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Caldeirão da Bolsa

Para onde Portugal?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Timbrado10 » 24/2/2009 23:05

A Pátria é familia; é casa; é doutrina; é fé; é sangue; é vida; é honra; é mãe... entendes?
Não entendes o que sinto e o que senti quando parti!
 
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por mais_um » 24/2/2009 21:20

Timbrado10 Escreveu:Valores, valores é o que falta!

Não conheci o Salazar, não sou desse tempo... mas quando falo em valores; honra; palavra; familia, porque é que falam no Salazar?!?

Uma coisa é igual à outra?
Claro que não! Até porque "valores; honra;palavra; familia; Pátria, nada têm haver com o anterior regime, têm sim com a formação de berço, valores ancestrais...Porra!



"Deus, Patria, Familia" era uma frase dos cartazes de propaganda do Estado Novo dai a associação que fazem, mas concordo consigo, em relação aos valores de honra, familia, já sobre a patria tenho algumas reticencias sobre o seu comentário tendo em conta que jurou lealdade a outra patria....

http://www.esfcastro.pt:8079/users/fran ... lazar.html

Será, aliás, motivado por esse défice constante o convite endereçado a Salazar pelo governo da Ditadura Militar, para ocupar a pasta das Finanças. A sua política financeira, controlando com mão de ferro todos os gastos dos vários Ministérios, aumentando os impostos e cortando nas despesas públicas, permite equilibrar as contas públicas, valendo-lhe o epíteto de “Salvador da Pátria” e está na base do convite que lhe é endereçado em 1932 para chefiar o Governo.


Afinal o problema das contas publicas já vem de longe, mas como estavamos numa ditadura não havia problema em aumentar os impostos e cortar nas despesas publicas, será essa a receita da Manelinha quando se refere à ditadura por 6 meses??? :mrgreen: :mrgreen:

Cumprimentos,

Alexandre Santos
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por mcarvalho » 24/2/2009 20:01

caro Atomez


sem comentários
...


ou é desse tempo e interpretou mal os acontecimentos da época ou então está demasiado influenciado.. leia o livro .. vá à história da 1ª Republica e confirme as razões do aparecimento do Estado Novo e da apoteose com que foi recebido

isto não é ser faciosista é História... basta estudar História mas sem ser a da carochinha

e felicidades...
 
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Futuro

por Herbacorpus » 24/2/2009 19:40

Mais cedo ou mais tarde as pessoas irão tomar a consciência que já saímos da era industrial e estamos na era da informação. Na prática esta crise espelha um pouco isso e vai obrigar as pessoas e empresas a adaptarem-se. Os empregos das nove às cinco e para a vida, terminaram à muito tempo mas a maioria de nós recusa-se a aceitar isso como um facto consumado. Preferimos acreditar que estamos numa fase em que realmente é necessário fazer agora um esforço e sacrifício nos nossos actuais empregos com a perspectiva que mais cedo ou mais tarde as coisas voltarão ao normal e a segurança de outros tempos voltará. ACORDEM MEUS CAROS!!! Nada voltará ao normal, nunca voltou. Quem anteviu a mudança e posicionou-se, usufruiu. Quem ficou a aguentar estoicamente que a mudança passasse, acabou por ser ultrapassado, nunca compreender o que realmente aconteceu e a desdenhar a actual realidade. O futuro será de quem ganhou e está a ganhar com a crise. Sim meus caros, ou acham que o dinheiro desapareceu? Nada disso, ele apenas mudou de mãos e continua a mudar. O mercado está fantástico para comprar! Só temos de perceber quais as empresas que irão ser os colossos daqui a 10 anos. Crise a terminar em 2010? Só mesmos os especialistas para afirmar isso. Foram esses mesmos especialistas que afirmaram tanta coisa (do género que o crude iria custar 200 dólares no final de 2008) para de pois afirmarem que ninguém estava à espera desta crise – só mesmo um especialista para ter este tipo de afirmação. O futuro é dos Traders e dos investidores que vêem isto na calma e serenidade de quem está numa esplanada com o seu portátil a ouvir Rodrigo Leão e não nos empregos, locais infestados por treinadores de bancada cheios de opiniões baseadas em muita emoção e pouca informação. O futuro empresarial passa pelas empresas que apostarem na produção de energias alternativas ao petróleo, na nano-tecnologia e bio-tecnologia. Fora algumas excepções, as outras que quiserem sobreviver terão de despedir a maioria dos seus funcionários de contratá-los como prestadores de serviços (quer directamente, quer por via de empresas especializadas – outro negócio em tendência de mercado), ou então optar pela via do Marketing de Rede já que desta forma os custos fixos são extremamente reduzidos.
O futuro das pessoas passará por serem desempregados, subsidio-dependentes, empregados em empresas de outsourcing, empregados precários, comissionistas pagos pelo valor que dão ao mercado, distribuidores em empresas de marketing de rede pagos pelo valor que eles e a sua rede de distribuição dá ao mercado, traders pagos pelo valor das operações efectuadas e investidores pagos pelos investimentos que fizeram. A decisão está nas mãos de cada um. Daqui a 10 anos veremos se este texto fará algum sentido…
www.liberdade.queromais.net

