Situação na Espanha - Tópico Geral
Pelo menos nove pessoas foram detidas e várias ficaram feridas em confrontos registados na noite de hoje na Puerta del Sol e ruas próximas, em Madrid, entre manifestantes e agentes policiais.
Num dia em que já se tinham registado oito detidos e mais de 70 feridos, os confrontos ocorreram depois de centenas de pessoas, que participaram na manifestação dos mineiros em frente ao Ministério do Industria, terem caminhado para Puerta del Sol.
Um forte dispositivo policial acabou por carregar sobre os manifestantes, que incendiaram contentores tentando instalar barricadas em alguns pontos da praça e nas ruas das imediações, incluindo a Calle Preciados.
A polícia chegou a fechar as bocas de metro na praça e a fechar as saídas do El Corte Inglés para a Puerta del Sol, deixando clientes e funcionários no interior da grande superfície comercial.
A manifestação que foi, inicialmente, de apoio aos mineiros, alargou-se depois para se tornar um protesto contra o novo ajuste de 65.000 milhões de euros anunciado hoje no parlamento pelo presidente do Governo, Mariano Rajoy.
Pouco depois das 22:15 (21:15 em Lisboa), alguns radicais incendiaram caixotes e contentores do lixo, tanto na rua Carretas como na Preciados.
Os incêndios foram controlados pouco tempo depois e os agentes perseguiram alguns manifestantes até à zona da Praça Tirso de Molina, tendo-se ouvido disparos, ao que tudo indica de balas de borracha.
Os motivos da carga policial inicial ainda não estão totalmente claros, havendo alguns relatos de provocações aos agentes por parte de jovens identificados como sendo "antissistema".
Alguns relatos nas redes sociais, incluindo de jornalistas, referem, porém, que a carga começou "sem qualquer motivo", como relata o jornalista Hector Juanety no seu "feed" do "Twitter".
In SIC
Num dia em que já se tinham registado oito detidos e mais de 70 feridos, os confrontos ocorreram depois de centenas de pessoas, que participaram na manifestação dos mineiros em frente ao Ministério do Industria, terem caminhado para Puerta del Sol.
Um forte dispositivo policial acabou por carregar sobre os manifestantes, que incendiaram contentores tentando instalar barricadas em alguns pontos da praça e nas ruas das imediações, incluindo a Calle Preciados.
A polícia chegou a fechar as bocas de metro na praça e a fechar as saídas do El Corte Inglés para a Puerta del Sol, deixando clientes e funcionários no interior da grande superfície comercial.
A manifestação que foi, inicialmente, de apoio aos mineiros, alargou-se depois para se tornar um protesto contra o novo ajuste de 65.000 milhões de euros anunciado hoje no parlamento pelo presidente do Governo, Mariano Rajoy.
Pouco depois das 22:15 (21:15 em Lisboa), alguns radicais incendiaram caixotes e contentores do lixo, tanto na rua Carretas como na Preciados.
Os incêndios foram controlados pouco tempo depois e os agentes perseguiram alguns manifestantes até à zona da Praça Tirso de Molina, tendo-se ouvido disparos, ao que tudo indica de balas de borracha.
Os motivos da carga policial inicial ainda não estão totalmente claros, havendo alguns relatos de provocações aos agentes por parte de jovens identificados como sendo "antissistema".
Alguns relatos nas redes sociais, incluindo de jornalistas, referem, porém, que a carga começou "sem qualquer motivo", como relata o jornalista Hector Juanety no seu "feed" do "Twitter".
In SIC
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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A força e influência das nações vê-se nestas coisas!
Em Portugal chama-se troika, porque motivo em Espanha eles não têm lá a Troika também?
Afinal de contas vão receber um empréstimo idêntico a Portugal, as medidas de austeridade impostas e aceites, que foram já anunciadas, são iguais às de Portugal, onde é que está a diferença
!
Troika em Portugal, "ajuda" em Espanha
, assim vai esta Europa!
Em Portugal chama-se troika, porque motivo em Espanha eles não têm lá a Troika também?
Afinal de contas vão receber um empréstimo idêntico a Portugal, as medidas de austeridade impostas e aceites, que foram já anunciadas, são iguais às de Portugal, onde é que está a diferença

Troika em Portugal, "ajuda" em Espanha

Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Estes políticos, sejam lá de que quadrante forem, são todos iguais. Ou pelo menos aprenderam todos na mesma escola...
