Os professores que dão aulas que cuidem de si
Re: Agencia de Emprego.
mais_um Escreveu:bboniek00 Escreveu:Uns querem preto, outros branco... ningueem se entende. Ele ha profs que aqui escreveram (com ardor) o "ha de haver" sem agaa. Nao me pareceu "tipo", a coisa foi repetida, tomo-a por genuiina impreparac,ao.
Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
O resto ee conversa fiada.
Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
A escola serve o aluno em primeiro lugar, o resto ee acessoorio. Isto sabemos todos mas a exigencia ee maior para os docentes.
Nao me parecem tao preocupados como deviam, excluindo o seu prooprio interesse de classe.
Isso foi chao que deu uvas.
Não generalizando a todos os professores, concordo contigo, mas é preciso não esquecer que os responsáveis pela situação chegar ao que chegou foram os sucessivos governos que foram cedendo aos interesses da classe, descuidado o essencial, que é a escola existe para ensinar os alunos e não para dar emprego aos professores e funcionários auxiliares.
Estás de regresso, igual a ti mesmo!

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Re: Agencia de Emprego.
bboniek00 Escreveu: Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
A escola serve o aluno em primeiro lugar, o resto ee acessoorio. Isto sabemos todos mas a exigencia ee maior para os docentes.
Nao me parecem tao preocupados como deviam, excluindo o seu prooprio interesse de classe.
Isso foi chao que deu uvas.
Não sei se havia professores a mais, mas parece-me que não, parece-me que a idéia é mesmo cortar... do ano passado para este ano o limite de alunos por turma subiu de 26 para 28, para ano sobe para 30! Achas que isto é porque há professores a mais? Achas que a qualidade de ensino se vai manter?!
Para o ano, muitas disciplinas que era dadas por dois docentes passam a ser apenas por um, e outra que eram dadas por turnos (com metade da turma em cada um deles) vão deixar de o ser. Achas que o problema são professores a mais ou é apenas cortar? Achas que a qualidade do ensino se manterá?
O número de horas para as direções vão ser reduzidas, os mega-agrupamentos fragilizam as gestão forte e de proximidade. Achas que é porque há professores a mais ou é para cortar? achas que isto ajuda à manutenção da qualidade de ensino?
Não se enganem, a qualidade do ensino está a cair e para o ano cairá ainda mais, e bastante. Seria útil é que o Crato o dissesse diretamente para que os pais também tivessem noção do que ai vem e tentassem colaborar mais com as escolas ou, pelo menos, compreender o que se está a passar!
Se é preciso cortar tanto (eu duvido que fosse, há muito onde ainda não se cortou e há muito mais para cortar) que o digam e não andem com mentiras descaradas... ainda me estou a lembrar o secretário de estado que esteve no Prós e Contras e que garantiu (portanto mentiu com quantos dentes tem) que todos os mega-agrupamentos tinham sido criados por sujestão das próprias escolas ou por aceitação da maioria!



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Mas quem é que disse que a Ed. Fisica passa para 150 minutos semanais?
Pois é verdade ninguém disse que as aulas de educação física vão passar, mas é fácil também de perceber pela importância que se dá à disciplina. O ministério envia para as escolas uma bolsa de horas a dizer, agora dividam como entenderem, dando até a ideia que a escola fica com maior autonomia. Mas o que é facto é que essa bolsa de horas é mais reduzida do que a que existia. Se tirarem importância a uma outra disciplina pq não conta para as médias, onde é que naturalmente os directores vão tirar horas? É fácil e lógico.
Segundo consta as aulas de substituição vão acabar, devendo a escola continuar a promover a plena ocupação dos tempos lectivos. Uma das alternativas passa para a promoção de clubes integrados na filosofia do Desporto Escolar.[/quote]
Quanto às aulas de substituição também não ouvi que vão acabar, no entanto essas horas eram da componente não lectiva e as horas das disciplinas são da componente lectiva. Por outro lado em termos de gestão nunca seria possível utilizar essas horas contemplando todos os alunos.
O Desporto Escolar é outra falácia. Neste assunto também os sucessivos governos gostam de fazer de o utilizar como utilizava o Salazar a mocidade portuguesa. Mas a realidade é que o Desporto escolar vai acabar por desaparecer por completo. Ainda no governo Sócrates cada grupo-equipa que tinha direito a 4 tempos para treino e competições inter escolas, passou para 3 tempos, agora o pouco que vem mencionado é que passará para 2 tempos. Por isso como vês as alternativas são puras ilusões para desinformar quem não está por dentro dos assuntos.
