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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 23/10/2012 15:58

mfsr1980 Escreveu:
artista Escreveu:E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:


Achas que os bancos podem recusar emprestar ao Estado?


Claro que podem, eles gerem os seus recursos como muito bem entendem... não me digas que achas que eles são obrigados a comprar dívida pública?!
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por mfsr1980 » 23/10/2012 15:14

artista Escreveu:E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:


Achas que os bancos podem recusar emprestar ao Estado?
 
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por artista_ » 23/10/2012 12:24

MiamiBlueHeart Escreveu:Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

No Diário Económico

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012.

Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.

No total os bancos portugueses aumentaram a exposição à dívida soberana do país em 7,4 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Desse montante, 5,4 mil milhões foram canalizados para Obrigações do Tesouro, o que significa que esses títulos terão sido adquiridos em mercado secundário, uma vez que Portugal não emite dívida de médio e longo-prazo desde o pedido de resgate, em Abril de 2011. Ou seja, estas aplicações foram realizadas com o objectivo de investimento e não por necessidade de assegurar o financiamento do Estado. Uma espécie de ‘carry trade', generalizado um pouco por toda a Europa, onde os bancos levantavam o dinheiro a 1% no BCE, aplicando-o logo de seguida em títulos de dívida, cujas ‘yields', no caso da dívida portuguesa, atingiam os 15%.


E assim anda a disfuncional economia europeia.


E depois quando as coisas correm mal, dizem que o estado é que tem a culpa! :roll:

De qualquer forma, se houver problema é o estado que lá vai pagar a fatura! :roll:
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por Opcard » 23/10/2012 11:03

Não é por acaso que em organismos internacionais , os representantes alemães e americanos são uns pobre ao lado de portugueses e romenos .....
"extras pesam 73,8% e 34,5% do ganho médio mensal"
aqui nao esta o subsdido de casa.


"Os professores são os funcionários públicos em que os suplementos e horas extraordinárias menos contam para aquilo que efetivamente ganham no final do mês. No extremo oposto estão os diplomatas e os bombeiros e polícias municipais em que estes extras pesam 73,8% e 34,5% do ganho médio mensal, respetivamente.

Entre o pessoal docente, o peso dos suplementos regulares no seu ganho médio mensal é de apenas 4,7%, o que significa que o seu salário base representa 95,3%. Esta realidade dos professores é semelhante à dos magistrados (em que a relação entre o salário base e os suplementos é de 95,2% e 4,8%, pela mesma ordem), mas está bem distante da estrutura remuneratória de outras carreiras e grupos de funcionários públicos, nomeadamente os polícias, pessoal de inspeção ou médicos.

Segundo refere o Boletim Estatístico do Emprego Público, a remuneração base de um médico pesa 74% do seu ganho médio mensal que totalizava os 3700 euros. No caso das forças armadas e de segurança, os suplementos representam 22,7% dos cerca de 1700 euros ilíquidos médios que ganham no final do mês, o que significa que o seu salário base pesa 77,3%.

Nos polícias municipais e bombeiros os extras pesam mais de um terço (34,5%.), mas é na carreira diplomática que o salário base (2300 euros) mais se distancias do ganho médio (8200 euros).

http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... o=Dinheiro Vivo
 
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por MiamiBlue » 23/10/2012 8:58

pc05 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

No Diário Económico

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012.

Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.

No total os bancos portugueses aumentaram a exposição à dívida soberana do país em 7,4 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Desse montante, 5,4 mil milhões foram canalizados para Obrigações do Tesouro, o que significa que esses títulos terão sido adquiridos em mercado secundário, uma vez que Portugal não emite dívida de médio e longo-prazo desde o pedido de resgate, em Abril de 2011. Ou seja, estas aplicações foram realizadas com o objectivo de investimento e não por necessidade de assegurar o financiamento do Estado. Uma espécie de ‘carry trade', generalizado um pouco por toda a Europa, onde os bancos levantavam o dinheiro a 1% no BCE, aplicando-o logo de seguida em títulos de dívida, cujas ‘yields', no caso da dívida portuguesa, atingiam os 15%.


E assim anda a disfuncional economia europeia.


Eles têm que pagar 9%/ano pelos CoCos ao estado....


Que interessa??

Conseguem financiamento a 1%!!

