Grandes investidores viram costas a Israel

[luis.gomes]

As únicas soluções seriam:
1. Não abastecer, o que não é praticável;

Praticável é, mas o pessoal não quer.

Por isso é que eu continuo a dizer que a gasolina não está cara: quem paga 1,49 por um litro de combustível é porque acha que ele vale esse preço (se não achasse, não o comprava!)

E como é que fazias? Deixavas de andar de automóvel?

O que eu tento fazer é abastecer nos postos mais baratos. Ainda no fim-de-semana atestei a 1.40 (s/chumbo 95).

Há 15 anos atrás eu não tinha automóvel e nada me impediu de ir para onde quer que fosse... por isso nada me impede de o fazer neste momento.

O que faz falta a este país é mesmo começar a pensar desta forma.

Estive em cidades europeias bem maiores do que o Porto ou Lisboa em que o automóvel não é necessário para nada... pelo contrário até é um incómodo, claro que para tal ser possível existe uma boa rede de transportes que possibilitam a deslocação das pessoas para onde quer que seja...

Cumprimentos,

LG

[habanero04]

As únicas soluções seriam:
1. Não abastecer, o que não é praticável;

Praticável é, mas o pessoal não quer.

Por isso é que eu continuo a dizer que a gasolina não está cara: quem paga 1,49 por um litro de combustível é porque acha que ele vale esse preço (se não achasse, não o comprava!)

E como é que fazias? Deixavas de andar de automóvel?

O que eu tento fazer é abastecer nos postos mais baratos. Ainda no fim-de-semana atestei a 1.40 (s/chumbo 95).

[carrancho]

Portugal deve ser dos países do mundo onde a relação nº pessoas transportadas/nº de carros a circular é menor. Se repararem bem, a maioria dos carros que andam na estrada anda com apenas uma pessoa dentro. A deficiente rede de transportes publicos pode explicar alguma coisa... mas não tudo!

Quanto ao boicote... acho que não faz qualquer sentido e só contribuirá para agravar a situação de alguns Portugueses. A unica solução imediata creio passar mesmo por uma redução do consumo... a nivel GLOBAL! Nesse aspecto todos podemos dar um contributo, por mais pequeno que seja pode fazer toda a diferença.

Abraço,

Carrancho

[Elias]

As únicas soluções seriam:
1. Não abastecer, o que não é praticável;

Praticável é, mas o pessoal não quer.

Por isso é que eu continuo a dizer que a gasolina não está cara: quem paga 1,49 por um litro de combustível é porque acha que ele vale esse preço (se não achasse, não o comprava!)

[habanero04]

Boas,

A melhor forma de baixar os preços dos combustíveis era todos passarmos a andar de bicicleta ou a pé como se faziam uns anos atrás...

Só que a comodidade de levar o carro a passear fala sempre mais alto.. na altura de sair de casa, além de que andar de bicicleta ou andar a pé cansa!

Cumprimentos,

LG

Isso só é praticável para quem trabalha perto de casa e em viagens de curtas distâncias.

Os transportes públicas são outra opção.

[Elias]

As únicas soluções seriam:
1. Não abastecer, o que não é praticável;

Praticável é, mas o pessoal não quer.

Por isso é que eu continuo a dizer que a gasolina não está cara: quem paga 1,49 por um litro de combustível é porque acha que ele vale esse preço (se não achasse, não o comprava!)

[luis.gomes]

Boas,

A melhor forma de baixar os preços dos combustíveis era todos passarmos a andar de bicicleta ou a pé como se faziam uns anos atrás...

Só que a comodidade de levar o carro a passear fala sempre mais alto.. na altura de sair de casa, além de que andar de bicicleta ou andar a pé cansa!

Cumprimentos,

LG

[habanero04]

Também não me parece que um boicote à Galp dê resultado. Deve haver apenas uma pequena redução da margem de lucro, mas como o suposto boicote não deve durar muito tempo a mossa nos lucros da Galp deve ser marginal. E se, como disse o Marco, as outras gasolineiras subirem os preços? Se calhar acaba por ser pior...

As únicas soluções seriam:
1. Não abastecer, o que não é praticável;
2. Ir abastecer a Espanha, o que também não é praticável para a maioria dos portugueses.

