comissão mensal manutenção de conta - usura
Elias Escreveu:
Pois é esta parte que eu não concordo. O cliente pode sempre mudar, tem essa liberdade, ninguém o impede.
Se o valor não se justificar, na prática não pode Elias (formal é diferente de prática).
Além de que pode haver outras situações que o impedem mesmo de mudar, como já referi, o que faz com que tenha um produto de longo prazo e outro de 'curto prazo, mas que na prática são o mesmo e onde um deles teve um precário aumentado (ainda que as condições o permitissem) sem que possa dele desistir (sem desistir do outro).
Elias Escreveu:O que me parece que se passa é que o grau de irritação das pessoas que estão nesta situação é desproporcionado face ao valor da comissão cobrada (6 euros).![]()
Pela minha parte não porque a situação não me afecta sequer. O que não significa que não tenha opinião sobre ela.
O que está em causa nem sequer é o valor mas a justiça ou não da situação e se há ou não liberdade de mercado. Para mim não há, mas aí não adianta serrarmos mais presunto

AutoMech Escreveu:Se a mudança para outro banco não justificar, a tal liberdade de mercado é meramente ilusória.
Pois é esta parte que eu não concordo. O cliente pode sempre mudar, tem essa liberdade, ninguém o impede.
O que me parece que se passa é que o grau de irritação das pessoas que estão nesta situação é desproporcionado face ao valor da comissão cobrada (6 euros).

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Elias Escreveu:A verdade é que a economia de mercado baseia-se na livre fixação dos preços por parte de quem vende e na total liberdade de escolher os fornecedores de bens e serviços por parte de quem compra. E que me pareça nenhum destes princípios está aqui a ser violado.
Alguém contrata um crédito á habitação por 25 anos.
E simultaneamente contrata uma conta à ordem que não tem despesas (embora as condições prevejam que possa vir a ter).
Entretanto a conta à ordem passa a ter despesas.
Mas o cliente não pode optar por desistir da conta e ficar com o empréstimo.
O que na prática (embora não formalmente) faz com que ambos os produtos sejam um só: ou desiste de ambos ou fica com ambos.
Se a mudança para outro banco não justificar, a tal liberdade de mercado é meramente ilusória.
E já nem quero trazer outras situações em que simplesmente não há qualquer liberdade na prática.
Estou a lembrar-me de alguém que entretanto tenha uma doença grave, por exemplo, e que já nenhum banco lhe aceite um CH ou alguém que ficou desempregado.
Para dizer que há liberdade de mercado não basta apenas olhar para a parte formal Elias. De nada adianta a liberdade em papel se na prática ela for inexistente, o que é manifestamente o caso.
artista Escreveu:Humm, é aqui que estamos a divergir... porque aqui, como já referiu o AutoMech, coloca-se a questão do prazo, que neste caso é muito longo. Presumindo que é legal o aumento das comissões, tenho algumas dúvidas se nestes casos não deveria haver legislação que protegesse os clientes...
O que é para ti proteger os clientes? É assegurar que o banco fica refém durante 30 anos de um cliente que só lhe dá prejuízo, independentemente das circunstâncias?
artista Escreveu:No limite, os bancos poderiam todos concertar aumentos de comissões de manutenção de conta para 500 euros por mês!
Não, não podiam, porque isso era cartel e violaria as leis da concorrência.
artista Escreveu:Qual era a alternativa? Pagar o crédito e retirar o dinheiro do banco... quem não conseguisse pagar o crédito, ficaria sem a casa, era o mercado e a livre fixação de preços a funcionarem![]()
Admitindo que alguns bancos subiam para os 500 euros por mês, provavelmente a maioria dos clientes iria à procura de alternativas mais em conta e provavelmente alguns bancos iriam aproveitar-se da situação e fazer comissões mais baratas para atrair os clientes.
isto tem tudo a ver com oferta e procura.
