TC declara cortes dos subsídios inconstitucionais
canteiro Escreveu:Essa da categorização dos subsídios em despesa é muito bonito de se ver enquanto não nos atinge a nós. Cortar a remuneração dos trabalhadadores é exactamente como a imposição de um imposto, passo o pleonasmo.
Do ponto de vista de quem recebe o salário, sim é igual (vai ficar com menos dinheiro na conta.
Do ponto de vista do Estado não é igual: as remunerações dos FP são uma das componentes da despesa pública e qualquer redução das remunerações líquidas representa um corte da despesa.
Qual é a parte com que não concordas?
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canteiro Escreveu:Perdem-se valores dia após dia, vai lá dizer a quem perdeu 15% a 20% que é uma questão contabilística.
Não preciso ir a lado nenhum...
Espero que entendas...
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:Será que é constitucional um sistema de saúde em Portugal como têm os holandeses ou os suíços?
Ou mesmo os dinamarqueses, onde apesar do serviço ser gerido por entidades públicas (ao contrário do que acontece na Suiça e na Holanda), a sua gestão é descentralizada e os consumidores têm o direito de escolher o prestador dos serviços?
Se calhar não... seria o fim do mundo... inconstitucional. Se calhar violaria o Preâmbulo. Estão a ver? Aquele parte que nos indica o caminho? lol... 3 bancarrotas e sempre na cauda da Europa...
Por isso é que estamos no lugar que estamos... Quem é que diz que temos um dos melhores sistemas de saúde do mundo? Só se for quem se alimenta dele, pois os consumidores parecem não estar de acordo.
http://www.healthpowerhouse.com/files/I ... strate.pdf
http://www.healthpowerhouse.com/files/R ... I-2012.pdf
Ah, só mais uma coisa... sem importância nenhuma...
Parece que a Grécia é o país (daquele ranking) que lidera, destacada, o indicador número de médicos per capita... resultado? está melhor que nós mas mesmo assim pior que a média... conclusão: mais não é sinónimo de melhor.
É a mudança de paradigma:
Deixar de financiar os sistemas, para apoiar as pessoas; cheque/crédito educação e saúde. cada um escolhe o fornecedor/prestador de educação e saúde.
Acredito que teremos mais eficiência e até os ordenados subiriam, pois se conseguirmos via gestão (processos) e equipamentos (capital) que um produza por dois então este um pode receber mais 30% sendo os outroa 70% para lucro e despesas de capital
Aquela anedota alentejana:
"Vou deixar de alimentar os animais (porcos) e a partir agora dou-lhes dinheiro e cada um vai comer onde quizer"
Editado pela última vez por Visitante em 17/7/2012 12:37, num total de 1 vez.
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migluso Escreveu:canteiro Escreveu:Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:É por haver um tratamento desigual entre cidadãos (público e privado). Resolve-se facilmente retirando também os subsídios aos privados no ano que vem. Já resolveram um problema ao PPC.
Mas nota uma coisa: a retenção do subsídio no caso dos públicos, é corte de despesa, no caso dos privados é aumento da receita. Logo aí há uma diferença.
Elias, desculpa mas isso é tudo treta. Vou ser franco, ainda não li o tópico todo e eventualmente esta questão já foi discutida aqui. Se for esse o caso terei tempo para me redimir por pegar neste teu comentário.
Essa da categorização dos subsídios em despesa é muito bonito de se ver enquanto não nos atinge a nós. Cortar a remuneração dos trabalhadadores é exactamente como a imposição de um imposto, passo o pleonasmo.
Já os brasileiros dizem " Pimenta no cú dos outros para mim é refresco".
Canteiro, desculpa lá mas isso é uma grande treta.
Desde quando é que uma diminuição dos salários é reflectida contabilisticamente no lado dos proveitos (conta 7) em vez de no lado dos custos (conta 6)?
Mas neste país nada me admira... inclusive acho que cheguei a ouvir o Cavaco a dizer o mesmo que tu...
Se os nossos legisladores fizerem uma lei a dizer que uma parede branca é preta, achas que a parede muda de cor só porque uma lei o diz?
Por se pensar contabilisticamente é que este mundo está como está.
