Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Como reduzir a despesa pública?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Automech » 24/9/2010 1:17

MarcoAntonio Escreveu:Elias, ele não estava a falar de ser obrigatório ou não mas dos custos associados (já agora, eu acrescento às propinas da universidade, o facto de no ensino básico - da mais elementar formação no nosso sistema de ensino - existirem custos, nomeadamente e até com o material mais básico que é obrigatório).

Já para não falar... nos livros, que custam, perdoem-me, uma barbaridade na minha opinião!
:shock:


Mas tu és a a favor da universidade gratuita Marco ?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

Re: Como reduzir a despesa pública?

por LTCM » 23/9/2010 22:21

LTCM Escreveu:
LTCM Escreveu:
LTCM Escreveu:
LTCM Escreveu:
Elias Escreveu:Fala-se muito em reduzir a despesa pública, mas como se pode atingir esse desiderato?

Abro este tópico para recolher ideias e sugestões de como reduzir o défice do lado da despesa.


:idea: Conceder a independência à Madeira (e aos Açores se eles assim o entenderem);


:idea: O Estado deixar todos os espaços (imóveis) onde os serviços instalados estejam a pagar rendas a privados (ou a entidades como o Banco de Portugal, Institutos, Fundações, etc.), pela respectiva ocupação.


:idea: Acabar com o consumo de papel. Todas as comunicações (ofícios) entre organismos públicos, ou onde o Estado tenha presença (Institutos, Fundações, Autoridades, etc.), obrigatoriamente feitas única e exclusivamente por transmissão electrónica de dados.


:idea: Impedir a continua e inconsequente mudança de denominação dos Ministérios e permitir remodelações/decorações de gabinetes só de 2 em 2 legislaturas.



Cortar, em todos os ministérios, 90% dos custos com consultores, Advogados, informáticos, etc., em projectos que podem ser desenvolvidos, e são, com recursos internos.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3030
Registado: 28/2/2007 14:18

por Elias » 23/9/2010 22:12

MarcoAntonio Escreveu:Elias, ele não estava a falar de ser obrigatório ou não mas dos custos associados (já agora, eu acrescento às propinas da universidade, o facto de no ensino básico - da mais elementar formação no nosso sistema de ensino - existirem custos, nomeadamente e até com o material mais básico que é obrigatório).

Já para não falar... nos livros, que custam, perdoem-me, uma barbaridade na minha opinião!
:shock:


Os livros são uma negociata do piorio...

Na escola onde estudei (Escola Alemã de Lisboa) havia todos os anos, na primeira semana de aulas, um curioso "mercado" de livros usados, em que os alunos de qualquer ano podiam comprar manuais usados aos colegas dos anos anteriores, a metade do preço ou menos. Montavam-se umas banquinhas e durante o recreio havia o "mercado", que era vantajoso para quem vendia (recuperava parte do investimento) e para quem comprava (poupava nos manuais, que já na altura eram caros). Poupei muito dinheiro aos meus pais ao recorrer a este "mercado".

Desconheço se tal mercado ainda se realiza, mas sem dúvida que a implementar-se nas nossas escolas permitiria reduzir os custos com manuais (claro que as editoras não iam achar piada...)
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por MarcoAntonio » 23/9/2010 22:11

(o meu post foi escrito antes da edição, obviamente, é o que faz ter dedo rápido no gatilho... lol)
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por MarcoAntonio » 23/9/2010 22:07

Elias, ele não estava a falar de ser obrigatório ou não mas dos custos associados (já agora, eu acrescento às propinas da universidade, o facto de no ensino básico - da mais elementar formação no nosso sistema de ensino - existirem custos, nomeadamente e até com o material mais básico que é obrigatório).

Já para não falar... nos livros, que custam, perdoem-me, uma barbaridade na minha opinião!
:shock:
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Elias » 23/9/2010 22:04

AutoMech Escreveu:Mas defendes o mesmo principio, por exemplo, para as universidades (ou seja não existência de propinas) ou entendes que a universidade não é um bem de acesso generalizado como a saúde ?