"Resgate, nós? Nem pensar, Portugal não é a Grécia"
"Resgate, nós? Nem pensar, Espanha não é Potugal"
"Resgate, nós? Nem pensar, Itália não é a Espanha"
"Resgate, nós? Nem pensar, França não é a Itália"
Entretanto a Irlanda está a começar a sair da crise. Assumiram o pior logo de início para não perderem tempo.
"Resgate, nós? Nem pensar, Portugal não é a Grécia"
"Resgate, nós? Nem pensar, Espanha não é Potugal"
"Resgate, nós? Nem pensar, Itália não é a Espanha"
"Resgate, nós? Nem pensar, França não é a Itália"
Entretanto a Irlanda está a começar a sair da crise. Assumiram o pior logo de início para não perderem tempo.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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PSOE oferece «grande pacto» nacional para austeridade mais justa
Alfredo Perez Rubalcaba
Foto: Reuters
Após o primeiro-ministro espanhol ter anunciado um novo pacote de austeridade, o líder socialista espanhol defendeu um imposto sobre as grandes fortunas em vez da subida do IVA.
O líder do maior partido da oposição em Espanha ofereceu, esta quarta-feira, um «grande pacto» nacional que permita uma austeridade justa, fomente o crescimento económico e que dê confiança ao país.
Após o primeiro-ministro espanhol ter anunciado um novo pacote de austeridade no valor de 65 mil milhões de euros nos próximos dois anos e meio, o líder do PSOE criticou os «cortes à toa» que caracterizam o exceutivo de Mariano Rajoy.
Alfredo Perez Rubalcaba defendeu que, em vez de se subir o IVA, o governo espanhol deveria, por exemplo, apostar num imposto sobre as grandes fortunas à semelhança do que acontece em França.
O líder socialista considerou que subir o IVA será «maus para o consumo», ao passo que criar um imposto sobre as grandes fortunas seria «mais justo» e «economicamente provocaria menos danos».
«Podemos fazer uma destas duas coisas: ou continuamos o caminho de cortes cegos, retificações e improvisos ou podemos sentar-nos no tempo que nos sobra que não é muito e traçar um verdadeiro plano», acrescentou.
O líder da oposição espanhola aproveitou ainda para acusar o Governo de semear dúvidas em relação a todas as instituições espanholas, o que vai levar a uma vigilância ainda maior da troika.
Por seu lado, a Esquerda Unida mostrou-se em total oposição às medidas anunciadas por Rajoy, ao considerar que o governo espanhol trata bem os bancos e mal o povo.
.INTERNACIONAL
Carga policial sobre mineiros faz 20 feridos em Madrid
Quarta, 11 Jul
Cinco pessoas foram detidas e 20 ficaram ligeiramente feridas depois de cargas policiais realizadas pela polícia espanhola durante o protesto mineiro em frente ao Ministério da Industria espanhol, no centro de Madrid.
Fonte policial madrilena disse que alguns manifestantes lançaram petardos e outros objectos contra agentes policiais que detiveram cinco pessoas, lançando ainda disparos de balas de borracha para o ar.
Os serviços de emergência confirmaram que 23 pessoas – 12 mineiros, seis polícias e cinco outras pessoas - tiveram que receber assistência médica por ferimentos ligeiros em consequência da carga policial.
A tensão em frente à sede do Ministério da Industria em Madrid aumentou depois de alguns dos manifestantes terem tentado derrubar as barreiras instaladas em torno ao perímetro do edifício, onde hoje se concentra a manifestação dos mineiros que participaram na 'marcha negra' de 400 quilómetros até Madrid.
Momentos antes os manifestantes tinham lançado de forma intermitente petardos, garrafas, paus e pedras e até uma chuva de bananas sobre os agentes anti-motim que estavam no local.
Dezenas de agentes que estavam em ruas próximas chegaram ao local e alguns começaram a gravar os manifestantes, aumentando a tensão que já era na zona.
Muitos dos mineiros permaneceram sentados no chão, apelando à calma dos presentes, repetindo a mensagem dos responsáveis sindicais de que se trata de uma «manifestação pacífica».
