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Caldeirão da Bolsa

Crise Grega

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 21/4/2015 23:56

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Dr Tretas Escreveu:a questão importante é: qual a corretora para comprar acções gregas? Não agora, mas poderá chegar o momento...


O momento para comprar ações gregas ainda não chegou. Continuo sem ver um fim ao descalabro. Como já disse aí atrás, ainda não se vislumbra qualquer indício de inversão de tendência no títulos gregos.

Apetece dizer que as notícias até já começam a ser 'cada vez mais parecidas umas com as outras'.

No El Mundo aparece a notícia de que a fuga de capitais gregos do país já atinge o valor de 15% do PIB anual do país:

http://www.elmundo.es/economia/2015/04/21/5536a579e2704e88418b4572.html

O Le Monde dá-se eco a uma mobilização social promovida pelos municípios gregos para impedir a 'extorsão' promovida pelas finanças gregas das verbas que lhes pertenciam. Os munícipios, na sua maioria dirigidos pelos partidos que têm dominado tradicionalmente a vida política grega, criticam esta ação e atribuem-na à inabilidade do Syriza para negociar com os credores.
Está em risco o funcionamento de hospitais e escolas; a manutenção de vias rurais e regionais, de instalações de saneamento básico, arruamentos...

http://www.lemonde.fr/economie/article/2015/04/21/les-collectivites-grecques-denoncent-le-siphonnage-des-organismes-publics_4619990_3234.html
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Re: Crise Grega

por Dr Tretas » 21/4/2015 22:10

Sim, mas a questão importante é: qual a corretora para comprar acções gregas? Não agora, mas poderá chegar o momento...
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Re: Crise Grega

por MNPTLIS » 21/4/2015 22:03

Atomez
escreveu O socialismo no seu melhor -- não há dinheiro? Expropria-se quem o tem!


E por cá os partidos do poder não fizeram e continuam a fazer o mesmo ?
Sacam aos pequenos para manter os privilégios deles.

Sejam Socialistas,comunistas,direitas,fascistas,etcs a porcaria é a mesma mudam as moscas mas os métodos são iguais.

O gajo que trabalha é sempre o roubado. :oops:
 
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Re: Crise Grega

por Opcard33 » 21/4/2015 22:00

jccgold Escreveu:
Opcard33 Escreveu:
richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?

Pelo que sei o investimento está parado ou a passos de caracol , as empresas gregas estão à espera para ver , as estrangeiras cancelaras algum projectos .


Parece Portugal actualmente com o nivel de investimento ao nivel do ano de 1984.
O que é necessário para fomentar o investimento na Grécia já eles estao a fazer. Auditoria à divida, ataque à corrupcao sem dó, puxar pelo combate ao desemprego, diminuir o estado onde n é preciso e clientelas etc
Alguém sabe qual a melhor correctora para comprar accoes no Athex?[/

Todo parou na Grécia ,vão ser terríveis os números do desemprego , o saldo primário está já foi , o crecimento previsto de 3% não vai acontecer .

Com um bando de loucos no poder quem arrisca um.1 euro
 
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Re: Crise Grega

por jccgold » 21/4/2015 21:48

Opcard33 Escreveu:
richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?

Pelo que sei o investimento está parado ou a passos de caracol , as empresas gregas estão à espera para ver , as estrangeiras cancelaras algum projectos .


Parece Portugal actualmente com o nivel de investimento ao nivel do ano de 1984.
O que é necessário para fomentar o investimento na Grécia já eles estao a fazer. Auditoria à divida, ataque à corrupcao sem dó, puxar pelo combate ao desemprego, diminuir o estado onde n é preciso e clientelas etc
Alguém sabe qual a melhor correctora para comprar accoes no Athex?
 
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Re: Crise Grega

por atomez » 21/4/2015 17:55

ativo Escreveu:O descontentamento popular com o governo grego cresce. Municípios e empresas públicas gregas protestam por o governo grego usar as suas reservas financeiras para evitar, proximamente um "default". Está-se a criar um caldinho na Grécia ...

O socialismo no seu melhor -- não há dinheiro? Expropria-se quem o tem!

Cá para mim, o comunismo é a forma de fascismo historicamente mais bem sucedida...
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Re: Crise Grega

por Ativo » 21/4/2015 17:40

O descontentamento popular com o governo grego cresce. Municípios e empresas públicas gregas protestam por o governo grego usar as suas reservas financeiras para evitar, proximamente um "default". Está-se a criar um caldinho na Grécia ...

