Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
Re: Efeito manada
Caro Gorgol
Resta acrescentar, alem do que escreves e bem que é uma medida solidaria , pois quem trabalha , esta melhor que um desempregado , a SS esta a passar por dificuldade era uma maneira de haver meios para as emergências .
Só podemos combater o desemprego financiado a economia , mas onde esta o dinheiro ,ou pelo um choque fiscal já que não é possível a desvalorização cambial
Lamentavelmente a primeira medida verdadeiramente criativa do governo, pode acabar aqui,
penso que os políticos actuais não leram "Il Principe" pois tinham muito a aprender com Maquiavel
Para impedir a que se fale que é uma transferencia para os patrões devia-se limitar o pagamento de dividendos ou taxa-los fortemente
Resta acrescentar, alem do que escreves e bem que é uma medida solidaria , pois quem trabalha , esta melhor que um desempregado , a SS esta a passar por dificuldade era uma maneira de haver meios para as emergências .
Só podemos combater o desemprego financiado a economia , mas onde esta o dinheiro ,ou pelo um choque fiscal já que não é possível a desvalorização cambial
Lamentavelmente a primeira medida verdadeiramente criativa do governo, pode acabar aqui,
penso que os políticos actuais não leram "Il Principe" pois tinham muito a aprender com Maquiavel
Para impedir a que se fale que é uma transferencia para os patrões devia-se limitar o pagamento de dividendos ou taxa-los fortemente
gorgol Escreveu:Estão todos contra a medida porque ela não é neutra para ninguem, tem fatores positivos e negativos para todos, mas nós só queremos os positivos. O efeito manada envia todos para o buraco, logo é preciso diversidade de opiniões e serenidade.
vamos analisar:
Para mim e todos trabalhadores por conta de outrem, custa pois pago mais e tenho dificuldade de ver o que recebo em troca.
Recebo em troca o cumprimento do plano de ajustamento e a entrada de tranches da troika até equilibrarmos as contas. Os défices só são resolvidos com o dinheiro de alguém. Com moeda própria perdiamos 25% do salário sem darmos conta, com os efeitos inflação. Estimem os preços dos combustíveis num caso desses.
As alternativas estão na redução da despesa. Agora perguntem quem quer cortes na saúde, educação, portagens, menos policias, gnr, juizes,militares,etc. Queremos sol na eira e chuva no nabal.
Para as empresas
É positiva visto reduzir custos, todavia estão preocupados com a redução do consumo. As exportadoras só têm vantagens. A redução do consumo pode ser benéfica obrigando algumas empresas a focarem-se nas exportações, visto terem capacidade produtiva e portanto precisam ir à procura de novos mercados
Todavia se a medida fosse a mesma tendo como contrapartida a subida do IVA em 4 pontos percentuais, era muito pior. O que as empresas querem é esta redução da TSU sem mais impostos. Chama-se a isto: sol na eira e chuva no nabal.
Esta medida mantém algum emprego nas empresas em dificuldades, ainda numa fase de ajustamento da mão de obra ao mercado.
Noutras empresas poderá já empregar pessoas pelo suporte desta medida, principalmente no setor exportador. Portanto para os desempregados e os futuros candidatos ao desemprego, que são os mais afetados pela crise esta medida é positiva.
A medida dá competitividade às melhores empresas e suporta emprego, logo permite resolver 2 problemas do programa de ajustamento: competitividade e travar o desemprego. Ainda permite dar um toque de € 500 milhões no défice.
Outra ideia que muitas vezes não está clara; os lucros das empresas melhorarem devido à medida nos bens não transacionáveis.
Se os lucros servirem para investimento teremos mais emprego, mais negócio, mais IVA, logo virtuoso.
Se os lucros permitirem reduzir preços - perfeito.
Se os lucros são distribuidos teremos mais IRC, mais imposto sobre dividendos e mais consumo a quem foi distribuido ou novos investimentos. No final retorna em impostos.
Todos temos de pagar a bronca já efetuada.
Eu sei o que seria mais positivo para mim:
Como consumo pouco, relativamente, podem subir o IVA.
Como não uso educação ou saúde públicas, podem cortar muito aí
Como não tenho depósitos a prazo podem carregar impostos neles.
etc.
Todavia tenho de contribuir e ser solidário para resolver esta bronca.