A manifestação foi, pouco depois, dada por concluída, com os mineiros a saíram da zona em autocarros mas a continuarem, em ruas próximas, e a registarem-se pequenos confrontos entre polícias e grupos de manifestantes.
Vários cidadãos censuraram os agentes policiais, acusando-os de uso excessivo de força contra os manifestantes.
O protesto ocorreu quando, no Congresso de Deputados em Madrid, o presidente do Governo, Mariano Rajoy, anunciava um novo ajuste de 65 mil milhões de euros nos próximos dois anos e meio, com medidas que incluem o aumento do IVA, a suspensão do subsídio de Natal aos funcionários públicos e a redução do valor subsídio de desemprego a partir do sexto mês.
As medidas motivaram pelo menos duas manifestações espontâneas, a maior das quais em frente ao Congresso de Deputados, com relatos de algumas detenções.
Várias dezenas de funcionários públicos da Audiência Nacional de Madrid cortaram também, durante cinco minutos, a rua Génova, em frente à sede do PP (partido no Governo em Espanha).
«Não aos cortes, mãos ao alto isto é um assalto», gritaram os manifestantes, criticando as medidas anunciadas por Rajoy e que serão aprovadas na reunião do Conselho de Ministros na próxima sexta-feira.
Vou gostar de ver o que vai acontecer em Espanha nos próximos tempo. A Europa caminha para o fim.
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Trisquel Escreveu:Rajoy sobe IVA para 21% e corta subsídios de Natal
11 Julho 2012 | 09:40
Andreia Major - amajor@negocios.pt
O governo de Mariano Rajoy adoptou novas medidas para fazer frente à crise e anunciou hoje a subida do IVA para 21% e o corte dos subsídios de Natal dos trabalhadores. O subsídio de desemprego vai levar também uma redução, numa tentativa de cortar 65 mil milhões de euros nos gastos e cumprir os compromissos orçamentais.
Com o objectivo em vista de reduzir os gastos em 65 milhões de euros até 2014, para cumprir as metas do défice com que se comprometeu, o governo de Rajoy anunciou hoje novas medidas que vão mudar a vida dos cidadãos espanhóis.
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”. Rajoy anunciou também subidas de impostos e aumentou o IVA para 21%.
“Sei que não são medidas agradáveis, mas são necessárias”, disse Rajoy, citado pelo “El Mundo”. “Disse que ia baixar os impostos e estou a subi-los. Não estou a mudar de critérios: as circunstâncias mudaram e tenho de adaptar-me”, acrescentou o político.
Os novos desempregados verão o seu subsídio de desemprego reduzido em 50-60% a partir do sexto mês, além de que será exigido que tenham trabalhado anteriormente para poderem aceder ao rendimento de inserção.
No entanto, o período máximo de duração desta ajuda não sofreu alterações, permanecendo nos 24 meses. Rajoy justificou que deste modo se “incentiva a procura activa de emprego”.
Quanto ao IVA, a taxa irá subir de 18% para 21%, enquanto que o IVA reduzido irá subir de 8% a 10%. O IVA “super-reduzido” dos bens de primeira necessidade irá permanecer em 4%.
Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
Na vida dos trabalhadores outra coisa vai mudar: Rajoy decidiu a suspensão do pagamento extraordinário dos subsídios de Natal aos funcionários e também a outros cargos de administração.
O corte será compensado com contribuições para o fundo de pensões dos trabalhadores a partir de 2015, de acordo com o “El Mundo”.
Enfim, a mesma receita terá os mesmo resultados...
Devem estar a ver se conseguem bater algum recorde qualquer a nível de desemprego

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Trisquel Escreveu:Rajoy sobe IVA para 21% e corta subsídios de Natal
11 Julho 2012 | 09:40
Andreia Major - amajor@negocios.pt
O governo de Mariano Rajoy adoptou novas medidas para fazer frente à crise e anunciou hoje a subida do IVA para 21% e o corte dos subsídios de Natal dos trabalhadores. O subsídio de desemprego vai levar também uma redução, numa tentativa de cortar 65 mil milhões de euros nos gastos e cumprir os compromissos orçamentais.
Com o objectivo em vista de reduzir os gastos em 65 milhões de euros até 2014, para cumprir as metas do défice com que se comprometeu, o governo de Rajoy anunciou hoje novas medidas que vão mudar a vida dos cidadãos espanhóis.
