Falência da Republica Portuguesa iminente?
Elias Escreveu:Risco da dívida portuguesa é o que mais sobe hoje
07.09.2010 - 12:29 Por Lusa
O risco da dívida pública portuguesa a dez anos é hoje o que mais sobe no mundo, com um aumento de 18,3 pontos base, para 315,05 pontos-base, de acordo com os dados da agência financeira Bloomberg.
Os credit default swaps (CDS) – títulos que protegem o investidor de eventuais riscos da dívida soberana – associados aos títulos de dívida pública portugueses com maturidade a dez anos agravavam-se hoje em 18,3 pontos base, fazendo com que o custo anual para segurar os títulos de dívida a dez anos no valor de 10 milhões de euros se agrave para os 315,05 mil euros anuais.
Em termos absolutos, Portugal subiu hoje para a sétima posição na tabela dos países com maior risco de incumprimento dos títulos de dívida soberana, numa lista liderada pela Venezuela e Grécia e em que a Argentina ocupa o terceiro lugar.
Quanto aos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos, os mesmos situam-se hoje nos 5,7667 por cento, de acordo com a Bloomberg, o que significa que o prémio pedido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em vez da dívida alemã (2,2610 por cento) está em 354,5 pontos base, um novo máximo histórico.
Isto significa que o custo de financiamento da dívida está a acompanhar a subida da percepção do risco da dívida.
Humm... posso estar enganado mas tenho a percepção que estas noticias aparecem sempre um ou dois dias antes dos leilões de divida publica, como é o caso. E depois voltam a descer. Alem disso li em tempos que os montantes das dividas cobertos pelos CDS são irrisórios.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Risco da dívida portuguesa é o que mais sobe hoje
07.09.2010 - 12:29 Por Lusa
O risco da dívida pública portuguesa a dez anos é hoje o que mais sobe no mundo, com um aumento de 18,3 pontos base, para 315,05 pontos-base, de acordo com os dados da agência financeira Bloomberg.
Os credit default swaps (CDS) – títulos que protegem o investidor de eventuais riscos da dívida soberana – associados aos títulos de dívida pública portugueses com maturidade a dez anos agravavam-se hoje em 18,3 pontos base, fazendo com que o custo anual para segurar os títulos de dívida a dez anos no valor de 10 milhões de euros se agrave para os 315,05 mil euros anuais.
Em termos absolutos, Portugal subiu hoje para a sétima posição na tabela dos países com maior risco de incumprimento dos títulos de dívida soberana, numa lista liderada pela Venezuela e Grécia e em que a Argentina ocupa o terceiro lugar.
Quanto aos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos, os mesmos situam-se hoje nos 5,7667 por cento, de acordo com a Bloomberg, o que significa que o prémio pedido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em vez da dívida alemã (2,2610 por cento) está em 354,5 pontos base, um novo máximo histórico.
Isto significa que o custo de financiamento da dívida está a acompanhar a subida da percepção do risco da dívida.
07.09.2010 - 12:29 Por Lusa
O risco da dívida pública portuguesa a dez anos é hoje o que mais sobe no mundo, com um aumento de 18,3 pontos base, para 315,05 pontos-base, de acordo com os dados da agência financeira Bloomberg.
Os credit default swaps (CDS) – títulos que protegem o investidor de eventuais riscos da dívida soberana – associados aos títulos de dívida pública portugueses com maturidade a dez anos agravavam-se hoje em 18,3 pontos base, fazendo com que o custo anual para segurar os títulos de dívida a dez anos no valor de 10 milhões de euros se agrave para os 315,05 mil euros anuais.
Em termos absolutos, Portugal subiu hoje para a sétima posição na tabela dos países com maior risco de incumprimento dos títulos de dívida soberana, numa lista liderada pela Venezuela e Grécia e em que a Argentina ocupa o terceiro lugar.
Quanto aos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos, os mesmos situam-se hoje nos 5,7667 por cento, de acordo com a Bloomberg, o que significa que o prémio pedido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em vez da dívida alemã (2,2610 por cento) está em 354,5 pontos base, um novo máximo histórico.
Isto significa que o custo de financiamento da dívida está a acompanhar a subida da percepção do risco da dívida.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Caro jmhp
Caro jmhp.o título do jornalista do expresso henrique raposo tem o seu fundo de verdade mas (apenas) desta vez...
digo desta fez por muitas são os artigos em que fala de forma ofensiva sobre assuntos que desconhece, ou pouco conhece ou mesmo está mal informado. uma que me ficou na memória foi "A lata dos Enfermeiros". Ao Sr henrique não havia necessidade!!! bem sei que quer ser polémico para vender papel para haver dinheiro para lhe pagarem o seu ordenado mas escusa de o fazer à custa de má educação e má linguagem sobretudo num jornal com a classe do Expresso! talvez o sr em causa é que pode não ter classe para o jornal.
bem hajam
cipra
digo desta fez por muitas são os artigos em que fala de forma ofensiva sobre assuntos que desconhece, ou pouco conhece ou mesmo está mal informado. uma que me ficou na memória foi "A lata dos Enfermeiros". Ao Sr henrique não havia necessidade!!! bem sei que quer ser polémico para vender papel para haver dinheiro para lhe pagarem o seu ordenado mas escusa de o fazer à custa de má educação e má linguagem sobretudo num jornal com a classe do Expresso! talvez o sr em causa é que pode não ter classe para o jornal.
bem hajam
cipra
God save the stocks not the Queen!