Eu, que sou um defensor dos mercados livres, digo sobre estas comissões o mesmo que digo da gasolina: as comissões não são excessivas, tal como a gasolina não está cara; no dia em que as comissões forem excessivas, os clientes em lugar de protestar começam efectivamente a mudar de banco; no dia em que a gasolina estiver cara, os carritos começam a ficar em casa. Até lá, é business as usual.
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Elias Escreveu:Então e não há um aproveitamento das bombas de gasolina das auto-estradas que vendem a gasolina mais cara?
Se calhar há mas é mais fácil cair nisso mais que uma vez, se é que é preciso cair uma primeira

Elias Escreveu:E não há um aproveitamento das áreas de serviço que pedem 90 cêntimos por um café?
Também, mas é como o exemplo anterior, não se é obrigado a consumir, é fácil não pagar esse "imposto"...
Elias Escreveu:E não há aproveitamento das lojas de conveniência que vendem tudo 30 ou 50% mais caro que nos supermercados?
Também não és obrigado a consumir... e ali está a pagar um serviço que tem riscos e custos superiores!
Elias Escreveu:No limite, este tipo de raciocínio aplica-se a tudo...
Só mesmo num limite profundo porque os exemplos que me apresentaste são manifestamente diferentes!

Elias Escreveu:A verdade é que a economia de mercado baseia-se na livre fixação dos preços por parte de quem vende e na total liberdade de escolher os fornecedores de bens e serviços por parte de quem compra. E que me pareça nenhum destes princípios está aqui a ser violado.
Humm, é aqui que estamos a divergir... porque aqui, como já referiu o AutoMech, coloca-se a questão do prazo, que neste caso é muito longo. Presumindo que é legal o aumento das comissões, tenho algumas dúvidas se nestes casos não deveria haver legislação que protegesse os clientes...
No limite, os bancos poderiam todos concertar aumentos de comissões de manutenção de conta para 500 euros por mês! Qual era a alternativa? Pagar o crédito e retirar o dinheiro do banco... quem não conseguisse pagar o crédito, ficaria sem a casa, era o mercado e a livre fixação de preços a funcionarem

Elias Escreveu:artista Escreveu: o cliente pode mudar mas isso dá muito trabalho e tem custos elevados!
Claro que dá trabalho.
Tal como dá trabalho comparar os preços dos produtos nos supermercados e maioria das pessoas não compara porra nenhuma porque não está para se chatear e paga os bens por um preço muito superior ao que poderia pagar. É tudo uma questão de custo versus benefício..
Bom mas nesta situação, quem não compara não se pode queixar de mais ninguém.... mas há muitos que comparam, eu por exemplo!
Elias Escreveu:Eu não sei se as regras foram alteradas..
Se no contrato está escrito que podem ser cobradas comissões de manutenção, as regras não foram alteradas.
Se no contrato isso não está escrito, então como referi acima o melhor é apresentar uma queixa ao Banco de Portugal.[/quote]
Duvido que esteja escrito alguma coisa sobre o assunto, nem a dizer que se pagam nem que não se pagam. Nem tem que dizer, a comissão não afecta a prestação do crédito, mas sem conta à ordem não há crédito!! Não tenho CH no BCP (felizmente) mas tenho quase a certeza que será como estou a dizer...
abraço
artista
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e seo banco efectivamente quiser motivar os clientes a irem-se embora porque um créditoque antes era lucro agora é prejuizo? até porque esse tipo de comissões são exactamente formas encapotadas de aumentar os custos totais incorridos pelos clientes. Um dos custos encapotados engraçados é exactamente feito desse modo: o banco sugere que o pagamento das prestações seja mensal, indexa o crédito à Euribor mensal e depois cobra despesas de processamento ou de envio de carta (
) mensalmente. O cliente, do seu lado, está todo contente porque paga um spread mais baixo do que no banco do lado (not
).


artista Escreveu:Concordo com o AutoMech, não me parece que seja o mercado a funcionar, há aqui um claro aproveitamento do banco...
