Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Vou supor que se trata de um descendente de portugueses, sim.
Os documentos envolviam slides e coisas do género. A ser verdade o que tem sido veiculado, não foi nada de muito sofisticado e acabou sendo identificado facilmente (de inicio ele teria partilhado os docs num grupo privado de gamers, pelo que durante umas semanas não se soube de nada, mas entretanto um outro elemento desse grupo acabou por os partilhar num canal publico).
Os documentos envolviam slides e coisas do género. A ser verdade o que tem sido veiculado, não foi nada de muito sofisticado e acabou sendo identificado facilmente (de inicio ele teria partilhado os docs num grupo privado de gamers, pelo que durante umas semanas não se soube de nada, mas entretanto um outro elemento desse grupo acabou por os partilhar num canal publico).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
rg7803 Escreveu:
o tipo com esse apelido (TEIXEIRA) era tuga, de certeza....
desenrrascou-se !
E provavelmente amigo do Guterres...

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Marco Martins Escreveu:Não entendo como é que uma pessoa de 21 anos tem acesso a este tipo de documentos que deveriam ter uma classificação de confidencialidade muito alta e um acesso muito restrito!
o tipo com esse apelido (TEIXEIRA) era tuga, de certeza....
desenrrascou-se !
“Buy high, sell higher...”.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Não entendo como é que uma pessoa de 21 anos tem acesso a este tipo de documentos que deveriam ter uma classificação de confidencialidade muito alta e um acesso muito restrito!
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Avançam notícias sobre uma eventual detenção de suspeito em relação aos documentos classificados.
A comunicação social está a veicular que o suspeito será um individuo de 21 anos de nome Jack Teixeira e que possivelmente a motivação terá sido de "exibição" (de mostrar que tinha acesso a esses documentos, junto da comunidade de gamers que liderava).
The Hill
A comunicação social está a veicular que o suspeito será um individuo de 21 anos de nome Jack Teixeira e que possivelmente a motivação terá sido de "exibição" (de mostrar que tinha acesso a esses documentos, junto da comunidade de gamers que liderava).
Air National Guardsman led online group where US documents leaked: report
Jack Teixeira, a 21-year-old member of the Massachusetts Air National Guard, is the leader of the small online gaming group where a batch of classified intelligence documents leaked, according to The New York Times.
The Times reported Thursday that the national guardsman is a member of the branch’s intelligence wing in the state and was the head of the private online group “Thug Shaker Central,” where the documents leaked over the last few months.
The newspaper reported that the documents gained broader attention after a member of the group took several dozen of them and shared them to a different forum online that was public.
NBC News also reported the identity of the man.
The Hill has not independently confirmed Teixeira’s identity, and no one has been publicly named as a suspect in the probe.
The Hill has reached out to the FBI and the Air National Guard for comment. The FBI declined to comment to the Times for its report.
Investigators want to speak with Teixeira about the leak, two officials confirmed to the Times, after he oversaw the community of about 20 to 30 people, mostly male teenagers and young adults.
The leak of the documents, which purportedly gave insight into NATO information about the war in Ukraine, including death tolls and the training of Ukrainian troops, has left U.S. officials scrambling to try to find the source. Officials have not confirmed the validity of the leaked information.
The reported discovery of Teixeira’s identity comes after President Biden said on Thursday that investigators were “getting close” to discovering the source of the leaks.
The Hill
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__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
A juntar aos problemas da China e Rússia, pouco se tem falado aqui, mas a instabilidade entre Israel, Libano e faixa de Gaza está a aumentar, pelo que isso poderá fragilizar a frágil paz que se vive no Médio Oriente.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Há um caso pouco falado mas não menos grave que decapitou toda a rede de espiões dos USA na China.
A minha experiência de vida leva-me a acreditar que um chinês de 2.ª ou 3.a geração dificilmente será um patriota americano , é o mesmos na Europa para gente de confissão que sempre viu os ocidentais como inimigos e não crentes , a razão de acabar com o serviço militar em muitos países é esse em França em caso de serviço obrigatória metade teriam outra origem , nas sondagem eles acreditam mais na sua crença que nos valores da república esta tudo dito , ou seja o Ocidente está tramado os que chegam nunca envergarão a camisola na defesa da sua nova pátria .
“O detido é Jerry Chun Shing Lee, um norte-americano que começou a trabalhar para a CIA em 1994, dando-lhe acesso a vários documentos classificados como “muito secreto”.
Segundo o New York Times, a detenção de Lee é o culminar da investigação do FBI, que teve início em 2012, após a agência federal ter começado a suspeitar de que muitos dos seus agentes e informadores na China estavam a ser expostos por uma “toupeira” no interior da CIA.”
A minha experiência de vida leva-me a acreditar que um chinês de 2.ª ou 3.a geração dificilmente será um patriota americano , é o mesmos na Europa para gente de confissão que sempre viu os ocidentais como inimigos e não crentes , a razão de acabar com o serviço militar em muitos países é esse em França em caso de serviço obrigatória metade teriam outra origem , nas sondagem eles acreditam mais na sua crença que nos valores da república esta tudo dito , ou seja o Ocidente está tramado os que chegam nunca envergarão a camisola na defesa da sua nova pátria .
“O detido é Jerry Chun Shing Lee, um norte-americano que começou a trabalhar para a CIA em 1994, dando-lhe acesso a vários documentos classificados como “muito secreto”.
