculo dos Açores correspondem 5 deputados que vão direitinhos para os dois maiores partidos, geralmente numa proporção 2 - 3. Tendo em conta a variabilidade histórica e os resultados das europeias, parece-me legítimo atribuir 2 deputados a cada um. O quinto deputado é altamente imprevisível mas tendo em conta os resultados previstos, vou atribuí-lo ao PSD. Este é o único círculo pequeno em que prevejo uma alteração de mandatos.


Beja
Beja elege 3 deputados (elegia 4 em 1995 mas em 1999 caiu para 3 e desde então o PSD nunca mais elegeu nenhum deputado por este distrito, embora em 2002 estivesse perto de o conseguir). Nesta região a CDU tem forte expressão e em 2009 ganhou as europeias, contudo em legislativas o PS tem sempre conseguido arrecadar dois deputados. Mas em 2004 foi o PS que ganhou as europeias em Beja. A distribuição das últimas 4 eleições (dois deputados para o PS e um para a CDU) deverá manter-se. O PSD se subir 2 ou 3% em Beja poderá eleger um deputado (conquistado ao PS) mas no quadro abaixo não considerei esse cenário.


Bragança
Bragança elege 3 deputados (elegia 4 até 2002). A repartição de mandatos vai quase certamente ser igual à das últimas eleições 2 para o PSD e 1 para o PS. Neste distrito já está (quase) tudo decidido.


Castelo Branco
Tem direito a 4 mandatos, tendo perdido um face a 2005 quando elegia cinco (a desertificação do interior vai-se traduzindo numa cada vez menor representatividade eleitoral destas regiões). Este distrito costuma ser terreno socialista que habitualmente elegia 3 deputados, contra 2 do PSD. Nas eleições de 2005 o PS conseguiu mesmo chegar aos 4 deputados, ficando o PSD apenas com 1. No entanto, em 2009 a repartição foi de 2 - 2, situação que deverá repetir-se este ano. As outras forças políticas não levam nada em Castelo Branco.


Évora
Tal como a maioria dos distritos do interior, Évora tem sofrido o efeito da desertificação. Elegia 4 mandatos até 1999, mas em 2002 passou apenas para 3. Nesse ano o partido mais prejudicado foi o PS que perdeu o segundo deputado, mas em 2005 recuperou-o à custa do PSD, mas este recuperou-o em 2009. A CDU elege sempre um deputado. Tendo em conta os resultados das últimas eleições, aposto novamente numa repartição 1 - 1 - 1.


Guarda
É um dos distritos mais estáveis do país em termos de mandatos: dos 4 deputados que elege vão 2 para cada lado. Em 1991, no tempo da maioria absoluta do PSD, chegou a fazer 3 - 1 (vantagem para o PSD). Contudo, para que um dos partidos eleja três deputados, será necessário que tenha mais 50% de votos que o outro. Embora este cenário seja teoricamente possível, tendo em conta a estabilidade dos últimos anos, neste caso vou considerar que se volta a repetir o cenário das últimas eleições (2 - 2). Quanto às outras forças políticas, o melhor é não criarem grandes expectativas...


Portalegre
Durante muitos anos, Portalegre elegia 3 deputados, dos quais 2 iam para o PS e 1 para o PSD. Em 2005 o distrito perdeu um dos seus representantes e passou a eleger apenas 2, que foram ambos para o PS - Portalegre é, actualmente, o distrito com menor representatividade na Assembleia da República. Conseguirá o PS repetir a proeza de 2005 e eleger os 2 deputados? Dificilmente, na minha opinião - para isso acontecer terá de obter o dobro dos votos do PSD, o que me parece improvável tendo em conta os resultados de 2009. Aposto assim numa repartição 1 - 1. A CDU tem aqui uns expressivos 18% (ainda assim menos que no resto do Alentejo) e conseguiria assegurar o terceiro representante se ele ainda existisse (em 1987 a repartição foi 1 - 1 - 1). Havendo apenas dois mandatos possíveis, a eleição de um deputado comunista parece-me muito improvável. As restantes forças políticas não levam nada.


Vila Real
Elege apenas 5 deputados, que normalmente são repartidos entre os dois maiores partidos. Na maioria das eleições iam 3 para o PSD e 2 para o PS, mas em 2005 a distribuição foi inversa, tendo o PS ficado com 3. Em 2009 o PSD voltou a eleger 3 deputados e não prevejo qualquer alteração para este ano. O CDS tem uma hipótese muitíssimo remota de eleger um deputado (mas para isso teria de obter pelo menos 15% no distrito).


