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Caldeirão da Bolsa

Ulrch quer desempregados a trabalhar de borla no BPI?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 18/10/2012 17:23

MPC_finance Escreveu:Não vejo escândalo, até acho boa ideia.

Por exemplo a título facultativo. Dava a possibilidade de quem quisesse melhorar o seu curriculo.

Vamos imaginar, um licenciado e gestão ou economia com gosto pelos mercados, poderia tirar um "especie de estágio" dentro da sala de mercados do BPI.
Poderia abrir portas para uma nova vida.

Claro que este processo poderia ajudar um desempregado a voltar ao mercado de trabalho e ao mesmo tempo dentro da área que gosta.


Mas estágios já estão previstos, estamos a falar de desempregados que ele quer por um ou dois anos, à borla, pagos pelo estado! Enquanto que admite que o natural será reduzir pessoal, para aumentar a rentabilidade do banco! :roll:
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por MPC_finance » 18/10/2012 17:19

Não vejo escândalo, até acho boa ideia.

Por exemplo a título facultativo. Dava a possibilidade de quem quisesse melhorar o seu curriculo.

Vamos imaginar, um licenciado e gestão ou economia com gosto pelos mercados, poderia tirar um "especie de estágio" dentro da sala de mercados do BPI.
Poderia abrir portas para uma nova vida.

Claro que este processo poderia ajudar um desempregado a voltar ao mercado de trabalho e ao mesmo tempo dentro da área que gosta.
 
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por artista_ » 18/10/2012 17:19

richardj Escreveu:penso ter lido um projecto de lei do governo este verão sobre essa possibilidade artista.Virado para os desempregados e os do RSI. e incluía um aumento dos subsídios em 70 euros. implicando um horário semanal na ordem das 10 horas ...

http://economico.sapo.pt/noticias/benef ... 50552.html


Isto é só para o RSI...
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por richardj » 18/10/2012 16:20

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por richardj » 18/10/2012 16:16

penso ter lido um projecto de lei do governo este verão sobre essa possibilidade artista.Virado para os desempregados e os do RSI. e incluía um aumento dos subsídios em 70 euros. implicando um horário semanal na ordem das 10 horas ...

http://economico.sapo.pt/noticias/benef ... 50552.html
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por _urbanista_ » 18/10/2012 16:05

A ideia é boa para as grandes empresas continuarem agarradas à mama do estado, acabam umas formas de CFN, querem logo inventar outras.
Se o estado fica com parte do ordenado das pessoas não lhes está a dar nada quando estão no fundo desemprego.
O que este sr. defende só ia criar um problema maior, as pessoas ficavam encostadas ao emprego "voluntário" e quando terminasse a prestação do estado, iam para a rua e vinham outras...
Se o estado fomentasse uma procura mais activa de trabalho, que neste momento é difícil, ou a criação de auto emprego, penso que seria mais interessante.
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por Mcmad » 18/10/2012 16:01

Podemos começar por nacionalizar o BPI e empregar o máximo de pessoas ...
Confira as minhas opiniões

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por artista_ » 18/10/2012 16:00

A-330 Escreveu:
2. Artista, Acha que desempregados deviam fazer serviços comunitários?


Sim, obviamente que não seria a tempo inteiro, nem pouco mais ou menos, mas poderia cumprir algumas horas semanais!

A-330 Escreveu:A troco de que?


De nada, eu sei que o subsídio de desemprego é uma espécie de seguro, mas o serviço comunitário não faz mal a ninguém, ajuda todos e também ajuda as pessoas a estarem mais ativas e integradas na sociedade!

A-330 Escreveu:Com ou sem subsídio de transporte?


Já tinha pensado nisso, mas contornaria-se facilmente. Nos serviços perto da residência esse problema não existiria, nos mais distantes teriam direito a umas senhas (ou outro método qualquer) para usar os transportes públicos!

A-330 Escreveu: Não deveriam procurar emprego?


Sim, por isso defendo que teriam apenas de cumprir algumas horas semanais, por exemplo 8/10!

A-330 Escreveu:Você faria?


Podes, e deves, tratar-me por tu! :wink:

Como deves saber estou desempregado, há pouco mais de um mês e meio. Até hoje ainda nem sei se terei direito ao subsídio de desemprego, penso que sim, mas a realidade é que ainda não recebi uma carta a dizer-me a quanto e por quanto tempo terei direito!