E em caso de necessidade extrema sabem que o Estado os apoiará.

Somos Governados a nível nacional e internacional por incompetentes.
 
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por PC05 » 23/10/2012 8:51

MiamiBlueHeart Escreveu:Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

No Diário Económico

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012.

Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.

No total os bancos portugueses aumentaram a exposição à dívida soberana do país em 7,4 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Desse montante, 5,4 mil milhões foram canalizados para Obrigações do Tesouro, o que significa que esses títulos terão sido adquiridos em mercado secundário, uma vez que Portugal não emite dívida de médio e longo-prazo desde o pedido de resgate, em Abril de 2011. Ou seja, estas aplicações foram realizadas com o objectivo de investimento e não por necessidade de assegurar o financiamento do Estado. Uma espécie de ‘carry trade', generalizado um pouco por toda a Europa, onde os bancos levantavam o dinheiro a 1% no BCE, aplicando-o logo de seguida em títulos de dívida, cujas ‘yields', no caso da dívida portuguesa, atingiam os 15%.


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Eles têm que pagar 9%/ano pelos CoCos ao estado....
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por MiamiBlue » 23/10/2012 8:48

Banca tira financiamento à economia para lucrar com o Estado

No Diário Económico

A banca nacional cortou o financiamento às empresas em 6,8 mil milhões de euros este ano. Por outro lado investiu 7,4 mil milhões em dívida pública.

A banca continua a cortar no financiamento às empresas nacionais, apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos apelos do próprio Banco Central Europeu (BCE) que, em Dezembro e Fevereiro, abriu os cordões à bolsa. Os dois leilões de longo-prazo, promovidos pelo BCE, tiveram por objectivo garantir que a banca europeia teria fundos suficientes para assegurar que o crédito continuaria a fluir para a economia, apesar das necessidades de cumprir com dívida a vencer em 2012.

Nesse último leilão, a banca portuguesa levantou quase 8,8 mil milhões de euros, com uma taxa de juro de 1%. Nos dois meses que se seguiram, os bancos investiram 6,3 mil milhões em títulos de dívida pública nacional.

No total os bancos portugueses aumentaram a exposição à dívida soberana do país em 7,4 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal. Desse montante, 5,4 mil milhões foram canalizados para Obrigações do Tesouro, o que significa que esses títulos terão sido adquiridos em mercado secundário, uma vez que Portugal não emite dívida de médio e longo-prazo desde o pedido de resgate, em Abril de 2011. Ou seja, estas aplicações foram realizadas com o objectivo de investimento e não por necessidade de assegurar o financiamento do Estado. Uma espécie de ‘carry trade', generalizado um pouco por toda a Europa, onde os bancos levantavam o dinheiro a 1% no BCE, aplicando-o logo de seguida em títulos de dívida, cujas ‘yields', no caso da dívida portuguesa, atingiam os 15%.


E assim anda a disfuncional economia europeia.
 
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por MiamiBlue » 22/10/2012 20:28

artista Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
P.S. 2 - Alguém percebe porque as transferências para os municípios se mantém num valor idêntico ao de 2012, quando o IMI aumenta significativamente??


Provavelmente porque a parte do aumento é para ajudar às contas do estado "central"... eu acho é que as transferências para as autarquias deviam diminuir, ou a austeridade não chega a elas?!


O valor do OE 2013 é praticamente igual ao do OE 2012.

Bem, para o ano temos as eleições municipais!!!
 
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por alexandre7ias » 22/10/2012 17:28

ul Escreveu:JCN tem razao os Contribuintes nunca tiveram poder , eu defendo que devia de haver uma câmara consultiva apenas eleita por contribuintes .


Gosto destas linhas :

"...César das Neves afirma ainda que "o poder político dos grupos à volta do Estado é maior que o poder dos contribuintes" e que "são muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado", destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões"..."
.

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22.OUT.2012 16:52
BE denuncia "campanha" para "pressionar" Tribunal Constitucional a aprovar OE

Encontro do BE (Foto: Paulo Spranger)
Luís Fazenda considerou hoje que o Tribunal Constitucional está a ser pressionado a aceitar decisões que levariam "o país para a deriva"

O líder parlamentar do BE disse hoje que há uma "campanha política lançada" para "pressionar" o Tribunal Constitucional (TC) a decisões que levariam "o país para a deriva" e insurgiu-se contra o "pântano" e os "centrismos ocasionais".

