Comprar casa ou arrendar?
Re: prestação da casa - IRS
latrinaxxl Escreveu:Para não criar um novo tópico, coloco aqui a questão para quem saiba responder: para o ano as despesas com a prestação da casa já não são dedutíveis no IRS?
Alguém? Uma resposta como prenda da Páscoa, vá lá

No jogo da bolsa, as mãos fracas e fortes estão sempre a perder, quem ganha sempre é a "casa" (corretoras e bancos).
Pata-Hari Escreveu:E eu não misturo os que não pagam porque não podem com os outros. Chamo à atenção para a atitude que vinga neste tópico que é "não vamos pagar porque afinal de contas a culpa disto é da banca que foi estúpida e me emprestou dinheiro. porque haveria eu de pagar?" E, nota, como te disse, a banca não quer ficar com a casa de ninguém, quer recuperar o que puder dos investimentos que correram mal porque o risco de quem os tomou foi mal medido e porque as garantias pedidas não foram suficientes. É o caso das pessoas com dificuldades actualmente. Aliás, nem vejo como trazes essas questões para este tópico nem o que têm a ver com o que se escreveu nestas páginas. Só se falou de calotice e não de dificuldades e de problemas sociais.
Não, essa tem sido a interpretação que tu dás, ninguém aqui defendeu isso, muito menos eu, apenas disse que a banca também tinha responsabilidades. No caso das pessoas poderem perder a casa onde habitam acho legítimo que façam tudo o que legalmente possam fazer para que isso não aconteça...
Uau, pela primeira vez assumes que os riscos que tomaram foram mal medidos... é um primeiro passo!

É mentira que só se tenha falado em calotice. Aliás quem falou nisso foste tu, ninguém mais... falou-se sim em pessoas que deixam de ter condições para pagar a casa onde habitam, se isto não tem a ver com problemas sociais, não sei o que é que tem?!


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Pata-Hari Escreveu:1. Fez. Mas, se as pessoas fossem confiaveis, no limite nem teria que fazer. Isso iliba a responsabilidade que quem pede emprestado e se compromete a devolver? A banca é que comprou o imovel?
Pergunta 1: Alguma vez disse que ilibava as pessoas? Se não disse, por favor não voltes a escrever como se eu o tivesse dito!
Pergunta 2: Todas, ou a grande maioria das pessoas que não consegue pagar as prestações das casas não são confiáveis, já sabiam que não iam pagar quando pediram o empréstimo?
Pata-Hari Escreveu:2. Isso iliba as pessoas da responsabilidade? quando emprestas a amigos, fazes o mesmo. Se não te pagarem, estão ilibados porque não adivinhaste??
Pergunta 1: Idem...
Pergunta 3: Os bancos funcionam como se fossem particulares, como se estivessem a emprestar a amigos?
Pata-Hari Escreveu:3. e??
Pergunta 4:Se recusa emprestar é porque acha que o risco de incumprimento dessa pessoa é elevado. Se fossem rigorosos não poderiam garantir quase sempre o retorno do empréstimo?
Pata-Hari Escreveu:4. Não.
Então deve ser o único a quem isso aconteceu, a mim e a alguns amigos meus...




Pata-Hari Escreveu:6. Os contribuintes estão a salvar as suas próprias poupanças, Artista. Estuda um pouco de história, estão bem documentados os problemas de deixar desaparecer as poupanças dos particulares bem como o papel como mentor de crescimento da banca. Se não fosse importante, não se consideraria usar dinheiro de contribuintes para tal. Sendo que neste caso, nem é o teu, é mesmo o dos alemães. As nossas contribuições vão apenas para alimentar o buraco no nosso estado e não chegam. Se o estado não tivesse provocado o problema ao colocar em causa a sua própria solvabilidade, a banca não teria este problema. E o estado somos nós.
Pergunta 5: Que estado? O Grego?
