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Caldeirão da Bolsa

Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por MarcoAntonio » 13/4/2023 19:03

Vou supor que se trata de um descendente de portugueses, sim.

Os documentos envolviam slides e coisas do género. A ser verdade o que tem sido veiculado, não foi nada de muito sofisticado e acabou sendo identificado facilmente (de inicio ele teria partilhado os docs num grupo privado de gamers, pelo que durante umas semanas não se soube de nada, mas entretanto um outro elemento desse grupo acabou por os partilhar num canal publico).
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 13/4/2023 19:02

rg7803 Escreveu:

o tipo com esse apelido (TEIXEIRA) era tuga, de certeza....
desenrrascou-se !


E provavelmente amigo do Guterres... :)
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por rg7803 » 13/4/2023 19:00

Marco Martins Escreveu:Não entendo como é que uma pessoa de 21 anos tem acesso a este tipo de documentos que deveriam ter uma classificação de confidencialidade muito alta e um acesso muito restrito!



o tipo com esse apelido (TEIXEIRA) era tuga, de certeza....
desenrrascou-se !
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 13/4/2023 18:52

Não entendo como é que uma pessoa de 21 anos tem acesso a este tipo de documentos que deveriam ter uma classificação de confidencialidade muito alta e um acesso muito restrito!
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por MarcoAntonio » 13/4/2023 18:33

Avançam notícias sobre uma eventual detenção de suspeito em relação aos documentos classificados.

A comunicação social está a veicular que o suspeito será um individuo de 21 anos de nome Jack Teixeira e que possivelmente a motivação terá sido de "exibição" (de mostrar que tinha acesso a esses documentos, junto da comunidade de gamers que liderava).


Air National Guardsman led online group where US documents leaked: report


Jack Teixeira, a 21-year-old member of the Massachusetts Air National Guard, is the leader of the small online gaming group where a batch of classified intelligence documents leaked, according to The New York Times.

The Times reported Thursday that the national guardsman is a member of the branch’s intelligence wing in the state and was the head of the private online group “Thug Shaker Central,” where the documents leaked over the last few months.

The newspaper reported that the documents gained broader attention after a member of the group took several dozen of them and shared them to a different forum online that was public.

NBC News also reported the identity of the man.

The Hill has not independently confirmed Teixeira’s identity, and no one has been publicly named as a suspect in the probe.

The Hill has reached out to the FBI and the Air National Guard for comment. The FBI declined to comment to the Times for its report.

Investigators want to speak with Teixeira about the leak, two officials confirmed to the Times, after he oversaw the community of about 20 to 30 people, mostly male teenagers and young adults.

The leak of the documents, which purportedly gave insight into NATO information about the war in Ukraine, including death tolls and the training of Ukrainian troops, has left U.S. officials scrambling to try to find the source. Officials have not confirmed the validity of the leaked information.

The reported discovery of Teixeira’s identity comes after President Biden said on Thursday that investigators were “getting close” to discovering the source of the leaks.

The Hill
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 13/4/2023 15:22

A juntar aos problemas da China e Rússia, pouco se tem falado aqui, mas a instabilidade entre Israel, Libano e faixa de Gaza está a aumentar, pelo que isso poderá fragilizar a frágil paz que se vive no Médio Oriente.
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Opcard » 12/4/2023 16:47

Há um caso pouco falado mas não menos grave que decapitou toda a rede de espiões dos USA na China.

A minha experiência de vida leva-me a acreditar que um chinês de 2.ª ou 3.a geração dificilmente será um patriota americano , é o mesmos na Europa para gente de confissão que sempre viu os ocidentais como inimigos e não crentes , a razão de acabar com o serviço militar em muitos países é esse em França em caso de serviço obrigatória metade teriam outra origem , nas sondagem eles acreditam mais na sua crença que nos valores da república esta tudo dito , ou seja o Ocidente está tramado os que chegam nunca envergarão a camisola na defesa da sua nova pátria .

“O detido é Jerry Chun Shing Lee, um norte-americano que começou a trabalhar para a CIA em 1994, dando-lhe acesso a vários documentos classificados como “muito secreto”.

