BES - A LUTA
Re: BES - A LUTA
Boas,
ECONOMIA
BES: PS PEDE A SALGADO CONTRATO DE COMPRA E VENDA DA ESCOM
Socialistas entregaram hoje um conjunto de requerimentos ao presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, todos pedindo documentação, embora de diferentes entidades
Por: Redação / LF | há 1 hora
O PS apresentou esta quinta-feira um requerimento na comissão de inquérito BES/GES reclamando do ex-banqueiro Ricardo Salgado acesso ao contrato de promessa de compra e venda da ESCOM, celebrado em 2010.
No texto, a que a agência Lusa teve acesso, é pedido o referido contrato a Ricardo Salgado mas também à Rioforte e à Espírito Santo Resources.
Os socialistas entregaram hoje um conjunto de requerimentos ao presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, todos pedindo documentação, embora de diferentes entidades.
Ao outrora líder histórico do BES, Ricardo Salgado, o PS pede também a carta remetida pelo Banco Nacional de Angola ao BES, com a indicação de que o BES Angola teria que passar a ter, de acordo com as palavras de Salgado, «total independência informática do exterior».
Da auditora PricewaterhouseCoopers o PS reclama o relatório do ETTRIC2 - exercício de avaliação do Banco de Portugal - sobre o Grupo Espírito Santo (GES).
Os deputados do PS querem também, da administração de insolvência da Espírito Santo Financial Group (ESFG), «o envio de toda a informação que sustenta a decisão que conduziu à interposição de uma ação administrativa especial por parte da ESFG, no passado dia 01 de dezembro, nomeadamente os fundamentos legais invocados».
A comissão de inquérito, que hoje ouve o atual presidente do BES, Luís Máximo dos Santos, arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.
Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito «apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades».
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BES: PS PEDE A SALGADO CONTRATO DE COMPRA E VENDA DA ESCOM
Socialistas entregaram hoje um conjunto de requerimentos ao presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, todos pedindo documentação, embora de diferentes entidades
Por: Redação / LF | há 1 hora
O PS apresentou esta quinta-feira um requerimento na comissão de inquérito BES/GES reclamando do ex-banqueiro Ricardo Salgado acesso ao contrato de promessa de compra e venda da ESCOM, celebrado em 2010.
No texto, a que a agência Lusa teve acesso, é pedido o referido contrato a Ricardo Salgado mas também à Rioforte e à Espírito Santo Resources.
Os socialistas entregaram hoje um conjunto de requerimentos ao presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, todos pedindo documentação, embora de diferentes entidades.
Ao outrora líder histórico do BES, Ricardo Salgado, o PS pede também a carta remetida pelo Banco Nacional de Angola ao BES, com a indicação de que o BES Angola teria que passar a ter, de acordo com as palavras de Salgado, «total independência informática do exterior».
Da auditora PricewaterhouseCoopers o PS reclama o relatório do ETTRIC2 - exercício de avaliação do Banco de Portugal - sobre o Grupo Espírito Santo (GES).
Os deputados do PS querem também, da administração de insolvência da Espírito Santo Financial Group (ESFG), «o envio de toda a informação que sustenta a decisão que conduziu à interposição de uma ação administrativa especial por parte da ESFG, no passado dia 01 de dezembro, nomeadamente os fundamentos legais invocados».
A comissão de inquérito, que hoje ouve o atual presidente do BES, Luís Máximo dos Santos, arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.
Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito «apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades».
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Re: BES - A LUTA
Boas,
ECONOMIA
É CLIENTE DO BES? VEJA QUEM PODE RECEBER PRIMEIRO
Atual presidente do banco tóxico explica que os credores comuns são os primeiros na lista de reembolso do dinheiro investido. A provisão feita em relação ao papel comercial afinal está no BES e não no Novo Banco, como tinha dito o Banco de Portugal
Por: Vanessa Cruz Vanessa Cruz / Última atualização às 20:10 | há 2 horas
Na resolução decretada pelo Banco de Portugal, que passou para o BES bad bank os ativos tóxicos e o dinheiro dos acionistas, e para o Novo Banco depósitos, créditos e produtos sãos, muitos clientes perderam dinheiro. Incluindo pequenos investidores, que confiaram, em muitos casos, poupanças de uma vida no histórico banco. A haver reembolso, quem pode receber primeiro?
«Quem irá receber primeiro são os titulares de créditos comuns que fiquem no perímetro do Banco Espírito Santo»
A explicação foi dada, esta quinta-feira, pelo atual presidente do BES «mau», na comissão de inquérito sobre a derrocada do Grupo Espírito Santo, que levou por arrasto o banco liderado, na altura, por Ricardo Salgado. Luís Máximo dos Santos é quem tem, agora, a missão de gerir o banco tóxico que ficou com o nome da antiga instituição. Explicou melhor quem é que está à cabeça, na lista, para poder reaver algum dinheiro:
Se um cidadão comprou produtos não lhe tendo sido fornecida a informação adequada e o tribunal declara transito em julgado é um credor comum. Esse está à frente, por exemplo»
JÁ QUANTO AO PAPEL COMERCIAL DO GRUPO ESPÍRITO SANTO, QUE FOI VENDIDO AOS BALCÕES DO BES, MÁXIMO DOS SANTOS EXPLICOU QUE A PROVISÃO FOI FEITA, «NÃO SE EVAPOROU» E ESTÁ «NA CONTABILIDADE DO BES».
A deputada Mariana Mortágua (BE) considerou existir uma «contradição» entre as suas palavras e as do Banco de Portugal que, em agosto de 2014, o mês da resolução, respondeu aos clientes do BES dizendo que esse dinheiro estava no Novo Banco.
Máximo dos Santos respondeu que teria de «verificar», mas pelo que dita a resolução, «essas responsabilidades ficam lá», no BES.
Máximo dos Santos disse que tem tido «abertura» para receber clientes lesados pelo colapso do banco, através de associações «com interesses integrados». «Já recebi, sim», admitiu. «É penoso para as pessoas», reconheceu também.
«As próprias associações me dizem que estão a evitar» ir mais longe, «na expectativa que uma solução diferente possa emergir», acrescentou.
«A percepção que tenho é que estes clientes estão na expetativa de ter algum conforto relativo a essa situação»
Essa garantia, no entanto, não conseguiu dar. O processo está a ser gerido pelo Banco de Portugal. Ainda esta quinta-feira, um grupo de clientes lesados se manifestou, precisamente à porta da instituição liderada por Carlos costa.
O BES, para todos os efeitos, continua a existir, uma vez que não perdeu a licença bancária e é constituído por uma equipa de 17 pessoas.
Esta quinta-feira, vários exigiram que lhes fosse restituído o investido no BES.
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É CLIENTE DO BES? VEJA QUEM PODE RECEBER PRIMEIRO
Atual presidente do banco tóxico explica que os credores comuns são os primeiros na lista de reembolso do dinheiro investido. A provisão feita em relação ao papel comercial afinal está no BES e não no Novo Banco, como tinha dito o Banco de Portugal
Por: Vanessa Cruz Vanessa Cruz / Última atualização às 20:10 | há 2 horas
Na resolução decretada pelo Banco de Portugal, que passou para o BES bad bank os ativos tóxicos e o dinheiro dos acionistas, e para o Novo Banco depósitos, créditos e produtos sãos, muitos clientes perderam dinheiro. Incluindo pequenos investidores, que confiaram, em muitos casos, poupanças de uma vida no histórico banco. A haver reembolso, quem pode receber primeiro?
«Quem irá receber primeiro são os titulares de créditos comuns que fiquem no perímetro do Banco Espírito Santo»
A explicação foi dada, esta quinta-feira, pelo atual presidente do BES «mau», na comissão de inquérito sobre a derrocada do Grupo Espírito Santo, que levou por arrasto o banco liderado, na altura, por Ricardo Salgado. Luís Máximo dos Santos é quem tem, agora, a missão de gerir o banco tóxico que ficou com o nome da antiga instituição. Explicou melhor quem é que está à cabeça, na lista, para poder reaver algum dinheiro:
Se um cidadão comprou produtos não lhe tendo sido fornecida a informação adequada e o tribunal declara transito em julgado é um credor comum. Esse está à frente, por exemplo»
JÁ QUANTO AO PAPEL COMERCIAL DO GRUPO ESPÍRITO SANTO, QUE FOI VENDIDO AOS BALCÕES DO BES, MÁXIMO DOS SANTOS EXPLICOU QUE A PROVISÃO FOI FEITA, «NÃO SE EVAPOROU» E ESTÁ «NA CONTABILIDADE DO BES».
A deputada Mariana Mortágua (BE) considerou existir uma «contradição» entre as suas palavras e as do Banco de Portugal que, em agosto de 2014, o mês da resolução, respondeu aos clientes do BES dizendo que esse dinheiro estava no Novo Banco.
Máximo dos Santos respondeu que teria de «verificar», mas pelo que dita a resolução, «essas responsabilidades ficam lá», no BES.
Máximo dos Santos disse que tem tido «abertura» para receber clientes lesados pelo colapso do banco, através de associações «com interesses integrados». «Já recebi, sim», admitiu. «É penoso para as pessoas», reconheceu também.
«As próprias associações me dizem que estão a evitar» ir mais longe, «na expectativa que uma solução diferente possa emergir», acrescentou.
«A percepção que tenho é que estes clientes estão na expetativa de ter algum conforto relativo a essa situação»
Essa garantia, no entanto, não conseguiu dar. O processo está a ser gerido pelo Banco de Portugal. Ainda esta quinta-feira, um grupo de clientes lesados se manifestou, precisamente à porta da instituição liderada por Carlos costa.
O BES, para todos os efeitos, continua a existir, uma vez que não perdeu a licença bancária e é constituído por uma equipa de 17 pessoas.
Esta quinta-feira, vários exigiram que lhes fosse restituído o investido no BES.
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Re: BES - A LUTA
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PROVISÃO PARA PAPEL COMERCIAL ESTÁ NO BES "MAU" MAS SÓ NOVO BANCO CONSEGUIRÁ PAGAR
05 Fevereiro 2015, 18:18 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Há uma provisão de 668 milhões de euros no BES mau mas não há dinheiro que a assegure. Daí que só o Novo Banco possa reembolsar os investidores de papel comercial.
Foram vendidos títulos de dívida da Espírito Santo International e da Rioforte, empresas do Grupo Espírito Santo, aos balcões do Banco Espírito Santo. Estas empresas tinham de assegurar o pagamento. Estão em insolvência e não conseguem.
Em 2014, o BES teve de reconhecer uma provisão de praticamente 700 milhões de euros para assegurar o reembolso àqueles investidores. Com a resolução, para onde foi a provisão? Já se sabia que o Novo Banco não a tem nas suas contas. Luís Máximo dos Santos (na foto) disse esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, que o reconhecimento desta provisão está no BES, o chamado "banco mau".
"A provisão não se evaporou. Está registada nas contas do BES", disse Máximo dos Santos na comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco e do GES. Aliás, essa questão conduziu a dúvidas entre os auditores da entidade, a PwC e a KPMG, envolvidos na certificação de contas da entidade que tem os activos e passivos considerados problemáticos do BES. Contudo, como a provisão tinha sido constituída no BES por determinação do Banco de Portugal "prevaleceu esse critério". Ou seja, a provisão está no banco mau.