Pois é verdade ninguém disse que as aulas de educação física vão passar, mas é fácil também de perceber pela importância que se dá à disciplina. O ministério envia para as escolas uma bolsa de horas a dizer, agora dividam como entenderem, dando até a ideia que a escola fica com maior autonomia. Mas o que é facto é que essa bolsa de horas é mais reduzida do que a que existia. Se tirarem importância a uma outra disciplina pq não conta para as médias, onde é que naturalmente os directores vão tirar horas? É fácil e lógico.
Segundo consta as aulas de substituição vão acabar, devendo a escola continuar a promover a plena ocupação dos tempos lectivos. Uma das alternativas passa para a promoção de clubes integrados na filosofia do Desporto Escolar.[/quote]
Quanto às aulas de substituição também não ouvi que vão acabar, no entanto essas horas eram da componente não lectiva e as horas das disciplinas são da componente lectiva. Por outro lado em termos de gestão nunca seria possível utilizar essas horas contemplando todos os alunos.
O Desporto Escolar é outra falácia. Neste assunto também os sucessivos governos gostam de fazer de o utilizar como utilizava o Salazar a mocidade portuguesa. Mas a realidade é que o Desporto escolar vai acabar por desaparecer por completo. Ainda no governo Sócrates cada grupo-equipa que tinha direito a 4 tempos para treino e competições inter escolas, passou para 3 tempos, agora o pouco que vem mencionado é que passará para 2 tempos. Por isso como vês as alternativas são puras ilusões para desinformar quem não está por dentro dos assuntos.
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ferradm Escreveu:A questão das horas, 180 passar para 150 minutos semanais, ao contrário do que alguns iluminados que aqui vão fazendo os seus comentários como sabedores absolutos da verdade, não tem nada que ver com interesses dos professores.
Mas quem é que disse que a Ed. Fisica passa para 150 minutos semanais?
Considerando as matrizes que o próprio ministério da Educação tem no seu site (que ainda não são oficiais), os 150 são valores minimos. A carga horária semanal dependerá do Director da escola. Em principio dependerá da duração do tempo lectivo (as escolas que mantiverem os 90 minutos, não precisam alterar as cargas horárias), quem passar para 50 minutos, pode (e deve?) encontrar alternativas, não só para a Ed. Fisica, mas também para todas as outras disciplinas que "reduziram" carga horária.
Segundo consta as aulas de substituição vão acabar, devendo a escola continuar a promover a plena ocupação dos tempos lectivos. Uma das alternativas passa para a promoção de clubes integrados na filosofia do Desporto Escolar.
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
... de perder dinheiro
ferradm Escreveu:elreidom Escreveu:ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
APPEFIS
No meu tempo, que não foi há muito, a Educação Física era opcional a partir do 10º ano nos cursos não relacionados com desporto. Já não é assim? Quanto a contar para as médias: se eu for concorrer a um curso de letras, por exemplo, faz sentido que a Educação Física conte para a média? Eu acho que não.
O problema é que se quis alargar cada vez mais as disciplinas que se ensina no secundário, e depois calcula-se médias com disciplinas que nenhum peso terão na formação superior dos candidatos às universidades.
Agora sobre as consequências: não podem ser "inimagináveis e incalculáveis". Têm de ser calculadas e explicadas para se perceber porque se considera a medida errada. Eu não percebi, daí que possa até estar enganado.
O problema de a educação física contar para a média pode ser discutivel, mas não nos termos que identificas, porque senão começamos a questionar todas as outras disciplinas. Isto é, utilizando o exemplo que deste de quem quer seguir letras, fará sentido a matemática contar para a média? A questão tem de ser equacionada de outra forma. O que é importante que um aluno que faça o secundário tenha de ter na sua formação? faz sentido ter ou não educação física, ou outra disciplina qualquer?. Esta é que é a questão. Pelos vistos este governo acho que não faz sentido a educação fisica. Pode-se ou não concordar com esta ideia. Agora vamos esperar pelas consequências que nestas coisas da educação só são visiveis a longo prazo.
