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Caldeirão da Bolsa

OT-Isabel Jonet e o Banco Alimentar

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Vuala !

por bboniek33 » 8/11/2012 22:47

Quando apanhar os tipos do BACF nujm supermercado vao levar nas orelhas, estejam vestidos com o fato da catequese ou fardados de escuteiro.

Laa porque ha falsa-pobreza e falsa-riqueza, novos-ricos incultos, grunhos, gente que vive de creeditos e de expedientes, uma classe meedia com prioridades trocadas (e quem somos noos para dizer quais as prioridades dos outros ?), dizia eu, ainda assim EXISTE MISEERIA.

Aliaas para vergonha dum Paiis inteiro NUNCA a POBREZA foi erradicada depois do 25Abril, e nao falo dos auto-marginalizados, refiro-me aos subalimentados, aos velhos abandonados e sem rendimentos para medicamentos e conforto em casa.

E ee essa senhora de cabelo escorrido e que pede para os pobrezinhos que vem alegar que nao ha miseeria em Portugal ???

Laa porque nao usa cosmeeticos e se penteia como uma menina do coleegio alemao, pensa ela que vai para o Ceu ? E afinal ee isto, e disto nao passa, a postura "social" desta gente: ignorante, a meter tudo no mesmo saco, e por isso ee que eles querem que os pobres tenham mais filhos mesmo sem condic,oes para os criar. Sao hordas de futuros pobres que lhes vai encher a sacristia, embaratecer o trabalho, criancinhas para eles acariciarem as cabecinhas e serem "presidentes dos bancos da fome".

Havia em tempos o Movimento Nacional Feminino. Aii encontraria a D. Isabel um lugar de lideranc,a. E com toda a justic,a.
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por artista_ » 8/11/2012 22:32

Não vamos pegar em episódios do dia à dia para generalizar.

Por haver muita gente com prioridades trocadas ou com rendimentos suficientes para esbanjar nisto ou naquilo não quer dizer que todos o façam e que todos continuem a ter condições de o fazer.

De facto há um concerto que tem os bilhetes esgotados, mas quantos deixaram de vir cá porque não há mercado?! Ainda ontem a vocalista dos skunk anansie dizia que alguns grupos deixaram de vir a Portugal porque pagam pouco, já não é rentável...

Há pouco marquei uma mesa num restaurante para amanhã, será que devo desmarcar?! Também não exageremos... :roll:
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por mais_um » 8/11/2012 22:31

Ouvi as declarações da senhora e deduzo o seguinte:

1-como não há miséria em Portugal não é preciso existir bancos alimentares já que não há fome, logo vou deixar de contribuir para o banco alimentar.

2- descobri que o meu conceito de ser pobre estava errado, afinal ser pobre é não conseguir comer bife todos os dias.


Ironias à parte, há miséria em Portugal (e não é só de agora!), há pessoas que não tem dinheiro para dar de comer aos filhos todos os dias, há pessoas que não tem dinheiro para comprar os medicamentos que necessitam (por exemplo a minha mãe, todos os meses eu e a minha irmã pagamos parte dos medicamentos que ela necessita e a minha mãe nunca teve um credito na vida, nunca comprou nada que não tivesse dinheiro ganho por ela para pagar a pronto, por isso não venham dizer que ela viveu acima das suas possibilidades....), há pessoas que não tem dinheiro para pagar uma renda social.

O mundo que a senhora conhece(e pelos comentários de uns quantos elementos do fórum também) é muito limitado, a realidade não são só investidores, nem classe media que perdeu os empregos (onde encaixa parte dos comentários que ela faz), é muito mais do que isso, pessoas que nunca tiveram um credito, nunca foram a um concerto ou a um jogo de futebol.

Pensem nisso! :evil:

E por falar em gastar mais do que se pode, ainda esta semana telefonaram do banco da minha mulher (Santander Totta)a oferecer um credito já aprovado com uma fantástica taxa de 9%!! :twisted: :twisted:
Editado pela última vez por mais_um em 8/11/2012 22:32, num total de 1 vez.
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por richardj » 8/11/2012 22:21

na sexta feira passada tentei reservar uma mesa para dois num restaurante com preços por pessoa na ordem dos 15 euros e o empregado disse-me que estava com casa cheia e que tinha de ficar na fila de espera.