Segundo o New York Times, a detenção de Lee é o culminar da investigação do FBI, que teve início em 2012, após a agência federal ter começado a suspeitar de que muitos dos seus agentes e informadores na China estavam a ser expostos por uma “toupeira” no interior da CIA.”
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Enquanto continua a especulação sobre os documentos classificados - quem, porquê e quanto é real - aqui fica um resumo do The Hill dos aspectos potencialmente mais importantes em discussão:
The Hill
Here are the 7 biggest revelations from the US leaks so far
The biggest leak of classified documents in a decade created a sprawling crisis in Washington this week as records detail alleged U.S. spying on allies, insights into American thinking on the war in Ukraine and at least two neutral countries mulling plans to support Russia.
Pentagon officials are still reviewing the documents for validity and the Justice Department is overseeing a criminal investigation of the leak.
At least one of the documents containing casualty estimates appears to have been altered, but it’s unclear how many of the roughly 100 leaked records were manipulated.
The documents have circulated online since March and possibly as early as January before picking up attention last week after a New York Times report.
There may be more documents to come, but the leak has already done a lot of damage, forcing crucial U.S. allies to respond in what has become an arguably embarrassing incident for Washington.
Here are the seven biggest revelations in the documents so far.
Ukraine air defense systems in peril
Munitions for Soviet-era air defense systems deployed by Ukraine will soon run out, potentially imperiling Kyiv in the war against Russia, documents show.
The S300 missile defense system is expected to run out of munitions by May and the SA-11 Gadfly system at the end of March, a document dated in February says.
Both systems make up about 89 percent of Ukraine’s air defenses and are vital to fending off frequent Russian missile strikes.
The Pentagon documents suggested that Ukraine could withstand only a few more waves of Russian missile strikes.
Russian military bloggers and state-run media outlets have already published the details of the documents.
Pentagon casts doubt on Ukraine’s spring counter-offensive
Ukraine is expected to launch a major counter-offensive this spring, but the U.S. is doubting Kyiv’s ability to retake significant territory, a “top secret” document says.
An early February assessment indicates “force generation and sustainment shortfall” for Ukraine’s military, The Washington Post reported.
Ukraine is aiming to retake territory in the east and in the south, where Kyiv could cut off a land bridge to the Crimean Peninsula.
Publicly, the Biden administration has signaled that Ukraine will regain territory in the coming offensive.
But the documents paint a darker picture, with Kyiv likely to struggle against entrenched Russian positions in southeastern Ukraine and with “deficiencies” in training and munitions, according to The Post’s review.
US intel on Russia could now be compromised
The documents also contain information about Russia’s forces in Ukraine, which the U.S. obtained through intelligence gathering.
All the buzz around the leaks is likely to lead to a crackdown in Moscow on communications intercepts and internal leaking.
Some analysts have said Russia is aware of U.S. intelligence gathering methods and has already been working to plug up holes.
But Kurt Volker, a distinguished fellow with the Center for European Policy Analyses, told The Hill this week that Russia will certainly start looking more closely now.
“They’ll be scouring this and trying to figure out, ‘Where are they getting this information from? How much of it is human intelligence, how much of it is signals?’” he said.
Israeli spy agency supported domestic protests
Some of the leaked documents indicate the Israeli intelligence agency Mossad supported nationwide protests against a proposed judicial reform from Prime Minister Benjamin Netanyahu.
According to the documents, Mossad encouraged agency staff and Israeli citizens to protest the judicial reforms, which would award the legislative branch controlled by Netanyahu’s party substantial power over the judiciary, including an ability to override rulings.
Netanyahu delayed the controversial reform plan last month after a surge of protests across the country.
The Pentagon leaks about Mossad’s activities also suggest the U.S. was spying on a major ally in the Middle East.
Netanyahu’s office on Sunday denied the allegations against Mossad.
South Korea was concerned about supplying munitions to US
Other documents also pointed to potential U.S. spying on South Korea, a major ally in the Indo-Pacific, on support for Ukraine.
The leaked papers said South Korea was open to supplying the U.S. with artillery shells to replenish American stocks — but privately, Seoul was concerned about the munitions being diverted to Ukraine.
On Tuesday, the office of South Korean President Yoon Suk-yeol said a “significant number” of the leaked U.S. documents were forged, citing a recent conversation between the defense chiefs from both nations.
“The suspicion of eavesdropping in the Yongsan Presidential Office is a false suspicion,” a statement read.
But the fallout from the leak already sparked tensions in South Korea.
The Democratic Party in South Korea, a liberal opposition political party to Yoon’s more conservative party, criticized the alleged U.S. spying.
“We deeply regret that the United States’ top intelligence agency has been carrying out illegal espionage activities against our allies,” the Democratic Party said in a Monday press conference statement.
Egypt secretly planned to supply Russia with rockets
Another bombshell revelation from the documents included classified information that Egypt was secretly planning to support Russia in its war against Ukraine.
Egyptian President Abdel Fattah El-Sisi ordered up to 40,000 rockets to be produced and shipped to Moscow, according to one document.
El-Sisi also planned to secretly provide gunpowder and artillery to Russia. He allegedly ordered his subordinates to keep the arms deal secret from western allies.
Egypt is a key U.S. ally in the Middle East region. The U.S. provides more than $1 billion to Cairo annually.
White House national security spokesman John Kirby on Tuesday said the U.S. has not seen evidence to indicate Egypt has followed through on those plans. A senior Egyptian official also denied the allegations in comments carried by state media.