Sim, estou perfeitamente disponível para o fazer. Dentro das minhas capacidades e vocação.

Eu já falei disto aqui, vou voltar a falar. No estado do Idaho, nos EUA, pelo menos em algumas cidades que conheço (não sei se o programa se estende a todo o território do país) os alunos do básico para transitarem de ano, têm de cumprir algumas horas de serviço comunitário! Acho muito bem! Acho que seria uma excelente medida para usar em Portugal!
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por Jolly Roger » 18/10/2012 15:56

Parece que hoje está na moda subverter-se tudo para depois se vir dizer que o sistema falhou.

Quando o Hank Paulson deixou o Lehman Brothers à sua sorte, fez a coisa mais inteligente que podia fazer. Depressa se arrependeu e alinhou no disparate - safar uma série de outras empresas que mais valia que tivessem falido. Fê-lo à custa dos contribuintes americanos (são sempre os mesmos que pagam) e inaugurou um novo conceito - há empresas que são grandes demais para falir.

Com isto subverteu o capitalismo naquilo que ele tem de melhor - a possibilidade que as empresas mal geridas e ineficientes têm de falir e de serem substiuidas por outras melhores e mais rentáveis.

A moda pegou e estendeu-se à Europa com exemplos em Inglaterra. Portugal teve no BPN um péssimo exemplo.

Os espertos de serviço vieram logo a correr dizer que o capitalismo falhou e que tínhamos de voltar ao marxismo socialista. Esqueceram-se foi de dizer que o capitalismo falhou porque o subverteram e o fizeram falhar tornando-o naquilo que ele nunca devia ser - um sistema que privatiza os lucros e socializa os prejuízos à custa do povo.

Aqui há uns anos aconteceu outra subversão. Era giro antecipar a reforma. Os "velhos" de 55 anos iam para casa mais cedo e os jovens entravam no mercado de trabalho mais depressa e ficávamos todos felizes.

Esqueceram-se foi de dizer que os pré-reformados iam pesar no sistema de segurança social mais cedo que o previsto e que isso daria asneira a prazo tornando o sistema insustentável. A palavra velho ganhou um novo élan porque agora já não se era velho aos 65, mas pelo menos uns 10 anos antes. Agora reconheceram o erro e anda meio mundo a falar no aumento da idade da reforma, mas agora já é tarde, deviam ter pensado nisso antes.

E agora é com espanto que vejo esta nova teoria Ulrich. Uma nova subversão, uma espécie de último grito da moda - As empresas empregam e o Estado paga.
Dito de outra maneira, as empresas que numa situação normal estão a adaptar a oferta à procura diminuindo o número de efectivos sob pena de não serem rentáveis, passam com esta nova filosofia a não serem efectivamente rentáveis, mas a poderem subsidiar a falta de rentabilidade à custa do Estado. Se se pensar que os "trabalhadores" nesta modalidade continuam a ser um custo para a Segurança Social sem que para ela contribuam, no final e se a moda pega o desequilibrio da própria Segurança Social se já é grande maior ainda vai ficar.

O senhor Ulrich emprega, os contribuintes pagam os empregados do senhor Ulrich e com isso subsidiam a falta de rentabilidade do querido BPI.
Esqueceram-se de perguntar ao senhor Ulrich se ele é estúpido ou se tirou algum curso...
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por KAM » 18/10/2012 15:54

Boa tarde,
Não posso com exactidão saber a ideia certa da proposta, mas penso o presidente do BPI poderia querer referir que o subsidio de desemprego seria uma parte do ordenado das pessoas a integrar no BPI, sendo que o BPI pagaria a restante parte do ordenado e esse mesmo restante por exemplo já teria direito a contribuições para a SS e IRS da pessoa em causa.
Ou seja, o Estado em vez de só ter o custo do subsidio de desemprego, teria o proveito das contribuições.
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por Visitante57 » 18/10/2012 15:54

Estas palavras do Ulrich são um insulto a todos os que asseguram postos de trabalho em Portugal e têm custos com isso.

Um colaborador quando trabalha numa empresa está a criar riqueza, e é por esse facto que é remunerado. Então este senhor quer colaboradores a criar riqueza na organização dele mas com os custos a serem suportados pelo estado???

Se ele se preocupa assim tanto com quem está em casa a receber subsídio sem fazer nada, então que contrate essas pessoas, que deixam de ser um encargo para a despesa publica.

