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Caldeirão da Bolsa

Cortes na despesa, onde cortar?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 16/11/2012 18:19

Sr_SNiper Escreveu:http://www.omeuorcamentodoestado.com/

Ora cortem lá e fação a simulação :)


Logo na primeira página temos a orçamento para 2013... as despesas com a segurança social são maiores do que a saúde e educação juntar. As despesas com municípios são ligeiramente superiores às da saúde e educação (separadas)... mas eles insistem em cortar na educação e saúde, curiosamente as duas áreas que os portugueses acham que deviam ser poupadas ao máximo! :roll:

Já agora, o que é que está incluído nas despesas do Ministério das Finanças? Esse também representa uma despesa quase igual à saúde e educação juntas! :shock:
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por MarcoAntonio » 16/11/2012 18:19

pepi Escreveu:É ou n é necessário reduzir a despesa pública?


O que é que isto tem que ver com o que o artista escreveu? Eu respondo: muito, muito, muito pouco.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por pepi » 16/11/2012 18:14

artista Escreveu:Não sabia onde colocar esta reflexão, vai aqui...

Reparem no contraste:

Situação 1

Nuno Amado, presidente do maior banco privado português, anuncia na TV que vai ter de despedir 600 trabalhadores num prazo de 2 anos. Faz este anúncio com ar carregado, protesta com as leis do país que não permitem que desça salários, opção que preferia claramente e que evitaria os despedimentos. Ainda assim, faz questão de frisar que vão ser devidamente analisadas as situações das pessoas e que vai tentar minimizar os efeitos terríveis que um despedimento acarreta. Alguns dias depois sabe-se que, entre outras regalias, o BCP irá pagar uma indemnização de 1,7 salários por cada ano de trabalho!

Situação 2

O secretário de estado Hélder Rosalino anuncia, orgulhosamente, que "está em condições de garantir" que, desde o início do ano o estado conseguiu já reduzir em 5% (31 mil) o número de funcionários da administração pública. Esqueceu-se de referir que não "despediu" ninguém, meteu na rua pessoas que ilegalmente contratava há 5/10/15 anos. Esqueceu-se também que os meteu na rua sem qualquer regalia que não seja ao direito ao subsídio de desemprego em condições, digo eu convenientemente, alterou para muito pior no dia 1 de Agosto!

É por isso que eu começo a olhar para os distúrbios que acontecem nas manifestações de uma forma muito diferente daquela que olham as pessoas que, vestidas de fato Armani ou Hugo Boss, vejo regularmente nas televisões!


É ou n é necessário reduzir a despesa pública?
 
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por mapaman » 16/11/2012 17:54

artista Escreveu:Não sabia onde colocar esta reflexão, vai aqui...

Reparem no contraste:

Situação 1

Nuno Amado, presidente do maior banco privado português, anuncia na TV que vai ter de despedir 600 trabalhadores num prazo de 2 anos. Faz este anúncio com ar carregado, protesta com as leis do país que não permitem que desça salários, opção que preferia claramente e que evitaria os despedimentos. Ainda assim, faz questão de frisar que vão ser devidamente analisadas as situações das pessoas e que vai tentar minimizar os efeitos terríveis que um despedimento acarreta. Alguns dias depois sabe-se que, entre outras regalias, o BCP irá pagar uma indemnização de 1,7 salários por cada ano de trabalho!

Situação 2

O secretário de estado Hélder Rosalino anuncia, orgulhosamente, que "está em condições de garantir" que, desde o início do ano o estado conseguiu já reduzir em 5% (31 mil) o número de funcionários da administração pública. Esqueceu-se de referir que não "despediu" ninguém, meteu na rua pessoas que ilegalmente contratava há 5/10/15 anos. Esqueceu-se também que os meteu na rua sem qualquer regalia que não seja ao direito ao subsídio de desemprego em condições, digo eu convenientemente, alterou para muito pior no dia 1 de Agosto!

É por isso que eu começo a olhar para os distúrbios que acontecem nas manifestações de uma forma muito diferente daquela que olham as pessoas que, vestidas de fato Armani ou Hugo Boss, vejo regularmente nas televisões!


Sabes artista,uns são o canhão e os outros a carne.

Tú pelo que sei fazes parte da carne para canhão a bem da Nação.

Anda por aqui muita gente distraida e a pensar que a coisa é só para cima dos outros,até ao dia.