Penso que o ensino obrigatório deve ser gratuito (salvo erro actualmente vai até ao 12º ano), para ver se acabamos de vez com as baixas taxas de literacia que temos.

Quanto ao ensino superior a questão é menos linear. O ensino superior sempre foi pago, mesmo no tempo do Estado Novo, e penso que deve continuar a sê-lo (não é um bem "essencial" como o ensino básico ou a saúde, embora seja um investimento na valorização pessoal).
Editado pela última vez por Elias em 23/9/2010 22:07, num total de 1 vez.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por MarcoAntonio » 23/9/2010 22:01

Elias Escreveu:A partir do momento em que os meus impostos servem para financiar o SNS, sim, defendo a gratuitidade total.


Porquê, se financiar algo via impostos não implica que se financie a totalidade do custo?

Elias Escreveu:Não gosto destas soluções croquete em que quem não usa paga e depois se quiser usar tem de pagar outra vez.


Mas isso é um mero gosto pessoal ou assenta nalguma questão de principio que possas especificar?
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Automech » 23/9/2010 21:58

Mas defendes o mesmo principio, por exemplo, para as universidades (ou seja não existência de propinas) ou entendes que a universidade não é um bem de acesso generalizado como a saúde ?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Elias » 23/9/2010 21:50

AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:
Mas eu por exemplo discordo da aplicação de taxas moderadoras.


Defendes a gratuitidade total Elias ?


A partir do momento em que os meus impostos servem para financiar o SNS, sim, defendo a gratuitidade total.

Não gosto destas soluções croquete em que quem não usa paga e depois se quiser usar tem de pagar outra vez.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Automech » 23/9/2010 21:44

Elias Escreveu:
Mas eu por exemplo discordo da aplicação de taxas moderadoras.


Defendes a gratuitidade total Elias ?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por JMHP » 23/9/2010 20:01

O estado fatal
Miguel Sousa Tavares (www.expresso.pt)
0:00 Quinta feira, 23 de Setembro de 2010

Fala-se nos gastos galopantes da saúde e respondem-nos com o Estado social; fala-se nos custos exorbitantes com o ensino público e respondem-nos com o Estado social; fala-se na insustentabilidade financeira da segurança social e respondem-nos com o Estado social. A nossa esquerda - a parlamentar, a presidenciável e a honorífica - descobriu o seu hit de Verão e daqui não vai sair.

Qualquer alusão à situação crítica das finanças públicas ou ao nível insuportável que a fiscalidade atingiu junto da imensa minoria que paga a imensa maioria dos impostos é vista como uma ofensa de lesa-majestade: aos 'direitos adquiridos', ao Estado social, à Constituição de Abril e aos 'pais espirituais' deste iminente colapso nacional. O dr. Arnaut, 'pai espiritual' do SNS, declara que nem a falta de recursos pode pôr alguma vez em causa a gratuitidade e universalidade da coisa e que, mesmo "num cenário de asfixia e em última instância", a solução é evidente: criar mais um "imposto especial de saúde" (para, entre outras coisas, continuar a pagar os medicamentos comparticipados a 100%, cujos beneficiários aviam em excesso para depois os venderem a quem não beneficia da comparticipação total).

O candidato presidencial Fernando Nobre também acha que a solução passa por elevar o escalão máximo do IRS (aumentado três vezes, e sempre excepcionalmente, nos últimos cinco anos) para 55% - o que, somado a todos os outros impostos directos e indirectos, aumenta a carga fiscal dos "privilegiados" para qualquer coisa como três quartos dos seus rendimentos. Manuel Alegre já decidiu centrar toda a sua campanha eleitoral na caça aos moinhos de vento dos inimigos do Estado social (e que, para desespero seu, não irá encontrar em Cavaco Silva, um verdadeiro funcionário público de mentalidade e um dos que lançaram as fundações da falência do Estado, na tal sua década de "reformas").