A provisão é o dinheiro que foi reconhecido nas contas para assegurar o reembolso destas instituições. A provisão é de 668 milhões de euros, especificou Máximo dos Santos. Mas o BES não a pode pagar. "É evidente que, por muito extraordinariamente eficiente que fosse a administração do banco, não se antevê que possam haver recursos suficientes porque, com os activos que temos, o grau de recuperabilidade é baixo".
Assim, o Novo Banco é o próximo da linha que poderá assegurar o pagamento destes títulos de papel comercial. Contudo, sublinhou Máximo dos Santos, este não tem qualquer obrigatoriedade no reembolso. O Banco de Portugal recomendou ao banco liderado por Eduardo Stock da Cunha pagar a estes investidores em papel comercial do GES vendido aos balcões do BES, de forma a manter a relação com os clientes mas sem prejudicar os seus rácios. As últimas informações que foram tornadas públicas indicam que o regulador e o banco estão ainda a discutir a forma de possibilitar essa indemnização.
Na próxima semana, Stock da Cunha é um dos chamados à comissão de inquérito e a questão será uma das que terá de responder, numa altura em que são várias as manifestações dos que se dizem por "lesados" do papel comercial.
PROVISÃO PARA PAPEL COMERCIAL ESTÁ NO BES "MAU" MAS SÓ NOVO BANCO CONSEGUIRÁ PAGAR
05 Fevereiro 2015, 18:18 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Há uma provisão de 668 milhões de euros no BES mau mas não há dinheiro que a assegure. Daí que só o Novo Banco possa reembolsar os investidores de papel comercial.
Foram vendidos títulos de dívida da Espírito Santo International e da Rioforte, empresas do Grupo Espírito Santo, aos balcões do Banco Espírito Santo. Estas empresas tinham de assegurar o pagamento. Estão em insolvência e não conseguem.
Em 2014, o BES teve de reconhecer uma provisão de praticamente 700 milhões de euros para assegurar o reembolso àqueles investidores. Com a resolução, para onde foi a provisão? Já se sabia que o Novo Banco não a tem nas suas contas. Luís Máximo dos Santos (na foto) disse esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, que o reconhecimento desta provisão está no BES, o chamado "banco mau".
"A provisão não se evaporou. Está registada nas contas do BES", disse Máximo dos Santos na comissão parlamentar de inquérito à gestão do banco e do GES. Aliás, essa questão conduziu a dúvidas entre os auditores da entidade, a PwC e a KPMG, envolvidos na certificação de contas da entidade que tem os activos e passivos considerados problemáticos do BES. Contudo, como a provisão tinha sido constituída no BES por determinação do Banco de Portugal "prevaleceu esse critério". Ou seja, a provisão está no banco mau.
A provisão é o dinheiro que foi reconhecido nas contas para assegurar o reembolso destas instituições. A provisão é de 668 milhões de euros, especificou Máximo dos Santos. Mas o BES não a pode pagar. "É evidente que, por muito extraordinariamente eficiente que fosse a administração do banco, não se antevê que possam haver recursos suficientes porque, com os activos que temos, o grau de recuperabilidade é baixo".
Assim, o Novo Banco é o próximo da linha que poderá assegurar o pagamento destes títulos de papel comercial. Contudo, sublinhou Máximo dos Santos, este não tem qualquer obrigatoriedade no reembolso. O Banco de Portugal recomendou ao banco liderado por Eduardo Stock da Cunha pagar a estes investidores em papel comercial do GES vendido aos balcões do BES, de forma a manter a relação com os clientes mas sem prejudicar os seus rácios. As últimas informações que foram tornadas públicas indicam que o regulador e o banco estão ainda a discutir a forma de possibilitar essa indemnização.
Na próxima semana, Stock da Cunha é um dos chamados à comissão de inquérito e a questão será uma das que terá de responder, numa altura em que são várias as manifestações dos que se dizem por "lesados" do papel comercial.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
IMPUGNAR REVOGAÇÃO DA GARANTIA ESTATAL DE ANGOLA AO BESA É UMA HIPÓTESE PARA O BES
05 Fevereiro 2015, 18:05 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
A relação do BES com o BESA está envolvida em "incidências bastante complexas", pelo que ainda não há uma decisão sobre o que se irá fazer relativamente ao fim da garantia estatal angolana.
O presidente do Banco Espírito Santo, actualmente um banco com activos e passivos tóxicos daquela instituição financeira, considera que vir a impugnar a revogação da garantia estatal ao BES Angola é uma possibilidade em cima da mesa.
Sublinhando que nada está definido e que não há qualquer posição sobre isso, Máximo dos Santos admite que é possível vir a questionar aquela revogação, que retirou a garantia estatal de 5,7 mil milhões de dólares que existia sobre créditos cedidos pelo BESA, cuja maioria do capital era detido pelo BES. No entanto, o responsável salienta que todas as "incidências são bastante complexas".
Um dia depois da resolução aplicada ao BES, que o dividiu em banco bom e banco mau, a garantia estatal assinada por José Eduardo dos Santos foi revogada. Isto porque a linha de exposição do banco ao BESA passou para o Novo Banco mas a participação accionista do BES no BESA ficou no banco mau, ou seja, a garantia estatal encontrava-se aí.
Neste momento, o que está a ser impugnado pelo BES é a decisão que alterou a estrutura accionista do BESA – que reduziu a zero a participação da entidade portuguesa. O BES não votou essa decisão porque não conseguiu participar na assembleia-geral que a determinou.
IMPUGNAR REVOGAÇÃO DA GARANTIA ESTATAL DE ANGOLA AO BESA É UMA HIPÓTESE PARA O BES
05 Fevereiro 2015, 18:05 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
A relação do BES com o BESA está envolvida em "incidências bastante complexas", pelo que ainda não há uma decisão sobre o que se irá fazer relativamente ao fim da garantia estatal angolana.
O presidente do Banco Espírito Santo, actualmente um banco com activos e passivos tóxicos daquela instituição financeira, considera que vir a impugnar a revogação da garantia estatal ao BES Angola é uma possibilidade em cima da mesa.
Sublinhando que nada está definido e que não há qualquer posição sobre isso, Máximo dos Santos admite que é possível vir a questionar aquela revogação, que retirou a garantia estatal de 5,7 mil milhões de dólares que existia sobre créditos cedidos pelo BESA, cuja maioria do capital era detido pelo BES. No entanto, o responsável salienta que todas as "incidências são bastante complexas".
Um dia depois da resolução aplicada ao BES, que o dividiu em banco bom e banco mau, a garantia estatal assinada por José Eduardo dos Santos foi revogada. Isto porque a linha de exposição do banco ao BESA passou para o Novo Banco mas a participação accionista do BES no BESA ficou no banco mau, ou seja, a garantia estatal encontrava-se aí.
Neste momento, o que está a ser impugnado pelo BES é a decisão que alterou a estrutura accionista do BESA – que reduziu a zero a participação da entidade portuguesa. O BES não votou essa decisão porque não conseguiu participar na assembleia-geral que a determinou.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
HÁ 8 MILHÕES DE EUROS EM DEPÓSITOS DE FAMÍLIA E ADMINISTRADORES BLOQUEADOS NO BES
05 Fevereiro 2015, 20:01 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Os gestores e responsáveis pela situação difícil do BES ficaram com depósitos bloqueados no BES. São 8 milhões de euros. "Um valor residual no meio disto tudo".
São 8 milhões de euros aqueles que estão bloqueados no Banco Espírito Santo, a entidade que ficou com os activos e passivos considerados problemáticos. A informação foi transmitida aos deputados da comissão de inquérito por Luís Máximo dos Santos (na foto), o presidente daquele banco mau.
"É um valor residual no meio disto tudo", sintetizou Máximo dos Santos, na audição desta quinta-feira, 5 de Fevereiro.
Quando o BES foi alvo de uma medida de resolução, a 3 de Agosto, foi criado um banco de transição, o Novo Banco, e um banco com activos e passivos tóxicos, que ficou com o nome BES.
Neste último, ficaram paralisados depósitos de gestores e administradores do banco e outras pessoas que podem ter tido responsabilidades no percurso que obrigou à resolução do banco – uma decisão que levou vários responsáveis a contestar o bloqueio das suas contas.
Segundo Máximo dos Santos, o BES "mau" tem uma situação patrimonial "claramente" negativa, com passivos superiores aos activos de forma "significativa".
HÁ 8 MILHÕES DE EUROS EM DEPÓSITOS DE FAMÍLIA E ADMINISTRADORES BLOQUEADOS NO BES
05 Fevereiro 2015, 20:01 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Os gestores e responsáveis pela situação difícil do BES ficaram com depósitos bloqueados no BES. São 8 milhões de euros. "Um valor residual no meio disto tudo".
São 8 milhões de euros aqueles que estão bloqueados no Banco Espírito Santo, a entidade que ficou com os activos e passivos considerados problemáticos. A informação foi transmitida aos deputados da comissão de inquérito por Luís Máximo dos Santos (na foto), o presidente daquele banco mau.
"É um valor residual no meio disto tudo", sintetizou Máximo dos Santos, na audição desta quinta-feira, 5 de Fevereiro.
Quando o BES foi alvo de uma medida de resolução, a 3 de Agosto, foi criado um banco de transição, o Novo Banco, e um banco com activos e passivos tóxicos, que ficou com o nome BES.
Neste último, ficaram paralisados depósitos de gestores e administradores do banco e outras pessoas que podem ter tido responsabilidades no percurso que obrigou à resolução do banco – uma decisão que levou vários responsáveis a contestar o bloqueio das suas contas.
Segundo Máximo dos Santos, o BES "mau" tem uma situação patrimonial "claramente" negativa, com passivos superiores aos activos de forma "significativa".
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Re: BES - A LUTA
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AH,AH,AH,AH,AH,AH,AH...
STOCK DA CUNHA: “PERCEBI QUE O NOVO BANCO ERA UM ANIMAL DIFERENTE DO RESTO DA BANCA PORTUGUESA”
05 Fevereiro 2015, 19:27 por Wilson Ledo | wilsonledo@negocios.pt
O presidente do Novo Banco quer seguir a tradição do antecessor BES na relação de financiamento às empresas nacionais.
O compromisso foi deixado por Eduardo Stock da Cunha na abertura dos Prémios Exportação e Internacionalização 2015. "O Novo Banco vai tentar continuar a ser o banco de referência das empresas", apoiando o seu esforço de apostar além-fronteiras, afirmou esta quinta-feira, 5 de Fevereiro.
"Quando cheguei ao Novo Banco há cinco meses, percebi que era um animal diferente do resto da banca portuguesa", começou por explicar ao auditório para demonstrar a política da instituição financeira no apoio às pequenas e médias empresas, que segue a tradição do antecessor Banco Espírito Santo como "o banco das empresas".
O Novo Banco trabalha com 40% das companhias portuguesas. "Temos 72% do nosso crédito concedido à área de empresas", exemplificou.