"O TC é mais uma vez utilizado como uma possibilidade perversa de que o próximo Orçamento venha a a ser reprovado por eventual inconstitucionalidade, e há, como é visível na praça, uma campanha política lançada e montada no sentido de procurar pressionar o TC a decisões que eventualmente poderiam levar o país para a deriva, como se a sua função jurisdicional fosse uma função que à partida pudesse condenar o país ao que quer que seja e eventualmente a justificar decisões do Presidente da República", declarou Luís Fazenda.

Na abertura das jornadas do partido, o líder da bancada do BE referiu que se tem vindo "a estabelecer uma contradição entre os preceitos da Constituição e aquilo que são as imposições do memorando" e que é esse "o pano de fundo da polémica sobre as queixas ao TC ou da ausência delas".

"A Constituição da República, saída das jornadas do 25 de Abril, tem uma visão sobre o Estado social, sobre a política fiscal e os direitos do trabalho, que é avessa àquela que está contida no memorando da ?troika' (...) Neste pano de fundo, convém não alimentar pântanos políticos, não alimentar centrismos ocasionais, o BE está claramente do lado da CRP e está objetivamente contra o memorando da ´troika'", acentuou.

O presidente do grupo parlamentar bloquista disse demarcar-se "completamente desse tipo de opiniões" e garantiu que "o BE vai exigir ao longo deste processo que o Presidente da República vete este Orçamento de ruína para a economia" ou, "no mínimo, que peça a fiscalização preventiva da constitucionalidade do Orçamento".

Fazenda assegurou que caso esse cenário não se verifique, "o BE estará entre aqueles que vai suscitar junto do TC a verificação da inconstitucionalidade" e, com ironia, deixou uma crítica ao chefe de Estado: "Nós sabemos que, tal Pessoa, o Presidente da República tem heterónimos, há o Presidente da República Cavaco Silva Facebook e há o Presidente da República Conselho de Estado, são duas personalidades diferentes, como bem temos visto, também é uma das singularidades da política portuguesa".

O líder parlamentar do BE salientou que "não faltam" argumentos para sustentar um pedido de fiscalização do Orçamento pelo TC, "desde a degressividade fiscal, quer nos rendimentos do trabalho dependente, quer no trabalho independente", até "à violação do direito à Segurança Social dos pensionistas, que têm um contrato de uma vida inteira e que não pode ser denegado em função de política fiscal".

Fazenda rejeitou ainda a visão de que o acórdão do TC sobre a inconstitucionalidade do corte dos subsídios confronta os atores políticos com a apresentaçao de medidas equivalentes.

"O TC limitou-se a comprovar, à luz do seu entendimento da Constituição, que a distribuição de sacrifícios que foram pedidos para 2012 não era equitativo e respondeu apenas a um dos quesitos que nós próprios assinámos ao TC, ou seja, o da violação do princípio da igualdade. Não se diz em lado algum do acórdão do TC que se trata de fazer um substitutivo ou uma perequação com os valores do setor privado", salientou.
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por artista_ » 22/10/2012 17:26

MiamiBlueHeart Escreveu:
P.S. 2 - Alguém percebe porque as transferências para os municípios se mantém num valor idêntico ao de 2012, quando o IMI aumenta significativamente??


Provavelmente porque a parte do aumento é para ajudar às contas do estado "central"... eu acho é que as transferências para as autarquias deviam diminuir, ou a austeridade não chega a elas?!
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por MiamiBlue » 22/10/2012 16:39

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:
ul Escreveu:"... destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. "..."


Isto não é de todo verdade, o corte dos salarios dos FP continua, assim como o das pensões. Um dos subsididos vai ser resposto mas ao mesmo tempo é retirado (via impostos) e alem disso há a actualização dos escalões de IRS e a sobretaxa para toda a gente, ou seja, mesmo que o TC não tivesse declarado inconstitucional os cortes, o buraco existia à mesma.

Não arrangem desculpas, é incompetencia mesmo.