Hoje, o Presidente da Comissão Europeia declarou: "Está fora de questão apoiar a Grécia a qualquer preço.".

Se o governo grego continuar a jogar póquer com os credores, os gregos vão-se ver gregos. Ai, vão, vão ...
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Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 21/4/2015 17:29

athex21deabrilindices.JPG
Os índices gregos continuam a cair. Não há qualquer suporte válido que justifique uma expectativa de entrada no Athex.
athex21deabrilindices.JPG (79.04 KiB) Visualizado 4253 vezes


athex21deabriltitulos.JPG
Panorama desolador. A banca, a continuar assim, não demorará muito a estar ao preço do BCP...
athex21deabriltitulos.JPG (62.74 KiB) Visualizado 4253 vezes


A somar a esta hecatombe, os municípios contestam activamente a decisão governamental de ganhar seis semanas de, passe a expressão, 'negociações com a troika, apropriando-se das suas verbas em depósito via Banco Central Grego. O Banco central é apertado pelo ECB. O Euro grupo não assume prazos limite 'para evitar excitações' e o holandês que lhe preside garante que a Grécia corre para a 'desgraça'.

Mais pormenores e desenvolvimentos aqui: http://www.theguardian.com/business/live/2015/apr/21/gazprom-ceo-heads-to-greece-as-cash-reserves-run-short-business-live
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Re: Crise Grega

por atomez » 21/4/2015 17:12

O pessoal já está a ficar farto dos gregos. O Grexit já está descontado, os gregos que se cuidem.

Limited Fallout on Spain, Italy From Greek Bond Slump

Drops in Spanish and Italian bonds have been small and a far cry from the darkest days of the eurozone debt crisis

Greek government bonds are in free fall. But looking at markets elsewhere in the eurozone, the stress barely shows.

Last week, as hopes that Greece could hammer out a deal with creditors to avoid a debt default became increasingly strained, bonds issued by Italy, Spain and Portugal weakened in sympathy. But the drops were small, and a far cry from the darkest days of the eurozone debt crisis, when any sign of trouble in Athens sent all bonds from southern Europe’s highly indebted nations tumbling.

Many big investors say they are sticking with Italian and Spanish debt, which offers a better prospect of returns in a market where many bond yields have fallen below zero, and view any bouts of weakness as a chance to buy more bonds. The effects of the European Central Bank’s bond-buying stimulus program, and a recent improvement in the eurozone economy, are likely to outweigh any fallout from Greece’s struggles with its creditors, they say.

Stock markets tell a similar story. Athens’s main index, already crushed by the long-running debt crisis, has lost 15% of its value this year. Stock markets in Italy and Spain, meanwhile, are riding high, up 22% and 11%, respectively in 2015.

“We are in a different world to where we were in 2011 and 2012,” said Iain Stealey, a portfolio manager at J.P. Morgan Asset Management, which manages $1.7 trillion of assets. “However you look at what the ECB has done, it’s given the market confidence Greece is out on its own. Italy and Spain look like an absolute bargain with ECB support behind them,” he said.
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Re: Crise Grega

por Opcard33 » 21/4/2015 16:36

Primeiros sinais nas sondagem o governo está a perder popularidade e uma rebelião em algumas municipalidades .

Le Figaro :

http://www.lefigaro.fr/flash-eco/2015/0 ... navigation


De nombreux maires et préfets de toute la Grèce sont montés au créneau aujourd'hui contre une décision du gouvernement qui rend obligatoire le transfert des réserves de fonds des organismes publics et collectivités locales à la Banque centrale pour faire face aux difficultés financières du pays.

Cette mesure a pour objectif d'assurer à l'Etat des liquidités "en cas de besoin", indique le décret législatif publié lundi et qui doit être validé par le Parlement en procédure d'urgence. "Le transfert à la Banque de Grèce des fonds utilisés par les mairies et les régions pour leur fonctionnement provoque une panique financière (...) qui risque de stopper les ouvrages en cours comme les routes, les hôpitaux ou les écoles", a déploré dans les médias Kostas Agorastos, président de l'Union grecque des régions et ancien député du principal parti conservateur d'opposition, Nouvelle Démocratie. "Faire gérer les fonds des mairies par l'Etat est injuste et inacceptable", a lancé Georges Patoulis, président de l'Union des maires grecs lors d'une réunion en présence du ministre adjoint des Finances, Dimitris Mardas.

