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Caldeirão da Bolsa

TC - previsões e consequências

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: TC - previsões e consequências

por Storgoff » 21/12/2013 1:13

Elias Escreveu:
Storgoff Escreveu:Quanto ao facto da TSU ser ou não ser uma taxa. Técnicamente, como o sistema de pensões está montado a TSU apresenta tanto características dum imposto como de taxa.


Sim e não. Uma taxa pressupõe a prestação dum serviço.

Ora eu já contribuí durante muitos anos e não recebi nada em troca, nem sei se alguma vez vou receber. Na minha opinião é um imposto travestido de taxa.

Mas não é caso único: há mais impostos travestidos de taxa. Olha uns exemplos:

- a "sobretaxa de IRS" - é um "sobreimposto" mas como ficaria mal assumir que se trata de um imposto, aplica-se o termo taxa; não há qualquer serviço prestado
- a "taxa especial (ou adicional) de solidariedade" - idem idem aspas aspas
- taxa de segurança alimentar que foi imposta às empresas de distribuição
- taxa sobre o sector energético


É que há a Taxa e a taxa de imposto.
:D

Essas que citas no final são taxas de imposto.
Confuso?
8-)

Relativamenta à taxa que estávamos a falar ela tem características de imposto porque na pratica o que se desconta serve basicamente para pagar as prestações sociais dos outros e não de si próprio mas por outro lado tem características de Taxa porque de facto ao descontares passas a ter direito a um conjunto de prestações sociais que de outra forma não terias ( Subsidio de desemprego, baixa médica ) e no caso das pensões apesar de tudo há alguma relação entre o que descontas e o que irás receber mais tarde como pensionista.
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Elias » 20/12/2013 23:52

Storgoff Escreveu:Quanto ao facto da TSU ser ou não ser uma taxa. Técnicamente, como o sistema de pensões está montado a TSU apresenta tanto características dum imposto como de taxa.


Sim e não. Uma taxa pressupõe a prestação dum serviço.

Ora eu já contribuí durante muitos anos e não recebi nada em troca, nem sei se alguma vez vou receber. Na minha opinião é um imposto travestido de taxa.

Mas não é caso único: há mais impostos travestidos de taxa. Olha uns exemplos:

- a "sobretaxa de IRS" - é um "sobreimposto" mas como ficaria mal assumir que se trata de um imposto, aplica-se o termo taxa; não há qualquer serviço prestado
- a "taxa especial (ou adicional) de solidariedade" - idem idem aspas aspas
- taxa de segurança alimentar que foi imposta às empresas de distribuição
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Re: TC - previsões e consequências

por Storgoff » 20/12/2013 23:39

Elias Escreveu:
Hyoga Escreveu:Permita-me discordar das suas conclusões.
A premissa lançada pelo outro forista era o fim da obrigatoriedade de desconto de quem exerceu atividades remuneradas.
Com o fim da obrigatoriedade, quem é que iria querer descontar algo? É impraticável.
Hoje em dia, quem desconta sabe que pouco ou nada irá receber, pelo que...
Como o outro forista disse: opta-se por não descontar, sabendo que não se irá receber. Então qual é a lógica de depois dar uma pensão mínima depois?


Percebo o raciocínio, mas deixa-me dizer-te que não estás a ver o filme todo.

A questão é que mesmo que os descontos fossem facultativos e mesmo que por hipótese ninguem descontasse, na prática toda a gente iria descontar através dos impostos.

Aliás isso já acontece hoje, pois como a TSU não é suficiente para pagar todas as pensões, a SS tem um défice enorme (aka buraco). O Estado faz transferências para a SS, o que significa que o défice é financiado pelos impostos.

Aliás, convenhamos que a TSU chama-se taxa mas não é taxa nenhuma: é um imposto. Por mim podiam acabar com a TSU (ou seja, "ninguém desconta"), aumentavam-se os impostos todos e estava resolvida a questão. :lol:


Mais de 30% das receitas da SS vem do OE o que significa basicamente que provem da receita de impostos.
Só as pensões levam mais de 80% das receitas.
No fundo já estamos numa situação que todos os que pagam algum tipo de imposto ( nem que seja só o IVA) já contribuem para as pensões.

