GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
Já agora, a quem possa interessar, site com o preço dos combustíveis em França e indicação dos postos mais baratos:
http://www.prix-carburants.economie.gouv.fr/
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Pois é... não tiveram outro remédio senão mexer nos impostos (embora os espertalhões não digam quanto)
Mas já há quem os critique, porque o FH não cumpre a promessa de congelar os preços:
Para quem não se orienta com o francês fica a tradução automática do Google (está cheia de erros mas é melhor que nada
)
Mas já há quem os critique, porque o FH não cumpre a promessa de congelar os preços:
Carburants : à peine annoncée la baisse des taxes est déjà critiquée
LE MERCREDI 22 AOÛT 2012 À 08:42 mis à jour à 12:45
Face à la hausse des prix de l'essence et du diesel, le gouvernement est forcé d'agir. Pas question pour l'instant d'évoquer un blocage des prix. À la place, l'État va mettre la main à la poche en baissant de manière "modeste" et "provisoire" les taxes sur les carburants, a annoncé mercredi matin Jean-Marc Ayrault.
Plus de deux euros le litre de sans-plomb 95 dans une station-service parisienne, des prix qui montent partout en France. Les carburants atteignent de nouveaux sommets et frôlent leurs records historiques de mars et avril dernier.
De quoi mettre un peu plus de pression sur le gouvernement et renvoyer François Hollande à ses promesses de campagne. Avant l'élection présidentielle, il avait évoqué l'idée d'un blocage des prix de l'essence. Finalement, au début de l'été, les prix avaient commencé à refluer offrant une bouffée d'air frais aux automobilistes et au gouvernement.
Mais, en cette rentrée, la courte parenthèse s'est refermée. Le gouvernement est donc forcé d'agir, mais pas question pour le moment de mettre en place ce blocage des prix qui fait hurler les professionnels du secteur. La solution envisagée par le Premier ministre est de diminuer "au niveau fiscal" le coût du carburant.
Un coût financier et politique
En clair, l'État va baisser les taxes de manière "modeste" et "provisoire" en attendant la remise d'un rapport vendredi sur les prix des carburants et une réunion prévue mardi prochain avec les représentants de la filière. Cette diminution pourrait d'ailleurs être un moyen pour le ministre de l'Économie Pierre Moscovici de demander un effort aux producteurs et aux distributeurs.
Mais cette baisse des taxes – aussi modeste et provisoire soit-elle – a un coût. Un coût financier d'abord avec l'État qui va se priver de précieuses rentrées d'argent dans des caisses qui sont déjà vides. Et qui seront de plus en plus difficiles à remplir puisque la croissance en 2013 pourrait ne pas être au niveau prévu par le gouvernement.
Le coût de cette mesure est également politique. La droite a commencé à s'emparer du sujet pour dénoncer, comme Nadine Morano, "des décisions inadéquates pour l'économie" et "l'amateurisme du gouvernement". Valérie Pécresse a dénoncé un "marché de dupes". "Si on baisse les taxes pour les consommateurs d'essence, il faudra bien qu'un autre contribuable paye d'autres taxes pour équilibrer le budget de l'État", a expliqué l'ancienne ministre de l'Enseignement supérieur.
Le regret des associations de consommateurs
L'association de consommateurs CLCV espère que cette baisse des taxes aura un impact réel sur les prix des carburants. Thierry Saniez, délégué général de l'association, craint notamment qu'une hausse du cours du brut vienne gommer la baisse des taxes. Il regrette néanmoins que le gouvernement ait renoncé à la prommesse de campagne de François Hollande de bloquer les prix.
Même analyse du côté de l'UFC Que-choisir, autre association de consommateurs. "On nous dit que ce sera une baisse des taxes modeste, ça veut dire qu'il y aura peu d'impact pour les consommateurs qui vont économiser peut-être deux euros par mois"; explique le président de l'association Alain Bazot.
http://www.franceinfo.fr/politique/carb ... 2012-08-22
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Combustíveis: acaba de anunciar redução de impostos já criticados
QUARTA-FEIRA, 22 AGOSTO, 2012 ÀS 08:42 atualizada às 12:45
Confrontado com o aumento dos preços da gasolina e do diesel, o governo é forçado a agir. Nenhuma pergunta do momento para discutir um congelamento de preços. Em vez disso, o Estado vai colocar as mãos no bolso para baixo, conforme necessário "modesto" e "temporário" os impostos sobre os combustíveis, anunciou quarta-feira de manhã, Jean-Marc Ayrault.
