OffTopic - Novas Oport. , mulher com 6.º ano na Universidade
limpaesgotos Escreveu:Muitas das ofertas de emprego têm como requesito precisamente o 12º ano e então se for o 12º de um curso técnico profissional ainda mais saida tem. .
Concordo,"for the record", possuo o curso técnico profissional de electrónica, e graças a ele não tive dificuldade em arranjar rapidamente emprego e nunca soube o que é desemprego. A questão é que pouco após eu ter saído (por volta de 1993) o ensino técnico profissional foi reformulado e não foi para melhor... assim sendo restam,do que conheço, o CENFIM/ATEC... e os que não têm acesso a estes?
limpaesgotos Escreveu:Entre dois candidatos um com o 12º normal e outro com o 12º das novas oportunidades "portuguesmente" falando eu, como empregador, só escolheria o 2º se ele recebesse menos, ou se fosse meu afilhado e se a empresa não fosse minha.
Porquê esta discriminação? Não será mais relevante o que ele efectivamente sabe para a função, independentemente do método com que adquiriu esse saber? Permitam-me que personalize mais uma vez, para ter acesso ao meu actual trabalho, uma das componentes foi a demonstração teórica e práctica das minhas competências e tenho colegas sem formação escolar ao nivel do 12º que demonstraram ter níveis equivalentes, se não superiores por via da experiência e saberes adquiridos a expensas própias.
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Panizzi Escreveu:
Para além disso , em termos humanos , não me levem a mal , mas Portugal está péssimo no que aos alunos universitário diz respeito.
Não me leves a mal, mas não sabes bem o que andas a dizer.
Qualquer pessoa com uma licenciatura numa das principais universidades portuguesas que vai ao estrangeiro verifica que está tão bem, e em alguns casos melhor, preparada do que os próprios estrangeiros.
O maior problema está nas pós-graduações. Aí a qualidade é inferior.
Paulo Moreira
AikyFriu Escreveu:
Neste caso até é possível entrar em Medicina... basta apostar nas especificas e tirar 20 (tal como os alunos "normais", mas não tem a nota do secundário a prejudicar).
Penso que é por isto que as vagas de +23 são muito limitadas...
AikyFriu Escreveu:
Mais uma para pensarem: um aluno com 18 anos e o 11ºano não teria interesse em fazer o 12º ano à noite? teria vária vantagens:
1- menos disciplinas (nada de Ed Fisica, nem Área de Projecto)
2- apenas precisa de fazer exame na específica.
3- o dia inteiro para preparar o(s) exame(s).
Um abraço
Melhor ainda, porque não fazer o 12º em certos colégios privados


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Sikora Escreveu:limpaesgotos Escreveu:O objectivo principal parece ser estatístico, elevar o nível de escolaridade dos Portuguses, mantendo a "burrice". É para a imagem de Portugal!
Concordo plenamente, o objectivo é estatístico...apenas desejei clarificar o "valor" desse diploma.![]()
Mas a verdadeira questão, penso eu, é a que o user MarcoAntonio abordou nuns post's mais atrás...
Para que serve o 12º ano, se o aluno não desejar prosseguir estudos![]()
![]()
Que alternativas têm?
Muitas das ofertas de emprego têm como requesito precisamente o 12º ano e então se for o 12º de um curso técnico profissional ainda mais saida tem.
Entre dois candidatos um com o 12º normal e outro com o 12º das novas oportunidades "portuguesmente" falando eu, como empregador, só escolheria o 2º se ele recebesse menos, ou se fosse meu afilhado e se a empresa não fosse minha.
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
limpaesgotos Escreveu:O objectivo principal parece ser estatístico, elevar o nível de escolaridade dos Portuguses, mantendo a "burrice". É para a imagem de Portugal!
Concordo plenamente, o objectivo é estatístico...apenas desejei clarificar o "valor" desse diploma.

Mas a verdadeira questão, penso eu, é a que o user MarcoAntonio abordou nuns post's mais atrás...
Para que serve o 12º ano, se o aluno não desejar prosseguir estudos


Que alternativas têm?
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Panizzi Escreveu:Tenho a certeza que esta pessoa chega á faculdade com muito mais sabedoria do que qualquer outro aluno pelo processo "clássico".
Quanto mais não seja porque já tem uma visão ampla das coisas.
Um ladrão também tem a sua sabedoria ...