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”. Rajoy anunciou também subidas de impostos e aumentou o IVA para 21%.
“Sei que não são medidas agradáveis, mas são necessárias”, disse Rajoy, citado pelo “El Mundo”. “Disse que ia baixar os impostos e estou a subi-los. Não estou a mudar de critérios: as circunstâncias mudaram e tenho de adaptar-me”, acrescentou o político.
Os novos desempregados verão o seu subsídio de desemprego reduzido em 50-60% a partir do sexto mês, além de que será exigido que tenham trabalhado anteriormente para poderem aceder ao rendimento de inserção.
No entanto, o período máximo de duração desta ajuda não sofreu alterações, permanecendo nos 24 meses. Rajoy justificou que deste modo se “incentiva a procura activa de emprego”.
Quanto ao IVA, a taxa irá subir de 18% para 21%, enquanto que o IVA reduzido irá subir de 8% a 10%. O IVA “super-reduzido” dos bens de primeira necessidade irá permanecer em 4%.
Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
Na vida dos trabalhadores outra coisa vai mudar: Rajoy decidiu a suspensão do pagamento extraordinário dos subsídios de Natal aos funcionários e também a outros cargos de administração.
O corte será compensado com contribuições para o fundo de pensões dos trabalhadores a partir de 2015, de acordo com o “El Mundo”.
Continuam ainda a ter folga no IVA e no ISP. Terão de puxar mais por eles. O ajustamento está atrasado, só agora está a ser assumido.
Afinal Espanha teve de executar medidas duras para receber o apoio para a banca. Veremos se chega para os juros começarem a baixar. Bem vindos à realidade.
Estas medidas vão ter efeito recessivo no consumo e no emprego, mas sem dinheiro para pagar os juros não há volta a dar. Galego Rajoi não estás livre de um resgate. Até ganhavas com isso, visto pagares juros mais baixos.
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Marco Martins Escreveu:Reduzir as contribuições sobre as empresas era aquilo que queriam fazer baixando a TSU... mas para isso terá de haver um aumento de impostos para compensar.
Não necessariamente, porque no limite, até uma medida pode de certa maneira anular a outra.
O objectivo principal ao diminuir a TSU é tornar o custo do trabalho mais barato, logo há um incentivo à contratação e/ou permanência de postos de trabalho. Por outro lado, se aumentas a carga fiscal, irá provocar uma diminuição na procura interna, aumentando por esta via o desemprego.
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jvasco27 Escreveu:Trisquel Escreveu:...
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”.
...
Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
...
Dois comentários apenas:
- será que em Espanha haverá um tribunal que também ache inconstitucional cortar o subsídio de Natal apenas aos funcionários públicos?
- é curioso que o governo espanhol considere relevante diminuir as contribuições sociais das empresas; do lado de cá da fronteira a visão parece ser outra...
Reduzir as contribuições sobre as empresas era aquilo que queriam fazer baixando a TSU... mas para isso terá de haver um aumento de impostos para compensar.
Em Espanha poderão fazer isso, mas certamente terá uma penalização grande nas contribuições sociais para o estado.
Este aumento de impostos e o corte de ferias, parece-me que será muito problemático para Espanha e para a Europa, na medida em que isso irá provocar um aumento de desemprego que o governo não indicou e nem sei se terão contabilizado....
...se o desemprego já está em 25%, então com estas medidas certamente passará dos 32% nos próximos 6 meses o que no cenário normal (nem é preciso ser muito pessimista) levará a muitos conflitos internos e entre as regiões, podendo mesmo ser o início do colapso Espanhol.
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Trisquel Escreveu:...
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”.
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Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
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Dois comentários apenas:
- será que em Espanha haverá um tribunal que também ache inconstitucional cortar o subsídio de Natal apenas aos funcionários públicos?
- é curioso que o governo espanhol considere relevante diminuir as contribuições sociais das empresas; do lado de cá da fronteira a visão parece ser outra...