Mais de dois euros por litro de posto de gasolina sem chumbo 95, em Paris, o aumento dos preços em toda a França. combustíveis a novas alturas e pastar seus altos em março e abril.
Algo para pressionar um pouco mais sobre o governo e voltar para François Hollande suas promessas de campanha. Antes da eleição presidencial, ele mencionou a idéia de um dos preços do gás de bloqueio . Finalmente, no início do verão, os preços começaram a recuar com uma lufada de ar fresco para os motoristas e do governo.
Mas nesta temporada, o pequeno parêntese está fechado. O governo é forçado a agir, mas a questão para o momento de implementar este congelamento de preços que os profissionais da indústria gritando. A solução proposta pelo primeiro-ministro é reduzir "imposto em" o custo do combustível.
Os custos financeiros e políticos
Claramente, o governo vai reduzir impostos para "modestos" e "provisório" na pendência da apresentação de uma sexta-feira relatório sobre os preços dos combustíveis e uma reunião agendada terça-feira com representantes da indústria. Esta redução também pode ser um caminho para o ministro da Economia, Pierre Moscovici de um esforço para pedir produtores e distribuidores .
Mas esta redução de impostos - modesto e experimental como é - tem um custo. Custo financeiro para o primeiro Estado será privado de fluxo de caixa precioso em casos que já estão vazias. E será cada vez mais difícil de cumprir, pois o crescimento em 2013 pode não ser o nível previsto pelo governo.
O custo desta medida é também político. Direita começou a aproveitar sujeitas a denunciar como Nadine Morano, "decisões inadequadas para a economia" e "amadorismo" do governo . Valérie Pécresse denunciou um "negócio tolo" . "Quando os impostos baixos para os consumidores de gasolina, ele terá outro contribuinte paga mais impostos para equilibrar o orçamento do Estado", explicou o ex-ministro da Educação Superior.
Associações de consumidores lamentam-se
A associação de consumidores CLCV espera de que impostos mais baixos tenha um impacto real sobre os preços dos combustíveis. Thierry Saniez, diretor-gerente da associação, incluindo os temores de que os preços do petróleo mais elevados vêm apagar impostos mais baixos. Ele lamenta que o Governo dispensou a prommesse François Hollande campanha para fixar os preços.
Mesma análise do lado da UFC-Que escolher outra associação de consumidores. "Dizem que vai ser uma modesta redução em impostos, isso significa que haverá pouco impacto para os consumidores que vão salvar pode ser de dois euros por mês " , diz o presidente da associação Alain Bazot.
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Governo francês reduz impostos sobre os combustíveis
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, anunciou hoje uma redução dos impostos sobre os combustíveis para limitar a subida de preços devido à escalada do barril do petróleo, mas esclareceu que a descida será «modesta e provisória».
Esta «diminuição» dos impostos permitirá ao executivo pedir às companhias petrolíferas e de distribuição «a sua parte no esforço» para controlar os preços nas gasolineiras, destacou Ayrault numa entrevista conjunta à rádio RMC e à televisão BFM TV, citada pela EFE.
Tudo isto, acrescentou, «enquanto se aguarda um mecanismo que regule os preços, um mecanismo de vigilância da formação dos preços» que garanta «transparência total».
Ainda assim, o primeiro-ministro afirmou que «há que dizer a verdade aos franceses», o que significa que, «num horizonte de 10, 20 anos, o preço da energia fóssil vai aumentar» devido à situação geoestratégica dos países produtores e à evolução da procura mundial de crude.
Na campanha para as eleições de Maio passado, o presidente francês, François Hollande, prometeu congelar os preços dos combustíveis caso se registasse uma forte subida.