Rep. Don Beyer (D-Va.) said if the allegations in the documents are true, “it should lead to a major rethink of America’s relationship with Egypt.”
“I have long criticized the Egyptian government’s appalling human rights record, but if true this should raise profound questions for all who defend the status quo,” Beyer tweeted.
UAE agreed to work with Russian spy agents against US, UK
The United Arab Emirates (UAE), an oil-rich Arab nation in the Middle East, planned to work with Russian spies against U.S. and U.K. intelligence agencies, another document said.
Russia’s Federal Security Service (FSB), the main successor to the Soviet-era KGB, claimed that UAE security officials agreed to the plan, according to a review of the document from The Associated Press.
The Pentagon document cited signals intelligence, meaning the information was picked up through electronic messaging or telephone call intercepts. Washington apparently caught the FSB boasting about the agreement, according to the AP.
The UAE is a strategic partner for the U.S. in the Middle East but also maintains close ties with Russia.
An official representing the UAE told CNN the allegation is “categorically false.”
The Hill
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:Do que li o que impressiona é que o F-16 vão ficar quase 80 anos , a ser verdade que vai ficar até 2040 bate todos os recordes .
A questão é , do primeiro modelo que saiu nos anos 70 deve restar pouco .
Fala-se até 2060.
O F-16 tem sofrido várias actualizações, inclusive ao nível da fuselagem e motores.
O Block 70, que está agora em produção tem componentes e software que são usados nos F-22 e F-35.
Esta versão tem tem um novo motor, tanques adicionais, radar de varredura eletrónica (AESA), novos monitores .....
Mas não deixa de ser um feito de longevidade.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Do que li o que impressiona é que o F-16 vão ficar quase 80 anos , a ser verdade que vai ficar até 2040 bate todos os recordes .
A questão é , do primeiro modelo que saiu nos anos 70 deve restar pouco .
A questão é , do primeiro modelo que saiu nos anos 70 deve restar pouco .
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
PMP69 Escreveu:
Não querendo pôr em causa essa notícia desse jornal indiano, apenas lembra que o S-300 é um míssil terra/ar, ou seja, de defesa aérea.
Já assistimos anteriormente, inclusive através do Gen. Agostinho Costa, à destruição de dezenas de M142 - IMARS na Ucrânia.
Esse mesmo jornal, publicou recentemente um artigo que previa que os EUA e o Japão, em caso de conflito com a China, perderiam dezenas de navios, mais de 500 caças (nomeadamente F-35) ..., enquanto a China perderia 1/3 desses números.
Pedro
Noutra noticia que têm na portada:
Russia Overestimates Its Su-35 Fighters; Ex-F-16 Pilot Says Moscow Using ‘Identical’ Tactics In Air As They Do On Ground
Honestamente até me parecem bastante imparciais.
Mais coloquei esta noticia porque é bastante grave se é verdade.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:Marco Martins Escreveu:Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
Vai chegar um ETF da MarketVector Global Defense Industry ´ tem regras não tem ações de quem fabrica minas anti pessoais ou com urânio empobrecida ..
https://www.etfstream.com/articles/vane ... m-oil-etfs
Bem, tendo a concordar que investir, caso a China avançe (isso não deverá ocorrer, mas...), só mesmo em algo relativo a material militar, como foi dito pelo companheiro acima. Tirando isso, só dá PUTS, como não será complicado de ver, nem que seja por uns dias / semanas...
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Marco Martins Escreveu:Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
Vai chegar um ETF da MarketVector Global Defense Industry ´ tem regras não tem ações de quem fabrica minas anti pessoais ou com urânio empobrecida ..
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Ja vimos na rtp fabricas de insufláveis dedicados em exclusivo a replicas de imars, com sensores de calor quase impossiveis de controlar
.
É preciso viver..nao apenas existir.
É preciso viver..nao apenas existir.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Não querendo pôr em causa essa notícia desse jornal indiano, apenas lembra que o S-300 é um míssil terra/ar, ou seja, de defesa aérea.
Já assistimos anteriormente, inclusive através do Gen. Agostinho Costa, à destruição de dezenas de M142 - IMARS na Ucrânia.
Esse mesmo jornal, publicou recentemente um artigo que previa que os EUA e o Japão, em caso de conflito com a China, perderiam dezenas de navios, mais de 500 caças (nomeadamente F-35) ..., enquanto a China perderia 1/3 desses números.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Neste momento, os EUA têm na zona o Ronald Reagan CSG (Carrier Strike Group), o Nimitz CSG, o Makin Island ARG (Amphibious Ready Group) e o America ARG.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Isso era o sonho do Putin, que a China avançasse ao mesmo tempo que eles.
Já agora, a Coreia do Norte também, só para falar dos "mais complicados".
Escusado será dizer que os EUA não davam conta de tudo e que a Europa teria de se virar sozinha na questão da Ucrânia.
Mas isto é a 2ª guerra fria. Lembro-me bem da primeira, não era muito diferente...
dj
Já agora, a Coreia do Norte também, só para falar dos "mais complicados".
Escusado será dizer que os EUA não davam conta de tudo e que a Europa teria de se virar sozinha na questão da Ucrânia.
Mas isto é a 2ª guerra fria. Lembro-me bem da primeira, não era muito diferente...
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Por curiosidade, uma comparação entre o melhor caça Chinês, o J-20 e o F-16V (block 70) da Força Aérea de Taiwan.