Exato, ainda nem as linhas gerais do orçamento tinham sido apresentadas e eu já defendia que a questão dos subsídios seria apenas semântica. Até digo mais, de certa forma ajudou o governo, que com este dado arranjou mais um "bode expiatório", quando não é a Troika é o TC!


OE2013: Maioria dos funcionários públicos fica a perder com subida do IRS e reposição do subsídio de Natal - Deloitte

A maioria dos funcionários públicos vai perder rendimento no próximo ano face a 2012, mesmo com a reposição do subsídio de Natal, segundo as simulações feitas pela Deloitte para a Lusa.
A subida do IRS é a grande responsável para esta situação e apenas nos agregados em que o rendimento mensal bruto não ultrapassa os 1.000 euros mensais é que esta situação não se verifica. Em todos os outros cenários analisados pela consultora, seria melhor para os contribuintes continuar sem subsídio de férias e de Natal e manter o IRS sem alterações.
No caso de um casal, em que ambos os cônjuges recebem dois mil euros brutos por ano, a perda de rendimento líquido é de mais de 1%.


[url]://visao.sapo.pt/oe2013-maioria-dos-funcionarios-publicos-fica-a-perder-com-subida-do-irs-e-reposicao-do-subsidio-de-natal-deloitte=f691745[/url]

Era bom que a justificação para brutal aumento de impostos em 2013 fosse do TC e dos FP. Era sinal que era fácil de resolver..

Infelizmente a realidade é bem diferente.
Mas é sempre bom arranjar um bode espiatório..

P.S. Julgo que em 2012, as empresas municipais e os municípios viram as suas contas aliviadas pelo não pagamento dos 2 salários.
Em 2013, um desses salários, conforme demonstram os cálculos, vai ir directamente para as finanças. Logo, as finanças vão ter um acréscimo de receita por via da coleta de impostos dos FP.

P.S. 2 - Alguém percebe porque as transferências para os municípios se mantém num valor idêntico ao de 2012, quando o IMI aumenta significativamente??
 
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por artista_ » 22/10/2012 16:18

mais_um Escreveu:
ul Escreveu:"... destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. "..."


Isto não é de todo verdade, o corte dos salarios dos FP continua, assim como o das pensões. Um dos subsididos vai ser resposto mas ao mesmo tempo é retirado (via impostos) e alem disso há a actualização dos escalões de IRS e a sobretaxa para toda a gente, ou seja, mesmo que o TC não tivesse declarado inconstitucional os cortes, o buraco existia à mesma.

Não arrangem desculpas, é incompetencia mesmo.


Exato, ainda nem as linhas gerais do orçamento tinham sido apresentadas e eu já defendia que a questão dos subsídios seria apenas semântica. Até digo mais, de certa forma ajudou o governo, que com este dado arranjou mais um "bode expiatório", quando não é a Troika é o TC!
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por Opcard » 22/10/2012 15:59

"A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus"

Ou então num referendo podemos optar pela Republica de juízes.




mais_um Escreveu:
ul Escreveu:"... destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. "..."


Isto não é de todo verdade, o corte dos salarios dos FP continua, assim como o das pensões. Um dos subsididos vai ser resposto mas ao mesmo tempo é retirado (via impostos) e alem disso há a actualização dos escalões de IRS e a sobretaxa para toda a gente, ou seja, mesmo que o TC não tivesse declarado inconstitucional os cortes, o buraco existia à mesma.

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por alexandre7ias » 22/10/2012 15:58

22.OUT.2012 14:51
Dívida total atinge os 432,1% do PIB no final do primeiro semestre

Vítor Gaspar (Foto: D.R.)
Dados do Banco de Portugal englobam o endividamento total dos setores público e privado com exceção da banca

O endividamento total dos setores público e privado de Portugal, excetuando a banca, atingiu os 432,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro semestre, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

Este rácio é muito superior ao que se verificava no final de 2007 (a data onde começa a série do BdP): 346,8% do PIB. Deste valor, cerca de metade é devido à banca, e um quarto é devido ao estrangeiro.

Nos números do boletim estatístico do BdP, a dívida pública (na definição restrita utilizada pelas entidades europeias) atingiu os 117,6% em junho deste ano. Numa definição mais lata, a dívida das administrações públicas atingiu os 137% do PIB.