É que a grande maioria dos prejuízos que a banca apresentou em 2011 têm a ver com investimentos em Dívida Grega, obviamente que os contribuíntes têm de suportar essas perdas... mesmo que seja em dívida portuguesa ninguém os obrigou a comprar, eles compraram para ganharem dinheiro não foi para ajudar o estado português!
Quanto às poupanças do contribuintes estás a brincar comigo, bastava liquidar os bancos falidos e garantir as poupanças sem risco, os contribuintes gastavam muito menos... o que faz os governos usarem o dinheiro dos contribuintes são outras razões mas isso agora nem interessa muito porque não é isso que se está a debater, não vale a pena desviar o assunto!
Eu nem costumo concorda com o ele, mas neste caso já estou como o Lion, se a única coisa para que a banca serve é emprestar dinheiro para que é que serve? Qualquer um o poderia fazer, inclusivé o estado...
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O que se passou nos estados unidos no imobiliário não tem nenhuma semelhança como que se passou em portugal. Nenhuma. A banca não agiu de todo do mesmo modo.
E eu não misturo os que não pagam porque não podem com os outros. Chamo à atenção para a atitude que vinga neste tópico que é "não vamos pagar porque afinal de contas a culpa disto é da banca que foi estúpida e me emprestou dinheiro. porque haveria eu de pagar?" E, nota, como te disse, a banca não quer ficar com a casa de ninguém, quer recuperar o que puder dos investimentos que correram mal porque o risco de quem os tomou foi mal medido e porque as garantias pedidas não foram suficientes. É o caso das pessoas com dificuldades actualmente. Aliás, nem vejo como trazes essas questões para este tópico nem o que têm a ver com o que se escreveu nestas páginas. Só se falou de calotice e não de dificuldades e de problemas sociais.
E eu não misturo os que não pagam porque não podem com os outros. Chamo à atenção para a atitude que vinga neste tópico que é "não vamos pagar porque afinal de contas a culpa disto é da banca que foi estúpida e me emprestou dinheiro. porque haveria eu de pagar?" E, nota, como te disse, a banca não quer ficar com a casa de ninguém, quer recuperar o que puder dos investimentos que correram mal porque o risco de quem os tomou foi mal medido e porque as garantias pedidas não foram suficientes. É o caso das pessoas com dificuldades actualmente. Aliás, nem vejo como trazes essas questões para este tópico nem o que têm a ver com o que se escreveu nestas páginas. Só se falou de calotice e não de dificuldades e de problemas sociais.
Pata-Hari Escreveu:Eu sou bancária, não sou banqueira. Não tenho um interesse particular em defender o banco ( agora sou bancária. Já fui muitas outras coisas e ainda serei mais.) Mas sei ver e distinguir honestidade da falta dela. Aqui o post do schi é óptimo. Mais um a justificar porquê que até é justo nao se pagar.
Quando vejo os dilemas da banca que olha para o crédito à habitação como um mal necessário e vejo estes comentários, acho que deveriam mesmo terminar de imediato esse tipo de crédito. Não há mesmo condições para ser feito. Cada um que poupe se quiser comprar casa. Porque carga de água se haveria de emprestar, por pouco lucro e ainda sujeito a este tipo de interlocutor? As pessoas nem entendem que a banca não tem que lhes emprestar e que esqueceram que existe uma coisa que é "viver sem crédito" e gastar apenas o que se tem.
Bem, se a mentalidade é essa, eu pergunto para que é preciso a Banca? A Banca não arrisca, e se arrisca é com dinheiro dos outros! A Banca é um intermediario que cobra regalias principescas por emprestar... dinheiro que não é dela. Como eu sempre disse se nao aceitam o risco do negocio nao andam aqui a fazer nada. O dinheiro nem é deles.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Nos EUA foram bastante rápidos a reconhecer que os bancos se excederam, em especial, com os créditos NINJA.
Até já em Espanha, estão a começar a perceber: Espanha reestruturará seus bancos após excessos da bolha imobiliária
Até já em Espanha, estão a começar a perceber: Espanha reestruturará seus bancos após excessos da bolha imobiliária
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artista Escreveu:4. A banca não incentivou as pessoas a pedirem mais do que os imóveis valiam, aumentando o valor da avaliação?