Claro que se de repente tornássemos a TSU facultativa isso no imediato era um rombo insuportável. Só mesmo com um brutal confisco se conseguia aguentar a situação e nada garantia que muitos desses que deixariam de contribuir não viessem no futuro a solicitar a pensão mínima.

Quanto ao facto da TSU ser ou não ser uma taxa. Técnicamente, como o sistema de pensões está montado a TSU apresenta tanto características dum imposto como de taxa.
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 23:37

Elias Escreveu:
Hyoga Escreveu:Permita-me discordar das suas conclusões.
A premissa lançada pelo outro forista era o fim da obrigatoriedade de desconto de quem exerceu atividades remuneradas.
Com o fim da obrigatoriedade, quem é que iria querer descontar algo? É impraticável.
Hoje em dia, quem desconta sabe que pouco ou nada irá receber, pelo que...
Como o outro forista disse: opta-se por não descontar, sabendo que não se irá receber. Então qual é a lógica de depois dar uma pensão mínima depois?


Percebo o raciocínio, mas deixa-me dizer-te que não estás a ver o filme todo.

A questão é que mesmo que os descontos fossem facultativos e mesmo que por hipótese ninguem descontasse, na prática toda a gente iria descontar através dos impostos.

Aliás isso já acontece hoje, pois como a TSU não é suficiente para pagar todas as pensões, a SS tem um défice enorme (aka buraco). O Estado faz transferências para a SS, o que significa que o défice é financiado pelos impostos.

Aliás, convenhamos que a TSU chama-se taxa mas não é taxa nenhuma: é um imposto. Por mim podiam acabar com a TSU (ou seja, "ninguém desconta"), aumentavam-se os impostos todos e estava resolvida a questão. :lol:

______________

São filmes diferentes ;)

Sim, os descontos actuais não cobrem tudo porque já há mais gente a receber do que a descontar. Impostos como o IVA e receitas dos jogos de sorte/azar também servem para a SSocial.
A questão é saber até que ponto os impostos teriam de subir para pagar as pensões (creio que só 1% do valor de IVA vai para a Seg. Social). Sem descontos dos trabalhadores, deveria ser impossível financiar pensões só através de impostos.

O que se poderia fazer é um sistema como creio que existe na Suécia ou Suíça: contas individuais. Há um desconto mínimo para uma pensão mínima e se a pessoa quiser poupar mais para ter uma reforma maior, fá-lo numa conta individual. Não sei até que ponto isto seria compatível com a situação/mentalidade portuguesa.

Os meus 2 tostões: com o fraco crescimento económico, desemprego crescente, emigração dos jovens, envelhecimento nominal e proporcional da pop., etc. isto vai dar o berro em 10-20 anos. Depois virá a questão dos "mean-tested benefits", ou seja só terão acesso a serviços do Estado as pessoas que não tiverem nada. Se por um lado é justo, por outro desincentiva a poupança e incentiva o hedonismo (gastar enquanto se pode).
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Elias » 20/12/2013 23:30

Lol HU, a questão é que as pensões JÁ SÃO PAGAS em grande parte pelo OE.
A TSU é uma fantochada porque não serve o fim para o qual foi criada.
Por isso mais valia acabarem com ela.

Mudarei de opinião no dia em que a SS for auto-suficiente (ou seja: no dia de São Nunca :mrgreen:)
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Laribau » 20/12/2013 23:24

Elias Escreveu:
Hyoga Escreveu:Permita-me discordar das suas conclusões.
A premissa lançada pelo outro forista era o fim da obrigatoriedade de desconto de quem exerceu atividades remuneradas.
Com o fim da obrigatoriedade, quem é que iria querer descontar algo? É impraticável.
Hoje em dia, quem desconta sabe que pouco ou nada irá receber, pelo que...
Como o outro forista disse: opta-se por não descontar, sabendo que não se irá receber. Então qual é a lógica de depois dar uma pensão mínima depois?


Percebo o raciocínio, mas deixa-me dizer-te que não estás a ver o filme todo.

A questão é que mesmo que os descontos fossem facultativos e mesmo que por hipótese ninguem descontasse, na prática toda a gente iria descontar através dos impostos.

