Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
ah, calma falta-me um argumento, para mim, a pior decisão e mais lesiva de todas foi ter pedido ajuda externa quando os juros já estavam a passar os 7%.
entre 2010 e 2011, pedimos quantidades absurdas de dinheiro à fora (mais de 20 mil milhões), a juros simplesmente irreais.
devíamos ter pedido ajuda assim que os juros passaram os 5%, porque sabíamos o estado de desorçamentação em que estávamos. mesmo taxas de juros a 5% são difíceis de gerir a longo prazo.
esta a emissão de divida directa nos últimos anos:
http://www.igcp.pt/gca/?id=87
EDIT: mais do que o custo financeiro (+- 500 milhões, tínhamos mais um ano para fazer o ajustamento e mudar de vida)
entre 2010 e 2011, pedimos quantidades absurdas de dinheiro à fora (mais de 20 mil milhões), a juros simplesmente irreais.
devíamos ter pedido ajuda assim que os juros passaram os 5%, porque sabíamos o estado de desorçamentação em que estávamos. mesmo taxas de juros a 5% são difíceis de gerir a longo prazo.
esta a emissão de divida directa nos últimos anos:
http://www.igcp.pt/gca/?id=87
EDIT: mais do que o custo financeiro (+- 500 milhões, tínhamos mais um ano para fazer o ajustamento e mudar de vida)
mais_um Escreveu:migluso Escreveu:
- Avançou em força com obra pública ruinosa ao nível da relação custo/benefício;
tens numeros?
Estão à vista.
- parque escolar;
- renegociações das PPP;
- plano nacional de barragens;
- fundação para as telecomunicações;
- estudos, projectos e início de obras para TGV e novo aeroporto;
Sei lá... um descalabro... como deves compreender não tenho disponibilidade para analisar caso a caso.
mais_um Escreveu:migluso Escreveu:
- Aumentou a despesa em 20%, o que contribuiu para o agravamento do desequilíbrio operacional que vinha de trás;
Podes colocar os numeros da despesa em valor absoluto desde 2005 até 2009?
2009, porquê??? Que eu saiba ele governou até meados de 2011. Os números já foram postados aqui pelo caldeirão, pelo Elias acho eu, retirados da pordata.
mais_um Escreveu:migluso Escreveu:
- instrumentalizou o banco público para fins políticos, com prejuízos brutais para os contribuintes;
Queres concretizar com numeros esses prejuizos brutais?
Não tenho tempo nem acesso a essa informação.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 61839.html
mais_um Escreveu:migluso Escreveu:Mas volto a dizer. O mais grave de tudo foi o que ele NÃO fez quando ainda íamos a tempo.
Se esse é um argumento para o considerares o cangalheiro, podes juntar todos desde o Cavaco no mesmo saco...
Não concordo. Nem o Cavaco, nem o Guterres. Fizeram asneiras? Sim.
Mas competia a quem lhes seguiu corrigir as asneiras e se preciso fosse arrepiar caminho enquanto era tempo.
Os problemas estavam mais que identificados, nomeadamente o desequilíbrio externo.
Mas não, quem lhes seguiu continuou rumo ao abismo, mas agora de forma mais acelerada.
Não foi por falta de avisos. Mas na altura quem ousasse afirmar que o país estava num rumo insustentável era acusado de profeta da desgraça.
mais_um,
não vale a pena continuar este debate. Só não acho justo afirmares que quem acusa o Sócrates, quando chega a hora dos argumentos, foge.
Um abraço
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Quanto nos irá custar a suspensão do contrato para a construção de um troço de TGV, assinado se não me engano no ano de 2010, quando já se sabia que isto ia dar para o torto!!!!!!!
E claro a "Festa" que foi a Parque Escolar!!!!
E claro a "Festa" que foi a Parque Escolar!!!!
Editado pela última vez por rcostab em 28/9/2012 12:41, num total de 2 vezes.
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mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:Para além da loucura de em plena crise ele ainda querer construir um novo aeroporto, a 3ª ponte e o TGV
Oh migluso, gasta as tuas energias com outra coisa
Querer até queria, mas não o foram construidas e nós continuamos num buraco cada vez maior.
mas se tivessem sido ainda estariamos pior...
e ainda não me esqueci da adjudicação do primeiro troço ao consorcio elios a poucos dias de acabar o mandato. Troço esse orçado em 1600 milhões...
mais_um, ao nivel das PPP, se olhares para um graficos de a 30 anos, vais reparar que existe um abaixamento abrupto nos anos 2012 e 2013. Todas as PPP negociadas nos mandatos do socrates, previam um abaixamento de custo para esses anos, que bateriam com os anos a uma possível re eleição. Isso é gestão danosa com fim a interesses pessoais.
mais, nunca como durante o governo do socrates se utilizou e concessiou tanto através das PPP
http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/PPP/Do ... P_1T12.pdf
não estou a dizer que outros governos não utilizaram as ppp como forma de desorçamentação.
