Caldeirão da Bolsa

Off -Topic- Ainda se recordam?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por carf2007 » 3/9/2010 14:59

Agora vamos ter os recursos e mais 3 a 4 anos de espera.

Pena os da classe politica ( Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues e eventualmente outros ) nem sequer terem ido a julgamento ...
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por DNVG » 3/9/2010 14:58

Espero que este caso polémico sirva como um "abre-olhos" para muita gente crente em lágrimas de crocodilo.

Obviamente com os recursos e o arrastamento nunca serão efectivamente condenados, mas moralmente já estão definitivamente julgados e condenados.

E que resolvam de vez a prostituição na Casa Pia e outras instituições, pois a mesma vergonha continua....
 
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por Fenicio » 3/9/2010 14:55

Com a avalanche de recursos que os tribunais receberão a partir de segunda-feira, não vou me surpreender nada com a prescrição deste processo daqui há um par de anos (já não falta muito!).
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por amsfsma » 3/9/2010 14:46

Recentemente reparei na terminologia "original" de alguma comunicação social. Normalmente a comunicação social faz alusão aos alegados criminosos no entanto, neste caso, era frequente ouvir-se falar em alegadas vítimas!

:oops:
 
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Off -Topic- Ainda se recordam?

por lunas99 » 3/9/2010 14:05

Dados como provados crimes de todos os arguidos



O colectivo de juízes que julga o processo Casa Pia deu como provados factos cometidos por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes. Os três juízes leram, de forma alternada, apenas uma súmula do acórdão, tendo começado pelos factos dados como provados e tendo passado já para as fundamentações. A sessão foi interrompida para almoço e será retomada às 14.30 horas.

Após a pausa, a juíz Ana Peres, que preside ao colectivo, disse que "o tribunal fez uma analise próxima quanto foi possível", e acentuou o facto de que a própria "Casa Pia teve responsabilidade no que se passou e como as coisas se desenrolaram".

Apesar disso, Ana Peres “conclui que não houve negligência da parte dos educadores” e comparou a situação aos pais que se encontram em casa com os filhos e não conseguem estar a par de tudo.

Durante a pausa para almoço, Bernardo Teixeira, única vítima que dá a cara publicamente, reforçou a veracidade das acusações: "O que nós dissemos é verdade. Vai ser feita justiça".

Comentando o facto de terem sido dado como provados factos relativos a todos os arguidos, o ex-casapiano disse ser este "o dia de que estávamos à espera. Os criminosos vão ser condenados."

Sobre o clima vivido na sala, Bernardo Teixeira disse que os ofendidos se sentem "intimidados" quando os arguidos olham para eles (as vítimas estão ao lado do procurador do ministério público, por trás dos advogados assistentes, trocando olhares com os arguidos).

"É complicado olhar para os arguidos e advogados quando estão a olhar para nós, parece que ainda não caiu a máscara. Cometeram os crimes mas não querem aceitar. Bernardo Teixeira diz que Carlos Silvino tem um "olhar cínico, de riso" e que os restantes arguidos continuam a acenar negativamente à medida que a juíza lê o acórdão.

O advogado Hugo Marçal, sobre o qual foram provados dois crimes de lenocínio, disse, também durante a pausa, que "tanto faz ser condenado a seis meses como 25 anos porque não cometi os crimes".

Já Miguel Matias, advogado das vítimas, mostrou-se cauteloso quanto a uma eventual condenação dos arguidos, não obstante serem dados como provados vários crimes. Deu como exemplo o crime de lenocínio que pode ser dados como provados os factos criminosos mas podem não existir fundamentos jurídicos para a condenação.

Na sequência do que Ana Peres disse sobre as responsabilidades da Casa Pia, Adelino Granja, antigo aluno, defendeu a condenação do Estado, referindo aos abusos continuados que existiram entre os anos 70 e 90.

Factos provados

No caso de Manuel Abrantes, ex-provedor-adjunto da Casa Pia, apenas um dos factos constantes da acusação não foi dado como provado. Foram também provados crimes de Carlos Cruz numa casa de Lisboa, na Avenida das Forças Armadas, e de Elvas. Igualmente dados como provados estão acusações de lenocínio feitas a Gertrudes Nunes e Hugo Marçal relativamente a abusos cometidos na casa de Elvas.

A leitura do acórdão estava prevista para as 9.30 horas, mas a juíza Ana Peres, que preside, deu início à sessão cerca das 10.45 horas.

À chegada ao tribunal, o ex-casapiano Pedro Namora mostrou-se, convicto de que todos os arguidos serão condenados e disse esperar que hoje mesmo voltem à prisão.

Já o arguido Ferreira Diniz disse que a Justiça iria ser feita e mostrou-se convicto na sua absolvição, enquanto Manuel Abrantes confessava estar preparado para ser condenado.

Hugo Marçal mostrava-se tranquilo e calmo "como sempre esteve durante o processo". Questionado sobre se esperava ser absolvido, o ex-embaixador Jorge Ritto respondeu: "Se se fizer justiça, espero".

À chegada ao tribunal, o ex-apresentador Carlos Cruz escusou fazer qualquer comentário antecipado, remetendo declarações para uma conferência de imprensa às 17 horas. (ouça as declarações do advogado de Carlos Cruz)

Carlos Silvino, conhecido por "Bibi", chegou ao Campus de Justiça numa viatura descaracterizada e entrou pela garagem. Também as vítimas entraram directamente através da garagem.

Processo "demasiado longo"

Assumindo-se "emocionado" com a chegada do fim de um processo que classificou como "demasiado longo", Pedro Namora - um dos rostos das denúncias de abusos sexuais na instituição - revelou que muitas das vítimas não conseguiram dormir esta noite, tamanha é a ansiedade.

"Estes jovens andam à procura de justiça há oito anos", referindo-se às vítimas de abusos sexuais na Casa Pia, algumas das quais estarão hoje, sexta-feira, presentes no Campus da Justiça e às quais Pedro Namora pretende dar "um grande abraço".

O ex-casapiano aproveitou para criticar "alguma comunicação social que, nestes últimos dias, tem preferido "revelar os destinos paradisíacos das férias dos arguidos em vez de falar do sofrimento das vítimas". in "JN"
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