Bom, mas a verdade é que eu questiono mesmo as outras disciplinas. Chamem-me saudosista, mas considero que o sistema que vigorava antes das sucessivas reformas iniciadas desastradamente pelo Roberto Carneiro estava bem melhor. Naturalmente, como colocas e bem a questão, não faz sentido nenhum a matemática contar para a média de quem concorre a letras. E antes destas reformas não contava, porque nem sequer havia matemática na área de humanísticas, se bem me lembro (não foi a minha área).
Já agora, nesta discussão está a partir-se de um pressuposto errado, que é julgar que a nota de EF deixa de pesar na conclusão do ensino secundário, o que não é verdade. Continua a ser exigida a aprovação nessa, como em toda as disciplinas. Ela simplesmente deixa de pesar na formação da média no caso de candidaturas a áreas diferentes. Portanto, aquilo que tu salientas como a questão fundamental:
O que é importante que um aluno que faça o secundário tenha de ter na sua formação? faz sentido ter ou não educação física, ou outra disciplina qualquer?
...está respondido. Os alunos continuam a ter Educação Física obrigatoriamente na sua formação para conclusão do ensino secundário. Portanto, continuo sem perceber quais os motivos para se contestar a medida.
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AikyFriu Escreveu:ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
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Por acaso discordo da ideia de Ed. Fisica não contar para a média do ensino Secundário. Afinal essa disciplina faz parte obrigatória do currículo.
Não confundir a média do Secundário com a nota de candidatura à Universidade. Não estou por dentro, mas pelo que sei, para além da média do secundário, conta, com um peso superior, as notas dos exames das disciplinas específicas.
Quanto à passagem da carga horária da disciplina de Ed. Fisica, de 180 para 150 minutos, parecem-me reclamações sem sentido, pois os 150 minutos são os valores minimos, as escolas podem até aumentar a carga horária para 200h.
O que se passa é que as grelhas (ainda não oficiais), de modo a permitir às escola gerir a duração das aulas (45/90 minutos ou 50 minutos ou outros), indicam valores minimos que cada disciplina tem que ter por semana, e a duração máxima do total de disciplinas por ano.
Houve várias disciplinas cujo valor minimo diminuiu no 10º e 11º anos: Ed.Fisica, Filisofia, Lingua Estrangeira, a disciplina Trienal.
PS: não estou a par do que se passa no ensino básico, por isso o meu comentário apenas é válido para o ensino secundário
A questão das horas, 180 passar para 150 minutos semanais, ao contrário do que alguns iluminados que aqui vão fazendo os seus comentários como sabedores absolutos da verdade, não tem nada que ver com interesses dos professores.
Claro está, que vai também mexer com os horários disponíveis. Mas a questão é outra. Um dos objectivos da educação física que os governantes gostam de evocar à boca cheia é a promoção da saúde (fica bem dizer isto, a saúde é coisa que faz bem a todos). Ora a organização mundial da saúde diz claramente que só existem verdadeiros ganhos para a saúde de um individuo, se este fizer actividade física no mínimo 1 hora por dia. Na sociedade em que vivemos se não for na escola, muitas crianças não fazem qq tipo de actividade física com as consequências para a saúde todos sabemos. Mas como se olha para os problemas no imediato e estas coisas só tem efeitos passados uns anos, ninguém se preocupa. É fácil de ver que, se hoje o ministério da saúde é um caso complicado nos dos dinheiros públicos vamos ver como será nas próximas gerações. A obesidade a aumentar de forma galopante, a diabetes em crianças cada vez mais novas, os acidentes cardiovasculares que começam a ser a principal causa de morte. Bom mas isso agora não interessa nada, à boa maneira portuguesa quem vier atrás que feche a porta.
Ah , já me esquecia, querem tirar horas à educação física? então tirem de lá também a palavra “saúde” dos objectivos.
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Re: Agencia de Emprego.
majomo Escreveu:bboniek00 Escreveu:Uns querem preto, outros branco... ningueem se entende. Ele ha profs que aqui escreveram (com ardor) o "ha de haver" sem agaa. Nao me pareceu "tipo", a coisa foi repetida, tomo-a por genuiina impreparac,ao.
Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
O resto ee conversa fiada.
Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
A escola serve o aluno em primeiro lugar, o resto ee acessoorio. Isto sabemos todos mas a exigencia ee maior para os docentes.
Nao me parecem tao preocupados como deviam, excluindo o seu prooprio interesse de classe.
Isso foi chao que deu uvas.
Again, já admitiste que de educação pouco sabes... qual o objetivo de te repetires com crenças sobre os professores...
