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Caldeirão da Bolsa

Orçamento Estado 2010

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Apoiei este 10 ministro atee ao fim da 1a legislatura.

por bboniek33 » 27/1/2010 15:44

helderjsm Escreveu:
bboniek00 Escreveu:Agora penso que estou a ser governado por uma matilha de incompetentes e ladroes que acoitam os carrascos da Nacao, seus primos deste saque sem fim.

Este povo estava a pedi-las, ee certo. Mas o que estaa a ser feito em nome da(s) crise(s) ee tao simplesmente um ataque total aas classes sociais mais baixas de Portugal.

Ee urgente que surja uma accao de insurgimento contra esta camarilha.

Ladroes. Puros e legais ladroes.

PQP.


Isso realmente contribui em muito. Para dizer mal todos sabemos, e que tal argumentar?

Cumprimentos


O mou amigo pede para eu lhe dar argumento contra a ladroagem. Jaa os devia conhecer.

Onde estao os cortes nos vencimentos dos gestores politicos ?

Entao acha que o povo portugues apesar de intrinsecamente nao-instruido e atrasado ee assim tao estupido ? Olhe que nao helder, olhe que nao...
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por xico Xico » 27/1/2010 15:43

Nico Escreveu:
xico Xico Escreveu:cortar nos vencimentos da função publica, sim, mas eu faria melhor para não fazer distinções.
Todos os trabalhadores que não fossam da função publica veriam os seus ordenados descer com a implementação de um imposto sobre o seu vencimento.
Agora, todos de acordo? È que falar dos ordenados dos outros é bom mas no que toca ao nosso é que não.

P.S. não sou funcionário publico


Acho que não deves ir por aí...
O patrão de um funcionário público é o Estado. Se o Estado precisa de cortar, corta!

Eu trabalho no privado.
No ano passado não houve aumentos. Este ano vai pelo mesmo caminho... Quem decidiu? O patrão. Porquê? Porque pode.

Quem não gosta, muda-se!

O que não me cabe na cabeça é o um patrão não poder despedir/cortar salário um trabalhador que não lhe tráz uma mais-valia.

Não tenho nada contra o funcionário público, mas sim contra o seu patrão. Porquê? Porque o subsidio!

Abraço
Nico


Não, não é bem assim, então vejamos.
Porquê que vão congelar os ordenados?
Resposta: défice, reduzir na despesa, até ai tudo bem, mas então só uns é que pagam o défice.
Um imposto sobre o vencimento, chamava imposto para ajuda do défice, uns 2% sobre o vencimento total, incluindo a ajudas de custo, etc.
Era uma medida provisória mas só ai é que todos nós sentíamos na pele o défice
 
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Re: Apoiei este 10 ministro atee ao fim da 1a legislatura.

por helderjsm » 27/1/2010 15:40

bboniek00 Escreveu:Agora penso que estou a ser governado por uma matilha de incompetentes e ladroes que acoitam os carrascos da Nacao, seus primos deste saque sem fim.

Este povo estava a pedi-las, ee certo. Mas o que estaa a ser feito em nome da(s) crise(s) ee tao simplesmente um ataque total aas classes sociais mais baixas de Portugal.

Ee urgente que surja uma accao de insurgimento contra esta camarilha.

Ladroes. Puros e legais ladroes.

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Isso realmente contribui em muito. Para dizer mal todos sabemos, e que tal argumentar?

Cumprimentos
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Apoiei este 10 ministro atee ao fim da 1a legislatura.

por bboniek33 » 27/1/2010 15:37

Agora penso que estou a ser governado por uma matilha de incompetentes e ladroes que acoitam os carrascos da Nacao, seus primos deste saque sem fim.

Este povo estava a pedi-las, ee certo. Mas o que estaa a ser feito em nome da(s) crise(s) ee tao simplesmente um ataque total aas classes sociais mais baixas de Portugal.

Ee urgente que surja uma accao de insurgimento contra esta camarilha.