É que por este caminho eu também vou ver se despeço uma dezena de colaboradores indiferenciados e candidato-me a trabalhadores destes à moda do Ulrich.
 
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por dfviegas » 18/10/2012 15:47

artista Escreveu:
dfviegas Escreveu:Mas será que alguem viu, que esta medida já existe, mas em moldes mais justos, é só ler a página anterior.

Uma empresa não pode querer trabalhadores à borla, tem de pagar alguma coisa, senão empresas com menos escrupulos começariam a despedir para ir buscar esses trabalhadores.


É bastante diferente do que ele quer. Nesse caso ele teria de contratar os funcionários que beneficiariam de um bónus do estado, que pouparia bastante com a situação também... o que ele quer é que o estado continue a pagar a totalidade do subsídio. Só ainda não percebi se ele não quer pagar mesmo nada, ou está disposto a meter uns trocos para dar para a deslocação! :roll:


Sim, eu sei que é diferente do que ele quer, mas o que eu digo é que já existe algo que incentiva a contratação de desempregados, em que o empregador não tem de assumir com todos os encargos, agora se ele quer pessoas à borla que recue uns seculos nessa altura chamavam-se de escravos.
 
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por A330-300 » 18/10/2012 15:34

1.Acho uma péssima ideia.

2. Artista, Acha que desempregados deviam fazer serviços comunitários? A troco de que? Com ou sem subsídio de transporte? Não deveriam procurar emprego?
Você faria?
Outra péssima ideia.

A330
 
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por BearManBull » 18/10/2012 15:33

artista Escreveu:
lfhm Escreveu:
gorgol acho bem interessante essa perspectiva que referes, em Portugal acho que existe muito a mentalidade de trabalhar em benefício própio em vez de em prol da comunidade, isso é exactamente o oposto da mentalidade nórdica em o que importa é contribuir activamente para a evolução da sociedade tendo uma vida modesta.


Acho que não é bem isso... trabalhar em prol da comunidade é ir fazer voluntariado em hospitais, limpar matas ou praias, ajudar a limpar canis municipais, etc... a ideia que ele defende é algo de muito diferente, e perigoso!


Estava-me a referir a esta parte: :wink:

gorgol Escreveu:Eu se ficar desempregado aceito uma atividade deste tipo, visto me orgulhar em participar numa atividade voluntária e saber que me estou a relacionar e adquirir novas competências. Esta atitude me permitirá rapidamente ter uma ocupação remunerada. O que nós mais precisamos é de atitudes motivadoras do próprio e dos outros.
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por gorgo » 18/10/2012 15:31

artista Escreveu:
gorgol Escreveu:Permite uma redução dos gastos do Estado com participação financeira por parte das empresas, todavia considero esta como a menos relevante.


Acho que não percebeste esta parte, a medida que ele defende é que o estado mantenha a totalidade do encargo... acho que é mesmo aqui que a porca começa a torcer o rabo!


Eu vi a entrevista e pareceu-me mais aberto. Pela boa vontade que vi até dispensava que fosse no BPI, o que interessava era tornar útil para todos: sociedade, empregador, empregado e Estado esta ideia.
 
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por artista_ » 18/10/2012 15:30

gorgol Escreveu:
Errado. Estes jovens não produziram nada para a empresa. Acompanharam os comerciais atuais no terreno e viram como se faz negócio. Aprenderam a fazer propostas, a conversar com clientes, a cobrar dívidas, mas sempre acompanhados. Para o comercial atual é um aumento de trabalho, visto ter que explicar tudo. É como um professor no terreno e não na sala de aula. A Empresa não recebeu nada do Estado.


gorgol, eu até acredito que no caso da tua empresa isso funcione assim, mas obviamente não sucederá o mesmo em todas, ou será ingénuo para acreditar nisso?!

Ainda assim, eu também defendo os estágios integrados em empresas para a maioria das formações, acho que é essencial estar no terreno! Mas acho que isso tem pouco a ver com esta proposta!
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por Hramos3 » 18/10/2012 15:28

gorgol Escreveu:A Empresa não recebeu nada do Estado.


Erm....
 
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por gorgo » 18/10/2012 15:24

HLopes4 Escreveu:
gorgol Escreveu:
correia1978 Escreveu:
gorgol Escreveu:Eu vejo muitas vantagens mas com condições:

Aceitação voluntária
Permite ao desempregado sentir-se util e ocupado.
Permite adquirir novas competências
Permite mostrar o seu valor e aumentar a sua empregabilidade.
Permite uma redução dos gastos do Estado com participação financeira por parte das empresas, todavia considero esta como a menos relevante.

