PPR - O Fim de um Mito? Ou para quem serve?
Re: PPR - O Fim de um Mito? Ou para quem serve?
Lion_Heart Escreveu:Como tenho um pequeno PPR fui ontem verificar o estado dele e não fiquei contente.
E um PPR de nivel 2 ou seja risco baixo e conclusão:
Ao fim de 2 anos e meio estou a perder dinheiro.
Pensava eu , risco baixo maioria do capital em OT este ano maravilha.
Mas não.
Para mim quem ganha em PPR é mais uma vez a banca.
ando a falar nisto faz algum tempo.
os PPR's são uma bomba relógio ! e não estão seguros pelo fundo dos depósitos.
Se a seguradora falir... o dinheiro arde !
os bancos andaram a financiar-se com este dinheiro.
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parabolic
Depende de que obrigações falas, porque eu também tenho um fundo de obrigaçoes e este ano foi excelente.... o pior é que 2008 e 2009 foi péssimo. Mas mesmo assim, só neste ano recuperou as perdas de 2008 e 2009... e olha que não foram pequenas. Pelo que a mim me toca acho que este ano foi muito bom para as obrigaçoes...
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O Parabolic tocou no ponto certo. Nos últimos 2 anos, aquilo que eram activos praticamente sem risco, como algumas obrigações e dívida soberana, tornaram-se activos com risco. Isto foi, sem dúvida, uma excepção à regra que tem sido as últimas décadas nos mercados financeiros.
Agora é fácil criticar estas opções, mas sinceramente foi a estratégia que tem dado resultados aos PPR`s nas últimas décadas.
Um abraço,
Ulisses
Agora é fácil criticar estas opções, mas sinceramente foi a estratégia que tem dado resultados aos PPR`s nas últimas décadas.
Um abraço,
Ulisses
Este ano foi um ano terrível para as obrigações, que são 99% das carteiras dos PPR e fundos de pensões.
Eu próprio também apanhei isso na pele, porque tive a infeliz ideia de investir este ano num fundo de obrigações europeias, que apresentava uma rentabilidade anual de cerca de 4 a 5% nos ultimos 5 anos e neste momento estou com -3,5% no papo.
Achava eu que era um investimento com um retorno aceitável anual com baixo risco.
Portanto, PPR's só com capital garantido. É que PPR's com carteira de obrigações são risco baixo e depois levam porrada no preço, como aconteceu este ano.
Eu próprio também apanhei isso na pele, porque tive a infeliz ideia de investir este ano num fundo de obrigações europeias, que apresentava uma rentabilidade anual de cerca de 4 a 5% nos ultimos 5 anos e neste momento estou com -3,5% no papo.

Portanto, PPR's só com capital garantido. É que PPR's com carteira de obrigações são risco baixo e depois levam porrada no preço, como aconteceu este ano.
Lion_Heart Escreveu:pocoyo Escreveu:Lion_Heart Escreveu:3% ao ano.
Liquido ou ainda tens que pagar as comissoes , taxas e etc?
E que o ano passado tive 5,8% de rentabilidade e mesmo assim nao da lucro.
3% bruto no minimo, no ano passado foi 4%. não há comissões, cartões ou talões. Normalmente estão bem acima dos DPs do mercado nesse ano.
Dizes que não dá lucro!!!
Apartir de que valores consideras lucro.
Vamos supor que neste tempo coloquei la 4000 eur. Ontem tinha la 3800.
OK, isso não acontece no meu produto.
Se for para assumir risco eu assumo directamente.
Penso que sabes, mas aqui vai, é possivel trocares de PPR e de seguradora, tens que pagar 0,5% no maximo e que normalmente é coberto pela nova companhia.
pocoyo Escreveu:Lion_Heart Escreveu:3% ao ano.
Liquido ou ainda tens que pagar as comissoes , taxas e etc?
E que o ano passado tive 5,8% de rentabilidade e mesmo assim nao da lucro.
3% bruto no minimo, no ano passado foi 4%. não há comissões, cartões ou talões. Normalmente estão bem acima dos DPs do mercado nesse ano.
Dizes que não dá lucro!!!
Apartir de que valores consideras lucro.
Vamos supor que neste tempo coloquei la 4000 eur. Ontem tinha la 3800.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Lion_Heart Escreveu:3% ao ano.
Liquido ou ainda tens que pagar as comissoes , taxas e etc?
E que o ano passado tive 5,8% de rentabilidade e mesmo assim nao da lucro.
3% bruto no minimo, no ano passado foi 4%. não há comissões, cartões ou talões. Normalmente estão bem acima dos DPs do mercado nesse ano.
Dizes que não dá lucro!!!
Apartir de que valores consideras lucro.
Sou anti-PPRs e por várias razões, nomeadamente as seguintes:
- Por vezes não protegem o capital
- Nem sempre há remuneração mínima garantida
- A remuneração, quando positiva, quase nunca é superior à remuneração de um simples depósito a prazo!