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Rajoy sobe IVA para 21% e corta subsídios de Natal
11 Julho 2012 | 09:40
Andreia Major - amajor@negocios.pt
O governo de Mariano Rajoy adoptou novas medidas para fazer frente à crise e anunciou hoje a subida do IVA para 21% e o corte dos subsídios de Natal dos trabalhadores. O subsídio de desemprego vai levar também uma redução, numa tentativa de cortar 65 mil milhões de euros nos gastos e cumprir os compromissos orçamentais.
Com o objectivo em vista de reduzir os gastos em 65 milhões de euros até 2014, para cumprir as metas do défice com que se comprometeu, o governo de Rajoy anunciou hoje novas medidas que vão mudar a vida dos cidadãos espanhóis.
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”. Rajoy anunciou também subidas de impostos e aumentou o IVA para 21%.
“Sei que não são medidas agradáveis, mas são necessárias”, disse Rajoy, citado pelo “El Mundo”. “Disse que ia baixar os impostos e estou a subi-los. Não estou a mudar de critérios: as circunstâncias mudaram e tenho de adaptar-me”, acrescentou o político.
Os novos desempregados verão o seu subsídio de desemprego reduzido em 50-60% a partir do sexto mês, além de que será exigido que tenham trabalhado anteriormente para poderem aceder ao rendimento de inserção.
No entanto, o período máximo de duração desta ajuda não sofreu alterações, permanecendo nos 24 meses. Rajoy justificou que deste modo se “incentiva a procura activa de emprego”.
Quanto ao IVA, a taxa irá subir de 18% para 21%, enquanto que o IVA reduzido irá subir de 8% a 10%. O IVA “super-reduzido” dos bens de primeira necessidade irá permanecer em 4%.
Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
Na vida dos trabalhadores outra coisa vai mudar: Rajoy decidiu a suspensão do pagamento extraordinário dos subsídios de Natal aos funcionários e também a outros cargos de administração.
O corte será compensado com contribuições para o fundo de pensões dos trabalhadores a partir de 2015, de acordo com o “El Mundo”.
11 Julho 2012 | 09:40
Andreia Major - amajor@negocios.pt
O governo de Mariano Rajoy adoptou novas medidas para fazer frente à crise e anunciou hoje a subida do IVA para 21% e o corte dos subsídios de Natal dos trabalhadores. O subsídio de desemprego vai levar também uma redução, numa tentativa de cortar 65 mil milhões de euros nos gastos e cumprir os compromissos orçamentais.
Com o objectivo em vista de reduzir os gastos em 65 milhões de euros até 2014, para cumprir as metas do défice com que se comprometeu, o governo de Rajoy anunciou hoje novas medidas que vão mudar a vida dos cidadãos espanhóis.
O Presidente do governo anunciou hoje fortes cortes nos gastos, que incluem reduções nos subsídios de desemprego e nos salários dos funcionários, que irão deixar de receber subsídio de Natal à semelhança do que acontece em Portugal para os funcionários públicos, de acordo com o “El Mundo”. Rajoy anunciou também subidas de impostos e aumentou o IVA para 21%.
“Sei que não são medidas agradáveis, mas são necessárias”, disse Rajoy, citado pelo “El Mundo”. “Disse que ia baixar os impostos e estou a subi-los. Não estou a mudar de critérios: as circunstâncias mudaram e tenho de adaptar-me”, acrescentou o político.
Os novos desempregados verão o seu subsídio de desemprego reduzido em 50-60% a partir do sexto mês, além de que será exigido que tenham trabalhado anteriormente para poderem aceder ao rendimento de inserção.
No entanto, o período máximo de duração desta ajuda não sofreu alterações, permanecendo nos 24 meses. Rajoy justificou que deste modo se “incentiva a procura activa de emprego”.
Quanto ao IVA, a taxa irá subir de 18% para 21%, enquanto que o IVA reduzido irá subir de 8% a 10%. O IVA “super-reduzido” dos bens de primeira necessidade irá permanecer em 4%.
Em contrapartida, o governo espanhol reduziu os impostos sobre o emprego. Assim, propôs-se a baixar em um ponto as contribuições sociais às empresas em 2013 e outro ponto adicional em 2014.
Na vida dos trabalhadores outra coisa vai mudar: Rajoy decidiu a suspensão do pagamento extraordinário dos subsídios de Natal aos funcionários e também a outros cargos de administração.
O corte será compensado com contribuições para o fundo de pensões dos trabalhadores a partir de 2015, de acordo com o “El Mundo”.