Segundo o New York Times, a detenção de Lee é o culminar da investigação do FBI, que teve início em 2012, após a agência federal ter começado a suspeitar de que muitos dos seus agentes e informadores na China estavam a ser expostos por uma “toupeira” no interior da CIA.”
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por MarcoAntonio » 12/4/2023 15:57

Enquanto continua a especulação sobre os documentos classificados - quem, porquê e quanto é real - aqui fica um resumo do The Hill dos aspectos potencialmente mais importantes em discussão:


Here are the 7 biggest revelations from the US leaks so far

The biggest leak of classified documents in a decade created a sprawling crisis in Washington this week as records detail alleged U.S. spying on allies, insights into American thinking on the war in Ukraine and at least two neutral countries mulling plans to support Russia.

Pentagon officials are still reviewing the documents for validity and the Justice Department is overseeing a criminal investigation of the leak.

At least one of the documents containing casualty estimates appears to have been altered, but it’s unclear how many of the roughly 100 leaked records were manipulated.

The documents have circulated online since March and possibly as early as January before picking up attention last week after a New York Times report.

There may be more documents to come, but the leak has already done a lot of damage, forcing crucial U.S. allies to respond in what has become an arguably embarrassing incident for Washington.

Here are the seven biggest revelations in the documents so far.

Ukraine air defense systems in peril

Munitions for Soviet-era air defense systems deployed by Ukraine will soon run out, potentially imperiling Kyiv in the war against Russia, documents show.

The S300 missile defense system is expected to run out of munitions by May and the SA-11 Gadfly system at the end of March, a document dated in February says.

Both systems make up about 89 percent of Ukraine’s air defenses and are vital to fending off frequent Russian missile strikes.

The Pentagon documents suggested that Ukraine could withstand only a few more waves of Russian missile strikes.

Russian military bloggers and state-run media outlets have already published the details of the documents.

Pentagon casts doubt on Ukraine’s spring counter-offensive

Ukraine is expected to launch a major counter-offensive this spring, but the U.S. is doubting Kyiv’s ability to retake significant territory, a “top secret” document says.

An early February assessment indicates “force generation and sustainment shortfall” for Ukraine’s military, The Washington Post reported.

Ukraine is aiming to retake territory in the east and in the south, where Kyiv could cut off a land bridge to the Crimean Peninsula.

Publicly, the Biden administration has signaled that Ukraine will regain territory in the coming offensive.

But the documents paint a darker picture, with Kyiv likely to struggle against entrenched Russian positions in southeastern Ukraine and with “deficiencies” in training and munitions, according to The Post’s review.

US intel on Russia could now be compromised

The documents also contain information about Russia’s forces in Ukraine, which the U.S. obtained through intelligence gathering.

All the buzz around the leaks is likely to lead to a crackdown in Moscow on communications intercepts and internal leaking.

Some analysts have said Russia is aware of U.S. intelligence gathering methods and has already been working to plug up holes.

But Kurt Volker, a distinguished fellow with the Center for European Policy Analyses, told The Hill this week that Russia will certainly start looking more closely now.

“They’ll be scouring this and trying to figure out, ‘Where are they getting this information from? How much of it is human intelligence, how much of it is signals?’” he said.

Israeli spy agency supported domestic protests

Some of the leaked documents indicate the Israeli intelligence agency Mossad supported nationwide protests against a proposed judicial reform from Prime Minister Benjamin Netanyahu.

According to the documents, Mossad encouraged agency staff and Israeli citizens to protest the judicial reforms, which would award the legislative branch controlled by Netanyahu’s party substantial power over the judiciary, including an ability to override rulings.

Netanyahu delayed the controversial reform plan last month after a surge of protests across the country.

The Pentagon leaks about Mossad’s activities also suggest the U.S. was spying on a major ally in the Middle East.

Netanyahu’s office on Sunday denied the allegations against Mossad.

South Korea was concerned about supplying munitions to US

Other documents also pointed to potential U.S. spying on South Korea, a major ally in the Indo-Pacific, on support for Ukraine.

The leaked papers said South Korea was open to supplying the U.S. with artillery shells to replenish American stocks — but privately, Seoul was concerned about the munitions being diverted to Ukraine.

On Tuesday, the office of South Korean President Yoon Suk-yeol said a “significant number” of the leaked U.S. documents were forged, citing a recent conversation between the defense chiefs from both nations.

“The suspicion of eavesdropping in the Yongsan Presidential Office is a false suspicion,” a statement read.

But the fallout from the leak already sparked tensions in South Korea.

The Democratic Party in South Korea, a liberal opposition political party to Yoon’s more conservative party, criticized the alleged U.S. spying.

“We deeply regret that the United States’ top intelligence agency has been carrying out illegal espionage activities against our allies,” the Democratic Party said in a Monday press conference statement.