Europa + Fora da Europa
Vou supor que se mantêm a distribuição das últimas duas eleições: PS elege um deputado pela Europa e o PSD elege um pela Europa e dois pelo resto do mundo.


Em anexo o quadro-resumo da minha projecção para os círculos pequenos. Para comparação, incluo também os totais obtidos nas eleições de 2005 e 2009. Note-se que em 2005 havia 35 mandatos e em 2009 passou a haver apenas 33 (dado que Bragança e Castelo Branco perderam um mandato cada).

A conclusão mais importante para mim é esta: estes dez círculos têm uma influência muito baixa no resultado final destas eleições e não será aqui que as eleições se vão decidir.
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por Elias » 7/5/2011 13:46

Tal como em fiz em Outubro de 2009, vou deixar aqui a minha previsão para a distribuição de mandatos nas legislativas de Junho de 2011.

Para facilitar a análise dos dados, agreguei os círculos eleitorais em três categorias: pequenos (2 a 5 mandatos), médios (6 a 10 mandatos) e grandes (mais de 10 mandatos).

Segue-se a análise para cada grupo.
 
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por MarcoAntonio » 6/5/2011 20:16

Elias Escreveu:
Horas depois deste anúncio, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) emitiu um aviso a cada um dos canais de televisão, com carácter vinculativo, para que seja assegurada "de forma equilibrada" a expressão de cada uma das candidaturas, fora dos noticiários, seja através de "entrevista, debate ou outro". E responsabiliza "pessoalmente" os directores de Informação pelo cumprimento da decisão, lembrando que estão sujeitos a contra-ordenações previstas na lei.



Já tinha comentado o tema do novo arranjo de entrevistas no tópico sobre a Democracia Portuguesa mas registo aqui também esta viragem pois já antes tinha sido crítico nesse mesmo tópico pelo facto da ERC e a CNL se terem (antes) limitado a recomendar!

Parece que há luz ao fundo do túnel então...

Mas convém ter noção que isto é só uma luz, continuam a existir imensos obstáculos para uma Democracia verdadeira e justa em Portugal e um nível de discriminação ainda é visível.

Mas é dado aqui um passo no sentido correcto e numa matéria em que tinha sido muito crítico por isso não vou ficar calado e fazer de conta que não aconteceu nada. Isto é positivo, é muito bom que tenha acontecido...


Elias Escreveu:Na decisão enviada à RTP, SIC e TVI, a ERC reconhece a dificuldade prática em organizar debates dois a dois com todos as candidaturas concorrentes às eleições, mas reitera a preocupação com o princípio da igualdade no tratamento jornalístico.


Como eu disse logo há semanas atrás quando foi feito o primeiro anúncio do arranjo de debates, a única solução não é debates dois a dois.

Há outros arranjos e outras formas minimamente justas de dar a voz a outros candidatos ao parlamento que supostamente nos representa!

Isso não era desculpa suficiente para se desvirtuar uma democracia...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 6/5/2011 19:09

RTP, SIC e TVI chegam a acordo para mais um debate e entrevistas com pequenos partidos

05.05.2011 - 19:03 Por Sofia Rodrigues - publico

A RTP, SIC e TVI anunciaram hoje que, no âmbito da cobertura pré-eleitoral para as legislativas de 5 de Junho, terão debates e entrevistas envolvendo todos os partidos que concorrem, inclusive os que não têm assento parlamentar.

Um debate com sete partidos sem assento parlamentar na RTP1 e entrevistas a sete líderes dessas forças políticas na RTP, SIC e TVI. Foi esta a solução encontrada pelas três estações de televisão para incluir os pequenos partidos sem representação parlamentar no ciclo de dez debates que hoje se inicia.

Horas depois deste anúncio, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) emitiu um aviso a cada um dos canais de televisão, com carácter vinculativo, para que seja assegurada "de forma equilibrada" a expressão de cada uma das candidaturas, fora dos noticiários, seja através de "entrevista, debate ou outro". E responsabiliza "pessoalmente" os directores de Informação pelo cumprimento da decisão, lembrando que estão sujeitos a contra-ordenações previstas na lei.

Na decisão enviada à RTP, SIC e TVI, a ERC reconhece a dificuldade prática em organizar debates dois a dois com todos as candidaturas concorrentes às eleições, mas reitera a preocupação com o princípio da igualdade no tratamento jornalístico.