Aliás isso já acontece hoje, pois como a TSU não é suficiente para pagar todas as pensões, a SS tem um défice enorme (aka buraco). O Estado faz transferências para a SS, o que significa que o défice é financiado pelos impostos.

Aliás, convenhamos que a TSU chama-se taxa mas não é taxa nenhuma: é um imposto. Por mim podiam acabar com a TSU (ou seja, "ninguém desconta"), aumentavam-se os impostos todos e estava resolvida a questão. :lol:


O Elias tem uma posição muito perto da do BE...!
Eh... Eh... Eh...
Eles dizem mais ou menos o mesmo. Pensões paga pelo OE e "prontes.. !"

:mrgreen:
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Re: TC - previsões e consequências

por Elias » 20/12/2013 23:16

Hyoga Escreveu:Permita-me discordar das suas conclusões.
A premissa lançada pelo outro forista era o fim da obrigatoriedade de desconto de quem exerceu atividades remuneradas.
Com o fim da obrigatoriedade, quem é que iria querer descontar algo? É impraticável.
Hoje em dia, quem desconta sabe que pouco ou nada irá receber, pelo que...
Como o outro forista disse: opta-se por não descontar, sabendo que não se irá receber. Então qual é a lógica de depois dar uma pensão mínima depois?


Percebo o raciocínio, mas deixa-me dizer-te que não estás a ver o filme todo.

A questão é que mesmo que os descontos fossem facultativos e mesmo que por hipótese ninguem descontasse, na prática toda a gente iria descontar através dos impostos.

Aliás isso já acontece hoje, pois como a TSU não é suficiente para pagar todas as pensões, a SS tem um défice enorme (aka buraco). O Estado faz transferências para a SS, o que significa que o défice é financiado pelos impostos.

Aliás, convenhamos que a TSU chama-se taxa mas não é taxa nenhuma: é um imposto. Por mim podiam acabar com a TSU (ou seja, "ninguém desconta"), aumentavam-se os impostos todos e estava resolvida a questão. :lol:
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 22:58

Storgoff Escreveu:
Hyoga Escreveu:PS. Já agora: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 935&seccao
----------
"
Mas, ao contrário do que se passa com o RSI e o CSI, não se exige prova de que o recipiente precisa desse valor. Que corresponde, anualmente, a mais de três mil milhões de euros.
"Ai coitadinhos dos pobres velhinhos", está a pensar. Idosos serão - como aqueles a quem a convergência cortaria as pensões. Mas pobres? Um estudo de 2001 garante que só 31,25% o serão. Imponha-se, como condição para receber o tal "acrescento", a prova de recursos e a poupança facilmente ultrapassa mil milhões.
"
Esse estudo de 2001...e os mil milhões referidos pela autora...

Mas como se chegou a esses valores? Como se sabe o património daqueles que recebem a pensão mínima? Acho meio estranho que alguém tenha acesso a esses dados (casas, terrenos, carros, depósitos, etc.). Parece quase Big Brother e duvido que num país como o nosso exista essa centralização de dados. Existe toda a questão da recolha de dados (sigilo bancário, avaliação de património, etc.) e depois a questão da protecção de dados. Acho difícil terem chegado a esses valores e quiçá de forma pouco ética, para não dizer ilegal.



Essa citação é da autoria da Fernanda Câncio, a ex-namorada do Sócrates.
Muito radical que ela é!!!

Quanto à questão que levantas ela já é possível clarificar para o RSI.
Essa foi uma das formas de o governo cortar forte nesse subsídio.


______________________
Sim, a questão é que nestes casos, a pessoa apresentou declarações ou deu autorização aos serviços do Estado para verificarem o seu património (Bdp, bancos, Finanças, etc.). Ou seja, houve um consentimento da pessoa para que o Estado aferisse o património pessoal.
Sem essa autorização, quer pela legalidade quer pela dificuldade de "vasculhar" todas as contas bancárias e património de uma pessoa, creio que esses valores apresentados pela autora são surpreendentes (ainda para mais em 2001, quando não havia tantos cruzamentos de dados).
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 22:49

Elias Escreveu:
Hyoga Escreveu:E quando elas estiverem velhas e a passar dificuldades porque não foram obrigadas a descontar? Vai-se dizer "não descontou, agora desenrasque-se, morra para aí"...