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por nunofaustino » 27/1/2010 15:32

xico Xico Escreveu:cortar nos vencimentos da função publica, sim, mas eu faria melhor para não fazer distinções.
Todos os trabalhadores que não fossam da função publica veriam os seus ordenados descer com a implementação de um imposto sobre o seu vencimento.
Agora, todos de acordo? È que falar dos ordenados dos outros é bom mas no que toca ao nosso é que não.

P.S. não sou funcionário publico


Estás a falar em aumentar a receita (provavelmente através do aumento da taxa de IRS)... novamente um erro. O orçamento terá de ser balanceado, essencialmente, com diminuição da despesa e não aumento da receita! O nível de imposto actual é um estímulo à fuga. Se aumentares mais, o estímulo para arriscar e não pagar os impostos fica cada vez maior...

Um abr
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por Nico » 27/1/2010 15:29

xico Xico Escreveu:cortar nos vencimentos da função publica, sim, mas eu faria melhor para não fazer distinções.
Todos os trabalhadores que não fossam da função publica veriam os seus ordenados descer com a implementação de um imposto sobre o seu vencimento.
Agora, todos de acordo? È que falar dos ordenados dos outros é bom mas no que toca ao nosso é que não.

P.S. não sou funcionário publico


Acho que não deves ir por aí...
O patrão de um funcionário público é o Estado. Se o Estado precisa de cortar, corta!

Eu trabalho no privado.
No ano passado não houve aumentos. Este ano vai pelo mesmo caminho... Quem decidiu? O patrão. Porquê? Porque pode.

Quem não gosta, muda-se!

O que não me cabe na cabeça é o um patrão não poder despedir/cortar salário um trabalhador que não lhe tráz uma mais-valia.

Não tenho nada contra o funcionário público, mas sim contra o seu patrão. Porquê? Porque o subsidio!

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por xico Xico » 27/1/2010 14:37

cortar nos vencimentos da função publica, sim, mas eu faria melhor para não fazer distinções.
Todos os trabalhadores que não fossam da função publica veriam os seus ordenados descer com a implementação de um imposto sobre o seu vencimento.
Agora, todos de acordo? È que falar dos ordenados dos outros é bom mas no que toca ao nosso é que não.

P.S. não sou funcionário publico
 
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Re: OE 2010

por nunofaustino » 27/1/2010 14:34

JAS Escreveu:Não advogo um corte de 5%, igual para todos, mas um corte progressivo de 1 a 10% dos salários mais baixos aos mais altos.
Isso devia aplicar-se igualmente às pensões milionárias de ex-gestores e ex-deputados mas todos sabemos que isso é impraticavel pois afectaria muitos "boys".

JAS

Aos anos que eu venho a defender que o regime de pensões deveria ser igual para todos os pensionistas. Quem recebia a mais veria o seu valor descer gradualmente e de acordo com escalões para o novo valor. Quem recebia a menos, veria o seu valor automaticamente reconvertido.

Quanto ao corte nos salários, o modelo Irlandês (progressivo e até 15%) parece-me correcto e acertado.

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por helderjsm » 27/1/2010 14:31

Isso de cortar na função pública é que era. Mas depois todos aqueles que ganham para cima de 1500€ vinham para a rua fazer greves. Já se começaram a manifestar como se pode ver. O engraçado é que não é o que ganha pouco que vai fazer barulho.

Aliás só para vermos bem as coisas a minha avó que ganha a reforma mínima nem se queixou quando viu o aumento de 5€. Mas pelo que ela disse hoje à hora do almoço a amiga (ex-enfermeira chefe) que ganha 2500€ de reforma ia ficar fod.. fula por não haver aumento.
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por djovarius » 27/1/2010 14:01

Boas,

Que debate interessante: não há que enganar, o diagnóstico não é difícil, é preciso é ter coragem de dizer ao doente que está quase morto.

Não precisamos de défice zero, precisamos de défice pequeno, seja nas atuais condições de 2% PIB.
Como é que se faz ?