Se esqueceres a minha proopria, livre e voluntaaria admissao de pouco conhecimento, se te dedicares a debater o conteuudo do que escrevi, isso caso te interesse fazee-lo, talvez a participac,ao de ambos possa ter algum interesse.
Caso prefiras "atacar o mensageiro" bateste na porta errada: eu nao sou o Ministro da Educac,ao nem represento a Opiniao Puublica.
Por isso dispenso catequistas ou perguntas a que nao quero responder.

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Re: Agencia de Emprego.
bboniek00 Escreveu:Uns querem preto, outros branco... ningueem se entende. Ele ha profs que aqui escreveram (com ardor) o "ha de haver" sem agaa. Nao me pareceu "tipo", a coisa foi repetida, tomo-a por genuiina impreparac,ao.
Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
O resto ee conversa fiada.
Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
A escola serve o aluno em primeiro lugar, o resto ee acessoorio. Isto sabemos todos mas a exigencia ee maior para os docentes.
Nao me parecem tao preocupados como deviam, excluindo o seu prooprio interesse de classe.
Isso foi chao que deu uvas.
Não generalizando a todos os professores, concordo contigo, mas é preciso não esquecer que os responsáveis pela situação chegar ao que chegou foram os sucessivos governos que foram cedendo aos interesses da classe, descuidado o essencial, que é a escola existe para ensinar os alunos e não para dar emprego aos professores e funcionários auxiliares.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Re: Agencia de Emprego.
bboniek00 Escreveu:Uns querem preto, outros branco... ningueem se entende. Ele ha profs que aqui escreveram (com ardor) o "ha de haver" sem agaa. Nao me pareceu "tipo", a coisa foi repetida, tomo-a por genuiina impreparac,ao.
Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
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Again, já admitiste que de educação pouco sabes... qual o objetivo de te repetires com crenças sobre os professores...

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Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
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Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
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Nao me parecem tao preocupados como deviam, excluindo o seu prooprio interesse de classe.
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Mas isto para dizer que durante deecadas o Ministeerio da Educac,ao foi transformado em ageencia de emprego para os professores, e a escola foi-se transformando lentamente no local de trabalho destes agentes do sistema em que, por acaso, atee haviam alunos e podia, ocasionalmente, ocorrer uma transfereencia de conhecimento. Isto acrescido da demissao dos pais, generalizando sem grande injustic,a, deu uma grandessissima pobreza no ensino, uma gerac,ao e meia de ignorantes.
O resto ee conversa fiada.
Ningueem se entende e o Crato, sem verbas que o Gaspar nao lhe daa, comec,ou a cortar a toorto e a direito, mas havia de facto muito onde cortar. Nao estamos em tempos de ter professores a mais no ensino puublico. Eles custam dinheiro que todos pagam, ora o racionamento deve abranger o ensino, ha muito onde racionalizar e, por certo, nao ee andando aa volta de horaarios convenientes para os professores que o assunto merece mais cuidado.
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ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
APPEFIS
Por acaso discordo da ideia de Ed. Fisica não contar para a média do ensino Secundário. Afinal essa disciplina faz parte obrigatória do currículo.
Não confundir a média do Secundário com a nota de candidatura à Universidade. Não estou por dentro, mas pelo que sei, para além da média do secundário, conta, com um peso superior, as notas dos exames das disciplinas específicas.
Quanto à passagem da carga horária da disciplina de Ed. Fisica, de 180 para 150 minutos, parecem-me reclamações sem sentido, pois os 150 minutos são os valores minimos, as escolas podem até aumentar a carga horária para 200h.
O que se passa é que as grelhas (ainda não oficiais), de modo a permitir às escola gerir a duração das aulas (45/90 minutos ou 50 minutos ou outros), indicam valores minimos que cada disciplina tem que ter por semana, e a duração máxima do total de disciplinas por ano.
Houve várias disciplinas cujo valor minimo diminuiu no 10º e 11º anos: Ed.Fisica, Filisofia, Lingua Estrangeira, a disciplina Trienal.
PS: não estou a par do que se passa no ensino básico, por isso o meu comentário apenas é válido para o ensino secundário
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AutoMech Escreveu:No cálculo das médias do secundário havia algum tipo de ponderação por disciplina ou quem queira ir para engenharia ou economia, por exemplo, tinha o mesmo peso de filosofia, matemática e de educação física na média final (antes de exames) ?