Quando nos vão ao bolso dói, não dói? Depois vem de lá com essas tretas...
Perdem-se valores dia após dia, vai lá dizer a quem perdeu 15% a 20% que é uma questão contabilística.
E depois vens tu a dizer-me que é uma treta, que é uma questão contabilística.
canteiro Escreveu:Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:É por haver um tratamento desigual entre cidadãos (público e privado). Resolve-se facilmente retirando também os subsídios aos privados no ano que vem. Já resolveram um problema ao PPC.
Mas nota uma coisa: a retenção do subsídio no caso dos públicos, é corte de despesa, no caso dos privados é aumento da receita. Logo aí há uma diferença.
Elias, desculpa mas isso é tudo treta. Vou ser franco, ainda não li o tópico todo e eventualmente esta questão já foi discutida aqui. Se for esse o caso terei tempo para me redimir por pegar neste teu comentário.
Essa da categorização dos subsídios em despesa é muito bonito de se ver enquanto não nos atinge a nós. Cortar a remuneração dos trabalhadadores é exactamente como a imposição de um imposto, passo o pleonasmo.
Já os brasileiros dizem " Pimenta no cú dos outros para mim é refresco".
Canteiro, desculpa lá mas isso é uma grande treta.
Desde quando é que uma diminuição dos salários é reflectida contabilisticamente no lado dos proveitos (conta 7) em vez de no lado dos custos (conta 6)?
Mas neste país nada me admira... inclusive acho que cheguei a ouvir o Cavaco a dizer o mesmo que tu...
Se os nossos legisladores fizerem uma lei a dizer que uma parede branca é preta, achas que a parede muda de cor só porque uma lei o diz?
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Será que é constitucional um sistema de saúde em Portugal como têm os holandeses ou os suíços?
Ou mesmo os dinamarqueses, onde apesar do serviço ser gerido por entidades públicas (ao contrário do que acontece na Suiça e na Holanda), a sua gestão é descentralizada e os consumidores têm o direito de escolher o prestador dos serviços?
Se calhar não... seria o fim do mundo... inconstitucional. Se calhar violaria o Preâmbulo. Estão a ver? Aquele parte que nos indica o caminho? lol... 3 bancarrotas e sempre na cauda da Europa...
Por isso é que estamos no lugar que estamos... Quem é que diz que temos um dos melhores sistemas de saúde do mundo? Só se for quem se alimenta dele, pois os consumidores parecem não estar de acordo.
http://www.healthpowerhouse.com/files/I ... strate.pdf
http://www.healthpowerhouse.com/files/R ... I-2012.pdf
Ah, só mais uma coisa... sem importância nenhuma...
Parece que a Grécia é o país (daquele ranking) que lidera, destacada, o indicador número de médicos per capita... resultado? está melhor que nós mas mesmo assim pior que a média... conclusão: mais não é sinónimo de melhor.
Ou mesmo os dinamarqueses, onde apesar do serviço ser gerido por entidades públicas (ao contrário do que acontece na Suiça e na Holanda), a sua gestão é descentralizada e os consumidores têm o direito de escolher o prestador dos serviços?
Se calhar não... seria o fim do mundo... inconstitucional. Se calhar violaria o Preâmbulo. Estão a ver? Aquele parte que nos indica o caminho? lol... 3 bancarrotas e sempre na cauda da Europa...
Por isso é que estamos no lugar que estamos... Quem é que diz que temos um dos melhores sistemas de saúde do mundo? Só se for quem se alimenta dele, pois os consumidores parecem não estar de acordo.
http://www.healthpowerhouse.com/files/I ... strate.pdf
http://www.healthpowerhouse.com/files/R ... I-2012.pdf
Ah, só mais uma coisa... sem importância nenhuma...
Parece que a Grécia é o país (daquele ranking) que lidera, destacada, o indicador número de médicos per capita... resultado? está melhor que nós mas mesmo assim pior que a média... conclusão: mais não é sinónimo de melhor.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:É por haver um tratamento desigual entre cidadãos (público e privado). Resolve-se facilmente retirando também os subsídios aos privados no ano que vem. Já resolveram um problema ao PPC.