Egypt secretly planned to supply Russia with rockets

Another bombshell revelation from the documents included classified information that Egypt was secretly planning to support Russia in its war against Ukraine.

Egyptian President Abdel Fattah El-Sisi ordered up to 40,000 rockets to be produced and shipped to Moscow, according to one document.

El-Sisi also planned to secretly provide gunpowder and artillery to Russia. He allegedly ordered his subordinates to keep the arms deal secret from western allies.

Egypt is a key U.S. ally in the Middle East region. The U.S. provides more than $1 billion to Cairo annually.

White House national security spokesman John Kirby on Tuesday said the U.S. has not seen evidence to indicate Egypt has followed through on those plans. A senior Egyptian official also denied the allegations in comments carried by state media.

Rep. Don Beyer (D-Va.) said if the allegations in the documents are true, “it should lead to a major rethink of America’s relationship with Egypt.”

“I have long criticized the Egyptian government’s appalling human rights record, but if true this should raise profound questions for all who defend the status quo,” Beyer tweeted.

UAE agreed to work with Russian spy agents against US, UK

The United Arab Emirates (UAE), an oil-rich Arab nation in the Middle East, planned to work with Russian spies against U.S. and U.K. intelligence agencies, another document said.

Russia’s Federal Security Service (FSB), the main successor to the Soviet-era KGB, claimed that UAE security officials agreed to the plan, according to a review of the document from The Associated Press.

The Pentagon document cited signals intelligence, meaning the information was picked up through electronic messaging or telephone call intercepts. Washington apparently caught the FSB boasting about the agreement, according to the AP.

The UAE is a strategic partner for the U.S. in the Middle East but also maintains close ties with Russia.
An official representing the UAE told CNN the allegation is “categorically false.”


The Hill
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 11/4/2023 23:44

Opcard Escreveu:Do que li o que impressiona é que o F-16 vão ficar quase 80 anos , a ser verdade que vai ficar até 2040 bate todos os recordes .

A questão é , do primeiro modelo que saiu nos anos 70 deve restar pouco .


Fala-se até 2060.

O F-16 tem sofrido várias actualizações, inclusive ao nível da fuselagem e motores.

O Block 70, que está agora em produção tem componentes e software que são usados nos F-22 e F-35.

Esta versão tem tem um novo motor, tanques adicionais, radar de varredura eletrónica (AESA), novos monitores .....

Mas não deixa de ser um feito de longevidade.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Opcard » 11/4/2023 17:53

Do que li o que impressiona é que o F-16 vão ficar quase 80 anos , a ser verdade que vai ficar até 2040 bate todos os recordes .

A questão é , do primeiro modelo que saiu nos anos 70 deve restar pouco .
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 11/4/2023 16:37

PMP69 Escreveu:


Não querendo pôr em causa essa notícia desse jornal indiano, apenas lembra que o S-300 é um míssil terra/ar, ou seja, de defesa aérea.

Já assistimos anteriormente, inclusive através do Gen. Agostinho Costa, à destruição de dezenas de M142 - IMARS na Ucrânia.

Esse mesmo jornal, publicou recentemente um artigo que previa que os EUA e o Japão, em caso de conflito com a China, perderiam dezenas de navios, mais de 500 caças (nomeadamente F-35) ..., enquanto a China perderia 1/3 desses números.


Pedro


Noutra noticia que têm na portada:

Russia Overestimates Its Su-35 Fighters; Ex-F-16 Pilot Says Moscow Using ‘Identical’ Tactics In Air As They Do On Ground

Honestamente até me parecem bastante imparciais.

Mais coloquei esta noticia porque é bastante grave se é verdade.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por djovarius » 11/4/2023 16:17

Opcard Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.

Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.

Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?

Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?


Vai chegar um ETF da MarketVector Global Defense Industry ´ tem regras não tem ações de quem fabrica minas anti pessoais ou com urânio empobrecida ..

https://www.etfstream.com/articles/vane ... m-oil-etfs



Bem, tendo a concordar que investir, caso a China avançe (isso não deverá ocorrer, mas...), só mesmo em algo relativo a material militar, como foi dito pelo companheiro acima. Tirando isso, só dá PUTS, como não será complicado de ver, nem que seja por uns dias / semanas...

Abraço

dj
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Opcard » 11/4/2023 15:54

Marco Martins Escreveu:Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.

Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.

Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?

Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por luislobs » 11/4/2023 12:21

Ja vimos na rtp fabricas de insufláveis dedicados em exclusivo a replicas de imars, com sensores de calor quase impossiveis de controlar
.