Ao nivel das PPP para rodovias é quase tudo em governo socialista, tendo o socrates feito quase metade delas.
ao nível da saude as concessões são pouco expressivas, mas tudo governo de socrates
fora das ppp, ao nível da politica energética foi sempre chover notas a torto e a direito, basta ver o programa de barragens, que também está nesse link, a factura energética que agora temos de pagar para compensar os custos da energia renovável... o mobil-e anda a apodrecer nas estradas em portugal, custou 200 milhões...
não existe governo que mais tenha desorçamentado do que o de 2005-2011, não só através de ppp, como da passagem de funcionários públicos para as EPS (na ordem dos 60 mil funcionários) etc etc etc
para não falar da parque escolar, cujos preços de adjudicação andaram em media ao dobro do que é feito no mercado corrente. há escolas que levaram obras em 2009 que já tiverem que ser re-corrigidas, porque a reabilitação foi feito por empresas incompetentes, ou arquitectos lunáticos que acham que podem por EPS e EPX à vista em paredes de escola...
sim, houve uma politica de aumento dos gastos públicos de 2005-2008 e que foi depois acentuada depois de 2008 como forma de impedir o desemprego no curto prazo de tempo, enquanto a desorçamentação disparava e a divida disparava.
auditoria do TC à parque escolar:
http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_audi ... 9-2012.pdf
auditoria do TC a escolas do parque escolas:
http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_audi ... 012-2s.pdf
e já agora:
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1382928.ece
já agora, voltando às ppp:
http://www.firstpost.com/topic/person/n ... 160-1.html
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=50604
o avelino jesus, num dos programa dos olhos nos olhos, disse que não existe nenhuma obra feita em ppp que fique mais barata do que se o estado tivesse simplesmente pedido dinheiro emprestado nos mercados.
no que toca ao plano tecnológico:
http://www.ionline.pt/portugal/educacao ... s-directos
e poderia continuar, as provas estão por todo o lado...
mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:No explodir da crise, devia ter-se imediatamente diferenciado da Grécia, e aplicar medidas de ajustamento (em tempo útil!).
Em que ano é que isso foi?
2010...
2010...o OE teve que ser negociado com a oposição, foi o ano dos PEC...aqueles que a oposição não aprovou parte das medidas de ajustamento (o governo não tinha maioria absoluta, lembras-te?)....e que agora aprovou, se calhar se tem aprovado na altura agora não estavamos tão mal.
Como diria o Scolari, e o burro sou eu?
Medidas de ajustamento aumentando impostos

E o burro sou eu

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PT_Trader Escreveu:mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:No explodir da crise, devia ter-se imediatamente diferenciado da Grécia, e aplicar medidas de ajustamento (em tempo útil!).
Em que ano é que isso foi?
2010...
2010...o OE teve que ser negociado com a oposição, foi o ano dos PEC...aqueles que a oposição não aprovou parte das medidas de ajustamento (o governo não tinha maioria absoluta, lembras-te?)....e que agora aprovou, se calhar se tem aprovado na altura agora não estavamos tão mal.
Como diria o Scolari, e o burro sou eu?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Em PPP o custo era 3, 4 , "X" o seu preço!
A propósito das PPP rodoviárias
por S. POMPEU SANTOS
".. a Ponte da Lezíria ter custado? 600 milhões de euros? 500 milhões de euros? Pois bem, custou apenas 220 milhões, ou seja, menos de metade do que seria expectável se fosse uma PPP."
Muito se tem falado ultimamente de PPP, isto é, parcerias público-privadas. Como é sabido, a PPP é um sistema de contratação pública em que o financiamento, a construção e a exploração do empreendimento é realizado por privados, ficando o Estado a pagar ao financiador uma renda durante um determinado período de tempo: 30, 40 ou mais anos.
Para um país como Portugal, com dificuldade em ter finanças públicas equilibradas, parecia a solução perfeita. Assim, em pouco mais de dez anos as PPP ultrapassaram a centena, representando encargos de mais de 40 mil milhões de euros, uma grande parte em novas auto-estradas (as Scut), e José Sócrates queria ainda usar o sistema nos grandes projectos, como o Novo Aeroporto e a rede de Alta Velocidade, que representavam mais 15 mil milhões. Felizmente, com a crise, esses novos projectos não arrancaram. Mesmo assim, as rendas que vamos pagar nos próximos anos são de arrepiar.
É hoje claro para a generalidade dos cidadãos que as PPP foram um logro e que, com a austeridade a que fomos forçados, deverão ser renegociadas, particular mente as PPP rodoviárias (Scut).
Nesta questão, é contudo preciso considerar dois planos distintos: por um lado, os contratos propriamente ditos e, por outro lado, as empreitadas das obras.
Quanto aos contratos, taxas de rentabilidade da ordem de 15% ou mais, de que se fala na imprensa, são absolutamente imorais. Quanto às empreitadas, diz-se também que os custos terão sido empolados, até 100% ou mesmo mais. Em suma, o Estado (nós, os contribuintes) paga bastante mais do que seria justo! Que fazer, então?
Relativamente aos contratos propriamente ditos, corroboro a ideia de que o Governo deve renegociar com as concessionárias e impor uma redução da taxa de rentabilidade para valores mais razoáveis, da ordem de metade, que é o normal neste tipo de negócios. Também as renegociações realizadas pelo anterior Governo quando da introdução de portagens devem ser revistas, já que, segundo se diz, são altamente lesivas para o Estado. Tudo apurado, se calhar, alguns responsáveis políticos terão mesmo de responder em tribunal.