Será um pouco diferente: a esses paga-se uma pensão de velhice ou de invalidez ou de sobrevivência ou de inserção ou com outro nome qualquer.

E de onde vem o dinheiro para pagar essas pensões? Ah, isso é fácil: usa-se o dinheiro daqueles que descontam. Basicamente não é muito diferente do que já existe hoje... :P

_____________________

Permita-me discordar das suas conclusões.
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Re: TC - previsões e consequências

por Storgoff » 20/12/2013 22:42

Hyoga Escreveu:PS. Já agora: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 935&seccao
----------
"
Mas, ao contrário do que se passa com o RSI e o CSI, não se exige prova de que o recipiente precisa desse valor. Que corresponde, anualmente, a mais de três mil milhões de euros.
"Ai coitadinhos dos pobres velhinhos", está a pensar. Idosos serão - como aqueles a quem a convergência cortaria as pensões. Mas pobres? Um estudo de 2001 garante que só 31,25% o serão. Imponha-se, como condição para receber o tal "acrescento", a prova de recursos e a poupança facilmente ultrapassa mil milhões.
"
Esse estudo de 2001...e os mil milhões referidos pela autora...

Mas como se chegou a esses valores? Como se sabe o património daqueles que recebem a pensão mínima? Acho meio estranho que alguém tenha acesso a esses dados (casas, terrenos, carros, depósitos, etc.). Parece quase Big Brother e duvido que num país como o nosso exista essa centralização de dados. Existe toda a questão da recolha de dados (sigilo bancário, avaliação de património, etc.) e depois a questão da protecção de dados. Acho difícil terem chegado a esses valores e quiçá de forma pouco ética, para não dizer ilegal.



Essa citação é da autoria da Fernanda Câncio, a ex-namorada do Sócrates.
Muito radical que ela é!!!

Quanto à questão que levantas ela já é possível clarificar para o RSI.
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 22:41

Desculpem mais um post, mas aqui fica o link de um artigo do Sec. Hélder Rosalino (http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... a_cga.html). O homem, tal como Gaspar, vai voltar ao BdP: mais $ e menos cabelos brancos e olheiras.
A evolução dos sistemas de pensões em Portugal – o caso particular da CGA

Os 603 000 FP reformados da CGA e as suas famílias poderão dizer que os n.ºs são falsos, mas pronto...
São muitos votos...
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Elias » 20/12/2013 22:39

Hyoga Escreveu:E quando elas estiverem velhas e a passar dificuldades porque não foram obrigadas a descontar? Vai-se dizer "não descontou, agora desenrasque-se, morra para aí"...


Será um pouco diferente: a esses paga-se uma pensão de velhice ou de invalidez ou de sobrevivência ou de inserção ou com outro nome qualquer.

E de onde vem o dinheiro para pagar essas pensões? Ah, isso é fácil: usa-se o dinheiro daqueles que descontam. Basicamente não é muito diferente do que já existe hoje... :P
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 22:34

toxinferno Escreveu:Se como alguns dizem, o que os FP descontam não chega para a sua reforma, dêm oportunidade de não descontar com a garantia de não receber reforma. Acredito que a maioria aceitava. Cerca de 40 anos a pôr num PPR cerca de 450 euros para um salario liquido de 1000 euros dá 216000 euros, o que chega para 18 anos fora os juros. Acho que a maioria não chega aos 84 anos... (reforma aos 66).
Por outro lado esse dinheiro podia ser investido e viver-se dos rendimentos p.e.