Panizzi Escreveu:
O que vocês dizem que um aluno do secundário sabe ... é apenas aquilo que decora , que fica para o teste e para o exame e puffff ... desaparece !
Qual é o conhecimento necessário para se decorar ?
Ou por outra ... que conhecimentos isso nos dá ?
Lêr e ter paciência de gastar umas horinhas ali a lêr sempre a mesma coisa. Com o grau de exigência diria , na véspera chega....
Ó Panizzi tu deves ser advogado, ou assim, se fosses um matemático ou engenheiro não falavas assim ...
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Este caso para mim só reflecte que este sistema das novas oportunidades não é o mais justo, apesar desta senhora estar a ter bons resultados também pelo curso em que está.
Considero que este pompom das novas oportunidades é quase meramente para fins estatísticos, não é por uma pessoa ter o 6ºano,9 ºano ou o 12ºano que arranja trabalho mais facilmente, isto para idades mais avançadas, quem disser o contrário está a fazer tricot, dar formação geral a uma pessoa com 50 anos é insignificante para o mercado de trabalho.
Outra situação ridícula que soube à pouco tempo, é que existem alunos nas NO que recebem dinheiro, isto roça o escândaloso.
Considero que este pompom das novas oportunidades é quase meramente para fins estatísticos, não é por uma pessoa ter o 6ºano,9 ºano ou o 12ºano que arranja trabalho mais facilmente, isto para idades mais avançadas, quem disser o contrário está a fazer tricot, dar formação geral a uma pessoa com 50 anos é insignificante para o mercado de trabalho.
Outra situação ridícula que soube à pouco tempo, é que existem alunos nas NO que recebem dinheiro, isto roça o escândaloso.
Sikora Escreveu:
O RVCC não tem como objectivo principal que o candidato "aprenda" seja o que for.![]()
Cabe ao candidato demonstrar que já domina os referenciais (uso das TIC, línguas estrangeiras, capacidade de raciocínio/reflexão/argumentação, etc) de modo a obter a certificação. Só se for detectadas falhas nos referenciais, é que lhe é proposto que frequente acções de formação, de modo a colmatar essas falhas.
De qualquer modo, o RVCC "apenas" concede um diploma de conclusão de nível secundário de educação sem direito a nota.
Essas pessoas com diploma de conclusão de nível secundário sem nota, podem ser pessoas de nota 0 ou 20. Então o que distingue essas pessoas umas das outras, são todas boas, são todas más ?
Existem disciplinas em que uma coisa implica a outra, ou seja, para perceber uma matéria foi necessário ter percebido uma matéria anterior, a aprendizagem vai crescendo. Como é conseguem colmatar as falhas nas multiplas disciplinas com Accções de formação, sem passarem por essa apendizagem gradual? Impossivel ...
O objectivo principal parece ser estatístico, elevar o nível de escolaridade dos Portuguses, mantendo a "burrice". É para a imagem de Portugal!
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Tenho a certeza que esta pessoa chega á faculdade com muito mais sabedoria do que qualquer outro aluno pelo processo "clássico".
Quanto mais não seja porque já tem uma visão ampla das coisas.
O que vocês dizem que um aluno do secundário sabe ... é apenas aquilo que decora , que fica para o teste e para o exame e puffff ... desaparece !
Qual é o conhecimento necessário para se decorar ?
Ou por outra ... que conhecimentos isso nos dá ?
Lêr e ter paciência de gastar umas horinhas ali a lêr sempre a mesma coisa. Com o grau de exigência diria , na véspera chega....
Para além disso , em termos humanos , não me levem a mal , mas Portugal está péssimo no que aos alunos universitário diz respeito.
No fundo , faculdade tornou-se uma coisa banal ... uma continuação de aulas de secundário onde a mentalidade continua a ser : "Deixa-me jogar este papel para a professora , deixa-me colar esta pastilha elástica ali e já agora .... deixa-me dar umas faltas porreiras".
Claro que há casos e casos .... mas a maioria não anda muito longe do que disse acima.
Aprender ? Han ?
Quanto mais não seja porque já tem uma visão ampla das coisas.
O que vocês dizem que um aluno do secundário sabe ... é apenas aquilo que decora , que fica para o teste e para o exame e puffff ... desaparece !
Qual é o conhecimento necessário para se decorar ?
Ou por outra ... que conhecimentos isso nos dá ?