Esta actualização tem componentes e software usados nos F-22 e F-35, nomeadamente ao nível do radar.
Nos ultimos anos, Tawain tem tido dificuldades em conseguir recrutar pilotos.
O EUA e o Japão têm F-22 e F-35 a minutos de Tawain, quer embarcados, quer em bases aéreas no Japão, Coreia e Filipinas.
https://www.technology.org/2022/08/18/taiwan-unveiled-its-best-fighter-jet-f-16-viper-how-does-it-compare-to-chinas-5th-generation-j-20-video/
Pedro
Esta actualização tem componentes e software usados nos F-22 e F-35, nomeadamente ao nível do radar.
Nos ultimos anos, Tawain tem tido dificuldades em conseguir recrutar pilotos.
O EUA e o Japão têm F-22 e F-35 a minutos de Tawain, quer embarcados, quer em bases aéreas no Japão, Coreia e Filipinas.
https://www.technology.org/2022/08/18/taiwan-unveiled-its-best-fighter-jet-f-16-viper-how-does-it-compare-to-chinas-5th-generation-j-20-video/
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Também concordo que o tempo está do lado da China, principalmente porque os EUA estão a alocar recursos para a Ucrânia, que deviam servir para continuar a reestruturação das suas forças armadas.
Mas para se ter uma ideia, os EUA têm 11 porta aviões operacionais e 1 em testes de mar, enquanto a China tem 3 e um deles é irmão do Kunetsov russo.
Em termos de aviões, e apesar dos avanços chineses, a superioridade americana ainda é significativa.
Não esquecer ainda, que Taiwan tem do que os EUA têm de melhor.
Pedro
Mas para se ter uma ideia, os EUA têm 11 porta aviões operacionais e 1 em testes de mar, enquanto a China tem 3 e um deles é irmão do Kunetsov russo.
Em termos de aviões, e apesar dos avanços chineses, a superioridade americana ainda é significativa.
Não esquecer ainda, que Taiwan tem do que os EUA têm de melhor.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
PMP69 Escreveu:Marco Martins Escreveu:A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan
A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.
A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.
Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.
Pedro
Talvez!
Contudo todas as previsões temporais da capacidade chinesa têm sido antecipadas. Também já houve militares americanos a antecipar que a invasão chinesa poderia ocorrer em 2025.
Eu não sou militar nem estratega, pelo que a minha opinião é apenas pessoal. Contudo tendo em conta todo o cenário mundial, tendo em conta que os USA e UE neste momento não parecem conseguir estar a financiar 2 guerras, acho que este seria o melhor momento para a China avançar, mesmo tendo em conta não ter supremacia aérea ou naval.
Se a China não exportar painéis ou baterias, a revolução energética na UE simplesmente vai pelo cano abaixo com a agravante de que não temos capacidade para recuperar em pouco tempo os canais de combustíveis fósseis que existiam antes.
Posto isto, se a China invadir Taiwan, a Europa e o mundo, ficarão tecnologicamente ainda mais reféns da China.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Para quem tiver interesse, ficam aqui alguns artigos de um dos maiores especialistas navais americanos, nomeadamente no que se passa no Indo-Pacífico.
https://www.usni.org/people/james-holmes
Pedro
https://www.usni.org/people/james-holmes
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Marco Martins Escreveu:A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan
A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.
A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.
Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
[img] resposta à reunião, em 5 de abril, em Los Angeles, entre o presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin Mccarthy, o exército chinês lançou exercícios de "cerco total" da ilha democrática, que a China considera parte integrante do seu território. Durante a sua visita, que terminou no sábado, Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar esta questão delicada.
A Ásia, assim que o airbus presidencial de Emmanuel Macron decolou de Cantão, Pequim lançou as represálias ao largo de Taiwan. O Exército Popular de Libertação (PTA) realiza desde sábado exercícios de "cerco total" na ilha Democrática de 23 milhões de habitantes, que a China considera parte integrante do seu território. Este domingo, onze navios e 70 aviões militares foram detetados na zona pelas forças taiwanesas. Esta armada pretende enviar um" aviso sério " a Taipei, para protestar contra a reunião do Presidente Tsai Ing-wen com Kevin Mccarthy, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, na quarta-feira, na Califórnia. Sete meses após a visita de Nancy Pelosi, então "presidente" da Câmara, esta nova entrevista com o terceiro mais alto funcionário Americano desencadeou a ira da segunda potência mundial, que a considera uma violação da Política de "uma China" de Washington e uma provocação do que Pequim considera uma província chinesa nas mãos de "separatistas".
Estas represálias eram esperadas, com o objectivo de desencorajar Taipei e as capitais ocidentais de estabelecerem contactos de alto nível, a falha do impasse Sino-americano na Ásia-Pacífico. A passagem do Novo Porto de aviões de Shandong no Estreito de Bashi esta semana, bem como estes exercícios, repetindo um futuro bloqueio de Taiwan até 20 de abril, visam afirmar a capacidade do gigante de cercar a ilha vulcânica e isolá-la dos seus aliados. Uma mensagem de intimidação ao eleitorado taiwanês, às vésperas da campanha presidencial de 2024, onde o tema das relações com o continente será crucial.