Então e não há um aproveitamento das bombas de gasolina das auto-estradas que vendem a gasolina mais cara?
E não há um aproveitamento das áreas de serviço que pedem 90 cêntimos por um café?
E não há aproveitamento das lojas de conveniência que vendem tudo 30 ou 50% mais caro que nos supermercados?
No limite, este tipo de raciocínio aplica-se a tudo...
A verdade é que a economia de mercado baseia-se na livre fixação dos preços por parte de quem vende e na total liberdade de escolher os fornecedores de bens e serviços por parte de quem compra. E que me pareça nenhum destes princípios está aqui a ser violado.
artista Escreveu: o cliente pode mudar mas isso dá muito trabalho e tem custos elevados!
Claro que dá trabalho.
Tal como dá trabalho comparar os preços dos produtos nos supermercados e maioria das pessoas não compara porra nenhuma porque não está para se chatear e paga os bens por um preço muito superior ao que poderia pagar. É tudo uma questão de custo versus benefício.
artista Escreveu:Pode ser legalmente legítimo mas é moralmente condenável (alterar as regras a meio do jogo) e estou tentado a dizer que também será um "fracasso comercial" se for seguido à letra!
Eu não sei se as regras foram alteradas.
Se no contrato está escrito que podem ser cobradas comissões de manutenção, as regras não foram alteradas.
Se no contrato isso não está escrito, então como referi acima o melhor é apresentar uma queixa ao Banco de Portugal.
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Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:A questão é que a CO e CH ao serem indissociáveis (embora não formalmente) isso permite ao banco tomar uma posição até um determinado limite que sabe não justificar ao cliente mudar de banco. Roça o conceito de abuso de posição dominante (embora não esteja obviamente à espera que ninguém lhe mova um processo por isso).
Pois esta parte é que eu não concordo.
Não acho que seja abuso, não acho que seja posição dominante (há alternativas no mercado), o cliente não é impedido de mudar de banco. Como bem referiste, há um limite abaixo do qual o cliente não muda de instituição de crédito e os bancos "sabem" onde está esse limite.
Reitero o que já escrevi: é o mercado a funcionar.
Concordo com o AutoMech, não me parece que seja o mercado a funcionar, há aqui um claro aproveitamento do banco... o cliente pode mudar mas isso dá muito trabalho e tem custos elevados! Pode ser legalmente legítimo mas é moralmente condenável (alterar as regras a meio do jogo) e estou tentado a dizer que também será um "fracasso comercial" se for seguido à letra!
abraços
artista
PS: Não estou com muito tempo mas já comecei a mudar as domiciliações de pagamentos para outro banco, esta parte do problema fica resolvida no máximo no prazo de um mês!
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migluso Escreveu:
Os bancos aproveitam-se das condições actuais do mercado serem desvantajosas para os clientes renegociarem os créditos à habitação e pimba, carregam-lhe nas comissões, o que na prática pode ser o equivalente a subir o spread (que mesmo assim ficará abaixo do valor actual de mercado, pelo que não compensa o cliente mudar de banco).
Sim, é dessa forma que eu vejo.
Seria inaceitávei subir o spread (até porque na maioria dos casos é impossível contratualmente).
Mas, na prática, ao juntar dois produtos num só (embora não formalmente) é isso que estão a fazer.
Quanto aos 5%, tu não perdes uma oportunidade

SL
A mim, banco que cobre comissão de manutenção de uma conta à ordem perde um cliente.
Primeiro, é o produto onde os bancos ganham mais dinheiro. Em condições normais não remuneram o cliente e podem emprestar sobre o valor depositado, o que equivale a dizer que a margem do empréstimo é a margem efectiva do banco, ao contrário dos depósitos a prazo por exemplo.
Segundo, comissão de manutenção? Manutenção de quê? De 5% ou menos do meu depósito? AutoMech, tu sabes do que estou a falar...
