Como reduzir a despesa pública?
O sector privado deveria ser mais competitivo, inovador, tecnológico e utilizar recursos portugueses. Certamente que as nossas exportações melhorariam.
Muitas empresas nunca diversificaram a área de negócios, produzindo hoje em dia como produziam nos anos 60. Muitos empresários tiveram a oportunidade/sorte de abrir uma empresa de sucesso e mantiveram o modelo de negócio durante anos e anos até o esgotar.
Muitas micro e PME's tratam os clientes sem qualquer consideração, ou porque o trabalho é pequeno, ou porque é longe e não dá jeito, ou não vale a pena fazer orçamentos e depois acerta-se, ou ainda, e a melhor de todas, com ou sem IVA.
Na construção civil empregam mão-de-obra ilegal, fogem dos impostos e contribuições a sete pés, não olham para os projectos e dizem que o Sr. Eng. ou Arq. não percebe nada disto, enganam os clientes porque está tapado de cimento e não se vê.
Nas panificações existe cartel.
Na reciclagem recebem dinheiro do Estado para reciclar o vidro, papelão e plástico que é colocado por nós nos ecopontos.
Nas oficinas de automóveis e centros de inspecção é o que todas as pessoas sabem.
E por aí a fora, por isso o sector privado não é nenhuma maravilha. Antes fosse...
Muitas empresas nunca diversificaram a área de negócios, produzindo hoje em dia como produziam nos anos 60. Muitos empresários tiveram a oportunidade/sorte de abrir uma empresa de sucesso e mantiveram o modelo de negócio durante anos e anos até o esgotar.
Muitas micro e PME's tratam os clientes sem qualquer consideração, ou porque o trabalho é pequeno, ou porque é longe e não dá jeito, ou não vale a pena fazer orçamentos e depois acerta-se, ou ainda, e a melhor de todas, com ou sem IVA.
Na construção civil empregam mão-de-obra ilegal, fogem dos impostos e contribuições a sete pés, não olham para os projectos e dizem que o Sr. Eng. ou Arq. não percebe nada disto, enganam os clientes porque está tapado de cimento e não se vê.
Nas panificações existe cartel.
Na reciclagem recebem dinheiro do Estado para reciclar o vidro, papelão e plástico que é colocado por nós nos ecopontos.
Nas oficinas de automóveis e centros de inspecção é o que todas as pessoas sabem.
E por aí a fora, por isso o sector privado não é nenhuma maravilha. Antes fosse...
JMHP Escreveu:Mas como sabes que as empresas não produzem o suficiente?!... O unico e real indicador de falta de produtividade é o declinio e a falência das empresas.
Qualquer empresa privada nos dias de hoje que tenha baixa produtividade não tem futuro nem condições de sobrevivência no mercado actual extremamente competitivo. Portanto as empresas que hoje sobrevivem e crescem no mercado são competitivas e produtivas caso contrario morrem.
Umas morrem, outras lá vão sobrevivendo à custa do Estado (que é cliente delas) e para onde os teus impostos vão parar também. Estado esse que inclusiva e frequentemente aumenta a despesa para dar folego a esse sector da economia.
Isto não é só falar de funcionários públicos quando se fala da despesa do Estado. Porque nem sequer representa a parcela maior da despesa...
JMHP Escreveu:O desiquilibro da balança comercial deve-se sobretudo ao abandono da industria pelo Estado e da sociedade em geral em favor do sector dos serviços, que muito contribuiram as politicas implementadas pelo Estado apôs o 25 de Abril de 1974.
A sociedade em geral é constituida essencialmente pelo sector privado (em termos de número de individuos e de volume de negócios). Podes dar os nomes aos bois, não é preciso usar eufemismos para não admitir que é também e em grande parte do sector privado que estás a falar quando falas dessas opções estratégicas.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:JMHP Escreveu:Em que medida o sector privado tem culpa na Balança Comercial?!