- Mensagens: 13
- Registado: 11/4/2010 18:00
- Localização: 14
Ha mais de 3 deecadas...
que esta canalhada se instalou e, com pequenas excepc,oes, se manteve ("entrincheirou" disse "varus" muito bem) no Poleiro do Poder.
Agora... quem laa os poos que os tire.
E nao vai ser faacil; isto ee gente que soo sai ao empurrao.
Agora... quem laa os poos que os tire.
E nao vai ser faacil; isto ee gente que soo sai ao empurrao.

- Mensagens: 2713
- Registado: 22/4/2003 23:12
mais_um Escreveu:nunofaustino Escreveu:Ele muito bom a credibilizar e endireitar a economia até à segunda guerra.
Quando se governa em ditadura é facil fazer o que ele fez, aumentou os impostos e cortou na despesa.nunofaustino Escreveu: Foi fantástico quando não entrámos na segunda guerra.
Sim foi fantasico, mas não foi opção nossa (Salazar), isso é mais um mito. Não fomos invadidos porque os Espanhois desistiram, porque o plano chegou a ser feito.
A nossa posição foi mais ou menos a seguinte, imagina um miudo que é franzino e que tem que passar por um local onde há "gajos" maus, ele passa, os "gajos" maus até olham para ele mas decidem não fazer-lhe mal, ele depois vai ter com os amigos e diz, eu sou memos bom, passei ao pé dos "gajos" maus e convenci-os a não fazer-me mal, digam-la que eu não sou esperto?
Não sou apologista de nenhuma ditadura porque normalmente surgem para resolver um problema e depois elas mesmo tornam-se num problema...
Porém, tentem avaliar se aquilo que temos actualmente caminha para uma sociedade mais justa onde as políticas são feitas em função do povo ou em função dos interesses apenas de alguns?
Digam-me como é que se aprovam aumentos de impostos porque nos estão a dizer que estamos perto do precipício e no mesmo dia se anuncia que uma autoestrada vai ser construída e que ficará bem mais cara que os imposto que se vão cobrar!
Digam-me como é que se aprova uma linha de TGV quando e ex-administrador da Rave diz que é um suicídio ( pois em vez do custo de uma linha teremos o custo de 3 linhas, uma de passageiros, outra de carga temporariamente em bitola antiga e depois teremos de construir outra de TGV para mercadorias).
Será isto democracia? Acho que isto é um ROUBO CLARO que estão a fazer a todos os portugueses e democraticamente nada podemos fazer!!!!
- Mensagens: 6450
- Registado: 7/4/2007 17:13
- Localização: Algarve
nunofaustino Escreveu:Ele muito bom a credibilizar e endireitar a economia até à segunda guerra.
Quando se governa em ditadura é facil fazer o que ele fez, aumentou os impostos e cortou na despesa.
nunofaustino Escreveu: Foi fantástico quando não entrámos na segunda guerra.
Sim foi fantasico, mas não foi opção nossa (Salazar), isso é mais um mito. Não fomos invadidos porque os Espanhois desistiram, porque o plano chegou a ser feito.
A nossa posição foi mais ou menos a seguinte, imagina um miudo que é franzino e que tem que passar por um local onde há "gajos" maus, ele passa, os "gajos" maus até olham para ele mas decidem não fazer-lhe mal, ele depois vai ter com os amigos e diz, eu sou memos bom, passei ao pé dos "gajos" maus e convenci-os a não fazer-me mal, digam-la que eu não sou esperto?

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
varus Escreveu:Caro mais um :
O país só tem hipóteses de resolver uma parte dos problemas, com jovens sérios e honestos, e que limpem esta classe politica cheia de vícios.
Aqui estamos de acordo.

A situação mais grave foi no PREC , e pouco depois, em que o José Silva Lopes , teve que ir a Basileia , pedir dinheiro como garantia o ouro do banco de portugal, e ainda dizes que o ouro não é importante.
Nessa época já havia racionamento de bens alimentares.
Sobre a importancia do ouro e a sua utilização:
Porquê deter ouro nas nossas reservas cambiais?
Com frequência regressa o interesse dos media e dos observadores, em geral, sobre o tema das reservas de ouro do nosso Banco Central. E não é demais reflectir de novo sobre o assunto, quando a cotação no mercado quase atingiu o impressionante valor de 1000 US$ a onça-troy.
Com frequência regressa o interesse dos media e dos observadores, em geral, sobre o tema das reservas de ouro do nosso Banco Central. E não é demais reflectir de novo sobre o assunto, quando a cotação no mercado quase atingiu o impressionante valor de 1000 US$ a onça-troy.
Pela sua importância refiro a notícia no Jornal de Negócios, de 19 de Março de 2007, intitulada "Ouro vale mais mil milhões apesar da venda de reservas" , outra, muito recente, do Diário Económico de 30 de Janeiro de 2008, intitulada "Ouro engorda reservas do Banco de Portugal" e ainda, bastante mais antiga, é certo, a sistematizar a questão duma forma notável, como é seu timbre, a nota do Prof. Jacinto Nunes, na revista Homem Magazine, intitulada " A riqueza das nações: o mito do ouro". Nesta se clarificam algumas "mitificações" do já de si mitificado "ouro monetário".