Pata-Hari Escreveu:4. Não.
Não???
Então como é que justifica, por exemplo, a publicidade de um determinado banco aqui há uns anos atrás que dizia mais ou menos o seguinte:
"Compre casa connosco e nós oferecemos o cheque para mobilar a casa no valor de 10.000 euros"
De onde é que acha que vinham os 10.000 euros?
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Pata-Hari Escreveu:Ilove, sabes, eu sou mãe (de dois) e não tenho crédito de tipo nenhum (até os meus cartões são pagos a 100% no fim do mês). Isso não me sucederá. Do desemprego não estou a salvo mas nunca deixei de trabalhar. Se virar hamburgers, virarei hamburgers. Se mudar de casa para uma menor, assim será. So what?
Pois, a sua posição é de uma tremenda insensibilidade social ao colocar no mesmo saco os que não pagam porque não querem (esses sim, desonestos) com aqueles que tiveram o azar de cair no desemprego ou numa doença grave. E olhe que é capaz de ter excesso de qualificações para ir virar hamburgers...
De resto, completamente de acordo. Eu também não tenho créditos nem gosto. E, aliás, para mim a crise está a ser óptima... ainda recentemente consegui alugar uma moradia nova a estrear por um preço inacreditável (apenas mais um banco que emprestou demasiado dinheiro a um construtor que agora não consegue pagar).
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artista Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Artista, que perguntas me fizeste que não te respondi?
...
Qual é a dúvida?
1. A banca não faz avaliação dos imóveis?
2. A banca não faz avaliação das capacidades de pagamento das pessoas?
3. A banca não recusa emprestar a muitas pessoas?
4. A banca não incentivou as pessoas a pedirem mais do que os imóveis valiam, aumentando o valor da avaliação?
5. A banca não tem culpa nenhuma no caso das pessoas acabarem por não conseguir pagar?
6. Se a parte da banca é só emprestar e não tem qualquer capacidade de controlar os riscos (é o que me estás a dizer), porque diabo é que os contribuintes têm de os ir salvar?
1. Fez. Mas, se as pessoas fossem confiaveis, no limite nem teria que fazer. Isso iliba a responsabilidade que quem pede emprestado e se compromete a devolver? A banca é que comprou o imovel?
2. Isso iliba as pessoas da responsabilidade? quando emprestas a amigos, fazes o mesmo. Se não te pagarem, estão ilibados porque não adivinhaste?
3. e?
4. Não.
5. Perdão!? (essa deve ter um nome em psicologia e um medicamento para tratamento)
6. Os contribuintes estão a salvar as suas próprias poupanças, Artista. Estuda um pouco de história, estão bem documentados os problemas de deixar desaparecer as poupanças dos particulares bem como o papel como mentor de crescimento da banca. Se não fosse importante, não se consideraria usar dinheiro de contribuintes para tal. Sendo que neste caso, nem é o teu, é mesmo o dos alemães. As nossas contribuições vão apenas para alimentar o buraco no nosso estado e não chegam. Se o estado não tivesse provocado o problema ao colocar em causa a sua própria solvabilidade, a banca não teria este problema. E o estado somos nós.
Pata-Hari Escreveu:Artista, que perguntas me fizeste que não te respondi?
...
Qual é a dúvida?
1. A banca não faz avaliação dos imóveis?
2. A banca não faz avaliação das capacidades de pagamento das pessoas?
3. A banca não recusa emprestar a muitas pessoas?
4. A banca não incentivou as pessoas a pedirem mais do que os imóveis valiam, aumentando o valor da avaliação?
5. A banca não tem culpa nenhuma no caso das pessoas acabarem por não conseguir pagar?
6. Se a parte da banca é só emprestar e não tem qualquer capacidade de controlar os riscos (é o que me estás a dizer), porque diabo é que os contribuintes têm de os ir salvar?