- Quando se quer resgatar (sem ocorrer qualquer dos casos definidos por lei), para além de devolver o benefício fiscal ainda temos que pagar adicionalmente mais 10% (por cada ano decorrido) sobre o benefício!
E repare-se que quanto mais novos somos, menos compensa constituir um PPR porque o benefício fiscal que podemos ter vai ser diluído por um número de anos cada vez maior e se quisermos resgatar antes de tempo levamos uma grande porrada.
Por exemplo, se constituir € 2.000 de PPR aos 25 anos vou ter € 400 de benefício fiscal (20% x 2.000 com máximo de € 400).
Imaginando que tenho que resgatar aos 55 anos (antes da reforma) para além de ter que devolver os € 400 ainda tenho que pagar mais € 1.200 (€ 400 x 10% x 30 anos decorridos).
Mais vale tar quieto e aplicar o dinheiro em DP's.
- Por vezes não protegem o capital
- Nem sempre há remuneração mínima garantida
- A remuneração, quando positiva, quase nunca é superior à remuneração de um simples depósito a prazo!
- Quando se quer resgatar (sem ocorrer qualquer dos casos definidos por lei), para além de devolver o benefício fiscal ainda temos que pagar adicionalmente mais 10% (por cada ano decorrido) sobre o benefício!
E repare-se que quanto mais novos somos, menos compensa constituir um PPR porque o benefício fiscal que podemos ter vai ser diluído por um número de anos cada vez maior e se quisermos resgatar antes de tempo levamos uma grande porrada.
Por exemplo, se constituir € 2.000 de PPR aos 25 anos vou ter € 400 de benefício fiscal (20% x 2.000 com máximo de € 400).
Imaginando que tenho que resgatar aos 55 anos (antes da reforma) para além de ter que devolver os € 400 ainda tenho que pagar mais € 1.200 (€ 400 x 10% x 30 anos decorridos).
Mais vale tar quieto e aplicar o dinheiro em DP's.
Re: PPR - O Fim de um Mito? Ou para quem serve?
Lion_Heart Escreveu:Como tenho um pequeno PPR fui ontem verificar o estado dele e não fiquei contente.
E um PPR de nivel 2 ou seja risco baixo e conclusão:
Ao fim de 2 anos e meio estou a perder dinheiro.
Pensava eu , risco baixo maioria do capital em OT este ano maravilha.
Mas não.
Para mim quem ganha em PPR é mais uma vez a banca.
Não posso concordar contigo, tens é que escolher bem... Eu tenho subscrito o PPR da Generali e eles garantem 3% no minimo até ao final do contrato e ainda pagam 90%, do ganho, num fundo gerido por eles.
Se escolhes um PPR com risco depois não te podes queixar.
Verdade ou não
Estas conclusões podem ser verdade dependendo do ponto de vista, porque se a ela juntarmos os 400€ que o estado devolve temos 400 * 6 = 2400 a somar a todos os planos.
Eu vejo desta forma as contas.
Eu vejo desta forma as contas.
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PPR: reforma para si ou para o seu banco?
Se um aforrador tivesse investido o suficiente num PPR para ter o benefício fiscal máximo na factura de IRS desde 2004, teria recebido menos do que o banco que o gere.
Nuno Alexandre Silva
20:44 Terça feira, 16 de Março de 2010
Nos dois primeiros meses de 2010, os fundos de poupança-reforma perderam mais de 4,7 milhões de euros do seu capital. Os resgates superaram as subscrições e seguiram a tendência que já vinha de Janeiro de 2009 e que se saldou por subscrições líquidas negativas superiores a 50 milhões de euros. Os números da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) combinam com os magros retornos dos produtos de poupança desenhados para os anos de descanso da vida activa.
Para um investidor que tivesse começado por aplicar 2000 euros, em Março de 2004, num dos planos poupança-reforma (PPR) que mantém a sua informação de comissões e unidades de participação na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e mantivesse a estratégia em cada Março do ano seguinte, os resultados não são animadores. Com excepção do fundo do Banco Invest, o Alves Ribeiro PPR, que atinge uma rendibilidade anualizada de quase 4%, todos os outros produtos foram mais interessantes para os bancos do que para os subscritores.
E Fevereiro parece ter sido um mês de alvorada para os investidores já que todos os 9 fundos analisados tiveram mais resgates do que subscrições. O principal visado foi o BPI Reforma Segura PPR, que teve mais 1,83 milhões de resgates do que subscrições. Aquele que é o fundo desta categoria com a segunda maior carteira, que pesa cerca de 25% do mercado de fundos de poupança-reforma, tem o segundo pior desempenho neste exemplo de subscrição anual de 2000 euros desde 2004. A rendibilidade negativa para este período (Março de 2004 a Março de 2010) contrasta com as comissões encaixadas pelo banco em gestão e depósito, mas este não é o banco que mais cobrou neste período.