É preciso viver..nao apenas existir.
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 11/4/2023 12:09



Não querendo pôr em causa essa notícia desse jornal indiano, apenas lembra que o S-300 é um míssil terra/ar, ou seja, de defesa aérea.

Já assistimos anteriormente, inclusive através do Gen. Agostinho Costa, à destruição de dezenas de M142 - IMARS na Ucrânia.

Esse mesmo jornal, publicou recentemente um artigo que previa que os EUA e o Japão, em caso de conflito com a China, perderiam dezenas de navios, mais de 500 caças (nomeadamente F-35) ..., enquanto a China perderia 1/3 desses números.


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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 11/4/2023 12:00

Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.

Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.

Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por BearManBull » 11/4/2023 11:40

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 11/4/2023 9:16

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Neste momento, os EUA têm na zona o Ronald Reagan CSG (Carrier Strike Group), o Nimitz CSG, o Makin Island ARG (Amphibious Ready Group) e o America ARG.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por djovarius » 10/4/2023 21:06

Isso era o sonho do Putin, que a China avançasse ao mesmo tempo que eles.
Já agora, a Coreia do Norte também, só para falar dos "mais complicados".

Escusado será dizer que os EUA não davam conta de tudo e que a Europa teria de se virar sozinha na questão da Ucrânia.

Mas isto é a 2ª guerra fria. Lembro-me bem da primeira, não era muito diferente...
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 10/4/2023 21:00

Por curiosidade, uma comparação entre o melhor caça Chinês, o J-20 e o F-16V (block 70) da Força Aérea de Taiwan.

Esta actualização tem componentes e software usados nos F-22 e F-35, nomeadamente ao nível do radar.

Nos ultimos anos, Tawain tem tido dificuldades em conseguir recrutar pilotos.

O EUA e o Japão têm F-22 e F-35 a minutos de Tawain, quer embarcados, quer em bases aéreas no Japão, Coreia e Filipinas.

https://www.technology.org/2022/08/18/taiwan-unveiled-its-best-fighter-jet-f-16-viper-how-does-it-compare-to-chinas-5th-generation-j-20-video/

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 10/4/2023 18:54

Também concordo que o tempo está do lado da China, principalmente porque os EUA estão a alocar recursos para a Ucrânia, que deviam servir para continuar a reestruturação das suas forças armadas.

Mas para se ter uma ideia, os EUA têm 11 porta aviões operacionais e 1 em testes de mar, enquanto a China tem 3 e um deles é irmão do Kunetsov russo.

Em termos de aviões, e apesar dos avanços chineses, a superioridade americana ainda é significativa.

Não esquecer ainda, que Taiwan tem do que os EUA têm de melhor.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Marco Martins » 10/4/2023 18:34

PMP69 Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan


A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.



A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.

Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.

Pedro


Talvez!
Contudo todas as previsões temporais da capacidade chinesa têm sido antecipadas. Também já houve militares americanos a antecipar que a invasão chinesa poderia ocorrer em 2025.
Eu não sou militar nem estratega, pelo que a minha opinião é apenas pessoal. Contudo tendo em conta todo o cenário mundial, tendo em conta que os USA e UE neste momento não parecem conseguir estar a financiar 2 guerras, acho que este seria o melhor momento para a China avançar, mesmo tendo em conta não ter supremacia aérea ou naval.
Se a China não exportar painéis ou baterias, a revolução energética na UE simplesmente vai pelo cano abaixo com a agravante de que não temos capacidade para recuperar em pouco tempo os canais de combustíveis fósseis que existiam antes.
Posto isto, se a China invadir Taiwan, a Europa e o mundo, ficarão tecnologicamente ainda mais reféns da China.
 
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 10/4/2023 9:38

Para quem tiver interesse, ficam aqui alguns artigos de um dos maiores especialistas navais americanos, nomeadamente no que se passa no Indo-Pacífico.

https://www.usni.org/people/james-holmes

Pedro
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por PMP69 » 10/4/2023 9:22

Marco Martins Escreveu:
A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan


A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.



A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.

Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão

por Opcard » 10/4/2023 7:38

[img] res­posta à reu­nião, em 5 de abril, em Los Ange­les, entre o pre­si­dente de Tai­wan, Tsai Ing-wen, e o pre­si­dente da Câmara dos Depu­ta­dos dos EUA, Kevin Mccarthy, o exér­cito chi­nês lan­çou exer­cí­cios de "cerco total" da ilha demo­crá­tica, que a China con­si­dera parte inte­grante do seu ter­ri­tó­rio. Durante a sua visita, que ter­mi­nou no sábado, Emma­nuel Macron optou deli­be­ra­da­mente por evi­tar esta ques­tão deli­cada.
A Ásia, assim que o air­bus pre­si­den­cial de Emma­nuel Macron deco­lou de Can­tão, Pequim lan­çou as repre­sá­lias ao largo de Tai­wan. O Exér­cito Popu­lar de Liber­ta­ção (PTA) rea­liza desde sábado exer­cí­cios de "cerco total" na ilha Demo­crá­tica de 23 milhões de habi­tan­tes, que a China con­si­dera parte inte­grante do seu ter­ri­tó­rio. Este domingo, onze navios e 70 avi­ões mili­ta­res foram dete­ta­dos na zona pelas for­ças tai­wa­ne­sas. Esta armada pre­tende enviar um" aviso sério " a Tai­pei, para pro­tes­tar con­tra a reu­nião do Pre­si­dente Tsai Ing-wen com Kevin Mccarthy, pre­si­dente da Câmara dos Depu­ta­dos dos EUA, na quarta-feira, na Cali­fór­nia. Sete meses após a visita de Nancy Pelosi, então "pre­si­dente" da Câmara, esta nova entre­vista com o ter­ceiro mais alto fun­ci­o­ná­rio Ame­ri­cano desen­ca­deou a ira da segunda potên­cia mun­dial, que a con­si­dera uma vio­la­ção da Polí­tica de "uma China" de Washing­ton e uma pro­vo­ca­ção do que Pequim con­si­dera uma pro­vín­cia chi­nesa nas mãos de "sepa­ra­tis­tas".
Estas repre­sá­lias eram espe­ra­das, com o objec­tivo de desen­co­ra­jar Tai­pei e as capi­tais oci­den­tais de esta­be­le­ce­rem con­tac­tos de alto nível, a falha do impasse Sino-ame­ri­cano na Ásia-Pací­fico. A pas­sa­gem do Novo Porto de avi­ões de Shan­dong no Estreito de Bashi esta semana, bem como estes exer­cí­cios, repe­tindo um futuro blo­queio de Tai­wan até 20 de abril, visam afir­mar a capa­ci­dade do gigante de cer­car a ilha vul­câ­nica e isolá-la dos seus ali­a­dos. Uma men­sa­gem de inti­mi­da­ção ao elei­to­rado tai­wa­nês, às vés­pe­ras da cam­pa­nha pre­si­den­cial de 2024, onde o tema das rela­ções com o con­ti­nente será cru­cial.
Apoio cres­cente dos paí­ses euro­peus a Tai­pei