O espaço tem +- 60 lugares sentados.

isto para dizer artista, que existe muito dinheiro mal gasto, que a crise existe, as pessoas vivem no limite da poupança.

quanto ao a cima das possibilidades é simples e duro. São todos aqueles que receberam mais serviços do estado do que a sua contribuição por via tributaria. Agora vé lá se sabes quem são. Não são os culpados do endividamento, quem gere a redistribuição do dinheiro é o estado, e quem fez investimentos ruinosos foi o estado. Mas essa ideologia de que a melhor forma de aumentar a qualidade de vida de uma população é simplesmente forçar essa qualidade de vida...
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por arnie » 8/11/2012 22:02

PT_Trader Escreveu:E qual é o problema de alguém com poucos rendimentos decidir ter um iPhone? Queres ser um comuna/socialista e decidir onde é que as pessoas gastam o seu dinheiro???

Desde que não se endividem por causa disso, por mim tudo bem!Se for ao contrário, temos pena.

Não partilho muito desta opinião generalista do Ulisses e de muitos outros, de que andámos a gastar mais do que temos... Mas quem é que andou a gastar?! Cada vez mais somos massoquistas e com pouca auto-estima. Estão sempre a querer incutir-nos que somos pouco produtivos (!!!), que gastamos mais do que temos, etc, etc... É óbvio que há muitos que gastam mais do que têm, e desses não tenho pena. Agora, o que eu não concordo, é que se façam essas generalizações para que o Estado a mando disso aumente impostos de forma abusiva para pagar os supostos "nossos"(!) disparates.

E sim, concordo quando a I. Jonet diz que se não há papel, não se pode comer bife todos os dias. Com esse discurso concordo.

Agora o discurso que somos uns ***** a trabalhar e uns despesistas e por isso temos que sofrer com isso, não contem comigo.


Meu caro amigo, há que saber fazer a divisão das coisas.

Quem sou eu para dizer a quem quer que seja onde deve gastar o seu dinheiro, no entanto, e falando no caso da minha irmã, há que falar pois quantas e quantas vezes as empregadas dela pedem parte do ordenado adiantado pois têm a luz, ou a agua, ou o médico dos filhos para pagar e já não têm dinheiro. Pois, é mais importante o smartphone, sabes... Aí meu caro, há que falar sobre onde as pessoas andam a gastar o seu dinheiro pois passas a estar directamente envolvido na questão.

Quanto aos "nossos" disparates, sim, são "nossos", do povo português, sejas tu ministro (governo), secretaria, medico, professor, empregada domestica... São os disparates de TODOS nós durante os ultimos 30 anos. Livra-te de dizeres que ainda não eras nascido nessa altura e como tal o problema não foi criado por ti. Tal e qual aqueles iluminados que dizem que não pagam uma divida que não foi criada por eles. Pois, o dinheiro que pediram emprestado ao banco para comprarem a casa, o carro, as mobilias, os electrodomesticos, as ferias, a TV 3D e que por sua vez o banco pediu emprestado ao BCE que por sua vez carregou num botão a gerou mais uns milhões de euros de divida, fazendo deste modo o valor do dinheiro descer mais um pouco... não, realmente a divida não é deles e eles realmente não têm que pagar nada.

Naturalmente que ninguém com dois palmos de testa pode estar de acordo com os cortes cegos que o governo tem andado a fazer mas isso não impede de termos de enfrentar um problema que TODOS nós criamos e que aparentemente, TODOS nós continuamos a tentar chutar para a frente, para que a proxima geração a resolva como aliás, tem sido feito nos ultimos 30 anos. Os que venham que resolvam pois o que quero mesmo é reformar-me e viver descansadinho até ao final da minha vida.
Bons negocios,
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Lavar os dentes com agua corrente !

por bboniek33 » 8/11/2012 22:00

A D. Isabel Jonet revelou uma perspectiva com a qual nao estou totalmente em desacordo.
Mas, apoos a comparac,ao com a Grecia, largou o petardo da tia-catoolica:
"...caa em Portugal... nao temos miseeria..."

Oh minha senhora: vaa cozer meias.