Esta medida não é o papão. Subir o IVA é pior, subir o IRS pode ser muito mau. O desemprego ir para 20% é a desgraça para muitos.
Venha o diabo e escolha!
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LTCM Escreveu:gorgol Escreveu:AxeRiver Escreveu:Então a tua solução é aumentar impostos para manter esses trabalhos? Para o ano, se a receita não chegar, aumentas de novo impostos... e no ano seguinte a mesma coisa.
Eu concordo com a troika: 2/3 na despesa e 1/3 nos impostos.
E porque é não era 3/3 na despesa?
O poder de compra é assim tão grande?
Porque os Senhores do Tribunal Constitucional, esse grande órgão de soberanía, provavelmente n{ao te deixariam.
Ou quererás tu sugerir onde arranjavas os cortes pelo valor total da redução?!
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gorgol Escreveu:AxeRiver Escreveu:Então a tua solução é aumentar impostos para manter esses trabalhos? Para o ano, se a receita não chegar, aumentas de novo impostos... e no ano seguinte a mesma coisa.
Eu concordo com a troika: 2/3 na despesa e 1/3 nos impostos.
E porque é não era 3/3 na despesa?
O poder de compra é assim tão grande?
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
gorgol Escreveu:AxeRiver Escreveu:Então a tua solução é aumentar impostos para manter esses trabalhos? Para o ano, se a receita não chegar, aumentas de novo impostos... e no ano seguinte a mesma coisa.
Eu concordo com a troika: 2/3 na despesa e 1/3 nos impostos.
Pois, mas enquanto a economia continuar com o PIB a resvalar, a parte correspondente aos impostos necessita cada vez maior carga fiscal, pois o valor colectado decresce... pelo que o terço passa para 1/2 ou 3/4 para atingir o mesmo valor calculado anteriormente.
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AxeRiver Escreveu:Então a tua solução é aumentar impostos para manter esses trabalhos? Para o ano, se a receita não chegar, aumentas de novo impostos... e no ano seguinte a mesma coisa.
Eu concordo com a troika: 2/3 na despesa e 1/3 nos impostos.
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gorgol Escreveu:AxeRiver Escreveu:Gorgol,
em que ponto esta é uma medida estruturante?
É apenas recolher mais imposto para alimentar o animal, vulgo Estado.
Em vez de se reduzir despesa, aumentasse receita. E assim vamos seguindo. Até ao dia em que já nada há para colectar...
O animal Estado (monstro) somos todos nós. Agora pergunta a quem precisa dos seus serviços se quer cortes.
Um corte na despesa do Estado também reduz o consumo e também aumenta o desemprego.
Quantas empresas da construção fecharam porque o Estado acabou com as obras públicas?
Tudo isto se comunica entre si como vasos comunicantes.
Então a tua solução é aumentar impostos para manter esses trabalhos? Para o ano, se a receita não chegar, aumentas de novo impostos... e no ano seguinte a mesma coisa.
Queres dizer que para manter o trabalho de uns, temos que pagar todos. Essas empresas que dependem do Estado teem que acabar. São essas empresas que andam a sugar todo o sistema. É claro que vai afectar todos... mas se não for feito, e continuarmos a aumentar impostos, no fim não haverá nada nem ninguém para taxar.
"You want to know a little about a lot"
jabreu3 Escreveu:Estas medidas não levam a nada, o estado continua gordo, e atrofia a economia nacional. E cada vez há menos receitas para sustentar o mesmo estado.
Uma coisa também é verdade. Apesar de todos querermos cortes imediatos nas gorduras, tectos nas pensões, etc., a verdade é que se estas medidas fossem implementadas muito rapidamente, iríamos ter um problema social muito grave. Não me refiro apenas aos ditos "interesses instalados dos grandes poderes, donos de Portugal", mas aos pequenos interesses de todos os Portugueses.
Tal como num toxicodependente a desintoxicação tem de ser feita devagar, os cortes na despesa não podem ser instantâneos. Por exemplo, com os cortes graduais nas pensões acima de 1500€, eu vejo um precedente para no futuro se chegar a colocar tectos máximos, isto se a crise se mantiver por cá tempo suficiente. Como a crise é estrutural, poderá ficar por cá tempo suficiente para que sejamos obrigados a atingir esse ponto..
Infelizmente para nós, a torneira terá de ser fechada muito lentamente..