Mas nota uma coisa: a retenção do subsídio no caso dos públicos, é corte de despesa, no caso dos privados é aumento da receita. Logo aí há uma diferença.
Elias, desculpa mas isso é tudo treta. Vou ser franco, ainda não li o tópico todo e eventualmente esta questão já foi discutida aqui. Se for esse o caso terei tempo para me redimir por pegar neste teu comentário.
Essa da categorização dos subsídios em despesa é muito bonito de se ver enquanto não nos atinge a nós. Cortar a remuneração dos trabalhadadores é exactamente como a imposição de um imposto, passo o pleonasmo.
Já os brasileiros dizem " Pimenta no cú dos outros para mim é refresco".
JMHP Escreveu:Como é que sabes que o governo já cortou demasiado na saúde e educação?!
Curioso a conversa que estive recentemente com uma amiga médica quando me disse que apesar dos cortes e da austeridade ainda existe muito desperdício e lobbies na saúde para eliminar.
Mas este desperdício e lobbies são os salários? Uma coisa é corte de salários, outra (que é o que está a acontecer) é só corte de salários...
Já agora, tem havido muitos cortes na saúde e na educação e não noutros sectores dispensáveis porque os responsáveis, muitas vezes colocados politicamente, não abdicam deles.
Suponhamos por exemplo um serviço com 10 ou 20 funcionários que não tem atribuição nenhuma e onde a única pessoa que trabalha é a senhora da limpeza que de vez em quando lá vai passar um pano. Quando se pergunta ao responsável onde é que se pode cortar, responderá logo que em lado nenhum, porque já só tem uma secretária, um motorista, etc... Na verdade, não vai admitir que pode fazer cortes para que não se perceba que se podia efectivamente cortar tudo, inclusivamente o seu próprio posto...
Agora um director de um hospital ou de uma escola está mais à vontade para cortar no pessoal porque sabe, pela imprescindibilidade do seu serviço, que o seu próprio lugar está garantido.
Criou-se assim esta situação perversa onde são os serviços mais importantes que estão a sofrer os cortes...
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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artista Escreveu:No seguimento do que escreveste (e eu próprio), se ainda há cortes a fazer e se o estado já gasta com os seus trabalhadores, em média, menos do que os países da UE, isso quererá dizer que já estará a cortar de mais em alguns serviços para manter outros menos necessários! Como tenho defendido, na saúde e educação, o estado já cortou mais do que devia, e fez isso ao mesmo tempo que mantém tachos e outras regalias para muitos... e é engraçado que a primeira coisa que passa pela cabeça do PPC, quando lhe perguntam como recuperará o dinheiro dos subsídios em 2013, são mais cortes da saúde e educação!![]()
Como é que sabes que o governo já cortou demasiado na saúde e educação?!
Curioso a conversa que estive recentemente com uma amiga médica quando me disse que apesar dos cortes e da austeridade ainda existe muito desperdício e lobbies na saúde para eliminar.
Mas interessante foi o final da nossa conversa:
Ela - .... No final quem perde são as pessoas que vão perder qualidade nos serviços.
Eu - Mas porque poderás ganhar menos, isso implica uma diminuição da qualidade e capacidade do teu trabalho?!
Ela - Não, não mas... É complicado viver nesta austeridade.

Por fim, convém recordar que o défice do sector da saúde atingiu a impressionante quantia de 170 milhões de Euros somente no 1º trimestre... A este ritmo teremos mais um buraco entre muitos outros para "tapar".
Estou de acordo.
Achei aquela declaração do mais insultuoso e revoltante que há.
E lembro-me que comentei isso mesmo logo que ele a proferiu.
Não está a cortar no salário com impostos , etc , mas está a cortar no que de mais importante há para as pessoas e para as futuras gerações , sem nem sequer lhe passar pela cabeça cortar em despesas absurdas e aberrantes que por aí aos montes e vocês já por aqui citaram várias vezes.
A330
Achei aquela declaração do mais insultuoso e revoltante que há.
E lembro-me que comentei isso mesmo logo que ele a proferiu.
Não está a cortar no salário com impostos , etc , mas está a cortar no que de mais importante há para as pessoas e para as futuras gerações , sem nem sequer lhe passar pela cabeça cortar em despesas absurdas e aberrantes que por aí aos montes e vocês já por aqui citaram várias vezes.