Ee bom que os caritativos percebam a mentalidade desta gente despudorada que nao sabe o que ee passar fome.
Em Portugal EXISTE MISEERIA ! A senhora ee ignorante.
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por tava3 » 8/11/2012 21:39

Essa conversa do "vivemos acima das possibilidades" já mete nojo, gosto do promenor do "vivemos", mas na prática é "viveram acima das possibilidades" porque o que "nós" queremos é desempregados desesperados e dispostos a trabalhar por qualquer preço e sem reclamar. Mas já alguém pegou numa maquina de calcular e fez contas? São contas simples, uma familia de um ou dois filhos a estudar. com casa alugada e um carro, mesmo um velho, e digam-me como se pode sobreviver com dois ordenados minimos, e ainda os querem baixar porque é dinheiro a mais. O que eu vejo é quererem que a maioria viva abaixo do limiar do aceitavel para uma minoria viver num regabofe desenfreado.
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por mfsr1980 » 8/11/2012 21:33

Não me ofende nada o que disse a Isabel Jonet mas não concordo completamente.
Acho que foi o Estado que viveu muito acima das suas possíbilidades, agravadas pelas relações promíscuas entre políticos, empresas de construção e bancos. Isto é resumidamente o que levou Portugal ao charco.
A recuperação deverá ser lenta porque o dinheiro gerado terá de ser afectado ao serviço da dívida, problema esse agravado porque que o Estado só se reformará por imposição externa.
Quero acrescentar que compreendi perfeitamente o Ulrich ao dizer que Portugal aguenta mais austeridade. A minha interpretação do que ele quis dizer é que Portugal não terá outra solução senão aguentar mais austeridade porque não haverá alternativa.
Abraço mfsr1980
Editado pela última vez por mfsr1980 em 8/11/2012 22:18, num total de 1 vez.
 
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por PT_Trader » 8/11/2012 21:26

arnie Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:E para quem não viu, aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=8JeUnsnvJuA


:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:

Brilhante, absolutamente brilhante.

Ela disse TUDO!

Realmente é estranho ver os concertos continuarem a esgotar neste país. Alguém já tentou comprar bilhetes para o espectaculo - MICHAEL JACKSON THE IMMORTAL WORLD TOUR BY CIRQUE DU SOLEIL em Abril do próximo ano? 4 dias de espectaculo, bilhetes entre os 40 e os 89 euros e a sala está quase, quase, quase esgotada para os 4 dias. :shock:

Aquela boys band inglesa que também vem cá para o ano, já tem a sala esgotada.

Alguém já tentou arranjar mesa no Hard Rock Café a partir das 21h sem ter que ficar em fila de espera?. Muito jovem em idade universitaria por aqueles lados...

Continuamos a não conseguir ter prioridades. E não me venham com a historia que quem vai a estes concertos são aqueles que ainda têm emprego.
As 3 empregadas da minha irmã, que pouco mais ganham que o ordenado minimo, as 3 têm 2 telemoveis sendo um deles um smartphone de ultima geração Android e o marido de uma delas, desempregado, anda the iPhone.

Vemos também depois aqueles que coitados a queixarem-se que é um roubo pagar 20 euros por uma consulta no hospital mas não têm nenhum problema em ir tomar o pequeno almoço todos os dias à pastelaria do lado. Conheço n casos desses.

Sim, há casos de familias que estão na miséria e que têm que ser apoiados. O governo não pode andar a fazer os cortes cegos que tem andado a fazer no entanto as pessoas têm que aprender que não é possivel continuar a manter o nível de vida que tinham. Não é possivel continuar a tomar o pequeno almoço fora todos os dias. Não é possivel almoçar fora todos os dias. Não é possivel jantar fora todos os fins de semana. Não é possivel andar a trocar telemovel todos os 3 meses. Não é possivel continuar a fumar um maço todos os dias. Não é necessário ter todos os canais de TV disponivel no serviço de cabo. Não é possivel ir todos os fins de semana ao cinema. Não é possivel comprarem todas semanas ou meses uma peça de vestuario ou de calçado.

Mas prontos, é mais facil fazer greves, ir para a rua dizer mal dos politicos que, verdade seja dita, poem-se a jeito, do que admitir que parte do problema somos nós mesmos, a nossa completa incapacidade de ponderar o que é prioritário.


E qual é o problema de alguém com poucos rendimentos decidir ter um iPhone? Queres ser um comuna/socialista e decidir onde é que as pessoas gastam o seu dinheiro???

Desde que não se endividem por causa disso, por mim tudo bem!Se for ao contrário, temos pena.

Não partilho muito desta opinião generalista do Ulisses e de muitos outros, de que andámos a gastar mais do que temos... Mas quem é que andou a gastar?! Cada vez mais somos massoquistas e com pouca auto-estima. Estão sempre a querer incutir-nos que somos pouco produtivos (!!!), que gastamos mais do que temos, etc, etc... É óbvio que há muitos que gastam mais do que têm, e desses não tenho pena. Agora, o que eu não concordo, é que se façam essas generalizações para que o Estado a mando disso aumente impostos de forma abusiva para pagar os supostos "nossos"(!) disparates.