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Artista, que perguntas me fizeste que não te respondi? eu respondi e expliquei pacientemente e repetidamente (até perder a pachorra para continuar a papaguear o mesmo). Mas o meu argumento não te entra, tal como não me entra o teu raciocínio que considero tão deturpado e perdido de sentido de várias coisas que a discussão se torna inutil.
A banca não puxou o tapete antes porque o seu negócio não é o imobiliário e porque o seu capital já lá estava dentro. A banca não quer ter que ficar com as casas dos clientes. A banca quer o seu dinheiro de volta, só e apenas. E se tiver que negociar para recuperar o máximo possível, é o que fará.
O negocio da banca é emprestar dinheiro. Não é construir nem comprar imobiliário. Para ser negócio, tem que recuperar o capital, senão era caridade Não é dito a nenhum cliente que é caridade, é dito que é negócio. Empresta-se na condição de ser devolvido com um dado preço pelo período decorrido. Se pede garantias, é porque tenta gerir bem o negócio. Não é beneficência. E não é um direito adquirido das pessoas ter crédito. É um privilégio que lhes é concedido. A banca assume que as pessoas têm alguma boa fé e capacidade de assumirem os compromissos que assumem. A banca cumpre, avançando o dinheiro. Cada um tem que cumprir, devolvendo. Qual é a dúvida?
A banca não puxou o tapete antes porque o seu negócio não é o imobiliário e porque o seu capital já lá estava dentro. A banca não quer ter que ficar com as casas dos clientes. A banca quer o seu dinheiro de volta, só e apenas. E se tiver que negociar para recuperar o máximo possível, é o que fará.
O negocio da banca é emprestar dinheiro. Não é construir nem comprar imobiliário. Para ser negócio, tem que recuperar o capital, senão era caridade Não é dito a nenhum cliente que é caridade, é dito que é negócio. Empresta-se na condição de ser devolvido com um dado preço pelo período decorrido. Se pede garantias, é porque tenta gerir bem o negócio. Não é beneficência. E não é um direito adquirido das pessoas ter crédito. É um privilégio que lhes é concedido. A banca assume que as pessoas têm alguma boa fé e capacidade de assumirem os compromissos que assumem. A banca cumpre, avançando o dinheiro. Cada um tem que cumprir, devolvendo. Qual é a dúvida?
Pata-Hari Escreveu:Não, a banca não alimentou nada. As pessoas escolheram comprar casas de valores incríveis quando os seus rendimentos nunca dariam para as pagar, confiando que os preços subiriam infinitamente que nunca teriam problema de fazer os repagamentos. Quando os preços começam a cair, a culpa é da banca porque teve a ousadia de lhes emprestar e de não se precaver ainda mais.
Ninguém aqui disse que o "problema é da banca", obviamente não é, tu é que estás a dizer que a banca não tem culpa nenhuma.
"A banca não tem culpa nenhuma", é nesta frase que deves concentrar o teu discurso. É isso que tens estado a evitar, escudando-te com a conversa de caloteiros, vigaristas, etc... ou achas que a banca não tem culpa nenhuma, em nada ou achas que sim?? é só isso que está em causa...
Depois ainda temos a questão pertinente levantada pelo elreidom. Mesmo assumindo que a banca não tem culpa nenhuma, os negócios correram-lhe mal, não deviam falir como as outras empresas? Porque é que os contribuintes são obrigados a ir salvá-los?! Na minha opinião, se são diferentes e têm acesso a proteção que outros não têm, também deverão reger-se por regras de exigência diferentes.
Já agora faço-te uma pergunta, se a banca não te culpa nenhuma, como é que se deixou chegar à situação em que está? Como é que se deixou convencer por tanta gente que prometeu pagar os seus créditos, sem perceber que muitos deles não conseguiriam? Foi azar? Incompetência?... eu diria que foi um misto das duas coisas misturada com muita ganância!