Jerónimo de Sousa (o último dos moicanos de 1917, agora que até o fiel Fidel acaba de desertar e despedir meio milhão de camaradas de uma vez, mandando-os reconverter-se à iniciativa privada), esse, não tem dúvida alguma: não é necessário conter o despesismo do Estado, o que é necessário é que o Estado "vá buscar dinheiro onde ele está". Francisco Louçã está de olho nos 100.000 votos dos contratados do Estado a recibo verde e propõe que sejam integrados na Função Pública, com a justificação de que, como já recebem do Estado, não haverá aumento de encargos. (Como se ele não soubesse que, no dia seguinte à integração, um quinto deles entraria logo de baixa e, de cinco em cinco anos, todos seriam automaticamente promovidos com "muito bons e excelentes"...).

E José Sócrates e os seus solistas de serviço agarram os pretextos mais idiotas possíveis (inclusivamente, se alguém se propõe escrever na Constituição o que eles já fazem na prática), para acrescerem ao coro do "aqui d'el rei, que a direita dos interesses nos quer roubar o Estado social". Como se a verdadeira direita (e esquerda) dos interesses, dos grandes negócios e obras públicas do regime, que não paga nem de longe 55% de imposto, antes beneficia de toda a espécie de favores fiscais e outros piores, não fosse a coisa mais acarinhada por este poder!

O que eles chamam Estado social, traduzido financeiramente na despesa corrente do Estado (isto é, despesa não produtiva) aumenta a um ritmo de 2,5 milhões de euros... por hora! Vai já nos 87% do PIB, isto é, de toda a riqueza produzida anualmente no país! O serviço da dívida pública rouba-nos todos os anos milhares de milhões que poderiam servir para financiar o desenvolvimento ou serem libertados da carga fiscal e entrarem no circuito económico, gerando emprego e riqueza. E eles acham que é uma ofensa perguntar como é que isto se vai pagar no futuro próximo e distante, e até quando poderemos continuar a caminhar para o abismo sem cairmos lá dentro!

Temos 3,5 milhões de pensionistas; 2,2 milhões de estudantes, do pré-primário ao universitário, subsidiados pelo Estado, através de propinas simbólicas e apoios da Acção Social Escolar; temos 700.000 funcionários públicos, não incluindo os funcionários da profusão de empresas públicas e municipais, institutos públicos, fundações públicas e sei lá que mais; e temos 300.000 desempregados a receberem subsídio de desemprego, mais os que recebem RSI. Façam as contas: são 7 milhões de portugueses, dois terços da população, que vivem integralmente dependentes ou subsidiados em grande parte pelo Estado. Nem Esparta! Já nem Cuba. Talvez só a Coreia do Norte.

Mas eles não querem saber disso. Até Fidel Castro já percebeu que "não funciona", mas eles não. Agarrados a slogans e verdades ideológicas ultrapassadas pela realidade, pela demografia e pela economia há mais de vinte anos, a nossa esquerda está a conquistar para si um lugar no museu e um no panteão para todos nós. Aos avisos do FMI, da chanceler Merkel, do ministro das finanças alemão e mesmo dos nossos economistas, eles respondem a uma só voz: Estado social.

Quarta-feira passada, o Estado social de que falam, também conhecido por República Portuguesa, já só conseguiu colocar mais um empréstimo internacional a doze meses a um juro de 3,70% (quase três vezes a taxa de inflação e quase quatro vezes a taxa de crescimento do PIB prevista em 2010). E, mais preocupante ainda, a procura atingiu o nível mais baixo de sempre. Isto, acho que qualquer um percebe: os investidores cada vez acreditam menos na nossa capacidade de pagar a dívida acumulada e que não pára de aumentar e, por isso, já só nos compram dívida a juros cuja taxa é, em si mesma, um obstáculo determinante à capacidade de pagar.