E sim, concordo quando a I. Jonet diz que se não há papel, não se pode comer bife todos os dias. Com esse discurso concordo.

Agora o discurso que somos uns ***** a trabalhar e uns despesistas e por isso temos que sofrer com isso, não contem comigo.
 
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por Laribau » 8/11/2012 21:09

pvg80713 Escreveu:não vi nada de mal nas palavras de Isabel Jonet.

A fila nos acessos a Lisboa diminuiu?

Os Jogos do Benfica baixaram os preços?

já houve concertos a preços acessiveis?

o vosso restaurante, baixou o preço e tem sempre mesas ?

não? então........ a Isabel tem razão...


Portugal aguenta mais austeridade ? Ai aguenta aguenta ! então os Gregos ainda estão vivos, são portanto a prova VIVA de que é possível. Aliás até parece que aqueles incorrigíveis e inveterados consumidores ainda têm restaurantes e até usam telemóveis, e ao que parece (ainda não está confirmado) quando estão doentes vão ao médico e consta que até ainda têm cinemas. Não podem estar assim tão mal...!

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por Laribau » 8/11/2012 21:08

pvg80713 Escreveu:não vi nada de mal nas palavras de Isabel Jonet.

A fila nos acessos a Lisboa diminuiu?

Os Jogos do Benfica baixaram os preços?

já houve concertos a preços acessiveis?

o vosso restaurante, baixou o preço e tem sempre mesas ?

não? então........ a Isabel tem razão...


Portugal aguenta mais austeridade ? Ai aguenta aguenta ! então os Gregos ainda estão vivos, são portanto a prova VIVA de que é possível. Aliás até parece que aqueles incorrigíveis e inveterados consumidores ainda têm restaurantes e até usam telemóveis, e ao que parece (ainda não está confirmado) quando estão doentes vão ao médico e consta que até ainda têm cinemas. Não podem estar assim tão mal...!

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por artista_ » 8/11/2012 21:04

pvg80713 Escreveu:não vi nada de mal nas palavras de Isabel Jonet.

A fila nos acessos a Lisboa diminuiu?

Os Jogos do Benfica baixaram os preços?

já houve concertos a preços acessiveis?

o vosso restaurante, baixou o preço e tem sempre mesas ?

não? então........ a Isabel tem razão...


Bom, só faltava alguém vir aqui dizer que afinal não estamos em crise. Afinal todos continuam a viver à grande e os níveis de pobreza continuam iguais aos que havia há 2 ou 3 anos atrás! :roll:

EDIT: Quanto acontecer o que tu estás a sugerir, Portugal não estará numa crise profunda, estará em bancarrota!
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por arnie » 8/11/2012 20:57

Ulisses Pereira Escreveu:E para quem não viu, aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=8JeUnsnvJuA


:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:

Brilhante, absolutamente brilhante.

Ela disse TUDO!

Realmente é estranho ver os concertos continuarem a esgotar neste país. Alguém já tentou comprar bilhetes para o espectaculo - MICHAEL JACKSON THE IMMORTAL WORLD TOUR BY CIRQUE DU SOLEIL em Abril do próximo ano? 4 dias de espectaculo, bilhetes entre os 40 e os 89 euros e a sala está quase, quase, quase esgotada para os 4 dias. :shock:

Aquela boys band inglesa que também vem cá para o ano, já tem a sala esgotada.

Alguém já tentou arranjar mesa no Hard Rock Café a partir das 21h sem ter que ficar em fila de espera?. Muito jovem em idade universitaria por aqueles lados...

Continuamos a não conseguir ter prioridades. E não me venham com a historia que quem vai a estes concertos são aqueles que ainda têm emprego.
As 3 empregadas da minha irmã, que pouco mais ganham que o ordenado minimo, as 3 têm 2 telemoveis sendo um deles um smartphone de ultima geração Android e o marido de uma delas, desempregado, anda the iPhone.

Vemos também depois aqueles que coitados a queixarem-se que é um roubo pagar 20 euros por uma consulta no hospital mas não têm nenhum problema em ir tomar o pequeno almoço todos os dias à pastelaria do lado. Conheço n casos desses.