"Se devido à nossa situação inicial, tivemos de corrigir o balanceamento entre os depósitos e os créditos às empresas, sabemos desde o primeiro momento onde tínhamos de fazer essa desalavancagem e crescer", reforçou, tendo em conta as restrições impostas à sua actividade.
Para Stock da Cunha, as empresas só deverão dar o passo da internacionalização quando forem "extremamente competitivas" em território nacional, já que esta etapa representa "um acréscimo de competitividade", sobretudo em pequenas economias abertas.
Aqui, as empresas de sectores considerados "tradicionais" poderão representar um impacto considerável. "Não podemos pensar que o nosso futuro é exportar [apenas] nos sectores com maior densidade tecnológica", reforçou.
Os Prémios Exportação e Internacionalização são uma iniciativa conjunto do Novo Banco e do Jornal de Negócios que visa distinguir boas práticas das empresas portuguesas no domínio da exportação e da internacionalização.
AH,AH,AH,AH,AH,AH,AH...
STOCK DA CUNHA: “PERCEBI QUE O NOVO BANCO ERA UM ANIMAL DIFERENTE DO RESTO DA BANCA PORTUGUESA”
05 Fevereiro 2015, 19:27 por Wilson Ledo | wilsonledo@negocios.pt
O presidente do Novo Banco quer seguir a tradição do antecessor BES na relação de financiamento às empresas nacionais.
O compromisso foi deixado por Eduardo Stock da Cunha na abertura dos Prémios Exportação e Internacionalização 2015. "O Novo Banco vai tentar continuar a ser o banco de referência das empresas", apoiando o seu esforço de apostar além-fronteiras, afirmou esta quinta-feira, 5 de Fevereiro.
"Quando cheguei ao Novo Banco há cinco meses, percebi que era um animal diferente do resto da banca portuguesa", começou por explicar ao auditório para demonstrar a política da instituição financeira no apoio às pequenas e médias empresas, que segue a tradição do antecessor Banco Espírito Santo como "o banco das empresas".
O Novo Banco trabalha com 40% das companhias portuguesas. "Temos 72% do nosso crédito concedido à área de empresas", exemplificou.
"Se devido à nossa situação inicial, tivemos de corrigir o balanceamento entre os depósitos e os créditos às empresas, sabemos desde o primeiro momento onde tínhamos de fazer essa desalavancagem e crescer", reforçou, tendo em conta as restrições impostas à sua actividade.
Para Stock da Cunha, as empresas só deverão dar o passo da internacionalização quando forem "extremamente competitivas" em território nacional, já que esta etapa representa "um acréscimo de competitividade", sobretudo em pequenas economias abertas.
Aqui, as empresas de sectores considerados "tradicionais" poderão representar um impacto considerável. "Não podemos pensar que o nosso futuro é exportar [apenas] nos sectores com maior densidade tecnológica", reforçou.
Os Prémios Exportação e Internacionalização são uma iniciativa conjunto do Novo Banco e do Jornal de Negócios que visa distinguir boas práticas das empresas portuguesas no domínio da exportação e da internacionalização.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
PRESIDENTE DO BES ADMITE QUE SERÁ DIFÍCIL RECUPERAR A MAIOR PARTE DOS CRÉDITOS
O presidente do BES, Luis Máximo dos Santos, afirmou à comissão parlamentar de inquérito que, enquanto gestor de recuperação de créditos do BES, já reclamou 530 milhões de euros. Mas a grande maioria será de dificil recuperação.
Isabel Vicente |
17:42 Quinta feira, 5 de fevereiro de 2015
Presidente do BES admite que será difícil recuperar a maior parte dos créditos
FOTO TIAGO PETINGA / LUSA
O gestor nomeado pelo Banco de Portugal para ficar à frente do BES depois da intervenção no banco em agosto foi claro ao explicar que o patamar de recuperação dos créditos será baixo para o valor existente.
No entanto, referiu que, entre os créditos em dívida, "as situações são muito diferentes". E exemplificou: "São recuperáveis os créditos em empresas como a Espírito Santo Saúde, hoje Luz Saúde, ou na ES Viagens, mas será de mais difícil recuperação as dívidas que estão em empresas em processo de insolvência". Como por exemplo no universo Rioforte, Espírito Santo Financial Group, entre outras. Nestes casos, a recuperação poderá rondar os 15%.
Máximo dos Santos escusou-se a referir quais os montantes em causa, porque terá primeiro de os apresentar à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Muito em breve faremos a divulgação das contas do BES [do lado do ativo e do passivo]."
PRESIDENTE DO BES ADMITE QUE SERÁ DIFÍCIL RECUPERAR A MAIOR PARTE DOS CRÉDITOS
O presidente do BES, Luis Máximo dos Santos, afirmou à comissão parlamentar de inquérito que, enquanto gestor de recuperação de créditos do BES, já reclamou 530 milhões de euros. Mas a grande maioria será de dificil recuperação.
Isabel Vicente |
17:42 Quinta feira, 5 de fevereiro de 2015
Presidente do BES admite que será difícil recuperar a maior parte dos créditos
FOTO TIAGO PETINGA / LUSA
O gestor nomeado pelo Banco de Portugal para ficar à frente do BES depois da intervenção no banco em agosto foi claro ao explicar que o patamar de recuperação dos créditos será baixo para o valor existente.
No entanto, referiu que, entre os créditos em dívida, "as situações são muito diferentes". E exemplificou: "São recuperáveis os créditos em empresas como a Espírito Santo Saúde, hoje Luz Saúde, ou na ES Viagens, mas será de mais difícil recuperação as dívidas que estão em empresas em processo de insolvência". Como por exemplo no universo Rioforte, Espírito Santo Financial Group, entre outras. Nestes casos, a recuperação poderá rondar os 15%.
Máximo dos Santos escusou-se a referir quais os montantes em causa, porque terá primeiro de os apresentar à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Muito em breve faremos a divulgação das contas do BES [do lado do ativo e do passivo]."
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Re: BES - A LUTA
Boas,
BES CONTINUA A SER FORMALMENTE UM BANCO PORQUE TEM LICENÇA BANCÁRIA - PRESIDENTE
LUSA5 de Fevereiro de 2015, às 17:16
O presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo (BES), Luís Máximo dos Santos, disse hoje no parlamento que a entidade continua a ser formalmente um banco porque mantém a sua licença bancária.
null
Do ponto de vista "jurídico" e "formal" o BES continua a ser um banco mas não pode, por exemplo, receber depósitos ou conceder crédito, estando numa posição "muitíssimo peculiar", reconheceu Máximo dos Santos.
O responsável falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está hoje a ser ouvido desde as 16:00.
Questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre o motivo pelo qual o Banco de Portugal (BdP) não retirou a licença bancária ao BES, Máximo dos Santos começou por dizer que o banco central é que deveria responder a essa questão, mas sinalizou todavia que, se a retirada da licença se desse, dar-se-ia a insolvência do banco.
A retirada da licença bancária sucederá quando o Novo Banco for vendido ou, no máximo, em dezembro de 2016, acrescentou Luís Máximo dos Santos.
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
Máximo dos Santos prefere não utilizar a tradução literal portuguesa de "banco mau", e inclusive o presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão (PSD), apresentou o responsável como presidente do "banco residual".
A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.
Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
PPF/DN // CSJ
Lusa/Fim
BES CONTINUA A SER FORMALMENTE UM BANCO PORQUE TEM LICENÇA BANCÁRIA - PRESIDENTE
LUSA5 de Fevereiro de 2015, às 17:16
O presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo (BES), Luís Máximo dos Santos, disse hoje no parlamento que a entidade continua a ser formalmente um banco porque mantém a sua licença bancária.
null
Do ponto de vista "jurídico" e "formal" o BES continua a ser um banco mas não pode, por exemplo, receber depósitos ou conceder crédito, estando numa posição "muitíssimo peculiar", reconheceu Máximo dos Santos.
O responsável falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está hoje a ser ouvido desde as 16:00.
Questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre o motivo pelo qual o Banco de Portugal (BdP) não retirou a licença bancária ao BES, Máximo dos Santos começou por dizer que o banco central é que deveria responder a essa questão, mas sinalizou todavia que, se a retirada da licença se desse, dar-se-ia a insolvência do banco.
A retirada da licença bancária sucederá quando o Novo Banco for vendido ou, no máximo, em dezembro de 2016, acrescentou Luís Máximo dos Santos.
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
Máximo dos Santos prefere não utilizar a tradução literal portuguesa de "banco mau", e inclusive o presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão (PSD), apresentou o responsável como presidente do "banco residual".
A comissão de inquérito arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.
Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
PPF/DN // CSJ
Lusa/Fim
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Re: BES - A LUTA
Boas,
MÁXIMO DOS SANTOS JÁ ENCONTROU NO BES MATÉRIA SUSCEPTÍVEL DE CRIME
05 Fevereiro 2015, 17:45 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O presidente do banco "mau" do BES já detectou actos lesivos da instituição. E comunicou-os. Aliás, sobre esses actos, disse que quem saiu mais lesado, "sem querer diminuir o drama das pessoas", foi a histórica instituição financeira.
Luís Máximo dos Santos comunicou aos deputados, na audição da comissão parlamentar de inquérito, já encontrou questões que podem constituir crimes no banco "mau", que ficou com os activos e passivos tóxicos do Banco Espírito Santo.
"Todos os elementos que, evidentemente, constituam indícios de matéria susceptível de constituir ilícito de natureza criminal por lesarem o BES, considero ser meu dever fiduciário [comunicá-los]", disse Luís Máximo dos Santos à deputada Mariana Mortágua.
Questionado sobre se já o tinha feito, o presidente do conselho de administração confirmou: "Já fiz, efectivamente. Mas não vou estar a particularizar".
Para o futuro, vai continuar a fazê-lo: "Sempre que tenhamos indícios deles, comunicaremos". Contudo, Máximo dos Santos lembrou que a administração "não é uma entidade investigatória" e que há peças como a auditoria forense e investigações judiciais que terão os resultados sobre actos lesivos no BES. "Certamente, hão-de chegar a resultados que, depois, nos permitirão exercer reacções no plano judicial: cível ou outro".
O Banco Espírito Santo foi, segundo Máximo dos Santos, a grande vítima do que se passou no último ano. "Sem querer, minimamente, diminuir o drama tremendo das pessoas que tiveram as suas perdas nesta situação, até quase que me atrevo a dizer que o maior lesado disto tudo foi o BES. Uma instituição com enorme passado, com enorme prestígio e que, por via disto tudo, vai desaparecer".
MÁXIMO DOS SANTOS JÁ ENCONTROU NO BES MATÉRIA SUSCEPTÍVEL DE CRIME
05 Fevereiro 2015, 17:45 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O presidente do banco "mau" do BES já detectou actos lesivos da instituição. E comunicou-os. Aliás, sobre esses actos, disse que quem saiu mais lesado, "sem querer diminuir o drama das pessoas", foi a histórica instituição financeira.
Luís Máximo dos Santos comunicou aos deputados, na audição da comissão parlamentar de inquérito, já encontrou questões que podem constituir crimes no banco "mau", que ficou com os activos e passivos tóxicos do Banco Espírito Santo.