Juntando a este valor a dívida das empresas públicas cujas contas não são englobadas no resto do Estado, a dívida pública atinge os 148,2% do PIB.

Este valor é substancialmente superior aos 87,8% do PIB registados no final de 2007. Foi das administrações públicas que veio o maior aumento no endividamento português.

Mas não só. O endividamento das empresas privadas atingiu os 182,6% - era 160% em dezembro de 2007. O dos particulares foi dos que menos aumentou -- de 98,5 para 101,2% do PIB.

A origem da dívida varia de acordo com o setor. No caso dos particulares, o endividamento é quase todo relativamente à banca. A situação das empresas privadas é mais diversificada, mas quase metade da dívida é aos bancos.

Já o principal credor do Estado é o estrangeiro -- mais de metade da dívida do setor público é ao exterior.
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por mais_um » 22/10/2012 15:17

ul Escreveu:"... destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. "..."


Isto não é de todo verdade, o corte dos salarios dos FP continua, assim como o das pensões. Um dos subsididos vai ser resposto mas ao mesmo tempo é retirado (via impostos) e alem disso há a actualização dos escalões de IRS e a sobretaxa para toda a gente, ou seja, mesmo que o TC não tivesse declarado inconstitucional os cortes, o buraco existia à mesma.

Não arrangem desculpas, é incompetencia mesmo.
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por JMHP » 22/10/2012 15:16

A única esperança

Parece definitivo: em democracia Portugal nunca conseguirá controlar a despesa pública. Se o ministro Vítor Gaspar, no seu segundo orçamento, com maioria absoluta, vasta experiência técnica e sob ameaça da troika, não obtém melhor que isto, ninguém o fará.

De acordo com o Orçamento do Estado, em 2013 o défice será reduzido em quase 5340 milhões de euros, mas isso é conseguido em mais de 80% por aumentos de receita (Relatório do OE, Quadro II.3.1., p.47).

Entretanto a despesa pública total subirá 3% em 2013 (Quadro III.1.1., p.90), bastante mais que o produto nominal. Ou seja, a austeridade está a ser dura para todos, o Governo tem programas para descer a despesa em mais de 1000 milhões de euros (Quadro II.3.1.), mas acaba a subi-la em 2300 milhões (Quadro III.1.1.).

O problema não é pontual, pois assolou Sá da Bandeira e Passos Manuel, Fontes Pereira de Melo e Anselmo Braamcamp, Afonso Costa e Sidónio Pais, Vítor Constâncio, Cavaco Silva e Sousa Franco. É um traço estrutural português só resolvido em ditadura. Aliás hoje não faltam os que acusam estarmos já nessa situação, a "dividadura" das imposições de Finanças e troika. Imposições que, afinal, não reduzem a despesa!

Qual o motivo? Perante tal realidade não faz sentido o jogo da fulanização, pensando que trocar de Governo mudaria as coisas. As alternativas são iguais ou piores. Também não tem lógica acusar monstros míticos, como corrupção, inépcia política ou sina nacional. Repetimos esses refrões há 150 anos sem resultados.

A questão é simples, confirmada por estes meses de troika: o poder político dos grupos à volta do Estado é maior que o poder político dos contribuintes. Quem recebe está mais perto do que quem paga e isso faz toda a diferença. Não é abuso e corrupção (que há mas não chega para isto). São muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado. Seja expresso em leis ou negociações de ministério, através das queixas de funcionários, polícias e médicos ou por pressão de câmaras, construtoras e fundações, vendo-se no crescimento de pensionistas e desempregados ou no apoio à agricultura e PME, o que é indiscutível é que a despesa pública arranja sempre maneira de subir. Isto significa, ao contrário do que tantos dizem, que o Ministério das Finanças não é culpado, mas vítima.

Aliás foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões.

Enquanto alguém lá fora empresta, as coisas parecem ir bem. O problema, em 2011 como em 1890, 1978 ou 1983, surge quando os credores internacionais perdem a paciência com o nosso desregramento. Face ao seu ultimato inevitável, a única alternativa, hoje como no século XIX, é subir impostos. E os impostos sobem sempre. Repetir sucessivamente que esta receita não funciona é como o bêbado dizer que tem de beber para esquecer a bebedeira.