Na mesma nota fica-se a saber que o ouro esteve longe de ser uma obsessão de Salazar, que o ouro pertencia (e pertence) ao Banco Central e que o poder de decisão sobre alienação ou forma de aplicação coube sempre (e continua a caber, excepto na parte em que partilhamos reservas com o Banco Central Europeu), à administração da instituição. A ideia que já tem sido levantada, de alienar este "pecúlio" para acudir a "certas necessidades nacionais", é também aí muito bem analisada.
Particularmente interessante, e muito ponderada, é a observação contida no ponto 2 da dita nota, que reza assim: "A seguir ao 25 de Abril foi altamente benéfica a existência de uma forte componente de ouro nas nossas reservas cambiais. As limitações nas vendas de ouro ou na concessão de empréstimos garantidos por ouro, obrigaram-nos a encarar mais cedo a realidade. Se as reservas fossem constituídas basicamente por moeda estrangeira, tudo teria marchado na voragem e teríamos tido um período mais prolongado de "folgança"". Anoto as duas expressões muito eloquentes : "marchado" e "folgança".-
Esta adjectivação e a satisfação da atitude prudencial então adoptada, são a nota saliente de uma época muito difícil, em que o Professor, e outros, entre os quais eu próprio, acompanharam a degradação das condições cambiais do País, durante alguns muito difíceis anos pós-revolucionários.
Foi sempre difícil de entender, para muita gente, esta questão, supostamente estranha, de o ouro dos cofres do Banco pertencerem a este, (e, como tal, figurarem no seu activo contabilístico empresarial), e não ao Governo, à República ou ao Povo.
O mais espantoso para toda a gente é, porém, saber como sucedeu que a cotação inicial de pouco mais de 35 dólares a onça, (1961) tenha subido a cerca de 800 dólares a onça, por volta do início dos anos oitenta, e, depois de uma trajectória de redução de valor, tenha voltado a subir, de tal forma que quase atingiu os não menos míticos 1000 dólares a onça, no início deste ano 2008.
O gráfico que o Diário Económico apresenta, tem muito interesse, por dar a magnitude física e o valor de mercado das reservas do Banco de Portugal, desde a Revolução.
Percebe-se assim a descida de um nível de mais de 800 toneladas, antes da Revolução, para um patamar abaixo das 400 toneladas, na actualidade.
Reconhece-se a queda ocorrida até ao início dos anos 80, cuja razão de ser, mesmo o cidadão comum intui facilmente. Daí em diante o gráfico mostra que só no início do novo século (e do milénio) volta a haver redução para um pouco mais de 600 toneladas. E, por fim, transacções posteriores, certamente relacionadas com decisões das autoridades monetárias nacionais e internacionais e da nossa entrada na União Europeia e no Euro, trazem o "stock" para menos de 400 toneladas, no presente.
Quer dizer que a tese de "valer mais transformar o ouro em "foreign currency"" não comandou totalmente os destinos daquele "pecúlio", mesmo depois de desmonetarizado o ouro, pelas autoridades monetárias internacionais. Anote-se que os outros países com fortes reservas de ouro também foram parcimoniosos nas suas alienações.
Segundo o Jornal de Negócios, daquela data de 2007, "o País (leia-se, o Banco de Portugal), alienou 225 toneladas de ouro em quatro anos, mas o valor disparou".
Repare-se que, mesmo assim, o valor do "pecúlio" em 2008 terá sido de cerca de 12,59 mil milhões de dólares, que comparam com 14,34 mil milhões em 1980, pouco depois da primeira alienação por razões de "serviço público e interesse nacional".
No mesmo artigo do Jornal de Negócios mostra-se como Portugal está entre os 14 países do mundo com maior percentagem de reservas em ouro. À cabeça destes, pese embora a decisão de Nixon da declaração de inconvertibilidade, para parar a assustadora vaga de solicitações para conversão do dólar, Forte Knox continua a registar mais de 8 mil e cem toneladas do precioso "metal de quatro noves" de pureza metálica.
Em local apropriado, e para fins académicos (*), eu próprio procurei mostrar o que na minha opinião se podia dizer sobre a questão "vender ou não o ouro", trocando-o por divisas fortes, convertíveis, tirando da aplicação feita os rendimentos possíveis, superiores aos que se poderiam obter com a aplicação em ouro em mercados pouco experimentados.
O "saboroso" peso da "pesada herança" de metal amarelo, foi a razão principal da disponibilidade de todo o mundo financeiro, para, em operação sem paralelo, no período inicial da Revolução, apoiar Portugal num transe difícil (escassez de divisas para as liquidações diárias de operações correntes da Balança de Pagamentos).
Foi uma operação de considerável peso, a que se deu o nome de "Grande Empréstimo", e pela única vez feito ao próprio Banco Central. E só a este "borrower" e não a qualquer outro, vários países se dispunham a conceder fundos de empréstimo.
Trata-se de operação muito complexa, de que a maior parte da população, de tão nervosa com o "processo revolucionário em curso", mal se apercebeu.
Mas ficou muito claro que a prudência da conservação deste "pecúlio " foi a principal razão do sucesso desta operação, quase não apercebida pelo País, e não a "amizade ou interesse político" dos chamados "países amigos".