Não produzindo o suficiente, por exemplo (curiosamente a falta de produtividade é uma coisa que os privados não se esquecem de apontar aos funcionários públicos).
Também contribuem grandemente ainda para o desiquilibrio da Balança Comercial com o seu padrão de consumo (que potencia as importações e prejudica as exportações).
Na realidade, são coisas bem elementares julgo eu, pelo que é a minha vez de ficar perplexo...
Mas como sabes que as empresas não produzem o suficiente?!... O unico e real indicador de falta de produtividade é o declinio e a falência das empresas.
Qualquer empresa privada nos dias de hoje que tenha baixa produtividade não tem futuro nem condições de sobrevivência no mercado actual extremamente competitivo. Portanto as empresas que hoje sobrevivem e crescem no mercado são competitivas e produtivas caso contrario morrem.
O desiquilibro da balança comercial deve-se sobretudo ao abandono da industria pelo Estado e da sociedade em geral em favor do sector dos serviços, que muito contribuiram as politicas implementadas pelo Estado apôs o 25 de Abril de 1974.
Portugal actualmente não produz nem possui meios e equipamentos industrias significativos ou suficientes para alimentar a procura interna do sector empresarial, que origina á procura de equipamentos e produtos externos de modo que as empresas actuais sejam competitivas e produtivas em relação ao mercado externo.
Não esquecer um factor também decisivo e importante, o facto do nosso país ser carente e deficitário em quantidade e qualidade da matéria-prima.
JMHP Escreveu:Essas empresas embora tenham tem um peso significativo na nossa economia não representam a grande maioria do nosso sector empresarial que é constituido pela PMEs.
As PMEs representam cerca de 58% do volume de negócios do tecido empresarial (incluindo micro-empresas). As restantes representam 42%.
A produtividade das PMEs é mais baixa por sinal, também (embora me pareça mais ou menos expectável). Tanto que para produzir 58% requerem 72% da matéria humana.
Estes números excluem o sector financeiro e os empresários em nome individual.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/9/2010 17:29, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Tridion Escreveu:JMHP Escreveu:A esmagadora maioria do nosso sector empresarial sobretudo exportação pouco ou nada beneficia de apoios publicos ou da acção do Estado. A maioria de apoios finaceiros ás empresas provem de fundos comunitários e o risco de cobertura é totalmente da empresa.
As maiores empresas exportadoras são muito ajudadas pelo Estado - Autoeuropa, Quimonda - talvez as PME's não sejam tão ajudadas pelo Estado. Contudo, gostaria de saber se os fundos comunitários são atribuidos/distribuidos pelo Estado ou tudo é tratado directamente com CE?
Essas empresas embora tenham tem um peso significativo na nossa economia não representam a grande maioria do nosso sector empresarial que é constituido pela PMEs.
Os fundos comunitários são atribuidos e distribuidos por instituições do Estado de acordo com as normas europeias. O risco esse é totalmente da responsabilidade das empresas e são estes fundos que contribuem de forma significativa para o aumento do endividamento das empresas.
JMHP Escreveu:Em que medida o sector privado tem culpa na Balança Comercial?!
Não produzindo o suficiente, por exemplo (curiosamente a falta de produtividade é uma coisa que os privados não se esquecem de apontar aos funcionários públicos).
Também contribuem grandemente ainda para o desiquilibrio da Balança Comercial com o seu padrão de consumo (que potencia as importações e prejudica as exportações).
Na realidade, são coisas bem elementares julgo eu, pelo que é a minha vez de ficar perplexo...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Mas, o problema orçamental para mim não é tudo. É apenas uma parte do problema e nem sequer é o maior. O maior problema (porque tem maior dimensão efectivamente) é o da Balança Comercial (do qual a "culpa" é essencialmente do sector privado).
Entendes?
Quando vejo as pessoas demasiado fixadas no problema "Estado", vejo-as a ignorar o problema maior...
Em que medida o sector privado tem culpa na Balança Comercial?!

