Ao minuto: Trump quer "paz e harmonia" no Médio Oriente após retaliação iraniana

[mcarvalho]

Caro Storgoff

Qual é a tua sugestão para resolver este problema de falta de dinheiro para pagar os salários, as reformas, a comida e medicamentos, o material, as dívidas e os juros etc ?

abraço

mcarvalho

[MVP]

Alguém sabe onde é possível consultar as responsabilidades de divida publica a amortizar pelo Estado, por ano, nos próximos anos?

[Storgoff]

O que foi negociado corresponde a mais de 20% do PIB! Como é que podíamos pagar isto? Não podíamos. Ou isto ou um resgate, as opções eram óbvias.

Portanto quem for contra isto teria que ser a favor de um novo resgate. O que é defensável, obviamente. O que eu digo é que acreditar que isto não deveria ter sido feito e defender o fim da troika é incompatível.

Um abraço,
Ulisses

Não sei onde foste buscar este valor de 20% PIB, mas o montante que foi feito o rollover corresponde numeros redondos a 6500 M€.

Também não percebo como é que um rollover destes é um sucesso fantástico e um sinal de confiança dos mercados de dívida.
Em primeiro lugar temos que definir o que são esses mercados.

Se o mercado se confinar aos principais bancos portugueses que por sinal até estão sob resgate do estado e se a isto adicionarmos o FESS então ok.
Depois falemos das yields a que o estado ficou vinculado nestas novas emissões para o rollover. Estamos a falar de maturidades de 4e 5 anos. Os juros claramente subiram e muito , chegando a coisas entre os 50 e 70% em relação às yields dos titulos vencidos.
Ora qualquer emissão em mercado a 4 e a 5 anos andaria a valores inferiores.

Basicamente com isto consegue-se uma certa cosmética e chuta-se o problema do reembolso para lá de 2017.

Pelo menos no mandato deste governo a coisa fica mais aliviada o que poderá reduzir o perigo do segundo resgate para já mas não embandeiremos em arco e muito menos se fale em sinais evidentes de que o mercado está a premiar Portugal

[mcarvalho]

Bruxelas ultima multas recorde contra uma dezena de grandes bancos

03/12/2013

A Comissão Europeia prepara-se para aplicar nesta quarta-feira multas recorde da ordem das “centenas de milhões de euros” a uma dezena de bancos de dimensão global por terem forjado as regras da concorrência, agindo de forma concertada para fixar artificialmente o valor de taxas de juro, como a Euribor, a Libor e a Yen Libor, que servem de referência a inúmeros contratos.
A informação é avançada pelo "Financial Times", segundo o qual Bruxelas se prepara para aplicar a maior multa de sempre ao sector.

A decisão será anunciada pelo comissário da Concorrência, Joaquín Almunia (na foto), e a expectativa é que, a partir dela, se compreenda melhor a teia de interesses e de manipulação de dados que, no passado, se instalou entre os maiores bancos. A maior multa até hoje aplicada pela Comissão ascendeu a 1,5 mil milhões de euros.

Ainda de acordo com o jornal britânico, o Royal Bank of Scotland, Deutsche Bank, Société Générale e Citi são alguns dos bancos envolvidos que têm estado em conversações com o regulador europeu. O Barclays, escreve o "Financial Times", não será multado por manipulação da Euribor, ao passo que o UBS não o será pela Yen Libor por ambos terem alertado Bruxelas para práticas ilegais. Ambos estão, no entanto, sujeitos a terem de pagar indemnização no quadro de processos judiciais privados.

[mcarvalho]

Ao contrário da França e da Itália ... começam a aparecer noticias positivas sobre Portugal... e não são só de treinadores e jogadores de futebol , nem de fenómenos do Entroncamento. nem de maiores feijoadas , pais Natal ou árvores mais altas no guiness..

São pessoas de sucesso , empresas de sucesso e ... espero, alguns politicos preocupados e com sucesso ...

a ver vamos se conseguem vencer os "XICOS ESPERTOS"

.......................