A promessa acabou por ficar em suspenso devido à descida do preço do barril de petróleo, mas ganhou actualidade com a recente escalada dos preços do crude, que volta a rondar valores recorde.
Lusa/SOL
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Olá oscar,
Vou responder a todos os pontos do teu post.
Começo pela parte final:
É justo. Neste post não vou fazer uma única pergunta
Não os vês alterar à 2ª feira porque se calhar não andas atento.
Olha no caso do açúcar, por exemplo, tenho notado os preços no local onde faço compras com mais frequência (Continente) e tenho notado grandes flutuações de preços. A diferença é que no caso dos combustíveis sobre 2 cêntimos (1,5%) e no caso do açúcar quando sobe é logo aos 10 cêntimos (mais de 10%).
E há outro aspecto importante: a comunicação social faz muito mais notícias sobre o preço dos combustíveis do que sobre o preço do açúcar - ou do arroz, ou de outra coisa qualquer - por isso é natural que haja um enviesamento e que fique a sensação de que os combustíveis variam muito mais. Mas isso não é necessariamente verdade.
O preço do pão é mais complicado de avaliar. Há muitos tipos de pão e mesmo que o preço do papo-seco ou de outro tipo base, como a "bolinha", se mantenha (nos 20 cêntimos, por exemplo), o preço de outros tipos de pão varia fortemente. O que interessa nem é ver o preço por unidade mas sim o preço por quilo. Desconheço qualquer estudo sobre isto, mas daquilo que tenho visto o preço do pão (preço por quilo) varia bastante.
Quanto ao preço do arroz tenho reparado em variações importantes, mas tenho de admitir que não o registo regularmente.
Por fim, o caso dos cabos eléctricos e dos perfilados de aço não posso comentar porque não costumo acompanhar os preços desse tipo de produtos.
Pois, mas como expliquei acima fica por provar que o preço desses produtos não varie todas as semanas, ou que varie menos que os combustíveis. Simplesmente dão menos nas vistas.
(Parêntesis para rebater a parte de que os combustíveis são um bem de primeira necessidade - não são, na medida em que não são essenciais à sobrevivência; são quando muito necessários a um dado estilo de vida).
Conforme expliquei acima, o preço do açúcar, do arroz ou do pão também, varia. Pode não variar todas as segundas-feiras mas varia bastante e quando varia é logo aos 10%. Mas lá está, a comunicação social não dá destaque. Além disso, quanto é que cada um de nós gasta de açúcar por mês? 1 ou 2 euros, talvez? E em combustíveis, serão 50, 100 ou 200? Como os combustíveis têm mais peso na carteira é natural que seja dada mais atenção ao preço destes do que ao do açúcar, mas isso não permite concluir que o preço do açúcar não varia. É uma ilusão pensar isso.
Concordo em parte.
A parte que concordo é no que diz respeito às justificações apresentadas, que nem sempre têm correspondência com a realidade e são mais interpretações dos jornalistas que outra coisa. Os preços mexem-se em função da oferta e da procura.
Não concordo na parte do EUR/USD, porque a verdade é que a variação cambial é um dos factores que interfere com o preço.
Para além de tudo o que já referi acima há ainda a acrescentar o seguinte: o preço dos bens agrícolas varia muito, mas essas variações são muitas vezes absorvidas pelos vendedores (supermercados, etc.) que os transferem para outros produtos, em que os consumidores estejam dispostos a pagar mais. Para o bacalhau ou para as comidas preparadas, por exemplo. Quem vende milhares de produtos diferentes num mesmo espaço pode fixar os preços como bem entende sem que tenha de haver uma relação directa entre as flutuações do preço de cada produto e o respectivo preço de venda.
No caso dos combustíveis, quem os vende não pode transferir o custo do produto para mais lado nenhum, e isso tem um efeito mais directo no preço final.
Vou responder a todos os pontos do teu post.