Para quem quer ter mais liberdade!
 
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por atomez » 24/2/2009 18:22

mcarvalho Escreveu:E essa a ideia de Spinola apoiada por Marcelo Caetano

Que perderam o controlo da situação perante a organização do Partido Comunista e dos seus apoios União Soviética

Essa é delirante!

O PC e URSS não tinham influência nenhuma, na altura.

Perderam o controlo foi devido à oposição ferrenha dos ditos "ultras" do regime -- Américo Tomás (era o PR, tinha o poder máximo), Kaulza de Arriaga, etc. a chamada "brigada do reumático" que obrigaram à demissão do Spinola e no curto prazo precipitaram o 25 de Abril.

De qualquer modo era tarde demais. Se tivesse sido uns 10 anos atrás talvez fosse viável, naquela altura já não. A guerra já ia longe demais, as posições estavam extremadas, a situação internacional (derrocada no Vietname), a crise do petróleo (1973, lembram-se?) tornavam essa solução impossível.

A guerra colonial foi o suicídio do regime.

Concordo que a descolonização foi um desastre. Mas podia ter sido muito pior, uma catástrofe. Pelo menos os portugueses que quiseram vir embora, os mais tarde chamados "retornados", apesar de todos os traumas e perda de bens, puderam fazê-lo em segurança. Imaginem o que seria terem de o fazer debaixo de uma derrota militar, como aconteceu com a França na Argélia ou aos EUA no Vietnam... ou pior ainda, serem impedidos de sair e acabarem por ficar numa situação como o Zimbabwe...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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por Timbrado10 » 24/2/2009 17:49

Valores, valores é o que falta!

Não conheci o Salazar, não sou desse tempo... mas quando falo em valores; honra; palavra; familia, porque é que falam no Salazar?!?

Uma coisa é igual à outra?
Claro que não! Até porque "valores; honra;palavra; familia; Pátria, nada têm haver com o anterior regime, têm sim com a formação de berço, valores ancestrais...Porra!

Tenho a certeza que a globalização seria diferente e que esta crise jamais teria existido. Existe ainda, para quem???

É sempre para o povo, é ou não é!

Fazemos de Socrates, Maria e de Chavez, José. Então que merecemos mais?????
 
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por mais_um » 24/2/2009 16:13

PETRONIO Escreveu:Caro Mais-um

Antes 25 abril também , havia liberdade, só que tinha outros contornos, e em países que estão em guerra sempre houve censura , mesmo nos democráticos.
Desde a decada de 60 as liberdadades individuais têm vindo a ser restringidas e violadas, Vasco Pulido valente escreveu no Público de Sabado um artigo a ler e há uns meses esse que foca a perda das liberdades no países europeus nos últimos 40 anos.
Liberdade é ter segurança , o que já não há e havia , basta falar com as pessoas mais velhas .
Relativamente ao plano , faça uma pequena pesquisa na net, e vê que Portugal aderiu ao plano Marshall.
O plano Marshall, foi uma medida inteligente, em que os aliados aprenderam com a história, não cometeram o mesmo erro do após I Guerra, em que humilharam a Alemanha , impuseram indeminizações de guerra absurdas que levou á hiperinflacção, ocupação do Ruhr,etc.
Foi com estes disparates , que levaram ao poder os nazis e á morte de dezenas mihões de seres humanos.
A ponte aerea a Berlim foi muito importante para retomer a confiança de muitos Alemães.
Actualmente existe um certo resurgimento, da extrema direita e nomeadamente de nazis ,na Europa de leste, o que é sinal preocupante,com o agravar da crise pode ser explosivo.
Em Portugal houve racionamento, como no resta Europa, não esquecer que Portugal foi sujeito ao bloqueio continental Inglês aparttir de 1940, recebeu muitos refugiados da cruz vermelha e outros em transito, como muitos judeus, não esquecer que Portugal foi o País neutral que salvou mais judeus.
Muitos judeus compravam alimentos e outros produtos nas mercearias de Lisboa, que enviavam para os seus parentes, só que muitas das encomendas quando chegavam ao destino ou as pessoas tinham mudado de residencia ou estavam já ,em campos de concentração.
Comida nunca faltou, os Ingleses também estavam comprar de uma forma desenfreada, devido ao crédito que salazar Lhes concedeu, que só foi totalmente pago em 1964, com uma taxa de juro muito baixa.