Em relação às empreitadas é que não vejo como se pode mexer; os empreiteiros fizeram as obras, conforme adjudicado, receberam o dinheiro dos bancos financiadores e foram à sua vida.
Para se ter uma ideia do que pode acontecer com as empreitadas, refiro um exemplo que é paradigmático: a Ponte Vasco da Gama, construída nos anos 90, e a Ponte da Lezíria, na auto-estrada A10, no Carregado, construída mais recentemente, e que têm bastantes semelhanças.
Como se sabe, a Ponte Vasco da Gama foi objecto de uma PPP (não estou a falar da renegociação, altamente ruinosa para o Estado, realizada posteriormente pelo então ministro João Cravinho) e a empreitada global foi da ordem de mil milhões de euros. A ponte tem um pouco mais de 14 quilómetros de extensão (incluindo os viadutos de acesso) e é, na sua maior parte, um viaduto sobre água.
A Ponte da Lezíria, que foi construída através de uma encomenda directa da Brisa a um consórcio empreiteiro, é um pouco mais curta: tem cerca de 11 quilómetros de extensão e é praticamente também um viaduto, neste caso quase todo sobre terra, portanto um pouco mais fácil de construir. As fundações das duas pontes são também semelhantes, realizadas através de grandes estacas de betão, as da Ponte da Lezíria apenas ligeiramente mais curtas.
Tudo ponderado, quanto é que parece razoável a Ponte da Lezíria ter custado? 600 milhões de euros? 500 milhões de euros? Pois bem, custou apenas 220 milhões, ou seja, menos de metade do que seria expectável se fosse uma PPP. Isto é de tal modo claro que um administrador da Brisa, numa apresentação pública da obra, orgulhoso do resultado conseguido, disse textualmente: "É o que acontece quando é o dono da obra (o pagante) a fixar o preço"... Não é preciso dizer mais nada!
* Engenheiro civil
A propósito das PPP rodoviárias
por S. POMPEU SANTOS
".. a Ponte da Lezíria ter custado? 600 milhões de euros? 500 milhões de euros? Pois bem, custou apenas 220 milhões, ou seja, menos de metade do que seria expectável se fosse uma PPP."
Muito se tem falado ultimamente de PPP, isto é, parcerias público-privadas. Como é sabido, a PPP é um sistema de contratação pública em que o financiamento, a construção e a exploração do empreendimento é realizado por privados, ficando o Estado a pagar ao financiador uma renda durante um determinado período de tempo: 30, 40 ou mais anos.
Para um país como Portugal, com dificuldade em ter finanças públicas equilibradas, parecia a solução perfeita. Assim, em pouco mais de dez anos as PPP ultrapassaram a centena, representando encargos de mais de 40 mil milhões de euros, uma grande parte em novas auto-estradas (as Scut), e José Sócrates queria ainda usar o sistema nos grandes projectos, como o Novo Aeroporto e a rede de Alta Velocidade, que representavam mais 15 mil milhões. Felizmente, com a crise, esses novos projectos não arrancaram. Mesmo assim, as rendas que vamos pagar nos próximos anos são de arrepiar.
É hoje claro para a generalidade dos cidadãos que as PPP foram um logro e que, com a austeridade a que fomos forçados, deverão ser renegociadas, particular mente as PPP rodoviárias (Scut).
Nesta questão, é contudo preciso considerar dois planos distintos: por um lado, os contratos propriamente ditos e, por outro lado, as empreitadas das obras.
Quanto aos contratos, taxas de rentabilidade da ordem de 15% ou mais, de que se fala na imprensa, são absolutamente imorais. Quanto às empreitadas, diz-se também que os custos terão sido empolados, até 100% ou mesmo mais. Em suma, o Estado (nós, os contribuintes) paga bastante mais do que seria justo! Que fazer, então?
Relativamente aos contratos propriamente ditos, corroboro a ideia de que o Governo deve renegociar com as concessionárias e impor uma redução da taxa de rentabilidade para valores mais razoáveis, da ordem de metade, que é o normal neste tipo de negócios. Também as renegociações realizadas pelo anterior Governo quando da introdução de portagens devem ser revistas, já que, segundo se diz, são altamente lesivas para o Estado. Tudo apurado, se calhar, alguns responsáveis políticos terão mesmo de responder em tribunal.
Em relação às empreitadas é que não vejo como se pode mexer; os empreiteiros fizeram as obras, conforme adjudicado, receberam o dinheiro dos bancos financiadores e foram à sua vida.
Para se ter uma ideia do que pode acontecer com as empreitadas, refiro um exemplo que é paradigmático: a Ponte Vasco da Gama, construída nos anos 90, e a Ponte da Lezíria, na auto-estrada A10, no Carregado, construída mais recentemente, e que têm bastantes semelhanças.