Mas essas ações são, no momento, de mag­ni­tude rela­ti­va­mente mode­rada em com­pa­ra­ção com as que se segui­ram à che­gada de Pelosi. Eles mos­tram a deter­mi­na­ção chi­nesa, em vez da busca de uma esca­lada, em um con­texto geo­po­lí­tico Volá­til, jul­gam os ana­lis­tas. "As ati­vi­da­des até agora pare­cem menos seve­ras e de menor mag­ni­tude com três áreas de ati­vi­dade no mar, em com­pa­ra­ção com seis em agosto. Eles estão de acordo com as res­pos­tas mili­ta­res ante­ri­o­res, mas con­fir­mam a cres­cente des­con­fi­ança de Pequim em rela­ção aos Esta­dos Uni­dos", diz a empresa do Grupo Eura­sia em nota.
Estes gigan­tes­cos "jogos de guerra" sur­gem numa altura em que o medo de uma ope­ra­ção mili­tar chi­nesa con­tra Tai­wan está a cres­cer entre os estra­te­gis­tas Ame­ri­ca­nos, uma vez que o Pre­si­dente Xi rea­fir­mou a "mis­são his­tó­rica" da "reu­ni­fi­ca­ção" da antiga For­mosa para o con­ti­nente, depois de ter posto Hong Kong em mar­cha. O líder mais auto­ri­tá­rio desde Mao orde­nou que o PLA pudesse agir até 2027, de acordo com Wil­liam Burns, o dire­tor da CIA. Mas as mano­bras navais e ence­na­das com muita pro­pa­ganda camu­flam uma rela­tiva con­ten­ção. "Durante a reta­li­a­ção pela via­gem de Pelosi, a China se cer­ti­fi­cou de mini­mi­zar os ris­cos de um pos­sí­vel con­fronto direto" com os Esta­dos Uni­dos, con­si­dera um ana­lista chi­nês sênior em Pequim, que que­ria per­ma­ne­cer anô­nimo.
O encon­tro entre Tsai e Mccarthy pai­rou na som­bra chi­nesa sobre a pri­meira visita do pre­si­dente fran­cês à China desde a pan­de­mia, que ter­mi­nou sexta-feira em Can­tão com um jan­tar res­trito com o seu homó­logo Xi Jin­ping, após uma reu­nião.
Emma­nuel Macron optou deli­be­ra­da­mente por evi­tar a deli­cada ques­tão de Tai­wan, con­cen­trando os seus esfor­ços na ques­tão Ucra­ni­ana, numa ten­ta­tiva de con­ven­cer o líder chi­nês a influ­en­ciar o seu par­ceiro Vla­di­mir Putin. "Acho que não é do nosso inte­resse falar sobre isso aqui", jul­gou Macron diante de jor­na­lis­tas quando desem­bar­cou em Pequim. E bran­dir o padrão de "auto­no­mia estra­té­gica Euro­peia" segu­indo os pas­sos do Gene­ral De Gaulle, que reco­nhe­ceu a Repú­blica Popu­lar em 1964, em detri­mento da China naci­o­na­lista de Chi­ang Kai-shek, que recuou para Tai­pei. Na decla­ra­ção con­junta, no final da cimeira, o docu­mento rea­firma sole­ne­mente o seu com­pro­misso polí­tico com a ideia de "uma China". Numa entre­vista dada sexta-feira ao Diá­rio Eco­nó­mico Les Elim­chos e publi­cada este domingo, o pre­si­dente fran­cês con­si­de­rou que "o pior seria pen­sar que nós, euro­peus, deví­a­mos ser segui­do­res" sobre a ques­tão de Tai­wan "e adap­tar-nos ao ritmo ame­ri­cano e a uma sur­re­a­ção Chi­nesa".
Ursula von der Leyen, Pre­si­dente da Comis­são Euro­peia, con­vi­dada pelo Palá­cio do Eli­seu, por outro lado, rea­fir­mou publi­ca­mente a "impor­tân­cia pri­mor­dial" da esta­bi­li­dade no Estreito de Tai­wan, aler­tando con­tra qual­quer ten­ta­tiva de "mudar o sta­tus quo" durante uma con­fe­rên­cia de imprensa. "Houve uma dis­tri­bui­ção de papéis no lado euro­peu", assume o ana­lista chi­nês. A dis­cri­ção Fran­cesa con­trasta com os sinais cres­cen­tes de Soli­da­ri­e­dade de mui­tas capi­tais euro­peias em direc­ção a Tai­pei, inclu­indo a Ale­ma­nha, cuja Minis­tra da edu­ca­ção, Bet­tina Stark-wat­zin­ger, visi­tou recen­te­mente a ilha. A pri­meira em déca­das.
A China espe­rou a des­co­la­gem do avião de Macron e von der Leyen para lan­çar ofi­ci­al­mente as suas mano­bras mili­ta­res, a fim de pou­par os euro­peus a quem sonha fazer um con­tra­peso para frus­trar o "cerco Ame­ri­cano".
Diá­logo dos sur­dos