Caro Petronio,

As suas afirmações fazem-me lembrar aqueles que dizem que não existiu o Holocausto.

Sobre o Plano Marshall, tem razão, eu tinha a informação incompleta, já que inicialmenteo o Salazar recusou o plano, embora mais tarde, tendo em conta a crise economica que Portugal atravessava, obrigou-o a usar esses fundos.

Portugal e a construção europeia:
do Plano Marshall à CEE

"Num primeiro momento, o Governo português
rejeitou a possibilidade de aceitar
auxílio fi nanceiro americano. A decisão da
rejeição correspondia a uma forma de compromisso
entre a vontade de preservar os
grandes princípios pelos quais se regia a diplomacia
de Oliveira Salazar e estar presente
em Paris. O Governo português queria
manter o País economicamente autónomo,
mas dependia, em assinalável proporção,
dos fornecimentos do exterior para
“viver” e para se autonomizar. Por isso,
embora a abominação das consequências
económicas da cooperação fosse real, a

aproximação aos seus principais parceiros
comerciais impunha-se-lhe de forma inexorável.
Decorreu apenas um ano para que o Governo
português, confrontado com o agravamento
da situação económica e fi nanceira
do País, se visse obrigado a alterar a
decisão inicial de dispensar do auxílio fi -
nanceiro Marshall. Na verdade, ao longo
dos primeiros meses de 1948, assistiu-se,
pela primeira vez desde há alguns anos, a
uma deterioração acentuada da situação
fi nanceira e cambial nacional. Tendo evitado,
até ao limite da sua capacidade negocial,
recorrer ao fi nanciamento norteamericano,
a 20 de Julho de 1948, Oliveira
Salazar, colocou, por fi m, a hipótese de recorrer
ao auxílio Marshall. A impotência
das autoridades portuguesas face à implacabilidade
da crise fi nanceira e comercial
que alastrava no País não oferecia mais alternativas.
Perante o dilema: o auxílio americano
ou a ruptura monetária e fi nanceira,
o Presidente do Conselho usou da fl exibilidade
necessária para conduzir uma das
mais signifi cativas alterações da política externa
portuguesa levada a cabo durante a
vigência do Estado Novo."

Maria Fernanda Rollo, extraido da ordem dos engenheiros


Sobre a fome, enfim, se o meu pai e a minha mãe lessem as suas afirmações, penso que um conjunto de mentiras seria o mais simpatico que poderiam dizer sobre os seus comentarios.

Em 1945, as condições de vida das classes populares eram muito más e o retrato estatístico não andava longe dos Esteiros do escritor neo-realista Soeiro Pereira Gomes. A dieta calórica de muitos portugueses andava perto da de muitos moçambicanos de hoje e as doenças intestinais matavam cedo. O racionamento e a falta de géneros, associados a salários muito baixos, marcaram várias vagas grevistas a partir de 1942 e até os sindicatos corporativos se movimentaram na revolta.

http://dn.sapo.pt/2005/05/18/opiniao/portugal_1945.html


Descrição: Faltam quase todos os produtos de consumo corrente em Lisboa. O açucar,o arroz e o bacalhau são acrescentados ao rol dos produtos racionados

Fonte: TELO, António, Portugal na Segunda Guerra Mundial (1941-1945), Vol. II, Lisboa, Vega, 1991



Se era assim em Lisboa está a imaginar como seria na provincia...