FT: Sucesso com CTT e troca de dívida ajuda Portugal a sair do programa da troika

03/12/2013

“Como convém a uma nação marítima, os governantes em Portugal estão a esforçar-se por atracar o navio antes que a maré mude” e “dois eventos nesta terça-feira mostram os resultados”, escreve o “Financial Times”, ao resumir o acordo de troca de 6,6 mil milhões de títulos de dívida pública e o facto de, devido à forte procura, o preço da oferta pública de venda dos CTT ter ficado no nível mais alto fixado pelo Governo, permitindo um encaixe de quase 600 milhões de euros.

“Ambos vão ajudar Portugal a alcançar o seu objectivo de sair no próximo ano do resgate da troika. Mas Portugal não deve apressar-se para entrar num período de auto-suficiência”, acrescenta o jornal no seu blogue LEX, especialmente dirigido aos investidores financeiros.

Na sua opinião, a situação de Portugal está a melhorar mas ainda não atingiu um patamar de segurança que permita ao país seguir o exemplo da Irlanda que, contrariando as expectativas, optou por não pedir um programa cautelar para ajudar à transição para os mercados quando o regate da troika terminar em meados de Dezembro.

“A posição de Portugal é mais frágil. A economia e as finanças públicas estão a melhorar, mas ainda não estão a influenciar a dinâmica da dívida, que é pior do que a irlandesa”. Em 2014 e 2015, Portugal tem de refinanciar o equivalente a 42% do seu PIB e o acordo de troca de dívida “reduzirá apenas ligeiramente” esse esforço, refere o jornal.

Por outro lado, a taxa de rendibilidade (“yields”) da dívida a dez anos recuou, mas ainda permanece próxima de 6%, ao passo que os “investidores permanecem nervosos sobre a possibilidade de novos retrocessos políticos no processo de resgate”. Esse risco, associado à possibilidade de novos chumbos do Tribunal Constitucional a medidas constantes do Orçamento para 2014, justifica – segundo o FT – o desempenho comparativamente inferior da Bolsa portuguesa: "as acções valorizaram 15% neste ano, mas estão ainda bem abaixo do nível de meados de 2011".

O jornal refere ainda que, desde 2011, o país tem feito reformas estruturais, mas depois de “ter esbanjado a primeira década no euro" tem, nesta matéria, "muito mais chão para percorrer” do que a Irlanda.

[Lion_Heart]

O que foi negociado corresponde a mais de 20% do PIB! Como é que podíamos pagar isto? Não podíamos. Ou isto ou um resgate, as opções eram óbvias.

Portanto quem for contra isto teria que ser a favor de um novo resgate. O que é defensável, obviamente. O que eu digo é que acreditar que isto não deveria ter sido feito e defender o fim da troika é incompatível.

Um abraço,
Ulisses

Deves estar a confundir, o PIB de Portugal era no ano passado de cerca de 165.409.200 ora os 6.6 de hoje não correspondem a 20% do PIB

[Beruno]

se nao tivesse prolongado parcialmente a divida para o ano tinha que reembolsar cerca de 15 mil milhoes. onde é que os ia buscar? com uma soluçao "à la esquerda cega" dizendo que tinhamos que aumentar o tecido produtivo e produzir e vender mais?

é que eu saiba ainda nao somos superavit, portanto, se nao prolongassemos parcialmente a divida e se nao metessemos a malta do rendimento minimo a cavar batatas para exportar, so restaria emitir obrigaçoes do tesouro para rolar a divida que vencia, que na pratica ia dar ao mesmo mas de certo que se ia pagar um cupao de juros mais elevado. ou se nao desse para emitir obrigaçoes, tinham que se atafulhar de bilhetes do tesouro para irem pagando. mas estas soluçoes, especialmente a dos bilhetes do tesouro iam dar cabo da nossa economia

e apertar os joanetes às empresas que vivem praticamente da prestaçao de serviços para o estado, quer sejam empresas de transportes, construçao, manutençao, escritorios de advogados, empresas de consultoria, empresas de gestao informatica, empresas de serviços medicos, ppp's, autoestradas, hospitais, e por aí fora. . . . ia ser muito dificil. e é aqui que estao as verdadeiras gorduras do estado, mas estas sao dificeis de remover. so à faca

[Lion_Heart]

Não sei ,tenho muitas duvidas. Enquanto contribuinte fico sempre de pé atrás neste tipo de negócios. .