Lêr e ter paciência de gastar umas horinhas ali a lêr sempre a mesma coisa. Com o grau de exigência diria , na véspera chega....
Para além disso , em termos humanos , não me levem a mal , mas Portugal está péssimo no que aos alunos universitário diz respeito.
No fundo , faculdade tornou-se uma coisa banal ... uma continuação de aulas de secundário onde a mentalidade continua a ser : "Deixa-me jogar este papel para a professora , deixa-me colar esta pastilha elástica ali e já agora .... deixa-me dar umas faltas porreiras".
Claro que há casos e casos .... mas a maioria não anda muito longe do que disse acima.
Aprender ? Han ?
Editado pela última vez por Panizzi em 2/12/2008 0:12, num total de 1 vez.
Se for a pessoa de quem ouvi falar... não consegue escrever duas frases sem dar erros de ortografia e de construção... mas certamente que existem interesses para lá do nosso interesse...
Mas, parabéns à sra pois demonstrou que não é preciso "muito" para tirar um 14 numa prova de acesso e 19 (será que vi bem????) em algumas cadeiras... só no meu tempo para tirar um 16 era "preciso um requerimento ao reitor", pois os profs faziam gala de esclarecer que as classificações só iam até ao 16...
vamos certificar os portugueses e acabar com as escolas...

Mas, parabéns à sra pois demonstrou que não é preciso "muito" para tirar um 14 numa prova de acesso e 19 (será que vi bem????) em algumas cadeiras... só no meu tempo para tirar um 16 era "preciso um requerimento ao reitor", pois os profs faziam gala de esclarecer que as classificações só iam até ao 16...
vamos certificar os portugueses e acabar com as escolas...



Sikora Escreveu:De qualquer modo, o RVCC "apenas" concede um diploma de conclusão de nível secundário de educação sem direito a nota.
Logo o acesso ao "ensino superior" só é possivel através do +23 (antigo ah-doc), sendo "irrelevante" o seu passado escolar, inscreve-se para as provas de admissão (prova(s) especifica(s) do curso a que se propõe + prova de Português + entrevista) e se conseguir ser admitida, faz o mesmo percurso académico que os alunos do processo clássico.
Verdade... e falso...
Quem tiver um RVCC de nível secundário pode fazer o Exame da disciplina específica e concorrer ao Ensino Superior apenas com a nota da Especifica.
Isto pode ser uma grande vantagem. Um aluno do Secundário tem que estudar para 4 exames nacionais, depois entrar em conta com a média do secundário. O aluno dos RVCC não precisa estudar muito (acho eu!), e pode-se dedicar a 100% às disciplinas especificas. A nota que tirar é a de ingresso no superior. Neste caso até é possível entrar em Medicina... basta apostar nas especificas e tirar 20 (tal como os alunos "normais", mas não tem a nota do secundário a prejudicar).
Mais uma para pensarem: um aluno com 18 anos e o 11ºano não teria interesse em fazer o 12º ano à noite? teria vária vantagens:
1- menos disciplinas (nada de Ed Fisica, nem Área de Projecto)
2- apenas precisa de fazer exame na específica.
3- o dia inteiro para preparar o(s) exame(s).
Um abraço
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
... de perder dinheiro
limpaesgotos Escreveu:Ás tantas roubou o exame ao professor.
Uma coisa é certa, por muito boa que uma pessoa seja é impossivel aprender num ano (e em part time), toda a matéria (das muitas disciplinas) de seis anos lectivos.
É exactamente este o busílis da questão...
O RVCC não tem como objectivo principal que o candidato "aprenda" seja o que for.

Cabe ao candidato demonstrar que já domina os referenciais (uso das TIC, línguas estrangeiras, capacidade de raciocínio/reflexão/argumentação, etc) de modo a obter a certificação. Só se for detectadas falhas nos referenciais, é que lhe é proposto que frequente acções de formação, de modo a colmatar essas falhas.
De qualquer modo, o RVCC "apenas" concede um diploma de conclusão de nível secundário de educação sem direito a nota.
Logo o acesso ao "ensino superior" só é possivel através do +23 (antigo ah-doc), sendo "irrelevante" o seu passado escolar, inscreve-se para as provas de admissão (prova(s) especifica(s) do curso a que se propõe + prova de Português + entrevista) e se conseguir ser admitida, faz o mesmo percurso académico que os alunos do processo clássico.