As tentativas posteriores de dar algum rendimento às reservas de ouro, foram sempre muito cautelosas. E essas cautelas haveriam de mostrar-se sensatas pois um conhecido caso Drexel, relacionado com uma muito badalada falência no sector financeiro, ligado com o então "neo-negócio" dos "junk bonds", viria a alastrar a outras entidades que aceitavam remunerar empréstimos do metal amarelo por períodos curtos. Vários bancos centrais iniciaram esta experiência e cedo se arrependeram, como os "media" da época abundantemente mostraram.
No nosso caso o pequeno activo envolvido, a título experimental, acabou por ser recuperado, até em valor superior, ao que julgo saber, após processo judicial onde o Federal teria apoiado a posição dos bancos centrais.
Poderá perguntar-se :"mas afinal" para que serve o ouro das nossas reservas? Se estas são partilhadas em parte com os parceiros do Banco Central Europeu?
Se recorrermos à informação prestada pela própria Lei Orgânica do Banco de Portugal na sua formulação de 1990 (DL 337/90), e em particular aos seus artºs 15º e 16º percebe-se que ao Banco cabe a defesa da "estabilidade do valor da moeda nacional" e que, para isso, deterá disponibilidades sobre o exterior, e etc., que cubram as responsabilidades em moeda nacional.
Este era o papel importante do Banco Central e nele assentava a defesa do escudo como meta principal. E sendo o ouro um "asset" dos de maior estabilidade, no sentido de que o seu valor não oscilava, pelas mesmas razões e da mesma forma que as demais moedas do mercado de câmbios, detê-lo em stock acrescentava, e muito, à capacidade de desempenhar a tarefa estatutariamente estabelecida.
Perguntar-se-á : "então e agora, que quem trata da defesa da moeda é o Banco Central Europeu e já nem existe moeda nacional para isoladamente defendermos?
Mesmo antes de aparecer o euro, o Fundo Monetário Internacional defendeu a exclusão do ouro de "asset monetário", e defendeu que os países aderentes ao FMI procedessem, paulatinamente (por razões de mercado e de defesa do valor), à alienação do seu ouro de reserva, tendo ele próprio iniciado as suas alienações.
O surgimento do Euro e a entrada de Portugal, primeiro com o escudo no cabaz do ÉCU, e agora na zona do Euro, haveria de trazer uma razão acrescida para alienações. Penso que o nosso Banco Central o terá feito em alienações pequenas e programadas (porventura combinadas com o BCE).
Ao BCE cabe agora a defesa da estabilidade do euro. Pareceria, assim, que o BC português deixou de ter a obrigação que lhe era apresentada pela sua anterior Lei Orgânica, e, consequentemente, teria deixado de existir a principal razão para a detenção de ouro nas reservas cambiais. E a articulação com o BCE na gestão das reservas, poderia também ser invocada para justificar a alienação de ouro, ou pelo menos de algum ouro. Mas a margem de manobra deixada aos bancos centrais nacionais é muito grande.
Parece, pois, que a razão única pela qual ainda existe muito metal em stock (atenção, tal como em todos os países apontados no artigo do Jornal de Negócios), será o desejo de não perturbar o mercado deste metal, e, ir guardando "prudencialmente", (sem perder de vista os outros países), o capital de segurança que, apesar de tudo, (e como se mostra nas cotações de Janeiro de 2008) o "metal amarelo" ainda representa.
(*)Moeda e Instituições Financeiras, D. Quixote/ISG, 2ª edição, 1998, (pag 94).
Walter Marques - Professor no ISG
Fonte: Jornal de Negocios
varus Escreveu:
O estado novo já não tem haver com a crise actual , se calhar o Salazar é grande culpado, peço desculpa mas estás outra vez a delirar.
Um trabalho interessante que resumidamente dá pistas para a origem de alguns dos nosso problemas actuais:
www.francodigi.com/ensino/pps/9ano/Esta ... _Novo.ppsx
Como compreendo que tenha saudades desses tempos!
varus Escreveu:Quanto á solidez do escudo ,no estado novo, é só ver a sua evolução histórica e paridades, com os principais moedas, desde 1930.
Força, fico na espectativa de finalmente colocar aqui algo que sustente as suas afirmaçãos. Sou todo olhos para ver essas tabelas e/ou graficos.
varus Escreveu:
Pergunte a quem quiser , ver estatisticas , a divida externa portuguesas em niveis mais baixos de sempre em 1973, e aumento de reservas de ouro na decada de 60, o escudo era uma moeda forte .
Só está a confirmar que o Estado Novo fez exactamente como o exemplo que eu referi, viver na miseria mas ter dinheiro no banco, fantastico!
varus Escreveu:Como gostas de estatisticas , consulta-as.
Mas digas disparates.
Compreendo, é complicado para quem viveu no Estado Novo com privilégios e mordomias aceitar os tempos actuais. Eu sei que para uma minoria da população foram bons tempos mas a herança que deixaram foi terrivel, um empresariado a viver debaixo da protecção do regime, uma população activa quase analfabeta, a pequena corrupção enraizada na sociedade, era um jeitinho para aqui, um jeitinho para ali, a maioria dos funcionários publicos julgavam-se uma classe superior e faziam valer essa posição junto da restante população, um exercito monstruoso que ainda custa milhões por ano em reformas, tendo nós chegado ao ponto de termos tido mais almirantes no activo que navios!