Mas eles não querem saber disso. O que os ofende, vejam lá, é que Portugal (tal como os outros 26 membros da UE) tenha de passar a submeter anualmente a sua proposta de Orçamento ao crivo de Bruxelas. Justamente para evitar batotas no cumprimento do Plano de Estabilidade e Crescimento ou batotas como as que a Grécia praticou alegremente durante anos, falsificando as contas públicas até ter de lançar um SOS à Europa, para evitar uma falência iminente. Manuel Alegre, o PCP, o BE, todos acham que isto é um atentado à soberania nacional, à República do 5 de Outubro, ao Portugal de Quinhentos e ao galo de Barcelos.

Pelo contrário, a mim parece-me que foi assim que desapareceu o Portugal de Quinhentos e que desabou a República do 5 de Outubro e acabámos a vender galos de Barcelos. Que raio de noção de soberania nacional é essa que vive de empréstimos e esmolas de Bruxelas mas não quer dizer em que vai gastar o dinheiro, e que vive de esmifrar até ao osso os raros pagadores de impostos para sustentar um Estado que gasta mais de metade de toda a riqueza produzida no país?

Queria dizer uma coisa a esta improvável esquerda. Somos, seguramente, e mesmo após tanto e tão continuado despesismo público, um dos países ainda mais atrasados e injustos entre as nações desenvolvidas. Mas, a essa injustiça estrutural, e supostamente para a combater, estamos a acrescentar outra: não uma luta de classes, mas uma luta de gerações. Os 'pais espirituais' e guardiões da fé do tal Estado social pertencem a uma geração privilegiada: dispõem de saúde para si e ensino para os seus filhos, "tendencialmente gratuitos"; recebem reformas do Estado, depois de terem trabalhado 36 ou 40 anos e têm uma esperança de vida paga próxima dos 80 anos. Mas os seus filhos e netos não vão ter nada disso: vão, sim, ter de pagar a dívida deixada por eles para sustentarem em vida o seu Estado social. E vamos ver se ao menos deixam a democracia de pé...

Se isto é justiça social, se isto é a esquerda moderna, que venha antes Fidel Castro, que é mais inteligente e, embora tardiamente, se dá ao trabalho de fazer contas.

Nota: Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

http://aeiou.expresso.pt/miguel-sousa-tavares=s23491
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1659
Registado: 19/5/2009 18:26
Localização: 12

por PPalma » 23/9/2010 19:16

Faço uma pergunta sobre um serviço básico do SNS.

Temos o caso das Análises, por distrito são centenas para não dizer milhares por dia.

Será que não era mais barato ter um laboratório distrital do SNS, bem gerido para as fazer, em zonas que se justificasse, ou, continuar a fazer as analises via privado e depois o Estado (SNS) a pagar depois?


Cumps
 
Mensagens: 118
Registado: 8/12/2009 21:29
Localização: 4

por MarcoAntonio » 23/9/2010 19:00

Elias Escreveu:E já agora, concordas com os valores praticados?


Epá, eu nunca fiz um estudo detalhado dos valores todos mas a generalidade dos valores é tão reduzido que nem dá para discordar. E em cima disso ainda estão previstas reduções e isenções...

Elias Escreveu:E como interpretas a expressão "tendencialmente gratuita" que vem na constituição?


Um sistema co-financiado com taxas moderadoras (que na esmagadora maioria dos casos representa só uma partezinha do custo e nem todos pagam) enquadra-se a meu ver precisamente no conceito de "tendencialmente gratuita".

Aliás, deve considerar-se o texto todo, o que reforça ainda mais que um sistema co-financiado via taxa moderadora insere-se perfeitamente no que está inscrito na constituição:

a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;


O sistema actual é maioritariamente gratuito (a maior parte é financiada pelos impostos) e tem em conta tanto as condições económicas como sociais.