Qual será a consequência? Se a despesa não diminui, diminui o país. A subida prevista nas receitas fiscais (incluindo contribuições sociais) será de uns brutais 5.8% em 2013. Em ano de recessão prevista de 1%, isto significa obviamente cavar ainda mais a queda.

Não há esperança? No discurso de apresentação do OE, o senhor Ministro disse: "estão a ser identificados cortes de despesa que totalizarão 4000 milhões de euros em 2013 e 2014". Quem quiser esperança, só a isto se pode agarrar.

Espera-nos o abismo? Se reagirmos como em 1890, sim.

Mas existe outra possibilidade: podemos reagir como em 1978 e 1983. Em ambos os programas anteriores do FMI a despesa subiu sempre e o défice até aumentou. Felizmente, face ao desregramento do Estado, a economia reagiu, trabalhou e poupou mais debaixo do ataque fiscal, e conseguiu reequilibrar a situação. É verdade que havia taxa de câmbio, mas ela só serve para enganar os trabalhadores. Não é óbvio que a actual geração de agentes económicos consiga fazer o que os seus pais fizeram há 30 anos. Mas a única esperança está na economia.

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Editado pela última vez por JMHP em 22/10/2012 15:18, num total de 1 vez.
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por Opcard » 22/10/2012 15:10

JCN tem razao os Contribuintes nunca tiveram poder , eu defendo que devia de haver uma câmara consultiva apenas eleita por contribuintes .


Gosto destas linhas :

"...César das Neves afirma ainda que "o poder político dos grupos à volta do Estado é maior que o poder dos contribuintes" e que "são muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado", destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões"..."
 
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por alexandre7ias » 22/10/2012 14:55

Empresas Economia Buzz Faz


22.OUT.2012 13:30
César das Neves: "Em democracia, Portugal nunca conseguirá controlar a despesa"

João César das Neves (Foto: D.R.)
Economista considera que se Gaspar "não obtém melhor que isto, ninguém o fará"

O economista João César das Neves escreve hoje no Diário de Notícias que "em democracia, Portugal nunca conseguirá controlar a despesa pública".

Num artigo de opinião intitulado "A única esperança", César das Neves considera que "se o ministro Vítor Gaspar, no seu segundo orçamento, com maioria absoluta, vasta experiência técnica e sob ameaça da troika, não obtém melhor que isto, ninguém o fará".

O economista afirma que "a austeridade está a ser dura para todos", sublinhando que, para além do esforço na receita, "o Governo tem programas para descer a despesa em mais de 1000 milhões de euros mas acaba a subi-la em 2300 milhões".

César das Neves afirma que o problema "é um traço estrutural português só resolvido em ditadura", lembrando que este "assolou Sá da Bandeira e Passos Manuel, Fontes Pereira de Melo e Anselmo Braamcamp, Afonso Costa e Sidónio Pais, Vítor Constâncio, Cavaco Silva e Sousa Franco".

"Aliás hoje não faltam os que acusam estarmos já nessa situação, a "dividadura" das imposições de Finanças e troika. Imposições que, afinal, não reduzem a despesa", afirma.

O economista considera ainda que uma possível mudança de Governo não traria melhores efeitos.

"Perante tal realidade não faz sentido o jogo da fulanização, pensando que trocar de Governo mudaria as coisas. As alternativas são iguais ou piores. Também não tem lógica acusar monstros míticos, como corrupção, inépcia política ou sina nacional. Repetimos esses refrões há 150 anos sem resultados", considera.

César das Neves afirma ainda que "o poder político dos grupos à volta do Estado é maior que o poder dos contribuintes" e que "são muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado", destacando que "foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões".

"Enquanto alguém lá fora empresta, as coisas parecem ir bem. O problema, em 2011 como em 1890, 1978 ou 1983, surge quando os credores internacionais perdem a paciência com o nosso desregramento. Face ao seu ultimato inevitável, a única alternativa, hoje como no século XIX, é subir impostos. E os impostos sobem sempre. Repetir sucessivamente que esta receita não funciona é como o bêbado dizer que tem de beber para esquecer a bebedeira", critica.

César das Neves recupera o discurso de Vítor Gaspar na apresentação do Orçamento, em que o ministro das finanças afirmou que estão a ser identificados cortes de despesa que totalizarão 4000 milhões de euros em 2013 e 2014".