Os marretas que desfilam pelas televisões,só têm um unico objectivo: Fazer passar a mensagem da inevitabilidade,adormer as pessoas e levá-las a aceitar,resignadas.

Só não percebem é a raiva em crescendo que anda por ai,se vai virar contra elas.É só esperar.

abraço
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por Sr_SNiper » 16/11/2012 13:50

http://www.omeuorcamentodoestado.com/

Ora cortem lá e fação a simulação :)
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por artista_ » 16/11/2012 12:44

Não sabia onde colocar esta reflexão, vai aqui...

Reparem no contraste:

Situação 1

Nuno Amado, presidente do maior banco privado português, anuncia na TV que vai ter de despedir 600 trabalhadores num prazo de 2 anos. Faz este anúncio com ar carregado, protesta com as leis do país que não permitem que desça salários, opção que preferia claramente e que evitaria os despedimentos. Ainda assim, faz questão de frisar que vão ser devidamente analisadas as situações das pessoas e que vai tentar minimizar os efeitos terríveis que um despedimento acarreta. Alguns dias depois sabe-se que, entre outras regalias, o BCP irá pagar uma indemnização de 1,7 salários por cada ano de trabalho!

Situação 2

O secretário de estado Hélder Rosalino anuncia, orgulhosamente, que "está em condições de garantir" que, desde o início do ano o estado conseguiu já reduzir em 5% (31 mil) o número de funcionários da administração pública. Esqueceu-se de referir que não "despediu" ninguém, meteu na rua pessoas que ilegalmente contratava há 5/10/15 anos. Esqueceu-se também que os meteu na rua sem qualquer regalia que não seja ao direito ao subsídio de desemprego em condições, digo eu convenientemente, alterou para muito pior no dia 1 de Agosto!

É por isso que eu começo a olhar para os distúrbios que acontecem nas manifestações de uma forma muito diferente daquela que olham as pessoas que, vestidas de fato Armani ou Hugo Boss, vejo regularmente nas televisões!
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por artista_ » 16/11/2012 12:24

Banesco Escreveu::mrgreen:

Dinheiro Vivo Escreveu:Salário médio da Função Pública caiu 0,5% para os 1582 euros

O ganho médio mensal dos trabalhadores da administração pública caiu 0,5% em junho deste ano para 1.582,7 euros, face a outubro de 2012, de acordo com os dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) hoje divulgada.
A informação entretanto divulgada revela também uma redução de 0,6% do ganho médio mensal dos trabalhadores da administração central do Estado para 1.731,8 euros em julho, face aos 1.742,2 euros auferidos em outubro do ano passado.
Numa análise por Ministérios, o dos Negócios Estrangeiros foi aquele onde se verificou a maior redução média salarial, na ordem dos 6,2%, para 2.944,6 euros em julho, face aos 3.140,2 euros auferidos pelos funcionários em outubro do ano passado. Ao contrário, o Ministério da Economia e do Emprego foi aquele que onde se verificou um aumento do ganho médio mensal de 3,3% em julho, para 1.803,5 euros, uma subida face ao ganho médio auferido em outubro de 2011 (1.745,1 euros).
Na administração regional e local o ganho médio mensal manteve-se inalterado em julho, nos 1.155,5 euros. No entanto, na Região Autónoma da Madeira o ganho médio mensal caiu 2,6% em julho, para 1.414,8 euros em julho, face aos 1.453,0 euros auferidos em outubro do ano passado. Na Região Autónoma dos Açores a redução foi menor, de 0,9% para 1.540,7 euros em julho, face aos 1.555,3 euros referentes aos ganhos médios de outubro de 2011.
Já no ganho médio mensal por cargo, carreira e grupo, os diplomatas são quem mais ganha na administração pública, apesar de ter ocorrido uma redução de 6,1% em julho, para 8.118,2 euros, face aos 8.645,0 euros auferidos em outubro de 2011. Os assistentes operacionais e operários são quem menos ganha - 747,9 euros em julho deste ano, um ganho médio que sofreu um corte de 1,2 por cento no mês em análise, face a outubro do ano passado (757,0 euros).


http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 69392.html


É normal não baixar muito, eles estão a despedir os que ganham menos...

E não sei se estão a considerar que este ano ganharam apenas 12 salários e não 14!
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por Rick26215 » 16/11/2012 11:15

Cortar nos excessos do passado.