Como se sabe, a Ponte Vasco da Gama foi objecto de uma PPP (não estou a falar da renegociação, altamente ruinosa para o Estado, realizada posteriormente pelo então ministro João Cravinho) e a empreitada global foi da ordem de mil milhões de euros. A ponte tem um pouco mais de 14 quilómetros de extensão (incluindo os viadutos de acesso) e é, na sua maior parte, um viaduto sobre água.
A Ponte da Lezíria, que foi construída através de uma encomenda directa da Brisa a um consórcio empreiteiro, é um pouco mais curta: tem cerca de 11 quilómetros de extensão e é praticamente também um viaduto, neste caso quase todo sobre terra, portanto um pouco mais fácil de construir. As fundações das duas pontes são também semelhantes, realizadas através de grandes estacas de betão, as da Ponte da Lezíria apenas ligeiramente mais curtas.
Tudo ponderado, quanto é que parece razoável a Ponte da Lezíria ter custado? 600 milhões de euros? 500 milhões de euros? Pois bem, custou apenas 220 milhões, ou seja, menos de metade do que seria expectável se fosse uma PPP. Isto é de tal modo claro que um administrador da Brisa, numa apresentação pública da obra, orgulhoso do resultado conseguido, disse textualmente: "É o que acontece quando é o dono da obra (o pagante) a fixar o preço"... Não é preciso dizer mais nada!
* Engenheiro civil
Editado pela última vez por Opcard em 28/9/2012 12:06, num total de 3 vezes.
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mais_um Escreveu:PT_Trader Escreveu:Para além da loucura de em plena crise ele ainda querer construir um novo aeroporto, a 3ª ponte e o TGV
Oh migluso, gasta as tuas energias com outra coisa
Querer até queria, mas não o foram construidas e nós continuamos num buraco cada vez maior.
Por estas e por outras, "ainda bem" que veio a crise, porque se não tinha mesmo avançado com aquilo, com consequências imprevisíveis no futuro! Ou também defendias estas obras?
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PT_Trader Escreveu:Para além da loucura de em plena crise ele ainda querer construir um novo aeroporto, a 3ª ponte e o TGV
Oh migluso, gasta as tuas energias com outra coisa
Querer até queria, mas não o foram construidas e nós continuamos num buraco cada vez maior.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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PT_Trader Escreveu:No explodir da crise, devia ter-se imediatamente diferenciado da Grécia, e aplicar medidas de ajustamento (em tempo útil!).
Em que ano é que isso foi?
PT_Trader Escreveu:Fora os episódios patéticos da diminuição do IVA em 1pp e aumento brutal dos FP antes das eleições.
Também sou critico de ambas as medidas principalmente da 2ª, mas sabes quanto valeu em € o aumento dos FP?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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migluso Escreveu:
- Avançou em força com obra pública ruinosa ao nível da relação custo/benefício;
tens numeros?
migluso Escreveu:
- Aumentou a despesa em 20%, o que contribuiu para o agravamento do desequilíbrio operacional que vinha de trás;
Podes colocar os numeros da despesa em valor absoluto desde 2005 até 2009?
migluso Escreveu:- nacionalizou o BPN;
Como contribuinte liquido e sabendo o que sei hoje também considero um erro embora tenho muitas duvidas que outro governo (por exemplo PSD) na mesma situação escolhesse outro caminho.
migluso Escreveu:
- instrumentalizou o banco público para fins políticos, com prejuízos brutais para os contribuintes;
Queres concretizar com numeros esses prejuizos brutais?
migluso Escreveu:Mas volto a dizer. O mais grave de tudo foi o que ele NÃO fez quando ainda íamos a tempo.
Se esse é um argumento para o considerares o cangalheiro, podes juntar todos desde o Cavaco no mesmo saco...
migluso Escreveu:
Consequências desta inacção? Aumento exponencial do montante que hoje estamos a pagar em juros.
Humm...pelos visto ele andou a governar meia europa e nós não demos por isso....

migluso Escreveu:
Para mim é tão óbvio que Sócrates (e em certa medida Durão Barroso e Ferreira Leite), é o coveiro do país, que tenho dificuldade em entender os argumentos pró-Sócrates.
O unico argumento que uso pró-Socrates foi o facto de ele ter tentado reformar o Estado, peço é a quem diz que ele foi o responsavel pela situação em que chegamos que o demonstre com numeros.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
migluso Escreveu:mais_um Escreveu:Não digo que não foi, só peço que o demonstrem, ou seja digam que medidas que ele tomou para enterrar o país. Mas pelos vistos ainda não encontrei o interlocutor com tempo para o fazer.
A questão fundamental não é o que ele fez, mas sim o que ele NÃO fez.
Mas, mesmo assim, há coisas que ele fez que agravaram ainda mais o desequilíbrio operacional.
- Avançou em força com obra pública ruinosa ao nível da relação custo/benefício;
- Aumentou a despesa em 20%, o que contribuiu para o agravamento do desequilíbrio operacional que vinha de trás;
- nacionalizou o BPN;
- instrumentalizou o banco público para fins políticos, com prejuízos brutais para os contribuintes;
Mas volto a dizer. O mais grave de tudo foi o que ele NÃO fez quando ainda íamos a tempo.