"Quem quiser esperança, só a isto se pode agarrar", afirma César das Neves.

O economista conclui o artigo afirmando que Portugal pode fugir do "abismo" de 1890 e "reagir como em 1978 e 1983".

"Em ambos os programas anteriores do FMI a despesa subiu sempre e o défice até aumentou. Felizmente, face ao desregramento do Estado, a economia reagiu, trabalhou e poupou mais debaixo do ataque fiscal, e conseguiu reequilibrar a situação. É verdade que havia taxa de câmbio, mas ela só serve para enganar os trabalhadores. Não é óbvio que a actual geração de agentes económicos consiga fazer o que os seus pais fizeram há 30 anos. Mas a única esperança está na economia", conclui.Dinheiro Vivo
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por alexandre7ias » 22/10/2012 8:25

Só as famílias e as PME reduziram a dívida desde que a ‘troika’ chegou
Luís Reis Pires
22/10/12 00:05
Endividamento do sector público aumentou desde o final de 2010. No sector privado, as famílias e PME têm ajustado. As grandes empresas ainda não.
O ajustamento da economia portuguesa está a ser feito sobretudo do lado do sector privado, com as famílias e as pequenas e médias empresas à cabeça. Em sentido contrário, o endividamento das Administrações Públicas aumentou quase 21% entre o início do ano passado e Julho deste ano, mostram os números do Banco de Portugal (BdP).
Quando a ‘troika' chegou a Portugal, no ano passado, trouxe na bagagem um programa de ajustamento para o País que visava muito mais do que a redução do défice orçamental: tinha como grande objectivo eliminar os desequilíbrios financeiros da economia, que conduziram a níveis de endividamento astronómicos, quer no sector público, quer no privado. Mais de um ano depois da assinatura do memorando de entendimento, só o sector privado reduziu o endividamento, que recuou 1,7% entre o último dia de 2010 e Julho deste ano. No mesmo período, o endividamento do sector público cresceu 20,9%.
É certo que empresas e famílias são quem mais contribui para o total da dívida. O endividamento do sector privado vale nesta altura 479 mil milhões de euros, ou seja, 65% do total da economia. Mas o número representa uma redução de 8,3 mil milhões face ao registado antes do pedido de ajuda externa, altura em que a dívida do privado representava pouco mais de 70% do total.[CORTE_EDIMPRESSA]
E mesmo a desalavancagem do sector privado está a ser feita sobretudo à conta das famílias, a quem os bancos fecharam a torneira do crédito. O endividamento dos particulares recuou pouco mais de 5% em menos de dois anos, enquanto nas empresas cresceu ligeiramente abaixo dos 0,3% - aumento menos de 800 milhões entre o final de 2010 e Julho de 2012.
"Ainda há espaço para redução [da dívida] nos segmentos de PME e empresas de grande dimensão", diz Filipe Garcia, da IMF - Informação de Mercados Financeiros -, "não querendo com isto dizer que essa redução deva ser feita, sobretudo nas PME". O economista acredita que "tem sido o sistema financeiro a provocar a maior parte da diminuição [do endividamento do privado]" e sublinha que "nas famílias o espaço para redução já é menor, porque uma parte importante do ‘stock' de crédito está no crédito à habitação, que é mais rígido".
Já do lado das empresas é preciso fazer a distinção de acordo com a dimensão das mesmas, porque há um segmento que tem vindo a ajustar: o endividamento das PME recuou quase 4%, ao passo que as grandes empresas viram a dívida crescer 3,8%. "É justo reconhecer que as PME têm menos alternativas de financiamento do que as grandes empresas e esse facto faz com que sejam obrigadas a ajustar mais depressa", explica Filipe Garcia. "Empresas de maior dimensão têm acesso, mesmo que mais caro, a bancos internacionais e emissões obrigacionistas, para dar apenas dois exemplos de financiamento", acrescenta.
O ajustamento do sector privado contrasta com os números do público. No final de 2010, o endividamento total das Administrações Públicas somava 184,6 mil milhões de euros. Em Julho deste ano valia 231,5 mil milhões, ou seja, mais 25,4%.
Há que ter em conta que este valor inclui a dívida contraída entre entidades públicas. No entanto, olhando para a dívida consolidada - que desconta esses efeitos -, a tendência de crescimento mantém-se: subiu 22,6% desde a chegada da ‘troika', até aos 202,3 mil milhões.
A isto há ainda que somar a dívida das empresas públicas que não consolidam no défice, que ajudam a colocar o endividamento total do sector público em 251,1 mil milhões de euros, mais 21% do que quando a ‘troika' aterrou em Portugal.
Note-se que os encargos com juros do empréstimo internacional justificam parte do aumento da dívida. Mas não explicam tudo. A dívida das Administrações Públicas financiada pelo exterior subiu 26,4 mil milhões de euros desde o final de 2010. No mesmo período, a dívida contraída junto da banca aumentou 13,3 mil milhões.
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Boa noticia para quem diz e defende que a Tróika é a salvação para Portugal!