Claro que se pode enveredar pelo contrabando, como já aqui foi dito, mas quem o pratica está sempre sujeito a ser apanhado e quem venda na candonga terá que praticar preços mais baratos que o mercado senão não vende, mas suficientes para terem uma margem de lucro. Quem contrabandeie para consumo próprio já terá uma grande vantagem.

[rui_e90]

Em Portugal o combustível é todo comprado no mesmo refinador (Galp)?

Não percebo como é que alguns postos conseguem fazer descontos de 10\12 cêntimos e a Galp e BP estão sempre com o mesmo preço.

[silvaxico]

A quanto é que a Galp vende os combustíveis aos americanos?

Será ao preço que vende para cá?

[feliztrader]

há pouco ouvi uma entrevista a um noruegues, que dizia que no seu país o gasóleo custava 1,70 e que achava bem que ele fosse muito mais caro, pois se anda muito de carro. Ora bem, o salário médio dum noruegues não é de 800 €, mas sim 4000 €.

um dos nossos ministros diz também que os impostos sobre os produt petrolíferos são os mesmos que os praticados na europa; o que ele se calhar se anda a esquecer é que o nosso salário médio não é o dos deputados da AR.

portanto o mal não está no aumento do preço do petróleo, mas sim no poder de compra dos portugueses.


o que nos vai acontecer, então ? só mesmo uma redução drástica dos impostos (bem inf. à praticada em Espanha) é que se vai impedir a ruptura.

sacrifica-se alguma coisa do PIB, mas isso seria um mal menor; que adianta chegar a um défice de 1, ou 2%, se a maior parte de nós arrebenta pelas costuras ?

[mcarvalho]

Consumidores preparam boicote aos fornecedores de combustíveis


27/05/2008


Enquanto o Governo de José Sócrates e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) continuam a atribuir a culpa pela subida do preço do petróleo e dos combustíveis à especulação, em Portugal, começam a ser organizados boicotes ao abastecimento.

De acordo com o "Público, um dos apelos circunscreve o boicote aos postos da Galp, Repsol e BP - "Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes", diz o texto que começou a circular na Internet a semana passada; um segundo apelo pede a que nesses mesmos dias 1, 2 e 3 de Junho não seja feito nenhum abastecimento de combustível.


O apelo generalizado ao boicote é assumido pela ex-candidata presidencial Manuela Magno. "Há razões para [as pessoas] aderirem maciçamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço", afirmou a activista, citada pela agência Lusa.

Entretanto, já há mais de uma semana que circula na Internet um apelo, e que está a ser disseminado via correio electrónico, que fixa os dias 1, 2 e 3 de Junho como "dias sem abastecimento na Galp, BP e Repsol", sugerindo a utilização de outras marcas, e dos postos junto dos hipermercados.


Paralelamente às movimentações sociais que começam a surgir, o Governo responde dizendo que este é um problema "importado", mas que está a ter efeitos "muito negativos sobretudo nas famílias mais desfavorecidas". Foi isso mesmo que disse ontem o ministro da Economia, Manuel Pinho, durante uma visita à central fotovoltaica da Amareleja, insistindo que Governo fez até hoje "tudo o que se pode fazer" e criticando a "falsa noção criada" sobre a elevada fiscalidade em Portugal.


Segundo o ministro, o problema está na "especulação verdadeiramente selvagem a nível internacional" e não na procura; e que, no caso português, o problema "é particular", pelo facto de "sermos vizinhos de Espanha", um país onde o s preços "são anormalmente baixos devido à fiscalidade", observa. A taxa de incidência fiscal de Portugal está "dentro do padrão médio europeu", mas está acima daquele que é praticado, para além de Espanha, por países como a Grécia, a Holanda ou a Irlanda. Instado pelos jornalistas a comentar a proposta do presidente da ANAREC que defende a revogação do decreto que liberaliza os combustíveis, disse que este tipo de argumentação lhe faz lembrar a posição de "alguns políticos" que, em 2004, "deram uma cara de liberais e agora que estão na oposição a propor medidas administrativas". Manuel Pinho diz que o Governo não vai ceder à pressão que o aumento dos combustíveis o está a colocar, para "não colocar em risco o Pacto de Estabilidade e Crescimento".