Mas a reestruturação tem de ser feita. E isso implica corte já se sabe. Mas tem de ser feito. É estrutural e terá efeitos a médio prazo.
Estas medidas não levam a nada, o estado continua gordo, e atrofia a economia nacional. E cada vez há menos receitas para sustentar o mesmo estado.
O que implica que daqui a um ano venham pedir mais medidas. E vão pedir muito admirados... enfim
Estas medidas não levam a nada, o estado continua gordo, e atrofia a economia nacional. E cada vez há menos receitas para sustentar o mesmo estado.
O que implica que daqui a um ano venham pedir mais medidas. E vão pedir muito admirados... enfim
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AxeRiver Escreveu:Gorgol,
em que ponto esta é uma medida estruturante?
É apenas recolher mais imposto para alimentar o animal, vulgo Estado.
Em vez de se reduzir despesa, aumentasse receita. E assim vamos seguindo. Até ao dia em que já nada há para colectar...
O animal Estado (monstro) somos todos nós. Agora pergunta a quem precisa dos seus serviços se quer cortes.
Um corte na despesa do Estado também reduz o consumo e também aumenta o desemprego.
Quantas empresas da construção fecharam porque o Estado acabou com as obras públicas?
Tudo isto se comunica entre si como vasos comunicantes.
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Efeito manada
Estão todos contra a medida porque ela não é neutra para ninguem, tem fatores positivos e negativos para todos, mas nós só queremos os positivos. O efeito manada envia todos para o buraco, logo é preciso diversidade de opiniões e serenidade.
vamos analisar:
Para mim e todos trabalhadores por conta de outrem, custa pois pago mais e tenho dificuldade de ver o que recebo em troca.
Recebo em troca o cumprimento do plano de ajustamento e a entrada de tranches da troika até equilibrarmos as contas. Os défices só são resolvidos com o dinheiro de alguém. Com moeda própria perdiamos 25% do salário sem darmos conta, com os efeitos inflação. Estimem os preços dos combustíveis num caso desses.
As alternativas estão na redução da despesa. Agora perguntem quem quer cortes na saúde, educação, portagens, menos policias, gnr, juizes,militares,etc. Queremos sol na eira e chuva no nabal.
Para as empresas
É positiva visto reduzir custos, todavia estão preocupados com a redução do consumo. As exportadoras só têm vantagens. A redução do consumo pode ser benéfica obrigando algumas empresas a focarem-se nas exportações, visto terem capacidade produtiva e portanto precisam ir à procura de novos mercados
Todavia se a medida fosse a mesma tendo como contrapartida a subida do IVA em 4 pontos percentuais, era muito pior. O que as empresas querem é esta redução da TSU sem mais impostos. Chama-se a isto: sol na eira e chuva no nabal.
Esta medida mantém algum emprego nas empresas em dificuldades, ainda numa fase de ajustamento da mão de obra ao mercado.
Noutras empresas poderá já empregar pessoas pelo suporte desta medida, principalmente no setor exportador. Portanto para os desempregados e os futuros candidatos ao desemprego, que são os mais afetados pela crise esta medida é positiva.
A medida dá competitividade às melhores empresas e suporta emprego, logo permite resolver 2 problemas do programa de ajustamento: competitividade e travar o desemprego. Ainda permite dar um toque de € 500 milhões no défice.
Outra ideia que muitas vezes não está clara; os lucros das empresas melhorarem devido à medida nos bens não transacionáveis.
Se os lucros servirem para investimento teremos mais emprego, mais negócio, mais IVA, logo virtuoso.
Se os lucros permitirem reduzir preços - perfeito.
Se os lucros são distribuidos teremos mais IRC, mais imposto sobre dividendos e mais consumo a quem foi distribuido ou novos investimentos. No final retorna em impostos.
Todos temos de pagar a bronca já efetuada.
Eu sei o que seria mais positivo para mim:
Como consumo pouco, relativamente, podem subir o IVA.
Como não uso educação ou saúde públicas, podem cortar muito aí
Como não tenho depósitos a prazo podem carregar impostos neles.
etc.
Todavia tenho de contribuir e ser solidário para resolver esta bronca.
Esta medida não é o papão. Subir o IVA é pior, subir o IRS pode ser muito mau. O desemprego ir para 20% é a desgraça para muitos.