JMHP Escreveu:A esmagadora maioria do nosso sector empresarial sobretudo exportação pouco ou nada beneficia de apoios publicos ou da acção do Estado. A maioria de apoios finaceiros ás empresas provem de fundos comunitários e o risco de cobertura é totalmente da empresa.
As maiores empresas exportadoras são muito ajudadas pelo Estado - Autoeuropa, Quimonda - talvez as PME's não sejam tão ajudadas pelo Estado. Contudo, gostaria de saber se os fundos comunitários são atribuidos/distribuidos pelo Estado ou tudo é tratado directamente com CE?
Vídeo: "Onde se pode reduzir a despesa é baixando salários"
Ernâni Lopes defende que o Governo precisa de tomar medidas extraordinárias para cumprir os objectivos de redução do défice. A prioridade deve ser a redução da despesa, e uma das soluções apontadas pelo economista é "congelar ou mesmo baixar salários". Veja aqui o vídeo.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444081[/b]
Ernâni Lopes defende que o Governo precisa de tomar medidas extraordinárias para cumprir os objectivos de redução do défice. A prioridade deve ser a redução da despesa, e uma das soluções apontadas pelo economista é "congelar ou mesmo baixar salários". Veja aqui o vídeo.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444081[/b]
Esmeralda Dourado
"A sociedade deve antecipar a vinda do FMI"
17 Setembro 2010 | 16:36
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Esmeralda Dourado entende que o melhor é o FMI entrar já em Portugal. E defende que a sociedade portuguesa devia fazer pressão nesse sentido.
Em declarações esta manhã no Encontro de Quadros da Soares da Costa, onde participou num debate enquanto convidada, a administradora da SAG deixou claro que é preferível antecipar a entrada do FMI em Portugal do que prolongar uma política económica e orçamental que apenas adia, mas não resolve, o problema de credibilidade e sustentabilidade da economia portuguesa.
"A sociedade deve antecipar a entrada do FMI", afirmou Esmeralda Dourado. "Se nós não fizermos o nosso trabalho, terá o FMI de fazer". E concluiu: "Temos um problema de atitude, temos de ultrapassar o eleitoralismo" que impede a tomada de medidas necessárias e "chamar os bois pelos nomes".
Estas declarações foram feitas no Porto, no Encontro de Quadros da Soares da Costa, que decorre hoje durante todo o dia. Perante uma plateia de cerca de 400 quadros da empresa, o seu presidente executivo, Pedro Gonçalves, apresentou o Plano Estratégico da empresa. Durante o encontro, teve lugar um debate com convidados, entre os quais Esmeralda Dourado.
Estas declarações têm lugar num momento em que o risco da dívida portuguesa cresce e em que há diversas declarações sobre a possibilidade de Portugal ter de recorrer ao Fundo de Emergência da União Europeia, que implica uma intervenção coordenada do Fundo Monetário Internacional no País.
Esta possibilidade tem sido negada pelo Governo, que garante que tem as contas públicas controladas. Mas cresce o número de economistas, gestores e observadores externos que falam desta possibilidade.
www.negocios.pt
"A sociedade deve antecipar a vinda do FMI"
17 Setembro 2010 | 16:36
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Esmeralda Dourado entende que o melhor é o FMI entrar já em Portugal. E defende que a sociedade portuguesa devia fazer pressão nesse sentido.
Em declarações esta manhã no Encontro de Quadros da Soares da Costa, onde participou num debate enquanto convidada, a administradora da SAG deixou claro que é preferível antecipar a entrada do FMI em Portugal do que prolongar uma política económica e orçamental que apenas adia, mas não resolve, o problema de credibilidade e sustentabilidade da economia portuguesa.
"A sociedade deve antecipar a entrada do FMI", afirmou Esmeralda Dourado. "Se nós não fizermos o nosso trabalho, terá o FMI de fazer". E concluiu: "Temos um problema de atitude, temos de ultrapassar o eleitoralismo" que impede a tomada de medidas necessárias e "chamar os bois pelos nomes".