Ce dernier a expliqué que la mesure "n'était qu'un emprunt à court terme par l'Etat et que l'argent sera remboursé selon les besoins des mairies dans une période de 15 à 20 jours". Le gouvernement grec a affirmé que l'utilisation des fonds des collectivités locales par l'Etat est une pratique appliquée au Royaume-Uni et aux Pays-Bas.
 
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Re: Crise Grega

por FDPC » 21/4/2015 14:30

Por uma Politica Solidária a Migração, abaixo os muros da intolerância
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Re: Crise Grega

por Ativo » 21/4/2015 0:21

O governo grego continua o braço-de-ferro com os parceiros europeus ...

Os parceiros europeus parecem apostar que a degradação da situação economico-social da Grécia (com ou sem "default") acabe por virar o povo grego (ainda, maioritariamente, contra a saída da Grécia da Zona Euro) contra o seu governo, mas o tiro pode sair pela culatra ...

É um jogo perigoso aquele que presentemente se joga ...
Continuo a acreditar que o governo grego irá "pestanejar", o programa grego de assistência financeira e de ajustamento macroeconómico será concluído, a Grécia receberá a última tranche deste programa, começar-se-à, depois, a negociar o terceiro resgate financeiro da Grécia e, então, sim, todas as dificuldades para se chegar a um acordo surgirão ...

Se a corda partir, já, veremos para que lado parte ...

A (possível) ocorrência, proximamente, de um "default", por parte da Grécia, obrigaria, suponho, a que os parceiros europeus e o FMI abandonassem o objetivo de concluir o programa, acima referido, e encarassem, já, a negociação de um terceiro resgate financeiro da Grécia.
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Re: Crise Grega

por ROADSTER 1 » 20/4/2015 20:03

Há duas classes de autores de previsões: os que não sabem - e os que não sabem que não sabem

John Kenneth Galbraith
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Re: Crise Grega

por soso » 20/4/2015 16:10

O radical" chic/caviar" do Varoufakis em vez de trabalhar, passa o tempo a acenar a bandeira do contágio!!!!

http://observador.pt/2015/04/20/zona-eu ... aroufakis/

O tempo dispendido em entrevistas é exponencialmente maior do que aquele que passa a trabalhar!!!!

Agora tirou este coelho da cartola:

http://observador.pt/2015/04/20/organis ... o-central/

É muito bonito mandar uns bitaites do seu gabinete académico.... e não é que já há umas Nód(v)oas por estas bandas a jogar ao macaquinho de imitação?
1886 – Estátua da Liberdade; oferecida pelos Franceses como aniversário do 1º século de independência dos EUA
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Re: Crise Grega

por atomez » 20/4/2015 2:37

Aqui está tudo dito:

Europe Braces for Messy Greek Endgame

It’s still possible that Greece can remain in the eurozone—though that is no longer the base case for many policy makers. At the very least, most fear the situation is going to get much, worse before it gets any better. No one now expects a deal to unlock Greek bailout funding at this week’s meeting of eurozone finance ministers in Riga—originally set as the final deadline for a deal. The new final, final deadline is now said to be a summit on May 11.

But among European politicians and officials gathered in Washington DC last week for the International Monetary Fund’s Spring Meetings, there was little optimism that a deal will be agreed by then.

The two sides are no closer to an agreement than when the Greek government took office almost three months ago. “Nothing, literally nothing has been achieved,” says an official. In fact, it is worse than that: so far, the bulk of Athens’s reform plans would actually cost money or reduce government revenues, according to eurozone officials.

They say that when you add up all the government’s proposals, the budget surplus required under the current program turns into a 10-15% deficit while debt soars far above the 120% of GDP targeted for 2022. There is no way that the eurozone—let alone the IMF—could disburse funds on the basis of such fantastical numbers.

The bottom line is that Athens won’t get any money unless it can reach a deal that satisfies the IMF that Greek debt is on a sustainable path and that it has a medium-term funding plan in place. The eurozone won’t disburse its own bailout funds without a deal that carries this IMF seal of approval. The IMF has agreed to streamline its demands, but that hardly diminishes the scale of the compromise required of Prime Minister Alexis Tsipras; even a slimmed-down deal will require either Athens to commit to an ambitious third bailout program or the eurozone to agree to provide substantial debt relief—which it won’t until Athens can convince the eurozone it is serious about reform.

Perhaps Mr. Tsipris will step back from the brink, ditch his party’s hard-line left-wing and recast his coalition with moderate pro-Europeans willing to back reforms, thereby securing a last- gasp deal to avert disaster. One senior policy maker closely involved in the process attaches a 5% probability to this scenario. The more likely scenario is that Greece defaults.