Os bancos aproveitam-se das condições actuais do mercado serem desvantajosas para os clientes renegociarem os créditos à habitação e pimba, carregam-lhe nas comissões, o que na prática pode ser o equivalente a subir o spread (que mesmo assim ficará abaixo do valor actual de mercado, pelo que não compensa o cliente mudar de banco).
Pode não ser um roubo, mas é uma vergonha.
Primeiro, é o produto onde os bancos ganham mais dinheiro. Em condições normais não remuneram o cliente e podem emprestar sobre o valor depositado, o que equivale a dizer que a margem do empréstimo é a margem efectiva do banco, ao contrário dos depósitos a prazo por exemplo.
Segundo, comissão de manutenção? Manutenção de quê? De 5% ou menos do meu depósito? AutoMech, tu sabes do que estou a falar...

Os bancos aproveitam-se das condições actuais do mercado serem desvantajosas para os clientes renegociarem os créditos à habitação e pimba, carregam-lhe nas comissões, o que na prática pode ser o equivalente a subir o spread (que mesmo assim ficará abaixo do valor actual de mercado, pelo que não compensa o cliente mudar de banco).
Pode não ser um roubo, mas é uma vergonha.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Já, vi hoje... outra vez!
Basicamente, a única coisa que me pode isentar totalmente de pagar as comissões é ter um saldo médio superior a 3000 euros (superior a 1500 euros paga-se 3 euros mês)... além disto só contas jovens, contas abertas há menos de 3 meses e pouco mais...
E eu até tenho uma aplicação a prazo superior a 3000 mil euros e saldo médio superior a 1500 euros, mesmo assim tive de pagar 3 euros...
Resumindo e concluíndo, parece-me sobretudo é que este tipo de critérios cegos podem muito bem resultar de uma má gestão... e se forem seguidos à risca vão resultar na perda de muitos clientes! Eu sinceramente ainda mantenho a conta sobretudo porque é a mais antiga que tenho, trata-se de uma questão sentimental!
abraço
artista
Com 3 milhões de euros no Banco e paga 3 euros de comissão ? !
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AutoMech,
Eu continuo a achar que o cliente é livre de escolher e que se os clientes não mudam o CH para outro banco é porque consideram que a situação actual é mais vantajosa.
Mas quem for de outra opinião e se sentir "agarrado" a condições que considere atentatórias do bom funcionamento do mercado, tem sempre a opção de apresentar uma queixa no Banco de Portugal.
1 abraço,
Elias
Eu continuo a achar que o cliente é livre de escolher e que se os clientes não mudam o CH para outro banco é porque consideram que a situação actual é mais vantajosa.
Mas quem for de outra opinião e se sentir "agarrado" a condições que considere atentatórias do bom funcionamento do mercado, tem sempre a opção de apresentar uma queixa no Banco de Portugal.
1 abraço,
Elias
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Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:A questão é que a CO e CH ao serem indissociáveis (embora não formalmente) isso permite ao banco tomar uma posição até um determinado limite que sabe não justificar ao cliente mudar de banco. Roça o conceito de abuso de posição dominante (embora não esteja obviamente à espera que ninguém lhe mova um processo por isso).
Pois esta parte é que eu não concordo.
Não acho que seja abuso, não acho que seja posição dominante (há alternativas no mercado), o cliente não é impedido de mudar de banco. Como bem referiste, há um limite abaixo do qual o cliente não muda de instituição de crédito e os bancos "sabem" onde está esse limite.
Reitero o que já escrevi: é o mercado a funcionar.
Podemos ver noutra perspectiva Elias.
Produto 1 - Credito à habitação.
Tem determinadas condições acordadas e o cliente sabe o que tem de cumprir para estas que não sofrem alterações ao longo de, por exemplo, 25 anos.
Produto 2 - Conta depósito à ordem.
Tem condições que permitem alterar os custos a meio, mediante pré aviso, tal como qualquer outro contrato de telecomunicações, ginásio, via verde, etc.