"Antes de ingressar no Governo de António Guterres em 1995, Pina Moura declarou 22 814 euros, em 1994. E em 2006, após ter saído do Governo, apresentou um rendimento anual de 697 338 euros. Em 12 anos, o seu rendimento anual sofreu um aumento de 2956% Enquanto ministro da Economia e das Finanças, teve em mãos a reestruturação do sector energético, um tema que motivou polémica e que justificou a criação de uma comissão de inquérito parlamentar relativo à entrada da Eni e da Iberdrola no capital da Galp. Após sair do Executivo e depois de uma curta passagem pelo Parlamento, Pina Moura passou para o sector privado, ocupando o lugar de presidente da Iberdrola em Portugal."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pina_Moura
 
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por Texano Bill » 16/11/2012 3:26

:mrgreen:

Dinheiro Vivo Escreveu:Salário médio da Função Pública caiu 0,5% para os 1582 euros

O ganho médio mensal dos trabalhadores da administração pública caiu 0,5% em junho deste ano para 1.582,7 euros, face a outubro de 2012, de acordo com os dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) hoje divulgada.
A informação entretanto divulgada revela também uma redução de 0,6% do ganho médio mensal dos trabalhadores da administração central do Estado para 1.731,8 euros em julho, face aos 1.742,2 euros auferidos em outubro do ano passado.
Numa análise por Ministérios, o dos Negócios Estrangeiros foi aquele onde se verificou a maior redução média salarial, na ordem dos 6,2%, para 2.944,6 euros em julho, face aos 3.140,2 euros auferidos pelos funcionários em outubro do ano passado. Ao contrário, o Ministério da Economia e do Emprego foi aquele que onde se verificou um aumento do ganho médio mensal de 3,3% em julho, para 1.803,5 euros, uma subida face ao ganho médio auferido em outubro de 2011 (1.745,1 euros).
Na administração regional e local o ganho médio mensal manteve-se inalterado em julho, nos 1.155,5 euros. No entanto, na Região Autónoma da Madeira o ganho médio mensal caiu 2,6% em julho, para 1.414,8 euros em julho, face aos 1.453,0 euros auferidos em outubro do ano passado. Na Região Autónoma dos Açores a redução foi menor, de 0,9% para 1.540,7 euros em julho, face aos 1.555,3 euros referentes aos ganhos médios de outubro de 2011.
Já no ganho médio mensal por cargo, carreira e grupo, os diplomatas são quem mais ganha na administração pública, apesar de ter ocorrido uma redução de 6,1% em julho, para 8.118,2 euros, face aos 8.645,0 euros auferidos em outubro de 2011. Os assistentes operacionais e operários são quem menos ganha - 747,9 euros em julho deste ano, um ganho médio que sofreu um corte de 1,2 por cento no mês em análise, face a outubro do ano passado (757,0 euros).


http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 69392.html
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por artista_ » 16/11/2012 1:56

Esta é especialmente dedicada aqueles que dizem que o estado não despede ninguém...

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

F. pública: corte já vai em 5%, acima da meta para todo o ano

Objetivo era cortar 2% até ao final de 2012. Balanço só até setembro vai muito além: mais de 31 mil trabalhadores saíram do Estado


A grande maioria foi à custa de professores, o mês de Agosto e Setembro deve ter dado um contributo decisivo... para o ano há mais! É fácil e é barato! Tenho pena de ninguém se importar muito com a forma como o estado está a despedir estes trabalhadores!

Para o ano há mais, já ouvi dizer que uma das que vai ser largamente atingida é a Educação Física, também não é precisa! :roll:

A escola pública degrada-se a olhos vistos. A situação da saúde também não é famosa, não sei se alguém leu o artigo da Visão da semana passada?! O país definha, salve-se quem puder...
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por zelareka » 14/11/2012 6:37

o unico sitio logico e justo onde se deveria cortar e' nos reformados

as reformas sao dos poucos items suficientemente grandes para poder fazer alguma diferenca

os reformados nao trabalham, nao produzem, nao tem filhos nem casas para pagar e nao tem de viver como reis e comer no restaurante, deveriam ter um rendimento de subsistencia e pouco mais, quem nao gosta que poupe. alem disso nao eh justo fazer os mais novos pagar as reformas churudas dos mais velhos qd estes nunca terao reformas
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por artista_ » 14/11/2012 0:50

MAV8 Escreveu:
artista Escreveu:
MAV8 Escreveu:Na minha modesta opinião, 25% continua a ser um abuso, pois até aqui era um roubo descarado!!!!!


