Caldeirão da Bolsa

Sonae Industria Dossier

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Sonae Industria Dossier

por The Mechanic » 2/2/2008 17:55

SONAE - SOCIEDADE NACIONAL DE ESTRATIFICADOS, SARL

Em 1990 a SONAE era já o maior Grupo não financeiro de capitais maioritariamente portugueses e, no ano seguinte, dá-se outra importante reorganização, tendo em vista uma maior focalização nos negócios que, para tal, foram integrados em distintas sub-holdings. Surge, então, a SONAE INDÚSTRIA, SGPS.

Em 1993 inicia-se uma importante fase de expansão e internacionalização dos negócios da SONAE INDÚSTRIA, que a transforma em líder do sector de painéis de madeira na Península Ibérica e num dos cinco maiores produtores europeus, através da aquisição de uma posição de controlo num dos dois maiores grupos espanhóis do sector - a TAFISA.

Já em 1994, e na sequência da aquisição da TAFISA, a SONAE INDÚSTRIA expande as suas actividades para o Canadá com o arranque de uma fábrica de aglomerados de madeira. Paralelamente, a SONAE INDÚSTRIA expande a sua actividade comercial para o Brasil e África Austral.

Ainda em 1994 a SONAE INDÚSTRIA decide investir numa segunda linha de produção de MDF na Siaf, que arrancou no segundo semestre do ano seguinte.

Em 1996, antecipando os novos desafios da expansão internacional dos seus diferentes negócios e face à necessidade de focar os recursos de gestão no seu desenvolvimento, foi decidido que os negócios da SONAE INDÚSTRIA - já presentes em Espanha, Reino Unido, Canadá, Brasil e África Austral - se separassem da SONAE INVESTIMENTOS SGPS. Para tal foi constituída uma nova holding - a INPARSA - que agrupou entre outros, os negócios no sector dos derivados de madeira. A SONAE INDÚSTRIA passou, assim, a ser detida maioritariamente por aquela sociedade gestora de participações sociais.

Em 1998 prossegue a expansão da capacidade de produção de MDF, com o arranque da linha de MDF fino de Valladolid, em Espanha. Durante 1998, a Sonae Indústria expandiu a sua base industrial para outro continente: África Austral. Começou a ser instalada uma unidade de fabrico de aglomerado na África do Sul, tendo o start-up produtivo ocorrido em Dezembro de 1999. Paralelamente, reforçou fortemente a sua presença no Reino Unido com uma nova fábrica de aglomerado de madeira, cujo arranque se deu em meados de 2000. O excelente desempenho da SONAE INDÚSTRIA no Canadá tornou imperativo um aumento da capacidade produtiva da unidade fabril situada em Lac-Mégantic, cujo start-up ocorreu em Junho de 2000.

Ainda em 1998, a SONAE INDÚSTRIA assume-se como líder mundial no fabrico de aglomerados de madeira: com a aquisição de cerca de 85% do capital da empresa alemã Glunz AG, através da sua participada TAFISA, a SONAE INDÚSTRIA tornou-se na maior empresa do mundo do sector dos derivados de madeira. Com a aquisição da Glunz AG, a SONAE INDÚSTRIA expande a sua base industrial para a Alemanha e França, neste último caso através da ISOROY, empresa até então detida pela Glunz AG. A aquisição da Glunz AG permitiu um alargamento da gama de produtos até então existentes, passando a SONAE INDÚSTRIA a dispôr, na sua gama de produtos, de novos conceitos como OSB (Oriented Strand Board), Softboard e contraplacado.

Já em 1999, a SONAE INDÚSTRIA desmultiplicou-se em novos projectos: uma nova fábrica de resinas em Sines, uma serração em Cuellar (Espanha), uma segunda linha de produção de MDF no Brasil. A nova unidade de químicos em Sines permite abastecer de resinas todas as unidades fabris da SONAE INDÚSTRIA na Península Ibérica.

No primeiro semestre de 1999, a fusão entre a INPARSA, a FIGEST e a SONAE INVESTIMENTOS SGPS, deu origem à SONAE SGPS - Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA. A SONAE INDÚSTRIA passou a ser maioritariamente detida pela SONAE SGPS, SA.

Dos negócios de base florestal, concentrados na sub-holding Sonae Produtos e Derivados Florestais, a SONAE INDÚSTRIA, para além do desenvolvimento das unidades de serração já mencionadas, adquiriu a IFLOMA, em Moçambique, e venceu o concurso público de privatização de 65% do capital da Gescartão, numa joint-venture com a empresa espanhola Europac. Esta aquisição permite à SONAE INDÚSTRIA proceder a uma integração vertical da sua actividade industrial, alargando a sua base de negócios para o sector da pasta para papel e papel.

Em Agosto de 2000 a SONAE Indústria reforça a sua presença na África do Sul, através da aquisição da Sappi Novobord. A aquisição tem um impacto importante em vários aspectos do posicionamento da SONAE em relação aos seus interesses neste país. Através do aumento da sua capacidade de produção, a empresa criou a oportunidade de se tornar o maior fornecedor de aglomerado na África do Sul, mas também aumentou a diversidade da oferta dos seus produtos.

Durante o ano 2001 assistimos a grandes alterações nomeadamente em França e Alemanha. Em Agosto arranca a nova linha de MDF em Le Creusot, bem como uma linha de aglomerado em Lure - França. Na Alemanha, em Setembro, dá-se o arranque da nova fábrica, em Nettgau, primeiramente com aglomerado de partículas e mais tarde com OSB.