Pata-Hari Escreveu:Quando se empresta, o risco é dos dois. Mas a banca cumpriu a sua parte, emprestou o dinheiro. Quem empresta é que não cumpre a sua, devolvendo o que pediu colocando em risco a vida de toda a sua familia. Não vejo qual é a dúvida. Mas é o que digo... a honestidade e o sentido de honra e de compromisso desapareceu. E não são contratos que o vão trazer de volta. Tem que ser por via judicial e penal.
Exato, o risco é dos dois, e a banca correu riscos e perdeu, como qualquer outra empresa...
Eu até concordaria com o que estás a dizer se a banca não sobre-valorizasse imóveis e emprestasse a 100% contando, também ela, com a valorização certa dos imóveis...
Diz-me uma coisa, a banca não faz uma avaliação dos imóveis e da capacidade de pagamento das pessoas? Não recusa muitas vezes emprestar? Se foi competente porque é que está com um problema tão grande? se o tivesse sido não seria suposto reaver todo o dinheiro que emprestou?
Convinha responderes às perguntas que te fazem e não escudares-te sempre nos mesmos argumentos de que todos os que não conseguem pagar são uns coloteiros que andam com esquemas para enganar a banca!
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Ilove, sabes, eu sou mãe (de dois) e não tenho crédito de tipo nenhum (até os meus cartões são pagos a 100% no fim do mês). Isso não me sucederá. Do desemprego não estou a salvo mas nunca deixei de trabalhar. Se virar hamburgers, virarei hamburgers. Se mudar de casa para uma menor, assim será. So what?
Editado pela última vez por Pata-Hari em 6/4/2012 12:46, num total de 1 vez.
ai isso é que alimentou e não só no crédito à habitação mas na concessão de crédito em geral.
Recebia n vezes ofertas "incríveis" de cartões de crédito com plafonds várias vezes superior ao meu ordenado; créditos pessoais para tudo e mais alguma coisa a preços fantásticos etc...curiosmante do banco que anda agora a cotar na casa de 1/5 de uma bica.
Deve ser por ter feito bons negócios e ter feito uma avaliação de risco profissional.
A Cetelem e a Cofidis emprestavam literalmente às cegas, queriam era cobrar juros de 25%.
se eu não os aceitei foi por achar que estes "gajos" são doidos a oferecer assim tudo de mão beijada sem o mínimo de contrapartidas e não queria ficar a dever dinheiro como é obvio.
Numa actividade em que se empresta dinheiro a troco de juro convém saber se há possibilidade de efectivamente haver retorno do mesmo.
Ou a troika só empresta porque O PPC tem muito estilo como político e as olheiras do gaspar inspiram confiança?
Isto tem um nome: ganância e como se sabe a ganancia é cega.
Recebia n vezes ofertas "incríveis" de cartões de crédito com plafonds várias vezes superior ao meu ordenado; créditos pessoais para tudo e mais alguma coisa a preços fantásticos etc...curiosmante do banco que anda agora a cotar na casa de 1/5 de uma bica.
Deve ser por ter feito bons negócios e ter feito uma avaliação de risco profissional.
A Cetelem e a Cofidis emprestavam literalmente às cegas, queriam era cobrar juros de 25%.
se eu não os aceitei foi por achar que estes "gajos" são doidos a oferecer assim tudo de mão beijada sem o mínimo de contrapartidas e não queria ficar a dever dinheiro como é obvio.
Numa actividade em que se empresta dinheiro a troco de juro convém saber se há possibilidade de efectivamente haver retorno do mesmo.
Ou a troika só empresta porque O PPC tem muito estilo como político e as olheiras do gaspar inspiram confiança?
Isto tem um nome: ganância e como se sabe a ganancia é cega.
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Pata-Hari Escreveu:Não, a banca não alimentou nada.
É a sua visão das coisas.
Na minha opinião está completamente errada, mas respeito.
Pata-Hari Escreveu:Mas é o que digo... a honestidade e o sentido de honra e de compromisso desapareceu.
Se for mãe e algum dia ficar no desemprego e sem dinheiro para dar de comer aos seus filhos eu gostaria de saber se continuará a pensar que a banca não tem qualquer responsabilidade e que entregar a casa de volta não deve chegar para saldar a dívida...