Muitas vezes trabalhar sem remuneração, mas aprender, é um investimento de longo prazo.

Até me parece que nem é o sistema bancário o mais adequado para estes medidas, mas o setor exportador ou setores de bens transacionáveis. Se entendermos o estudo como trabalhar sem remuneração durante dezenas de anos, aqui estamos muito perto.

Eu se ficar desempregado aceito uma atividade deste tipo, visto me orgulhar em participar numa atividade voluntária e saber que me estou a relacionar e adquirir novas competências. Esta atitude me permitirá rapidamente ter uma ocupação remunerada. O que nós mais precisamos é de atitudes motivadoras do próprio e dos outros.


Acrescento o seguinte: quantos recém-licenciados se queixam de não lhes darem oportunidades e de assim não adquirirem experiência profissional?


Recentemente tive aqui no setor recem licenciado excelente a estagiar 3 meses sem remuneração. Não havia lugar para ficar, todavia ficará com muitos ensinamentos da vida comercial e um conjunto de contactos para quando terminar o mestrado. Em Agosto tive um estudante do segundo ano de Gestão durante um mês, como ocupação de férias. Dois exemplos positivos. Eu acredito na juventude, com atitude de saltar muros e ir à luta.


Estive praí 3 meses a recibos verdes e acabei contratado. Estou aqui há 3 anos. Isto foi à primeira entrevista de emprego a que alguma vez fui (excluindo a labuta na construção/restauração quando era mais novo só pra ganhar uns trocos para o verão). Não tenho direito a subsídio de qualquer tipo, só ao meu salário, após descontos e o camandro.

Esses descontos pagaram esses dois jovens que aí tiveste. Aqui na empresa onde trabalho não há uma única pessoa nessas condições.

Se a tua empresa estivesse em concorrência com a minha, isso representava uma concorrência desleal que o estado patrocina/incentiva. É normal que a tua empresa ganhasse essa batalha, mas o factor diferenciador ser um subsídio do estado diz tudo.


Errado. Estes jovens não produziram nada para a empresa. Acompanharam os comerciais atuais no terreno e viram como se faz negócio. Aprenderam a fazer propostas, a conversar com clientes, a cobrar dívidas, mas sempre acompanhados. Para o comercial atual é um aumento de trabalho, visto ter que explicar tudo. É como um professor no terreno e não na sala de aula. A Empresa não recebeu nada do Estado.
 
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por artista_ » 18/10/2012 15:24

lfhm Escreveu:
gorgol acho bem interessante essa perspectiva que referes, em Portugal acho que existe muito a mentalidade de trabalhar em benefício própio em vez de em prol da comunidade, isso é exactamente o oposto da mentalidade nórdica em o que importa é contribuir activamente para a evolução da sociedade tendo uma vida modesta.


Acho que não é bem isso... trabalhar em prol da comunidade é ir fazer voluntariado em hospitais, limpar matas ou praias, ajudar a limpar canis municipais, etc... a ideia que ele defende é algo de muito diferente, e perigoso!
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por BearManBull » 18/10/2012 15:17

correia1978 Escreveu:
gorgol Escreveu:Eu vejo muitas vantagens mas com condições:

Aceitação voluntária
Permite ao desempregado sentir-se util e ocupado.
Permite adquirir novas competências
Permite mostrar o seu valor e aumentar a sua empregabilidade.
Permite uma redução dos gastos do Estado com participação financeira por parte das empresas, todavia considero esta como a menos relevante.

Muitas vezes trabalhar sem remuneração, mas aprender, é um investimento de longo prazo.

Até me parece que nem é o sistema bancário o mais adequado para estes medidas, mas o setor exportador ou setores de bens transacionáveis. Se entendermos o estudo como trabalhar sem remuneração durante dezenas de anos, aqui estamos muito perto.

Eu se ficar desempregado aceito uma atividade deste tipo, visto me orgulhar em participar numa atividade voluntária e saber que me estou a relacionar e adquirir novas competências. Esta atitude me permitirá rapidamente ter uma ocupação remunerada. O que nós mais precisamos é de atitudes motivadoras do próprio e dos outros.