Fim do subsídio de férias para toda a FP, exceto para quem recebe menos de 700 liquidos, os quais passavam por um período de transição de 4 anos. A medida inclui todos os pensionistas, sem excepção que recebem mais de 850 liquidos.
A indexação de salários à inflação (IPC) far-se-ía a partir de agora à posteriori. Se houver deflação, o salário desce e vice-versa.
Limite para horas extra mais apertado e fim de muitas isenções de horário de trabalho.

O pessoal da "renda mínima" tem que vergar a mola como aqui na Alemanha. Na Universidade onde estou, há uma pessoa nessas condições a trabalhar 4 horas por dia na Cafetaria. Melhor que receber sem fazer. E pelo facto de fazer essas horas por mês, recebe um pequeno complemento.

Fim dos exageros com reciclagem. Tem de voltar a valer o vasilhame. Só o que se poupa em energia é brutal.
Por falar nisso, mais e mais energia solar e eólica, mas aí não estamos já nada mal.

Princípio de redução geral de despesa: Câmaras e freguesias recebem todas menos 5% de FEF.
Ministérios com cortes: exemplo para as Obras Públicas - se estão previstos gastos de 10, passa-se a gastar apenas 9.

Garanto que já este ano, passava o défice para 6% e para o ano ía logo a 4% - o que levaria os investidores a comprar a nossa dívida, reduzindo os juros, o que já por si, alivía o défice também.

Privatizações: quem leva a carne, tem de levar o osso.
O que é isto? Privatizar com os mercados em más condições? Nem pensar. Há que esperar por melhores tempos.
A ANA deve marchar? Sim, mas também a TAP, poço sem fundo de gastos. RTP, serviço público? Que risada!! Um dos canais pode mearchar também.
A dívida pública tem de voltar aos 110 mil milhões de euros - esse é um imperativo hoje em Portugal.

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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Re: OE 2010

por mais_um » 27/1/2010 13:42

JAS Escreveu:Para mim foi uma desilusão...

O deficit de 2009 de 9,2%, bastante acima dos 8% esperados pela U.E., parece ter sido empolado precisamente para tornnar possível um corte de 1% em 2010.
Convém não esquecer que há 6 meses atrás, na Campanha Eleitoral, o governo falava em 5,5%.
Esconderam-nos a realidade ou não souberam fazer as contas?

O que mais me preocupa é que no O.E.2010 se prevê um aumento de receitas de mais de 1% e duvido que tal possa acontecer se tivermos em conta que muitas empresas vão apresentar prejuízos em 2009, ou pelo menos menores lucros, e consequentemente baixarão as receitas do IRC em 2010.
Custa-me a crer que o aumento da actividade económica, que se traduz em aumento de receitas do IVA, consiga compensar as perdas em IRC.

Foi exactamente nas Receitas que falharam as previsões em 2009.
Sendo assim lá teremos um orçamento rectificativo em Maio ou Junho de 2010...

Quanto à redução da dívida pública parece evidente que há que privatizar muito mais do que o previsto pois, se continuamos a consumir mais do que aquilo que produzimos, não resta outra alternativa.
Acho que o OE.2010, e o país, teriam ganho em credibilidade se tivessem sido já apontados os Activos a alienar.
Se a dívida continuar a crescer desmesuradamente quando os juros aumentarem, o que não tardará muito, iremos privatizar para pagar juros e não para amortizar a dívida.
Se não amortizarmos depressa acabaremos a vender as árvores e os bancos dos jardins...

Se não estivessemos inseridos no Euro uma medida que se impunha era uma desvalorização da moeda.
Como estamos, e tal não é possível, a medida equivalente seria um corte nos vencimentos dos funcionários públicos, como fez a Irlanda, e não apenas um congelamento de aumentos.
Não advogo um corte de 5%, igual para todos, mas um corte progressivo de 1 a 10% dos salários mais baixos aos mais altos.
Isso devia aplicar-se igualmente às pensões milionárias de ex-gestores e ex-deputados mas todos sabemos que isso é impraticavel pois afectaria muitos "boys".