O cliente aqui tem a opção de cancelar o serviço e mudar.
A única diferença é que nos CH o produto 1 é de longo prazo e o produto 2 é de 'curto prazo'.
E quando alguém contratou o produto 1, o produto 2 tinha determinadas condições.
O produto 2 alterou essas condições, mas o cliente não pode desistir dele sem desistir do outro.
Porque, embora formalmente não o sejam, eles na prática são indissociáveis e na prática são um único produto.
É por isso que eu, embora não tendo dúvidas sobre a questão formal, nem concordo sequer que seja o mercado a funcionar porque a liberdade de escolha neste caso existe apenas formalmente (mas não na prática, dado o montante estabelecido pelo banco).
AutoMech Escreveu:A questão é que a CO e CH ao serem indissociáveis (embora não formalmente) isso permite ao banco tomar uma posição até um determinado limite que sabe não justificar ao cliente mudar de banco. Roça o conceito de abuso de posição dominante (embora não esteja obviamente à espera que ninguém lhe mova um processo por isso).
Pois esta parte é que eu não concordo.
Não acho que seja abuso, não acho que seja posição dominante (há alternativas no mercado), o cliente não é impedido de mudar de banco. Como bem referiste, há um limite abaixo do qual o cliente não muda de instituição de crédito e os bancos "sabem" onde está esse limite.
Reitero o que já escrevi: é o mercado a funcionar.
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Elias Escreveu:
Bem, se não compensa mudar (ou se em tua opinião nem sequer compensa fazer as contas) tens sempre outra hipótese: vais ao banco ter uma conversinha com eles e perguntas se há hipótese de te isentarem dessa tal comissão e em que condições.
Depois logo vês se compensa
Elias, eu não tenho este problema com o Millennium. Estou apenas a comentar o que vi no tópico e respondi à tua pergunta sobre porque é que acho que não compensa.
Mas e se a pessoa chegar à conclusão que mudar não compensa os 6 euros ? É óbvio que não tem alternativa, senão pagar. Isso é claro.
O que para mim não é claro é a justiça pelas razões que já apontei.
AutoMech Escreveu:Não concordas porquê?
Achas que o banco não deve poder fixar livremente as comissões que cobra?
Formalmente pode. Eu apenas comentei a questão da justiça, pelo facto de serem produtos na prática bundled, apesar de formalmente isso não estar estabelecido.
Se queres a minha opinião a pessoa deveria poder optar pelo serviço do CH no banco e transferir para lá o dinheiro, uma vez que na altura em que contratou o empréstimo à habitação não tinha custos de manutenção.
A questão é que a CO e CH ao serem indissociáveis (embora não formalmente) isso permite ao banco tomar uma posição até um determinado limite que sabe não justificar ao cliente mudar de banco. Roça o conceito de abuso de posição dominante (embora não esteja obviamente à espera que ninguém lhe mova um processo por isso).
Elias Escreveu:artista Escreveu:Resumindo e concluíndo, parece-me sobretudo é que este tipo de critérios cegos podem muito bem resultar de uma má gestão... e se forem seguidos à risca vão resultar na perda de muitos clientes! Eu sinceramente ainda mantenho a conta sobretudo porque é a mais antiga que tenho, trata-se de uma questão sentimental!![]()
Oh artista já pensaste que os outros clientes também não se vão embora por idêntica razão e que o banco vai capitalizando sobre isso?
Comigo podes ter a certeza que perdem um cliente se não me devolverem os 3 euros (até podiam ser 30 cêntimos) que me cobraram há 4 ou 5 dias...
abraço
artista
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ajpr3392 Escreveu:
Vamos lá clarificar, eu defendi a gratutidades dos serviços? NÃO. O que eu não concordo e misturar debito de preçarios legais e legitimos, com alegações de "roubo" e outras. O exemplo do BCP e que exige saldo medio de 3500 € mas estar isento ou então ter Patrimonio Financeiro (aplicações). PONTO.