Consequências desta inacção? Aumento exponencial do montante que hoje estamos a pagar em juros.
O que está a obrigar a redução de outras despesas e aumento de impostos, pois os financiamento obtidos não serviram para realizar investimentos produtivos, mas sim para construir fachadas e apoiar o consumo.
Para mim é tão óbvio que Sócrates (e em certa medida Durão Barroso e Ferreira Leite), é o coveiro do país, que tenho dificuldade em entender os argumentos pró-Sócrates.
EDIT:
Figueira, lápis azul não diria, mas que é estranho, lá isso é...
Para além disso...
No início da 1ª legislatura, até apareceu com um espírito reformista, mas cedo foi abaixo.
No explodir da crise, devia ter-se imediatamente diferenciado da Grécia, e aplicar medidas de ajustamento (em tempo útil!).
Fora os episódios patéticos da diminuição do IVA em 1pp e aumento brutal dos FP antes das eleições.
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mais_um Escreveu:Não digo que não foi, só peço que o demonstrem, ou seja digam que medidas que ele tomou para enterrar o país. Mas pelos vistos ainda não encontrei o interlocutor com tempo para o fazer.
A questão fundamental não é o que ele fez, mas sim o que ele NÃO fez.
Mas, mesmo assim, há coisas que ele fez que agravaram ainda mais o desequilíbrio operacional.
- Avançou em força com obra pública ruinosa ao nível da relação custo/benefício;
- Aumentou a despesa em 20%, o que contribuiu para o agravamento do desequilíbrio operacional que vinha de trás;
- nacionalizou o BPN;
- instrumentalizou o banco público para fins políticos, com prejuízos brutais para os contribuintes;
Mas volto a dizer. O mais grave de tudo foi o que ele NÃO fez quando ainda íamos a tempo.
Consequências desta inacção? Aumento exponencial do montante que hoje estamos a pagar em juros.
O que está a obrigar a redução de outras despesas e aumento de impostos, pois os financiamento obtidos não serviram para realizar investimentos produtivos, mas sim para construir fachadas e apoiar o consumo.
Para mim é tão óbvio que Sócrates (e em certa medida Durão Barroso e Ferreira Leite), é o coveiro do país, que tenho dificuldade em entender os argumentos pró-Sócrates.
EDIT:
Figueira, lápis azul não diria, mas que é estranho, lá isso é...

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Figueiraa1 Escreveu:migluso Escreveu:Como este é um multitópico, escrevo aqui.
O artigo do Camilo Lourenço é a única página online do JdN que não consigo abrir, ou melhor, abro mas fica em branco na zona do texto. Mais alguém está a experienciar o mesmo?
Cheira-me a esturro...
Tentei aceder ao artigo e aparece a informação que o site está em manutenção.
E nas outras págs não?!?
Estranho, as outras notícias posso aceder a do CL aparece site em manutenção.
Será o "lápis azul"

A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
Figueiraa1 Escreveu:migluso Escreveu:Como este é um multitópico, escrevo aqui.
O artigo do Camilo Lourenço é a única página online do JdN que não consigo abrir, ou melhor, abro mas fica em branco na zona do texto. Mais alguém está a experienciar o mesmo?
Cheira-me a esturro...
Tentei aceder ao artigo e aparece a informação que o site está em manutenção.
E nas outras págs não?!?

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Como este é um multitópico, escrevo aqui.
O artigo do Camilo Lourenço é a única página online do JdN que não consigo abrir, ou melhor, abro mas fica em branco na zona do texto. Mais alguém está a experienciar o mesmo?
Cheira-me a esturro...
Tentei aceder ao artigo e aparece a informação que o site está em manutenção.
A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
migluso Escreveu:Sócrates foi o cangalheiro do país.
Não digo que não foi, só peço que o demonstrem, ou seja digam que medidas que ele tomou para enterrar o país. Mas pelos vistos ainda não encontrei o interlocutor com tempo para o fazer.
Já que estamos numa de exemplos, imagina o seguinte, há um gajo, chamado Manuel, que tem mau aspecto, já foi visto armado e que os vizinhos dizem que ele é um assassino e eu digo ok, então se é um assassino é porque sabem que ele matou pessoas, quem é que ele matou? E a resposta que tenho obtido a essa pergunta é, ele é mau e anda armado e de certeza que já matou pessoas. Digo eu, certo então se sabem que ele já matou pessoas não é difícil dizerem o nome dessas pessoas. Reposta, ele de certeza que já matou pessoas, tem mau aspecto e anda armado…. E até agora não saímos disto.
Eu responsabilizo o Sócrates pelo que correu bem e mal entre 2006 e 2009, tinha a maioria absoluta, aprovou os 4 OE respectivos feitos exclusivamente pelo seu governo. Agora digam o que ele fez de errado nesse período para enterrar o país, é difícil?


Considero que o maior erro político do Sócrates (e com graves consequências para o país) foi ter aceitado ser 1º ministro de um governo minoritário na situação em que o país se encontrava, mas aqui a culpa não é só dele, quer o PR quer os outros partidos não estão isentos de culpas, pelo contrário.