Outra medida que se impunha, e impõe-se há muito tempo por toda a Europa, é um corte nos subsídios de desemprego pois não podemos continuar a premiar quem não quer trabalhar.
Basta entrar num Centro Comercial para vermos em quase todas as lojas um letreiro com "empregado precisa-se" mas vemos que ninguém precisa de emprego pois é muito melhor receber um subsídio de desemprego do que ter que trabalhar no horário da noite e/ou aos sábados, domingos e feriados.

Enfim, continuamos a governar por sondagens e a não querer tomar medidas impopulares.
Os nossos governantes parece que têm a esperança que haja por cá um grande sismo, que parta isto tudo, e que nos perdoem a dívida.
Nessa altura dará jeito termos mais aeroportos pois podem aterrar mais aviões...
Com o TGV a ajuda internacional chegará 10 minutos mais cedo o que também é muito importante.

JAS

Faço minhas as tuas palavras, acrescentaria alterações ao RSI, nomeadamente a substituição parcial por bens (comida, roupa, etc...) e a obrigatoriedade de prestar serviço comunitário, alem da manutenção de todas as limitações já existentes.

Em relação à função publica, uma duvida que tenho é se também fica suspensa a subida de escalão. Se não fica, deveria ficar.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por xico Xico » 27/1/2010 13:41

JAS, falo de experiência própria.
Uma amiga minha foi pedir trabalho e do outro lado disse é só preencher o curriculum vitae e pronto, esperar. Perguntamos nós então não estão a precisar, está ali o anuncio e a resposta foi clara, somo obrigados a ter. reparei então que realmente todos tinham o tal autocolante igual para todos colocado no vidro.
Amigos meus uns que trabalham lá confirmaram tal situação e disseram-me, queres ver os currículos que temos.
JAS essa era a realidade, não digo quem não esteja a precisar de empregado, mas a realidade é bem diferente do que parece ser.
Outro facto é o subsidio de desemprego, num fórum televisivo ouvi uma mulher que tinha tido um filho de 1 ano. Ela então falou que estava a receber o subsidio de desemprego que ganhava 450€, ora surgiu uma oferta de emprego pelo mesmo valor, o problema é que teria que deixar o seu filho numa creche ou com uma ama e que custava 250€ por mês, gastava mais transporte e alimentação fora devido ao novo trabalho mais uns 100€. Feito as contas tinha menos tempo para o seu filho e perdia no rendimento 350€ pois eram essas a despesas que iria ter em consequência do novo trabalho. Realmente a mulher tinha razão, pergunte eu a todos vocês iriam trabalhar ou rejeitariam esse trabalho devido que o termo seja dito por um misero de ordenado
 
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por Mcmad » 27/1/2010 13:33

Lion_Heart Escreveu:Eu também ja fui "patrao" e o que achava engraçado era quando alguém ia a uma entrevista para comercial, ficar a olhar para o lado , nao ligar nenhuma e no fim dizer : olhe não se importa de me carimbar este documento para o fundo desemprego é que ainda tenho mais um ano.
Ou outros com maior lata que pediam logo a entrada.


Aqui temos que contestar o sistema, não as pessoas..
 
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por Lion_Heart » 27/1/2010 13:28

Eu também ja fui "patrao" e o que achava engraçado era quando alguém ia a uma entrevista para comercial, ficar a olhar para o lado , nao ligar nenhuma e no fim dizer : olhe não se importa de me carimbar este documento para o fundo desemprego é que ainda tenho mais um ano.
Ou outros com maior lata que pediam logo a entrada.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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Re: OE 2010

por JAS » 27/1/2010 13:19

xico Xico Escreveu:Muito bom JAS, mas deixa-me rectificar-te que os anúncios que se vê nas várias lojas de um centro comercial não reflecte a necessidade de contratar a alguém. Até eu já cai nesse erro e pensava o mesmo que tu pensas, tanto desemprego e tanta oferta de emprego. A colocação de anúncios dizendo "precisa-se colaborador" é muitas das vezes exigido pela administração do Centro comercial ou então serve para o empregador ter sempre disponível uma base de dados de uma oferta de trabalho actualizada para em caso das perda dos mesmos não colocar em risco a abertura do estabelecimento.