How things play out after that will depend on who Greece decides to default on and the reaction of bank depositors. If Athens defaults on a government bond or loan, then the ECB will have to raise the price that banks pay to access emergency liquidity from the Bank of Greece, effectively depriving them of access to fresh supplies of euros.

If Athens decides instead to default to its own citizens, perhaps by issuing IOUs to pay pensions and salaries, bank customers may start emptying euros from their accounts. Again, banks would quickly run out of collateral for emergency liquidity.

In both cases, Athens would have to introduce capital controls and bank holidays to stop the financial system imploding.

Some officials believe Greece could carry on for several weeks if not months in this state of limbo while still technically remaining part of the eurozone. They cite the situation in Cyprus after its 2013 financial implosion as a precedent, where the banks were closed for almost two weeks and capital controls imposed, the last of which was only lifted this month.

On this analysis, there could still be time following a default to hold a new election or possibly a referendum on eurozone membership which could lead to a new political configuration in Athens willing to strike a deal to keep Greece in the eurozone. Several senior eurozone officials now privately say that this is their baseline scenario.

But not everyone is convinced that Athens would have much—if any—time after a default before a euro exit became inevitable. After all, the situation in Cyprus was very different: there, the capital controls and bank holidays were part of a plan to restructure the banking system and put it back on a sounder footing. In Greece’s case, they would be closed to avoid the system collapsing with no plan to restore economic and financial stability in sight.

Meanwhile, the loss of liquidity would have a devastating impact on the economy, both in the short-term and on long-term growth prospects, further raising the bar to any deal to stay within the eurozone. Some officials believe that the situation post-default could quickly spiral out of control, leading Athens to quit the euro.

Not surprisingly, some governments now argue that the eurozone’s priority should be to focus on how to minimize the impact of a Greek euro exit. There is a broad consensus that the eurozone is better able to withstand the shock than earlier in the euro crisis, not least thanks to the ECB’s government bond-buying program, now fortuitously to be extended to Cyprus following a key vote on mortgage foreclosures agreed over the weekend.

The eurozone economy is growing, with former crisis countries growing the fastest. Economic and financial linkages to Greece have been sharply reduced. Portugal, widely considered most vulnerable to renewed market stress, has the protection of a large cash buffer; Lisbon is confident it can withstand the shock.

Even so, some contagion is inevitable, not least as financial markets absorb the realization that the eurozone is not after all irreversible.

Peripheral country bond yield spreads over German bunds picked up slightly last week—albeit from very low levels—and bank stocks fell. Some officials in Brussels and at the ECB believe that the eurozone may need swiftly to strengthen its common backstops, including speeding up the creation of its common fund for dealing with troubled banks and even agreeing common deposit insurance.

Others believe that the eurozone will also need to bring forward plans to create a common fiscal capacity: a centrally-managed eurozone budget funded by eurozone borrowing.

Of course, this would involve very tough political decisions for eurozone governments. But they always said that Greece was a unique case. The markets may demand that they prove it.
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Re: Crise Grega

por RaposoTavares » 19/4/2015 23:52

L’union monétaire n’est pas irréversible

LE MONDE ECONOMIE | 19.04.2015 à 17h25 | Par Marie Charrel




Irréversible, l’euro ? Ses défenseurs voudraient le croire, mais, en vérité, l’argument résiste mal à l’examen historique. « Il suffit de se tourner vers le passé pour constater que, en matière d’union monétaire, ce qui a été fait peut toujours être défait », résume Alexandre Delaigue, professeur d’économie à Saint-Cyr – qui n’a pourtant rien d’un eurosceptique. Exemple : l’union latine, qui a explosé en 1927, l’union scandinave, dissoute en 1914, ou, dans un autre registre, la zone rouble, achevée en 1991 avec la fin du bloc soviétique…

Souvent agités pendant la crise des dettes souveraines de 2010, les scénarios d’une fin de la zone euro sont de nouveau évoqués depuis la résurgence de la crise grecque. Voici les principaux.

L’explosion

Elle pourrait se produire si, faute d’accord avec ses créanciers, Athènes décidait de quitter la zone euro – même si, en théorie, aucun mécanisme ne le prévoit. Ou, plus probablement, si un échec des négociations poussait de fait la Grèce aux portes de l’euro. Certains observateurs assurent que le cas grec jouerait alors comme un repoussoir, et que la zone euro en sortirait renforcée.