Sem comentários!
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
comentário
Caros
Em política, a soma de 2 mais 2 não é igual a 4....pode ser menos do que isso mas, tendencialmente, tentará ser uma quantia que seja de acordo com os objectivos políticos pretendidos.
Portugal tem dinheiro para fazer face ao que deve dentro do prazo que vai negociando.
O mal é que os actuais credores....sabem que Portugal tem mesmo dinheiro para pagar e querem extorquir-lhe esse dinheiro ou esse capital seja de que modo for.
Isto em política não é nada ortogonal......tal como a lógica dos economistas sob a aridez das suas equações...e por isso andam confundidos.
Caros...temos de começar a pensar com respeito da verdade das coisas que se procura.
Pensar meus Senhores!!!
E estamos nós a emprestar 700.000.000 de euros à Grégia....mais 800.000.000 de euros a Angola....mais 1000.000.000 para a Madeira.
Pensem meus Caros...a política tem circunvoluções insondáveis.
A propaganda é imensa. Talvez possamos passar pelos intervalos.
Para já a Europa e a sua união é um mito.
Uma tremenda pessegada de egoísmos e cobiças...tantos como no sec XIX antes da conferência de Berlim.
Portugal ainda tem de ensinar muito à cinzenta europa dos gordos....e dos generosos alemães, os galegos, condicionados pela sua revolta no sec XX.
cumps
Em política, a soma de 2 mais 2 não é igual a 4....pode ser menos do que isso mas, tendencialmente, tentará ser uma quantia que seja de acordo com os objectivos políticos pretendidos.
Portugal tem dinheiro para fazer face ao que deve dentro do prazo que vai negociando.
O mal é que os actuais credores....sabem que Portugal tem mesmo dinheiro para pagar e querem extorquir-lhe esse dinheiro ou esse capital seja de que modo for.
Isto em política não é nada ortogonal......tal como a lógica dos economistas sob a aridez das suas equações...e por isso andam confundidos.
Caros...temos de começar a pensar com respeito da verdade das coisas que se procura.
Pensar meus Senhores!!!
E estamos nós a emprestar 700.000.000 de euros à Grégia....mais 800.000.000 de euros a Angola....mais 1000.000.000 para a Madeira.
Pensem meus Caros...a política tem circunvoluções insondáveis.
A propaganda é imensa. Talvez possamos passar pelos intervalos.
Para já a Europa e a sua união é um mito.
Uma tremenda pessegada de egoísmos e cobiças...tantos como no sec XIX antes da conferência de Berlim.
Portugal ainda tem de ensinar muito à cinzenta europa dos gordos....e dos generosos alemães, os galegos, condicionados pela sua revolta no sec XX.
cumps
- Mensagens: 940
- Registado: 3/12/2007 20:31
- Localização: 14
O problema actual é o " sistema" não aceita governantes tipo Salazar, porque a clientela política já está entrincheirada no sistema, e a viver á grande .
Agora são os desempregados é tem que pagar as favas, se houvesse cortes , nos pareceres, nos institutos e fundações, e pópós de alta gama, e correr com as alcateias de parasitas, já havia dinheiro, para muitos infelizes, que não tem emprego e esperança.
Agora são os desempregados é tem que pagar as favas, se houvesse cortes , nos pareceres, nos institutos e fundações, e pópós de alta gama, e correr com as alcateias de parasitas, já havia dinheiro, para muitos infelizes, que não tem emprego e esperança.
- Mensagens: 804
- Registado: 21/3/2009 15:45
- Localização: 14
nunofaustino Escreveu:Isso de falar de Salazar como um Deus da economia e do bem gerir é uma tanga do caraças...
Se ainda tivéssemos uns milhões de escravos, ou trabalhadores a ganhar bem perto disso, a trabalhar para nós, como é que Portugal estava?
Ele muito bom a credibilizar e endireitar a economia até à segunda guerra. Foi fantástico quando não entrámos na segunda guerra. Mas foi horrível quando não investiu na educação, formação e na indústria daí para a frente.
Um abr
Nuno
Quando falamos dos governos e dos políticos deveremos tentar ver toda a envolvência que antecedem as governações, o período da governação, e toda a envolvência mundial.
E em todos eles (independentemente da cor política) encontraremos coisas boas e coisas más... temos é de pesar na balança para ver se temos mais benefícios ou dores de cabeça!!!
O Salazar surgiu numa altura em que o país estava sem rumo, desmoralizado, descredibilizado, perto da bancarrota e com uns governos a cair uns atrás dos outros...
Conseguiu recuperar o país, tendo alguns defeitos como a limitação da liberdade e fechar o país sobre si mesmo...
No entanto foi sério como governante e tentou dar o seu melhor para o país...
Neste momento temos um governante pela liberdade máxima, sem pejo nenhum em andar envolvido em várias falcatruas ao longo da vida e que mente a todos os portugueses todos os dias.
Temos é de procurar um meio termo e acima de tudo incutir respeito pelos outros e pelo país que temos.
Os políticos "sérios" e a justiça são o garante da nossa sociedade e do nosso país e é isso que devemos EXIGIR (não temos de pedir... temos mesmo de EXIGIR) a quem nos governa e penalizar quem não nos respeita como sociedade que somos.