Não faço a mínima ideia, 150 mil euros/ano nos Restauradores?! :|

Isto já deve ser trauma, quando vejo coisas destas só me parece que vão arranjar um tacho com os amigos, o tacho que existia era com os do outro partido! :roll: :mrgreen:


Ora, é isso mesmo que penso, de qualquer forma neste caso particular, o amigo deve ser bem menos amigo :wink: que o anterior dos restauradores, haheheheh! :mrgreen:


Pois, mas muitas vezes nos contratos o que parece não é... este é mais barato mas o outro oferecia uma série de outras coisas que neste serão custos acrescidos, e no final a coisa vai dar no mesmo... enfim, isto sou eu a divagar não é! :mrgreen:
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por MAV8 » 13/11/2012 22:29

artista Escreveu:
MAV8 Escreveu:Na minha modesta opinião, 25% continua a ser um abuso, pois até aqui era um roubo descarado!!!!!


Não faço a mínima ideia, 150 mil euros/ano nos Restauradores?! :|

Isto já deve ser trauma, quando vejo coisas destas só me parece que vão arranjar um tacho com os amigos, o tacho que existia era com os do outro partido! :roll: :mrgreen:


Ora, é isso mesmo que penso, de qualquer forma neste caso particular, o amigo deve ser bem menos amigo :wink: que o anterior dos restauradores, haheheheh! :mrgreen:
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por artista_ » 13/11/2012 22:11

MAV8 Escreveu:Na minha modesta opinião, 25% continua a ser um abuso, pois até aqui era um roubo descarado!!!!!


Não faço a mínima ideia, 150 mil euros/ano nos Restauradores?! :|

Isto já deve ser trauma, quando vejo coisas destas só me parece que vão arranjar um tacho com os amigos, o tacho que existia era com os do outro partido! :roll: :mrgreen:
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por MAV8 » 13/11/2012 18:04

A Loja do Cidadão dos Restauradores será transferida para outra localização. A renegociação das rendas está a ser feita para todas as unidades.
O encerramento da Loja do Cidadão nos Restauradores, em Lisboa, e a sua transferência para outra localização vai permitir poupar, em rendas, cerca de 75%, anunciou esta terça-feira, 13 de Novembro, Feliciano Barreiras Duarte, secretário de estado-adjunto do ministro-adjunto.

Aos deputados, Feliciano Barreiras Duarte lembrou que a Loja do Cidadão nos Restauradores, no antigo cinema Eden, custava em rendas 600 mil euros por ano. "Conseguimos acabar com situações gravosas na utilização de dinheiros públicos", afirmou aos deputados, no âmbito da audição sobre o Orçamento do Estado para 2013.

Este responsável acrescentou que, aliás, está a haver renegociação das rendas de toda a rede das 36 lojas do cidadão. Também em Braga, as renegociações levaram a uma redução de 52%.

De acordo com o secretário de Estado, quando o Governo tomou posse havia o compromisso de abrir 49 lojas em todo o país, apesar de só haver orçamento para a abertura de quatro unidades. "Considerando que uma loja custa em média um milhão de euros, não temos condições para abrir de forma desenfreada estas infra-estruturas".

E por isso reafirma que os quiosques do cidadão vão ser instalações a partir de Janeiro nos concelhos de média e pequena dimensão.

As lojas de cidadão atendem cerca de 10 milhões de pessoas por ano.


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Re: Cortes na despesa, onde cortar?

por artista_ » 13/11/2012 3:36

artista Escreveu:Abro um tópico porque não sabia bem onde colocar isto. Muito se tem falado nos últimos dias de que é necessário "refundar" o estado porque se tem de cortar 4 mil milhões na despesa!

Para iniciar o debate cria apenas deixar uma reflexão que começa com a minha surpresa quando verifico que de cada vez que se fala em cortes na despesa aprecem à cabeça a saúde e a educação. É que estas duas já só representam cerca 20% do orçamento, no entanto todos falam como se fossem os únicos sitios onde se pode cortar! :roll: Ainda para mais tendo em consideração que, segundo uma sondagem recente, os portugueses acham que a saúde e a educação deveriam ser as áreas onde se deveria mais evitar cortar!