Começo pela parte final:
oscar.coelho Escreveu:Agora, como é teu hábito, não me respondas a uma pergunta com outra pergunta porque se eu soubesse as respostas e tivesse todas as certezas escrevia um livro, punha à venda na fnac e ia para ministro.
É justo. Neste post não vou fazer uma única pergunta

oscar.coelho Escreveu:A todo o segundo o preço das matérias primas varia em Chicago, Londres, etc. Os "outros produtos" a que me referi e que não vejo alterar os preços à 2ªfeira por causa disso, são, por exemplo, o pão, os perfilados de aço, os cabos eléctricos, o arroz em pacote, o açúcar refinado, etc., tu sabes quais são! Até se pode dizer que é quase tudo.
Não os vês alterar à 2ª feira porque se calhar não andas atento.
Olha no caso do açúcar, por exemplo, tenho notado os preços no local onde faço compras com mais frequência (Continente) e tenho notado grandes flutuações de preços. A diferença é que no caso dos combustíveis sobre 2 cêntimos (1,5%) e no caso do açúcar quando sobe é logo aos 10 cêntimos (mais de 10%).
E há outro aspecto importante: a comunicação social faz muito mais notícias sobre o preço dos combustíveis do que sobre o preço do açúcar - ou do arroz, ou de outra coisa qualquer - por isso é natural que haja um enviesamento e que fique a sensação de que os combustíveis variam muito mais. Mas isso não é necessariamente verdade.
O preço do pão é mais complicado de avaliar. Há muitos tipos de pão e mesmo que o preço do papo-seco ou de outro tipo base, como a "bolinha", se mantenha (nos 20 cêntimos, por exemplo), o preço de outros tipos de pão varia fortemente. O que interessa nem é ver o preço por unidade mas sim o preço por quilo. Desconheço qualquer estudo sobre isto, mas daquilo que tenho visto o preço do pão (preço por quilo) varia bastante.
Quanto ao preço do arroz tenho reparado em variações importantes, mas tenho de admitir que não o registo regularmente.
Por fim, o caso dos cabos eléctricos e dos perfilados de aço não posso comentar porque não costumo acompanhar os preços desse tipo de produtos.
oscar.coelho Escreveu:Nenhum destes produtos tem preços fixados administrativamente por isso não tens razão.
Pois, mas como expliquei acima fica por provar que o preço desses produtos não varie todas as semanas, ou que varie menos que os combustíveis. Simplesmente dão menos nas vistas.
oscar.coelho Escreveu:Mas foi por isto que eu manifestei a minha sensação de desconforto ao ter de comprar um produto de primeira necessidade como os combustíveis como se estivesse a jogar na bolsa.
(Parêntesis para rebater a parte de que os combustíveis são um bem de primeira necessidade - não são, na medida em que não são essenciais à sobrevivência; são quando muito necessários a um dado estilo de vida).
Conforme expliquei acima, o preço do açúcar, do arroz ou do pão também, varia. Pode não variar todas as segundas-feiras mas varia bastante e quando varia é logo aos 10%. Mas lá está, a comunicação social não dá destaque. Além disso, quanto é que cada um de nós gasta de açúcar por mês? 1 ou 2 euros, talvez? E em combustíveis, serão 50, 100 ou 200? Como os combustíveis têm mais peso na carteira é natural que seja dada mais atenção ao preço destes do que ao do açúcar, mas isso não permite concluir que o preço do açúcar não varia. É uma ilusão pensar isso.
oscar.coelho Escreveu:É passar um atestado de menoridade às pessoas dizer-lhes quando acordam à 6ªf e vêm as notícias, que os combustíveis sobem na 2ªfeira porque os stocks de refinados desceram nos EUs (se calhar isso até foi compensado com um novo furo qualquer na costa do México) ou por causa da desvalorização do EUR/USD (que não mexe desde o início de Junho)
Concordo em parte.
A parte que concordo é no que diz respeito às justificações apresentadas, que nem sempre têm correspondência com a realidade e são mais interpretações dos jornalistas que outra coisa. Os preços mexem-se em função da oferta e da procura.