Em relação aos resultados macroeconómicos (divida publica, défice e PIB) do Sócrates, enquanto teve maioria absoluta, não são diferentes do que se passou na maior parte dos países da EU, mesmo o descalabro de 2009/2010 foi semelhante aos restantes países, basta olhar para os gráficos que o Elias colocou para ver isso. E que eu saiba o Sócrates só era 1º ministro de Portugal….
Os motivos para o descalabro das contas públicas dos países da UE em 2009/2010 estão bem identificados, foram: queda da actividade económica, menos receita fiscal, mais despesas sociais e apoios à economia (às empresas e bancos).
E nunca afirmei que o Sócrates foi um bom 1º ministro, apenas afirmei que foi o único que tentou reformar o Estado.
Uma curiosidade, na discussão do OE rectificativo de 2009, já quando o PS não tinha a maioria absoluta, quando confrontado com a queda das receitas fiscais em cerca de 13%, o Teixeira dos Santos, assumiu o erro, disse que errou na previsão da receita.
http://www1.ionline.pt/conteudo/37187-o ... es-madeira
O Gaspar confrontado com a queda da receita deste ano disse (corrijam-me caso eu esteja enganado), que os portugueses tinham gasto menos…..
Sobre a questão do Excel do Gaspar, é uma private joke do meu departamento, estamos habituados a lidar com consultores que desconhecem a realidade e para eles se bate certo no Project e no Excel também bate certo no terreno, mas infelizmente não é assim, dai eu associar essa mesma situação ao Gaspar, que é um teórico e infelizmente está a leste da realidade, mas o problema foi os portugueses deixarem de gastar dinheiro, é uma maçada, poupamos quando devemos gastar e gastamos quando devemos poupar.


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
amartins42 Escreveu:Acho que se há uma geração que devia estar a favor da austeridade devia ser a geração dos jovens, na medida que a austeridade visa pagar a fatura da divida, ou seja, eliminar a pesada herança. É que se não for paga no presente será paga no futuro, sobretudo, quando esses jovens tiverem outros encargos, como seja familia, ou mais tarde na situação de reforma,se ainda existir?.
Muitos portugueses em situação final de vida de trabalho, viram unilateralmente serem alterados seus contratos de trabalho,subindo a fasquia da idade da reforma,em nome da sustentabilidade da SS.
Como conheço pessoas que se reformaram com reformas completas quando estavam na casa dos 40 e poucos anos, não duvido que o problema não estava nos que ainda trabalhavam, mas naqueles que se reformaram antes do tempo, privando o país do seu contributo profissional, ao mesmo tempo contribuindo para a insustentabilidade do sistema.
A alteração da idade da reforma e penalizações, representarão para muitos portugueses ,centenas de milhar de euros em suas vidas, quase nada comparada com menos dois ordenados num ano, por exemplo.
É a minha opinião, certamente polémica e discutivel...
passa pelo tópico do "orçamento zero" e encontras muitos dados sobre as despesas e as receitas da SS interessantes...
Como este é um multitópico, escrevo aqui.
O artigo do Camilo Lourenço é a única página online do JdN que não consigo abrir, ou melhor, abro mas fica em branco na zona do texto. Mais alguém está a experienciar o mesmo?
Cheira-me a esturro...

O artigo do Camilo Lourenço é a única página online do JdN que não consigo abrir, ou melhor, abro mas fica em branco na zona do texto. Mais alguém está a experienciar o mesmo?
Cheira-me a esturro...

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Acho que se há uma geração que devia estar a favor da austeridade devia ser a geração dos jovens, na medida que a austeridade visa pagar a fatura da divida, ou seja, eliminar a pesada herança. É que se não for paga no presente será paga no futuro, sobretudo, quando esses jovens tiverem outros encargos, como seja familia, ou mais tarde na situação de reforma,se ainda existir?.
Muitos portugueses em situação final de vida de trabalho, viram unilateralmente serem alterados seus contratos de trabalho,subindo a fasquia da idade da reforma,em nome da sustentabilidade da SS.
Como conheço pessoas que se reformaram com reformas completas quando estavam na casa dos 40 e poucos anos, não duvido que o problema não estava nos que ainda trabalhavam, mas naqueles que se reformaram antes do tempo, privando o país do seu contributo profissional, ao mesmo tempo contribuindo para a insustentabilidade do sistema.
A alteração da idade da reforma e penalizações, representarão para muitos portugueses ,centenas de milhar de euros em suas vidas, quase nada comparada com menos dois ordenados num ano, por exemplo.
É a minha opinião, certamente polémica e discutivel...
Muitos portugueses em situação final de vida de trabalho, viram unilateralmente serem alterados seus contratos de trabalho,subindo a fasquia da idade da reforma,em nome da sustentabilidade da SS.
Como conheço pessoas que se reformaram com reformas completas quando estavam na casa dos 40 e poucos anos, não duvido que o problema não estava nos que ainda trabalhavam, mas naqueles que se reformaram antes do tempo, privando o país do seu contributo profissional, ao mesmo tempo contribuindo para a insustentabilidade do sistema.