Por outro lado surpreende-me que nunca se fale no poder local, autarquias, freguesias, etc. Alguém consegue dados de quanto gasta o estado aqui? Em que ministério é que estas despesas aparecem? Se é que aparecem em algum?! É impressão minha ou os cortes aqui são residuais?! A ideia que tenho é que em 2013 até receberão mais do que receberam em 2012|


Citei este que foi o primeiro post deste tópico. Nele está algo que eu já ando aqui a dizer há uns meses e que hoje, pela primeira vez, vi alguém com algum protagonismo na TV, a defender também...

Estou a referir-me ao facto de as despesas com a saúde e educação já não representarem uma parte significativa da despesa pública, ao contrário das despesas com as prestações sociais (sobretudo pensões) que representam uma parte cada vez maior, cada vez mais insustentável. Estou a ver a gravação do programa "Olhos nos Olhos" e o Medina Carreira está a dizer exatamente isso, com direito a gráficos e tudo!

Nós podemos cortar mais em tudo, provavelmente teremos de o fazer, mas pelo menos era bom que tivéssemos noção do que está verdadeiramente em causa! Na minha opinião o que o país gasta em saúde e educação já está perfeitamente mais que alinhado com o que devíamos gastar, acho até que já estamos a gastar menos do que devíamos! Infelizmente teremos provavelmente de cortar ainda mais. Mas é bom não nos termos em conta estes dados, talvez vejamos as coisas de outra forma quando os nossos filhos nos disserem que as aulas são uma confusão porque a turma tem muitos alunos, ou quando formos a uma urgência do hospital e tivermos de esperar uma série de horas!

Obviamente que isto são apenas exemplos, esperemos que os cortes nos orçamentos diminuam o mínimo a qualidade dos serviços... mas acho que não se podem esperar milagres! :roll:

Já agora, alguém consegue colocar aqui video do programa, de preferência apenas a parte em que é analisada a despesa do estado! Thanks!
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por dfviegas » 11/11/2012 20:26

ghorez Escreveu:Achas que é possível com mudanças de licenças de office para open source, conseguir 1 corte de 4 mil milhões de euros só em 2013 (provavelmente outro parecido em 2014..?)


Eu falei em 2 itens submarinos e licenças, mil milhões. Não falei em 4 mil milhões.

Depois como disse teriamos de ir item a item, e começar a cortar em tudo o que é superfulo, desde as garrafas de agua dos deputados, jornais etc...
Só depois de vermos o resultado obtido ai sim irmos ao que não se deveria cortar mas tem de ser.

Hoje mais uma noticia a CP vai gastar mais 135 mil euros em automoveis para diretores.

Estão mesmo a gozar com o povo, temos de pegar nos gajos que tomas estas decisões e expulsa-los para sempre da coisa publica.
 
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por richardj » 11/11/2012 13:19

dfviegas Escreveu:essa simulacao nao vai ao fundo da questao, seria necessario analisar item a item e comecar a cortar no superfulo e so no fim ir ao indespensavel, mas um corte simples e deixar de pagar licencas do office e passar a utilizar o openoffice, os dois submarinos vendia os nem que fosse com prejuizo so aqui poderse ia arrecadar mil milhoes mais a poupanca da manutencao dos submarinos


lol é bonito, mas à uma coisa que se chama politica e "não estamos sozinhos no mundo". Nesse instante em que tomavas essa medida, a microsoft pressionava o governo americano e podiam, por exemplo, duplicar a taxa para a importação dos mais variados produtos portugueses. Ou, sem lá, despedir todos os trabalhadores em portugal e criar uma filiar iberica sediada em madrid. Ou sei lá, retirar o visto a cidadãos portugueses na america. Sei lá, queres mesmo entrar por ai?

