Caldeirão da Bolsa

Pintainhos de ouvidos alerta

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

er

por luis lobs » 20/9/2005 11:47

os ursos todos juntos.. :mrgreen:

á 2 anos tive uma para comprar uma casita q custava 21 mil contos, fui la á dias so custa agora já usada 39mil contos, sera q esta cara agora?

as sociedades sao tao complexas q delas próprias resulta a autoparasitacao e dependencia, quando termina um ciclo e comeca outro ninguem sabe, para mim basta seguir a forca das massas, q neste momentoe para acima, mas e sempre bom acompanhar todos os cenarios.
e' preciso viver nao apenas existir
 
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S&P

por Razao_Pura » 20/9/2005 11:47

Bom Dia Cem,

Pelo que percebi, consideras que existe uma forte possibilidade de inversão dos mercados americanos.

Por um lado:
- Temos estabilidade nos indices, apesar das desgraças naturais e não naturais (terrorrismo, guerra, tsunamis e furacões)
- Temos volatilidade baixa, apesar da desvalorizaão do Dólar e da especulação sobre o petróleo
- Não temos mercados emergentes que promovam a especulação (geográficos como p.e. os tigres asiáticos ou de business como p.e. as techs)

Por outro lado temos os indicadores técnicos de que falaste (Gann e Elliot).

Por fim temos o gráfico do S&P que tem um topo aos 15XX pontos e que caminha para lá paulatinamente (a longo prazo) num canal ascendente não muito inclinado mas seguro e que não deixa antever a inversão.

Eu acho que a galinha já não está a pôr ovos de ouro e toda a gente sabe disso. A globalização é tramada. Não digo que os mercados americanos não continuem a ditar a tendência mas acho que hoje já não basta que wall street espirre para que a europa se constipe.
As correlações económicas entre a América, a Europa e a Ásia são tão grandes que a tendência é mais para o equilíbirio do que o contrário.
Tecnicamente, tudo é possível, no entanto esperar um crash ou uma inversão, só com sinais claros do mercado, mas também posso estar a ter uma opinião naive da big picture.

EMHO.
Bjs.
R.P.
Trade the trend.
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por castelbranco » 20/9/2005 11:38

sem duvida Cem vejo que partilhas opiniões muito identicas ás minhas, em minha opinião estaremos muito perto do momento de viragem, se vai ser uma descida rapida ou lenta isso claro que é mais dificl de decifrar, mas olhando os indices mais bullish ou seja foram aqueles que empurraram o mercado para cima, deixam antever que estão esgotados, por outro lado os indices menos bullish não acompanharam nem de perto nem de longo os outros, o que criaram aqui uma grande divergencia e é exactamente isso que me preocupa.

abraços
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Aqui o Pintainho (GPinto)

por Gpinto » 20/9/2005 11:20

Concorda e subscreve a ideia.

Um abraço,

Gonçalo Pinto
Todos os conteúdos deste post, são da minha responsabilidade, e são o meu entendimento do momento dos mercados. A serem tomados como exemplo, é da única responsabilidade de quem os segue.


Um grande abraço e bons n€gócios,

Gpinto
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Pintainhos de ouvidos alerta

por Cem » 20/9/2005 11:02

Parece haver estabilidade nos mercados em geral, mas…
Pois, o pior é mesmo o “mas”, já vos digo porquê.
Como estão fartinhos de saber a mãe galinha é o mercado americano. Para onde ela vai, vão os pintos, leia-se todos os outros mercados mundiais.
Neste caso da mãe dos pintos refiro-me em concreto do S&P 500 e a duas situações preocupantes em concreto que temos pela frente.
Recorro apenas a factos de carácter de Análise Técnica pois como sabem os Fundamentais dos mercados dizem-me pouco e há quem os saiba interpretar muito melhor que eu para actuar em conformidade.