Não há nenhum tipo de ponderação. Todas as disciplinas contam para a média. Claro que a partir do 10º ano há difrentes areas que os alunos optam. A educação física está sempre presente em qq área. Ou melhor estava, parece que vai deixar de estar.
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elreidom Escreveu:ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
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No meu tempo, que não foi há muito, a Educação Física era opcional a partir do 10º ano nos cursos não relacionados com desporto. Já não é assim? Quanto a contar para as médias: se eu for concorrer a um curso de letras, por exemplo, faz sentido que a Educação Física conte para a média? Eu acho que não.
O problema é que se quis alargar cada vez mais as disciplinas que se ensina no secundário, e depois calcula-se médias com disciplinas que nenhum peso terão na formação superior dos candidatos às universidades.
Agora sobre as consequências: não podem ser "inimagináveis e incalculáveis". Têm de ser calculadas e explicadas para se perceber porque se considera a medida errada. Eu não percebi, daí que possa até estar enganado.
O problema de a educação física contar para a média pode ser discutivel, mas não nos termos que identificas, porque senão começamos a questionar todas as outras disciplinas. Isto é, utilizando o exemplo que deste de quem quer seguir letras, fará sentido a matemática contar para a média? A questão tem de ser equacionada de outra forma. O que é importante que um aluno que faça o secundário tenha de ter na sua formação? faz sentido ter ou não educação física, ou outra disciplina qualquer?. Esta é que é a questão. Pelos vistos este governo acho que não faz sentido a educação fisica. Pode-se ou não concordar com esta ideia. Agora vamos esperar pelas consequências que nestas coisas da educação só são visiveis a longo prazo.
Editado pela última vez por ferradm em 14/6/2012 17:00, num total de 1 vez.
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ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
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No meu tempo, que não foi há muito, a Educação Física era opcional a partir do 10º ano nos cursos não relacionados com desporto. Já não é assim? Quanto a contar para as médias: se eu for concorrer a um curso de letras, por exemplo, faz sentido que a Educação Física conte para a média? Eu acho que não.
O problema é que se quis alargar cada vez mais as disciplinas que se ensina no secundário, e depois calcula-se médias com disciplinas que nenhum peso terão na formação superior dos candidatos às universidades.
Agora sobre as consequências: não podem ser "inimagináveis e incalculáveis". Têm de ser calculadas e explicadas para se perceber porque se considera a medida errada. Eu não percebi, daí que possa até estar enganado.
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mfsr1980 Escreveu:ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
APPEFIS
Até que enfim que se toma medidas racionais. Não é preciso argumentos, os Clubes e associações que se danem!


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ferradm Escreveu:É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
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Até que enfim que se toma medidas racionais. Não é preciso argumentos, os Clubes e associações que se danem!
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É com profunda preocupação que transmitimos a seguinte informação:
Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
As consequências diretas (nas atividades curriculares e extra-curriculares) e indiretas (nos Clubes, nas Federações, associações desportivas) de tais medidas são inimagináveis e incalculáveis.
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Hoje, em Coimbra, numa reunião tida com as Direções das escolas, a propósito do despacho sobe a organização do ano letivo, o Diretor Geral de Educação e a adjunta do Ministro reafirmou, verbal e formalmente, a intenção do Ministério de Educação em terminar com a classificação da disciplina de Educação Física para o cálculo da média final dos alunos no ensino secundário.
Acrescentando esta medida com a já divulgada alteração das matrizes curriculares, onde a disciplina de Educação Física poderá passar, segundo o critério da Direção da Escola, de 180 minutos para 150 minutos, concretiza-se o maior «ataque» institucional dos últimos vinte anos a esta disciplina bem como a todos os pais e jovens que nos últimos anos têm investido na sua formação.
Nenhum argumento foi, é, nem poderia ser apresentado para implementação de tais medidas! Nem económica, nem científica, nem pedagógica, nem cultural.
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Vale a pena ler esta "redacção" da escritora Teoli
Vale a pena ler esta "redacção" da escritora Teolinda Gersão sobre o actual ensino de português nas escolas. E sobre os atropelos assassinos que, ao abrigo de um acordo idiota e sem sentido, as novas gerações se preparam para fazer à sua língua.
Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles.
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática).
Teolinda Gersão, Junho, 2012
Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles.
Redacção – Declaração de Amor à Língua Portuguesa
Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, ”algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática).