O cerne da questão, do meu ponto de vista, é que o regime do Estado Novo foi prejudicial para o país, beneficiou alguns em detrimentos dos restantes, com as condições que possuia podia ter desenvolvido o país muito mais, se utilizarmos os outros paises do nosso espaço como comparação, a europa ocidental, verificamos que após a 2ªguerra mundial, esses paises practicamente destruidos conseguiram recuperar e ultrapassar-nos novamente nas condições de vida das suas populações, alguns como o caso da Finlandia que no principio do seculo XX praticamente não tinha escolas, ao contrario de nós, passaram mesmo para a liderança mundial no que diz respeito ao bem estar do seu povo, mesmo sem colonias....

O seu discurso está desactualizado à 40 anos, parece o ministro da propaganda iraquiano a afirmar que estavam a derrotar os americanos e estes a escassos Km de Bagdad.

Cumprimentos,

ALexandre Santos
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por mcarvalho » 24/2/2009 16:10

Caro Petronio


E essa a ideia de Spinola apoiada por Marcelo Caetano

Que perderam o controlo da situação perante a organização do Partido Comunista e dos seus apoios União Soviética

Ninguém se convença que Marcelo Caetano não estava a par do que ia acontecer.. ele era um reformista INGÉnuo e cansado .. foi por obrigação para o Governo depois de ter dito muitas vezes não.. Ele era um Professor não um pol´´itico

Ler Livro de Spinola "Portugal e o futuro" escrito um ou dois anos antes do 25

Só que á URSS e aos US não interessava Federação nenhuma .. Eles queriam as riquezas.. principalmente de Angola.. e aqui à posteriori.. alguém duvida?

Eu tive o pazer de conhecer e ser treinado por um HOMEM corajoso e generoso que morreu desiludido

o então tenente Salgueiro Maia.. Escola Prática de Cavalaria.. Santarém 1970


Morreram mais portugueses nas guerras civis pós independencia do que durante toda a guerra do Ultramar



Tudo tem a sua época e por isso se compreende algumas atitudes... É o acreditar no pai natal , é o acreditar que os meninos vêm de cegonha, é acreditar em idealismos bacocos e por fim dizer afinal o estupor do velho (normalmente do pai) tinha razão....
 
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por PETRONIO » 24/2/2009 15:47

Caro Zenith:


A solução futura seria uma federação , em que todos ganhavam, principalmente os africanos, da forma como foi feito , todos perderam, salvo as oligarquias e multinacionais.
Estive com uma pessoa que este na Guiné , e o panorama, é desolador, nem no hospital tinha electicidade ,as operações cirurgicas são feitas á luz de lanternas e algumas sem anestesia !
Os grandes responsáveis, por estas desgraças , foram os países que armaram e fomentaram guerrilha, e os Guinienses foram iludidos.
 
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A independencia?

por mcarvalho » 24/2/2009 15:33

Num mundo Global?

A independencia só interessa aos que querem fazer depender os outros da sua própria independencia

Todos se curvam e baixam até nem sei onde à China


E a China sabe esperar... e tem um plano..

E todos vão começar a dizer que cada um tem o direito a ter os seus direitos humanos e se alguém afectar o equilibrio tem que ser banido...

E os que têm muitos pruridos. são os primeiros a alinhar..........
 
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por Zenith » 24/2/2009 14:45

PETRONIO Escreveu:Caro Zenith:

Portugal estava num processo rápido de desenvolvimento, e não era sua dimensão geográfica , o impeditivo de ter as colónias, e as sinergias eram enormes, provavelmente Portugal não seria actualmente um País sem importancia , mas sim player a ter em conta, mas issio iria contra os designios de outras potencias e algumas amigas, a principal razão está ai.


Embora o comercio metropole -colonias tivesse crescido bastante durante a decada de 60, em 1973 as importações provenientes das colonias representavam cerca de 10% do total, e as exportações 15%. O comércio entre as diferentes colónias era insignificante. Dificil dizer com esses valores que se tratava de uma espaço económico coeso.
O que poderia ter acontecido a seguir ninguem o saberá, mas acho que a independencia era inevitavel. A descolonização é que poderia ter tido outro curso: poderiam os colonos eventualmente ter ficado como cidadãos de uma pais independente, ou ser um processo pacifico sem dramas economicos ou humanos.
 
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por PETRONIO » 24/2/2009 14:21

Caro Zenith:

Portugal estava num processo rápido de desenvolvimento, e não era sua dimensão geográfica , o impeditivo de ter as colónias, e as sinergias eram enormes, provavelmente Portugal não seria actualmente um País sem importancia , mas sim player a ter em conta, mas issio iria contra os designios de outras potencias e algumas amigas, a principal razão está ai.
 