"Todos os elementos que, evidentemente, constituam indícios de matéria susceptível de constituir ilícito de natureza criminal por lesarem o BES, considero ser meu dever fiduciário [comunicá-los]", disse Luís Máximo dos Santos à deputada Mariana Mortágua.
Questionado sobre se já o tinha feito, o presidente do conselho de administração confirmou: "Já fiz, efectivamente. Mas não vou estar a particularizar".
Para o futuro, vai continuar a fazê-lo: "Sempre que tenhamos indícios deles, comunicaremos". Contudo, Máximo dos Santos lembrou que a administração "não é uma entidade investigatória" e que há peças como a auditoria forense e investigações judiciais que terão os resultados sobre actos lesivos no BES. "Certamente, hão-de chegar a resultados que, depois, nos permitirão exercer reacções no plano judicial: cível ou outro".
O Banco Espírito Santo foi, segundo Máximo dos Santos, a grande vítima do que se passou no último ano. "Sem querer, minimamente, diminuir o drama tremendo das pessoas que tiveram as suas perdas nesta situação, até quase que me atrevo a dizer que o maior lesado disto tudo foi o BES. Uma instituição com enorme passado, com enorme prestígio e que, por via disto tudo, vai desaparecer".
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Re: BES - A LUTA
Boas,
PRESIDENTE DO BANCO MAU DO BES PEDE QUE NÃO CHAMEM BANCO MAU
05 Fevereiro 2015, 17:27 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O BES mantém licença bancária para que seja possível haver transferência de activos e passivos entre Novo Banco e BES, segundo Máximo dos Santos.
Já o tinha dito em entrevista à revista Sábado e voltou a fazê-lo perante os deputados: Luís Máximo dos Santos pede para que não se diga que o Banco Espírito Santo é, neste momento, um banco "mau".
"A expressão banco mau não me causa nenhum orgulho extraordinário, apenas por uma questão de consideração por pessoas que aceitaram trabalhar comigo nestas circunstâncias, achava que era a expressão que se poderia não fazer a tradução literal do jargão bad bank", disse o presidente do conselho de administração daquela entidade.
A 3 de Agosto, na sequência da retirada do estatuto de contraparte do BCE ao BES, o Banco de Portugal decidiu aplicar uma medida de resolução àquele banco privado. Essa medida ditou a divisão em banco de transição, o Novo Banco, com activos e passivos saudáveis, e BES, com activos e passivos problemáticos e tóxicos, um "bad bank", ou banco mau".
Contudo, Máximo dos Santos não concorda com aquele nome. Até porque a instituição "continua a ser um banco" – continua a ter uma licença bancária atribuída pelo Banco de Portugal. Apesar disso, não pode conceder créditos nem receber depósitos. A licença bancária só foi mantida e não revogada, explicou, para que o banco não entrasse em insolvência e aí impossibilitar a transferência de activos e passivos entre Novo Banco e BES.
PRESIDENTE DO BANCO MAU DO BES PEDE QUE NÃO CHAMEM BANCO MAU
05 Fevereiro 2015, 17:27 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
O BES mantém licença bancária para que seja possível haver transferência de activos e passivos entre Novo Banco e BES, segundo Máximo dos Santos.
Já o tinha dito em entrevista à revista Sábado e voltou a fazê-lo perante os deputados: Luís Máximo dos Santos pede para que não se diga que o Banco Espírito Santo é, neste momento, um banco "mau".
"A expressão banco mau não me causa nenhum orgulho extraordinário, apenas por uma questão de consideração por pessoas que aceitaram trabalhar comigo nestas circunstâncias, achava que era a expressão que se poderia não fazer a tradução literal do jargão bad bank", disse o presidente do conselho de administração daquela entidade.
A 3 de Agosto, na sequência da retirada do estatuto de contraparte do BCE ao BES, o Banco de Portugal decidiu aplicar uma medida de resolução àquele banco privado. Essa medida ditou a divisão em banco de transição, o Novo Banco, com activos e passivos saudáveis, e BES, com activos e passivos problemáticos e tóxicos, um "bad bank", ou banco mau".
Contudo, Máximo dos Santos não concorda com aquele nome. Até porque a instituição "continua a ser um banco" – continua a ter uma licença bancária atribuída pelo Banco de Portugal. Apesar disso, não pode conceder créditos nem receber depósitos. A licença bancária só foi mantida e não revogada, explicou, para que o banco não entrasse em insolvência e aí impossibilitar a transferência de activos e passivos entre Novo Banco e BES.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
CLIENTES LESADOS DO BES ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES
05 Fevereiro 2015, 14:15 por Lusa
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
"Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal", afirmou Mário Gomes, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, "embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco".
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para "um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais", segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo "Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha".
A 3 de Agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
CLIENTES LESADOS DO BES ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES
05 Fevereiro 2015, 14:15 por Lusa
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
"Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal", afirmou Mário Gomes, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, "embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco".
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para "um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais", segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo "Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha".
A 3 de Agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
ECONOMIA
«CARLOS COSTA, AMIGO DE SALGADO, DEVOLVE O QUE É NOSSO»
BES: ASSOCIAÇÃO CLIENTES INDIGNADOS E LESADOS DO PAPEL COMERCIAL ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES. ASSOCIAÇÃO MANIFESTA-SE EM LISBOA
Por: Redação / LF | há 3 horas
Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa)
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
«Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal», afirmou Mário Gomes, citado pela Lusa, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, «embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco».
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para «um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais», segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo «Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha».
A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
ECONOMIA
«CARLOS COSTA, AMIGO DE SALGADO, DEVOLVE O QUE É NOSSO»
BES: ASSOCIAÇÃO CLIENTES INDIGNADOS E LESADOS DO PAPEL COMERCIAL ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES. ASSOCIAÇÃO MANIFESTA-SE EM LISBOA
Por: Redação / LF | há 3 horas
Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa) Manifestação dos lesados em papel comercial do BES (João Relvas/Lusa)
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
«Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal», afirmou Mário Gomes, citado pela Lusa, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, «embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco».
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para «um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais», segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo «Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha».
A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
EMPRESAS/FINANÇAS16:58
ACTUALIZADA
BANCO “MAU” NÃO PODE INDEMNIZAR CLIENTES LESADOS COM DÍVIDA DO GES
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
16:58
Banco “mau” não pode indemnizar clientes lesados com dívida do GES
Luís Máximo dos Santos diz que responsabilidade por indemnizar clientes lesados é do BES S.A., mas que recursos não chegam. Banco “mau“ tem capitais próprios negativos, afirma.
O BES S.A. não dispõe de recursos suficientes para indemnizar os clientes que subscreveram dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES), disse hoje o presidente do chamado "banco mau", Máximo dos Santos, na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES.
Em causa estão as aplicações de clientes do antigo BES em dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, como a Rioforte e a ESI. Questionado pela deputada Mariana Mortágua (BE), o presidente do BES S.A. afirmou que a provisão de 678 milhões de euros que o BES constituiu no início de 2014, ainda sob a liderança de Ricardo Salgado, para acautelar o reembolso destas aplicações, ficou no "banco mau" após a resolução da instituição.
"A provisão não se evaporou. Está registada nas contas do BES. O que sucede é que, na resolução, está deliberado que não transitam para o Novo Banco quaisquer responsabilidades relativas a instrumentos de dívida emitida por entidades do GES", explicou Máximo dos Santos, que está a ser ouvido na comissão. Adiantou que, apesar disto, o Banco de Portugal deliberou em Agosto que o Novo Banco deve preparar uma "solução comercial" para estes clientes, que têm organizado acções de protesto junto à sede do Novo Banco e do supervisor.
"Esta provisão foi constituída sob outros pressupostos. E tem o valor de 678 milhões de euros. É evidente que por muito extraordinariamente eficiente que seja a administração do banco ["mau"], não se antevê que possa haver recursos suficientes, porque os activos que temos têm um grau de recuperabilidade baixo", argumentou.
Banco "mau" tem capitais próprios negativos
Máximo dos Santos afirmou que o balanço do banco será divulgado "muito em breve".
"Está por muito poucos dias a possibilidade de divulgarmos o balanço do BES S.A, mas tenho deveres para com a CMVM nesta matéria. A cotação está suspensa, mas continuamos a ter deveres de sociedade aberta", afirmou.
Ainda assim, referiu: "O activo bruto é muito significativo, mas o activo líquido é muito inferior. O capital próprio do BES será claramente negativo, por um valor muito significativo."
EMPRESAS/FINANÇAS16:58
ACTUALIZADA
BANCO “MAU” NÃO PODE INDEMNIZAR CLIENTES LESADOS COM DÍVIDA DO GES
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
16:58
Banco “mau” não pode indemnizar clientes lesados com dívida do GES
Luís Máximo dos Santos diz que responsabilidade por indemnizar clientes lesados é do BES S.A., mas que recursos não chegam. Banco “mau“ tem capitais próprios negativos, afirma.
O BES S.A. não dispõe de recursos suficientes para indemnizar os clientes que subscreveram dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES), disse hoje o presidente do chamado "banco mau", Máximo dos Santos, na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES.
Em causa estão as aplicações de clientes do antigo BES em dívida de empresas do Grupo Espírito Santo, como a Rioforte e a ESI. Questionado pela deputada Mariana Mortágua (BE), o presidente do BES S.A. afirmou que a provisão de 678 milhões de euros que o BES constituiu no início de 2014, ainda sob a liderança de Ricardo Salgado, para acautelar o reembolso destas aplicações, ficou no "banco mau" após a resolução da instituição.
"A provisão não se evaporou. Está registada nas contas do BES. O que sucede é que, na resolução, está deliberado que não transitam para o Novo Banco quaisquer responsabilidades relativas a instrumentos de dívida emitida por entidades do GES", explicou Máximo dos Santos, que está a ser ouvido na comissão. Adiantou que, apesar disto, o Banco de Portugal deliberou em Agosto que o Novo Banco deve preparar uma "solução comercial" para estes clientes, que têm organizado acções de protesto junto à sede do Novo Banco e do supervisor.
"Esta provisão foi constituída sob outros pressupostos. E tem o valor de 678 milhões de euros. É evidente que por muito extraordinariamente eficiente que seja a administração do banco ["mau"], não se antevê que possa haver recursos suficientes, porque os activos que temos têm um grau de recuperabilidade baixo", argumentou.
Banco "mau" tem capitais próprios negativos
Máximo dos Santos afirmou que o balanço do banco será divulgado "muito em breve".
"Está por muito poucos dias a possibilidade de divulgarmos o balanço do BES S.A, mas tenho deveres para com a CMVM nesta matéria. A cotação está suspensa, mas continuamos a ter deveres de sociedade aberta", afirmou.
Ainda assim, referiu: "O activo bruto é muito significativo, mas o activo líquido é muito inferior. O capital próprio do BES será claramente negativo, por um valor muito significativo."
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Re: BES - A LUTA
Boas,
EMPRESAS/FINANÇAS17:15
GRUPO ESPÍRITO SANTO DEVE MIL MILHÕES AO BANCO "MAU"
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
17:15
Grupo Espírito Santo deve mil milhões ao banco
Máximo dos Santos, presidente do BES S.A. admite que este valor pode ser superior.