Fonte: Económico
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12 MM para a banca

por eviruxa » 22/10/2012 0:40

Não deveriam ser os próprios bancos a suportar os juros da totalidade do montante de ajuda financeira que lhes foi destinada?? Quem é que determinou que era esse o montante de que necessitavam?? Porque é que é o contribuinte que, mais uma vez, terá que pagar pelos abusos dos bancos??
[/u]
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por K. » 21/10/2012 23:57

Sim, sugeri isso o ano passado, quando o mercado estava a descontar um haircut de 50%. Fazia todo o sentido: para alem de reduzir um pouco a dívida fazia baixar os juros, valorizando a carteira de dívida dos bancos e evitando gastos com a recapitalização dos mesmos, um mecanismo de feedback que aliás foi a razão que me fez voltar a escrever, pois na altura o assunto estava fora do debate político. Espero que o governo tenha aproveitado a sugestão. O dinheiro que poderá ter sido utilizado foi o das privatizações e dos bilhetes do tesouro.
 
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por K. » 21/10/2012 23:52

artista, não disse nada disso...nem me tinha passado pela cabeça, se bem que agora que o dizes, até seria bem pensado. Quem sabe se o sucesso incrível da operação de troca não está relacionado com isso.

O que eu estava a dizer é que não faço mesmo ideia do que foi feito a esse dinheiro. Tal como aconteceu nos Estados Unidos depois de 2008, muita coisa vai ter de ser feita em segredo na Europa, para que ela sobreviva. Isto implica que é muito difícil ter acesso a informação credível.
 
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por artista_ » 21/10/2012 23:05

K. Escreveu:artista, estou a perceber, mas como é que sabem que esses 7,5 mil milhões dinheiro não têm retorno? Talvez não tanto como o emprestado aos bancos, mas algum juro deve ter.


Não me digas que o estão a usar para comprar dívida no mercado secundário, e que é isso que está a fazer cair as taxas?! Acho que foste tu que sugeriste que se devia fazer isso, não foi? Mas o Banco de Portugal pode fazê-lo? Enfim, são apenas bujardas mandadas ao ar, não percebo nadas desses assuntos... mas se render, pelo menos, para os juros que pagam tudo bem!
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por K. » 21/10/2012 23:00

artista, estou a perceber, mas como é que sabem que esses 7,5 mil milhões dinheiro não têm retorno? Talvez não tanto como o emprestado aos bancos, mas algum juro deve ter.
 
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por artista_ » 21/10/2012 22:45

K. Escreveu:artista, os empréstimos aos bancos têm um juro bastante alto, é um bom negócio para o governo.

Tendo em conta que a conversão dos CoCos só será feita em caso de incumprimento do próprio estado, caso a evolução do preço das obrigações continar o actual ritmo, a próxima avaliação da EBA vai valorizar as carteiras de dívida do BCP e BPI a valores que colocam os racios nos níveis exigidos sem ser necessário o capital do estado, ou seja, o estado vai recuperar o dinheiro e com juros na casa dos 7%. Quanto ao juro oferecido pelo Banco de Portugal, não faço ideia, mas o negócio na sua totalidade não vai dar prejuízo, este modelo foi muito bem desenhado.


K. mas o problema está no capital que não está a ser usado, os 7,5 mil milhões de euros que estão no Banco de Portugal. Dessa parte os bancos não pagam juros, e o estado, todos nós, certamente teremos de os pagar à Troika!
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