Também ontem, o primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu que o Governo não cederá "à tentação de facilitismo" que levou ao congelamento dos preços dos combustíveis no passado. "Esse não é o caminho correcto", frisou.

[Navete]

Bons dias Marco António. O pasil tem razão em muitas coisa no seu post. Quando vou a Espanha o meu autocarro tem depósitos suplentes inseridos na carroçaria, nada á vista, mas estão lá, e são legais... Pois as viaturas são inspecçionadas com esses depositos extra, aliás todo o fundo do autocarro, se não existissem malas, podia ser um gigantesco deposito de combustivel.

A fuga de ISP para espanha é uma realidade já de há muitos anos... e vai agravar-se.

[MarcoAntonio]

Atenção que isso é ilegal. Não sei de quanto será a multa mas nesta altura é coisa a que certamente as BT's estão bem atentas...

Pois se eles apreendem as viaturas a carburar "óleo de fritar batatas", por certo não vão fechar os olhos a quem transporta bidões de combustível.

[pasil74]

O melhor boicote é meter em espanha e sem ser na galp.

è o que eu faço, mesmo que meta em portugal só onde for mais barata.

mesmo que me fique mais caro vou meter a espanha, mas que ainda compensa, ai isso compensa.

E vou começar a trazer bidons para guardar em casa para outros carros que tenho e não os levo a espanha. e se conhecerem alguem com camioes, podem perguntar se já nao tiverem se querem meter depositos extra para trazer combustivel de lá!
aqui já á muitos 1 deles cada vez que se desloca a Espanha tras 2mil litros para se gastar em viaturas cá.

Isto é que é o verdadeiro boicote e isto por mais que o estado negue está a fazer mossa, mas infelizmente não se pode dizer toda a verdade sobre isto, porque é o "contrabando" da actualidade.

[MarcoAntonio]

Já foi demonstrado n vezes que os preços praticados pela GALP são semelhantes aos praticados por essa Europa fora.

A margem de manobra da GALP é reduzidissima e não tem nada que ver com a escala com que as pessoas sentem o "preço caro" dos combustíveis.

O potencial de redução desses boicotes é da ordem de 1 ou 2 centimos, provavelmente.


E se o boicote tiver sucesso (em termos de adesão) o resultado será não o abaixamento dos preços dos combustíveis nas bombas mas sim despedimentos e encerramento de postos.

Também pode resultar nisto: as pessoas não abastecem na GALP para pressionarem a GALP a baixar e como resultado, os outros postos pelo excesso de procura e "cliente fácil" tende a subir ligeiramente os preços.

Ou seja, as pessoas abastecem ao mesmo preço mas noutros postos. E quase sempre sendo o combustível proveniente da GALP na mesma...

[Luis19]

Rosario,
o mais certo é dar em despedimentos e fecho desses postos...

O trabalhador é sempre o elo mais fraco.

[rosario]

Estão a esquecer uma coisa muito simples...

Quantos postos Galp existem em Portugal? Quantos trabalhadores há em cada posto?

Mesmo que a Galp continue a vender gasolina para outras marcas tem que continuar a pagar salários e despesas de funcionamento dos seus postos de combustível, pelo que, se o boicote funcionar bem, os postos começam a dar prejuizo em vez de lucro, o que pode originar a tal desejada mudança de preços.

[bboniek33]

...o unico boicote Eficaz ee exercido contra a Cultura, a Educacao e o Civismo.

Aih sim ! Somos imbativeis. E os precos jaa comecaram a baixar...

[Resina]

Concordo com ambos.
Mas de qualquer maneira é sempre bom ver o que cada um acha disto...
A quem está dentro é sempre util saber se estes boatos que se andam a tornar publicos na imprensa, caso entrem em prática, não provoquem efeito directo no titulo...
Abraço

[Elias]

Boas,

Pessoalmente não acredito no sucesso destes boicotes. Não acredito que a cotação da GALP venha a sofrer com esta acção, porque se trata de um incidente (se assim lhe podemos chamar) de muito curta duração, sem consequências posteriores (e se calhar o mercado até já incorporou os seus possíveis efeitos).
Também não acredito que este boicote faça baixar os preços dos combustíveis, pois a maioria das pessoas vai continuar a abastecer as suas viaturas mesmo durante os próximos dias: as empresas, porque não podem ficar paralisadas por causa de um boicote; os particulares, porque também precisam de abastecer os seus carritos e com tantas campanhas e cupões de desconto dados pelos hipermercados e não só, acaba por ficar mais barato abastecer no mesmo posto de sempre do que fazer uma grande distância para procurar um posto de outra marca (que por vezes fica a dezenas de quilómetros). Os que quiserem levar o boicote mais a sério, enchem o depósito na véspera do início do boicote e depois voltam a fazê-lo no dia a seguir ao boicote, por isso contas feitas o consumo total no espaço de duas semanas não deverá ter grandes variações.