Depois de se terem reunido na ERC na terça-feira, os directores de Informação concordaram em realizar um debate extra na RTP1 com representantes de sete partidos sem assento parlamentar que "concorram a um número significativo de círculos eleitorais" às eleições de 5 de Junho, segundo um comunicado conjunto da RTP, SIC e TVI. Este debate acresce aos que estão previstos com os líderes dos cinco partidos parlamentares - PS, PSD, CDS, BE e CDU.

No âmbito da cobertura jornalística da pré-campanha e da campanha eleitoral, está ainda prevista a realização de sete entrevistas a cada um dos líderes desses sete partidos distribuídas pela RTP, SIC e TVI. Ao todo serão 21 entrevistas, mas não é revelado o horário nem o tempo de duração. Nas decisões ontem enviadas aos três canais, a ERC lembra, no entanto, que se deve ter em conta a duração e o horário das emissões. Para a RTP2 ficam guardadas entrevistas aos representantes de todos os partidos com e sem assento parlamentar, independentemente do círculo eleitoral a que concorrem.

Os líderes dos dois partidos que interpuseram providências cautelares a reclamar igualdade de tratamento nas televisões - o Movimento Esperança Portugal e o PCTP/MRPP - consideram que a solução encontrada "mantém a discriminação", embora já seja um "avanço". Rui Marques, líder do MEP, considera que a solução constitui "um avanço, mas ainda não reflecte o princípio da igualdade que está na Constituição". A proposta, acrescenta, "não é clara nem suficiente", referindo que se desconhece se as entrevistas são em horário nobre e qual a duração.

Já Garcia Pereira, líder do PCTP/MRPP, afirma que a proposta é de um tratamento de "segunda divisão" e que "visa esvaziar os efeitos possíveis de uma providência cautelar".

Notícia substituída a 6-5-2011 às 8h51
 
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por Elias » 5/5/2011 19:53

TVs farão debates e entrevistas com pequenos partidos

quinta-feira, 5 de Maio de 2011 | 18:52

A RTP, SIC e TVI anunciaram hoje que no âmbito da cobertura pré-eleitoral para as legislativas de 05 de junho terão debates e entrevistas envolvendo todos os partidos que concorrem, inclusive os que não têm assento parlamentar.

Em nota enviada pelos três canais, é dito que «no âmbito da cobertura jornalística de pré-campanha e da campanha eleitoral, os três canais de televisão acordaram também realizar um conjunto de entrevistas e um debate entre representantes de partidos sem assento parlamentar».

Desse modo, «cada canal tem previsto realizar sete entrevistas com representantes dos sete partidos que concorrem a um número significativo de círculos eleitorais nas eleições de 05 de junho», informam os canais televisivos.
Diário Digital / Lusa
 
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por Elias » 21/4/2011 8:45

Também acho vergonhoso só se convidarem os líderes dos partidos com representação parlamentar.

De facto deveria escolher-se outro formato.

Uma hipótese seria usar o canal do Estado para passar debates em série tipo "sessões contínuas" e o pessoal só via os que lhe interessasse 8-)
 
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por Automech » 21/4/2011 2:56

MarcoAntonio Escreveu:Para 10 partidos eram precisos 45 debates dois a dois...


Ao que acrescentavam 45 programas posteriores com os os analistas e politólogos. Era lindo. :)

P.S. Agora é que reparei que cometi uma gaffe ao falar em permutações. Aqui não há duas rondas de debates, mas apenas uma. São mesmo combinações e não permutações. :oops:
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por MarcoAntonio » 21/4/2011 2:41

AutoMech Escreveu:Vou assistir ao desenrolar disto com curiosidade, até porque imaginem o que seriam as combinações (ou melhor dizendo, as permutações) de 10 ou mais partidos, dois a dois. 8-)


Para 10 partidos eram precisos 45 debates dois a dois...

:lol:

Obviamente terá de se recorrer a outro formato, debates dois a dois não é a única solução.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 21/4/2011 2:35


ERC quer representantes de todas as candidaturas nos debates

Hoje às 18:36



Não é claro que tipo de implicações é que isto pode ter. Fazem uns debates com todos ao mesmo tempo para calar a ERC ? E os outros que são dois a dois ? Mantêm-nos e depois logo se vê ?

Desta vez não há a desculpa, como nas presidenciais, de que apareceram candidatos depois.

Neste caso as listas têm de estar entregues até 25 de Abril ( http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/par ... il_1487753 ) e os debates dois a dois começam já posteriormente.

Vou assistir ao desenrolar disto com curiosidade, até porque imaginem o que seriam as combinações (ou melhor dizendo, as permutações) de 10 ou mais partidos, dois a dois. 8-)
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por tava3 » 21/4/2011 1:23

PS ultrapassa PSD nas intenções de voto a seis semanas das eleições.