O presidente do BES S.A., o chamado "banco mau", afirmou hoje que a exposição da instituição às empresas do Grupo Espírito Santo (GES) ascende a cerca de mil milhões de euros, mas que este montante pode ser superior, dada a complexidade da estrutura societária do grupo e das suas relações com o BES.
"A exposição do BES ao grupo GES, em termos de valores brutos, está na ordem dos mil milhões de euros. Agora, como efectivamente a estrutura era muito complexa, pode haver variações. Mas esta [exposição] está apurada com grande grau de rigor", disse Luís Máximo dos Santos na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES.
Máximo dos Santos está à frente do BES S.A. desde a resolução do antigo BES, a 3 de Agosto de 2014. Os activos "saudáveis" do BES foram transferidos para o Novo Banco, deixando no BES S.A. apenas os activos problemáticos.
"O BES não pode receber depósitos, não pode conceder crédito, está dispensado de normas prudenciais e está dispensado de obrigações que tenha contraído antes da data da resolução. Embora jurídica e formalmente estejamos perante um banco que tem licença, estamos muito limitados", explicou Máximo dos Santos.
EMPRESAS/FINANÇAS17:15
GRUPO ESPÍRITO SANTO DEVE MIL MILHÕES AO BANCO "MAU"
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
17:15
Grupo Espírito Santo deve mil milhões ao banco
Máximo dos Santos, presidente do BES S.A. admite que este valor pode ser superior.
O presidente do BES S.A., o chamado "banco mau", afirmou hoje que a exposição da instituição às empresas do Grupo Espírito Santo (GES) ascende a cerca de mil milhões de euros, mas que este montante pode ser superior, dada a complexidade da estrutura societária do grupo e das suas relações com o BES.
"A exposição do BES ao grupo GES, em termos de valores brutos, está na ordem dos mil milhões de euros. Agora, como efectivamente a estrutura era muito complexa, pode haver variações. Mas esta [exposição] está apurada com grande grau de rigor", disse Luís Máximo dos Santos na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão do BES.
Máximo dos Santos está à frente do BES S.A. desde a resolução do antigo BES, a 3 de Agosto de 2014. Os activos "saudáveis" do BES foram transferidos para o Novo Banco, deixando no BES S.A. apenas os activos problemáticos.
"O BES não pode receber depósitos, não pode conceder crédito, está dispensado de normas prudenciais e está dispensado de obrigações que tenha contraído antes da data da resolução. Embora jurídica e formalmente estejamos perante um banco que tem licença, estamos muito limitados", explicou Máximo dos Santos.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
LÍDER DO BES QUE TEM ACTIVOS TÓXICOS DIZ QUE HÁ LACUNAS NA LEI DA RESOLUÇÃO
05 Fevereiro 2015, 17:17 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Para Luís Máximo dos Santos, "a aplicação da legislação sobre a resolução bancária permitiu evidenciar algumas lacunas importantes." Enumerou-as aos deputados. E pediu para que haja uma discussão séria sobre o tema.
O presidente do Banco Espírito Santo, actualmente um banco com os activos e passivos considerados problemáticos, considera que há falhas na legislação sobre medidas de resolução, como ocorreu com aquela instituição financeira.
"A aplicação da legislação sobre a resolução bancária permitiu evidenciar algumas lacunas importantes", admitiu Luís Máximo dos Santos na audição desta quinta-feira, 5 de Fevereiro, na comissão parlamentar de inquérito.
A legislação que está em vigor passou por uma antecipação daquela que viria a ser acolhida a nível europeu, tendo sido transposta no âmbito do resgate, sem que tivesse merecido "o debate que merecia". Agora, está a ser preparada a transposição final da legislação comunitária. E Máximo dos Santos pede para haver atenção diferente postura.
"Será uma excelente oportunidade para melhorar o ordenamento jurídico, mesmo não sendo desejável ter de voltar a aplicar medidas de resolução", disse o gestor que também é responsável pela comissão liquidatária do Banco Privado Português.
E que falhas são essas? A legislação que serviu de base à divisão do banco em Novo Banco e BES "não consagra um regime fiscal específico"; "não prevê como proceder relativamente aos processos judiciais em curso, até à data da resolução"; "não regula o acesso por parte do banco originário a informação de que é titular e aos respectivos suportes tecnológicos, mas que ficam na disponibilidade do banco de transição"; "não adapta o regime do segredo bancário às especificidades da resolução".
LÍDER DO BES QUE TEM ACTIVOS TÓXICOS DIZ QUE HÁ LACUNAS NA LEI DA RESOLUÇÃO
05 Fevereiro 2015, 17:17 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Para Luís Máximo dos Santos, "a aplicação da legislação sobre a resolução bancária permitiu evidenciar algumas lacunas importantes." Enumerou-as aos deputados. E pediu para que haja uma discussão séria sobre o tema.
O presidente do Banco Espírito Santo, actualmente um banco com os activos e passivos considerados problemáticos, considera que há falhas na legislação sobre medidas de resolução, como ocorreu com aquela instituição financeira.
"A aplicação da legislação sobre a resolução bancária permitiu evidenciar algumas lacunas importantes", admitiu Luís Máximo dos Santos na audição desta quinta-feira, 5 de Fevereiro, na comissão parlamentar de inquérito.
A legislação que está em vigor passou por uma antecipação daquela que viria a ser acolhida a nível europeu, tendo sido transposta no âmbito do resgate, sem que tivesse merecido "o debate que merecia". Agora, está a ser preparada a transposição final da legislação comunitária. E Máximo dos Santos pede para haver atenção diferente postura.
"Será uma excelente oportunidade para melhorar o ordenamento jurídico, mesmo não sendo desejável ter de voltar a aplicar medidas de resolução", disse o gestor que também é responsável pela comissão liquidatária do Banco Privado Português.
E que falhas são essas? A legislação que serviu de base à divisão do banco em Novo Banco e BES "não consagra um regime fiscal específico"; "não prevê como proceder relativamente aos processos judiciais em curso, até à data da resolução"; "não regula o acesso por parte do banco originário a informação de que é titular e aos respectivos suportes tecnológicos, mas que ficam na disponibilidade do banco de transição"; "não adapta o regime do segredo bancário às especificidades da resolução".
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Re: BES - A LUTA
Boas,
CAPITAL PRÓPRIO DO "BANCO MAU" DO BES SERÁ "CLARAMENTE NEGATIVO"
05 Fevereiro 2015, 17:00 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
As responsabilidades da instituição financeira que ficou com o património tóxico do BES são muito maiores do que os activos, admitiu o presidente da mesma. As contas deverão ser conhecidas muito brevemente.
O Banco Espírito Santo, entidade que ficou com o nome do banco e os seus activos e passivos considerados problemáticos, tem uma situação patrimonial "claramente" deficitária, segundo o seu presidente.
Na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, Luís Máximo dos Santos afirmou que o banco irá ter uma "situação em que o capital próprio será claramente negativo", naquele que será um "valor muito significativo".
O capital próprio é o indicador que resulta da diferença entre o activo e o passivo de uma entidade, ou seja, de uma forma simples, entre aquilo que tem e aquilo que deve. Máximo dos Santos não quis avançar com valores porque ainda o balanço ainda não foi divulgado ao mercado – "está mesmo por muitos poucos dias a possibilidade de divulgar".
Em qualquer caso, afirmou Máximo dos Santos há um activo bruto, que tem um "valor significativo", mas aquilo que efectivamente se poderá recuperar é de um valor "muitíssimo inferior".
Entre os activos, há créditos sobre entidades do Grupo Espírito Santo. Do lado do passivo, há responsabilidades como a da Oak Finance, entidade através da qual se especula que o Goldman Sachs tenha emprestado dinheiro do BES.
CAPITAL PRÓPRIO DO "BANCO MAU" DO BES SERÁ "CLARAMENTE NEGATIVO"
05 Fevereiro 2015, 17:00 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
As responsabilidades da instituição financeira que ficou com o património tóxico do BES são muito maiores do que os activos, admitiu o presidente da mesma. As contas deverão ser conhecidas muito brevemente.
O Banco Espírito Santo, entidade que ficou com o nome do banco e os seus activos e passivos considerados problemáticos, tem uma situação patrimonial "claramente" deficitária, segundo o seu presidente.
Na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, Luís Máximo dos Santos afirmou que o banco irá ter uma "situação em que o capital próprio será claramente negativo", naquele que será um "valor muito significativo".
O capital próprio é o indicador que resulta da diferença entre o activo e o passivo de uma entidade, ou seja, de uma forma simples, entre aquilo que tem e aquilo que deve. Máximo dos Santos não quis avançar com valores porque ainda o balanço ainda não foi divulgado ao mercado – "está mesmo por muitos poucos dias a possibilidade de divulgar".
Em qualquer caso, afirmou Máximo dos Santos há um activo bruto, que tem um "valor significativo", mas aquilo que efectivamente se poderá recuperar é de um valor "muitíssimo inferior".
Entre os activos, há créditos sobre entidades do Grupo Espírito Santo. Do lado do passivo, há responsabilidades como a da Oak Finance, entidade através da qual se especula que o Goldman Sachs tenha emprestado dinheiro do BES.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
DÍVIDA PÚBLICA
NOVO BANCO JÁ REDUZIU EXPOSIÇÃO À GRÉCIA A 9 MILHÕES
05 Fevereiro 2015, 12:46 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
Em seis meses, o Novo Banco reduziu a sua exposição à dívida grega a cerca de um décimo do valor inicial. A 4 de Agosto, a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha tinha 75 milhões de exposição ao Estado helénico. No final de Janeiro, a carteira estava reduzida a 9 milhões.
O Novo Banco reduziu a sua carteira de dívida pública da Grécia a cerca de um décimo em apenas seis meses de existência. No final de Janeiro, a instituição que ficou com os activos saudáveis do BES já só tinha nove milhões de títulos emitidos pelo Estado grego, adiantou fonte oficial do banco ao Negócios.
Quando foi criada, a 4 de Agosto do ano passado, a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha recebeu 75,6 milhões de euros de dívida pública do BES. Desde essa data, o banco passou a ter uma exposição à Grécia de apenas 9 milhões.
No final de Setembro, o conjunto do sistema bancário português tinha em carteira 263 milhões de euros em dívida soberana da Grécia, segundo os dados do Bank for International Settlements, citados num artigo do "thinkthank" Bruegel, de 29 de Janeiro.
DÍVIDA PÚBLICA
NOVO BANCO JÁ REDUZIU EXPOSIÇÃO À GRÉCIA A 9 MILHÕES
05 Fevereiro 2015, 12:46 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
Em seis meses, o Novo Banco reduziu a sua exposição à dívida grega a cerca de um décimo do valor inicial. A 4 de Agosto, a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha tinha 75 milhões de exposição ao Estado helénico. No final de Janeiro, a carteira estava reduzida a 9 milhões.
O Novo Banco reduziu a sua carteira de dívida pública da Grécia a cerca de um décimo em apenas seis meses de existência. No final de Janeiro, a instituição que ficou com os activos saudáveis do BES já só tinha nove milhões de títulos emitidos pelo Estado grego, adiantou fonte oficial do banco ao Negócios.