Se as coisas fossem assim tão simples...
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por ghorez » 11/11/2012 13:05

Achas que é possível com mudanças de licenças de office para open source, conseguir 1 corte de 4 mil milhões de euros só em 2013 (provavelmente outro parecido em 2014..?)
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por dfviegas » 11/11/2012 12:59

essa simulacao nao vai ao fundo da questao, seria necessario analisar item a item e comecar a cortar no superfulo e so no fim ir ao indespensavel, mas um corte simples e deixar de pagar licencas do office e passar a utilizar o openoffice, os dois submarinos vendia os nem que fosse com prejuizo so aqui poderse ia arrecadar mil milhoes mais a poupanca da manutencao dos submarinos
 
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por zaq1 » 10/11/2012 17:54

Todos falamos em cortes na despesa do Estado, deixo então, aqui o link para quem quiser exercitar "os cortes"

http://clix.expresso.pt/faca-o-seu-orca ... 13=f765753

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por Elias » 10/11/2012 0:25

Vamos lá preencher “o vazio” do professor Marcelo

Hoje, no Público, dei algumas sugestões sobre onde começar a cortar quatro mil milhões. E propus começar por onde o Estado é ineficiente, como no quase monopólio da Educação:

Segundo o professor Marcelo, estamos a discutir “o vazio”. Ou “o nada”. Porque “nada” parece dar conteúdo ao debate sobre as funções do Estado para que o primeiro-ministro desafiou o PS. Mesmo descontando o facto, que não é pequeno, de esse “nada” estar quantificado em quatro mil milhões de euros, vale que o professor parece nutrir mais atracção pelo “vazio” do que a Natureza tem de horror ao dito cujo. Porque, na verdade, não é difícil começar a preencher esse “nada”, uma vez que muitas são e muito custam as funções do Estado. Não contemos é com o professor, que ele nunca se compromete. Mesmo quando isso era bom para preencher o “vazio” de que se queixa.

Os grandes números são fáceis de entender. Em 2012 o Estado gastará 78 mil milhões de euros (depois de ter gasto mais de 87 mil milhões em 2010) e só terá 70 mil milhões de receitas, ou seja, há um buraco de oito mil milhões. Daí que não surpreenda querer cortar, de “forma permanente”, quatro mil milhões – o que surpreende é só se querer cortar metade do buraco. Sendo assim, que tal trocarmos umas ideias mais sérias e menos “vazias” sobre o assunto?

Quando falamos de despesas do Estado, falamos antes do mais em salários dos funcionários públicos e em despesas sociais: as da Segurança Social e as com a Educação e com a Saúde. É também preciso ter noção que as despesas com Saúde e com Segurança Social tenderão sempre a crescer, mesmo que só queiramos manter os actuais níveis de serviços e prestações. Umas, as de Saúde, porque há uma contínua evolução da medicina associada a uma maior esperança de vida e, no caso português, a uma das populações mais envelhecidas da Europa, uma realidade demográfica que levará décadas a alterar. Este último factor também condiciona as despesas com a Segurança Social, um sector que no ano 2000 consumia menos de 10% do PIB e hoje está a tocar nos 20%, apesar de duas reformas pelo meio e muitos cortes de “direitos adquiridos”. Pior, se possível: o que a maioria dos nossos reformados recebe como pensão mensal continua a ser muito miserável. Em 2011, no regime geral da Segurança Social, nem 6% dos beneficiários recebia mais de mil euros por mês; e apenas 15% do total dos beneficiários recebia mais de 500 euros – ou seja, 1,4 milhões dos 1,66 milhões de pensionistas recebiam menos de 500 euros mensais (estes números não incluem os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações, cujas reformas são mais generosas).

Face aos desafios colocados pela Saúde e Segurança Social, a Educação até parece simples, e de novo por razões demográficas: os idosos que sobram naqueles dois sistemas correspondem aos jovens que faltam no sistema educativo. A mesma demografia que pesa sobre o sistema assistencial está a aliviar o sistema educativo. Por isso, mas não só, vou começar por ele.

Olhando de novo para os grandes números. Descontando a inflação (utilizando uma tabela de preços constantes com base em 2006), o ano em que o Estado gastou mais neste sector foi 2009, onde a despesa chegou a 8,2 mil milhões de euros. O ano passado já recuara para 7,2 mil milhões, sensivelmente o mesmo que em 2001. Só que com menos 100 mil alunos no ensino básico, menos 100 mil no ensino secundário regular e apenas mais 8500 no ensino superior. Isto significa que o custo por aluno tem vindo a aumentar sem que se note qualquer melhoria significativa na qualidade do sistema. Há pois margem para continuar a cortar. Acontece porém que não chega “gerir melhor” o sistema – é também preciso olhar de forma crítica para os seus fundamentos.