Acrescento o seguinte: quantos recém-licenciados se queixam de não lhes darem oportunidades e de assim não adquirirem experiência profissional?


Essa questão é peculiar. No Brasil toda a gente faz estágio integrado numa empresa antes de terminar o curso e grande parte das teses/dissertações são desenvolvidas em empresas. O aluno só lucra o que apreende (e ás vezes subsídio de alimentação) a empresa também não ganha muito por ter tirar tempo a séniores, mas muitas vezes quando a o estudante é depois, mais tarde, integrado na empresa compensa para ambos e isto tem uma percentagem significativa.

gorgol acho bem interessante essa perspectiva que referes, em Portugal acho que existe muito a mentalidade de trabalhar em benefício própio em vez de em prol da comunidade, isso é exactamente o oposto da mentalidade nórdica em o que importa é contribuir activamente para a evolução da sociedade tendo uma vida modesta.
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por artista_ » 18/10/2012 15:17

dfviegas Escreveu:Mas será que alguem viu, que esta medida já existe, mas em moldes mais justos, é só ler a página anterior.

Uma empresa não pode querer trabalhadores à borla, tem de pagar alguma coisa, senão empresas com menos escrupulos começariam a despedir para ir buscar esses trabalhadores.


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por Hramos3 » 18/10/2012 15:16

gorgol Escreveu:
correia1978 Escreveu:
gorgol Escreveu:Eu vejo muitas vantagens mas com condições:

Aceitação voluntária
Permite ao desempregado sentir-se util e ocupado.
Permite adquirir novas competências
Permite mostrar o seu valor e aumentar a sua empregabilidade.
Permite uma redução dos gastos do Estado com participação financeira por parte das empresas, todavia considero esta como a menos relevante.

Muitas vezes trabalhar sem remuneração, mas aprender, é um investimento de longo prazo.

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Eu se ficar desempregado aceito uma atividade deste tipo, visto me orgulhar em participar numa atividade voluntária e saber que me estou a relacionar e adquirir novas competências. Esta atitude me permitirá rapidamente ter uma ocupação remunerada. O que nós mais precisamos é de atitudes motivadoras do próprio e dos outros.


Acrescento o seguinte: quantos recém-licenciados se queixam de não lhes darem oportunidades e de assim não adquirirem experiência profissional?


Recentemente tive aqui no setor recem licenciado excelente a estagiar 3 meses sem remuneração. Não havia lugar para ficar, todavia ficará com muitos ensinamentos da vida comercial e um conjunto de contactos para quando terminar o mestrado. Em Agosto tive um estudante do segundo ano de Gestão durante um mês, como ocupação de férias. Dois exemplos positivos. Eu acredito na juventude, com atitude de saltar muros e ir à luta.


Estive praí 3 meses a recibos verdes e acabei contratado. Estou aqui há 3 anos. Isto foi à primeira entrevista de emprego a que alguma vez fui (excluindo a labuta na construção/restauração quando era mais novo só pra ganhar uns trocos para o verão). Não tenho direito a subsídio de qualquer tipo, só ao meu salário, após descontos e o camandro.

Esses descontos pagaram esses dois jovens que aí tiveste. Aqui na empresa onde trabalho não há uma única pessoa nessas condições.

Se a tua empresa estivesse em concorrência com a minha, isso representava uma concorrência desleal que o estado patrocina/incentiva. É normal que a tua empresa ganhasse essa batalha, mas o factor diferenciador ser um subsídio do estado diz tudo.
 
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por artista_ » 18/10/2012 15:10

gorgol Escreveu:Permite uma redução dos gastos do Estado com participação financeira por parte das empresas, todavia considero esta como a menos relevante.


Acho que não percebeste esta parte, a medida que ele defende é que o estado mantenha a totalidade do encargo... acho que é mesmo aqui que a porca começa a torcer o rabo!
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O Fernando teraa, eventualmente, que...

por bboniek33 » 18/10/2012 15:07

... baixar Draasticamente o Salaario dos seus empregados actuais, isto apoos ter executado uma rigorosa limpeza aos actuais, dispensando os menos produtivos.

Tem que ser.
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por dfviegas » 18/10/2012 15:04

Mas será que alguem viu, que esta medida já existe, mas em moldes mais justos, é só ler a página anterior.

Uma empresa não pode querer trabalhadores à borla, tem de pagar alguma coisa, senão empresas com menos escrupulos começariam a despedir para ir buscar esses trabalhadores.
 
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