Quando foi criada, a 4 de Agosto do ano passado, a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha recebeu 75,6 milhões de euros de dívida pública do BES. Desde essa data, o banco passou a ter uma exposição à Grécia de apenas 9 milhões.
No final de Setembro, o conjunto do sistema bancário português tinha em carteira 263 milhões de euros em dívida soberana da Grécia, segundo os dados do Bank for International Settlements, citados num artigo do "thinkthank" Bruegel, de 29 de Janeiro.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
CLIENTES LESADOS DO BES ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES
05 Fevereiro 2015, 14:15 por Lusa
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
"Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal", afirmou Mário Gomes, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, "embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco".
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para "um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais", segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo "Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha".
A 3 de Agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
CLIENTES LESADOS DO BES ACUSAM BANCO DE PORTUGAL DE FALTA DE SOLUÇÕES
05 Fevereiro 2015, 14:15 por Lusa
A Associação Indignados e Lesados do Papel Comercial, que representa subscritores de dívida do Grupo Espírito Santo nos balcões do antigo BES, manifestou-se esta quinta-feira junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, reivindicando soluções para reaver o dinheiro investido.
Os representantes dos manifestantes entraram no edifício do Banco de Portugal para pedir uma audiência ao governador, Carlos Costa, e mostraram-se dispostos a fazer uma vigília até serem recebidos.
Um dos representantes, Mário Gomes, disse que estavam a apelar ao governador para dar uma solução aos lesados pela subscrição do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
"Há falta de informação, indiferença de tratamento, leviandade e falta de transparência por parte do Banco de Portugal", afirmou Mário Gomes, adiantando que o supervisor não propôs uma solução que garanta que o dinheiro seja devolvido, "embora exista uma provisão para esse efeito e esteja nas contas do Novo Banco".
Os manifestantes querem apelar junto de Carlos Costa para "um flagelo económico-social para muitas famílias e que poderá culminar em tragédias sociais", segundo o vice-presidente da associação, Alberto Neves.
O governador do Banco de Portugal foi o alvo do protesto, durante o qual alguns manifestantes exibiam cartazes dizendo "Carlos Costa, amigo de Salgado, devolve o que é nosso. Ganhem vergonha".
A 3 de Agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
Por Sílvia Caneco
publicado em 4 Fev 2015 - 23:00//
BESGATE
CONHEÇA O SACO AZUL DO GES QUE ESTÁ A DEIXAR MUITOS PODEROSOS EM PÂNICO
A E. S. Enterprise terá servido para fazer pagamentos no GES que não ficavam registados. Já há pelo menos uma confissão: presidente da Escom disse ter recebido bónus por aquela via
Uma empresa misteriosa, com sede num paraíso fiscal, está a ser investigada por suspeitas de ser uma espécie de saco azul do Grupo Espírito Santo (GES). Chama-se Espírito Santo Enterprise, não consta do organograma em forma de cascata das empresas do GES, mas nos corredores diz--se que a descoberta da sua existência foi suficiente para pôr muitos poderosos – de administradores de empresas do GES a responsáveis políticos – a tremer.
A sociedade está a ser investigada pelo Ministério Público num dos processos do universo BES/GES, por suspeitas de ser o veículo usado pelos Espírito Santo para pagar bónus ou comissões a colaboradores do grupo, ou a nomes da esfera política, sem deixar vestígio.
Por Sílvia Caneco
publicado em 4 Fev 2015 - 23:00//
BESGATE
CONHEÇA O SACO AZUL DO GES QUE ESTÁ A DEIXAR MUITOS PODEROSOS EM PÂNICO
A E. S. Enterprise terá servido para fazer pagamentos no GES que não ficavam registados. Já há pelo menos uma confissão: presidente da Escom disse ter recebido bónus por aquela via
Uma empresa misteriosa, com sede num paraíso fiscal, está a ser investigada por suspeitas de ser uma espécie de saco azul do Grupo Espírito Santo (GES). Chama-se Espírito Santo Enterprise, não consta do organograma em forma de cascata das empresas do GES, mas nos corredores diz--se que a descoberta da sua existência foi suficiente para pôr muitos poderosos – de administradores de empresas do GES a responsáveis políticos – a tremer.
A sociedade está a ser investigada pelo Ministério Público num dos processos do universo BES/GES, por suspeitas de ser o veículo usado pelos Espírito Santo para pagar bónus ou comissões a colaboradores do grupo, ou a nomes da esfera política, sem deixar vestígio.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
EX-ADMINISTRADOR DO BES: "FOI-NOS TRANSMITIDO QUE O BANCO ERA VIÁVEL"
Foto: Lusa
João Moreira Rato está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES). 04-02-2015 17:59
BES. Maioria chumba envio de perguntas a Cavaco Silva
Ex-administrador do BES nega “proximidade” a Ricardo Salgado
O que falhou no BES? "Não foram os auditores"
BES. Acção popular aponta "falhas graves de supervisão"
BES. PwC detectou problemas nas contas e funcionamento do grupo
O ex-administrador do BES e do Novo Banco João Moreira Rato disse que lhe foi dito que o banco era viável e os responsáveis transitaram para o Novo Banco temendo o "efeito de dominó" sobre o sistema financeiro.
"Foi-nos transmitido que o banco era viável e que as possíveis necessidades de provisionamento das suas contas, que adviriam de uma exposição do BES ao GES, seriam acomodadas pela almofada de capital existente", revelou Moreira Rato na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), sem especificar quem lhe declarou que o banco era viável.
O responsável está a ser ouvido desde cerca das 16h20 e fez uma curta apresentação inicial perante os deputados. Moreira Rato sublinhou que "além da exposição ao GES, a exposição ao BES Angola era outra questão importante" com que o BES então se deparava.
"Foi-nos transmitido que essa questão estava a ser tratada pelas autoridades dos dois países com boas perspectivas de ser clarificada no curto prazo e sem impacto material nas contas do BES", acrescentou.
O antigo presidente do IGCP, que gere a dívida pública, acrescentou que a "gestão da liquidez" transformou-se na "primeira prioridade" da sua equipa, nomeadamente devido à "saída diária de depósitos".
"O destino previsto para o Novo Banco afastou-se do projecto que nos havia levado a aceitar entrar para a administração do BES e de, após a medida de resolução, continuar à frente do Novo Banco, pelo que entendemos que o testemunho deveria ser passado a uma equipa que estivesse vocacionada para a concretização de um mandato que havia sido entretanto clarificado", declarou João Moreira Rato.
A comissão de inquérito arrancou a 17 de Novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado. Os trabalhos têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
EX-ADMINISTRADOR DO BES: "FOI-NOS TRANSMITIDO QUE O BANCO ERA VIÁVEL"
Foto: Lusa
João Moreira Rato está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES). 04-02-2015 17:59
BES. Maioria chumba envio de perguntas a Cavaco Silva
Ex-administrador do BES nega “proximidade” a Ricardo Salgado
O que falhou no BES? "Não foram os auditores"
BES. Acção popular aponta "falhas graves de supervisão"
BES. PwC detectou problemas nas contas e funcionamento do grupo
O ex-administrador do BES e do Novo Banco João Moreira Rato disse que lhe foi dito que o banco era viável e os responsáveis transitaram para o Novo Banco temendo o "efeito de dominó" sobre o sistema financeiro.
"Foi-nos transmitido que o banco era viável e que as possíveis necessidades de provisionamento das suas contas, que adviriam de uma exposição do BES ao GES, seriam acomodadas pela almofada de capital existente", revelou Moreira Rato na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), sem especificar quem lhe declarou que o banco era viável.
O responsável está a ser ouvido desde cerca das 16h20 e fez uma curta apresentação inicial perante os deputados. Moreira Rato sublinhou que "além da exposição ao GES, a exposição ao BES Angola era outra questão importante" com que o BES então se deparava.
"Foi-nos transmitido que essa questão estava a ser tratada pelas autoridades dos dois países com boas perspectivas de ser clarificada no curto prazo e sem impacto material nas contas do BES", acrescentou.
O antigo presidente do IGCP, que gere a dívida pública, acrescentou que a "gestão da liquidez" transformou-se na "primeira prioridade" da sua equipa, nomeadamente devido à "saída diária de depósitos".
"O destino previsto para o Novo Banco afastou-se do projecto que nos havia levado a aceitar entrar para a administração do BES e de, após a medida de resolução, continuar à frente do Novo Banco, pelo que entendemos que o testemunho deveria ser passado a uma equipa que estivesse vocacionada para a concretização de um mandato que havia sido entretanto clarificado", declarou João Moreira Rato.
A comissão de inquérito arrancou a 17 de Novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado. Os trabalhos têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
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Re: BES - A LUTA
Boas,
MOREIRA RATO ESCUSA-SE A CLARIFICAR SE CONHECIA RELAÇÕES ENTRE GES E EUROFIN
LUSA4 de Fevereiro de 2015, às 18:34
O ex-administrador do BES/Novo Banco, João Moreira Rato, que trabalhou na gestora Nau Capital, em Londres, escusou-se hoje a responder no Parlamento a diversas questões acerca do seu conhecimento da relação entre o GES e a Eurofin.
"Sabia que a Eurofin era uma sociedade suíça gestora de fundos", foi a resposta repetida várias vezes por Moreira Rato na comissão de inquérito parlamentar ao caso BES perante as perguntas que lhe iam sendo colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre as informações que tinha sobre as relações entre o Grupo Espírito Santo (GES) e a suíça Eurofin.
Sobre a Eurofin, Moreira Rato disse apenas que sabia que era uma sociedade gestora de fundos suíça e que a Espírito Santo Ativos Financeiros (ESAF), como membro do Grupo BES, tinha recomendado dois responsáveis para administradores não executivos da Nau Capital.
Moreira Rato trabalhou entre 2008 e 2010 na gestora Nau Capital, do universo Espírito Santo, cujo único fundo passou em 2011 a ser propriedade da Eurofin.
"Fui convidado pela ESAF. Na altura o Dr. Pedro Costa fazia parte da equipa que estava a montar a equipa da gestora de Londres. O fundo foi criado no mês anterior a eu ir para Londres e a gestora tinha que ser criada antes do fundo", revelou.
Moreira Rato confirmou que havia dois administradores não executivos indicados pelo Banco Espírito Santo (BES) que estavam no fundo, e que eram igualmente responsáveis da Eurofin.
O ex-administrador do BES/Novo Banco admitiu que saiu da Nau Capital porque o fundo não estava a desenvolver-se conforme era expectável, já que não se conseguia atrair o interesse dos investidores institucionais para o veículo.
"Eu estava como responsável do risco e do marketing de uma gestora em Londres no lançamento de um fundo para o qual me interessava atrair investidores institucionais", sublinhou, acrescentando que não tinha tido sucesso nessa tarefa.
"Se o fundo não era vendido a institucionais, como é que foi vendido à Eurofin", questionou a deputada bloquista, sem conseguir arrancar a resposta a Moreira Rato, que também não quis avançar com um número relativo ao valor da sociedade gestora em 2010, por altura em que deixou de desempenhar lá funções.