Teolinda Gersão, Junho, 2012
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- Registado: 25/1/2012 12:00
Eu estou por dentro do que se passa na minha zona (Algarve).
Posso-te dizer que as autarquias foram ouvidas e os Directores informados, sem direito a reclamar.
O facto do poder politico arranjar truques para fintar a lei, prova o quê?
No teu primeiro post generalizaste. Agora consegues arranjar um exemplo vindo de uma origem dúbia! o que é isso prova?
Volto a repetir: no Algarve todas as escolas vão para Mega agrupamentos (e preparadas para Mega Megaagrupamentos). A excepção, é a minha escola, por duas razões: está uma confusão por causa das obras (semi)paradas e dividas da construtora que entretanto faliu e porque a escola básica é uma TEIP.
Posso-te dizer que as autarquias foram ouvidas e os Directores informados, sem direito a reclamar.
O facto do poder politico arranjar truques para fintar a lei, prova o quê?
No teu primeiro post generalizaste. Agora consegues arranjar um exemplo vindo de uma origem dúbia! o que é isso prova?
Volto a repetir: no Algarve todas as escolas vão para Mega agrupamentos (e preparadas para Mega Megaagrupamentos). A excepção, é a minha escola, por duas razões: está uma confusão por causa das obras (semi)paradas e dividas da construtora que entretanto faliu e porque a escola básica é uma TEIP.
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
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Frio, gelado
Aikifriu, é só para te escrever que estás muito frio. Tenta obter informação para ver se chegas ao morno.
Truques
Cá está o que me palpitava! Os velhos truques... não se passa nada é só para convencer quem nos emprestou o guito.
http://educar.wordpress.com/2012/06/13/ ... ent-708255
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AikyFriu Escreveu:Concordo com quase tudo o que dizes, só não concordo, ou melhor não é realizável, a passagem dos professores para os quadros. Isso iria originar um grande nº de professores sem horário
Pois, eu disse que ou isso ou encontrar um qualquer acordo de indemnização. Mas o que estava a pensar era realmente não cortar tanto, pelo menos para já... acho que aquilo que se poupa não justifica a perda de qualidade que o sistema vai sofrer... aquele que eu penso que vai sofrer!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Há mais de 20 anos que apenas trabalho em escolas com o ensino Secundário.
É facil de falar para que mora perto dos grandes centros urbanos. Diz isso a quem mora a 300 Km da universidade mais próxima.
A habilitação ultrapassou completamente 18 anos de experiência!!!
Em minha opinião foi uma das maiores injustiças que foram cometidas no ensino. Como referi, a outra é a não recuperação do tempo de serviço de quem ainda não está na carreira. A terceira é a maneira como os chamados Técnicos Especializados são tratados (esses sim os verdadeiros explorados do sistema)
Concordo com quase tudo o que dizes, só não concordo, ou melhor não é realizável, a passagem dos professores para os quadros. Isso iria originar um grande nº de professores sem horário.
Acho que era importante, que as vagas nos quadros fossem preenchidas imediatamente após o titular sair e as escolas, no final do ano lectivo indicarem outras possiveis vagas nos quadros, como acontecia antes da Mª de Lurdes.
Não faz sentido que ano após ano as escolas tenham horários completos a concurso e não possam abrir uma vaga. Tal como não faz sentido abrir uma vaga, se a escola tem sempre um horário incompleto.
artista Escreveu:Ou então faziam à noite como fez um amigo meu, isso é normal, não tinham habilitação profissional eram ultrapassados pelos que a tinham!
É facil de falar para que mora perto dos grandes centros urbanos. Diz isso a quem mora a 300 Km da universidade mais próxima.
A habilitação ultrapassou completamente 18 anos de experiência!!!
Em minha opinião foi uma das maiores injustiças que foram cometidas no ensino. Como referi, a outra é a não recuperação do tempo de serviço de quem ainda não está na carreira. A terceira é a maneira como os chamados Técnicos Especializados são tratados (esses sim os verdadeiros explorados do sistema)
artista Escreveu:Boa pergunta, mas ela tem vários pontos, e pontos de vista!
É preciso ter em conta a situação do país, tenho algumas dúvidas que as alterações que se vão fazer não tenham já ultrapassado a razoabilidade. Para os anos as condições de ensino vão degradar-se bastante. Haverá mais alunos por turma, menos professores nas escolas, dificilmente os professores não andarão mais desgastados e dificilmente haverá condições aceitáveis na maioria das salas de aula. Dai que eu acho que os cortes agora efetuados ultrapassam o aceitável na medida em que me parece que vão degradar muito a qualidade do ensino... acho que a haver cortes seria preferível acabar com mais algumas disciplinas ou reduzir mais a carga horária!