Certamente que não viste nenhuma loja fechada por falta de empregado

Eu já fui "entidade patronal" em Centros Comerciais e podes crer que os anúncios reflectem aquilo que eu constatei nessa altura e que os anúncios, em geral, reflectem a necessidade.
Nas grandes cadeias de lojas admito que haja uma lista de candidatos e que os anúncios se destinem a manter candidatos em stand by mas, na maior parte das lojas, os anúncios são verdadeiros e para admissão imediata.

Eu constatei que:
- apareciam muitos estudantes dispostos a trabalharem mas já sabíamos que na época de exames e no Verão não iriam trabalhar.
- apareciam muitos outros, estudantes ou não estudantes, que apenas queriam o horário de dia.
- apareciam muitos que acabavam por dizer que o horário não lhes servia porque queriam era ser empregados de escritório que é a aspiração máxima da maioria.

Nota que nunca meti um anúncio desses na montra das lojas, bastava dizer às outras empregadas para arranjarem mais uma que apareciam várias.
Nessa altura havia menos desemprego e havia menores subsídios...
E podiam-se fazer contratos a prazo.

As lojas não fecham por falta de empregados porque os donos acabam, eles próprios, por tapar as faltas.

Um abraço,
JAS
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por moppie85 » 27/1/2010 13:09

xico Xico Escreveu:Se o défice publico vai descer 1%, o PIB vai subir 0,7%, então como é que a divida publica em relação ao PIB vai subir?


Déficit é sempre negativo! (significa que as receitas são menores que as despesas). Uma diminuição de 1% significa que o buraco que vão fazer este ano é 1% menor do que fizeram o ano passado (não é bem verdade, mas consideremos as variáveis "fixas" de um ano para outro) , mas continua a ser um buraco, pelo que a divida pública aumenta.
 
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por ursopolar11 » 27/1/2010 13:07

Vejamos, o Defice é em função do PIB (não sei bem a formula), mas sei que o PIB está no numerador, e por isso, se este subir, o Defice imediatamente baixa.
Creio que o defice também é em função das despezas do estado-receitas.

Aqui a grande questão é se o PIB vai subir.

Se o desemprego aumentar, e com o encerramento que houve de grandes exportadores (quimonda, etc), o PIB dificilmente vai subir.Alias até pode descer.

Penso que o TGV até pode ser bom (se para mercadorias, por causa do problema da bitola), mas o aeroporto e a 3ª ponte é puro despezismo.
 
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Re: OE 2010

por xico Xico » 27/1/2010 12:51

JAS Escreveu:Outra medida que se impunha, e impõe-se há muito tempo por toda a Europa, é um corte nos subsídios de desemprego pois não podemos continuar a premiar quem não quer trabalhar.
Basta entrar num Centro Comercial para vermos em quase todas as lojas um letreiro com "empregado precisa-se" mas vemos que ninguém precisa de emprego pois é muito melhor receber um subsídio de desemprego do que ter que trabalhar no horário da noite e/ou aos sábados, domingos e feriados.


JAS


Muito bom JAS, mas deixa-me rectificar-te que os anúncios que se vê nas várias lojas de um centro comercial não reflecte a necessidade de contratar a alguém. Até eu já cai nesse erro e pensava o mesmo que tu pensas, tanto desemprego e tanta oferta de emprego. A colocação de anúncios dizendo "precisa-se colaborador" é muitas das vezes exigido pela administração do Centro comercial ou então serve para o empregador ter sempre disponível uma base de dados de uma oferta de trabalho actualizada para em caso das perda dos mesmos não colocar em risco a abertura do estabelecimento.

Certamente que não viste nenhuma loja fechada por falta de empregado
 
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Re: OE 2010

por albrib » 27/1/2010 12:31

JAS Escreveu:Para mim foi uma desilusão...