"Não vou especular sobre o valor da sociedade gestora em 2010. O fundo, quando eu saí, estava com um nível muito parecido aquele que tinha quando eu entrei. Talvez um pouco mais baixo. Como disse, o desempenho não foi positivo", frisou.
MOREIRA RATO ESCUSA-SE A CLARIFICAR SE CONHECIA RELAÇÕES ENTRE GES E EUROFIN
LUSA4 de Fevereiro de 2015, às 18:34
O ex-administrador do BES/Novo Banco, João Moreira Rato, que trabalhou na gestora Nau Capital, em Londres, escusou-se hoje a responder no Parlamento a diversas questões acerca do seu conhecimento da relação entre o GES e a Eurofin.
"Sabia que a Eurofin era uma sociedade suíça gestora de fundos", foi a resposta repetida várias vezes por Moreira Rato na comissão de inquérito parlamentar ao caso BES perante as perguntas que lhe iam sendo colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre as informações que tinha sobre as relações entre o Grupo Espírito Santo (GES) e a suíça Eurofin.
Sobre a Eurofin, Moreira Rato disse apenas que sabia que era uma sociedade gestora de fundos suíça e que a Espírito Santo Ativos Financeiros (ESAF), como membro do Grupo BES, tinha recomendado dois responsáveis para administradores não executivos da Nau Capital.
Moreira Rato trabalhou entre 2008 e 2010 na gestora Nau Capital, do universo Espírito Santo, cujo único fundo passou em 2011 a ser propriedade da Eurofin.
"Fui convidado pela ESAF. Na altura o Dr. Pedro Costa fazia parte da equipa que estava a montar a equipa da gestora de Londres. O fundo foi criado no mês anterior a eu ir para Londres e a gestora tinha que ser criada antes do fundo", revelou.
Moreira Rato confirmou que havia dois administradores não executivos indicados pelo Banco Espírito Santo (BES) que estavam no fundo, e que eram igualmente responsáveis da Eurofin.
O ex-administrador do BES/Novo Banco admitiu que saiu da Nau Capital porque o fundo não estava a desenvolver-se conforme era expectável, já que não se conseguia atrair o interesse dos investidores institucionais para o veículo.
"Eu estava como responsável do risco e do marketing de uma gestora em Londres no lançamento de um fundo para o qual me interessava atrair investidores institucionais", sublinhou, acrescentando que não tinha tido sucesso nessa tarefa.
"Se o fundo não era vendido a institucionais, como é que foi vendido à Eurofin", questionou a deputada bloquista, sem conseguir arrancar a resposta a Moreira Rato, que também não quis avançar com um número relativo ao valor da sociedade gestora em 2010, por altura em que deixou de desempenhar lá funções.
"Não vou especular sobre o valor da sociedade gestora em 2010. O fundo, quando eu saí, estava com um nível muito parecido aquele que tinha quando eu entrei. Talvez um pouco mais baixo. Como disse, o desempenho não foi positivo", frisou.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
MOREIRA RATO: “NÃO HAVIA RAZÃO PARA SUSPENDER ACÇÕES DO BES”
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
17:12
Moreira Rato: “Não havia razão para suspender acções do BES”
Antigo CFO afirma que a administração, liderada por Vítor Bento, considerou não existirem razões para suspender as acções do banco, nos três dias anteriores à resolução, apesar do prejuízo recorde de 3,6 mil milhões de euros.
O antigo administrador-financeiro do BES, João Moreira Rato, afirmou hoje que a administração do banco não pediu à CMVM a suspensão das acções do banco, após o anúncio dos prejuízos catastróficos no primeiro semestre de 2014, de modo a impedir a queda abrupta das acções.
"Não havia razão para tal. Os resultados tinham sido publicados no dia 30 de Julho", disse João Moreira Rato na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES, em resposta a uma questão do deputado comunista Miguel Tiago. "Partilha então da opinião do presidente da CMVM quando diz que se um poço tiver água envenenada, podemos deixá-lo estar desde que tenha um aviso a dizer que a água tem veneno", ironizou Miguel Tiago.
Os prejuízos de 3,6 mil milhões de euros foram anunciados na noite de 30 de Julho. Nos dois dias seguintes, 31 de Julho e 1 de Agosto, as acções do BES caíram mais de 60%, até que foram suspensas na sexta-feira à tarde. A resolução do BES foi anunciada no domingo seguinte, dia 3 de Agosto, com a divisão em banco "bom" (Novo Banco) e "mau", tendo os accionistas perdido os seus investimentos. Quando foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito, o presidente da CMVM afirmou que não suspendeu as acções porque não tinha sido informado pelo BES ou pelo Banco de Portugal que existia o risco de uma intervenção do Estado no banco.
João Moreira Rato afirmou que só teve conhecimento que seria aplicada a medida de resolução na "sexta-feira à noite, dia 1 de Agosto", numa reunião que teve lugar no Banco de Portugal.
"Pessoalmente, não conhecia essa medida [de resolução]", disse João Moreira Rato, que era o administrador-financeiro (CFO) do Banco Espírito Santo (BES), na altura da resolução.
"Como já expliquei ao senhor deputado, fomos no dia 1, à noite, ao Banco de Portugal. Antes disso, não tínhamos consciência que essa possibilidade existia", afirmou.
João Moreira Rato foi convidado para CFO do Banco Espírito Santo no início de Julho de 2014, tendo desempenhado funções até ao dia 13 de Setembro.
Moreira Rato não responde a questões sobre Eurofin
O ex-CFO recusou responder a questões sobre a Eurofin, uma das sociedades usadas para um esquema de financiamento do GES, através da venda de obrigações do BES com promessa de recompra, que causou perdas de 1,5 mil milhões de euros ao banco, agravando os prejuízos no primeiro semestre de 2014. Este esquema foi posto em prática antes do início de funções pela equipa de Vítor Bento.
"Não há nenhuma razão para o senhor não responder a esta questão. Não vinha mal ao mundo se respondesse", disse a deputada Mariana Mortágua, perante a recusa de Moreira Rato.
MOREIRA RATO: “NÃO HAVIA RAZÃO PARA SUSPENDER ACÇÕES DO BES”
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
17:12
Moreira Rato: “Não havia razão para suspender acções do BES”
Antigo CFO afirma que a administração, liderada por Vítor Bento, considerou não existirem razões para suspender as acções do banco, nos três dias anteriores à resolução, apesar do prejuízo recorde de 3,6 mil milhões de euros.
O antigo administrador-financeiro do BES, João Moreira Rato, afirmou hoje que a administração do banco não pediu à CMVM a suspensão das acções do banco, após o anúncio dos prejuízos catastróficos no primeiro semestre de 2014, de modo a impedir a queda abrupta das acções.
"Não havia razão para tal. Os resultados tinham sido publicados no dia 30 de Julho", disse João Moreira Rato na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES, em resposta a uma questão do deputado comunista Miguel Tiago. "Partilha então da opinião do presidente da CMVM quando diz que se um poço tiver água envenenada, podemos deixá-lo estar desde que tenha um aviso a dizer que a água tem veneno", ironizou Miguel Tiago.
Os prejuízos de 3,6 mil milhões de euros foram anunciados na noite de 30 de Julho. Nos dois dias seguintes, 31 de Julho e 1 de Agosto, as acções do BES caíram mais de 60%, até que foram suspensas na sexta-feira à tarde. A resolução do BES foi anunciada no domingo seguinte, dia 3 de Agosto, com a divisão em banco "bom" (Novo Banco) e "mau", tendo os accionistas perdido os seus investimentos. Quando foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito, o presidente da CMVM afirmou que não suspendeu as acções porque não tinha sido informado pelo BES ou pelo Banco de Portugal que existia o risco de uma intervenção do Estado no banco.
João Moreira Rato afirmou que só teve conhecimento que seria aplicada a medida de resolução na "sexta-feira à noite, dia 1 de Agosto", numa reunião que teve lugar no Banco de Portugal.
"Pessoalmente, não conhecia essa medida [de resolução]", disse João Moreira Rato, que era o administrador-financeiro (CFO) do Banco Espírito Santo (BES), na altura da resolução.
"Como já expliquei ao senhor deputado, fomos no dia 1, à noite, ao Banco de Portugal. Antes disso, não tínhamos consciência que essa possibilidade existia", afirmou.
João Moreira Rato foi convidado para CFO do Banco Espírito Santo no início de Julho de 2014, tendo desempenhado funções até ao dia 13 de Setembro.
Moreira Rato não responde a questões sobre Eurofin
O ex-CFO recusou responder a questões sobre a Eurofin, uma das sociedades usadas para um esquema de financiamento do GES, através da venda de obrigações do BES com promessa de recompra, que causou perdas de 1,5 mil milhões de euros ao banco, agravando os prejuízos no primeiro semestre de 2014. Este esquema foi posto em prática antes do início de funções pela equipa de Vítor Bento.
"Não há nenhuma razão para o senhor não responder a esta questão. Não vinha mal ao mundo se respondesse", disse a deputada Mariana Mortágua, perante a recusa de Moreira Rato.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
"O PORTUGUÊS MAIS EXPERIENTE" DA BANCA LEVA "PUXÃO DE ORELHAS" NO INQUÉRITO A BES
04 Fevereiro 2015, 19:19 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Depois de várias não-respostas, Fernando Negrão teve de avisar Moreira Rato que tem de responder aos deputados sob pena de vir a ser alvo de um crime de desobediência.
Esteve no Morgan Stanley, na presidência do IGCP e na administração do BES. Contudo, a experiência na banca não evitou que João Moreira Rato fosse chamado a atenção na comissão parlamentar de inquérito pela ausência de respostas que estava a dar aos deputados.
Na audição desta quarta-feira, 4 de Fevereiro, Moreira Rato remeteu para actas, recusou-se a comentar factos anteriores à sua entrada em funções, respondeu com "sim" e "não" ou repetindo as respostas anteriores. Os deputados já estavam irritados.
"Posso gastar o meu tempo a repetir as perguntas vezes sem fim", disse Mariana Mortágua. "Identifique uma entidade que seja", pediu Jorge Paulo Oliveira, quando Moreira Rato se respondeu a dizer quem havia interessados em investir no BES, em Julho.
Fernando Negrão, presidente da comissão, quis pôr ordem nos trabalhos. "É obrigação de todas as pessoas dizer a verdade, sendo que se não o fizerem estão a praticar um crime de desobediência", disse o social-democrata a Moreira Rato, dizendo que a "omissão a uma resposta pode configurar, também, a prática de um crime de desobediência".
Fernando Negrão disse, em dois momentos distintos, que Moreira Rato tinha de dar respostas mais claras. "Relativamente a factos, chamo a necessidade de ser mais assertivo".
Ana Paula Vitorino, por várias vezes enquanto fazia perguntas, criticou a postura de Moreira Rato. A socialista até se mostrou entusiasmado quando o ex-administrador do BES "quer responder a alguma coisa". Contudo, concluiu com um lamento, dizendo que seria de esperar mais colaboração do "português com maior experiência em quadros financeiros".