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Não sei se este vídeo já passou por aqui (se for repetido peço desculpa por isso).
Trata-se de uma reportagem de 45 minutos sobre as obras megalómanas em Espanha. Impressionante.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/_TrKuBCQe9A" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Trata-se de uma reportagem de 45 minutos sobre as obras megalómanas em Espanha. Impressionante.
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/_TrKuBCQe9A" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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Trisquel Escreveu:Rajoy reconhece que Espanha não se poderá financiar "durante muito tempo" com actuais preços da dívida
27 Junho 2012 | 09:23
Lusa
O presidente do Governo espanhol afirmou hoje que Espanha não pode se financiar "durante muito tempo" aos preços actuais do mercado, advertindo que, com o actual risco de dívida, "é muito difícil que a economia possa crescer".
Mariano Rajoy referiu-se aos dados do risco de dívida - medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos -- na sessão de controlo ao Governo no Congresso de Deputados, onde foi questionado pela oposição sobre as posturas que defenderá no Conselho Europeu desta semana.
Em resposta ao líder socialista, Alfredo Pérez Rubalcaba, e ao porta-voz do Partido Nacionalista Basco (PNV), Josu Erkoreka, o chefe do Governo mostrou-se confiante que a cimeira europeia "fará avanços importantes" no sentido da união bancária e fiscal.
No encontro, disse, defenderá cinco propostas, que incluem o saneamento das contas públicas e redução do défice, a manutenção das reformas estruturais e o desenvolvimento da integração dos mercados.
Rajoy disse que defenderá ainda medidas para estabilizar os mercados e evitar o aumento do risco da dívida e avanços para a união bancária e fiscal europeia.
"Creio que todas as medidas são importantes, mas hoje o mais importante é financiarmo-nos nos mercados", afirmou.
Se Espanha reconhece isso, Itália não poderá ter uma postura muito diferente...
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Rajoy reconhece que Espanha não se poderá financiar "durante muito tempo" com actuais preços da dívida
27 Junho 2012 | 09:23
Lusa
O presidente do Governo espanhol afirmou hoje que Espanha não pode se financiar "durante muito tempo" aos preços actuais do mercado, advertindo que, com o actual risco de dívida, "é muito difícil que a economia possa crescer".
Mariano Rajoy referiu-se aos dados do risco de dívida - medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos -- na sessão de controlo ao Governo no Congresso de Deputados, onde foi questionado pela oposição sobre as posturas que defenderá no Conselho Europeu desta semana.
Em resposta ao líder socialista, Alfredo Pérez Rubalcaba, e ao porta-voz do Partido Nacionalista Basco (PNV), Josu Erkoreka, o chefe do Governo mostrou-se confiante que a cimeira europeia "fará avanços importantes" no sentido da união bancária e fiscal.
No encontro, disse, defenderá cinco propostas, que incluem o saneamento das contas públicas e redução do défice, a manutenção das reformas estruturais e o desenvolvimento da integração dos mercados.
Rajoy disse que defenderá ainda medidas para estabilizar os mercados e evitar o aumento do risco da dívida e avanços para a união bancária e fiscal europeia.
"Creio que todas as medidas são importantes, mas hoje o mais importante é financiarmo-nos nos mercados", afirmou.
27 Junho 2012 | 09:23
Lusa
O presidente do Governo espanhol afirmou hoje que Espanha não pode se financiar "durante muito tempo" aos preços actuais do mercado, advertindo que, com o actual risco de dívida, "é muito difícil que a economia possa crescer".
Mariano Rajoy referiu-se aos dados do risco de dívida - medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos -- na sessão de controlo ao Governo no Congresso de Deputados, onde foi questionado pela oposição sobre as posturas que defenderá no Conselho Europeu desta semana.
Em resposta ao líder socialista, Alfredo Pérez Rubalcaba, e ao porta-voz do Partido Nacionalista Basco (PNV), Josu Erkoreka, o chefe do Governo mostrou-se confiante que a cimeira europeia "fará avanços importantes" no sentido da união bancária e fiscal.
No encontro, disse, defenderá cinco propostas, que incluem o saneamento das contas públicas e redução do défice, a manutenção das reformas estruturais e o desenvolvimento da integração dos mercados.