Sob o ouro esta­li­nista do Grande Salão do Povo, Macron ten­tou con­ven­cer o secre­tá­rio-geral do par­tido a mudar a posi­ção russa sobre a Ucrâ­nia, mas sem reco­lher ges­tos ou pro­mes­sas tan­gí­veis. "Esta guerra diz res­peito a todos nós! "pro­cla­mou o pre­si­dente volú­vel, sob o olhar impas­sí­vel da Esfinge ver­me­lha, falando quase o dobro do tempo que seu anfi­trião, como já havia feito durante sua última visita em 2019. Uma vio­la­ção da eti­queta diplo­má­tica do regime mar­xista-leni­nista. "Esta guerra não é minha", disse Xi a por­tas fecha­das, segundo uma fonte diplo­má­tica Fran­cesa, con­fir­mando o diá­logo dos sur­dos.
O líder impe­ri­oso regou o seu con­vi­dado fran­cês com res­peito, levando-o a tomar chá na antiga resi­dên­cia do seu pai em Can­tão, um porto a sul que sim­bo­liza a aber­tura comer­cial da "fábrica do mundo". Mas ele ape­nas lhe deu tre­chos do arquivo ucra­ni­ano: ape­nas a vaga pro­messa de um apelo ao pre­si­dente ucra­ni­ano, Volodymyr Zelensky, "no devido tempo". E fór­mu­las gerais já refei­tas con­tra a uti­li­za­ção da ame­aça nuclear, sem apon­tar o dedo direc­ta­mente para a anun­ci­ada implan­ta­ção de armas ató­mi­cas rus­sas na Bie­lor­rús­sia. Vol­tando de Mos­cou, onde aca­bara de fechar filei­ras com seu" velho amigo "Vla­di­mir Putin, o líder chi­nês de 69 anos sim­ples­mente rea­fir­mou seu apoio às" nego­ci­a­ções de paz "e sua pre­o­cu­pa­ção com os ris­cos de" der­ra­pa­gem " sem se com­pro­me­ter com a inte­gri­dade ter­ri­to­rial de Kiev. As pró­xi­mas sema­nas dirão se a colheita se reve­lou mais abun­dante nos bas­ti­do­res, mas os ana­lis­tas estão céti­cos, apon­tando para a con­ver­gên­cia ide­o­ló­gica dos dois regi­mes auto­ri­tá­rios, Uni­dos pelo seu ódio à demo­cra­cia libe­ral, per­ce­bida como uma ame­aça ao seu poder. "Macron está a ilu­dir-se. Ele acre­dita que a China é dife­rente da Rús­sia. Na rea­li­dade, a ali­ança deles é pro­funda e está ape­nas come­çando", enfa­tiza Wu Qiang, cien­tista polí­tico inde­pen­dente em Pequim.
O pre­si­dente fran­cês poderá con­so­lar-se com a sua popu­la­ri­dade junto da popu­la­ção chi­nesa, como evi­den­ci­ado pela sua recep­ção de estrela do rock pelos estu­dan­tes da Uni­ver­si­dade Sun-yat-sen, em Can­tão. "Ele é bonito e fala bem! "um estu­dante visi­tante incen­diou-se sob os alpen­dres ocres do Tem­plo Lama, EM Pequim, conhe­cido pelas suas vir­tu­des mági­cas. Espe­rava-se que o desem­bar­que em Paris, em pleno anda­mento con­tra a reforma das pen­sões, fosse bru­tal. ■
A visita de Emma­nuel Macron à China deve­ria ter como objec­tivo res­ta­be­le­cer o con­tacto com as auto­ri­da­des de Pequim e sub­li­nhar, na pre­sença de ursula von der Leyen, a uni­dade dos euro­peus face à mul­ti­pli­ca­ção das cri­ses de saúde, ener­gia, ali­men­ta­ção, migra­ção, finan­ceira e estra­té­gica. De facto, desde a sua última visita a Xan­gai, em 2018, tudo mudou.
O mundo entrou numa nova era com a pan­de­mia de Covid e a inva­são da Ucrâ­nia pela Rús­sia: abriu-se um grande con­fronto entre impé­rios auto­ri­tá­rios e demo­cra­cias enquanto a glo­ba­li­za­ção se trans­for­mava em blo­cos.
Mas, ao esta­be­le­cer o objec­tivo cen­tral de con­ven­cer Xi Jin­ping a desem­pe­nhar um papel medi­a­dor no con­flito ucra­ni­ano, o Pre­si­dente da Repú­blica con­de­nou a sua via­gem ao fra­casso. Como era pre­vi­sí­vel, ele encon­trou um fim seco de não recep­ção, ampli­fi­cado pela reto­mada das mano­bras em torno de Tai­wan por oca­sião da reu­nião entre o Pre­si­dente Tsai Ing-wen e o pre­si­dente da Câmara dos Repre­sen­tan­tes nos Esta­dos Uni­dos, Kevin Mccarthy, que a diplo­ma­cia russa não dei­xou de trans­mi­tir.