O deficit de 2009 de 9,2%, bastante acima dos 8% esperados pela U.E., parece ter sido empolado precisamente para tornnar possível um corte de 1% em 2010.
Convém não esquecer que há 6 meses atrás, na Campanha Eleitoral, o governo falava em 5,5%.
Esconderam-nos a realidade ou não souberam fazer as contas?

O que mais me preocupa é que no O.E.2010 se prevê um aumento de receitas de mais de 1% e duvido que tal possa acontecer se tivermos em conta que muitas empresas vão apresentar prejuízos em 2009, ou pelo menos menores lucros, e consequentemente baixarão as receitas do IRC em 2010.
Custa-me a crer que o aumento da actividade económica, que se traduz em aumento de receitas do IVA, consiga compensar as perdas em IRC.

Foi exactamente nas Receitas que falharam as previsões em 2009.
Sendo assim lá teremos um orçamento rectificativo em Maio ou Junho de 2010...

Quanto à redução da dívida pública parece evidente que há que privatizar muito mais do que o previsto pois, se continuamos a consumir mais do que aquilo que produzimos, não resta outra alternativa.
Acho que o OE.2010, e o país, teriam ganho em credibilidade se tivessem sido já apontados os Activos a alienar.
Se a dívida continuar a crescer desmesuradamente quando os juros aumentarem, o que não tardará muito, iremos privatizar para pagar juros e não para amortizar a dívida.
Se não amortizarmos depressa acabaremos a vender as árvores e os bancos dos jardins...

Se não estivessemos inseridos no Euro uma medida que se impunha era uma desvalorização da moeda.
Como estamos, e tal não é possível, a medida equivalente seria um corte nos vencimentos dos funcionários públicos, como fez a Irlanda, e não apenas um congelamento de aumentos.
Não advogo um corte de 5%, igual para todos, mas um corte progressivo de 1 a 10% dos salários mais baixos aos mais altos.
Isso devia aplicar-se igualmente às pensões milionárias de ex-gestores e ex-deputados mas todos sabemos que isso é impraticavel pois afectaria muitos "boys".

Outra medida que se impunha, e impõe-se há muito tempo por toda a Europa, é um corte nos subsídios de desemprego pois não podemos continuar a premiar quem não quer trabalhar.
Basta entrar num Centro Comercial para vermos em quase todas as lojas um letreiro com "empregado precisa-se" mas vemos que ninguém precisa de emprego pois é muito melhor receber um subsídio de desemprego do que ter que trabalhar no horário da noite e/ou aos sábados, domingos e feriados.

Enfim, continuamos a governar por sondagens e a não querer tomar medidas impopulares.
Os nossos governantes parece que têm a esperança que haja por cá um grande sismo, que parta isto tudo, e que nos perdoem a dívida.
Nessa altura dará jeito termos mais aeroportos pois podem aterrar mais aviões...
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por xico Xico » 27/1/2010 12:28

Se o défice publico vai descer 1%, o PIB vai subir 0,7%, então como é que a divida publica em relação ao PIB vai subir?
 
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OE 2010

por JAS » 27/1/2010 12:27

Para mim foi uma desilusão...

O deficit de 2009 de 9,2%, bastante acima dos 8% esperados pela U.E., parece ter sido empolado precisamente para tornnar possível um corte de 1% em 2010.
Convém não esquecer que há 6 meses atrás, na Campanha Eleitoral, o governo falava em 5,5%.
Esconderam-nos a realidade ou não souberam fazer as contas?

O que mais me preocupa é que no O.E.2010 se prevê um aumento de receitas de mais de 1% e duvido que tal possa acontecer se tivermos em conta que muitas empresas vão apresentar prejuízos em 2009, ou pelo menos menores lucros, e consequentemente baixarão as receitas do IRC em 2010.
Custa-me a crer que o aumento da actividade económica, que se traduz em aumento de receitas do IVA, consiga compensar as perdas em IRC.