Sim, há casos de familias que estão na miséria e que têm que ser apoiados. O governo não pode andar a fazer os cortes cegos que tem andado a fazer no entanto as pessoas têm que aprender que não é possivel continuar a manter o nível de vida que tinham. Não é possivel continuar a tomar o pequeno almoço fora todos os dias. Não é possivel almoçar fora todos os dias. Não é possivel jantar fora todos os fins de semana. Não é possivel andar a trocar telemovel todos os 3 meses. Não é possivel continuar a fumar um maço todos os dias. Não é necessário ter todos os canais de TV disponivel no serviço de cabo. Não é possivel ir todos os fins de semana ao cinema. Não é possivel comprarem todas semanas ou meses uma peça de vestuario ou de calçado.

Mas prontos, é mais facil fazer greves, ir para a rua dizer mal dos politicos que, verdade seja dita, poem-se a jeito, do que admitir que parte do problema somos nós mesmos, a nossa completa incapacidade de ponderar o que é prioritário.
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por pvg80713 » 8/11/2012 20:55

não vi nada de mal nas palavras de Isabel Jonet.

A fila nos acessos a Lisboa diminuiu?

Os Jogos do Benfica baixaram os preços?

já houve concertos a preços acessiveis?

o vosso restaurante, baixou o preço e tem sempre mesas ?

não? então........ a Isabel tem razão...
 
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por mapaman » 8/11/2012 20:52

Ulisses Pereira Escreveu:A minha opinião é a oposta. Isabel Jonet disse aquilo que nos custa a aceitar mas que é a dura realidade. Acho que foi corajosa.

Infelizmente, em Portugal, acho que as pessoas ainda não perceberam que andámos mesmo a viver acima das nossas possibilidades.


Desculpa lá a frontalidade mas andámos quem?

O pobre "estrutural" é que não foi de certeza.

Quem são esses,onde estão,onde vivem e o que fazem?

Pois parece-me é que muitos que viveram acima daquilo que podiam querem chamar os outros a dividir a factura.

Por mim recuso-me a ser cumplice e a participar de cabecinha baixa nesse acto de cidadania.

Quem as fez que as pague a começar pelos assalariados de São Bento e de todos quantos( politicos,autarcas, and so on) usaram e abusaram de um bem sagrado: O dinheiro dos outros.
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por _x_ » 8/11/2012 20:44

Isto está a ficar cheio de discursos salazarentos, miserabilistas, fatalistas e judaico cristão, pobrezinhos e honrados é que deve ser.

Deve ser do mundo acabar daqui a mês e meio.


:roll: :| :(
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É sempre muito falível projetar cenários não acontecidos.
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por Laribau » 8/11/2012 20:44

Ulisses Pereira Escreveu:HU, eu também ouvi o que ela disse e a minha leitura é completamente diferente da tua. "O Estado que encolha e de preferência nas áreas sociais.", não vejo em nada do que ela disse que essa seja a mensagem ou ideia a passar.

Um abraço,
Ulisses


Pois, visto assim à primeira vista parece que não. Mas o contexto da conversa era o corte de 3,5 mil milhões de euros de forma estrutural nas áreas sociais e foi daí que a conversa veio para o empobrecimento necessário. Ora, se é necessário cortar, ficaria muito mais encantado de ouvir a Sra Jonet a falar de como se poderia obter igual efeito tratando das autarquias, de certas empresas públicas, etc..., e não aceitando (ou mesmo incentivando) resignadamente o empobrecimento generalizado de quem já é pobre mas continua a ouvir repetidamente que tem vivido acima das suas possibilidades. Ulisses, talvez sejas um pouco mais novo do que eu, mas esta conversa de pobrezinhos mas honrados e a ser necessário que seja a assistência voluntária a tratar dos casos de pobreza extrema, é conversa que me habituei a ouvir há já muitos anos, lá para os idos de uma época que não quero sequer relembrar, em que o padre da paróquia lá entregava umas latinhas de leite em pó para algumas crianças lá da terra não passarem fome.

:( :(
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por fjcbolsa » 8/11/2012 20:43

Só falou verdade, e quer se queira quer não, infelizmento o povo no geral vaí ter de se habituar a viver com menos, esteja no governo que estiver, porque a prosperidade na Europa vaí demorar a voltar.
As verdades que não gostamos custa a ouvir.
:shock:
 
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por majomo » 8/11/2012 20:38

Ulisses Pereira Escreveu:A minha opinião é a oposta. Isabel Jonet disse aquilo que nos custa a aceitar mas que é a dura realidade. Acho que foi corajosa.