Mais il est tout aussi probable que chaque fois qu’un Etat rencontrera des difficultés budgétaires ou économiques, la menace d’une sortie occupe à nouveau tous les esprits. Les pare-feu mis en place pendant la crise, comme le Mécanisme européen de stabilité (MES), ne suffiraient alors plus à éteindre les paris des spéculateurs sur le prochain pays expulsé : l’Italie ? Le Portugal ? L’Espagne ? « Sur le long terme, ces incertitudes risqueraient fort de conduire à la mort de la zone euro », juge Gilles Moec, de Bank of America-Merrill Lynch.

La sortie « amicale »

Le 18 février dernier, Valéry Giscard d’Estaing, ancien président français, évoquait l’option d’un « friendly exit », c’est-à-dire d’une « sortie amicale » d’Athènes de la zone euro. Une idée également défendue par Hans-Werner Sinn, le patron de l’institut de conjoncture allemand IFO. Selon lui, il serait tout à fait possible d’organiser une sortie temporaire de la Grèce, le temps que le pays se refasse une santé. Quitte à lui permettre de revenir plus tard, bien sûr.

A première vue séduisant, un tel scénario marquerait en vérité, là encore, la fin probable de la monnaie unique. « Il offrirait un manuel de sortie de l’euro qui rendrait le projet même de l’union monétaire difficilement tenable à long terme », explique M. Delaigue. Si chaque pays en difficulté est temporairement expulsé de la zone euro, à quoi bon construire des mécanismes de solidarité entre membres ? Et pourquoi, au fond, s’encombrer d’une monnaie unique plutôt que de se contenter d’un système de taux de change fixe ?

La lente déliquescence

C’est peut-être le scénario le plus probable. Si l’on se contente des mécanismes mis en place pendant la crise, certes indispensables, l’union monétaire restera incomplète et sous-optimale. « C’est-à-dire incapable de permettre aux Etats membres d’atteindre leur plein potentiel de croissance et d’emploi », précise Guntram Wolff, du think tank Bruegel.

Dès lors, deux scénarios sont possibles : la zone euro tient ainsi, bon gré mal gré. Ou bien les trajectoires économiques entre les membres divergent plus encore. Le taux de chômage reste élevé dans les pays du sud de l’Europe, alors que les pays du nord, qui frisent déjà le plein-emploi, continueront de se renforcer. Au risque de se demander, à terme, ce qu’ils gagnent à faire partie de la zone euro. Voire, de se résoudre à la quitter…

En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/economie/article/ ... XPuFDxI.99
[url]
http://www.lemonde.fr/economie/article/ ... _3234.html[/url]
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Re: Crise Grega

por Opcard33 » 19/4/2015 21:52

richardj Escreveu:
Opcard33 Escreveu:
richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?


Pelo que sei o investimento está parado ou a passos de caracol , as empresas gregas estão à espera para ver , as estrangeiras cancelaras algum projectos .

Penso que com actual poder dificilmente conseguirá atrair investimento privado , a sua aposta é investimento público .


Como é que fazes investimento publico com uma divida brutal para pagar? Com taxas de juros tipo 3% a 3 meses. e taxas anuais de 12-15% ?

Como é que se faz investimento publico quando tens de pedir empréstimos para pagar salários e juros?

Como é que se cativa investimento privado?

Que recurso naturais tem a grecia que possa explorar?

Quais são as dificuldades apresentadas pelos empresários gregos?


Eu compreendo as suas oportunas questões . Sabendo que investidores gostam de estabilidade e rendimento. Para o actual poder grego tudo está a correr mal eles tinha uma certeza conseguir dividir Europa ter a França do seu lado era um dado adquirido que levaria consigo a Itália , e por aí começaram as sua visitas de estado e com isso teriam o dinheiro necessário .

Sempre foi assim já tive opurtunidade de ler os relatórios dos técnicos da comissão aquando da adesão , o seu teor era negativo defendia que a economia grega não estava minimamente preparada , mas França impôs a sua vontade .

A história teve 2° episódio todos sabiam que a Grécia estava longe de cumprir os critérios para aderir ao euro , mas os franceses tinham os alemães na mão .

Só que desta vez são os alemães que mandam nos franceses anteciparam-se e avisaram Paris que na cederiam em relação à Grécia .

Aqui chegados os gregos procuram uma saída cedendo , mas declarando que ganharam , a Alemanha êxita ter uma oportunidade de elaborar um manual de instruções de como se saí do euro é tentador para Berlim .
 