---------------------------------------------------------
Não descontar e não receber: Isso nunca iria resultar. Os que agora mais descontam, não iriam querer descontar e depois o sistema ainda ficava mais deficitário. Todos quer pobres, quer ricos diriam "não quero descontar e depois logo se vê"...
Depois não receber: como? Publica-se em DR uma foto com o nome das pessoas. E quando elas estiverem velhas e a passar dificuldades porque não foram obrigadas a descontar? Vai-se dizer "não descontou, agora desenrasque-se, morra para aí"...
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 22:24

PS. Já agora: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 935&seccao[/quote]
----------
"
Mas, ao contrário do que se passa com o RSI e o CSI, não se exige prova de que o recipiente precisa desse valor. Que corresponde, anualmente, a mais de três mil milhões de euros.
"Ai coitadinhos dos pobres velhinhos", está a pensar. Idosos serão - como aqueles a quem a convergência cortaria as pensões. Mas pobres? Um estudo de 2001 garante que só 31,25% o serão. Imponha-se, como condição para receber o tal "acrescento", a prova de recursos e a poupança facilmente ultrapassa mil milhões.
"
Esse estudo de 2001...e os mil milhões referidos pela autora...

Mas como se chegou a esses valores? Como se sabe o património daqueles que recebem a pensão mínima? Acho meio estranho que alguém tenha acesso a esses dados (casas, terrenos, carros, depósitos, etc.). Parece quase Big Brother e duvido que num país como o nosso exista essa centralização de dados. Existe toda a questão da recolha de dados (sigilo bancário, avaliação de património, etc.) e depois a questão da protecção de dados. Acho difícil terem chegado a esses valores e quiçá de forma pouco ética, para não dizer ilegal.
 
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Re: TC - previsões e consequências

por 50_paus » 20/12/2013 21:45

Se como alguns dizem, o que os FP descontam não chega para a sua reforma, dêm oportunidade de não descontar com a garantia de não receber reforma. Acredito que a maioria aceitava. Cerca de 40 anos a pôr num PPR cerca de 450 euros para um salario liquido de 1000 euros dá 216000 euros, o que chega para 18 anos fora os juros. Acho que a maioria não chega aos 84 anos... (reforma aos 66).
Por outro lado esse dinheiro podia ser investido e viver-se dos rendimentos p.e.
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Laribau » 20/12/2013 20:50

Editado
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

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Re: TC - previsões e consequências

por Laribau » 20/12/2013 20:35

migluso Escreveu:
HU Escreveu:Nota: estavas à espera de uma resposta tipo... não pagamos a dívida. Confessa lá ! 8-)


........................

O despedimento ou a mobilidade de funcionários públicos já foi declarado inconstitucional.
Os custos com trabalhadores do estado e reformados representam cerca de 70% da despesa pública.
Vá lá, tu ao menos admites que concordaste com o brutal aumento de impostos, ou melhor, até consideras que foi pouco e que é preciso ainda mais. Louvo-te a honestidade.

Não me refiro a ti, mas acho extraordinário que se refiram a 400 milhões de paus como se fossem peanuts.
Pois para mim um milhão que seja é muito dinheiro. E a sua gestão merece um cuidado muito maior quando não é nosso e provém do confisco às pessoas (nenhum aumento de impostos foi escrutinado pelo voto, logo é confisco).
.............................
.




Vamos por partes:
- O despedimento e a mobilidade foi declarado inconstitucional nos termos propostos pelo governo. O TC deixou bem claro que a inconstitucionalidade se devia à forma e não à substância.
- Os salários do Estado acrescidos dos custos intermédios representam uma grossa fatia, e é aí, nessa grossa fatia que tem que haver racionalidade. Não nos reformados que já não podem fazer nada ( estou a falar nos reformados "a sério").
- Eu só não concordo com o brutal aumento de impostos porque se não lhe vê o fim. Isto é, não foi acompanhado das medidas que se impunham na redução da despesa, nos termos que enunciei, não nos termos que o governo a quer fazer ( e ainda assim, tarde e a más horas). Se assim fosse, saberíamos quando começou, para que serve e quando previsivelmente acaba. Ou seja os impostos iriam diminuindo à medida que a racionalidade fosse introduzida na despesa do Estado.
- 400 milhões não são "penauts" nem deixam de ser. Depende do contexto em que se fala de 400 milhões.

Não concordando com o excesso de imobilismo assinalado à "esquerda", também não concordo com o liberalismo à moda do Passos, sobretudo porque é cego e decerta forma até incompetente e injusto na implementação do seu próprio programa.