Estas declarações foram feitas no Porto, no Encontro de Quadros da Soares da Costa, que decorre hoje durante todo o dia. Perante uma plateia de cerca de 400 quadros da empresa, o seu presidente executivo, Pedro Gonçalves, apresentou o Plano Estratégico da empresa. Durante o encontro, teve lugar um debate com convidados, entre os quais Esmeralda Dourado.
Estas declarações têm lugar num momento em que o risco da dívida portuguesa cresce e em que há diversas declarações sobre a possibilidade de Portugal ter de recorrer ao Fundo de Emergência da União Europeia, que implica uma intervenção coordenada do Fundo Monetário Internacional no País.
Esta possibilidade tem sido negada pelo Governo, que garante que tem as contas públicas controladas. Mas cresce o número de economistas, gestores e observadores externos que falam desta possibilidade.
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" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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JMHP Escreveu:Sinceramente fico perplexo como se procura encontrar semelhanças entre o sector privado e publico a nível de benefícios tendo em conta o estado actual do nosso sistema público e social.
Porque estás demasiado fixado no problema orçamental (e eu não discuto que não deva ser enfrentado, tanto não discuto que tenho avançado com diversas sugestões).
Mas, o problema orçamental para mim não é tudo. É apenas uma parte do problema e nem sequer é o maior. O maior problema (porque tem maior dimensão efectivamente) é o da Balança Comercial (do qual a "culpa" é essencialmente do sector privado).
Entendes?
Quando vejo as pessoas demasiado fixadas no problema "Estado", vejo-as a ignorar o problema maior...
JMHP Escreveu:Não importa a minha opinião, os numeros estão ai á vista de todos e não enganam.
Pois, os da Balança Comercial também não enganam e estão no site do INE para quem quiser consultar. É questão de parar de falar um bocadinho dos funcionários públicos e começar a olhar também para enorme sector privado (a maior parte dos trabalhadores portugueses) e ver o que há a fazer para parar essa tamanha sangria!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:JMHP Escreveu:Marco, eu utilizo quase em exclusivo o serviço de saude privado e continuo naturalmente a pagar os meus impostos para serviços que do Estado que eu evito de utilizar pela sua lentidão e mau serviço comparativamente ao privado.
É um direito que tens (tal como tens o Direito de recorrer ao Ensino Privado). Mas vives em Democracia e eu não creio que seja vontade democrática que a Saude seja (toda) privatizada ou seja só financiada por quem a utiliza...
E existem comparticipações mesmo para quem recorre a serviços de saúde privada, não em todos os casos mas em muitos, portanto tens aí (ou se não tens tu, têm outros em situação semelhante) um retorno de parte do que pagas.
O facto de tu preferires utilizar serviços privados não muda nada. O máximo que ocorre é eventualmente tu defenderes uma organização social muito diferente da que eu defendo e neste caso já nem é o déficit que está em causa...
Eu não sou contra o serviço público nem considero que tudo que seja serviço público seja mau, inclusive tenho dificuldade imaginar o funcionamento de uma sociedade sem serviço público.
Na minha opinião existe uma excessiva subvalorização e quantidade de benefícios no nosso actual serviço público que é hoje reconhecidamente insuportável, inclusive a nível internacional.
Sinceramente fico perplexo como se procura encontrar semelhanças entre o sector privado e publico a nível de benefícios tendo em conta o estado actual do nosso sistema público e social.
Desde 2008 até aos dias de hoje, como acontece sempre em todos período de crise, o número de empresas e trabalhadores privados tem diminuído de forma significativa devido ás correcções naturais dos mercados. Ao contrário do que temos assistido na função publica em que a despesa com salários e benefícios não para de aumentar e aparece agora como descontrolada.
Não importa a minha opinião, os numeros estão ai á vista de todos e não enganam.