Venha o diabo e escolha!
vamos analisar:
Para mim e todos trabalhadores por conta de outrem, custa pois pago mais e tenho dificuldade de ver o que recebo em troca.
Recebo em troca o cumprimento do plano de ajustamento e a entrada de tranches da troika até equilibrarmos as contas. Os défices só são resolvidos com o dinheiro de alguém. Com moeda própria perdiamos 25% do salário sem darmos conta, com os efeitos inflação. Estimem os preços dos combustíveis num caso desses.
As alternativas estão na redução da despesa. Agora perguntem quem quer cortes na saúde, educação, portagens, menos policias, gnr, juizes,militares,etc. Queremos sol na eira e chuva no nabal.
Para as empresas
É positiva visto reduzir custos, todavia estão preocupados com a redução do consumo. As exportadoras só têm vantagens. A redução do consumo pode ser benéfica obrigando algumas empresas a focarem-se nas exportações, visto terem capacidade produtiva e portanto precisam ir à procura de novos mercados
Todavia se a medida fosse a mesma tendo como contrapartida a subida do IVA em 4 pontos percentuais, era muito pior. O que as empresas querem é esta redução da TSU sem mais impostos. Chama-se a isto: sol na eira e chuva no nabal.
Esta medida mantém algum emprego nas empresas em dificuldades, ainda numa fase de ajustamento da mão de obra ao mercado.
Noutras empresas poderá já empregar pessoas pelo suporte desta medida, principalmente no setor exportador. Portanto para os desempregados e os futuros candidatos ao desemprego, que são os mais afetados pela crise esta medida é positiva.
A medida dá competitividade às melhores empresas e suporta emprego, logo permite resolver 2 problemas do programa de ajustamento: competitividade e travar o desemprego. Ainda permite dar um toque de € 500 milhões no défice.
Outra ideia que muitas vezes não está clara; os lucros das empresas melhorarem devido à medida nos bens não transacionáveis.
Se os lucros servirem para investimento teremos mais emprego, mais negócio, mais IVA, logo virtuoso.
Se os lucros permitirem reduzir preços - perfeito.
Se os lucros são distribuidos teremos mais IRC, mais imposto sobre dividendos e mais consumo a quem foi distribuido ou novos investimentos. No final retorna em impostos.
Todos temos de pagar a bronca já efetuada.
Eu sei o que seria mais positivo para mim:
Como consumo pouco, relativamente, podem subir o IVA.
Como não uso educação ou saúde públicas, podem cortar muito aí
Como não tenho depósitos a prazo podem carregar impostos neles.
etc.
Todavia tenho de contribuir e ser solidário para resolver esta bronca.
Esta medida não é o papão. Subir o IVA é pior, subir o IRS pode ser muito mau. O desemprego ir para 20% é a desgraça para muitos.
Venha o diabo e escolha!
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MarcoAntonio Escreveu:Quando os preços não baixarem significativamente, como obviamente não irão baixar, poderão sempre dizer que a medida não resultou tão bem quanto esperavam porque os privados não cooperaram e baixaram muito pouco os preços ou os preços simplesmente nem baixaram...
A "culpa" não vai ser do Governo ou da medida, vai ser dos privados.
Poderás ter razão, não sei.. Ás tantas sou eu que acredito que eles tenham mais estratégia do que realmente têm..
Mas os melhores players na geoestratégia são muitas vezes aqueles que mascaram melhor as suas intenções..

Isto já merece um desclaimer da minha parte, não vá a malta deixar levar-se pelas emoções: Não sou de nenhum partido, nem defendo a partidocracia em que estamos. Tenho dito..

Eu não acho que sejam bacocos, eu acho é que recorrem a "sounding arguments" para convencer a malta do mérito da medida ao mesmo tempo que distribuem as responsabilidades.
Quando os preços não baixarem significativamente, como obviamente não irão baixar, poderão sempre dizer que a medida não resultou tão bem quanto esperavam porque os privados não cooperaram e baixaram muito pouco os preços ou os preços simplesmente nem baixaram...
A "culpa" não vai ser do Governo ou da medida, vai ser dos privados.
Esse "trabalho" já começou inclusivamente a ser feito quando por exemplo o PPC "diz" ao Belmiro de Azevedo, via comunicação social, para baixar os preços ao que se somam as declarações do Gaspar (este último ainda conseguiu colocar o ónus na "sociedade civil"... é esta que tem de ir por aí fora "exigir" a baixa de preços).