Não concordo na parte do EUR/USD, porque a verdade é que a variação cambial é um dos factores que interfere com o preço.
oscar.coelho Escreveu:A minha questão inicial era a de saber o que é que os combustíveis têm de especial para fazerem os preços desta maneira ou então admitamos que estão a ser transferidos para os consumidores todos os custos e riscos da especulação nos mercados do petróleo quer eles gostem ou não de jogar na bolsa.
Para além de tudo o que já referi acima há ainda a acrescentar o seguinte: o preço dos bens agrícolas varia muito, mas essas variações são muitas vezes absorvidas pelos vendedores (supermercados, etc.) que os transferem para outros produtos, em que os consumidores estejam dispostos a pagar mais. Para o bacalhau ou para as comidas preparadas, por exemplo. Quem vende milhares de produtos diferentes num mesmo espaço pode fixar os preços como bem entende sem que tenha de haver uma relação directa entre as flutuações do preço de cada produto e o respectivo preço de venda.
No caso dos combustíveis, quem os vende não pode transferir o custo do produto para mais lado nenhum, e isso tem um efeito mais directo no preço final.
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oscar.coelho Escreveu:
A todo o segundo o preço das matérias primas varia em Chicago, Londres, etc. Os "outros produtos" a que me referi e que não vejo alterar os preços à 2ªfeira por causa disso, são, por exemplo, o pão, os perfilados de aço, os cabos eléctricos, o arroz em pacote, o açúcar refinado, etc., tu sabes quais são! Até se pode dizer que é quase tudo.
Nenhum destes produtos tem preços fixados administrativamente por isso não tens razão.
Bom, na verdade, isto não é bem assim. Na década de 90 estive ligado ao mercado informático, onde os preços são voláteis e chegavam a variar semanalmente (especialmente as memórias RAM) e podia ser para cima ou para baixo. E os preços eram actualizados pelos distribuidores e retalhistas com enorme frequência.
Em relação aos combustíveis, o petróleo é actualmente bastante volátil e à parte dos impostos o grosso é matéria prima. Além disso, os preços não são actualizados assim só em Portugal mas em todo o lado (a começar na nossa vizinha Espanha e a terminar na outra ponta da Europa) por isso, não só o risco em não actualizar é tremendo (pelos pontos que apontei atrás - volatilidade da matéria prima versus peso da mesma em relação às margens) como ainda se alguém decidir não actualizar abre espaço a que outros operadores do mercado se aproveitem disso.
oscar.coelho Escreveu:
Mas foi por isto que eu manifestei a minha sensação de desconforto ao ter de comprar um produto de primeira necessidade como os combustíveis como se estivesse a jogar na bolsa.
O consumidor não está a "jogar", está a pagar o preço do produto que vai (presumivelmente) consumir.
Pode optimizar as compras com base em alguma informação mas isso é verdadeiramente marginal.
oscar.coelho Escreveu:
A minha questão inicial era a de saber o que é que os combustíveis têm de especial para fazerem os preços desta maneira (...)
Acho que já está respondido e não, não é exclusivo dos combustíveis. É possívelmente dos casos mais visíveis, talvez, sim.
É também dos produtos onde existe mais informação sobre o preço, com informação suficiente para percebermos quando custa quanto. O que não acontece na generalidade das outras coisas, mexam os preços ou não.
oscar.coelho Escreveu:
(...) ou então admitamos que estão a ser transferidos para os consumidores todos os custos e riscos da especulação nos mercados do petróleo quer eles gostem ou não de jogar na bolsa.
Os preços estão indexados ao mercado de Amsterdão-Roterdão-Antuérpia. É um mercado onde se negoceia os combustíveis (físicos) e como já disse, quem não indexar os preços aos que realmente se estão a praticar em mercados como este (conforme o que se aplica, para nós aplica-se o ARA) fica à mercê do mercado - isto é, fica à mercê do aproveitamento dos outros operadores - como é evidente.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:oscar.coelho Escreveu:Eu só não quero comprar produtos de primeira necessidade como se estivesse a jogar na bolsa. Foi este o meu ponto inicial.
Eu entendi esse ponto.