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A-330 Escreveu:artista Escreveu:alexandre7ias Escreveu:O peso dos salários dos trabalhadores do setor público português em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair abaixo da média da zona euro em 2012, para mínimos de há 16 anos, revela um estudo sindical, hoje divulgado.
Isto é em 2012, com os cortes previstos para 2013 ainda será menos... se alguém tinha dúvidas de que os salários que o estado paga não são altos em função do PIB está aqui uma evidência. Pela parte que me toca tenho insistido bastante neste ponto!Elias Escreveu:Na verdade estava a pensar no corte da despesa... quanto é que será possível cortar e onde?
Assim de repente:
Redução média de 5% nas pensões acima dos 1500 euros, tal como estava previsto no memorando de entendimento, tal como tiveram já os trabalhadores no ativo! (na realidade eu até acho que nos pensionistas se podia ir um pouco além dos 5% já que estes estão muito beneficiados relativamente aos outros).
Renegociação das PPP... ainda não percebi porque é que este assunto está tão atrasado!?
![]()
Fusão de municípios e freguesias... mas um assunto que teima em não andar, porque será?!
(na educação agruparam-se escolas de um dia para o outro, mas naquilo que mexe com os taxos partidários as coisas andam a passo de caracol, pode ser que se encontre forma de não ser precisa!
)
Redução das estruturas político/partidárias...
Se houver necessidade de ir aos subsídios (férias e Natal) parece-me claro que tem de ser ir a todos... os responsáveis pelo monstro da dívida são os governates, não é o estado! Foram os governantes de que geriram mal o país, logo temos de ser todos a pagar a dívida... todos votamos, ou temos o direito de votar, para escolher os governantes, não podemos dizer que são apenas os outros que têm de pagar!
O problema não é os salários da função pública serem altos.Não são. O problema é que em muitos setores da função pública há gente a mais a fazer de menos.
E isso é corroborado por si quando diz mais adiante no seu post defende a fusão de municípios e freguesias.É claro que os tachos políticos seriam drasticamente reduzidos , mas os funcionários públicos que aí trabalham também ficariam sem emprego.Ou ociosos e nós a pagar.
Estou totalmente de acordo que há muito onde cortar, e tenho dito isto por aqui diversas vezes.Mas ao final , o corte na despesa acabará por ter que chegar ao funcionalismo público.
Ainda que nos transformasse-mos em uma Suécia de um dia para outro , pessoas teriam que ir para a rua se quiséssemos um estado eficiente.
É pena? Sem dúvida , mas mais vale o sacrifício de uns do que de todos.
Eu concordo com tudo o que disseste...
O que eu quis passar, talvez não tenha ficado explícito, é que os trabalhadores do estado não ganham muito (embora hajam muitas desigualdades e talvez alguns ganhem mais do que deviam e outros menos do que deviam, pelo menos comparativamente, há uns favorecidos em relação a outros sem qualquer justificação), o estado está até provavelmente a gastar menos do que devia com os trabalhadores. Isso quererá dizer que os serviços que presta estão já abaixo do que seria desejável, algo que defendo que já está a acontecer e que se agravará significativamente no futuro próximo.
No seguimento do que escreveste (e eu próprio), se ainda há cortes a fazer e se o estado já gasta com os seus trabalhadores, em média, menos do que os países da UE, isso quererá dizer que já estará a cortar de mais em alguns serviços para manter outros menos necessários! Como tenho defendido, na saúde e educação, o estado já cortou mais do que devia, e fez isso ao mesmo tempo que mantém tachos e outras regalias para muitos... e é engraçado que a primeira coisa que passa pela cabeça do PPC, quando lhe perguntam como recuperará o dinheiro dos subsídios em 2013, são mais cortes da saúde e educação!


Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Elias Escreveu:A-330 Escreveu:Isso é o que torcemos todos , mesmo não havendo crise.Não sejamos hipócritas.
Mas essa é também a filosofia do socialismo: que sejam os outros a pagar
Ah..então também é a teoria do socialismo você preferir que seja outro a estar doente em vez de você?:wink:
A330
Editado pela última vez por A330-300 em 17/7/2012 10:15, num total de 1 vez.