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por Lion_Heart » 21/4/2011 1:13

Lamentavel ser o ERC a dizer isto, e pior vai ser ninguém ligar nenhuma.

A CNE é que deveria fazer e obrigar a cumprir este tipo de medidas.Mas como sempre fica a dormir nas covas.

Mas infelizmente a Democracia é uma coisa muito bonita mas não é para todos.
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por MarcoAntonio » 20/4/2011 21:05

MarcoAntonio Escreveu:
Está viciado sim: eu conto 5 partidos!





ERC quer representantes de todas as candidaturas nos debates

Hoje às 18:36


A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) disse que os debates televisivos para as legislativas devem contar com a presença de representantes de todas as candidaturas.

O regulador assinala, esta quarta-feira em comunicado, que «é aplicável, nos períodos eleitorais, um princípio geral de igualdade de oportunidades de acção e propaganda das candidaturas» durante a pré-campanha e campanha eleitoral, «tal como consagrado na Constituição, na Lei e na jurisprudência» dos tribunais.

«Mais se relembra que este princípio é aplicável a todos os órgãos de comunicação social e, designadamente, àqueles que contem com membros das candidaturas como colaboradores regulares em espaços de opinião», nota a ERC, destacando ainda que deve ser garantida a «todas as candidaturas, de forma eficaz, a igualdade de oportunidades» referida.
A nota da ERC segue-se a diversas críticas de partidos excluídos dos debates televisivos referentes às legislativas.

Na semana passada, a CNE sublinhou que os debates sobre as eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho devem realizar-se com representantes de todas as candidaturas, apelando a um tratamento jornalístico «não discriminatório».

A CNE citava ainda um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, segundo o qual «a simples ausência, no debate, de um qualquer dos candidatos, fará crer, de princípio, a grande número de cidadãos que outros que não os presentes nem sequer se apresentarão ao sufrágio».



in TSF
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 19/4/2011 18:56

OLDMAN Escreveu:
(...)

* Debates nas televisões

6 Maio (sexta) Paulo Portas / Jerónimo de Sousa (RTP)

9 Maio (segunda) José Sócrates / Paulo Portas (TVI)

10 Maio (terça) Passos Coelho / Jerónimo de Sousa (TVI)

11 Maio (quarta) José Sócrates / Francisco Louçã (SIC)

12 Maio (quinta) Francisco Louçã /Jerónimo de Sousa (RTP)

13 Maio (sexta) Passos Coelho / Paulo Portas (SIC)

16 Maio (segunda) José Sócrates / Jerónimo de Sousa (SIC)

17 Maio (terça) Passos Coelho / Francisco Louça (TVI)

19 Maio (quinta) Paulo Portas / Francisco Louça (SIC)

20 Maio (sexta) José Sócrates / Passos Coelho (RTP)



T´MAL PÁ!!!!
O campo está inclinado pá!
Há quem jogue sempre em casa e quem tenha que jogar sempre fora! Assim nunc mais se arranca o gajo pá!!!
´
o calendário está viciado PÁ!!!!




Está viciado sim: eu conto 5 partidos!
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por OLDMAN » 19/4/2011 18:45

Elias Escreveu:Sócrates e Passos debatem durante 1h a 20 de Maio

Francisco Teixeira
18/04/11 17:48
economico.pt

(...)

* Debates nas televisões

6 Maio (sexta) Paulo Portas / Jerónimo de Sousa (RTP)

9 Maio (segunda) José Sócrates / Paulo Portas (TVI)

10 Maio (terça) Passos Coelho / Jerónimo de Sousa (TVI)

11 Maio (quarta) José Sócrates / Francisco Louçã (SIC)

12 Maio (quinta) Francisco Louçã /Jerónimo de Sousa (RTP)

13 Maio (sexta) Passos Coelho / Paulo Portas (SIC)

16 Maio (segunda) José Sócrates / Jerónimo de Sousa (SIC)

17 Maio (terça) Passos Coelho / Francisco Louça (TVI)

19 Maio (quinta) Paulo Portas / Francisco Louça (SIC)

20 Maio (sexta) José Sócrates / Passos Coelho (RTP)



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Vivemos Numa Barraca com Um Submarino á Porta

por Trisquel » 19/4/2011 7:37

Não é tema que tenha a ver com eleições mas pode ajudar muitos a perceber a realidade das politicas, penso que se enquadra neste tópico.

http://sic.sapo.pt/online/video/informa ... -01611.htm
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por Elias » 18/4/2011 19:40

Ulisses Pereira Escreveu:Pode sim, Elias. Era idiota legislar em sentido diferente. O que é é muito mais complicado acertar agendas dado ritmo frenético da campanha eleitoral.