Pela parte que me toca, RESPECT, conseguiu algo que eu ainda não consegui

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Também convém considerar que "este método alternativo" não tem esta taxa de sucesso médio, estamos a falar de um caso específico. Contudo, é suficiente para merecer a reflexão que coloquei...
Porque muitos dos estudantes do método clássico, estiveram e continuam estar sujeitos a um sistema de ensino que é bastante ineficaz e "mal construído", para dizer o mínimo e que teriam por certo uma taxa de sucesso semelhante com um sistema mais ligeiro ou ainda, que seriam capaz de atingir melhores níveis com um sistema mais adequado.
Acho que o que isto revela mesmo é a ineficácia do sistema de ensino clássico, no seu estágio actual.
Porque muitos dos estudantes do método clássico, estiveram e continuam estar sujeitos a um sistema de ensino que é bastante ineficaz e "mal construído", para dizer o mínimo e que teriam por certo uma taxa de sucesso semelhante com um sistema mais ligeiro ou ainda, que seriam capaz de atingir melhores níveis com um sistema mais adequado.
Acho que o que isto revela mesmo é a ineficácia do sistema de ensino clássico, no seu estágio actual.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
limpaesgotos Escreveu:Uma coisa é certa, por muito boa que uma pessoa seja é impossivel aprender num ano (e em part time), toda a matéria (das muitas disciplinas) de seis anos lectivos.
Isso é certo, sem dúvida.
Mas o que merece reflexão não é o "como é que ela conseguiu"...
A questão que devemos colocar, assumindo que realmente num ano não se consegue assimilar a matéria de vários anos numa carrada de disciplinas, é o que andam os estudantes a fazer ao seguir todo o processo clássico.
Pois todo o processo parece ser algo inútil e nem sequer estamos a falar para a vida activa/profissional (pois isso é coisa que se diz há muito). Estamos a constatar que parece ser algo inútil para os próprios estudos posteriores, o que é mais crítico...
Ou isso, ou os exames na Faculdade são muito pouco exigentes. Mas a "facilidade" não é (especialmente) para ela, é para todos!
Estou a assumir que na Faculdade esta estudante está a fazer os mesmos exames que os restantes.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pata-Hari Escreveu:Uma coisa é certa, parece comparar bem com os seus colegas admitidos pelas vias tradicionais. Logo, ou algo está mal nos outros ou as equivalências foram justamente conseguidas.
Concordo... se está a ter as notas que está, é porque o programa de certificação funcionou bem neste caso.
Só espero que funcione bem em todos os casos...
Á força de nos levantarmos cedo tornamo-nos completamente estúpidos. O ser humano necessita de dormir... - Franz Kafka em "A metamorfose"
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OffTopic - Novas Oport. , mulher com 6.º ano na Universidade
Por este andar, qualquer dia vasta ter a 4ª classe para entrar na universidade !
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... _id=118511
Educação
Novas Oportunidades leva mulher com 6.º ano à Universidade
Uma mulher de Tábua que deixou de estudar na adolescência saltou seis anos de escolaridade em pouco mais de um ano, frequentando agora uma licenciatura em Coimbra. É um exemplo polémico do Novas Oportunidades
Luísa Gaio diz que a sua vida «deu uma volta de 180 graus» desde que há dois anos, ao visitar a feira anual de Arganil, soube que poderia obter a equivalência do 9º ano através do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).
Luísa Monteiro Gaio, de 33 anos, casada e mãe de dois filhos, dirigiu-se de imediato à Escola Secundária de Arganil para se inscrever no RVCC, uma das valências do actual Centro Novas Oportunidades.
Quando concluiu o curso, sem emprego, a formanda produzia algum artesanato, cuidava da habitação e dos filhos do casal, de nove e 12 anos, a que se juntam regularmente mais dois filhos do marido. Nem sequer pensava avançar para a certificação do 12º ano.
«Mas a técnica profissional que acompanhava a Luísa incentivou-a a prosseguir», recorda à agência Lusa Assumpta Coimbra, que era na altura a coordenadora do RVCC. A formanda distinguiu-se num grupo de 40 candidatos à certificação de competências.
«A Luísa acreditou que é possível valorizar os saberes da vida», sublinha Assumpta Coimbra.
Entusiasmada com os êxitos obtidos, candidatou-se ao curso de Turismo, Lazer e Património da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), fazendo os exames '+ 23'.
Entrou com média de 14 valores. Só que havia apenas duas vagas na licenciatura reservadas a ingressos através da antiga prova 'ad-hoc'.