Tridion Escreveu:Muitas empresas privadas têm benefícios do estado, fiscais (Bancos, Autoeuropa, Embraer), facilidades burocráticas de implementação (Embraer, Pescanova), formação (na altura do lay-off a Renault e Citroen) e até manutenção artificial de empresas inviáveis (ex. Quimoda, Aerosoles, BPN) por isso reduzir a nossa situação a um problema de funcionalismo público é deveras redutor, é não querer ver o panorama todo e tentar sacudir a àgua do capote para os outros pagarem a crise.
Desculpa mas demonstras que não conheces a realidade do país empresarial, os exemplos que deste pertence a uma minoria do nosso sector empresarial e são casos mediáticos de interesse sobretudo politico.
A esmagadora maioria do nosso sector empresarial sobretudo exportação pouco ou nada beneficia de apoios publicos ou da acção do Estado. A maioria de apoios finaceiros ás empresas provem de fundos comunitários e o risco de cobertura é totalmente da empresa.
JMHP Escreveu:Marco, eu utilizo quase em exclusivo o serviço de saude privado e continuo naturalmente a pagar os meus impostos para serviços que do Estado que eu evito de utilizar pela sua lentidão e mau serviço comparativamente ao privado.
É um direito que tens (tal como tens o Direito de recorrer ao Ensino Privado). Mas vives em Democracia e eu não creio que seja vontade democrática que a Saude seja (toda) privatizada ou seja só financiada por quem a utiliza...
E existem comparticipações mesmo para quem recorre a serviços de saúde privada, não em todos os casos mas em muitos, portanto tens aí (ou se não tens tu, têm outros em situação semelhante) um retorno de parte do que pagas.
O facto de tu preferires utilizar serviços privados não muda nada. O máximo que ocorre é eventualmente tu defenderes uma organização social muito diferente da que eu defendo e neste caso já nem é o déficit que está em causa...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
mais_um Escreveu:E em democracia tenho duvidas que algum governo o faça.
Se reparares, na Irlanda, na Grecia e na Espanha, os governos reduziram os vencimentos dos funcionários publicos e aumentaram os impostos a todos(uns mais que outros).
Então mas aí tens um exemplo prático do que eu tinha acabado de dizer. O mesmo pode vir a acontecer em Portugal...
mais_um Escreveu:Não faz sentido numa economia de mercado o Estado intervir (directamente) nos vencimentos/regalias dos trabalhadores privados.
Mas eu não estou a defender que devia (aliás quem introduziu esta em particular foi o Elias). Nós só estavamos a enumerar diferenças que existem. É que o pessoal do privado só se lembra de ver as diferenças que existem num só sentido...
Basicamente, se tu perguntares a um privado: queres ter o direito a emprego vitalício no privado? Resposta: sim!
E queres estar sujeito a que o Estado, para além de te poder aumentar os impostos, ainda te possa ir directamente baixar o salário adicionalmente? Resposta: Nem pensar!
Isto, se se quer ser honesto/equilibrado, se se vai falar das diferenças, tem de se falar de tudo...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:JMPH, em qualquer uma das coisas há vantagens e desvantagens, depende de como forem utilizadas. Eu espero que o Estado seja mais estável - e diversas entidades do Estado sejam mais estáveis - que o sector privado. Se eu chegar a um Hospital, por necessidade, espero encontrá-lo aberto e bem apetrechado de recursos humanos por exemplo. Já sei que se me dirigir a uma empresa privada, isso pode não acontecer (até pode estar fechada ou ter falido, já para não falar da possibilidade de ter despedido pessoas e eu não encontrar o serviço que esperava quando para lá me dirigi). Portanto, como eu não espero do Estado exactamente a mesma coisa que espero de uma empresa particular, também compreendo que funcione segundo regras diferentes (o que não significa que eu concorde com todas ou ache que estão todas a ser bem geridas/aplicadas).
Marco, eu utilizo quase em exclusivo o serviço de saude privado e continuo naturalmente a pagar os meus impostos para serviços que do Estado que eu evito de utilizar pela sua lentidão e mau serviço comparativamente ao privado.