Olhando para a situação dos contratados parece-me que seria justo que todos os que tivessem mais que x anos de serviço deviam passar aos quadros ou ser-lhes proposta uma indemnização para sair. Aliás é isso que tem sido falado nos últimos dias, ainda há cerca de uma hora estava a falar disso aqui na TV. Mas eu duvido que vá dar alguma coisa, da mesma forma que acabaram com as indemnizações por caducidade de contrato e todas as sugestões do provedor de justiça e outras deram em nada... o que sei é que nenhuma empresa poderia ter um funcionário 5/10/15/20 anos com contratos precários todos os anos. Ainda para mais nem sempre completos, nem sempre de 1 de Setembro a 31 de Agosto. O Estado tem tratado os professores contratados de forma ilegal, injusta e vergonhosa! Ainda para mais quando os diversos governos tinham prometido passar para os quadros estes professores, afinal estão a passá-los é para o desemprego, sugerindo-lhes a imigração!
As coisas não são comparáveis e até podem ser demagógicas, mas o estado poupará cerca de 150/200 milhões de euros/ano com o corte de 12/15 mil professores que vai fazer este ano... no BCP e BPI vai meter 4,5 mil milhões de euros!
Mas o que realmente me preocupa é a qualidade do ensino, espero que me engane mas acho que se vai degradar muito este ano. Acho que ser professor vai ser (ainda) mais difícil e desgastante. E é sobretudo por isto (muito menos do que a situação e o vencimento que tenho) que tenho estado a pensar em alternativas...
Concordo com quase tudo o que dizes, só não concordo, ou melhor não é realizável, a passagem dos professores para os quadros. Isso iria originar um grande nº de professores sem horário.
Acho que era importante, que as vagas nos quadros fossem preenchidas imediatamente após o titular sair e as escolas, no final do ano lectivo indicarem outras possiveis vagas nos quadros, como acontecia antes da Mª de Lurdes.
Não faz sentido que ano após ano as escolas tenham horários completos a concurso e não possam abrir uma vaga. Tal como não faz sentido abrir uma vaga, se a escola tem sempre um horário incompleto.
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AikyFriu Escreveu:Uma coisa já percebi... estamos a falar de realidades diferentes: quando penso em escola tenho tendência a falar do Secundário, que foi sempre onde estive. Tu estás no Básico, daí alguma diferença de realidades, nomeadamente nas disciplinas de 2 horas. No Secundário também não há "estudo acompanhado" nem essas disciplinas afins... havia Formação Cívica, mas o C.Pedagógico da minha escola decidiu atribuir ao DT, que, obrigatoriamente teve formação na área, logo era efectivo na escola. Como abandonei a Gestão da escola antes do inicio do ano lectivo, não sei se houve excepções, motivadas por situações após o inicio do ano.
A minha escola tem 3º ciclo e secundário, deverá ser igual à tua!
AikyFriu Escreveu:Insisto que nenhum horário completo é aceite com falta de horas, nem com horas extraordinárias (as excepções têm que ser muito bem explicadas). Já me aconteceu ser a Inspecção a obrigar a retirar uma DT de um efectivo para um horário em oferta de escola, porque assim evitava horas extraordinárias.
Não percebo porque é que estás a insistir nisto?! Obviamente que os horários têm de ser completos, as direções de turma é que já deviam estar nesses horários! Admitindo eu que podia haver uma ou outra que ficasse de fora...
Repara, eu nem digo que todas as escolas fazem o que estou a dizer, apenas que muitas fazem. Eu até tenho dois grandes amigos (que estão nos quadros) que me dizem que nas escolas deles não há contratados com direções de turma, a não ser que estejam a substituir alguém que está de baixa e é DT.
AikyFriu Escreveu:Já agora não confundas DT com os outros cargos. A DT é o "único" cargo que dá redução da componente lectiva.
Eu nunca confundi, nem sei porque estás outra vez a falar disso!?
AikyFriu Escreveu:Quanto às diferenças entre a CGA e a SS, confesso que não sei muito bem quais são. Felizmente nunca meti um atestado médico.