Comunicadas as regras, ou nos servem ou não. Concordo consigo com a estoria do salario de 500 euros mas, isto decorre na guerra comercial no sector para a capatação da ctas ordenado. É o país que temos e os salarios que tb temos.
Quantos as conclusões que tira no que respeita aos comparativos do sector, compreenderá que a conclusão carece de estudo e fundamentação. Era engraçado alguem aqui se dedicar e efectuar uma analise neste ambito. Talvez quanto tiver disponibilidade o faça.
Concluo que não digo se é justo, se é mais caro ou até se é o preçario que melhor defende o negócio do Banco. Agora legitimo é de certeza.
Abraço.
Basicamente estamos de acordo, apenas acho que foi exagerada a tua expressão "Só na banca tem de ser tudo gratuito" embora se perceba a tua posição pelo resto das tuas mensagens...
Como já disse lá atrás, não se trata tanto de uma questão de legitimidade ou falta dela, trata-se sobretudo de regras de gestão cegas e com pouca lógica, pelo menos neste aspecto da "comissões de manutenão de conta"... até nisto os trabalhadores a recibos verdes são discriminados!
E, ainda assim, fico com dúvidas se será legitimo cobrar comissões, alterando as regras anteriores, em situações em que o cliente não pode mudar de banco, ou isso será manifestamente difícil (estou a falar, por exemplo, da situação do Atomez)... pode até ser legalmente legítimo, mas não me parece que seja correcto, moralmente...
abraço
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Re: comissão mensal manutenção de conta - usura
dr house Escreveu:Elias Escreveu:dr house Escreveu:Infelizmente não existe nada parecido com greve aos bancos. O mais que posso fazer é desaconcelhar a boa voz toda e qq pessoa de se envolver com a máfia que é o MillenioBCP.
Ora aqui está mais um que:
- ou comprou acções do BCP e perdeu;
- ou recusaram um financiamento:
- ou trabalhou no Banco e foi dispensado;
- ou queria trabalhar no Banco e não consegui;
- ou está zangado com a vida.
Greves aos Bancos? era bom era. Mas o ideal era podermos fazer greve no pagamento das nossas prestações.

Calma "Homem", estamos na epoca natalicia.
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AutoMech Escreveu:Eu, se não tivesse perspectiva de melhores taxas noutro lado, penso que a questão de quantificar os custos é uma perda de tempo.
Para balizar a questão, trata-se de poupar 6 euros por mês (assumindo que noutro banco não há custos de manutenção de DO).
Falamos de 72 euros por ano.
Se faltarem 20 anos para acabar o empréstimo, tudo o resto igual, são 1.440 euros.
Temos custo de abertura do processo, avaliação, registos prediais, custo de amortização do empréstimo no banco actual, etc.
Poderá haver ou não promoções no outro banco para captar o CH.
Poderá haver (ou nesta altura mais provavelmente não haver) uma taxa melhor no outro banco.
A margem para poupar (se é que existe) na minha opinião é reduzida, para não dizer nula, mesmo sem fazer contas (e duvido que esteja enganado).
Bem, se não compensa mudar (ou se em tua opinião nem sequer compensa fazer as contas) tens sempre outra hipótese: vais ao banco ter uma conversinha com eles e perguntas se há hipótese de te isentarem dessa tal comissão e em que condições.
Depois logo vês se compensa
AutoMech Escreveu:Se mercado = formal, sim, é o mercado.
Quanto a não haver problema, já não concordo.
Não concordas porquê?
Achas que o banco não deve poder fixar livremente as comissões que cobra?
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Elias Escreveu:Certo, mas quantas pessoas se dão realmente ao trabalho de quantificar os custos dessa eventual mudança?
É que uma coisa é achar que é caro mudar, outra coisa é fazer as contas e chegar a valores concretos. Fazes ideia de que valores estamos a falar?