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altrio Escreveu:A-330 Escreveu:É pena? Sem dúvida , mas mais vale o sacrifício de uns do que de todos.
Desde que tu estejas nos outros...
Isso é o que torcemos todos , mesmo não havendo crise.Não sejamos hipócritas.
Agora ,o fato é que esta crise Já fez vítimas. Acha então que porque foram uns tem que ir todos para a bancarrota?
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Função Pública prepara acções para pedir devolução de subsídios
Denise Fernandes e Cristina Oliveira Silva
17/07/12 00:05
Vários sindicatos estão a estudar a melhor forma de contestar a suspensão dos subsídios.
Vários sindicatos da Função Pública estão a estudar formas de exigir o pagamento dos subsídios de férias e de Natal suspensos este ano. "Vamos fazer tudo o que for possível: recorrer aos tribunais, pedir pareceres a constitucionalistas para que fique tudo esclarecido e para que seja retomado o princípio da confiança e da segurança jurídica", afirmou ao Diário Económico José Abraão, da Frente Sindical (Fesap).
O dirigente considera que "muita água vai ainda correr debaixo da ponte", mas mostra-se optimista quanto à possibilidade de os subsídios deste ano serem pagos. Isto apesar de a decisão de inconstitucionalidade, pelo Tribunal Constitucional (TC), só ter efeitos a partir de 2013. Porém, o constitucionalista Rui Medeiros, em entrevista ao Jornal de Negócios, afirmou que é provável que os tribunais venham a decretar o pagamento do subsídio de Natal este ano a trabalhadores que contestem.
José Abraão conta que já antes de ser conhecida a posição do TC, existiam várias acções a decorrer em tribunal, "colocadas em termos individuais e também por sindicatos e que ainda não foram julgadas". Agora, as expectativas aumentaram.[CORTE_EDIMPRESSA]
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) também está a estudar formas de avançar com acções que resultem na devolução do subsídio de férias e na "não aplicação" dos cortes no subsídio de Natal. Já houve "mais de uma dúzia" de pessoas que suscitaram a questão junto do sindicato, diz Bettencourt Picanço.
Também Carlos Almeida, do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), conta que estão a ser equacionados "todos os cenários possíveis para ver o que se pode fazer ainda este ano". "Podemos, por exemplo, recorrer ao Tribunal Europeu de Função Pública", afirmou. O SOJ também contesta as orientações dadas pelo Governo aos serviços, instruindo-os a preparar o Orçamento do Estado para 2013 assumindo que os subsídios não serão pagos. Para o SOJ, isto significa que o Governo faz "tábua rasa" do acórdão do TC e, por isso, o sindicato apresentou queixa contra o Governo ao Provedor de Justiça.
artista Escreveu:alexandre7ias Escreveu:O peso dos salários dos trabalhadores do setor público português em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair abaixo da média da zona euro em 2012, para mínimos de há 16 anos, revela um estudo sindical, hoje divulgado.
Isto é em 2012, com os cortes previstos para 2013 ainda será menos... se alguém tinha dúvidas de que os salários que o estado paga não são altos em função do PIB está aqui uma evidência. Pela parte que me toca tenho insistido bastante neste ponto!Elias Escreveu:Na verdade estava a pensar no corte da despesa... quanto é que será possível cortar e onde?
Assim de repente:
Redução média de 5% nas pensões acima dos 1500 euros, tal como estava previsto no memorando de entendimento, tal como tiveram já os trabalhadores no ativo! (na realidade eu até acho que nos pensionistas se podia ir um pouco além dos 5% já que estes estão muito beneficiados relativamente aos outros).
Renegociação das PPP... ainda não percebi porque é que este assunto está tão atrasado!?
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Fusão de municípios e freguesias... mas um assunto que teima em não andar, porque será?!
(na educação agruparam-se escolas de um dia para o outro, mas naquilo que mexe com os taxos partidários as coisas andam a passo de caracol, pode ser que se encontre forma de não ser precisa!
)
Redução das estruturas político/partidárias...