Prontos.... ! como diriam alguns. :)

PS. Já agora: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 935&seccao
Editado pela última vez por Laribau em 20/12/2013 20:52, num total de 1 vez.
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Re: TC - previsões e consequências

por Di120 » 20/12/2013 17:57

Ulisses Pereira Escreveu:DI120, não percebeste que a tua postura de "amanhã vai acontecer isto e aquilo e eu vou ganhar montes de $$$" gera mau estar? Que quem chega ao Caldeirão e diz que sabe o que o mercado vai fazer e que vai fartar de se facturar, assume um papel de adivinho e campeão que as pessoas não gostam?

Ontem quando lia os teus posts pensei: Amanhã, se o mercado não se afundar (como era previsível pela antecipação de uma notícia que er amais que previsível) este Tdi vai levar na cabeça. E claro que foi o que aconteceu.

Há posturas que levam a contestação. A tua é uma delas.


Mas porquê???

O tuga com o que deve protestar não protesta, mas para se meter em picárdias é aos molhos, é claro que isto não se aplica aos moderadores.

As casas de investimento fazem exatamente o mesmo e o "povão" vai a correr no sentido daquilo que são as opiniões dos bruxos mor, um utilizador do forum não pode manifestar a sua opinião, após um chumbo tão aguardado, daquilo que será a sua atitude perante os mercados, fica meio mundo enfurecido a cuspir raiva e agressividade... que coisa, depois levam por tabela.

Em democracia, desde que haja respeito mútuo, é preciso saber ouvir e partilhar opiniões e modos de estar no mercado diverso daquilo que existe na nossa caixinha.

Vamos lá esquecer e ir de fim de semana, Já agora bebam um bom vinho para brindar o dia de hoje e servir de um bom presságio para segunda. \:D/

PS: "I hate weekends because there is no stock market."
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Re: TC - previsões e consequências

por migluso » 20/12/2013 17:17

mcarvalho Escreveu:Migueluso

penso que , com este chumbo previsto pelo governo ( por unanimidade) e como já escrevi lá atrás, têm justificação para tomar outras atitudes que fazem parte das reformas que pretendem implementar ... Depois de tudo "rapado" então vão às reformas dos velhos , nem que para isso alterem a constituição


abraço

mcarvalho


Eu já não sei nada Mário, ou melhor, nunca soube...
Não estou a ver alternativas de medidas com impacto orçamental que não passem por mais e mais impostos.
O que me aborrece é o brutal aumento de impostos não ser escrutinado pelo voto popular.
Que ***** de democracia é esta?!?

Mas, por estes dias, nem quero pensar nisso.

Quero é Paz, Amor e Família (e que o Sporting ganhe :))...

Um abraço e desejo-te um Feliz Natal e um Bom Ano de 2014 para ti e todos os que te são próximos.

Feliz Natal e Bom Ano de 2014 para todos.
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Re: TC - previsões e consequências

por migluso » 20/12/2013 17:05

HU Escreveu:Nota: estavas à espera de uma resposta tipo... não pagamos a dívida. Confessa lá ! 8-)


Não tinha imaginado nada, a sério, mas aproveito para agradecer a tua resposta.

O despedimento ou a mobilidade de funcionários públicos já foi declarado inconstitucional.
Os custos com trabalhadores do estado e reformados representam cerca de 70% da despesa pública.
Vá lá, tu ao menos admites que concordaste com o brutal aumento de impostos, ou melhor, até consideras que foi pouco e que é preciso ainda mais. Louvo-te a honestidade.

Não me refiro a ti, mas acho extraordinário que se refiram a 400 milhões de paus como se fossem peanuts.
Pois para mim um milhão que seja é muito dinheiro. E a sua gestão merece um cuidado muito maior quando não é nosso e provém do confisco às pessoas (nenhum aumento de impostos foi escrutinado pelo voto, logo é confisco).

Mas o que dizer então dos swaps? Apesar de tudo, parece que o governo conseguiu reduzir em 30% a "factura" para o próximo ano:
A UTAO exemplifica que, de acordo com as suas estimativas, em 2015 "os juros líquidos de 'swap' dos 60 contratos cancelados venham a contribuir, isoladamente, para agravar o saldo das administrações públicas em 0,045% do PIB [Produto Interno Bruto] desse ano", mas acrescenta que "caso não tivesse ocorrido o cancelamento o impacto seria superior, em 0,02% do PIB", ou seja, "cerca de 35 milhões de euros".