Eu também não, mas já fui dar aulas um dia às 13:30 depois de ter saído às 11:30 do hospital onde passei a noite a soro. Ou ia ao meu médico de família ver se ele me passava um atestado médico com o papel do hospital (e não recebia o dia) ou ia dar aulas, achei que conseguia, mas estava enganado, a coisa esteve negra... outra vez, há 3 anos, fiz uma endoscopia com sedação e a médica proibiu-me de ir dar aulas nesse dia, passou-me um papel de "baixa médica para funcionário público" e afinal não servia para os contratados, meti um dia de férias, a direção autorizou!

AikyFriu Escreveu:O professor que referi, que ao fim de 18 anos teve que abandonar o ensino (garanto-te que houve muitos exemplos, sobretudo em historia, português, geografia) nada podiam fazer, porque quando tiraram as licenciaturas estas não tinham o estagio integrado. A alternativa era voltarem à universidade, o que implicava não leccionar, perder uns lugares (sem falar na família).
Os professores com habilitações suficientes, tal como os outros contratados, faziam todas as tarefas na escola, até mais do que agora (na primeira vez que fiz parte de um Conselho Directivo, estava colocado com habilitações suficientes).
Apesar de terem habilitação suficiente, estamos a falar de professores licenciados. Profissionalizados só havia os que eram efectivos e faziam a profissionalização em serviço. Se bem me lembro os cursos para o ensino, começaram a aparecer no meio da década de 90, muitas vezes eram as antigas licenciaturas em que uma ou 2 disciplinas foram trocadas (se calhar estou a generalizar incorrectamente, mas conheço casos destes)
Ou então faziam à noite como fez um amigo meu, isso é normal, não tinham habilitação profissional eram ultrapassados pelos que a tinham!
AikyFriu Escreveu:Não tenho dúvidas que as condições dos professores se degradaram. O que afirmo é que se degradaram para todos. Os mais jovens têm oportunidades de (re)começar noutro sitio, o que não é fácil para alguém com 50 ou 60 anos, nalguns casos com filhos a frequentar universidades.
Para finalizar este debate faço-te uma pergunta: se fosses ministro da educação, o que farias para melhorar a situação dos professores na tua situação?
Boa pergunta, mas ela tem vários pontos, e pontos de vista!
É preciso ter em conta a situação do país, tenho algumas dúvidas que as alterações que se vão fazer não tenham já ultrapassado a razoabilidade. Para os anos as condições de ensino vão degradar-se bastante. Haverá mais alunos por turma, menos professores nas escolas, dificilmente os professores não andarão mais desgastados e dificilmente haverá condições aceitáveis na maioria das salas de aula. Dai que eu acho que os cortes agora efetuados ultrapassam o aceitável na medida em que me parece que vão degradar muito a qualidade do ensino... acho que a haver cortes seria preferível acabar com mais algumas disciplinas ou reduzir mais a carga horária!
Olhando para a situação dos contratados parece-me que seria justo que todos os que tivessem mais que x anos de serviço deviam passar aos quadros ou ser-lhes proposta uma indemnização para sair. Aliás é isso que tem sido falado nos últimos dias, ainda há cerca de uma hora estava a falar disso aqui na TV. Mas eu duvido que vá dar alguma coisa, da mesma forma que acabaram com as indemnizações por caducidade de contrato e todas as sugestões do provedor de justiça e outras deram em nada... o que sei é que nenhuma empresa poderia ter um funcionário 5/10/15/20 anos com contratos precários todos os anos. Ainda para mais nem sempre completos, nem sempre de 1 de Setembro a 31 de Agosto. O Estado tem tratado os professores contratados de forma ilegal, injusta e vergonhosa! Ainda para mais quando os diversos governos tinham prometido passar para os quadros estes professores, afinal estão a passá-los é para o desemprego, sugerindo-lhes a imigração!
As coisas não são comparáveis e até podem ser demagógicas, mas o estado poupará cerca de 150/200 milhões de euros/ano com o corte de 12/15 mil professores que vai fazer este ano... no BCP e BPI vai meter 4,5 mil milhões de euros!
Mas o que realmente me preocupa é a qualidade do ensino, espero que me engane mas acho que se vai degradar muito este ano. Acho que ser professor vai ser (ainda) mais difícil e desgastante. E é sobretudo por isto (muito menos do que a situação e o vencimento que tenho) que tenho estado a pensar em alternativas...
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