Infelizmente, em Portugal, acho que as pessoas ainda não perceberam que andámos mesmo a viver acima das nossas possibilidades.


Há muitas de formas de expressar a opinião... neste caso, depois dar o exemplo errado dos filhos, qual a moral para extrapolar e criticar os outros.

Essa do vivermos acima das possibilidades aplica-se a que parte da população?
Aquela que tinha o seu rendimento e perdeu o emprego... haja algum bom senso a abordar estes assuntos.

Eu sou critico do comportamento dos portugueses, mas há que ter cuidado nas extrapolações que se fazem.
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por A330-300 » 8/11/2012 20:31

A vida não é um conto de fadas. É um conto de fatos.

E a realidade é dura.Portanto as verdades tem que ser duras indubitavelmente.

Pôr-se aqui a pensar para quem ela endereçou o que disse é a meu ver, ridículo.Disse para todos porque todos serão afetados. Todos terão subida de impostos. O rico consumirá menos e o pobre não consumirá nada.Onde é que está a mentira , o mistério ou a surpresa? E qual é o problema de dizer a verdade que no fundo quase todos sabemos , mas muitos insistem em não querer aceitar?
Se calhar quem tem problemas é quem não quer aceitar , porque está a sofrer de negação.

Alguns comentários aqui postados apenas refletem a mentalidade do tuga de brandos costumes e falinhas mansas.

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por Ulisses Pereira » 8/11/2012 20:25

HU, eu também ouvi o que ela disse e a minha leitura é completamente diferente da tua. "O Estado que encolha e de preferência nas áreas sociais.", não vejo em nada do que ela disse que essa seja a mensagem ou ideia a passar.

Um abraço,
Ulisses
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por Quimporta » 8/11/2012 20:23

pdcarrico Escreveu:Não vou perder muito tempo com uma discussão destas, mas deixo um texto de um blog que achei excelente e que é bem próximo daquilo que penso.

Abraços a todos!!

http://declinioqueda.wordpress.com/2012 ... bel-jonet/


Olha, revejo-me em boa parte deste texto por exemplo.
Mas dá-me ideia de que pesam contra a Isabel Jonet o facto de ter alguma ligação à Igreja como se fosse legítima a descriminação por credo religioso.

Vai no sentido do que escrevi, (leram-me de certeza :) ) separando claramente o que é o trabalho do Banco Alimentar do que são umas ideias relativamente mal explicadas sobre uma atitude colectiva de consumismo insustentável que vivemos, e nem sequer é só em Portugal.

Eu gostava que alguém fizesse as contas ao quanto é que gastaria o Estado a montar uma operação para ajudar tanta gente como faz o Banco Alimentar.
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por AurioI » 8/11/2012 20:20

HU Escreveu:Não quero desmerecer a actividade do banco Alimentar, mas pensar que é aos bancos alimentares deste mundo que compete aliviar a pobreza e que essa não é a nossa tarefa colectiva enquanto organizados em sociedade não cabe no meu pensamento (chamem-me comunista se quiserem, mas que não concordo, não concordo!)
:(


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por Laribau » 8/11/2012 20:17

Ulisses Pereira Escreveu:E para quem não viu, aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=8JeUnsnvJuA


Pois eu vi e ouvi atentamente. A forma que a Sra Jonet tem de encarar o mundo é a forma de: O Estado que encolha e de preferência nas áreas sociais. Aos sistemas assistênciais é delegada a nobre missão da caridade para os pobres.
Admito que outros possam ter a mesma ideia, mas não é definitivamente a minha.

Não quero desmerecer a actividade do banco Alimentar, mas pensar que é aos bancos alimentares deste mundo que compete aliviar a pobreza e que essa não é a nossa tarefa colectiva enquanto organizados em sociedade não cabe no meu pensamento (chamem-me comunista se quiserem, mas que não concordo, não concordo!)
:(
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

John Kenneth Galbraith
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por mapaman » 8/11/2012 20:13

"Os Pobrezinhos



Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.



Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam. Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:



- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.



O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente». No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre. Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:



- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.



Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto



(- Esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro)



de forma de deletéria e irresponsável. O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico



- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho



o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:



- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeu



Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros



- O que é que o menino quer, esta gente é assim



e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.



Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno. O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais. A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse



- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar



e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.



Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.



Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me. E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis"

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