(eu até poderia discordar da constituição, neste caso não discordo)
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Elias » 23/9/2010 18:50

MarcoAntonio Escreveu:Quanto à aplicação das taxas moderadoras, eu concordo totalmente com o conceito, especialmente tendo em conta que ele até já prevê isenções (se ele é implementado de uma forma 100% eficaz, já será outra história).


E já agora, concordas com os valores praticados?

E como interpretas a expressão "tendencialmente gratuita" que vem na constituição?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por MarcoAntonio » 23/9/2010 18:46

A partir do momento que se chama taxa moderadora, o sistema é misto. Naturalmente, poderá haver casos excepcionais dentro do sistema onde estás a pagar um serviço todo ou até mais do que o custo do serviço... mas na maior parte dos casos, o que se paga é só uma pequena parte do custo real do serviço. Basta olhar para as taxas das consultas, por exemplo...

Quanto à aplicação das taxas moderadoras, eu concordo totalmente com o conceito, especialmente tendo em conta que ele até já prevê isenções (se ele é implementado de uma forma 100% eficaz, já será outra história).
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Elias » 23/9/2010 18:39

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:RCF, relativamente ao Serviço Nacional de Saúde pensas que ele deve ser financiado pelos utentes (via taxas moderadoras) ou através dos impostos?


Não são mutuamente exclusivos...


Eu sei que não. Um sistema misto é possível (aliás é o que temos actualmente).

Mas eu por exemplo discordo da aplicação de taxas moderadoras.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por MarcoAntonio » 23/9/2010 18:38

Elias Escreveu:RCF, relativamente ao Serviço Nacional de Saúde pensas que ele deve ser financiado pelos utentes (via taxas moderadoras) ou através dos impostos?


Não são mutuamente exclusivos...
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 40960
Registado: 4/11/2002 22:16
Localização: Porto

por Elias » 23/9/2010 18:30

RCF, relativamente ao Serviço Nacional de Saúde pensas que ele deve ser financiado pelos utentes (via taxas moderadoras) ou através dos impostos?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por RCF » 23/9/2010 18:27

Caros colegas do Caldeirão, gostaria de juntar algumas ideias à discussão sobre o controle da despesa pública.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que não me parece útil encarar esta situação como um quebra-cabeças.
E não é útil encara-la desta forma porque não é um quebra-cabeças.

O país, todos nós, não está sem soluções para enfrentar esta situação do crescimento anual da despesa pública muito acima do crescimento da riqueza nacional (pois este é que é o problema).

Nem para controlar a despesa pública (que tem de ser controlada) temos de andar para trás com a nossa vida colectiva.

Existem varias funções que são asseguradas pelo estado que o podem continuar a ser com uso razoável dos recursos do país e conseguindo os mesmos resultados ou até melhores.

Vejamos o caso da despesa do estado com o Serviço Nacional de Saúde.

A despesa do estado com o Serviço Nacional de Saúde representa a maior despesa inscrita no orçamento de estado e todos os anos avança a um ritmo galopante.

Algo tem de ser feito para controlar essa despesa mas isso não significa que tenhamos de retirar o usufruto desse serviço nos termos em que ele hoje existe aos Portugueses.

Existem soluções para esta situação, não estamos obrigados a escolher entre duas opções más: ou aceitar uma escalada anual da despesa do estado com a saúde que dentro de pouco tempo nos vai levar à ruína ou o termos de abdicar de um Serviço Nacional de Saúde que cobre as necessidades dos Portugueses e lhes assegura assistência médica.

Eu desde há vários anos que sou um seguidor atento das intervenções do Dr. Manuel Antunes, Director do Centro de cirurgia cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

E sou um seguidor das suas intervenções desde que li o livro que publicou há dez anos “A Doença da Saúde” onde dava conta de um conjunto de desperdícios dentro do sistema; o livro encontra-se hoje perfeitamente actual.