- Mensagens: 6450
- Registado: 7/4/2007 17:13
- Localização: Algarve
O Durão é que tinha razão, quando disse: Portugal está de tanga; ai toda a gente se riu, e até ouviu muitas criticas.
Certo é que a partir daí se tivessem tomado as medidas necessárias, não estariamos na situação em que estamos.
Alguém duvida que os mercados iram nos espremer até ao fim, se não for a nós(Estado Português) irá ser aos nossos bancos quando irem pedir dinheiro la fora.
Que por sinal irá agravar o spredd dos novos créditos, etc, etc...
Certo é que a partir daí se tivessem tomado as medidas necessárias, não estariamos na situação em que estamos.
Alguém duvida que os mercados iram nos espremer até ao fim, se não for a nós(Estado Português) irá ser aos nossos bancos quando irem pedir dinheiro la fora.
Que por sinal irá agravar o spredd dos novos créditos, etc, etc...
Isso de falar de Salazar como um Deus da economia e do bem gerir é uma tanga do caraças...
Se ainda tivéssemos uns milhões de escravos, ou trabalhadores a ganhar bem perto disso, a trabalhar para nós, como é que Portugal estava?
Ele muito bom a credibilizar e endireitar a economia até à segunda guerra. Foi fantástico quando não entrámos na segunda guerra. Mas foi horrível quando não investiu na educação, formação e na indústria daí para a frente.
Um abr
Nuno
Se ainda tivéssemos uns milhões de escravos, ou trabalhadores a ganhar bem perto disso, a trabalhar para nós, como é que Portugal estava?
Ele muito bom a credibilizar e endireitar a economia até à segunda guerra. Foi fantástico quando não entrámos na segunda guerra. Mas foi horrível quando não investiu na educação, formação e na indústria daí para a frente.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Esse é caso extremo , que estás a contar, mas o facto de Salazar preconizar a poupança, foi muito, importante, para o crescimento económico, porque um país sem poupança interna não tem futuro.
´
Actualmente existe a cultura do endividamento.
Vou contar um caso curioso, já vai uns anos.
O Herman José estava a ser entrevistado, por uma apresentadora conhecida, em que dizia que só tinha dividas e empréstimos, e a apresentadora retorquiu , dizendo que ainda bem que não tinha os hábitos salazarentos de poupar.
Está tudo dito.
´
Actualmente existe a cultura do endividamento.
Vou contar um caso curioso, já vai uns anos.
O Herman José estava a ser entrevistado, por uma apresentadora conhecida, em que dizia que só tinha dividas e empréstimos, e a apresentadora retorquiu , dizendo que ainda bem que não tinha os hábitos salazarentos de poupar.
Está tudo dito.
- Mensagens: 804
- Registado: 21/3/2009 15:45
- Localização: 14
mais_um Escreveu:varus Escreveu:Caro mais - um :
Leia este artigo
DEVE SER POR ISTO QUE CONTINUAMOS A COMEMORAR O 25 DE ABRIL
MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUERA ERA RESPEITADO Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país Portugal que respeitava os seus compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
E? Isso não impediu de continuarmos a ser um país atrasado. Já agora quer umas dezenas de artigos sobre as desgraças que o Estado Novo provocou e o que fez sofrer os portugueses?
Conto-lhe um episodio curioso que faz-me lembrar o Estado Novo, principalmenteo o Salazarismo.
Conheço um caso de um casal de velhotes que vive numa casa sem electricidade e sem agua canalizada, a senhora ainda passa a ferro, naqueles ferro a carvão. Vivem miseravelmente, a casa não tem condições nenhumas de conforto, no entanto eles tem mais de 150 mil euros no banco. Isto é um caso veridico, que espelha que o Salazar fez dos portugueses. Pobres, ignorantes e sem dividas.
Mais um no Estado novo, as pessoas eram mais sérias.
Porque axas que a Inglaterra com um defice enorme , tem financiamento ilimitado??, OU é mentira?? Apenas são crediveis, ou vais dizer-me que Teixeira dos Santos, em Outubro quando foram as eleições não saberia que o defice era de 9% e não de 4 como o Governo dizia.
Isto era mais que motivo, para as agencias de rating, fazerem o que estão a fazer, e não de especulação, como agora os nossos politicos dizem.
Seriedade acima, de tudo, a SR.Manuela é que disse a verdade, mas claro, devido a falta de imagem, não foi eleita, já é tempo de os Portugueses abrirem os olhos.
Caro mais um :
O país só tem hipóteses de resolver uma parte dos problemas, com jovens sérios e honestos, e que limpem esta classe politica cheia de vícios.
A situação mais grave foi no PREC , e pouco depois, em que o José Silva Lopes , teve que ir a Basileia , pedir dinheiro como garantia o ouro do banco de portugal, e ainda dizes que o ouro não é importante.
Nessa época já havia racionamento de bens alimentares.
O estado novo já não tem haver com a crise actual , se calhar o Salazar é grande culpado, peço desculpa mas estás outra vez a delirar.
Quanto á solidez do escudo ,no estado novo, é só ver a sua evolução histórica e paridades, com os principais moedas, desde 1930.
Pergunte a quem quiser , ver estatisticas , a divida externa portuguesas em niveis mais baixos de sempre em 1973, e aumento de reservas de ouro na decada de 60, o escudo era uma moeda forte .