Rajoy disse que defenderá ainda medidas para estabilizar os mercados e evitar o aumento do risco da dívida e avanços para a união bancária e fiscal europeia.
"Creio que todas as medidas são importantes, mas hoje o mais importante é financiarmo-nos nos mercados", afirmou.
Cumpts.
Trisquel
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Trisquel
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Juros de Espanha quase triplicam em leilão de bilhetes do Tesouro
O custo de financiamento do Governo espanhol disparou num leilão de dívida de curto prazo. No prazo de seis meses, os juros quase duplicaram. Já no de três meses chegaram quase a triplicar.
Apesar da subida dos juros, o Tesouro espanhol financiou-se num valor superior ao montante indicativo.
Na emissão de bilhetes do Tesouro com maturidade de três, a taxa de juro implícita foi de 2,362%, o que compara com uma “yield” de 0,846% numa emissão comparável que ocorreu em Maio. A procura de títulos foi igual a cerca de 2,6 vezes a oferta, o que também compara desfavoravelmente com a emissão do mês passado, em que a procura fora igual a 3,95 vezes a oferta.
A taxa de juro implícita nos bilhetes do Tesouro com prazo de seis meses disparou para 3,237%, depois de se ter saldado em 1,737% em Maio. Na emissão de seis a procura equiparou-se a 2,82 vezes a oferta, comparando com um rácio de 4,3 vezes no mês de Maio.
O total da dívida colocada pelo Governo espanhol foi de 3,08 mil milhões de euros. Um montante que supera o intervalo do valor indicativo, que ia de dois mil milhões a três mil milhões de euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=564581
O custo de financiamento do Governo espanhol disparou num leilão de dívida de curto prazo. No prazo de seis meses, os juros quase duplicaram. Já no de três meses chegaram quase a triplicar.
Apesar da subida dos juros, o Tesouro espanhol financiou-se num valor superior ao montante indicativo.
Na emissão de bilhetes do Tesouro com maturidade de três, a taxa de juro implícita foi de 2,362%, o que compara com uma “yield” de 0,846% numa emissão comparável que ocorreu em Maio. A procura de títulos foi igual a cerca de 2,6 vezes a oferta, o que também compara desfavoravelmente com a emissão do mês passado, em que a procura fora igual a 3,95 vezes a oferta.
A taxa de juro implícita nos bilhetes do Tesouro com prazo de seis meses disparou para 3,237%, depois de se ter saldado em 1,737% em Maio. Na emissão de seis a procura equiparou-se a 2,82 vezes a oferta, comparando com um rácio de 4,3 vezes no mês de Maio.
O total da dívida colocada pelo Governo espanhol foi de 3,08 mil milhões de euros. Um montante que supera o intervalo do valor indicativo, que ia de dois mil milhões a três mil milhões de euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=564581
Bloomberg Escreveu:Banking Rescue
Concern that Spain will struggle to bail out its banks as their loan losses mount has driven up the country’s borrowing costs. The extra yield investors demand to hold Spain’s 10-year bonds rather than German bunds ballooned to 517.4 basis points on June 25 from 479.9 basis points on June 22. A basis point is a hundredth of a percentage point.
Spain formally requested the banking bailout in a letter to Luxembourg’s Jean-Claude Juncker, who leads the group of euro- area finance ministers.
The government of Prime Minister Mariano Rajoy published results of stress tests on June 21 that showed Spain’s banks may need as much as 62 billion euros of capital to withstand a worst-case economic scenario.
Oliver Wyman Ltd. estimated banks would need 51 billion euros to 62 billion euros should Spanish gross domestic product shrink by 6.5 percent over three years and housing prices drop 60 percent from their peak. Roland Berger Strategy Consultants said lenders would need 51.8 billion euros under those conditions.
The ratio of bad loans to total lending at Spain’s banks surged to 8.72 percent in April, the highest since 1994, from less than 1 percent in 2007, according to Bank of Spain data. Lenders have 184 billion euros of what the regulator terms problematic real estate-related assets after taking property onto their books following the collapse of Spain’s property boom in 2008.
http://www.bloomberg.com/news/2012-06-2 ... -risk.html
E como consequência da crise, o crédito malparado não pára de aumentar em Espanha, o que só agudiza a frágil situação dos bancos.
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