O acesso à Universidade foi inicialmente recusado pela instituição. «Vou fazer o 12º ano!», decidiu.
No entanto, em Outubro de 2007, no dia em que iria inscrever-se de novo no RVCC, recebeu uma carta da FLUC a devolver-lhe a alegria: estava, afinal, assegurado o ingresso na faculdade.
Em pouco mais de um ano, Luísa Gaio saltou do 6º ano (antigo 2º ano do Ciclo Preparatório) para o ensino superior.
Fez, com 14 valores de média final, as 12 cadeiras do primeiro ano de Turismo, Lazer e Património, chegando a obter classificações de 19 valores.
Já no 2º ano, a universitária percorre diariamente 130 quilómetros de automóvel, entre Avelar, concelho de Tábua, e Coimbra. Levanta-se às 6h, para cuidar dos filhos que vão para a escola, e chega à Alta coimbrã antes das 8h, para garantir estacionamento próximo da Universidade.
Luísa Gaio não quer falhar uma aula. «Sem apoio do meu marido, não conseguia», refere.
Quase acabaram os passeios que fazia com a família aos fins-de-semana: «Tenho que estudar, fazer investigação e tratar da casa».
No final da licenciatura, pretende concretizar um projecto turístico em conjunto com uma irmã. Também a seduz a investigação académica nesta área.
Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... _id=118511
Educação
Novas Oportunidades leva mulher com 6.º ano à Universidade
Uma mulher de Tábua que deixou de estudar na adolescência saltou seis anos de escolaridade em pouco mais de um ano, frequentando agora uma licenciatura em Coimbra. É um exemplo polémico do Novas Oportunidades
Luísa Gaio diz que a sua vida «deu uma volta de 180 graus» desde que há dois anos, ao visitar a feira anual de Arganil, soube que poderia obter a equivalência do 9º ano através do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).
Luísa Monteiro Gaio, de 33 anos, casada e mãe de dois filhos, dirigiu-se de imediato à Escola Secundária de Arganil para se inscrever no RVCC, uma das valências do actual Centro Novas Oportunidades.
Quando concluiu o curso, sem emprego, a formanda produzia algum artesanato, cuidava da habitação e dos filhos do casal, de nove e 12 anos, a que se juntam regularmente mais dois filhos do marido. Nem sequer pensava avançar para a certificação do 12º ano.
«Mas a técnica profissional que acompanhava a Luísa incentivou-a a prosseguir», recorda à agência Lusa Assumpta Coimbra, que era na altura a coordenadora do RVCC. A formanda distinguiu-se num grupo de 40 candidatos à certificação de competências.
«A Luísa acreditou que é possível valorizar os saberes da vida», sublinha Assumpta Coimbra.
Entusiasmada com os êxitos obtidos, candidatou-se ao curso de Turismo, Lazer e Património da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), fazendo os exames '+ 23'.
Entrou com média de 14 valores. Só que havia apenas duas vagas na licenciatura reservadas a ingressos através da antiga prova 'ad-hoc'.
O acesso à Universidade foi inicialmente recusado pela instituição. «Vou fazer o 12º ano!», decidiu.
No entanto, em Outubro de 2007, no dia em que iria inscrever-se de novo no RVCC, recebeu uma carta da FLUC a devolver-lhe a alegria: estava, afinal, assegurado o ingresso na faculdade.
Em pouco mais de um ano, Luísa Gaio saltou do 6º ano (antigo 2º ano do Ciclo Preparatório) para o ensino superior.
Fez, com 14 valores de média final, as 12 cadeiras do primeiro ano de Turismo, Lazer e Património, chegando a obter classificações de 19 valores.
Já no 2º ano, a universitária percorre diariamente 130 quilómetros de automóvel, entre Avelar, concelho de Tábua, e Coimbra. Levanta-se às 6h, para cuidar dos filhos que vão para a escola, e chega à Alta coimbrã antes das 8h, para garantir estacionamento próximo da Universidade.
Luísa Gaio não quer falhar uma aula. «Sem apoio do meu marido, não conseguia», refere.
Quase acabaram os passeios que fazia com a família aos fins-de-semana: «Tenho que estudar, fazer investigação e tratar da casa».
No final da licenciatura, pretende concretizar um projecto turístico em conjunto com uma irmã. Também a seduz a investigação académica nesta área.
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Cumprimentos.
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