Apoio crescente dos países europeus a Taipei
Mas essas ações são, no momento, de magnitude relativamente moderada em comparação com as que se seguiram à chegada de Pelosi. Eles mostram a determinação chinesa, em vez da busca de uma escalada, em um contexto geopolítico Volátil, julgam os analistas. "As atividades até agora parecem menos severas e de menor magnitude com três áreas de atividade no mar, em comparação com seis em agosto. Eles estão de acordo com as respostas militares anteriores, mas confirmam a crescente desconfiança de Pequim em relação aos Estados Unidos", diz a empresa do Grupo Eurasia em nota.
Estes gigantescos "jogos de guerra" surgem numa altura em que o medo de uma operação militar chinesa contra Taiwan está a crescer entre os estrategistas Americanos, uma vez que o Presidente Xi reafirmou a "missão histórica" da "reunificação" da antiga Formosa para o continente, depois de ter posto Hong Kong em marcha. O líder mais autoritário desde Mao ordenou que o PLA pudesse agir até 2027, de acordo com William Burns, o diretor da CIA. Mas as manobras navais e encenadas com muita propaganda camuflam uma relativa contenção. "Durante a retaliação pela viagem de Pelosi, a China se certificou de minimizar os riscos de um possível confronto direto" com os Estados Unidos, considera um analista chinês sênior em Pequim, que queria permanecer anônimo.
O encontro entre Tsai e Mccarthy pairou na sombra chinesa sobre a primeira visita do presidente francês à China desde a pandemia, que terminou sexta-feira em Cantão com um jantar restrito com o seu homólogo Xi Jinping, após uma reunião.
Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar a delicada questão de Taiwan, concentrando os seus esforços na questão Ucraniana, numa tentativa de convencer o líder chinês a influenciar o seu parceiro Vladimir Putin. "Acho que não é do nosso interesse falar sobre isso aqui", julgou Macron diante de jornalistas quando desembarcou em Pequim. E brandir o padrão de "autonomia estratégica Europeia" seguindo os passos do General De Gaulle, que reconheceu a República Popular em 1964, em detrimento da China nacionalista de Chiang Kai-shek, que recuou para Taipei. Na declaração conjunta, no final da cimeira, o documento reafirma solenemente o seu compromisso político com a ideia de "uma China". Numa entrevista dada sexta-feira ao Diário Económico Les Elimchos e publicada este domingo, o presidente francês considerou que "o pior seria pensar que nós, europeus, devíamos ser seguidores" sobre a questão de Taiwan "e adaptar-nos ao ritmo americano e a uma surreação Chinesa".
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, convidada pelo Palácio do Eliseu, por outro lado, reafirmou publicamente a "importância primordial" da estabilidade no Estreito de Taiwan, alertando contra qualquer tentativa de "mudar o status quo" durante uma conferência de imprensa. "Houve uma distribuição de papéis no lado europeu", assume o analista chinês. A discrição Francesa contrasta com os sinais crescentes de Solidariedade de muitas capitais europeias em direcção a Taipei, incluindo a Alemanha, cuja Ministra da educação, Bettina Stark-watzinger, visitou recentemente a ilha. A primeira em décadas.
A China esperou a descolagem do avião de Macron e von der Leyen para lançar oficialmente as suas manobras militares, a fim de poupar os europeus a quem sonha fazer um contrapeso para frustrar o "cerco Americano".
Diálogo dos surdos
Sob o ouro estalinista do Grande Salão do Povo, Macron tentou convencer o secretário-geral do partido a mudar a posição russa sobre a Ucrânia, mas sem recolher gestos ou promessas tangíveis. "Esta guerra diz respeito a todos nós! "proclamou o presidente volúvel, sob o olhar impassível da Esfinge vermelha, falando quase o dobro do tempo que seu anfitrião, como já havia feito durante sua última visita em 2019. Uma violação da etiqueta diplomática do regime marxista-leninista. "Esta guerra não é minha", disse Xi a portas fechadas, segundo uma fonte diplomática Francesa, confirmando o diálogo dos surdos.
O líder imperioso regou o seu convidado francês com respeito, levando-o a tomar chá na antiga residência do seu pai em Cantão, um porto a sul que simboliza a abertura comercial da "fábrica do mundo". Mas ele apenas lhe deu trechos do arquivo ucraniano: apenas a vaga promessa de um apelo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "no devido tempo". E fórmulas gerais já refeitas contra a utilização da ameaça nuclear, sem apontar o dedo directamente para a anunciada implantação de armas atómicas russas na Bielorrússia. Voltando de Moscou, onde acabara de fechar fileiras com seu" velho amigo "Vladimir Putin, o líder chinês de 69 anos simplesmente reafirmou seu apoio às" negociações de paz "e sua preocupação com os riscos de" derrapagem " sem se comprometer com a integridade territorial de Kiev. As próximas semanas dirão se a colheita se revelou mais abundante nos bastidores, mas os analistas estão céticos, apontando para a convergência ideológica dos dois regimes autoritários, Unidos pelo seu ódio à democracia liberal, percebida como uma ameaça ao seu poder. "Macron está a iludir-se. Ele acredita que a China é diferente da Rússia. Na realidade, a aliança deles é profunda e está apenas começando", enfatiza Wu Qiang, cientista político independente em Pequim.