Foi exactamente nas Receitas que falharam as previsões em 2009.
Sendo assim lá teremos um orçamento rectificativo em Maio ou Junho de 2010...

Quanto à redução da dívida pública parece evidente que há que privatizar muito mais do que o previsto pois, se continuamos a consumir mais do que aquilo que produzimos, não resta outra alternativa.
Acho que o OE.2010, e o país, teriam ganho em credibilidade se tivessem sido já apontados os Activos a alienar.
Se a dívida continuar a crescer desmesuradamente quando os juros aumentarem, o que não tardará muito, iremos privatizar para pagar juros e não para amortizar a dívida.
Se não amortizarmos depressa acabaremos a vender as árvores e os bancos dos jardins...

Se não estivessemos inseridos no Euro uma medida que se impunha era uma desvalorização da moeda.
Como estamos, e tal não é possível, a medida equivalente seria um corte nos vencimentos dos funcionários públicos, como fez a Irlanda, e não apenas um congelamento de aumentos.
Não advogo um corte de 5%, igual para todos, mas um corte progressivo de 1 a 10% dos salários mais baixos aos mais altos.
Isso devia aplicar-se igualmente às pensões milionárias de ex-gestores e ex-deputados mas todos sabemos que isso é impraticavel pois afectaria muitos "boys".

Outra medida que se impunha, e impõe-se há muito tempo por toda a Europa, é um corte nos subsídios de desemprego pois não podemos continuar a premiar quem não quer trabalhar.
Basta entrar num Centro Comercial para vermos em quase todas as lojas um letreiro com "empregado precisa-se" mas vemos que ninguém precisa de emprego pois é muito melhor receber um subsídio de desemprego do que ter que trabalhar no horário da noite e/ou aos sábados, domingos e feriados.

Enfim, continuamos a governar por sondagens e a não querer tomar medidas impopulares.
Os nossos governantes parece que têm a esperança que haja por cá um grande sismo, que parta isto tudo, e que nos perdoem a dívida.
Nessa altura dará jeito termos mais aeroportos pois podem aterrar mais aviões...
Com o TGV a ajuda internacional chegará 10 minutos mais cedo o que também é muito importante.

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por PequenoInvest » 27/1/2010 12:23

"Juros da dívida sobem após apresentação do OE para 2010

As taxas de rentabilidade da dívida pública portuguesa estão hoje a subir, contrariando a queda dos últimos dias. O custo dos seguros das obrigações também aumentou, indicando um aumento na percepção de risco.

Os juros (“yields”) das obrigações de dívida pública portuguesa a 10 anos estão a subir seis pontos base, elevando a taxa de rentabilidade para os 4,171%, numa inversão da tendência de queda dos últimos dois dias.

Isto significa que os investidores estão a exigir juros mais altos para comprar dívida portuguesa. É a reacção dos mercados, após a apresentação do Orçamento do Estado para 2010, onde o Governo disse que o défice de 2009 será de 9,3% do PIB, devendo descer para 8,3% este ano. A dívida pública vai aumentar para 142,9 mil milhões de euros, o equivalente a 85,4% do PIB.

A agência Fitch afirmou hoje de manhã que "é maior a probabilidade de cortar o 'rating' [de Portugal] do que o contrário", em reacção à proposta de OE apresentada ontem pelo Governo. A elaboração do Orçamento foi condicionada, no último mês, pelo forte aumento dos custos da dívida, face à possibilidade de uma nova vaga deterioração na classicação de risco do País.

A tendência de aumento das “yields” da dívida portuguesa é acompanhada pela Grécia e Espanha. As obrigações gregas sobem 16 pontos base para 6,388%, enquanto as espanholas avançam 6 pontos para 4,092%.

Também os títulos de dívida soberana da Alemanha sofrem hoje um agravamento das “yields”, embora muito ligeiro. O aumento de 3 pontos base significa que a diferença para os juros de Portugal volta a alargar-se.

Os “credit default swaps” (CDS) da República Portuguesa também estão hoje a subir. O custo destes seguros do risco de incumprimento da dívida aumentaram para 129,25 pontos base, invertendo a queda das últimas duas sessões. Os CDS da Grécia e Espanha também estão em alta."