A alteração da idade da reforma e penalizações, representarão para muitos portugueses ,centenas de milhar de euros em suas vidas, quase nada comparada com menos dois ordenados num ano, por exemplo.
É a minha opinião, certamente polémica e discutivel...
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Lobo Xavier: Caso da TSU "mostra uma impreparação que aterroriza"
O facto de o governo dizer que estava tudo bem, antes da apresentação das medidas sobre a TSU, mostra uma "impreparação que aterroriza".
Depois da oposição do CDS, “ou acabava a coligação ou acabavam as alterações à TSU”, diz António Lobo Xavier no programa da SIC Notícias, Quadratura do Círculo, desta quinta-feira. “Foi mais útil manter-se a coligação, prevaleceu o bom senso”.
“Aparentemente”, diz António Lobo Xavier, “o primeiro-ministro ficou surpreendido com a reacção dos portugueses” à proposta de aumento da TSU suportada pelos trabalhadores e diminuição da que é paga pelos empregadores. Daí que, diz, “o mais preocupante nesta crise é que” o primeiro-ministro parece que “não conhece o país, não conhece o que é que pensam as pessoas em geral”.
As manifestações de 15 de Setembro não foram, na visão de Lobo Xavier, apenas posições de “desagrado” para com a austeridade mas foram também “contra um discurso que não bate certo com nada”.
O facto de, dias antes do anúncio das alterações na TSU, o governo ter dito que estava tudo bem “mostra uma impreparação que aterroriza”, afirma ainda António Lobo Xavier. "Como é possível dizer que estava tudo bem, há um mês, e depois virem à televisão anunciar medidas destas", questionou.
O centrista mostrou-se desiludido com os responsáveis do Governo, "pessoas pelas quais me bati", que "chegando a um ponto em que as contas não batem certo, natural era dizerem: tentamos tudo mas não conseguimos".
Pacheco Pereira que, com Lobo Xavier e António Costa, integra o painel da Quadratura do Círculo moderado por Carlos Andrade, diz que “há muita coisa na negociação com a troika [na quinta avaliação] que correu mal e que não sabemos”.
Para Pacheco Pereira há “uma desagregação no discurso do governo”, um movimento de “galinha sem cabeça”.
António Costa diz não acreditar que “se o primeiro-ministro tivesse percebido” o efeito das alterações na TSU “fosse ver o espectáculo de Paulo de Carvalho”. Depois do anúncio daquela medida tinha de “se impor um mínimo de recato”.
António Lobo Xavier referiu por diversas vezes que a quinta avaliação da troika não foi positiva, deixando entender que a proposta da TSU, que designou como “passo de mágica” teve como objectivo “colocar alguma água benta” no exame.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=80625&postdays=0&postorder=asc&start=2850
O facto de o governo dizer que estava tudo bem, antes da apresentação das medidas sobre a TSU, mostra uma "impreparação que aterroriza".
Depois da oposição do CDS, “ou acabava a coligação ou acabavam as alterações à TSU”, diz António Lobo Xavier no programa da SIC Notícias, Quadratura do Círculo, desta quinta-feira. “Foi mais útil manter-se a coligação, prevaleceu o bom senso”.
“Aparentemente”, diz António Lobo Xavier, “o primeiro-ministro ficou surpreendido com a reacção dos portugueses” à proposta de aumento da TSU suportada pelos trabalhadores e diminuição da que é paga pelos empregadores. Daí que, diz, “o mais preocupante nesta crise é que” o primeiro-ministro parece que “não conhece o país, não conhece o que é que pensam as pessoas em geral”.
As manifestações de 15 de Setembro não foram, na visão de Lobo Xavier, apenas posições de “desagrado” para com a austeridade mas foram também “contra um discurso que não bate certo com nada”.
O facto de, dias antes do anúncio das alterações na TSU, o governo ter dito que estava tudo bem “mostra uma impreparação que aterroriza”, afirma ainda António Lobo Xavier. "Como é possível dizer que estava tudo bem, há um mês, e depois virem à televisão anunciar medidas destas", questionou.
O centrista mostrou-se desiludido com os responsáveis do Governo, "pessoas pelas quais me bati", que "chegando a um ponto em que as contas não batem certo, natural era dizerem: tentamos tudo mas não conseguimos".
Pacheco Pereira que, com Lobo Xavier e António Costa, integra o painel da Quadratura do Círculo moderado por Carlos Andrade, diz que “há muita coisa na negociação com a troika [na quinta avaliação] que correu mal e que não sabemos”.
Para Pacheco Pereira há “uma desagregação no discurso do governo”, um movimento de “galinha sem cabeça”.
António Costa diz não acreditar que “se o primeiro-ministro tivesse percebido” o efeito das alterações na TSU “fosse ver o espectáculo de Paulo de Carvalho”. Depois do anúncio daquela medida tinha de “se impor um mínimo de recato”.
António Lobo Xavier referiu por diversas vezes que a quinta avaliação da troika não foi positiva, deixando entender que a proposta da TSU, que designou como “passo de mágica” teve como objectivo “colocar alguma água benta” no exame.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=80625&postdays=0&postorder=asc&start=2850
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Braga de Macedo: TSU foi contestada por "desconfiança" e "incompreensão"
O ex-ministro das Finanças Jorge Braga de Macedo afirmou hoje, numa conferência em Leiria, que a Taxa Social Única (TSU) foi contestada por "desconfiança" e "incompreensão" das pessoas.