Ainda em Setembro de 2001 diversos activos florestais, incluindo a sub-holding SONAE - Produtos e Derivados Florestais SGPS, SA, foram transferidos para a gestão directa da SONAE SGPS, SA, à semelhança do anteriormente ocorrido com as participações na Portucel e Soporcel, por forma a facilitar uma gestão estratégica integrada dos activos mais directamente relacionados com a Fileira Florestal.

Em Setembro de 2005, teve início a operação de cisão-fusão e fusão da SONAE – SGPS, S.A. por destaque de parte da participação detida por esta sociedade na SONAE INDÚSTRIA – SGPS, S.A. (adiante SI) e a sua incorporação na sociedade SONAE 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A., a qual, através de uma simultânea operação de fusão, incorporou a totalidade do capital social da sociedade SI. Esta operação conduziu à extinção da SI e à alteração da denominação social da SONAE 3P – Panels, Pulp and Paper, SGPS, S.A. para SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A., com efeitos a partir do dia 20 de Dezembro de 2005.



A SONAE INDÚSTRIA é o mais importante grupo português de empresas industriais do sector dos derivados de madeira.

A sua gama de produtos abrange, nomeadamente:

*aglomerado de partículas de madeira (particleboard),
*MDF (Medium Density Fibreboard),
*aglomerado de fibras duro (Hardboard),
*OSB (Oriented Strand Board),
*produtos e serviços de valor acrescentado - componentes, soluções e sistemas - para as indústrias de mobiliário, construção, decoração e para o sector de bricolage.
e ainda:

*laminados decorativos de alta pressão,
*produtos químicos (formaldeído, resinas à base de formaldeído e papéis impregnados).


A 31 de Dezembro de 2006, a SONAE INDÚSTRIA empregava cerca de 7.000 colaboradores, espalhados por 11 países: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Brasil, Holanda, Suiça, Polónia e África do Sul.

Em 2006 o volume de negócios consolidado da SONAE INDÚSTRIA totalizou 1.699,3 milhões de euros:

Peninsula Ibérica - 22%
Europa Central - 40%
Resto da Europa - 14%
Resto do Mundo - 21%
Outros - 3%


A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA, encontra-se cotada na Euronext Lisbon, tendo como accionista de referência a EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, SA (51,281%).

Estrutura de Participações ( fig. 1 - arvore de participações )


Capital Social - 700,000,000 Euros
Numero de acções ordinárias - 140,000,000

Destaques do Desempenho Financeiro dos 9M07
Comparando com os primeiros 9 meses de 2006:

• O Volume de Negócios aumentou 32%, atingindo 1,6 mil milhões de euros;
• O EBITDA Recorrente registou 240 milhões de euros, o que representa um aumento de 58% e uma margem do EBITDA sobre o Volume de Negócios de 15,1%;
• Os Resultados Líquidos Após Interesses Minoritários aumentaram para 63 milhões de euros, o que compara com 15 milhões de euros nos primeiros 9 meses de 2006.


Perspectivas futuras
A focalização estratégica da Sonae Industria na consolidação da presença nos seus mercados principais e no aumento da rentabilidade da base existente de activos, permitiu criar uma plataforma para um crescimento sustentável no futuro. Atingiram já marcos muito importantes, em termos de crescimento e de rentabilidade, todavia existe ainda potencial para melhorar, sobretudo na Europa Central e, por conseguinte, nos próximos trimestres, irão concentrar a nossa atenção nesta região.
Em relação às vendas, preveem a continuação do crescimento sólido da procura no Brasil e na África do Sul, contudo a desaceleração do sector da construção na Alemanha,Espanha e América do Norte irá, provavelmente, travar o crescimento global em volume. Nos últimos meses, a volatilidade causada pela crise do mercado de crédito aprofundou a deterioração do sector da construção e a estratégia de crescimento contínuo e melhoria da rentabilidade estará também dependente da capacidade do
sector de se ajustar a uma provável redução dos volumes.
Estima-se que os custos da energia, das resinas (actualmente assiste-se já a aumentos significativos do preço do metanol) e da madeira aumentem ainda mais nos próximos trimestres, contudo irão continuar a envidar todos os esforços, no sentido de inovar e de melhorar a eficiência industrial e a utilização de recursos, como forma de compensar estes aumentos dos custos.


Pequena AT para decisão de Investimento

A Sonae Industria fez na sexta-feira um " break-out" de uma pequena resistência nos 4,64 Euros , confirmando com um fecho quase em máximos da sessão nos 4,75 e volume razoavel , após consolidação nos 4,55 - 4,64 nos ultimos dias.
A muito curto prazo, e desde que as condições globais de Mercado não deteriorem, é possivel que a Sonae Industria vá testar a LTD que vem desde o seu máximo de Junho/Julho passado e que se encontra agora nos 6,50 ou a sua MA50 agora nos 6,00 .
Estando a cotação nos 4,74 , a perspectiva do trade , mesmo num angulo especulativo , parece-me bastante razoavel ( 26% ).
A passagem dos 6,00 e a quebra consolidada da LTD poderia no entanto tornar este trade especulativo num trade de investimento dados os PT de cerca de 12 Euros ( que valem o que valem ) para o fim do ano .


Um abraço ,

The Mechanic
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