O presidente francês poderá consolar-se com a sua popularidade junto da população chinesa, como evidenciado pela sua recepção de estrela do rock pelos estudantes da Universidade Sun-yat-sen, em Cantão. "Ele é bonito e fala bem! "um estudante visitante incendiou-se sob os alpendres ocres do Templo Lama, EM Pequim, conhecido pelas suas virtudes mágicas. Esperava-se que o desembarque em Paris, em pleno andamento contra a reforma das pensões, fosse brutal. ■
A visita de Emmanuel Macron à China deveria ter como objectivo restabelecer o contacto com as autoridades de Pequim e sublinhar, na presença de ursula von der Leyen, a unidade dos europeus face à multiplicação das crises de saúde, energia, alimentação, migração, financeira e estratégica. De facto, desde a sua última visita a Xangai, em 2018, tudo mudou.
O mundo entrou numa nova era com a pandemia de Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia: abriu-se um grande confronto entre impérios autoritários e democracias enquanto a globalização se transformava em blocos.
Mas, ao estabelecer o objectivo central de convencer Xi Jinping a desempenhar um papel mediador no conflito ucraniano, o Presidente da República condenou a sua viagem ao fracasso. Como era previsível, ele encontrou um fim seco de não recepção, amplificado pela retomada das manobras em torno de Taiwan por ocasião da reunião entre o Presidente Tsai Ing-wen e o presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, Kevin Mccarthy, que a diplomacia russa não deixou de transmitir.
Emmanuel Macron não aprendeu nenhuma lição com o fiasco do diálogo que queria manter com Vladimir Putin. Ele persiste em negar a natureza dos impérios autoritários, bem como a estratégia imperial de seus líderes. A China não tem nada de neutro e não empreenderá qualquer mediação na guerra Ucraniana. A sua diplomacia está inteiramente orientada para a desintegração da ordem mundial que considera Ocidental e baseia-se, por um lado, na "amizade ilimitada" que a une à Rússia, cuja vitória deseja, por outro, no aprofundamento das parcerias com o "sul Global". A abordagem de Emmanuel Macron reduz-se a legitimar a postura da China, que fornece apoio incondicional a Moscovo na Ucrânia e designa explicitamente o Ocidente como inimigo. Para a França, fingir ser uma potência equilibrada e emancipar-se dos blocos num mundo onde impérios autoritários pretendem aniquilar a democracia é uma ilusão perigosa.
A tentativa de Emmanuel Macron de se apresentar como líder da União Europeia ao ser acompanhado por ursula von der Leyen também fracassou. É verdade que a única influência que a Europa tem sobre a China é económica. Xi Jinping quebrou o modelo de desenvolvimento chinês ao restaurar o Controle Do Partido Comunista sobre empresas e centros de pesquisa, fazendo com que o crescimento caísse de 9,5% para 3% ao ano. O mercado interno está congelado pelo declínio demográfico, pelo crash imobiliário e pela desconfiança dos chineses em relação aos seus líderes, levados a extremos pela gestão da epidemia de Covid. As novas classes médias estão feridas e a crise social ameaça. O único motor da recuperação encontra-se nas exportações e no excedente de 750 mil milhões de dólares realizado com os Estados Unidos e a União.
Os europeus justificam-se, como o expressou Ursula von der Leyen, ao argumentarem com a China que a ameaça existencial que a Rússia representa para o continente é decisiva para o seu futuro e que a atitude de Pequim em relação à guerra na Ucrânia condiciona as relações com a União. Infelizmente, a França está a desacreditar esta postura ao procurar desesperadamente assinar contratos de longo prazo que se limitarão a alimentar o saque tecnológico das nossas empresas e a perpetuar a nossa dependência de Bens essenciais chineses.
A diplomacia francesa deveria adoptar uma linha clara em relação à China em torno dos seguintes princípios: recusa da proliferação nuclear prosseguida pela Rússia com a implantação de armas atómicas na Bielorrússia; reafirmação da soberania nacional que conduz ao pedido de retirada das tropas russas da Ucrânia; condicionar as relações políticas e económicas com Pequim à cessação do apoio à Rússia na sua guerra de alta intensidade contra a Ucrânia, bem como na sua guerra híbrida contra os membros da União; reciprocidade estrita e tendo em conta as normas sociais e ambientais no comércio.
O desprezo infligido por Xi Jinping a Emmanuel Macron recorda-nos algumas verdades simples. Só podemos construir uma política externa com base nos factos e na realidade dos regimes e dos dirigentes. Não há poder sem os meios de poder, a começar por uma economia forte e finanças saudáveis. Não há mais credibilidade na política externa para um chefe de estado ou de governo que não pode reformar ou garantir a paz civil no seu país. Por último, não fazemos mais diplomacia sem diplomatas do que segurança sem prefeitos, diálogo social sem sindicalistas ou indústria sem fábricas.[/img]
A Ásia, assim que o airbus presidencial de Emmanuel Macron decolou de Cantão, Pequim lançou as represálias ao largo de Taiwan. O Exército Popular de Libertação (PTA) realiza desde sábado exercícios de "cerco total" na ilha Democrática de 23 milhões de habitantes, que a China considera parte integrante do seu território. Este domingo, onze navios e 70 aviões militares foram detetados na zona pelas forças taiwanesas. Esta armada pretende enviar um" aviso sério " a Taipei, para protestar contra a reunião do Presidente Tsai Ing-wen com Kevin Mccarthy, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, na quarta-feira, na Califórnia. Sete meses após a visita de Nancy Pelosi, então "presidente" da Câmara, esta nova entrevista com o terceiro mais alto funcionário Americano desencadeou a ira da segunda potência mundial, que a considera uma violação da Política de "uma China" de Washington e uma provocação do que Pequim considera uma província chinesa nas mãos de "separatistas".