Durante a dissertação na conferência intitulada "A Internacionalização e o Financiamento da Economia", organizada pela D. Dinis - Business School, Braga de Macedo admitiu que a TSU não foi bem aceite "talvez por má comunicação", o que levou à "incompreensão" da medida.
"A ideia da desvalorização fiscal é muito discutida para países que não conseguem ter desvalorização cambial. É uma medida que tinha uma dimensão de redistribuição, tentando aumentar a competitividade das empresas pelo lado da oferta e compensar a decisão do Tribunal Constitucional", explicou Braga de Macedo.
Segundo o ex-ministro, o Governo previa "calibrar" a medida em "concertação social", mas foi surpreendido com uma "reacção de rejeição, talvez por incompreensão ou por se considerar injusto".
Recusando considerar que o Governo recuou na medida, Braga de Macedo afirmou que "o que se seguiu foi analisar", até porque "havia aspectos que teriam de ser analisados em sede de orçamento, como o crédito fiscal".
O economista revelou que para "rendimentos mais baixos havia um reembolso", mas existe uma "desconfiança" das pessoas no reembolso dos impostos, porque "é difícil pagar impostos em Portugal".
Reforçando a ideia de "calibrar" a medida, Braga de Macedo sublinhou que era preciso indicar "uma medida adicional" à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
"Nessa altura, a alternativa era indiscutivelmente pior e muita gente não está a ver. Se a 'troika' tem ido embora sem esta medida ou outra parecida, chumbava-nos, o que era indiscutivelmente pior, porque seria implementado outro programa. Era exactamente o que aconteceu na Grécia. Este é um exemplo acabado de uma reforma difícil de ler", acrescentou.
À margem da conferência, Braga de Macedo referiu ainda que "alterar os preços relativos dos bens transaccionáveis e não transaccionáveis é mais fácil com desvalorização", mas torna-se "mais difícil pertencendo a uma moeda forte, como o euro".
Sugerindo, assim, outros caminhos, Braga de Macedo apontou a "desvalorização fiscal" como uma deles.
"Só que a desvalorização fiscal normalmente faz-se aumentado o IVA e este Governo recusou. Há esta medida e outras ainda", acrescentou, defendendo que o importante é "facilitar a mudança dos preços relativos para que se possa exportar mais", o que "permitirá pagar a dívida externa e evitar a bancarrota".
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=581141
O ex-ministro das Finanças Jorge Braga de Macedo afirmou hoje, numa conferência em Leiria, que a Taxa Social Única (TSU) foi contestada por "desconfiança" e "incompreensão" das pessoas.
Durante a dissertação na conferência intitulada "A Internacionalização e o Financiamento da Economia", organizada pela D. Dinis - Business School, Braga de Macedo admitiu que a TSU não foi bem aceite "talvez por má comunicação", o que levou à "incompreensão" da medida.
"A ideia da desvalorização fiscal é muito discutida para países que não conseguem ter desvalorização cambial. É uma medida que tinha uma dimensão de redistribuição, tentando aumentar a competitividade das empresas pelo lado da oferta e compensar a decisão do Tribunal Constitucional", explicou Braga de Macedo.
Segundo o ex-ministro, o Governo previa "calibrar" a medida em "concertação social", mas foi surpreendido com uma "reacção de rejeição, talvez por incompreensão ou por se considerar injusto".
Recusando considerar que o Governo recuou na medida, Braga de Macedo afirmou que "o que se seguiu foi analisar", até porque "havia aspectos que teriam de ser analisados em sede de orçamento, como o crédito fiscal".
O economista revelou que para "rendimentos mais baixos havia um reembolso", mas existe uma "desconfiança" das pessoas no reembolso dos impostos, porque "é difícil pagar impostos em Portugal".
Reforçando a ideia de "calibrar" a medida, Braga de Macedo sublinhou que era preciso indicar "uma medida adicional" à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
"Nessa altura, a alternativa era indiscutivelmente pior e muita gente não está a ver. Se a 'troika' tem ido embora sem esta medida ou outra parecida, chumbava-nos, o que era indiscutivelmente pior, porque seria implementado outro programa. Era exactamente o que aconteceu na Grécia. Este é um exemplo acabado de uma reforma difícil de ler", acrescentou.
À margem da conferência, Braga de Macedo referiu ainda que "alterar os preços relativos dos bens transaccionáveis e não transaccionáveis é mais fácil com desvalorização", mas torna-se "mais difícil pertencendo a uma moeda forte, como o euro".
Sugerindo, assim, outros caminhos, Braga de Macedo apontou a "desvalorização fiscal" como uma deles.
"Só que a desvalorização fiscal normalmente faz-se aumentado o IVA e este Governo recusou. Há esta medida e outras ainda", acrescentou, defendendo que o importante é "facilitar a mudança dos preços relativos para que se possa exportar mais", o que "permitirá pagar a dívida externa e evitar a bancarrota".
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=581141