Uma comissão parlamentar de inquérito tem poderes parajudiciais, podendo os seus deputados fazer questões para chegarem a conclusões sobre o tema em causa, neste caso específico, sobre a gestão do BES e do GES e o período da resolução do BES. Moreira Rato foi administrador com o pelouro financeiro do BES entre 14 de Julho e 3 de Agosto e administrador com o pelouro financeiro do Novo Banco entre 4 de Agosto e 13 de Setembro.
"O PORTUGUÊS MAIS EXPERIENTE" DA BANCA LEVA "PUXÃO DE ORELHAS" NO INQUÉRITO A BES
04 Fevereiro 2015, 19:19 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt
Depois de várias não-respostas, Fernando Negrão teve de avisar Moreira Rato que tem de responder aos deputados sob pena de vir a ser alvo de um crime de desobediência.
Esteve no Morgan Stanley, na presidência do IGCP e na administração do BES. Contudo, a experiência na banca não evitou que João Moreira Rato fosse chamado a atenção na comissão parlamentar de inquérito pela ausência de respostas que estava a dar aos deputados.
Na audição desta quarta-feira, 4 de Fevereiro, Moreira Rato remeteu para actas, recusou-se a comentar factos anteriores à sua entrada em funções, respondeu com "sim" e "não" ou repetindo as respostas anteriores. Os deputados já estavam irritados.
"Posso gastar o meu tempo a repetir as perguntas vezes sem fim", disse Mariana Mortágua. "Identifique uma entidade que seja", pediu Jorge Paulo Oliveira, quando Moreira Rato se respondeu a dizer quem havia interessados em investir no BES, em Julho.
Fernando Negrão, presidente da comissão, quis pôr ordem nos trabalhos. "É obrigação de todas as pessoas dizer a verdade, sendo que se não o fizerem estão a praticar um crime de desobediência", disse o social-democrata a Moreira Rato, dizendo que a "omissão a uma resposta pode configurar, também, a prática de um crime de desobediência".
Fernando Negrão disse, em dois momentos distintos, que Moreira Rato tinha de dar respostas mais claras. "Relativamente a factos, chamo a necessidade de ser mais assertivo".
Ana Paula Vitorino, por várias vezes enquanto fazia perguntas, criticou a postura de Moreira Rato. A socialista até se mostrou entusiasmado quando o ex-administrador do BES "quer responder a alguma coisa". Contudo, concluiu com um lamento, dizendo que seria de esperar mais colaboração do "português com maior experiência em quadros financeiros".
Uma comissão parlamentar de inquérito tem poderes parajudiciais, podendo os seus deputados fazer questões para chegarem a conclusões sobre o tema em causa, neste caso específico, sobre a gestão do BES e do GES e o período da resolução do BES. Moreira Rato foi administrador com o pelouro financeiro do BES entre 14 de Julho e 3 de Agosto e administrador com o pelouro financeiro do Novo Banco entre 4 de Agosto e 13 de Setembro.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
EMPRESAS/FINANÇAS00:05
ARGUMENTOS DA GESTORA JUDICIAL DA ESFG NO LUXEMBURGO
FILIPE ALVES E LÍGIA SIMÕES
00:05
Administradora judicial invoca defesa dos credores da ESFG.
A acção administrativa especial de impugnação de acto administrativo colocada pela ESFG pede a anulação de três deliberações do Banco de Portugal: a provisão de dois mil milhões imposta ao BES, a medida de resolução e a divisão de activos que se seguiu.
1 - "OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS"
A administração da massa falida da ESFG refere que "está ciente e ponderou as implicações que decorrerão, em todos os domínios, do deferimento do que na presente acção é pedido ao Tribunal, mas está sobretudo ciente de que é seu dever e seu direito exigir aos Tribunais que não permitam que os fins justifiquem os meios". Acrescenta que "num Estado de Direito, é o escrutínio judicial o garante da legalidade dos actos administrativos e da constitucionalidade das leis".
2 - LEI DA RESOLUÇÃO É "INCONSTITUCIONAL"
A ESFG considera que a legislação da resolução é "experimentalista" e foi "elaborada numa altura em que não se pensava que pudesse vir a ser utilizada e corrigida, às pressas, quando se quis utilizar". E é, "ela própria, inconstitucional por prever uma verdadeira e própria expropriação sem prever uma justa indemnização".
3 - PROVISÃO DE DOIS MIL MILHÕES FOI EXAGERADA E PROVOCOU COLAPSO DO BES
A ESFG considera que a provisão de dois mil milhões imposta ao BES a 23 de Julho, para cobrir o risco da exposição às empresas do Grupo Espírito Santo, foi exagerada, dado que essa exposição era de 1,5 mil milhões. E salienta que aos restantes bancos apenas foi exigido que provissionassem 50% da exposição ao GES. Desta forma, defende a ESFG, o Banco de Portugal terá contribuído para o colapso do BES. Além disso, acusa, o supervisor "deixou que tais instruções fossem amplamente divulgadas pela comunicação social", provocando a fuga de depósitos na semana anterior à resolução, a 3 de Agosto. Num esclarecimento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito, em resposta a declarações de Ricardo Salgado, o BdP referiu que esta provisão foi aplicada pelo auditor do BES, a KPMG, tendo sido um processo normal.
4 - DECISÕES DO BDP VIOLARAM PRINCÍPIOS BÁSICOS
A ESFG considera que as decisões do supervisor relativas à imposição da provisão de dois mil milhões, da resolução e da conseguinte divisão de activos entre o banco "bom" e "mau". Os advogados da PLMJ referem que em causa está: a falta absoluta de procedimento, a não fundamentação da decisão e a violação do princípio da igualdade, no caso da provisão; e a violação dos princípios da proporcionalidade e do direito à propriedade, nos termos da legislação portuguesa e comunitária.
EMPRESAS/FINANÇAS00:05
ARGUMENTOS DA GESTORA JUDICIAL DA ESFG NO LUXEMBURGO
FILIPE ALVES E LÍGIA SIMÕES
00:05
Administradora judicial invoca defesa dos credores da ESFG.
A acção administrativa especial de impugnação de acto administrativo colocada pela ESFG pede a anulação de três deliberações do Banco de Portugal: a provisão de dois mil milhões imposta ao BES, a medida de resolução e a divisão de activos que se seguiu.
1 - "OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS"
A administração da massa falida da ESFG refere que "está ciente e ponderou as implicações que decorrerão, em todos os domínios, do deferimento do que na presente acção é pedido ao Tribunal, mas está sobretudo ciente de que é seu dever e seu direito exigir aos Tribunais que não permitam que os fins justifiquem os meios". Acrescenta que "num Estado de Direito, é o escrutínio judicial o garante da legalidade dos actos administrativos e da constitucionalidade das leis".
2 - LEI DA RESOLUÇÃO É "INCONSTITUCIONAL"
A ESFG considera que a legislação da resolução é "experimentalista" e foi "elaborada numa altura em que não se pensava que pudesse vir a ser utilizada e corrigida, às pressas, quando se quis utilizar". E é, "ela própria, inconstitucional por prever uma verdadeira e própria expropriação sem prever uma justa indemnização".
3 - PROVISÃO DE DOIS MIL MILHÕES FOI EXAGERADA E PROVOCOU COLAPSO DO BES
A ESFG considera que a provisão de dois mil milhões imposta ao BES a 23 de Julho, para cobrir o risco da exposição às empresas do Grupo Espírito Santo, foi exagerada, dado que essa exposição era de 1,5 mil milhões. E salienta que aos restantes bancos apenas foi exigido que provissionassem 50% da exposição ao GES. Desta forma, defende a ESFG, o Banco de Portugal terá contribuído para o colapso do BES. Além disso, acusa, o supervisor "deixou que tais instruções fossem amplamente divulgadas pela comunicação social", provocando a fuga de depósitos na semana anterior à resolução, a 3 de Agosto. Num esclarecimento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito, em resposta a declarações de Ricardo Salgado, o BdP referiu que esta provisão foi aplicada pelo auditor do BES, a KPMG, tendo sido um processo normal.
4 - DECISÕES DO BDP VIOLARAM PRINCÍPIOS BÁSICOS
A ESFG considera que as decisões do supervisor relativas à imposição da provisão de dois mil milhões, da resolução e da conseguinte divisão de activos entre o banco "bom" e "mau". Os advogados da PLMJ referem que em causa está: a falta absoluta de procedimento, a não fundamentação da decisão e a violação do princípio da igualdade, no caso da provisão; e a violação dos princípios da proporcionalidade e do direito à propriedade, nos termos da legislação portuguesa e comunitária.
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Re: BES - A LUTA
Boas,
SANTANDER TOTTA "AINDA NÃO RECEBEU OS ELEMENTOS" SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA DO NOVO BANCO
04 Fevereiro 2015, 12:53 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
O presidente do Santander Totta reitera o interesse na compra do Novo Banco, revelando que "ainda não recebeu os elementos" sobre a situação financeira do banco.
"Estamos inscritos e somos uma das instituições [candidatas à compra do Novo Banco] e estamos a acompanhar" o Novo Banco, afirmou Vieira Monteiro durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do Santander Totta.
"Temos critérios muito próprios de análise da rentabilidade dessa instituição e esses serão elementos fundamentais relativamente ao Novo Banco", afirmou Vieira Monteiro. O presidente do Santander Totta revelou que "ainda não recebeu os elementos" sobre a situação financeira do banco.
Vieira Monteiro alertou que os processos judiciais contra a resolução do BES e a criação do Novo Banco, como o do ESFG, faz com que os potenciais interessados "olhem para o banco de forma mais atenta". O banqueiro sublinhou que os candidatos "olharão para essa situação com especial atenção".
"É fundamental que as perdas [com a venda do Novo Banco] não recaiam no sistema bancário", defendeu Vieira Monteiro. O banqueiro considera que deve "haver o maior prazo possível para lidar com essa situação". Para o presidente do Santander Totta é desejável que as autoridades clarifiquem essa situação o mais rapidamente possível.
SANTANDER TOTTA "AINDA NÃO RECEBEU OS ELEMENTOS" SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA DO NOVO BANCO
04 Fevereiro 2015, 12:53 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt
O presidente do Santander Totta reitera o interesse na compra do Novo Banco, revelando que "ainda não recebeu os elementos" sobre a situação financeira do banco.
"Estamos inscritos e somos uma das instituições [candidatas à compra do Novo Banco] e estamos a acompanhar" o Novo Banco, afirmou Vieira Monteiro durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do Santander Totta.
"Temos critérios muito próprios de análise da rentabilidade dessa instituição e esses serão elementos fundamentais relativamente ao Novo Banco", afirmou Vieira Monteiro. O presidente do Santander Totta revelou que "ainda não recebeu os elementos" sobre a situação financeira do banco.
Vieira Monteiro alertou que os processos judiciais contra a resolução do BES e a criação do Novo Banco, como o do ESFG, faz com que os potenciais interessados "olhem para o banco de forma mais atenta". O banqueiro sublinhou que os candidatos "olharão para essa situação com especial atenção".
"É fundamental que as perdas [com a venda do Novo Banco] não recaiam no sistema bancário", defendeu Vieira Monteiro. O banqueiro considera que deve "haver o maior prazo possível para lidar com essa situação". Para o presidente do Santander Totta é desejável que as autoridades clarifiquem essa situação o mais rapidamente possível.
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