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por Zenith » 24/2/2009 14:12

Timbrado10 Escreveu:É mais uma do tio Julião e do seu Sobrinho o "xico esperto"


Recebeu um adiantamento avultado e faliu?
 
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por Timbrado10 » 24/2/2009 14:06

É mais uma do tio Julião e do seu Sobrinho o "xico esperto"
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:59

Timbrado10 Escreveu:Por terras da beira sempre se falou em voz baixa da concessão e da falencia da empresa que começou a referida obra!
Daí, que oxalá a Felicia Cabrita também pertença a este forum...

Mas para te aguçar um pouco a curiosidade digo-te:
Era de um beirão que de beirão não tem nada.


Curioso estou, mas não consigo passar daí.
Vamos la, estamos em democracia, nada te vai acontecer se expuseres aqui o que se passou :lol:
 
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por Timbrado10 » 24/2/2009 13:56

Por terras da beira sempre se falou em voz baixa da concessão e da falencia da empresa que começou a referida obra!
Daí, que oxalá a Felicia Cabrita também pertença a este forum...

Mas para te aguçar um pouco a curiosidade digo-te:
Era de um beirão que de beirão não tem nada.
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:55

Não é por falta de interesse, mas acho que o tema da pirataria magrebina foge um pouco ao tópico. A não ser que os franceses não tivessem conseguido dar conta do recado e o merito da estocada final também deva ser atribuído ao Salazar :lol:
 
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por trial » 24/2/2009 13:47

Ainda havia problemas na costa Algarvia no final do século XIX, como ainda recentemente José H Saraiva lembrou num programa sobre Albufeira
“Há mouro na costa!” expressão que chegou até aos nossos dias.


Piratas magrebinos que, nesse período, raptaram mais de um milhão de europeus. Homens, mulheres e crianças que foram assim reduzidos à condição de escravos, em cidades espalhadas pelo norte de África - de Tanger a Tripoli, mas sobretudo em Argel.

O destino desta gente era sempre igual: ou a morte na viagem ou uma vida de sofrimento incalculável. Casos como o de uma irlandesa que se casou com um califa de Marraquexe são a ínfima fuga à regra da servidão e da morte.

A Calábria, a Andaluzia e a Sicília foram as mais castigadas. Mas aldeias costeiras inglesas, e mesmo mais a norte, nunca estiveram longe do perigo. O nosso Alentejo também sofreu estas agruras; e consta que, numa só noite de 1617, mais de 1.200 madeirenses foram levados para infiéis masmorras de onde nunca voltaram.

Os cálculos de historiadores britânicos consultados pela BBC apontam para um total de 1.250.000 europeus assim escravizados. É apenas um décimo dos africanos vendidos entre 1500 e 1800; mas, mesmo assim, é um número assombroso. E a prova que, nestes pecados mais sombrios e infames, há sempre mais culpados do que à primeira vista se calcula.
 
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por PETRONIO » 24/2/2009 13:43

Caro Zénith:

Não havia liberdade total, mas havia segurança, mas tenho familiares , que falavam abertamente contra o regime e nunca fora incomodados.
A maior manifestação de sempre em Portugal , foi em 1963, e acho nimguém estava lá obrigado.
O regime também tinha muitos apoiantes, basta ver a popularidade e banhos de multidões, de Marcelo Caetano, e tinha menos seguranças .
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:41

Timbrado10 Escreveu:Zenith

Oxalá que a Felicia Cabrita também faça parte deste forum.
E tanha a mesma curiosidade que tu!

Edificio da GNR de Castelo Branco...


Realmente não sei de nada. Que se passou?
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:40

PETRONIO Escreveu:Caro Zenith:


A Argélia foi ocupada em 1830, em que a França , prestou um bom serviço , porque eliminou definitivamente o ninho de piratas de Argel.
O que obrigava Portugal desde D. Manuel I, a ter a frota do estreito.
Os piratas navegavam junto ás costas dos países mediterraneos e atlanticos , para aprisionar navios , ou em busca de escravos , para as galés e pedreiras.
Aldeias da Islandia , Irlanda e Inglaterra , desapareceram completamente, porque as suas populações foram raptadas.


Isso foi o pretexto oficial mas tudo bem. Só não percebo qual a relação com o que se estava a discutir.
 
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por Timbrado10 » 24/2/2009 13:35

Zenith

Oxalá que a Felicia Cabrita também faça parte deste forum.
E tanha a mesma curiosidade que tu!