Estas represálias eram esperadas, com o objectivo de desencorajar Taipei e as capitais ocidentais de estabelecerem contactos de alto nível, a falha do impasse Sino-americano na Ásia-Pacífico. A passagem do Novo Porto de aviões de Shandong no Estreito de Bashi esta semana, bem como estes exercícios, repetindo um futuro bloqueio de Taiwan até 20 de abril, visam afirmar a capacidade do gigante de cercar a ilha vulcânica e isolá-la dos seus aliados. Uma mensagem de intimidação ao eleitorado taiwanês, às vésperas da campanha presidencial de 2024, onde o tema das relações com o continente será crucial.
Apoio crescente dos países europeus a Taipei
Mas essas ações são, no momento, de magnitude relativamente moderada em comparação com as que se seguiram à chegada de Pelosi. Eles mostram a determinação chinesa, em vez da busca de uma escalada, em um contexto geopolítico Volátil, julgam os analistas. "As atividades até agora parecem menos severas e de menor magnitude com três áreas de atividade no mar, em comparação com seis em agosto. Eles estão de acordo com as respostas militares anteriores, mas confirmam a crescente desconfiança de Pequim em relação aos Estados Unidos", diz a empresa do Grupo Eurasia em nota.
Estes gigantescos "jogos de guerra" surgem numa altura em que o medo de uma operação militar chinesa contra Taiwan está a crescer entre os estrategistas Americanos, uma vez que o Presidente Xi reafirmou a "missão histórica" da "reunificação" da antiga Formosa para o continente, depois de ter posto Hong Kong em marcha. O líder mais autoritário desde Mao ordenou que o PLA pudesse agir até 2027, de acordo com William Burns, o diretor da CIA. Mas as manobras navais e encenadas com muita propaganda camuflam uma relativa contenção. "Durante a retaliação pela viagem de Pelosi, a China se certificou de minimizar os riscos de um possível confronto direto" com os Estados Unidos, considera um analista chinês sênior em Pequim, que queria permanecer anônimo.
O encontro entre Tsai e Mccarthy pairou na sombra chinesa sobre a primeira visita do presidente francês à China desde a pandemia, que terminou sexta-feira em Cantão com um jantar restrito com o seu homólogo Xi Jinping, após uma reunião.
Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar a delicada questão de Taiwan, concentrando os seus esforços na questão Ucraniana, numa tentativa de convencer o líder chinês a influenciar o seu parceiro Vladimir Putin. "Acho que não é do nosso interesse falar sobre isso aqui", julgou Macron diante de jornalistas quando desembarcou em Pequim. E brandir o padrão de "autonomia estratégica Europeia" seguindo os passos do General De Gaulle, que reconheceu a República Popular em 1964, em detrimento da China nacionalista de Chiang Kai-shek, que recuou para Taipei. Na declaração conjunta, no final da cimeira, o documento reafirma solenemente o seu compromisso político com a ideia de "uma China". Numa entrevista dada sexta-feira ao Diário Económico Les Elimchos e publicada este domingo, o presidente francês considerou que "o pior seria pensar que nós, europeus, devíamos ser seguidores" sobre a questão de Taiwan "e adaptar-nos ao ritmo americano e a uma surreação Chinesa".
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, convidada pelo Palácio do Eliseu, por outro lado, reafirmou publicamente a "importância primordial" da estabilidade no Estreito de Taiwan, alertando contra qualquer tentativa de "mudar o status quo" durante uma conferência de imprensa. "Houve uma distribuição de papéis no lado europeu", assume o analista chinês. A discrição Francesa contrasta com os sinais crescentes de Solidariedade de muitas capitais europeias em direcção a Taipei, incluindo a Alemanha, cuja Ministra da educação, Bettina Stark-watzinger, visitou recentemente a ilha. A primeira em décadas.
A China esperou a descolagem do avião de Macron e von der Leyen para lançar oficialmente as suas manobras militares, a fim de poupar os europeus a quem sonha fazer um contrapeso para frustrar o "cerco Americano".
Diálogo dos surdos
Sob o ouro estalinista do Grande Salão do Povo, Macron tentou convencer o secretário-geral do partido a mudar a posição russa sobre a Ucrânia, mas sem recolher gestos ou promessas tangíveis. "Esta guerra diz respeito a todos nós! "proclamou o presidente volúvel, sob o olhar impassível da Esfinge vermelha, falando quase o dobro do tempo que seu anfitrião, como já havia feito durante sua última visita em 2019. Uma violação da etiqueta diplomática do regime marxista-leninista. "Esta guerra não é minha", disse Xi a portas fechadas, segundo uma fonte diplomática Francesa, confirmando o diálogo dos surdos.
O líder imperioso regou o seu convidado francês com respeito, levando-o a tomar chá na antiga residência do seu pai em Cantão, um porto a sul que simboliza a abertura comercial da "fábrica do mundo". Mas ele apenas lhe deu trechos do arquivo ucraniano: apenas a vaga promessa de um apelo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "no devido tempo". E fórmulas gerais já refeitas contra a utilização da ameaça nuclear, sem apontar o dedo directamente para a anunciada implantação de armas atómicas russas na Bielorrússia. Voltando de Moscou, onde acabara de fechar fileiras com seu" velho amigo "Vladimir Putin, o líder chinês de 69 anos simplesmente reafirmou seu apoio às" negociações de paz "e sua preocupação com os riscos de" derrapagem " sem se comprometer com a integridade territorial de Kiev. As próximas semanas dirão se a colheita se revelou mais abundante nos bastidores, mas os analistas estão céticos, apontando para a convergência ideológica dos dois regimes autoritários, Unidos pelo seu ódio à democracia liberal, percebida como uma ameaça ao seu poder. "Macron está a iludir-se. Ele acredita que a China é diferente da Rússia. Na realidade, a aliança deles é profunda e está apenas começando", enfatiza Wu Qiang, cientista político independente em Pequim.