Como gostas de estatisticas , consulta-as.
Mas digas disparates.
O país só tem hipóteses de resolver uma parte dos problemas, com jovens sérios e honestos, e que limpem esta classe politica cheia de vícios.
A situação mais grave foi no PREC , e pouco depois, em que o José Silva Lopes , teve que ir a Basileia , pedir dinheiro como garantia o ouro do banco de portugal, e ainda dizes que o ouro não é importante.
Nessa época já havia racionamento de bens alimentares.
O estado novo já não tem haver com a crise actual , se calhar o Salazar é grande culpado, peço desculpa mas estás outra vez a delirar.
Quanto á solidez do escudo ,no estado novo, é só ver a sua evolução histórica e paridades, com os principais moedas, desde 1930.
Pergunte a quem quiser , ver estatisticas , a divida externa portuguesas em niveis mais baixos de sempre em 1973, e aumento de reservas de ouro na decada de 60, o escudo era uma moeda forte .
Como gostas de estatisticas , consulta-as.
Mas digas disparates.
- Mensagens: 804
- Registado: 21/3/2009 15:45
- Localização: 14

Mas alguém tem duvidas, que num espaço de 5 a 6 anos não vamos fazer o Aeroporto.
Há dois meses o Governo com a sua teimosia, disse que as obras faraónicas continuavam, agora, simplesmente os mercados vêm dizer, NÃO, FAZES O AEROPORTO, PORQUE NÃO TE EMPRESTAMOS DINHEIRO.
Eu só fico espantado com a quantidade de assesores e expetes no ministério das finanças ninguém diz isto ao Sr. Primeiro Ministro.
varus Escreveu:Caro mais - um :
Leia este artigo
DEVE SER POR ISTO QUE CONTINUAMOS A COMEMORAR O 25 DE ABRIL
MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUERA ERA RESPEITADO Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país Portugal que respeitava os seus compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
E? Isso não impediu de continuarmos a ser um país atrasado. Já agora quer umas dezenas de artigos sobre as desgraças que o Estado Novo provocou e o que fez sofrer os portugueses?
Conto-lhe um episodio curioso que faz-me lembrar o Estado Novo, principalmenteo o Salazarismo.
Conheço um caso de um casal de velhotes que vive numa casa sem electricidade e sem agua canalizada, a senhora ainda passa a ferro, naqueles ferro a carvão. Vivem miseravelmente, a casa não tem condições nenhumas de conforto, no entanto eles tem mais de 150 mil euros no banco. Isto é um caso veridico, que espelha que o Salazar fez dos portugueses. Pobres, ignorantes e sem dividas.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Bull Bull Escreveu:varus Escreveu:Caro mais um :
Lembra-se de lhe ter dito há dois meses atrás , que o país estava falido, e você dizia que não.
Meu caro este é resultado de 36 anos de governação, o estado novo nunca levou o país a uma situação desesperada em que estamos a viver , pelo contrário amealhou ouro e o escudo uma moeda super credivel .
É esta a nossa sina , com governantes como estes, não se iluda com esta gente, abra os olhos.
36 anos de governação ? com estes governantes ?
Bem, acho que o mal do nosso pais é a critica, tudo está mal, ninguém sabe governar, daqui nada todos foram corruptos.
Calma pessoal, vem ai o mundial mesmo em cima. O povo mal vem uma bola esquece logo do défice![]()
Já no europeu 2008 estávamos mal, todos em geral, e lembro-me de ler que a bola iria fazer esquecer a crise.
E o Benfica já é quase campeão. A reviravolta deve acontecer já na segunda-feira...

Caro mais - um :
Leia este artigo
DEVE SER POR ISTO QUE CONTINUAMOS A COMEMORAR O 25 DE ABRIL
MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUERA ERA RESPEITADO Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país Portugal que respeitava os seus compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
Leia este artigo
DEVE SER POR ISTO QUE CONTINUAMOS A COMEMORAR O 25 DE ABRIL
MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUERA ERA RESPEITADO Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada dessa missão. Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa. Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável. Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país Portugal que respeitava os seus compromissos. Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar é nada dever a quem quer que seja". Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas. Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem. Estoril, 18 de Abril de 2010 Luís Soares de Oliveira
- Mensagens: 804
- Registado: 21/3/2009 15:45
- Localização: 14
varus Escreveu:Caro mais um :
Lembra-se de lhe ter dito há dois meses atrás , que o país estava falido, e você dizia que não.
Dizia e continuo a dizer, Portugal não está falido nem vai estar nos proximos tempos.
Se não fomos à falência em 1983 também não vamos agora.
varus Escreveu:
Meu caro este é resultado de 36 anos de governação, o estado novo nunca levou o país a uma situação desesperada em que estamos a viver , pelo contrário amealhou ouro e o escudo uma moeda super credivel .
Engano seu, foi o Estado Novo que semeou a situação actual, com a "aposta" na ausencia de formação do povo.
Sobre o mito do ouro e o Escudo ser super credivel não me faça rir. O mundo, neste caso o estado Novo não é cor de rosa só porque o afirmamos.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
varus Escreveu:Caro mais um :
Lembra-se de lhe ter dito há dois meses atrás , que o país estava falido, e você dizia que não.