Eu, se não tivesse perspectiva de melhores taxas noutro lado, penso que a questão de quantificar os custos é uma perda de tempo.
Para balizar a questão, trata-se de poupar 6 euros por mês (assumindo que noutro banco não há custos de manutenção de DO).
Falamos de 72 euros por ano.
Se faltarem 20 anos para acabar o empréstimo, tudo o resto igual, são 1.440 euros.
Temos custo de abertura do processo, avaliação, registos prediais, custo de amortização do empréstimo no banco actual, etc.
Poderá haver ou não promoções no outro banco para captar o CH.
Poderá haver (ou nesta altura mais provavelmente não haver) uma taxa melhor no outro banco.
A margem para poupar (se é que existe) na minha opinião é reduzida, para não dizer nula, mesmo sem fazer contas (e duvido que esteja enganado).
Elias Escreveu:Evidentemente. É o mercado a funcionar.
Os clientes só não mudam porque consideram que não é vantajoso fazê-lo. O banco sabe isso e tira partido disso.
Sinceramente não vejo onde está o problema.
Se mercado = formal, sim, é o mercado.
Quanto a não haver problema, já não concordo.
artista Escreveu:Resumindo e concluíndo, parece-me sobretudo é que este tipo de critérios cegos podem muito bem resultar de uma má gestão... e se forem seguidos à risca vão resultar na perda de muitos clientes! Eu sinceramente ainda mantenho a conta sobretudo porque é a mais antiga que tenho, trata-se de uma questão sentimental!![]()
Oh artista já pensaste que os outros clientes também não se vão embora por idêntica razão e que o banco vai capitalizando sobre isso?

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Krupper Escreveu:Artista, estás enganado. Já viste o preçário do banco? Existem mais factores para além da domiciliação do ordenado para evitar o pagamento da comissão de compra.
Já, vi hoje... outra vez!

Basicamente, a única coisa que me pode isentar totalmente de pagar as comissões é ter um saldo médio superior a 3000 euros (superior a 1500 euros paga-se 3 euros mês)... além disto só contas jovens, contas abertas há menos de 3 meses e pouco mais...
E eu até tenho uma aplicação a prazo superior a 3000 mil euros e saldo médio superior a 1500 euros, mesmo assim tive de pagar 3 euros...
Resumindo e concluíndo, parece-me sobretudo é que este tipo de critérios cegos podem muito bem resultar de uma má gestão... e se forem seguidos à risca vão resultar na perda de muitos clientes! Eu sinceramente ainda mantenho a conta sobretudo porque é a mais antiga que tenho, trata-se de uma questão sentimental!

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artista Escreveu:ajpr3392 Escreveu:...Só na banca tem de ser tudo gratuito...
Há aqui dois aspectos a considerar:
1- Parece que estamos aqui a chegar todos à conclusão que o BCP é o único que cobra estas comissões ou, se quiseres, tem exigências diferenciadas e menos aceitáveis (artista
Vamos lá clarificar, eu defendi a gratutidades dos serviços? NÃO. O que eu não concordo e misturar debito de preçarios legais e legitimos, com alegações de "roubo" e outras. O exemplo do BCP e que exige saldo medio de 3500 € mas estar isento ou então ter Patrimonio Financeiro (aplicações). PONTO.
Comunicadas as regras, ou nos servem ou não. Concordo consigo com a estoria do salario de 500 euros mas, isto decorre na guerra comercial no sector para a capatação da ctas ordenado. É o país que temos e os salarios que tb temos.
Quantos as conclusões que tira no que respeita aos comparativos do sector, compreenderá que a conclusão carece de estudo e fundamentação. Era engraçado alguem aqui se dedicar e efectuar uma analise neste ambito. Talvez quanto tiver disponibilidade o faça.
Concluo que não digo se é justo, se é mais caro ou até se é o preçario que melhor defende o negócio do Banco. Agora legitimo é de certeza.
Abraço.
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