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Re: TC - previsões e consequências

por Hyoga » 20/12/2013 16:56

Sou a favor da convergência dos FP e privado.

Podem dizer o que quiserem, mas poucos serão os Portugueses que numa lógica de "contribuí-logo recebo", estão numa posição má. Se calhar só os que faleceram e nunca/pouco receberam. A esmagadora maioria já recebeu mais do que alguma vez descontou. Os regimes públicos eram muito favoráveis (todos conhecemos FPs que se reformaram aos 50 e picos com boas maquias) e também os privados (os melhores 10 dos últimos 15 anos).

A questão é que os impostos não dão para pagar o Estado Social. Logo, pede-se dinheiro emprestado.
Já Medina Carreira disse que há tanta gente a receber do Estado que é difícil mexer em algo.
Se o TC diz que não se pode cortar nos salários/reformas dos FP, o que fazer? Aumentam-se impostos ou endividamo-nos.
Nenhuma destas alternativas é boa para o futuro do País.

O $ dos salários/pensões vem do Orçamento do Estado (impostos), visto que poucos são os serviços que são rentáveis por si só. Isto a gente compreende e também há áreas em que não se pode exigir a rentabilidade, sob pena de destruirmos os progressos em termos de desenvolvimento humano.
Não se pode é matar com impostos quem puxa a carroça. Se o TC deixasse, poder-se-ia baixar os salários/pensões do Estado e aliviar o resto do País com incentivos à criação de emprego. A situação actual é insustentável, a não ser que se saia do euro e se imprima $. É uma questão de matemática.

A continuarmos assim, isto rebenta. Ou os credores chateiam-se e mandam-nos à vida (por isso têm andado a vender dívida pública aos bancos/cidadãos nacionais) ou os impostos destroem por completo a economia do País.
Como a maioria dos portugueses tem mais de 50 anos, isto afecta muita gente. Quem tem menos de 40 anos, está no outro lado da corda em inferioridade numérica.
Daqui a 5 anos a % de Portugueses abaixo de 40 anos, vai espantar muita gente.

Um país de velhos não tem futuro. Os nórdicos/germânicos é que foram espertos. Laçaram os periféricos com o euro, dinheiro fácil e agora puxam o laço e até os jovens levam...

Permitam-me comparar o benfica e sporting. Défices e dívidas. O que fazer? Corta-se despesa (salários), aumenta-se impostos (quotas dos sócios), ou pede-se dinheiro emprestado e a dívida sobe.
O Sporting cortou, cortou e toda a gente está de boca aberta!
O Benfica não cortou (até tem o 11.º treinador mais bem pago do Mundo), mas títulos...
Imaginem se o Constitucional dizia que o Sporting não podia cortar...
 
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Re: TC - previsões e consequências

por Laribau » 20/12/2013 14:02

migluso Escreveu:
HU Escreveu: Dito isto, devo salientar que não me revejo nem numa nem noutra solução, haveria certamente outras soluções mais justas e eficientes do ponto de vista económico, mas isso são outras "guerras" certamente mais difíceis de travar...!
8-)


Tenho muita curiosidade em saber quais são as outras soluções mais justas e eficientes do ponto de vista económico.



Ora cá vai para "matar" a tua curiosidade:

- Continuar ( mas a sério) a racionalização de institutos e fundações ( por exemplo, neste particular estar atento às absorções de Fundações extintas por Fundações não extintas... :wink: e esta... !)

- Auditoria financeira ás despesas de funcionamento de todos os organismos da administração pública central e local ( já que nas regionais mandam os respetivos governos regionais...! :evil: ) e também às empresas públicas. Sabias que há organismos públicos onde para além da ADSE os funcionários têm seguro de saúde?

- Auditoria operacional ás entidades acima referidas tendo como objetivo aferir a racionalidade dos recursos afetos a cada atividade e, se for o caso, racionalização dos recursos humanos com recurso ao despedimento ( isso mesmo, leste bem..! despedimento por extinção do posto de trabalho).

Etc.....