Mas considerando que o petróleo é cotado no mercado, o seu preço flutua ao sabor da oferta e da procura. Isso tem implicações no preço dos derivados do petróleo.
Por isso é que eu referi que se queres eliminar essa dependência, será necessário aplicar preços administrativos. Ou vês outro caminho?oscar.coelho Escreveu:Em relação à tua pergunta a resposta é; como para todos os outros.
Quais outros? Podes concretizar um caso de um produto em que as variações de preços sejam, do teu ponto de vista, adequadas?
A todo o segundo o preço das matérias primas varia em Chicago, Londres, etc. Os "outros produtos" a que me referi e que não vejo alterar os preços à 2ªfeira por causa disso, são, por exemplo, o pão, os perfilados de aço, os cabos eléctricos, o arroz em pacote, o açúcar refinado, etc., tu sabes quais são! Até se pode dizer que é quase tudo.
Nenhum destes produtos tem preços fixados administrativamente por isso não tens razão.
Mas foi por isto que eu manifestei a minha sensação de desconforto ao ter de comprar um produto de primeira necessidade como os combustíveis como se estivesse a jogar na bolsa.
É passar um atestado de menoridade às pessoas dizer-lhes quando acordam à 6ªf e vêm as notícias, que os combustíveis sobem na 2ªfeira porque os stocks de refinados desceram nos EUs (se calhar isso até foi compensado com um novo furo qualquer na costa do México) ou por causa da desvalorização do EUR/USD (que não mexe desde o início de Junho)
A minha questão inicial era a de saber o que é que os combustíveis têm de especial para fazerem os preços desta maneira ou então admitamos que estão a ser transferidos para os consumidores todos os custos e riscos da especulação nos mercados do petróleo quer eles gostem ou não de jogar na bolsa.
Agora, como é teu hábito, não me respondas a uma pergunta com outra pergunta porque se eu soubesse as respostas e tivesse todas as certezas escrevia um livro, punha à venda na fnac e ia para ministro.
Um abraço
oscar
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.Energia
Galp recebe 160 milhões em incentivos fiscais
Ana Maria Gonçalves
22/08/12 00:05
Os apoios, aprovados agora por Bruxelas, são para a reconversão da refinaria de Sines.
A Galp vai receber um pacote de apoios financeiros do Estado no valor de 160 milhões de euros, destinados ao projecto de conversão da refinaria de Sines. Este montante, que se traduzirá em benefícios e créditos fiscais, acaba de receber luz verde de Bruxelas.
Após uma investigação aprofundada, que durou quase três anos, para averiguar a legalidade das ajudas concedidas por Portugal, Bruxelas argumenta agora que o valor em causa não viola as regras do mercado interno. As orientações relativas aos apoios estatais com finalidade regional, para o período 2007-2013, prevêem que os grandes projectos de investimento que ultrapassem certos limiares devem ser notificados individualmente à Comissão Europeia, porque podem implicar maiores riscos de distorção da concorrência.
O pedido de concessão de benefícios fiscais foi aprovada em 2008 pelo Governo de José Sócrates, representando cerca de 15% de um investimento até 1.059 milhões de euros, a atribuir após a conclusão do projecto. Envolvendo um investimento global na ordem de mil milhões de euros, este é o maior projecto industrial em Portugal nos últimos anos, devendo entrar em operação no início do quarto trimestre de 2012.[CORTE_EDIMPRESSA]
A reconfiguração e integração das refinarias da Galp, uma iniciativa que abrange também a unidade de Matosinhos, visa não só modernizar estas infra-estruturas, mas também adequar o perfil de produção às necessidades do mercado. Hoje as refinarias produzem menos gasóleo do que é consumido em Portugal. O projecto permitirá maximizar a produção anual de gasóleo, por via da diminuição de fuelóleo.
O efeito desta optimização na balança nacional de transacções será duplo, quer por via do aumento do valor acrescentado das exportações da Galp, quer através da diminuição das importações de gasóleo, nafta e propano de que o país é deficitário. A empresa estima que o impacto na balança nacional de pagamentos atinja entre 600 milhões de dólares (486 milhões de euros) e mil milhões de dólares (810 milhões de euros), dependendo da flutuação do preço dos produtos refinados.