Há muito que defendo que o actual modelo, em que o Estado procura cobrir todas as necessidades da população através de escolas estatais, não é o melhor para a qualidade do sistema de ensino, para a liberdade de educação e para a equidade. Até há pouco tempo não sabia, mas desconfiava, que também não era o melhor para as finanças públicas. Agora sei, graças a um estudo do Tribunal de Contas, que comparando o custo por aluno nas escolas estatais do ensino público com o custo por aluno nas escolas privadas com contrato de associação (e que funcionam, por isso, como escolas públicas de acesso universal), ele é mais baixo nas escolas privadas: 4522 euros contra 4921 euros por ano nos 2º e 3º ciclos e no ensino secundário. Eu sei que o estudo tem várias limitações, mas delas resulta que a diferença deve ser ainda maior.

Aquilo que antes era recomendável – mudar o sistema de ensino público, abrindo-o à concorrência entre diferentes operadores, tanto públicos como privados ou cooperativos, dando mais liberdade de escolha às famílias, assim as responsabilizando também mais – é agora imperioso. O antigo ministro da Educação Roberto Carneiro já o veio defender neste jornal (31 de Outubro) com argumentos que não vou repetir. O exemplo de vários países nórdicos, da Holanda, do Reino Unido ou da Nova Zelândia também aponta o mesmo caminho. O tempo do monopólio estatal dos serviços educativos pertence ao passado, as redes escolares de nova geração, com mais liberdade de escolha e a mesma garantia de equidade (através de cheques-ensino, por exemplo), ganham adeptos por todo o lado.

Não creio, infelizmente, que o nosso sistema vá mudar de um dia para o outro apenas por sobre ele cair a tesoura dos 4 mil milhões – mas a economia que a mudança de paradigma possibilita tem de permitir que se associe aos “cortes permanentes” uma ruptura também permanente com um sistema estatista, burocrático e centralista que, além de produzir resultados medíocres, é mais caro do que as alternativas.

Os caminhos para a reformar a Saúde e o sistema de pensões também andarão por aqui, isto é, por onde se valoriza a liberdade e a responsabilidade dos cidadãos e se estimula a concorrência entre alternativas diferentes.

Portugal, se quiser voltar a crescer sem voltar a cair na armadilha da dívida, tem de encontrar novos consensos. A começar pelo que quer de um Estado para o qual não é mais possível continuar apenas a pagar impostos atrás de impostos.

http://blasfemias.net/2012/11/09/vamos- ... r-marcelo/
 
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Re: Vamos todos para a FP

por dfviegas » 8/11/2012 12:20

mais_um Escreveu:
dfviegas Escreveu:Atão quer dizer que quando os juizes decidiram que retirar os dois subsidios aos funcionários publicos não era equitativo, baseou-se em pressuposto errados, porque estes subsidios são um bonus, pois os trabalhadores nunca descontaram para eles.


Estamos a falar de subsidios aos reformados e não aos activos.


Claro, confusão minha.
 
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Re: Vamos todos para a FP

por mais_um » 8/11/2012 11:28

dfviegas Escreveu:Atão quer dizer que quando os juizes decidiram que retirar os dois subsidios aos funcionários publicos não era equitativo, baseou-se em pressuposto errados, porque estes subsidios são um bonus, pois os trabalhadores nunca descontaram para eles.


Estamos a falar de subsidios aos reformados e não aos activos.
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Re: Vamos todos para a FP

por dfviegas » 8/11/2012 9:57

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:
artista Escreveu:Mas essa benesse é só para FP's ou é para todos?! Ou seja, é para todos os reformados ou é só para os da CGA? :shock:


Para todos, inclusivé para as restantes prestações que dependiam do rendimento como por exemplo o subsidio da maternidade.

E não é benesse contar, benesse foi a atribuição do 13º e 14º mês.

Quando a minha mulher recebeu o subsdido de maternidade recebia mais da SS do que o ordenado iliquido mensal e não fazia descontos para a SS, nem IRS.


Pois... por alguma razão o país gasta tanto na área da segurança social. :|


Atão quer dizer que quando os juizes decidiram que retirar os dois subsidios aos funcionários publicos não era equitativo, baseou-se em pressuposto errados, porque estes subsidios são um bonus, pois os trabalhadores nunca descontaram para eles.
 
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