Como referi, isto são outras guerras, mas são difíceis e por isso é mais fácil cortar a eito 10 % seja no que for. Dirás que isto leva muito tempo. Talvez, mas há que começar e garanto que as poupanças iriam muito mais além dos tais 300 ou 400 milhões de Euros que agora se discutem. E entretanto ? Pois entretanto, o fardo transitório seria suportado pela coletividade ( progressivamente em função dos rendimentos e não através da sua condição de reformado ou outra qualquer). Seria um fardo mais aceitável se todos soubesse-mos o seu peso e durante quanto tempo o suportaríamos ( calendário perfeitamente definido para conclusão das atividades referidas...!).

Nota: estavas à espera de uma resposta tipo... não pagamos a dívida. Confessa lá ! 8-)
The sense of responsibility in the financial community for the community as a whole is not small. It is nearly nil. ..... So the wise in Wall Street are nearly always silent. The foolish thus have the field to themselves.

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Re: TC - previsões e consequências

por mcarvalho » 20/12/2013 13:58

Passos mantém redução do valor das pensões em pagamento em cima da mesa
20 Dezembro 2013, 12:48 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt, Ana Luísa Marques | anamarques@negocios.pt

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O primeiro-ministro não se quis comprometer com nenhuma medida para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional à convergência das pensões. Mas o corte de pensões em pagamento continua a ser uma hipótese.
O Governo, apesar do chumbo do Tribunal Constitucional à convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações, vai voltar a estudar a redução do valor das pensões em pagamento, admitiu Pedro Passos Coelho esta sexta-feira, 20 de Dezembro, em Bruxelas.

"Apesar desta decisão do Tribunal Constitucional não permitir a aplicação da medida da convergência das pensões, parece-nos claramente que acórdão revela que não é inconstitucional reduzir o valor das pensões em pagamento”, declarou o primeiro-ministro numa declaração aos jornalistas.

O Governo analisará agora, “com base numa leitura atenta do acórdão, um novo contexto para apresentar uma nova medida para atingir objectivos já declarados”.

(Notícia em actualização)
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Re: TC - previsões e consequências

por mcarvalho » 20/12/2013 13:18

OE2014 Contribuição de Solidariedade compensa corte nas pensões
Os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações ‘escaparam’ aos cortes de 10% previstos no diploma de convergência de pensões graças ao chumbo do Tribunal Constitucional (TC). Mas o mesmo não deverá suceder em relação à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), destaca o Jornal de Negócios. Uma medida que permitirá reduzir substancialmente o impacto orçamental provocado pelo chumbo do TC.
ECONOMIA Contribuição de Solidariedade compensa corte nas pensões DR
08:45 - 20 de Dezembro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto
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O Orçamento do Estado para o próximo ano, que está neste momento em Belém, prevê a aplicação aos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA), cuja reforma está acima dos 1.350 euros, da CES em termos semelhantes aos praticados este ano, ou seja, com cortes progressivos que começam nos 3,5% e chegam aos 10% nas pensões acima dos 3.750 euros.

Leia também:
Chumbo da convergência de pensões custa 388 milhões
"Chumbo" é "pesada derrota para o Governo"
"Taxa do IVA é solução alternativa ao chumbo"
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Mas, e uma vez chumbado pelos juízes do Palácio Ratton o diploma da convergência de pensões entre o sector público e o privado, estes pensionistas escapam à aplicação dos cortes de 10%.

Uma medida que, recorde-se, resultava numa poupança a rondar os 700 milhões de euros mas que de alguma forma poderá agora ser compensada pela aplicação automática da CES reduzirá o impacto orçamental provocado pelo chumbo para cerca de 390 milhões de euros.

Ainda assim, salienta o Jornal de Negócios, outras medidas poderão ainda vir a afectar este conjunto de pensionistas, visto que, na leitura do acórdão, o presidente do TC, Joaquim de Sousa Ribeiro, frisou que a Constituição não impede a redução da pensão assim como uma reforma mais global da CGA e Segurança Social.
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Re: TC - previsões e consequências

por Ulisses Pereira » 20/12/2013 13:07

Desculpa, de facto queria ter dito DI120. Vou corrigir.

Um abraço e a as minhas desculpas,
Ulisses
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