1) Primeiro facto:
Segundo os métodos de Elliott e Gann estamos próximos, muito perto de facto, da grande resistência do valor de 1253,52. Como este número diz muito pouco a muita gente, o melhor é centrá-lo num pequeno intervalo e talvez dizer que nesta proximidade da zona entre os 1247 aos 1260 iremos ter o grande teste de resistência aos bulls do mercado.
O tal número referido acima resulta da fórmula: [( Máximo de sempre do S&P feito em Março de 2000 – Mínimo do século XXI do S&P feito em Outubro de 2002 ) x 0,618 + Mínimo do século XXI feito em Outubro de 2002 ] .
Desculpem-me entrar agora num assunto pouco conhecido mas muito curioso. Donde vem esse misterioso número dos 0,618?
Os 0,618 são considerados o principal coeficiente de Fibonacci, aproximado às milésimas porque a parte decimal possui um número infinito de dígitos significativos. Este coeficiente, para quem não sabe, tem a particularidade de ser o limite para que tende a divisão de qualquer número de Fibonacci pelo membro seguinte da série.
Fibonacci foi um matemático da Idade Média que viveu e ensinou na Itália e a série de números que leva o seu nome tem a particularidade de ser constituída pela sequência da soma dos 2 últimos números anteriores. Exemplo: 2, 3, 5 (=2+3), 8 (=3+5), 13 (=5+8), 21 (=8+13), 34 (=13+21), etc, etc. Se fizerem as contas e dividirem 3 por 5, ou 5 por 8, ou 8 por 13, ou 13 por 21, ou 21 por 34 e assim sucessivamente, irão verificar que o valor será cada vez mais próximo dos tais 0,618. Já agora e também por curuiosidade, se dividirem um membro da série pelo anterior o valor tende para 1,618…
Pois verificou-se que no Universo em muitas relações descobertas, como por exemplo nas fórmulas de espirais, nas curvaturas das conchas de moluscos, em distâncias entre planetas do sistema solar ou até mesmo na relação entre distâncias de partes do corpo humano (ex: estudos anatómicos do célebre círculo dos membros de Leonardo da Vinci), este valor dos 0,618 possuía características comuns à génese de inúmeros eventos universais.
Elliott e Gann foram 2 personalidades que deixaram estudos e publicações sobre os mercados que procuraram comprovar que também nas emoções humanas esse factor possuía um significado inestimável pelo facto de estatisticamente se verificarem fortes reacções, na diferença entre máximos e mínimos significativos do mercado, nos ricochetes das zonas dos 61,8% , dos 50% e dos 23,6% ( este valor de 0,236 é igual a 0,618 elevado ao cubo ou igual a 0,618 x ( 1 – 0,618 ). Sempre o valor dos 0,618 presente!
Curiosamente o programa comercial que possui o sistema de trading mais vendido no mundo inteiro através de mais de 100.000 exemplares vendidos junto de particulares e institucionais, em especial nos Estados Unidos e Ásia, é baseado em ondas relacionadas com números de Fibonacci; trata-se do Advanced Get, baseado em ondas de Elliott. Note-se que não me refiro a programas de análise genérica pois nesse caso teríamos em primeiro lugar o Metastock como o mais vendido no mundo inteiro.
Imaginem portanto estes programas todos e muitas outras ordens discricionárias que estatisticamente se relacionam no foro do sub-consciente colectivo do mercado onde com toda a probabilidade o mercado irá ser confrontado com o tal patamar emocional de uma barragem avassaladora de ordens de venda, umas de reversão e outras simplesmente de fechos das suas posições longas.
Em resumo, será uma tarefa gigantesca conseguir que o S&P 500 ultrapasse esta grande barreira da zona que vai dos 1247 aos 1260.
Se passar, óptimo para os bulls, se ficar a marcar passo ou reverter, aí temos mais um sinal da fantástica reacção emocional da Humanidade a seguir obedientemente uma das suas leis de relações universais de acordo com as ciências “ocultas” de Gann ou Elliott.