Emma­nuel Macron não apren­deu nenhuma lição com o fiasco do diá­logo que que­ria man­ter com Vla­di­mir Putin. Ele per­siste em negar a natu­reza dos impé­rios auto­ri­tá­rios, bem como a estra­té­gia impe­rial de seus líde­res. A China não tem nada de neu­tro e não empre­en­derá qual­quer medi­a­ção na guerra Ucra­ni­ana. A sua diplo­ma­cia está intei­ra­mente ori­en­tada para a desin­te­gra­ção da ordem mun­dial que con­si­dera Oci­den­tal e baseia-se, por um lado, na "ami­zade ili­mi­tada" que a une à Rús­sia, cuja vitó­ria deseja, por outro, no apro­fun­da­mento das par­ce­rias com o "sul Glo­bal". A abor­da­gem de Emma­nuel Macron reduz-se a legi­ti­mar a pos­tura da China, que for­nece apoio incon­di­ci­o­nal a Mos­covo na Ucrâ­nia e designa expli­ci­ta­mente o Oci­dente como ini­migo. Para a França, fin­gir ser uma potên­cia equi­li­brada e eman­ci­par-se dos blo­cos num mundo onde impé­rios auto­ri­tá­rios pre­ten­dem ani­qui­lar a demo­cra­cia é uma ilu­são peri­gosa.
A ten­ta­tiva de Emma­nuel Macron de se apre­sen­tar como líder da União Euro­peia ao ser acom­pa­nhado por ursula von der Leyen tam­bém fra­cas­sou. É ver­dade que a única influ­ên­cia que a Europa tem sobre a China é eco­nó­mica. Xi Jin­ping que­brou o modelo de desen­vol­vi­mento chi­nês ao res­tau­rar o Con­trole Do Par­tido Comu­nista sobre empre­sas e cen­tros de pes­quisa, fazendo com que o cres­ci­mento caísse de 9,5% para 3% ao ano. O mer­cado interno está con­ge­lado pelo declí­nio demo­grá­fico, pelo crash imo­bi­li­á­rio e pela des­con­fi­ança dos chi­ne­ses em rela­ção aos seus líde­res, leva­dos a extre­mos pela ges­tão da epi­de­mia de Covid. As novas clas­ses médias estão feri­das e a crise social ame­aça. O único motor da recu­pe­ra­ção encon­tra-se nas expor­ta­ções e no exce­dente de 750 mil milhões de dóla­res rea­li­zado com os Esta­dos Uni­dos e a União.
Os euro­peus jus­ti­fi­cam-se, como o expres­sou Ursula von der Leyen, ao argu­men­ta­rem com a China que a ame­aça exis­ten­cial que a Rús­sia repre­senta para o con­ti­nente é deci­siva para o seu futuro e que a ati­tude de Pequim em rela­ção à guerra na Ucrâ­nia con­di­ci­ona as rela­ções com a União. Infe­liz­mente, a França está a desa­cre­di­tar esta pos­tura ao pro­cu­rar deses­pe­ra­da­mente assi­nar con­tra­tos de longo prazo que se limi­ta­rão a ali­men­tar o saque tec­no­ló­gico das nos­sas empre­sas e a per­pe­tuar a nossa depen­dên­cia de Bens essen­ci­ais chi­ne­ses.
A diplo­ma­cia fran­cesa deve­ria adop­tar uma linha clara em rela­ção à China em torno dos segu­in­tes prin­cí­pios: recusa da pro­li­fe­ra­ção nuclear pros­se­guida pela Rús­sia com a implan­ta­ção de armas ató­mi­cas na Bie­lor­rús­sia; rea­fir­ma­ção da sobe­ra­nia naci­o­nal que con­duz ao pedido de reti­rada das tro­pas rus­sas da Ucrâ­nia; con­di­ci­o­nar as rela­ções polí­ti­cas e eco­nó­mi­cas com Pequim à ces­sa­ção do apoio à Rús­sia na sua guerra de alta inten­si­dade con­tra a Ucrâ­nia, bem como na sua guerra híbrida con­tra os mem­bros da União; reci­pro­ci­dade estrita e tendo em conta as nor­mas soci­ais e ambi­en­tais no comér­cio.
O des­prezo infli­gido por Xi Jin­ping a Emma­nuel Macron recorda-nos algu­mas ver­da­des sim­ples. Só pode­mos cons­truir uma polí­tica externa com base nos fac­tos e na rea­li­dade dos regi­mes e dos diri­gen­tes. Não há poder sem os meios de poder, a come­çar por uma eco­no­mia forte e finan­ças sau­dá­veis. Não há mais cre­di­bi­li­dade na polí­tica externa para um chefe de estado ou de governo que não pode refor­mar ou garan­tir a paz civil no seu país. Por último, não faze­mos mais diplo­ma­cia sem diplo­ma­tas do que segu­rança sem pre­fei­tos, diá­logo social sem sin­di­ca­lis­tas ou indús­tria sem fábri­cas.[/img]
 
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