Acho que não está a conseguir ver a diferença entre quem não cumpre por falta de honestidade (isso sempre houve e sempre haverá) e quem deixa de pagar a casa porque tem de dar de comer aos filhos. Na sua análise coloca todos no mesmo saco e não me parece que deva ser assim, mas enfim.
É destes últimos que eu estou a falar... e, na minha modesta opinião, acho que entregar a casa ao banco deveria chegar, mas isso era num país civilizado, claro.
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Não, a banca não alimentou nada. As pessoas escolheram comprar casas de valores incríveis quando os seus rendimentos nunca dariam para as pagar, confiando que os preços subiriam infinitamente que nunca teriam problema de fazer os repagamentos. Quando os preços começam a cair, a culpa é da banca porque teve a ousadia de lhes emprestar e de não se precaver ainda mais.
Quando se empresta, o risco é dos dois. Mas a banca cumpriu a sua parte, emprestou o dinheiro. Quem empresta é que não cumpre a sua, devolvendo o que pediu colocando em risco a vida de toda a sua familia. Não vejo qual é a dúvida. Mas é o que digo... a honestidade e o sentido de honra e de compromisso desapareceu. E não são contratos que o vão trazer de volta. Tem que ser por via judicial e penal.
Quando se empresta, o risco é dos dois. Mas a banca cumpriu a sua parte, emprestou o dinheiro. Quem empresta é que não cumpre a sua, devolvendo o que pediu colocando em risco a vida de toda a sua familia. Não vejo qual é a dúvida. Mas é o que digo... a honestidade e o sentido de honra e de compromisso desapareceu. E não são contratos que o vão trazer de volta. Tem que ser por via judicial e penal.
Pata-Hari Escreveu:Não tenho um interesse particular em defender o banco. Mas sei ver e distinguir honestidade da falta dela.
Resumidamente a história TODA é a seguinte:
- Durante anos a fio os bancos foram os promotores e responsáveis pela orgia construtiva que se assistiu neste país (e noutros);
- Aliciavam as pessoas a endividarem-se acima do valor dos imóveis em empréstimos camuflados para obras que na realidade eram para pagar carros, férias, mobílias, etc;
- Criaram, portanto, uma tremenda bolha especulativa;
- Num país decente, a lei co-responsabilizava estas entidades bastando que os proprietários entregassem os imóveis como forma de pagamento (isso levaria a que estas entidades fossem mais responsáveis na atribuição de créditos);
- Claro que isso em Portugal é impensável, não dormissem políticos e banqueiros todos na mesma cama;
Portanto, a solução ética que a senhora aqui vem defender é colocar na rua famílias com crianças que tiveram a infelicidade de cair no desemprego... muito boa essa solução.
De resto devo dizer-lhe que estou inteiramente de acordo consigo: nos moldes actuais (já que não são responsáveis) mais vale acabarem com esse produto e as pessoas que poupem dinheiro primeiro.
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Eu sou bancária, não sou banqueira. Não tenho um interesse particular em defender o banco ( agora sou bancária. Já fui muitas outras coisas e ainda serei mais.) Mas sei ver e distinguir honestidade da falta dela. Aqui o post do schi é óptimo. Mais um a justificar porquê que até é justo nao se pagar.
Quando vejo os dilemas da banca que olha para o crédito à habitação como um mal necessário e vejo estes comentários, acho que deveriam mesmo terminar de imediato esse tipo de crédito. Não há mesmo condições para ser feito. Cada um que poupe se quiser comprar casa. Porque carga de água se haveria de emprestar, por pouco lucro e ainda sujeito a este tipo de interlocutor? As pessoas nem entendem que a banca não tem que lhes emprestar e que esqueceram que existe uma coisa que é "viver sem crédito" e gastar apenas o que se tem.