O presidente francês poderá consolar-se com a sua popularidade junto da população chinesa, como evidenciado pela sua recepção de estrela do rock pelos estudantes da Universidade Sun-yat-sen, em Cantão. "Ele é bonito e fala bem! "um estudante visitante incendiou-se sob os alpendres ocres do Templo Lama, EM Pequim, conhecido pelas suas virtudes mágicas. Esperava-se que o desembarque em Paris, em pleno andamento contra a reforma das pensões, fosse brutal. ■
A visita de Emmanuel Macron à China deveria ter como objectivo restabelecer o contacto com as autoridades de Pequim e sublinhar, na presença de ursula von der Leyen, a unidade dos europeus face à multiplicação das crises de saúde, energia, alimentação, migração, financeira e estratégica. De facto, desde a sua última visita a Xangai, em 2018, tudo mudou.
O mundo entrou numa nova era com a pandemia de Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia: abriu-se um grande confronto entre impérios autoritários e democracias enquanto a globalização se transformava em blocos.
Mas, ao estabelecer o objectivo central de convencer Xi Jinping a desempenhar um papel mediador no conflito ucraniano, o Presidente da República condenou a sua viagem ao fracasso. Como era previsível, ele encontrou um fim seco de não recepção, amplificado pela retomada das manobras em torno de Taiwan por ocasião da reunião entre o Presidente Tsai Ing-wen e o presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, Kevin Mccarthy, que a diplomacia russa não deixou de transmitir.
Emmanuel Macron não aprendeu nenhuma lição com o fiasco do diálogo que queria manter com Vladimir Putin. Ele persiste em negar a natureza dos impérios autoritários, bem como a estratégia imperial de seus líderes. A China não tem nada de neutro e não empreenderá qualquer mediação na guerra Ucraniana. A sua diplomacia está inteiramente orientada para a desintegração da ordem mundial que considera Ocidental e baseia-se, por um lado, na "amizade ilimitada" que a une à Rússia, cuja vitória deseja, por outro, no aprofundamento das parcerias com o "sul Global". A abordagem de Emmanuel Macron reduz-se a legitimar a postura da China, que fornece apoio incondicional a Moscovo na Ucrânia e designa explicitamente o Ocidente como inimigo. Para a França, fingir ser uma potência equilibrada e emancipar-se dos blocos num mundo onde impérios autoritários pretendem aniquilar a democracia é uma ilusão perigosa.
A tentativa de Emmanuel Macron de se apresentar como líder da União Europeia ao ser acompanhado por ursula von der Leyen também fracassou. É verdade que a única influência que a Europa tem sobre a China é económica. Xi Jinping quebrou o modelo de desenvolvimento chinês ao restaurar o Controle Do Partido Comunista sobre empresas e centros de pesquisa, fazendo com que o crescimento caísse de 9,5% para 3% ao ano. O mercado interno está congelado pelo declínio demográfico, pelo crash imobiliário e pela desconfiança dos chineses em relação aos seus líderes, levados a extremos pela gestão da epidemia de Covid. As novas classes médias estão feridas e a crise social ameaça. O único motor da recuperação encontra-se nas exportações e no excedente de 750 mil milhões de dólares realizado com os Estados Unidos e a União.
Os europeus justificam-se, como o expressou Ursula von der Leyen, ao argumentarem com a China que a ameaça existencial que a Rússia representa para o continente é decisiva para o seu futuro e que a atitude de Pequim em relação à guerra na Ucrânia condiciona as relações com a União. Infelizmente, a França está a desacreditar esta postura ao procurar desesperadamente assinar contratos de longo prazo que se limitarão a alimentar o saque tecnológico das nossas empresas e a perpetuar a nossa dependência de Bens essenciais chineses.
A diplomacia francesa deveria adoptar uma linha clara em relação à China em torno dos seguintes princípios: recusa da proliferação nuclear prosseguida pela Rússia com a implantação de armas atómicas na Bielorrússia; reafirmação da soberania nacional que conduz ao pedido de retirada das tropas russas da Ucrânia; condicionar as relações políticas e económicas com Pequim à cessação do apoio à Rússia na sua guerra de alta intensidade contra a Ucrânia, bem como na sua guerra híbrida contra os membros da União; reciprocidade estrita e tendo em conta as normas sociais e ambientais no comércio.
O desprezo infligido por Xi Jinping a Emmanuel Macron recorda-nos algumas verdades simples. Só podemos construir uma política externa com base nos factos e na realidade dos regimes e dos dirigentes. Não há poder sem os meios de poder, a começar por uma economia forte e finanças saudáveis. Não há mais credibilidade na política externa para um chefe de estado ou de governo que não pode reformar ou garantir a paz civil no seu país. Por último, não fazemos mais diplomacia sem diplomatas do que segurança sem prefeitos, diálogo social sem sindicalistas ou indústria sem fábricas.[/img]
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