Se houver necessidade de ir aos subsídios (férias e Natal) parece-me claro que tem de ser ir a todos... os responsáveis pelo monstro da dívida são os governates, não é o estado! Foram os governantes de que geriram mal o país, logo temos de ser todos a pagar a dívida... todos votamos, ou temos o direito de votar, para escolher os governantes, não podemos dizer que são apenas os outros que têm de pagar!
O problema não é os salários da função pública serem altos.Não são. O problema é que em muitos setores da função pública há gente a mais a fazer de menos.
E isso é corroborado por si quando diz mais adiante no seu post defende a fusão de municípios e freguesias.É claro que os tachos políticos seriam drasticamente reduzidos , mas os funcionários públicos que aí trabalham também ficariam sem emprego.Ou ociosos e nós a pagar.
Estou totalmente de acordo que há muito onde cortar, e tenho dito isto por aqui diversas vezes.Mas ao final , o corte na despesa acabará por ter que chegar ao funcionalismo público.
Ainda que nos transformasse-mos em uma Suécia de um dia para outro , pessoas teriam que ir para a rua se quiséssemos um estado eficiente.
É pena? Sem dúvida , mas mais vale o sacrifício de uns do que de todos.
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alexandre7ias Escreveu:O peso dos salários dos trabalhadores do setor público português em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair abaixo da média da zona euro em 2012, para mínimos de há 16 anos, revela um estudo sindical, hoje divulgado.
Isto é em 2012, com os cortes previstos para 2013 ainda será menos... se alguém tinha dúvidas de que os salários que o estado paga não são altos em função do PIB está aqui uma evidência. Pela parte que me toca tenho insistido bastante neste ponto!
Elias Escreveu:Na verdade estava a pensar no corte da despesa... quanto é que será possível cortar e onde?
Assim de repente:







Se houver necessidade de ir aos subsídios (férias e Natal) parece-me claro que tem de ser ir a todos... os responsáveis pelo monstro da dívida são os governates, não é o estado! Foram os governantes de que geriram mal o país, logo temos de ser todos a pagar a dívida... todos votamos, ou temos o direito de votar, para escolher os governantes, não podemos dizer que são apenas os outros que têm de pagar!
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Elias Escreveu:Na verdade estava a pensar no corte da despesa... quanto é que será possível cortar e onde?
Quanto? Não sei mas é muito.
Onde? Na defesa!
Esta é uma área que no tempo actual, dentro de uma União, constitui um verdadeiro desperdício de recursos financeiros ao continuar cada Estado membro a manter essas enormes estruturas.
A guerra hoje, como quase tudo, também já não é o que era. Mas, sabe-se lá porquê, não tenho visto quem quer que seja a tocar neste assunto. Melindroso demais?
A política de defesa da UE deveria apontar para uma estrutura única, que poderia estar geográficamente desdobrada, constituída por contribuições de cada Estado e fazendo parte da Nato.
Isto é apenas o esboço de um pensamento...

Se lhe quiserem dar continuidade... be my guest.

Elias Escreveu:Sinner Escreveu:Do lado da despesa retirando a questão das PPP, tenho de concordar com PPC quando diz que os Portugueses vão ter de escolher entre menos Saúde ou Educação ou mesmo menos das duas.
Esta visão do PPC é um pouco redutora na medida em que há outras parcelas nessa equação que estão a ser omitidas, nomeadamente: segurança, justiça, prestações sociais, infraestruturas...
Exato, sobretudo a das prestações sociais... ou está a fazer-se de parvo ou quer mesmo enganar os portugueses... o pior é que não tem sido difícil fazê-lo, tanto ele como todos os outros!
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Empresas Economia Buzz Faz
16.JUL.2012 18:17
Peso dos salários da função pública cai para mínimos de 16 anos
Passos Coelho (Foto: D.R.)
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Estado denuncia que o sector está a ser o mais afectado pelos cortes do Governo
O peso dos salários dos trabalhadores do setor público português em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair abaixo da média da zona euro em 2012, para mínimos de há 16 anos, revela um estudo sindical, hoje divulgado.