Quando vejo os dilemas da banca que olha para o crédito à habitação como um mal necessário e vejo estes comentários, acho que deveriam mesmo terminar de imediato esse tipo de crédito. Não há mesmo condições para ser feito. Cada um que poupe se quiser comprar casa. Porque carga de água se haveria de emprestar, por pouco lucro e ainda sujeito a este tipo de interlocutor? As pessoas nem entendem que a banca não tem que lhes emprestar e que esqueceram que existe uma coisa que é "viver sem crédito" e gastar apenas o que se tem.
Editado pela última vez por Pata-Hari em 6/4/2012 12:18, num total de 1 vez.
Re: Será isto mesmo assim?
sherek_JNEG Escreveu:"Para quem estiver em perigo de perder o seu apartamento por não poder pagar a hipoteca
para contornar tal, existe uma solução completamente legal: O aluguer do apartamento a um membro da família (que não conste na hipoteca) por um preço simbólico de 1 ou 5 euros por mês por 100 anos e registe o contrato no registo Predial. O banco pode ficar com a casa, mas não pode desalojar o inquilino devido a este contrato e você só vai pagar o aluguer mensal simbólico. É totalmente legal, pois nem os bancos conseguem alterar a legislação, mas é a melhor solução para os embargos injustos que estão fazendo.
Quanto mais pessoas souberem disso, mais efeito terá...
Partilha e divulga entre amigos..."
Isso é ilegal e pouco eficaz. É verdade que adia o despejo por mais alguns meses mas o tribunal acaba por dar razão ao banco. Já existe, inclusive, jurisprudência sobre este assunto.
Existe algo muito mais eficaz, legal e que mantém o proprietário na própria casa sem inventar alugueres a familiares/amigos.
Prometer vender o imóvel a uma pessoa de confiança nas seguintes condições:
- Fazer um Contrato de Promessa de Compra e de Venda;
- Registar o CPCV na conservatória;
- Receber o sinal em cheque ou transferência bancária para deixar provas de que não é um contrato fictício (e não é, pois perante a perda total, o proprietário prefere vender a um amigo ou familiar);
- Convém o sinal ser suficientemente grande para dissuadir o banco de pagar o dobro para anular o negócio;
- No CPCV ficar do lado do promitente vendedor (proprietário que está prestas a perder a casa para o banco) a data de marcação da escritura, sem qualquer prazo, de forma a adiar ad eternum a realização da escritura;
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boas,
raramente participo activamente no forum, mas os ultimos posts deixaram-me com vontade: dar ou não dar o calote, eis a questão:)
Penso que o artista tenha razão quando diz que os bancos são bastante responsáveis pela incumprimento financeiro que agora constam bem alto nos seus balanços de conta.
Agiram de má fé. Existe uma expressão que adoro que é a "iliteracia finaceira" e digam-me lá se os bancos não se aproveitaram do facto de o nosso povo ser estupido que nem um calhau ou estupidamente ingénuo(ainda não percebi o que se aplica).
Quando me oferecem algo eu tenho de avaliar os prós e contras(em tudo), ninguém o fez no tempo das vacas gordas. Até a torradeira era comprada a prestações. Os bancos não fizeram uma avaliação de risco correcta e agora colhem os frutos.
É obvio que as pessoas que pediram emprestado são responsáveis pela dívida, seja a amigos ou bancos, mas isso é uma educação financeira que vem do berço e prende-se exclusivamente com a espinha dorsal dessa pessoa.
Culturalmente a maioria é a favor do calote, seja intencional ou por circunstâncias alheias.
Digam-me lá sincermante se este país não está no eixo errado: um amigo meu deve uma fortuna a toda a gente. Aconselharam-no (por um advogado)a dar o "calote" ou seja pedir insolvência. Não pode ter nada em nome dele durante 5 anos e após está livre que nem um passarinho.
Agora digam-me se não se sentem estúpidos. Eu sinto porque sempre cumpri as minhas obrigações financeiras escrupulosamente e ele sempre viveu a grande...
não me crucifiquem por favor é apenas a minha opinião sobre os "calotes":)
raramente participo activamente no forum, mas os ultimos posts deixaram-me com vontade: dar ou não dar o calote, eis a questão:)
Penso que o artista tenha razão quando diz que os bancos são bastante responsáveis pela incumprimento financeiro que agora constam bem alto nos seus balanços de conta.