Quando os preços não baixarem significativamente, como obviamente não irão baixar, poderão sempre dizer que a medida não resultou tão bem quanto esperavam porque os privados não cooperaram e baixaram muito pouco os preços ou os preços simplesmente nem baixaram...
A "culpa" não vai ser do Governo ou da medida, vai ser dos privados.
Esse "trabalho" já começou inclusivamente a ser feito quando por exemplo o PPC "diz" ao Belmiro de Azevedo, via comunicação social, para baixar os preços ao que se somam as declarações do Gaspar (este último ainda conseguiu colocar o ónus na "sociedade civil"... é esta que tem de ir por aí fora "exigir" a baixa de preços).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
richardj Escreveu:esquece o consumo interno, o nosso problema é fartamo-nos de consumir, e ainda por cima grande parte das coisas consumidas são importadas. Nos temos é de exportar, nenhum pais pequeno como portugal vive do consumo interno. Holanda, Dinamarca, Bélgica, Nórdicos etc, países com menos de 10 Milhões de habitantes não chegaram onde chegaram com o consumo interno. isso é para países como a china, a índia e o brasil onde o elevado nível populacional permite efeitos de escala e redução de custos.
Garantidamente, este medida baixa o consumo interno.. O problema é a relação com as exportações..
MarcoAntonio Escreveu:A generalidade das empresas está em stress e o consumo em quebra, as empresas não vão empregar gente para encher chouriços, se alguma coisa as empresas precisam de reduzir pessoal seja para conter os custos seja porque simplesmente não têm uma produção que justifica as pessoas que empregam.
Mas também é verdade que ao colocar as empresas em stress, actuará quer directamente quer indirectamente na redução de salários. A continuação da degradação social irá pressionar ainda mais a redução. No meu ponto de vista é a conclusão mais óbvia..
MarcoAntonio Escreveu:Depois ainda há a fantasia da redução significativa dos preços que o Governo está a propalar: como é que uma quebra de 5.75% num custo parcial que pode representar tão pouco como 2 ou 3% do preço final vai justificar quebras significativas de preços? Os preços nunca poderão cair significativamente quando grande parte do que constitui o preço final vai para a aquisição/produção do produto e para (outros) impostos e depois a margem bruta que sobra não é toda para cobrir salários mas todo o tipo de custos operacionais. Os preços só podem descer marginalmente em resultado desta medida (podem baixar mais significativamente num ou outro caso pontual o que o classifica como excepções à regra).
É aqui que eu digo que acho muito estranho estes gajos serem assim tão bacocos.. Eu acho que é mais fácil fazerem papel de parvos a acreditarem numa coisa dessas, do que admitirem que pretendem baixar salários explicitamente.
Admiti anteriormente que "acredito" que estes gajos têm um determinado nível, mas também "acredito" que tenham jogo de anca suficiente para não serem apanhados na jogada..

É que isto tem muitas parecenças com a desvalorização da moeda. Ao desvalorizar uma moeda, um dos efeitos é a diminuição das importações: esta medida certamente afectará as importações.
Outro efeito da desvalorização da moeda é o aumento das exportações: Matando o consumo interno, as sobreviventes terão de se sustentar lá fora..
É o que penso, não havendo moeda própria para se mexer nesses parâmetros (importações/consumo/exportações), estas medidas poderão ter um efeito aproximado..
É a maneira tuga de resolver o problema, isto sou eu a especular, atenção!

AVMac Escreveu:joaoventura Escreveu:Ainda não sei percebi bem é como entra a redução do consumo interno na jogada. Que vantagens trás a redução do consumo interno do ponto de vista das exportações, alguém faz ideia?
Eu também não sei, mas fui ver como eram constituídas as empresas em Portugal.
No site do IAPMEI encontrei a seguinte frase:
Segundo dados fornecidos pelo INE, relativos a 2008, micro e pequenas empresas representam a esmagadora maioria do tecido empresarial nacional (97,8%). A importância deste conjunto de empresas manifesta-se, naturalmente, em termos de emprego, e também, ainda que de forma mais ténue, em termos de volume de negócios, já que micro e pequenas empresas geram 53% do emprego e realizam 36,3% do volume de negócios nacional.