Meu caro este é resultado de 36 anos de governação, o estado novo nunca levou o país a uma situação desesperada em que estamos a viver , pelo contrário amealhou ouro e o escudo uma moeda super credivel .
É esta a nossa sina , com governantes como estes, não se iluda com esta gente, abra os olhos.
36 anos de governação ? com estes governantes ?
Bem, acho que o mal do nosso pais é a critica, tudo está mal, ninguém sabe governar, daqui nada todos foram corruptos.
Calma pessoal, vem ai o mundial mesmo em cima. O povo mal vem uma bola esquece logo do défice

Já no europeu 2008 estávamos mal, todos em geral, e lembro-me de ler que a bola iria fazer esquecer a crise.

Caro mais um :
Lembra-se de lhe ter dito há dois meses atrás , que o país estava falido, e você dizia que não.
Meu caro este é resultado de 36 anos de governação, o estado novo nunca levou o país a uma situação desesperada em que estamos a viver , pelo contrário amealhou ouro e o escudo uma moeda super credivel .
É esta a nossa sina , com governantes como estes, não se iluda com esta gente, abra os olhos.
Lembra-se de lhe ter dito há dois meses atrás , que o país estava falido, e você dizia que não.
Meu caro este é resultado de 36 anos de governação, o estado novo nunca levou o país a uma situação desesperada em que estamos a viver , pelo contrário amealhou ouro e o escudo uma moeda super credivel .
É esta a nossa sina , com governantes como estes, não se iluda com esta gente, abra os olhos.
- Mensagens: 804
- Registado: 21/3/2009 15:45
- Localização: 14
Acabou a brincadeira, sr. engenheiro
I. Por que razão Manuela Ferreira Leite ganhava os debates com José Sócrates? Porque Manuela Ferreira Leite falava da realidade, enquanto o primeiro-ministro navegava na fantasia. Agora, a fantasia esfumou-se, e a realidade, diagnosticada por Manuela Ferreira Leite, está aí: a dívida está a apertar, e o país está a chegar ao ponto de colapso. Porque, de facto, ninguém lá fora acredita em nós. E há razões para isso. Que legitimidade pode ter um Governo que insiste no plano de grandes obras públicas no actual cenário?
II. Tal como salienta o professor de economia Álvaro Santos Pereira, o Governo tem de apresentar um conjunto de medidas imediatas no sentido de conter a desconfiança internacional. A primeira dessas medidas já devia ter sido apresentada há meses: acabar com os planos de obras públicas; acabar com a loucura do TGV e do aeroporto. Mais: a médio prazo, tem de acabar esta ideia de que o investimento público - financiado pela dívida - é o motor da economia. Até porque os credores internacionais estão fartinhos de financiar o socialismo português, e estão desconfiados que esse socialismo luso não vai gerar dinheiro suficiente para Portugal honrar seus compromissos. E os credores têm razão: Portugal está em crise económica há mais de 10 anos. Há mais de 10 anos que Portugal diverge da média europeia.
III. Em anexo, o Governo, apoiado pelo PSD e CDS (o BE e o PSD que fiquem a brincar aos 1976) deve dizer que errou ao anunciar que iria cortar o défice em apenas 1% neste ano. Como José Gomes Ferreira tem dito inúmeras vezes na SIC, é um absurdo esta ideia de começarmos a poupar apenas para o ano. Os cortes na despesa têm de ser feitos já. "Isto é p'ra ontem".
http://aeiou.expresso.pt/acabou-a-brinc ... ro=f579073
I. Por que razão Manuela Ferreira Leite ganhava os debates com José Sócrates? Porque Manuela Ferreira Leite falava da realidade, enquanto o primeiro-ministro navegava na fantasia. Agora, a fantasia esfumou-se, e a realidade, diagnosticada por Manuela Ferreira Leite, está aí: a dívida está a apertar, e o país está a chegar ao ponto de colapso. Porque, de facto, ninguém lá fora acredita em nós. E há razões para isso. Que legitimidade pode ter um Governo que insiste no plano de grandes obras públicas no actual cenário?
II. Tal como salienta o professor de economia Álvaro Santos Pereira, o Governo tem de apresentar um conjunto de medidas imediatas no sentido de conter a desconfiança internacional. A primeira dessas medidas já devia ter sido apresentada há meses: acabar com os planos de obras públicas; acabar com a loucura do TGV e do aeroporto. Mais: a médio prazo, tem de acabar esta ideia de que o investimento público - financiado pela dívida - é o motor da economia. Até porque os credores internacionais estão fartinhos de financiar o socialismo português, e estão desconfiados que esse socialismo luso não vai gerar dinheiro suficiente para Portugal honrar seus compromissos. E os credores têm razão: Portugal está em crise económica há mais de 10 anos. Há mais de 10 anos que Portugal diverge da média europeia.
III. Em anexo, o Governo, apoiado pelo PSD e CDS (o BE e o PSD que fiquem a brincar aos 1976) deve dizer que errou ao anunciar que iria cortar o défice em apenas 1% neste ano. Como José Gomes Ferreira tem dito inúmeras vezes na SIC, é um absurdo esta ideia de começarmos a poupar apenas para o ano. Os cortes na despesa têm de ser feitos já. "Isto é p'ra ontem".
http://aeiou.expresso.pt/acabou-a-brinc ... ro=f579073