Comissões ultrapassam rendibilidades
O Barclays PPR cobrou anualmente 2% do valor do fundo enquanto os investidores preocupados com a reforma não foram além de ganhos anualizados de 0,66%, durante os seis anos. Mais uma vez, o fundo que se destaca é o Alves Ribeiro PPR, com comissões de gestão e depósito muito abaixo do retorno oferecido desde 2004, mas ainda assim acima da média de 1,46% de comissões suportadas anualmente com a gestão e o depósito dos planos poupança-reforma estudados. Contudo, o fundo não tem chamado a atenção dos investidores já que vale apenas 0,22% do mercado de produtos de reforma, de acordo com a APFIPP e tem menos de 1% do total da carteira do maior fundo da classe, o BPI Reforma Investimento PPR.
Os portugueses que seguem produtos de reforma têm o dom de estar principalmente investidos nos produtos com pior desempenho nos últimos anos. Os dois PPR do Santander e o par de planos de reforma do BPI são os preferidos pelos capitais dos investidores, mas são os fundos que conseguiram lidar melhor com o dinheiro aplicado nos últimos 6 anos, no exemplo estudado.
in http://aeiou.expresso.pt/ppr-reforma-pa ... co=f571309
Se um aforrador tivesse investido o suficiente num PPR para ter o benefício fiscal máximo na factura de IRS desde 2004, teria recebido menos do que o banco que o gere.
Nuno Alexandre Silva
20:44 Terça feira, 16 de Março de 2010
Nos dois primeiros meses de 2010, os fundos de poupança-reforma perderam mais de 4,7 milhões de euros do seu capital. Os resgates superaram as subscrições e seguiram a tendência que já vinha de Janeiro de 2009 e que se saldou por subscrições líquidas negativas superiores a 50 milhões de euros. Os números da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) combinam com os magros retornos dos produtos de poupança desenhados para os anos de descanso da vida activa.
Para um investidor que tivesse começado por aplicar 2000 euros, em Março de 2004, num dos planos poupança-reforma (PPR) que mantém a sua informação de comissões e unidades de participação na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e mantivesse a estratégia em cada Março do ano seguinte, os resultados não são animadores. Com excepção do fundo do Banco Invest, o Alves Ribeiro PPR, que atinge uma rendibilidade anualizada de quase 4%, todos os outros produtos foram mais interessantes para os bancos do que para os subscritores.
E Fevereiro parece ter sido um mês de alvorada para os investidores já que todos os 9 fundos analisados tiveram mais resgates do que subscrições. O principal visado foi o BPI Reforma Segura PPR, que teve mais 1,83 milhões de resgates do que subscrições. Aquele que é o fundo desta categoria com a segunda maior carteira, que pesa cerca de 25% do mercado de fundos de poupança-reforma, tem o segundo pior desempenho neste exemplo de subscrição anual de 2000 euros desde 2004. A rendibilidade negativa para este período (Março de 2004 a Março de 2010) contrasta com as comissões encaixadas pelo banco em gestão e depósito, mas este não é o banco que mais cobrou neste período.
Comissões ultrapassam rendibilidades
O Barclays PPR cobrou anualmente 2% do valor do fundo enquanto os investidores preocupados com a reforma não foram além de ganhos anualizados de 0,66%, durante os seis anos. Mais uma vez, o fundo que se destaca é o Alves Ribeiro PPR, com comissões de gestão e depósito muito abaixo do retorno oferecido desde 2004, mas ainda assim acima da média de 1,46% de comissões suportadas anualmente com a gestão e o depósito dos planos poupança-reforma estudados. Contudo, o fundo não tem chamado a atenção dos investidores já que vale apenas 0,22% do mercado de produtos de reforma, de acordo com a APFIPP e tem menos de 1% do total da carteira do maior fundo da classe, o BPI Reforma Investimento PPR.
Os portugueses que seguem produtos de reforma têm o dom de estar principalmente investidos nos produtos com pior desempenho nos últimos anos. Os dois PPR do Santander e o par de planos de reforma do BPI são os preferidos pelos capitais dos investidores, mas são os fundos que conseguiram lidar melhor com o dinheiro aplicado nos últimos 6 anos, no exemplo estudado.
in http://aeiou.expresso.pt/ppr-reforma-pa ... co=f571309
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" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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PPR - O Fim de um Mito? Ou para quem serve?
Como tenho um pequeno PPR fui ontem verificar o estado dele e não fiquei contente.
E um PPR de nivel 2 ou seja risco baixo e conclusão:
Ao fim de 2 anos e meio estou a perder dinheiro.
Pensava eu , risco baixo maioria do capital em OT este ano maravilha.
Mas não.
Para mim quem ganha em PPR é mais uma vez a banca.
E um PPR de nivel 2 ou seja risco baixo e conclusão:
Ao fim de 2 anos e meio estou a perder dinheiro.
Pensava eu , risco baixo maioria do capital em OT este ano maravilha.
Mas não.
Para mim quem ganha em PPR é mais uma vez a banca.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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