(Há um post aqui no Caldeirão colocado por um colega com um artigo, salvo erro do Diário de Coimbra, citando uma intervenção do Dr. Manuel Antunes que é elucidativa).

O Dr. Manuel Antunes tem vindo ao longo destes anos a propor soluções para uma gestão mais eficiente do sistema que permitiria um controlo eficaz dos custos sem perda de qualidade dos serviços prestados e sem perda de abrangência dos mesmos para os cidadãos.

Note-se, e isto é importante, o Dr. Manuel Antunes não é uma pessoa que fala, o Dr. Manuel Antunes é uma pessoa que mostra resultados.

Por exemplo, no serviço que dirige (Centro de cirurgia cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra) acabou com as listas de espera conseguindo assim aumentar a qualidade do seviço disponibilizado aos cidadãos.

O que é algo (acabar com as listas de espera) que a quase totalidade dos serviços de cirurgia do SNS mostra-se incapaz de fazer.

Isto é um exemplo referente a um segmento importante da despesa do estado que me permite dizer que não estamos sem soluções e obrigados a escolher entre alternativas insatisfatórias.
Existem soluções mas é necessário procura-las e implementa-las.

http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com

Cumprimentos,
RCF.
 
Mensagens: 134
Registado: 22/2/2008 12:02

por PPalma » 23/9/2010 16:43

Não sei se repito algum post mas aqui vai.

Tecto maximo para reformas 3.000 euros.

Corte de uso de viaturas publicas para todos os quadros e gestores publicos.

Corte de viaturas para todos os ministros e deputados.

Corte de todos os serviços duplicados de asserorias.

Corte de Todos os BMW series 7 e 5 para os senhores dos tribunais.

Corte nas comitivas do estado.

Cortar em 50% no numero de deputados, Camaras municipais e Juntas.

Cortar Institutos e afins deve dar para cortar em 80%.

Só na AR dá para poupar mais de 100 milhoes de euros com mais uns pozinhos dos ministerios e afins chega-se na boa aos 1000 milhoes.

Cumps
 
Mensagens: 118
Registado: 8/12/2009 21:29
Localização: 4

por EuroVerde » 23/9/2010 15:36

Qualquer riqueza gerada pelo próximo crescimento economico nosso vai ser para pagar juros aos que nos estão emprestando.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4960
Registado: 29/11/2007 11:19

por pocoyo » 23/9/2010 15:35

Elias Escreveu:
Manu Escreveu:Nós não podemos comprar dívida pública?

É que a esta taxa de juro, a coisa está bem apetecível.


Isso é que era doce.

Para o zé povinho há os certificados de aforro e não te queixes :twisted:


Isso não é verdade.
Penso que se chama certificados de divida publica.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2056
Registado: 15/1/2010 15:30

por Elias » 23/9/2010 15:25

Manu Escreveu:Nós não podemos comprar dívida pública?

É que a esta taxa de juro, a coisa está bem apetecível.


Isso é que era doce.

Para o zé povinho há os certificados de aforro e não te queixes :twisted:
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Manu » 23/9/2010 15:15

Nós não podemos comprar dívida pública?

É que a esta taxa de juro, a coisa está bem apetecível.
 
Mensagens: 173
Registado: 17/1/2006 20:25
Localização: Barreiro

lay-off

por dfviegas » 23/9/2010 10:10

Colocar em lay-off, um ou dois dias por semana, todos aqueles que estão a governar o nosso pais.

Ministros, deputados, presidentes camara, presidentes de junta etc... etc...
 
Mensagens: 988
Registado: 29/11/2007 2:53
Localização: Alto do Moinhi

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: cali010201, GalegoPT, Google [Bot], itisi1000, Luzemburg, PAULOJOAO, Shimazaki_2, VALHALLA e 174 visitantes