Para se perceber bem o que estamos a falar uma micro empresa tem menos de 10 funcionários e um volume de negócios menor ou igual a 2 milhões de euros. Um pequena empresa tem menos de 250 funcionários e um VN menor ou igual a 10 milhões de euros.
Fui ao site do INE e segundo o mesmo, em 2009 existiam 348 994 sociedades não financeiras, destas 302 749 tinham menos de 10 funcionários, ou seja, 87% das nossas sociedades não financeiras são micro-empresas, tendo em conta o critério de número de trabalhadores.
A minha dúvida é será que estas micro-empresas vão conseguir internacionalizar-se ou vão ser varridas do mapa com a diminuição dos salários e do poder de compra?
A ideia que eu tenho é que as micro empresas estão mais voltadas para o mercado nacional o que as torna mais vulneráveis a variações do poder de compra dos portugueses. Se tiver errado, corrijam-me.
se juntares a medias empresas tens que as PME ( pequenas e medias empresas) representam cerca de 80% dos empregados.
Não é claro se a medida de baixar os salários é realmente do Ministro Gaspar se do "Ministro Adjunto" António Borges.
Aliás isso tem sido "discutido" mais ou menos abertamente...
Quanto ao que escreveste em cima, já se sabe que o sector exportador (que é só uma parte do nosso aparelho produtivo) tende a beneficiar com a medida ganhando competitividade.
O sector importador e consumo interno tem efeitos contrários que tenderão grosso modo a anular-se/contrariar-se: baixa uma parte de uma parcela dos encargos mas ao mesmo tempo pressiona-se ainda mais o consumo no sentido da quebra (que já vigora e que se irá agravar, como o próprio governo prevê... se bem que quer a quebra de consumo quer a subida do desemprego tem estado sempre acima das previsões do governo, eles tendem a prever isto tudo por defeito) pelo que não só acabará por não sobrar nada da poupança em salários em muitos casos como também não há necessidade nenhuma - num cenário de quebra do consumo! - em empregar mais gente como o Governo alega que a medida proporcionará.
A generalidade das empresas está em stress e o consumo em quebra, as empresas não vão empregar gente para encher chouriços, se alguma coisa as empresas precisam de reduzir pessoal seja para conter os custos seja porque simplesmente não têm uma produção que justifica as pessoas que empregam.
Depois ainda há a fantasia da redução significativa dos preços que o Governo está a propalar: como é que uma quebra de 5.75% num custo parcial que pode representar tão pouco como 2 ou 3% do preço final vai justificar quebras significativas de preços? Os preços nunca poderão cair significativamente quando grande parte do que constitui o preço final vai para a aquisição/produção do produto e para (outros) impostos e depois a margem bruta que sobra não é toda para cobrir salários mas todo o tipo de custos operacionais. Os preços só podem descer marginalmente em resultado desta medida (podem baixar mais significativamente num ou outro caso pontual o que o classifica como excepções à regra).
Aliás isso tem sido "discutido" mais ou menos abertamente...
Quanto ao que escreveste em cima, já se sabe que o sector exportador (que é só uma parte do nosso aparelho produtivo) tende a beneficiar com a medida ganhando competitividade.
O sector importador e consumo interno tem efeitos contrários que tenderão grosso modo a anular-se/contrariar-se: baixa uma parte de uma parcela dos encargos mas ao mesmo tempo pressiona-se ainda mais o consumo no sentido da quebra (que já vigora e que se irá agravar, como o próprio governo prevê... se bem que quer a quebra de consumo quer a subida do desemprego tem estado sempre acima das previsões do governo, eles tendem a prever isto tudo por defeito) pelo que não só acabará por não sobrar nada da poupança em salários em muitos casos como também não há necessidade nenhuma - num cenário de quebra do consumo! - em empregar mais gente como o Governo alega que a medida proporcionará.
A generalidade das empresas está em stress e o consumo em quebra, as empresas não vão empregar gente para encher chouriços, se alguma coisa as empresas precisam de reduzir pessoal seja para conter os custos seja porque simplesmente não têm uma produção que justifica as pessoas que empregam.