Pessoalmente nunca tive problemas significativos no serviço privado e quando ocorrem tenho sempre outras opções, em que a do Estado é sempre a ultima.
Pela minha experiência pessoal, familiar e social encontro frequentemente no trabalhador privado como prioridade e preocupação imediata a defesa da empresa e do seu emprego, algo que não ocorre no funcionário publico dado que esse problema naturalmente não ocorre dado que ao contrario das politicas das empresas, o funcionário publico não tem como preocupação e interesse a satisfação do cliente.
Honestamente, não encontro motivos verdadeiros para que hajam diferenças significativas entre trabalhadores privados e publicos como existe actualmente de acordo com a lei laboral.
PIKAS Escreveu:Elias:
Não é bem assim.
Não te esqueças que a grande maioria das empresas privadas ( pelo menos as bem geridas ) remuneram os seus colaboradores com prémios, subsídios, ajudas, etç, etç.
Pelo conhecimento que tenho e pelo menos no meu círculo de amigos, grande parte deles nos últimos dois anos diminuiram - e de forma expressiva - o rendimento total.
E não se pense que se trabalhou menos. Não se renovaram contratos temporários, intensificou-se a procura e os contactos com os clientes e tudo isso é muito mais trabalho a dividir por menos.
Cumprimentos,
Pikas,
De acordo, mas nada disso contradiz aquilo que eu escrevi: diminuir o salário é uma coisa e diminuir o rendimento total é outra.
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MarcoAntonio Escreveu:Mais_um, mas quando o Estado mexe nos impostos é para todos (baixa indirectamente o salário ao sector privado e aos trabalhadores do estado). Mas a estes últimos ainda pode ir e adicionalmente baixar directamente o salário (não o tem feito, mas pode fazer e pode vir a fazê-lo efectivamente).
Portanto, há uma diferença sim (apenas até agora sem consequências práticas)...
E em democracia tenho duvidas que algum governo o faça.
Se reparares, na Irlanda, na Grecia e na Espanha, os governos reduziram os vencimentos dos funcionários publicos e aumentaram os impostos a todos(uns mais que outros).
Não faz sentido numa economia de mercado o Estado intervir (directamente) nos vencimentos/regalias dos trabalhadores privados. O Estado intervem indirectamente quando decide aplicar impostos sobre ajudas de custo, carros de emepresas, bonus, etc...e isso tem sido feito não só cá em Portugal como noutros paises.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Outro benefício do privado é a garantia de que o salário não pode ser reduzido (o mesmo não acontece na função pública).
Elias:
Não é bem assim.
Não te esqueças que a grande maioria das empresas privadas ( pelo menos as bem geridas ) remuneram os seus colaboradores com prémios, subsídios, ajudas, etç, etç.
Pelo conhecimento que tenho e pelo menos no meu círculo de amigos, grande parte deles nos últimos dois anos diminuiram - e de forma expressiva - o rendimento total.
E não se pense que se trabalhou menos. Não se renovaram contratos temporários, intensificou-se a procura e os contactos com os clientes e tudo isso é muito mais trabalho a dividir por menos.
Cumprimentos,
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mais_um Escreveu:Eu sei, já discutimos esse assunto n vezes, mas parece-me de mau gosto dizer que é um beneficio alguem poder receber o subsido de desemprego (descontou para ter esse direito) e poder recusar (agora as regras foram alteradas e já não pode da mesma forma)
Mas isto do bom/mau gosto é relativo. E se eu compreendo perfeitamente que achas de mau gosto, eu só posso dizer que o que me motiva a responder assim é precisamente o que eu considero mau gosto ver pessoas a falar dos trabalhadores do estado (de forma genérica) apontando todo o tipo de problemas, falando como se todos os problemas estivessem aí, como se esses trabalhadores fossem todos uns grandes previligiados e como se, ao mesmíssimo tempo, não existissem problemas semelhantes para resolver no sector não estatal.