Enquanto contribuinte, tinhas metido umas massas na nossa dívida no altura qualquer dos últimos 24 meses e ficavas satisfeito, em vez de avisar que o mundo vai acabar e vão começar por Portugal.

Que mania tens tu de insistir em me chamar profeta da desgraça ou que o Mundo vai acabar.

Se tu achas que vives num País perfeito ,maravilhoso e cheio de rosas eu não acho e faço questão de apontar os podres e o que acho que esta mal a ver se mudamos.

Um País que faliu três vezes em quarenta anos, cheio de divida, corrupção , onde os cidadãos cada vez se afastam mais da média da UE em vez de se aproximarem como era suposto precisa de algumas mudanças.

Mas fico contente por tu te dares bem e teres sucesso neste País.

[Ulisses Pereira]

O que foi negociado corresponde a mais de 20% do PIB! Como é que podíamos pagar isto? Não podíamos. Ou isto ou um resgate, as opções eram óbvias.

Portanto quem for contra isto teria que ser a favor de um novo resgate. O que é defensável, obviamente. O que eu digo é que acreditar que isto não deveria ter sido feito e defender o fim da troika é incompatível.

Um abraço,
Ulisses

[Sr_SNiper]

Não sei ,tenho muitas duvidas. Enquanto contribuinte fico sempre de pé atrás neste tipo de negócios. .

Enquanto contribuinte, tinhas metido umas massas na nossa dívida no altura qualquer dos últimos 24 meses e ficavas satisfeito, em vez de avisar que o mundo vai acabar e vão começar por Portugal.
Pessoalmente, como contribuinte, estou satisfeito com a nossa dívida.

[Lion_Heart]

Não sei ,tenho muitas duvidas. Enquanto contribuinte fico sempre de pé atrás neste tipo de negócios. Faz-me lembrar o entalado a procura de um fôlego para aguentar mais uns meses.
Ou o anterior min. das Finanças o Teixeira dos Santos a quem não interessava o juro , desde que emprestassem algum.
E a vantagem de terem 10 Milhoes de fiadores a mão de semear.
Este adiar de maturidade vais custar mais de 1.000M€, só em juros. Se o momento de mercado era bom , o preço pago não me parece. Assim não vamos lá.

A ideia do resgate era Portugal regressar aos mercados em 2014 e com taxas acessíveis (ou seja metade do que o Estado pagou hoje nesta troca). Mas ja todos percebemos que o Governo falhou redondamente este objectivo por incompetência.
Se o objectivo é o haircut ainda entendo.

[Automech]

Os títulos trocados tinham uma rendibilidade implícita, de acordo com os termos oferecidos pelo IGCP, de 2,127%, 2,753% e 3,324%, respectivamente às linhas de Junho e Outubro de 2014 e Outubro de 2015. As linhas de cujos títulos os investidores receberam contêm uma taxa de 4,677% e 4,956%.

Pena que o JdN não diga quais eram as taxas de juro das obrigações cujo roll over foi feito porque isto da rendibilidade implícita quase de certeza que se referem à yield. Isto eram as OTs normais de 2014 e 2015 cotadas em bolsa ?

[Diacono]

de uma forma simplificada, o que foi feito hoje assemelha-se ao que qualquer titular de um empréstimo bancário pode fazer quando, em determinado momento, não pode pagar a sua dívida.
Vai ao banco renegociar prazos, sujeitando-se a pagar mais juros.
Do ponto de vista político a ideia que passa pode ser essa..."lá estão eles a empurrar a dívida para os que vierem a seguir pagarem".
Do ponto de vista financeiro, é a medida certa a tomar. Equilibra as contas e "liberta" capital para outro tipo de investimentos ou para menos austeridade.