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Re: Crise Grega

por richardj » 19/4/2015 21:19

Opcard33 Escreveu:
richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?


Pelo que sei o investimento está parado ou a passos de caracol , as empresas gregas estão à espera para ver , as estrangeiras cancelaras algum projectos .

Penso que com actual poder dificilmente conseguirá atrair investimento privado , a sua aposta é investimento público .


Como é que fazes investimento publico com uma divida brutal para pagar? Com taxas de juros tipo 3% a 3 meses. e taxas anuais de 12-15% ?

Como é que se faz investimento publico quando tens de pedir empréstimos para pagar salários e juros?

Como é que se cativa investimento privado?

Que recurso naturais tem a grecia que possa explorar?

Quais são as dificuldades apresentadas pelos empresários gregos?

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Re: Crise Grega

por Opcard33 » 19/4/2015 20:52

richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?


Pelo que sei o investimento está parado ou a passos de caracol , as empresas gregas estão à espera para ver , as estrangeiras cancelaras algum projectos .

Penso que com actual poder dificilmente conseguirá atrair investimento privado , a sua aposta é investimento público .
 
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Re: Crise Grega

por guernica » 19/4/2015 20:07

richardj Escreveu:Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?

Ninguém aqui tem a solução para isso.
 
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Re: Crise Grega

por richardj » 19/4/2015 15:41

Já agora, em vossa opinião que medidas pode o governo grego tomar para fomentar o investimento na grecia? Que medidas pode tomar para tentar contrariar o desemprego? Que medidas pode tomar para tentar recuperar a economia?

Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
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Re: Crise Grega

por Ativo » 19/4/2015 15:03

Ninguém emprestará mais um cêntimo à Grécia se, pelo menos, nas propostas que apresente, o governo grego não se "mostrar" empenhado em realizar reformas que promovam a consolidação financeira, o crescimento económico e a sustentabilidade da economia e finanças públicas gregas, pois, caso contrário, o dinheiro desapareceria, rapidamente, num sorvedouro, sem fim, e os credores ficariam sem serem reembolsados, atempadamente.
Relativamente a isso, não vale a pena ter ilusões!!! :shame:
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Re: Crise Grega

por guernica » 19/4/2015 15:02

Ou o BCE se chega à frente, como deve ser, ou há países que, efectivamente, tal como Portugal, vão ter que abandonar o euro por não suportarem as condições de austeridade impostas pelos schwein Kapitalisten.
Editado pela última vez por guernica em 19/4/2015 17:14, num total de 1 vez.
 
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Re: Será possível um acordo a 11 de maio?

por richardj » 19/4/2015 12:51

Raposo Tavares Escreveu:Entretanto, americanos e ingleses alertam a zona € para os perigos do default grego para a economia mundial.


A única coisa que os americanos e os ingleses querem é um euro mais fraco e um distanciamento do euro como moeda de reserva mundial.

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Será possível um acordo a 11 de maio?

por RaposoTavares » 19/4/2015 12:29

Depois de queimado o dia 24 de abril como data de um acordo entre a Grécia e os credores, começa também a duvidar-se fortemente de um acordo ser assinado no dia 11 de maio. A coisa está difícil.
http://www.ekathimerini.com/4dcgi/_w_articles_wsite1_1_19/04/2015_549217
Entretanto, americanos e ingleses alertam a zona € para os perigos do default grego para a economia mundial. Chegarem-se à frente em matéria de empréstimos é que nada.
O FMI, faz severos avisos à zona €, mas exige o pagamento dos juros dos seus empréstimos a horas. Não é hipocrisia, é a manutenção de níveis altos de rigor financeiro (é pedagogia, portanto...).
Os chineses dão toda a solidariedade à Grécia desde que os portos do Pireu e de Tessalónica lhe passem para as mãos. Uma chinesice que já conhecemos via EDP.
Os russos gostam muito da Grécia, gostam da sua situação geográfica e pagam-lhe para que o território grego seja o suporte para a passagem de gasodutos para toda a Europa. Só pedem aos gregos que usem os rublos recebidos para lhes comprarem uns misseizitos... Não, não é hipocrisia, é reciprocidade negocial. É amizade e compreensão entre os povos.

Os gregos, esses, não têm já como pagar as suas dívidas. A única coisa que podem fazer para pagar o que devem (e se calhar o que não devem...) são discursos, promessas e manter viva a esperança de a zona € estar a fazer bluff.

Imagem
Uma bandeira portuguesa num cesto de bandeiras gregas. Estará ali de chegada, de partida ou por engano?
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
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