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por PequenoInvest » 27/1/2010 12:16

"Fitch diz que será "muito difícil" Portugal atingir défice de 3% em 2013
A Fitch considera que será "muito difícil" que Portugal consiga reduzir o défice das contas públicas para os 3%, em 2013. Em 2009, o défice terá atingido um nível histórico de 9,3%, sendo que o Governo prevê, na proposta de Orçamento do Estado para 2010, conseguir reduzi-lo este ano para os 8,3%.

A Fitch considera que será “muito difícil” que Portugal consiga reduzir o défice das contas públicas para os 3%, em 2013. Em 2009, o défice terá atingido um nível histórico de 9,3%, sendo que o Governo prevê, na proposta de Orçamento do Estado para 2010, conseguir reduzi-lo este ano para os 8,3%.

Numa nota citada pela Bloomberg, em reacção ao documento entregue ontem por Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, na Assembleia da República, o director agência de notação financeira, Christopher Pryce, afirma que “será muito difícil” baixar o défice até aos 3%.

O défice orçamental de 2009 terá ficado nos 9,3% do produto interno bruto (PIB), de acordo com os valores ontem revelados pelo Governo através da proposta de Orçamento do Estado para 2010. Para este ano, as estimativas do Executivo aponta para uma redução para os 8,3%.

Em 2013, Bruxelas espera que Portugal apresente um défice abaixo dos 3%. Teixeira dos Santos afirmou que é necessário “apoiar a economia a superar a crise”, mas será preciso “reduzir o défice abaixo dos 3%, de forma sustentável gerando confiança”. E acrescentou: “Já o conseguimos no passado, vamos conseguir de novo”."

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por jlmf » 27/1/2010 12:15

xico Xico Escreveu:Não sei se foi desta ou não que estão no orçamento de estado 2010, mas se fosse eu arranjava algumas receitas para este orçamento:

- A legalização das drogas leves com a implementação de uma taxa 40% sobre estes produtos
- A legalização da actividade da prostituição com a implementação de uma taxa de 25% sobre a actividade
- Os vencimentos de sócios gerentes teriam que ser no mínimo duas vezes superior ao ordenado mínimo desde que nos últimos 3 anos o lucro assim permitisse
- Todas as pessoas que estavam inseridas no R.I.S. teriam que prestar serviço voluntários ao estado, tais como limpeza de praias, matas, bermas de estrada
- congelamento das reformas de 1250€ aos 2500€
- redução das reformas até ao máximo 2% para reformas superiores a 4000€
- Criava um fundo para a compra e venda de acções, e aproveitava os movimentos da bolsa :twisted:


Talvez fosse suficiente para ultrapassar os possíveis benefícios das medidas citadas, o Estado deixar de vez com um enquadramento legal estudado e implementado, as empresas publicas que tem engolido ao longo de décadas de prejuízos uma boa parte do recursos deste país, fomentando a corrupção e a falta de concorrência em alguns sectores.
 
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por xico Xico » 27/1/2010 11:54

Não sei se foi desta ou não que estão no orçamento de estado 2010, mas se fosse eu arranjava algumas receitas para este orçamento:

- A legalização das drogas leves com a implementação de uma taxa 40% sobre estes produtos
- A legalização da actividade da prostituição com a implementação de uma taxa de 25% sobre a actividade
- Os vencimentos de sócios gerentes teriam que ser no mínimo duas vezes superior ao ordenado mínimo desde que nos últimos 3 anos o lucro assim permitisse
- Todas as pessoas que estavam inseridas no R.I.S. teriam que prestar serviço voluntários ao estado, tais como limpeza de praias, matas, bermas de estrada
- congelamento das reformas de 1250€ aos 2500€
- redução das reformas até ao máximo 2% para reformas superiores a 4000€
- Criava um fundo para a compra e venda de acções, e aproveitava os movimentos da bolsa :twisted:
 
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