Um abraço,
Ulisses


Obrigado Ulisses. Por acaso não tinha a certeza, daí ter escrito o "penso que", mas agora já estou esclarecido.:wink:

1 abraço,
Elias
 
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por Ulisses Pereira » 18/4/2011 19:38

Pode sim, Elias. Era idiota legislar em sentido diferente. O que é é muito mais complicado acertar agendas dado ritmo frenético da campanha eleitoral.

Um abraço,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por Elias » 18/4/2011 19:11

Penso que não pode haver debates durante a campanha eleitoral oficial.
 
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por Automech » 18/4/2011 19:06

Isto significa que não há debates nas ultimas 2 semanas.
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por Elias » 18/4/2011 18:11

Sócrates e Passos debatem durante 1h a 20 de Maio

Francisco Teixeira
18/04/11 17:48
economico.pt

Televisões acordaram 10 frentes-a-frentes com os cinco candidatos dos principais partidos.

Os cinco candidatos a primeiro-ministro dos cinco principais partidos vão debater em 10 debates o futuro de Portugal. O sorteio entre as várias televisões que contou com a participação de todas as candidaturas determinou que a série de debates arranque com Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, na RTP a 6 de Maio, e termine com o mais aguardado dos confrontos: Passos Coelho e José Sócrates (RTP), a 20 de Maio.

Todos os debates terão uma duração de 45 minutos, à excepção do derradeiro confronto entre os dois principais líderes partidários.

José Sócrates debaterá com o líder comunista a 16 de Maio na SIC, precisamente o dia em que o Governo deverá assinar o resgate financeiro com as autoridades internacionais. A 13 de Maio, um dia com um significado religioso, será a vez de Paulo Portas e Passos Coelho estarem frente-a-frente.

As eleições estão marcadas para 5 de Junho.

* Debates nas televisões

6 Maio (sexta) Paulo Portas / Jerónimo de Sousa (RTP)

9 Maio (segunda) José Sócrates / Paulo Portas (TVI)

10 Maio (terça) Passos Coelho / Jerónimo de Sousa (TVI)

11 Maio (quarta) José Sócrates / Francisco Louçã (SIC)

12 Maio (quinta) Francisco Louçã /Jerónimo de Sousa (RTP)

13 Maio (sexta) Passos Coelho / Paulo Portas (SIC)

16 Maio (segunda) José Sócrates / Jerónimo de Sousa (SIC)

17 Maio (terça) Passos Coelho / Francisco Louça (TVI)

19 Maio (quinta) Paulo Portas / Francisco Louça (SIC)

20 Maio (sexta) José Sócrates / Passos Coelho (RTP)
 
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Off-topic - Legislativas 2011

por Elias » 17/4/2011 22:34

Este tópico serve para juntar material relevante sobre as legislativas de Junho (excepto o que tenha a ver com sondagens que já está em tópico próprio).


Eleições: Novo mapa de deputados "transfere" um deputado de Coimbra para Faro

O círculo eleitoral de Coimbra vai eleger menos um deputado nas eleições de 05 de junho, ganhando Faro mais um lugar na Assembleia da República, de acordo com o mapa de deputados publicado pela Comissão Nacional de Eleições.

Na comparação com o mapa oficial das legislativas de 2009, Coimbra vai eleger nove deputados (elegeu nove há dois anos) e Faro passa de oito para nove lugares no Parlamento.

Coimbra perde um deputado apesar de o número de eleitores ter crescido (de 392.836 para 395.075, mais 2.239 eleitores), Faro ganhou quase 10 mil novos eleitores desde 2009 (de 350.777 para 360.068).

De acordo com o mesmo mapa, Lisboa (onde estão em disputa 47 lugares) permanece como o maior círculo eleitoral, tendo mesmo crescido em número de eleitores face a 2009, de 1.852.123 para 1.878.702 (mais 26.579 eleitores).

Segue-se o Porto, por onde “entram” no Parlamento 39 deputados, que vê também aumentar o número de eleitores, de 1.546.682 para 1.570.154 (mais 23.472 eleitores).

No total, será maior o número de eleitores chamados a eleger os 230 deputados que se vão sentar na Assembleia da República após as eleições de 05 de junho: mais cerca de 130 eleitores.

http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=114879
 
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