[Quimporta]

O gráfico dos juros da dívida portuguesa a 10 anos nunca mais recuperou o aspecto que vinha tendo até Junho/2013.
Olhar para este gráfico faz-me recordar o camarada bboniek00, que resolvia basicamente tudo com um barrote nos costados. [Onde andará ele?]

[RedNeT]

Não será mais do mesmo, que acontece às uns 20 ou 30 anos atrás, do quem vier a seguir que arrume a sala e feche a porta?

A mim parece-me que quiseram fazer o pagamento para a próxima legislatura.

Atenciosamente

[Pata-Hari]

Bem, se considerares que é bom a sustentabilidade das contas públicas, é sem dúvida bom. Os mercados reagiram positivamente baixando as yields, o que é necessariamente bom. Na minha opinião o João Moreira Rato tem feito um trabalho notável.

[Lion_Heart]

IGCP envia 6.637 milhões de euros de dívida para 2017 e 2018
03 Dezembro 2013, 11:21 por Edgar Caetano | edgarcaetano@negocios.pt

Investidores que participaram na operação aceitaram trocar um total de 6.637 milhões de euros em dívida pública que vencia em 2014 e 2015. Operação transfere igual montante para os anos de 2017 e 2018.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) recomprou 837 milhões de euros em dívida que vencia em Junho de 2014, 1.640 milhões em títulos com maturidade em Outubro do mesmo ano e ainda 4.160 milhões em obrigações que venciam em 2015.

Em troca, os investidores receberam dívida com vencimento em 2017 e 2018. Em rigor, o IGCP emitiu para estes investidores 2.680 milhões de euros em títulos para 2017 e 3.970 milhões de euros para 2018.

O montante terá surpreendido a maioria dos analistas, que na véspera admitiam que era muito difícil fazer projecções já que a operação é voluntária. Não havia um montante definido à partida, mas o IGCP avançou para a operação com condições fixas.

O IGCP quis aproveitar a descida recente dos juros nos prazos curtos para persuadir os investidores a trocar os títulos que vencem em 2014 e 2015 por obrigações com maior duração e com uma rendibilidade maior.

Os títulos trocados tinham uma rendibilidade implícita, de acordo com os termos oferecidos pelo IGCP, de 2,127%, 2,753% e 3,324%, respectivamente às linhas de Junho e Outubro de 2014 e Outubro de 2015. As linhas de cujos títulos os investidores receberam contêm uma taxa de 4,677% e 4,956%.

Operação aumenta hipóteses de Portugal necessitar de menos assistência

Com a troca de dívida realizada esta terça-feira o Governo consegue nivelar os reembolsos para um valor próximo dos 10 mil milhões de euros nos próximos anos

A operação mereceu comentários positivos por parte dos analistas, que destacam a percepção positiva dos investidores em relação a Portugal.

“O montante está no topo das expectativas e deve ser considerado um sinal positivo para o sentimento [dos investidores] em relação aos emitentes soberanos da periferia da Zona Euro”, escreve o Rabobank em nota de reacção a que o Negócios teve acesso.

O banco holandês vai mais longe e diz que “ao aliviar os reembolsos de dívida nos próximos dois anos, [a operação] aumenta as hipóteses de Portugal terminar o programa de resgate, se não da mesma forma que a Irlanda, com menos assistência adicional do que alguns esperavam”.

Filipe Silva, director de gestão de activos do Banco Carregosa, diz que “foi uma boa operação”. “À partida pode parecer que face aos 27 mil milhões a quantidade trocada é baixa mas não podemos relativizar. Portugal alivia os pagamentos para 2014 em 2 mil milhões de euros e alivia os pagamentos para 2015 em mais de 4 mil milhões. Ao todo são 6,6 mil milhões de euros que são “adiados” para 2017 e 2018, sendo que a maturidade onde houve maior percentagem de troca foi na que vencia em 2015”, explica o responsável.

“Para conseguir mais de 6 mil milhões de euros, sem esta operação de troca, teríamos que fazer o equivalente a seis leilões, atendendo à média dos montantes habituais. Acho que a operação correu muito bem”, acrescenta Filipe Silva.

In Negocios