Depois ainda há a fantasia da redução significativa dos preços que o Governo está a propalar: como é que uma quebra de 5.75% num custo parcial que pode representar tão pouco como 2 ou 3% do preço final vai justificar quebras significativas de preços? Os preços nunca poderão cair significativamente quando grande parte do que constitui o preço final vai para a aquisição/produção do produto e para (outros) impostos e depois a margem bruta que sobra não é toda para cobrir salários mas todo o tipo de custos operacionais. Os preços só podem descer marginalmente em resultado desta medida (podem baixar mais significativamente num ou outro caso pontual o que o classifica como excepções à regra).
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 15/9/2012 17:33, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
joaoventura Escreveu:mapaman Escreveu:A TSU mais nao é do que o cavalo de Tróia do que vai acontecer.Subir o tom e numa reviravolta encostar as centrais sindicais e o tonto do Seguro e perguntarem: Querem o corte na TSU ou o corte cego em tudo o que é Estado?
Adivinhem a resposta.
Tanto quanto sei, o Gaspar é um teórico. Isso não é do nível de um gajo destes.. Eu acredito mais no efeito colateral como mencionei acima!
joao, o aumento da SS foi igual para todos, mas no final, vai ser progressivo (os vencimentos inferiores vão ter um taxa mais baixa, ou pelo menos vão ter essa opção). A medida foi apresentada "esticada" para depois em negociação com o PS, ficar na forma que eles queriam que ficasse.
esquece o consumo interno, o nosso problema é fartamo-nos de consumir, e ainda por cima grande parte das coisas consumidas são importadas. Nos temos é de exportar, nenhum pais pequeno como portugal vive do consumo interno. Holanda, Dinamarca, Bélgica, Nórdicos etc, países com menos de 10 Milhões de habitantes não chegaram onde chegaram com o consumo interno. isso é para países como a china, a índia e o brasil onde o elevado nível populacional permite efeitos de escala e redução de custos.
joaoventura Escreveu:Ainda não sei percebi bem é como entra a redução do consumo interno na jogada. Que vantagens trás a redução do consumo interno do ponto de vista das exportações, alguém faz ideia?
Eu também não sei, mas fui ver como eram constituídas as empresas em Portugal.
No site do IAPMEI encontrei a seguinte frase:
Segundo dados fornecidos pelo INE, relativos a 2008, micro e pequenas empresas representam a esmagadora maioria do tecido empresarial nacional (97,8%). A importância deste conjunto de empresas manifesta-se, naturalmente, em termos de emprego, e também, ainda que de forma mais ténue, em termos de volume de negócios, já que micro e pequenas empresas geram 53% do emprego e realizam 36,3% do volume de negócios nacional.
Para se perceber bem o que estamos a falar uma micro empresa tem menos de 10 funcionários e um volume de negócios menor ou igual a 2 milhões de euros. Um pequena empresa tem menos de 250 funcionários e um VN menor ou igual a 10 milhões de euros.
Fui ao site do INE e segundo o mesmo, em 2009 existiam 348 994 sociedades não financeiras, destas 302 749 tinham menos de 10 funcionários, ou seja, 87% das nossas sociedades não financeiras são micro-empresas, tendo em conta o critério de número de trabalhadores.
A minha dúvida é será que estas micro-empresas vão conseguir internacionalizar-se ou vão ser varridas do mapa com a diminuição dos salários e do poder de compra?
A ideia que eu tenho é que as micro empresas estão mais voltadas para o mercado nacional o que as torna mais vulneráveis a variações do poder de compra dos portugueses. Se tiver errado, corrijam-me.
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mapaman Escreveu:A TSU mais nao é do que o cavalo de Tróia do que vai acontecer.Subir o tom e numa reviravolta encostar as centrais sindicais e o tonto do Seguro e perguntarem: Querem o corte na TSU ou o corte cego em tudo o que é Estado?
Adivinhem a resposta.
Tanto quanto sei, o Gaspar é um teórico. Isso não é do nível de um gajo destes.. Eu acredito mais no efeito colateral como mencionei acima!

A TSU mais nao é do que o cavalo de Tróia do que vai acontecer.Subir o tom e numa reviravolta encostar as centrais sindicais e o tonto do Seguro e perguntarem: Querem o corte na TSU ou o corte cego em tudo o que é Estado?
Adivinhem a resposta.
Adivinhem a resposta.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
MarcoAntonio Escreveu:O que é que isto significa?
Significa que o encargo bruto da empresa com o empregado baixou 5.75% e o rendimento líquido do empregado pelo trabalho na empresa baixou na ordem de 10%.