Para mim, isso também é mau gosto.
Porque é a velha máxima tuga: há que resolver a crise, desde que não seja à minha custa. Portanto, o pessoal do sector privado, só fala do sector estado.
Eu não sou trabalhador do estado. Mas isto aborrece-me profundamente (tal como me aborrece ver um tipo de mentalidade dominante tuga com a qual eu não me identifico nada).
MarcoAntonio Escreveu:Acontece que os problemas dos privados não são pagos por todos nós e os dos FP são.
Mas é claro que são. Mas é que são mesmo...
A sério que tu achas que não são?
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/9/2010 16:31, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Mais_um, mas quando o Estado mexe nos impostos é para todos (baixa indirectamente o salário ao sector privado e aos trabalhadores do estado). Mas a estes últimos ainda pode ir e adicionalmente baixar directamente o salário (não o tem feito, mas pode fazer e pode vir a fazê-lo efectivamente).
Portanto, há uma diferença sim (apenas até agora sem consequências práticas)...
Portanto, há uma diferença sim (apenas até agora sem consequências práticas)...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Mais_um, eu sou contra as progressões automáticas, contra a reforma a 100%, contra a reforma antecipada e sem penalizações, etc (eu julgava que já o sabias até, porque eu já escrevi inúmeras vezes sobre esse tipo de questões).
Eu sei, já discutimos esse assunto n vezes, mas parece-me de mau gosto dizer que é um beneficio alguem poder receber o subsido de desemprego (descontou para ter esse direito) e poder recusar (agora as regras foram alteradas e já não pode da mesma forma)
MarcoAntonio Escreveu: Quanto ao maior/menor benefício, eu não estou a medir benefícios (ainda para mais a nível individual, se os medisse seria como um todo, o que é assim meio impraticável até porque alguns são de muito difícil mensuração). O que eu estou a dizer, e não me cansarei de dizer, é que existe se problemas semelhantes (ou contra-partes, se quiseres) no sector privado aos problemas que existem na função pública (que o pessoal do sector privado tem o cuidado de praticamente nunca referir/ponderar). E por fim, eu não sugeri que os FP deveriam ter essas benesses também.
Acontece que os problemas dos privados não são pagos por todos nós e os dos FP são.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444039
Este artigo é muito importante. Retrata, essencialmente, factos.
Relativamente à eventual redução salarial:
A não ser pela criação de escalões diferentes para trabalhadores do público e do privado, não vejo como é que o Estado possa reduzir salários no sector privado.
Não teria palavras para definir a implementação de uma medida destas.
Por outro lado, está identificado que o principal factor da falta de competitividade em Portugal foi o aumento dos salários acima dos ganhos de produtividade do país, sobretudo na última década.
Eu neste momento não tenho acesso a esses dados, mas seria interessante verificar se esse aumento dos salários acima dos ganhos de produtividade é maior no sector público, no sector privado ou se foi semelhante nos dois sectores.
Este artigo é muito importante. Retrata, essencialmente, factos.
Relativamente à eventual redução salarial:
A não ser pela criação de escalões diferentes para trabalhadores do público e do privado, não vejo como é que o Estado possa reduzir salários no sector privado.
Não teria palavras para definir a implementação de uma medida destas.
Por outro lado, está identificado que o principal factor da falta de competitividade em Portugal foi o aumento dos salários acima dos ganhos de produtividade do país, sobretudo na última década.
Eu neste momento não tenho acesso a esses dados, mas seria interessante verificar se esse aumento dos salários acima dos ganhos de produtividade é maior no sector público, no sector privado ou se foi semelhante nos dois sectores.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
(desculpem o aparte)
Tridion, nos quotes tens de usar aspas nos nomes (") e não plicas ('). Nestes últimos já tos corrigi para aparecerem direitos.
Tridion, nos quotes tens de usar aspas nos nomes (") e não plicas ('). Nestes últimos já tos corrigi para aparecerem direitos.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Quem está ligado:
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