"Os trabalhadores do setor público têm vindo a ser os mais castigados pelas medidas fortemente restritivas aplicadas desde 2011 e, muito em particular em 2012 (...). Pelo que o peso dos salários em Portugal deve continuar a descer para 63,3 por cento do PIB em 2012, abaixo da média da área euro 64,9 por cento", pela primeira vez, para mínimos desde 1996, segundo um trabalho elaborado pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
O documento intitulado "Quem perde mais com a crise financeira internacional?", refere ainda que em 2013, o peso dos salários destes trabalhadores deverá manter a tendência de quebra para 62,1 por cento face ao PIB, fixando-se abaixo da média da zona euro (64,5 por cento no ano em análise) para mínimos dos últimos 17 anos.
Enquanto, em 2006, o peso dos salários representava 67,2 por cento no PIB em Portugal, posicionando-se no terceiro lugar mais elevado da zona do euro, atrás da Eslováquia e da Bélgica, Portugal desce em 2013 para o nono lugar.
O estudo conclui que os países do Sul da Europa são dos que apresentam "uma diminuição mais acentuada" do peso dos salários no PIB em 2013 quando comparado com 2006.
Por seu turno, entre 2011 e 2012, os salários reais em Portugal deverão apresentar uma quebra de 12,3 por cento em termos acumulados, representando a segunda descida "mais significativa" de entre os 27 países-membros da União Europeia, a seguir à Grécia com uma descida de 14,7 por cento.
O estudo do STE diz ainda que a despesa com salários da Administração Pública vai reduzir-se em 22,3 por cento em termos acumulados em Portugal entre 2011 e 2013, o que constitui a descida "mais pronunciada" da UE-27.
Esta quebra é justificada pelo STE devido "ao grande contributo" para a perda do poder de compra dos trabalhadores em Portugal no triénio (2011-2013) que terá a ver, sobretudo, com o "elevado esforço" realizado pela generalidade dos trabalhadores, os quais viram os seus salários nominais reduzidos a partir de 2011 para os vencimentos mensais brutos acima de 1.500 euros.
Dinheiro Vivo | Lusa
.Só 29% das empresas é que pagaram IRC em 2010
16.07.2012 - 16:41 Lusa
Foto: Laura Haanpaa
O número de empresas com Pagamento Especial por Conta aumentou nos últimos anos
O número de empresas que não paga IRC voltou a aumentar e o imposto relativo ao exercício de 2010 foi pago apenas por 29%, segundo dados do ministério das Finanças hoje divulgados.
Do total de 393.891 declarações de IRC entregues ao Fisco, apenas 114.865 empresas (29% do total) apresentaram resultados que permitiram a cobrança do imposto, não tendo sido liquidado este imposto em 71% das empresas.
O número de empresas que não paga IRC em cada ano tem vindo a aumentar, passando de 66 por cento em 2008 para 69% em 2009 e para 71% do total em 2010.
Apesar destes valores, o número de empresas que acabou por entregar IRC ao Estado em 2010 foi de 297.924. Isto porque às 114.865 empresas que pagaram imposto sobre o rendimento, ainda se juntam 58.148 empresas que efectuaram Pagamento Especial por Conta (PEC) e 124.911 empresas que pagaram em 2010 IRC referente a outros exercícios fiscais.
O número de empresas com PEC tem aumentado nos últimos anos, mas muito ligeiramente: 56.596 empresas em 2008, 57.388 em 2009 e em 2010 o maior número de sempre, 58.148.
© Público Comunicação Social SA
Por falar em impostos....
Elias Escreveu:Na verdade estava a pensar no corte da despesa... quanto é que será possível cortar e onde?
Além das PPP’s que é na minha opinião uma doença crónica, vejo uma grande margem de manobra nas Autarquias.
É só passar os olhos por alguns tópicos deste fórum adicionar o que é de conhecimento público e publicado e encontramos situações aberrantes.
Começando pelo excesso de recursos humanos, empresas públicas, infraestruturas, etc, etc… Tenho consciência que tem um elevado custo político mas têm de haver coragem para o assumir.
Existem autarquias que têm menos de 10 000 eleitores com 10 freguesias, existem outras que distam entre si menos de 5 Km. Isto justificava-se no tempo em que não havia vias de comunicação e que para se atravessar um rio o barqueiro tinha de estar bem-disposto e não haver cheias.
A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
Warren Buffett
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