O custo total do projecto de conversão das duas refinarias está estimado em 1,4 milhões de euros, dos quais 75% relativos a Sines. Com ele serão criados 150 postos de trabalho directo, a que se somam 450 indirectos. No final deste ano, o volume de exportações da Galp deverá ultrapassar 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a 10% das exportações nacionais.

Sim tem sempre esse "inconveniente!jeab Escreveu:Sargotronss Escreveu:Eu espero a qualquer momento um aumento do ISP no gasóleo, já que a maioria dos carros a circular são a diesel. Até estou admirado não o terem feito ainda, provavelmente porque o preço base já está alto e os consumos a baixarem bastante mostrando que não há muito mais elasticidade no preço, por outro lado tem ganhado com o IVA.
O Governo trata o gasóleo com pinças, pois sabe que fica sujeito às greves dos camionistas, taxistas, etc.
Não faz mal!...
mais_um Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Se na gasolina é 58,5EUR na gasolina e no gasoleo 0,36EUR, então, o GPL pode aumentar e muito, digamos que fica com o meso valor que o gasoleo, passa logo para valores superiores a 1EUR/L
Entrando já no campo especulativo, que era a segunda parte da tua questão, não creio que seja expectável que aumente para os mesmos valores do gasóleo.
Talvez para algo intermédio e isto só se a percentagem de veículos a GPL se tornar de alguma forma significativa (o que pode não chegar a acontecer de todo).
Hum.... não sei qual o consumo do gasoleo de aquecimento, mas parece-me que não é significativo (quando comparado com o rodoviário) e até 2015 (se não estou em erro), vai ficar com o ISP idêntico ao gasoleo rodoviario.
Por isso mesmo que o consumo não sofra um aumento significativo há sempre o risco de alguém pensar que há mais uma forma de sacar uns cobres ao contribuinte/consumidor, até porque o investimento já está feito por parte dos proprietários.
Mais o acrescento no coeficiente de conforto (aquecimento central) nos cálculos do IMI actualizado.
Não faz mal!...
mais_um Escreveu:Hum.... não sei qual o consumo do gasoleo de aquecimento
Isso resolve-se

As vendas do gasóleo de aquecimento são mais do que o total de vendas de GPL e Gasolina 98 somadas!
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MarcoAntonio Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Se na gasolina é 58,5EUR na gasolina e no gasoleo 0,36EUR, então, o GPL pode aumentar e muito, digamos que fica com o meso valor que o gasoleo, passa logo para valores superiores a 1EUR/L
Entrando já no campo especulativo, que era a segunda parte da tua questão, não creio que seja expectável que aumente para os mesmos valores do gasóleo.
Talvez para algo intermédio e isto só se a percentagem de veículos a GPL se tornar de alguma forma significativa (o que pode não chegar a acontecer de todo).
Hum.... não sei qual o consumo do gasoleo de aquecimento, mas parece-me que não é significativo (quando comparado com o rodoviário) e até 2015 (se não estou em erro), vai ficar com o ISP idêntico ao gasoleo rodoviario.
Por isso mesmo que o consumo não sofra um aumento significativo há sempre o risco de alguém pensar que há mais uma forma de sacar uns cobres ao contribuinte/consumidor, até porque o investimento já está feito por parte dos proprietários.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Sargotronss Escreveu:Eu espero a qualquer momento um aumento do ISP no gasóleo, já que a maioria dos carros a circular são a diesel. Até estou admirado não o terem feito ainda, provavelmente porque o preço base já está alto e os consumos a baixarem bastante mostrando que não há muito mais elasticidade no preço, por outro lado tem ganhado com o IVA.
O Governo trata o gasóleo com pinças, pois sabe que fica sujeito às greves dos camionistas, taxistas, etc.