2) Segundo facto:
Esta possível razão ou justificação técnica já não assenta nos critérios emocionais sempre discutíveis atrás expressos.
Uma possível travagem dos mercados na presente fase pode ter por trás uma situação muito similar à que ocorreu antes do crash de 1987, aquele que até hoje ficou conhecido pela maior queda percentual num só dia do Dow Jones.
Existe evidentemente uma diferença de peso pois está provado que os crashes são acontecimentos esporádicos quase sempre antecedidos por volatilidades anormais elevadas existentes.
Nesta altura a volatilidade é baixa, não há razão para crashes técnicos, mas não se podem excluir os de carácter fortuito devidos a acontecimentos catastróficos do mundo exterior, isso é outra história.
Resumindo, o que digo é que não se prevê nenhum crash de ordem técnica no horizonte mas poderemos estar próximos de um recuo a curto prazo. Porquê? Pela tal analogia de um simples indicador que anuncia o fim do chamado “money flow”. Que indicador é esse? É um pequeno valor relativo ao qual os traders dão pouca importância e que mede a relação entre os avanços e recuos do mercado nas 500 acções que medem o S&P 500, muito similar ao Advance / Decline ratio.
Pessoalmente sigo apenas 10 acções de 2ª linha do S&P 500 e que compõem também o Nasdaq 100, têm cotações a rondar os 20 e os 30 dollars por acção e são pouco conhecidas. Não são nenhumas blue-chips nem são os grandes nomes badalados que todos conhecem. Na realidade o que faz mexer a capitalização do índice S&P 500 são os seus pesos pesados: a Microsoft, a Oracle, a E-Bay, a Amazon, a Yahoo, etc, etc, para falar só em algumas tecnológicas mais conhecidas do grande público.
Pois acontece que pela primeira vez tenho todas essas 10 acções de 2ª linha com ordens de venda. Ao mesmo tempo continuo a ter o S&P e o Nasdaq alegremente comprados!
Se nos lembrarmos do que aconteceu em 1987, este facto não deixa de ter analogias preocupantes.
De facto, nessa altura épica dos anos 80 a quantidade de novos especuladores a entrar no mercado foi fabulosa. Os ganhos do ano foram dos mais fantásticos de sempre, apesar do crash, a compra de acções assumiu uma dimensão nunca vista e ao longo de meses a fio entrou uma quantidade avassaladora de dinheiro proveniente de todas as direcções, desde os particulares aos institucionais. Só que o caudal de dinheiro tem um limite, quando acaba a disponibilidade directa de aplicações provenientes de outros activos não correlacionados que foram transferidos para os mercados accionistas para renderem muito mais, como os depósitos a prazo e as obrigações, por exemplo, existe um sinal claro que o caudal de dinheiro fresco está a terminar quando o capital é proveniente do próprio mercado de acções!
Como é que isso se detecta? Muito fácil, o pessoal transfere o dinheiro de acções que estão quase paradas ou a perder para aquelas que são os títulos dos grandes periódicos especializados, as blue-chips. Isto faz alimentar as subidas dos índices por mais uns meses ou semanas, só que à custa dos grandes líderes do mercado em termos de capitralização e nome.
Ora em 1987 nos 2 meses que antecederam o crash verificou-se que o indicador de recuos suplantava de forma evidente o indicador do número de acções que continuavam a subir. Estas acções que subiam não eram mais que as blue-chips que compunham o grosso do movimento dos índices accionistas, que por sua vez alimentavam a ilusão que todo o mercado se movia em uníssono. Quando em finais de Outubro de 1987 por uma única vez a oferta suplantou a procura por exaustão de fundos disponíveis por parte desta, o mercado simplesmente despenhou-se.
Estava-se na fase de rapar o fundo do tacho, a transferir capital das acções que deixaram de subir para o grupo restrito das que eram a fase visível do iceberg, era inevitável!
Pessoalmente sinto que este tipo de analogia se começou a verificar na presente situação, com as devidas diferenças de volatilidade e exageros agora muito mais atenuados e controlados, com as acções de 2ª linha a perder valor de forma evidente.
Daí o facto de considerar que poderemos estar no limiar de um período final de alta ligeira que poderá não durar mais que umas quantas semanas ou poucos meses a partir do presente, com toda a probabilidade estarei a referir-me entre 1 a 3 meses, para lançar um número concreto para a fogueira. Com um crash a anunciar? Não, conforme disse, se tal descida vier a ocorrer, será do tipo morte lenta numa primeira fase e acompanhada posteriormente por descidas percentualmente crescentes numa segunda fase quando a maioria dos intervenientes se aperceber que a maré mudou de direcção.
Estaremos a entrar na fase de limpar o fundo da panela para alimentar os últimos convivas que só agora começam a querer saborear a refeição?
Enfim, não quero ser acusado de “cá está mais um bear a profetizar desgraças”, apenas estou a alertar para sinais técnicos preocupantes que não deixam de me pôr de certa forma apreensivo, apesar de continuar por enquanto maioritariamente longo nos mercados em geral.
Mas que estou na pele dos pintos a preparar-me para piores dias, a tentar seguir os cacarejos da mãe galinha, poderão estar próximos, ai isso estou!

Cem
 
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