Edificio da GNR de Castelo Branco...
 
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por PETRONIO » 24/2/2009 13:33

Caro Zenith:


A Argélia foi ocupada em 1830, em que a França , prestou um bom serviço , porque eliminou definitivamente o ninho de piratas de Argel.
O que obrigava Portugal desde D. Manuel I, a ter a frota do estreito.
Os piratas navegavam junto ás costas dos países mediterraneos e atlanticos , para aprisionar navios , ou em busca de escravos , para as galés e pedreiras.
Aldeias da Islandia , Irlanda e Inglaterra , desapareceram completamente, porque as suas populações foram raptadas.
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:15

PETRONIO Escreveu:Caro Mais-um

Antes 25 abril também , havia liberdade, só que tinha outros contornos


Pois havia. Havia uma liberdade absoluta para exaltar os méritos do regime :lol:
 
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por Zenith » 24/2/2009 13:11

PETRONIO Escreveu:Caro Atomez,

A França tem o departamento ultramarino : Reunião,Guiana Francesa, Polinesia Francesa, Comores, Guadalupe e umas ilhas próximas da Antartida ( que o objectivo futuro é ter uma parcela na Antartida e os recursos de pesca ),etc.
A Inglaterra também tem o seu departamento ultramarino, Malvinas ( não a entregou aos Argentinos) , St Helena, etc.
Os interesses imperiais continuam, especialmente no caso Francês.
Alguns dos países Europeus abandonaram , devido a derrotas militares, caso da França , ou não terem vontade de lutar caso Belga.

A politica colonial podia ter alguns pontos negativos , mas no seu compto estava certa,houve um grande investimento e esforço para desenvolver as colonias, para beneficio de todos, barragem de cahora-bassa, estradas , pontes , escolas, as populações rurais estavam a ter grandes beneficios económicos e sanitários.
O Pacheco Pereira , é de opinião e não é único, que os Países colonizadores fizeram um investimento superior ao retorno.
A descolonização desastrosa, foi consequencia do 25 Abril, e de quem a negociou, e das forças que colaboravam com o império soviético.
É que em Portugal havia a quinta coluna que colaborava com inimigo ( não esquecer que havia guerra fria).
Tem de pensar pela prória cabeça , e fazer uma analise menos ideológica, mas fria, e vê que tenho razão.
A maioria da população ainda está muito influenciada pelos media , e também não imparciais e com muita influencia do politicamente correcto.


O império colonial francês representa cerca de 2% da população (em area bastante mais já que a Guiana é do tamanho de Portugal).No caso britânico a população é irrisória (uma dezena de milhares quanto muito).
Com excepção da polinésia que é um território com autonomia,no caso francês todos os outros são departamentos sujeitos aos mesmos direitos e deveres impostos pela administração ultra-centralista da França. Creio que a França não tem neste momento grandes dividendos economicos desses territorios, ebora a Guiana e as ilhas do pacifico sirvam ou serviram interesses estrategicos (base para lançamentos de satelites e ensais atomicos). No caso inglês devem ter mais despesas em enviar para lá representantes do governo do que o aquilo produz.

Outros pontos:
Houve investimento por parte das potências coloniais europeias nas colónias. Sem o investimento da metropole esses países estarima mais parcos em infrastruturas na altura das respectivas indepêndencia.

A avaliação do investimento vs retorno em termos da diferença de fluxos entrada saída não faz sentido. Se eu for buscar por um preço de 100 matérias primas que de outra maneira não tinha acesso e alavancado nisso aumentar o PIB em 5000, depois posso reinvestir 500 na colonia. O fluxo é muito favravel á colonia, mas internamente o PIB da metropole aumentou muito mais. No entanto disse isso apenas para que as coisas sejam rigorosas. No caso português dada a inexistencia de industria que pudesse aproveitar os recursos ultramarinos, penso que a metropole nada lucrou com as colonias.

Acho que o colonialismo não tinha hipoteses de sobrevivencia. Mesmo a França com uma comunidade instalada na Argélia á 4 ou 5 gerações, conferindo (não sei bem a partir de que data) o estatuto de departamento á Argelia, não consegui mante-la integrada na França, não era de esperar que um país de recursos limitados como Portugal,com uma estrutura economica incipiente incapaz de criar sinergias com as colonias, pudesse fazer melhor. Concordo no entanto que a descolonização foi desastrosa.
 
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