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Eu espero a qualquer momento um aumento do ISP no gasóleo, já que a maioria dos carros a circular são a diesel. Até estou admirado não o terem feito ainda, provavelmente porque o preço base já está alto e os consumos a baixarem bastante mostrando que não há muito mais elasticidade no preço, por outro lado tem ganhado com o IVA.
Não faz mal!...
Sr_SNiper Escreveu:Se na gasolina é 58,5EUR na gasolina e no gasoleo 0,36EUR, então, o GPL pode aumentar e muito, digamos que fica com o meso valor que o gasoleo, passa logo para valores superiores a 1EUR/L
Entrando já no campo especulativo, que era a segunda parte da tua questão, não creio que seja expectável que aumente para os mesmos valores do gasóleo.
Talvez para algo intermédio e isto só se a percentagem de veículos a GPL se tornar de alguma forma significativa (o que pode não chegar a acontecer de todo).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:
Em principio são cerca de 4~5 centimos por litro mais o IVA (sobre o valor base de impostos + este imposto).
O imposto é de 8 euros por tonelada (ou 8 centimos por litro) o que se traduzirá por litro sensivelmente no valor que indiquei em cima.
Não percebi bem estas contas, acho que há aqui qualquer coisa trocada (mas nem percebi bem o quê).
O valor é de 8 centimos por kg, o que se traduz em 4~5 centimos por litro. Peço desculpa mas o resto do texto não ficou bem, por lapso...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 21/8/2012 18:06, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:
Em principio são cerca de 4~5 centimos por litro mais o IVA (sobre o valor base de impostos + este imposto).
O imposto é de 8 euros por tonelada (ou 8 centimos por litro) o que se traduzirá por litro sensivelmente no valor que indiquei em cima.
Não percebi bem estas contas, acho que há aqui qualquer coisa trocada (mas nem percebi bem o quê).
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Sr_SNiper Escreveu:Já vi no post anterior a carga do ISP que é um valor fixo na gasolina e gasoleo, mas não consegui descobrir o do GPL, a aumentar, e apenas faznedo um exercício especulativo ( e nisto somos bons) para que valores se aproximaria ?
Em principio são cerca de 4~5 centimos por litro mais o IVA (sobre o valor base de impostos + este imposto).
O imposto é de 8 euros por tonelada (ou 8 centimos por litro) o que se traduzirá por litro sensivelmente no valor que indiquei em cima.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:mais_um Escreveu:
O Estado pode sempre ir buscar mais ISP ao GPL e lá se vai as tuas contas....
Aconteceu comigo quando coloquei aquecimento central, fiz as contas ao custo do gasoleo de aquecimento e entretanto o Estado alterou o ISP.
Se a lei acaba mesmo sendo alterada (em particular em relação ao dístico e aos parques de estacionamento) e a percentagem de veículos a GPL aumenta de forma significativa, é praticamente tão certo como a morte que a carga fiscal no GPL aumenta!
Pois!

Isto é sentir na pele a falta de estabilidade na legislação que os investidores/empresários se queixam!

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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MarcoAntonio Escreveu:mais_um Escreveu:
O Estado pode sempre ir buscar mais ISP ao GPL e lá se vai as tuas contas....
Aconteceu comigo quando coloquei aquecimento central, fiz as contas ao custo do gasoleo de aquecimento e entretanto o Estado alterou o ISP.
Se a lei acaba mesmo sendo alterada (em particular em relação ao dístico e aos parques de estacionamento) e a percentagem de veículos a GPL aumenta de forma significativa, é praticamente tão certo como a morte que a carga fiscal no GPL aumenta!
e os veículos eléctricos vêm a seguir

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mais_um Escreveu:
O Estado pode sempre ir buscar mais ISP ao GPL e lá se vai as tuas contas....
Aconteceu comigo quando coloquei aquecimento central, fiz as contas ao custo do gasoleo de aquecimento e entretanto o Estado alterou o ISP.
Se a lei acaba mesmo sendo alterada (em particular em relação ao dístico e aos parques de estacionamento) e a percentagem de veículos a GPL aumenta de forma significativa, é praticamente tão certo como a morte que a carga fiscal no GPL aumenta!

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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