(...)
Com esta alteração, o que aconteceu simplesmente é uma alteração desses pressupostos que existiam previamente e que resulta muito simplesmente em termos práticos em que a empresa passa a pagar menos ao empregado por decisão do Governo.
Boas,
tenho estado a pensar no seguinte:
Estou com alguma dificuldade em acreditar que esta dupla (Victor Gaspar e Passos Coelho) sejam assim tão "broncos" ao ponto de não perceberem que esta medida da TSU/Salários vai prejudicar a capacidade de consumo no país. Portanto, algo me leva a crer que tem de haver algo que esteja a escapar a todos nós, tipo um efeito colateral que eles estejam a querer explorar...
Relembro que uma das medidas da Troika, e das mais importantes para relançar a economia portuguesa, era a redução de salários, de modo a aumentar as exportações.
No meu entender, esta medida mascara esse efeito. Ou seja, o estado não tem qualquer poder sobre o privado, para dizer quanto devem baixar os salários. Mas reduzindo a TSU, estão de facto a reduzir ligeiramente os salários do ponto de vista da empresa.
Mas do ponto de vista do consumidor, a baixa da TSU não afecta o salário. Portanto, aumentando a contribuição de cada indivíduo, estão indirectamente a baixar os salários dos trabalhadores, mantendo (ou aumentando ligeiramente) o valor que entram nos cofres do estado.
O resto é a teoria da redução de salários => aumento de exportações: a redução de salários por sua vez reduz o consumo interno/importações e poderá beneficiar (ainda que ligeiramente) as exportações.
Não sei se é verdade ou não, ou se alguém já tinha dito isto antes, mas só me fez sentido agora! E, independentemente dos resultados que venha a ter, se assim for, é uma jogada digna de um estratéga..

Ainda não sei percebi bem é como entra a redução do consumo interno na jogada. Que vantagens trás a redução do consumo interno do ponto de vista das exportações, alguém faz ideia?
João Ventura
Re: Sem stress...
tugadaytrader Escreveu:Aproveitem o fim de semana para estar com a família, ir a praia dar um mergulho, e para descargarem o vosso negativismo vão até a manifestação mais perto.
O bom fim de semana a todos.
O nosso futuro é este...![]()
Ho Tuga,
Então tu a dares bons conselhos e depois vens com esta imagem tão deprimente

A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
Sem stress...
Aproveitem o fim de semana para estar com a família, ir a praia dar um mergulho, e para descargarem o vosso negativismo vão até a manifestação mais perto.
O bom fim de semana a todos.
O nosso futuro é este...

O bom fim de semana a todos.
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Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Pata-Hari Escreveu:Acrescenta a isso que a subida da taxa de desemprego dos 5 para os 16% não foi feita pelo aumento do desemprego na função pública. Foi feita no privado!
Já te respondi a isto noutro lado, mas, já agora, tens dados que suportem esta tua afirmação?
E, mesmo que fosse verdade (que não é), o que me estás a dizer é que os 11% que foram para o desemprego sofreu bastante com a crise - o que é óbvio. E os restantes (a larga maioria) que não foi para o desemprego? Pagou o quê? Nada, ou quase nada, e ainda dizem que já estão fartos de sacrifícios...
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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Pata-Hari Escreveu:capbr Escreveu:
Desculpa mas nao concordo,
grande parte dos privados ja tiveram um corte significativo nos seu rendimentos.
grande parte dos privados á 4 anos que nao tem aumentos, perderam regalias como carros, cartoes, telemoveis, horas de insençao, complementos, ajudas de custo, premios de produtividade, seguros.... todas estas componentes tem um peso significativo nos rendimentos.
Acrescenta a isso que a subida da taxa de desemprego dos 5 para os 16% não foi feita pelo aumento do desemprego na função pública. Foi feita no privado!
E sobretudo devido a três factos, na minha opinião:
1º o fim da dupagem da economia pelo sector da construção e imobiliário.
2º o total desajustamento do numero de vagas no ensino superior no publico e privado face as necessidades da economia real (ex: cursos como arquitectura, direito, artes) durante anos a fio.
3º as politicas que não permitiram o fortalecimento das PME nem as exportações e as politicas que afastaram muitos empreendedores de portugal ( sobretudo devido a problemas ao nível de burocracia, carga fiscal e código laboral)
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