Agiram de má fé. Existe uma expressão que adoro que é a "iliteracia finaceira" e digam-me lá se os bancos não se aproveitaram do facto de o nosso povo ser estupido que nem um calhau ou estupidamente ingénuo(ainda não percebi o que se aplica).
Quando me oferecem algo eu tenho de avaliar os prós e contras(em tudo), ninguém o fez no tempo das vacas gordas. Até a torradeira era comprada a prestações. Os bancos não fizeram uma avaliação de risco correcta e agora colhem os frutos.
É obvio que as pessoas que pediram emprestado são responsáveis pela dívida, seja a amigos ou bancos, mas isso é uma educação financeira que vem do berço e prende-se exclusivamente com a espinha dorsal dessa pessoa.
Culturalmente a maioria é a favor do calote, seja intencional ou por circunstâncias alheias.
Digam-me lá sincermante se este país não está no eixo errado: um amigo meu deve uma fortuna a toda a gente. Aconselharam-no (por um advogado)a dar o "calote" ou seja pedir insolvência. Não pode ter nada em nome dele durante 5 anos e após está livre que nem um passarinho.
Agora digam-me se não se sentem estúpidos. Eu sinto porque sempre cumpri as minhas obrigações financeiras escrupulosamente e ele sempre viveu a grande...
não me crucifiquem por favor é apenas a minha opinião sobre os "calotes":)
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AutoMech Escreveu:Seria interessante perceber se quem culpa os bancos pelos empréstimos e aceita sem problemas o calote, também aceitará pacificamente se o Berardo não pagar os 400 Milhões à CGD (ou seja, a todos nós) com o argumento de que a CGD fomentou esse empréstimo para controlar o BCP e o Berardo, coitado, foi um desgraçado que se deixou levar.
Começo a ficar preocupado com muita gente aqui... mas vocês lêm tudo o que se escreve ou lêm só a primeira frase?!

Eu nunca disse que as pessoas não eram responsáveis, claro que são, o único ponto de discórdia entre mim e alguma gente aqui é que eu acho que a banca também tem responsabilidades em muitas casos... coloco aqui duas citações minhas onde isso está preto no branco, não me façam ir buscar todas onde o escrevi!

artista Escreveu:Eu acho que a responsabilidade é repartida, já o disse aqui várias vezes.
artista Escreveu:Também, gostaria de acrescentar, que não acho que as pessoas não sejam responsáveis, em muitos casos até são apenas elas as responsáveis. O meu ponto é apenas que a banca também tem muita responsabilidade em muitos casos!
Quanto ao caso Berardo, não podias dar-me um exemplo melhor de que os bancos foram mal geridos nos últimos anos, parabéns AutoMech, foste-me buscar o melhor exemplo disso!



De qualquer forma é importante perceber onde é que esta discussão começou. Tudo começou porque eu achei bem que algumas pessoas que deixaram de poder pagar a sua habitação, conseguissem evitar que os bancos lhes ficassem com elas (aparentemente o estratagema nem é viável mas isso agora não interessa para o caso). Ou seja, eu estava a falar de uma situação específica de pessoas que podiam ficar sem casa e não de outras negociatas, como a do Berardo...
É importante estarmos sintonizados, se não uns falam de uma coisa e os outros respondem com outra... assim nem vale a pena debater nada!
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elreidom Escreveu:Sinceramente, concluo com a sensação de que me faltou perceber o real ponto da discórdia entre ti e o artista, porque tenho a sensação de que estão a falar de coisas distintas. Se foi distracção da minha parte, peço desculpa. E peço também desculpa por eventuais erros de apreciação de questões financeiras e económicas, nas quais não sou especialista, nem de longe.
Das duas três, ou não lê o que escrevo, e defende a banca porque sim, ou... não sei!?


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