O resultado poderia ser outro se o boicote apelasse às pessoas para deixarem de andar de carro (aí sim, haveria uma redução do consumo), mas não é disso que se trata.

Resumindo e baralhando, acredito que o impacto deste boicote no preço dos combustíveis vai ser nulo. Aliás, acho tudo isto um disparate. Usando a linguagem da batalha naval, é um tiro na água. Os que defendem uma baixa do preço dos combustíveis (nos quais não me incluo) deviam era começar a recolher assinaturas (por exemplo, através de uma petição) para levar o assunto à discussão na Assembleia da República.

Saudações,
Elias

[AMR]

Uma vez que só se fala em boicotar a Galp, o combustível cada vez está mais caro e a Galp tem cada vez menos clientes, até que ponto não está iminente um grande queda na Galp. Não digo amanha ou depois de amanha, mas talvez no dia 3 ou 4 dependendo do sucesso desses tais mails que andam a circular, não irá provocar uma queda bem grande na Galp...
Abraço

Quase todas, para não dizer todas, as gasolineiras em Portugal, seja de que marca forem, recebem o combustível refinado da Galp, tanto quanto sei, embora possa estar equivocado - mas o petróleo é ao mesmo preço para todos, right?

Na minha opinião, boicotar fere apenas os intermediários finais, não fere nem o governo, que recebe o mesmo, nem a Galp, pois já deve ter tido muito da sua margem ao vender às ditas, nem as outras, sofrendo apenas as suas "revendedoras", ou seja, o tipo com a licença e gestão da "loja" - a quem compete subir ou descer os preços - daí a estranheza da coincidência de muita semelhança e subidas quase simultâneas - a tal sombra da cartelização ou acordos quid pro quo.

O único boicote que funcionaria seria não ir a absolutamente nenhuma gasolineira - pois em menos de uma semana, era tanques a abarrotar, e só massa a sair, nada a entrar - caos - mas tal como tanta proposta que por aí anda, é utópico - ou ir tudo abastecer a Espanha (o que aliás, já fazem, profissionais de percursos internacionais, e condutores que vivem por perto), mas custa massa na mesma e tem efeitos económicos e sociais perniciosos.

Leia-se que também sofrem os carros, uma vez que se abastecem em locais mais baratos onde rapidamente se esgotam os tanques dos ditos pois o combustível quando chega lá da cisterna, tem que assentar nos tanques da gasolineira pelo menos umas valentes horas, ou pode ter menos qualidade devido a essa falta do período de repouso - e com tanta falta de guito, quem é o gerente com consciência para fechar a loja porque "tem que deixar assentar o fuel"?

A partir dos 120 US$, na minha opinião, a situação deixou de ser sustentável, deixa de ser, passa a espiral descendente - mesmo os especuladores a ganhar massa que dói estão a dar um tiro no pé. A partir dos 200, colapso.

Ainda a procissão vai no adro...

Abraços,
AMR
http://www.alvaromrocha.com

[Resina]

Até digo mais, o que é potencialmente mais forte...
Um boicote em grande escala à Galp ou um poço de cheio de petroleo em grande volume...
Ha uns anos pensavamos que dificilmente teria impacto um boicote, mas nos tempos que correm já não é dificil ocorrer... Por outro lado, há a refinação da Galp ao qual todas as gasolineiras recorrem em Portugal...

[Resina]

Uma vez que só se fala em boicotar a Galp, o combustível cada vez está mais caro e a Galp tem cada vez menos clientes, até que ponto não está iminente um grande queda na Galp. Não digo amanha ou depois de amanha, mas talvez no dia 3 ou 4 dependendo do sucesso desses tais mails que andam a circular, não irá provocar uma queda bem grande na Galp...
Abraço