Lucro das Farmácias
Palmix Escreveu:Reislb Escreveu:andre_ferreira Escreveu:paulop2009 Escreveu:
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
.
esta aqui é de mestre.
mas não percebo, a industria saí bastante lesada com isto.
isto impede que as farmacias façam uma gestao rigorosa do stock e, como tal, desperdicio.
Admira-me que alguém que diz ser do "sector" diz isto.
Senhor Paulo, porque não refere que o IVA "vai ao ar".
De facto, a indústria devolve o dinheiro mas a Farmácia fica sem o IVA, como é lógico. E como tal, perde dinheiro.
Quanto à opinião do "concordo", isso diz muito acerca dos portugueses.
Cumprimentos.
O meu amigo sabe ou já ouviu falar de apuramento do IVA?
Sabe o que é IVA a pagar e IVA a receber?
Quando disse que o IVA ía "ao ar" referia-me ao IVA dedutivel, ou seja, ao imposto pago na compra.
Se o produto não foi vendido, como é lógico não há o IVA liquidado.
Cumprimentos.
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
Compra um barco a motor."
paulop2009 Escreveu:economy Escreveu:Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:
"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"
Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.
Isto era uma liberdade metafórica, que não era para ser levada à letra.
Anyway, experimenta pensar que tens um supermercado, e depois vem outro senhor e mete outro supermercado ao lado.
já faz sentido a comparação?
Paulo com todo o respeito, estás a comparar algo que não faz qualquer sentido.
Se não vejamos, tu vais comprar umas calças, por exemplo,e pagas x€. A loja fica sem o produto mas tem logo o seu lucro.
Numa farmácia, o "produto" sai, mas apenas se tem o lucro quando o "Estado decidir pagar". E isto quando paga.
Pergunto algém se já viu a "correcção de receitas" que é feita na Maia. Acreditam que as receitas são devolvidas se aparecerem com algum número da data mais carregada com a caneta. Não me refiro a uma rasura ou emenda, apenas à cor estar mais carregada.
Claro que com a receita imprimida num PC, tal problema não se coloca agora, mas que nos últimos 3/4 anos era vergonhoso. A mim parece-me desculpa de mau pagador.
Outro cenário, acontece com a revisão dos preços. Porque o que tem acontecido nos últimos tempos é que com a descida dos preços, as farmácias têm de vender com uma margem negativa. Por exemplo, comprar um determinado medicamento em 2010 por 7€ e vender em 2011 por 6€, simplesmente porque "decidiram" baixar o seu preço.
Numa loja de retalho, tal não acontece, a menos que o proprietário/gestor assim o decida por algum motivo.
NA loja a retalho, existe sobretudo duas partes envolvidas, o comerciante e o comprador. Na farmácia existem 3 partes, sendo o terceiro (Estado), o que mais peso tem na tomada de decisões.
Portanto, não faz sentido comparar algo que não tem comparação possível.
Cumprimentos
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
Compra um barco a motor."
Reislb Escreveu:andre_ferreira Escreveu:paulop2009 Escreveu:
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
.
esta aqui é de mestre.
mas não percebo, a industria saí bastante lesada com isto.
isto impede que as farmacias façam uma gestao rigorosa do stock e, como tal, desperdicio.
Admira-me que alguém que diz ser do "sector" diz isto.
Senhor Paulo, porque não refere que o IVA "vai ao ar".
De facto, a indústria devolve o dinheiro mas a Farmácia fica sem o IVA, como é lógico. E como tal, perde dinheiro.
Quanto à opinião do "concordo", isso diz muito acerca dos portugueses.
Cumprimentos.
O meu amigo sabe ou já ouviu falar de apuramento do IVA?
Sabe o que é IVA a pagar e IVA a receber?
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Há de facto muito disparate aqui escrito...
Em primeiro lugar o lobby das farmácias existe, e tem perdido algum poder, or motivos obvios.
Nunca percebi a regulação de mercado do sector retalhista farmaceutico. Porque raio é que as farmácias só podem abrir de x em x metros e consoante a população!? Se é tão benéfico usem o mesmo método para os restantes sectores.
O mercado é frio e extremamento justo/injusto, depende do ponto de vista. Ele encarrega-se sempre de regular o sistema.
O Dr. João Cordeiro, que não é burro nenhum, faz o papel dele...e os governos anteriores foram caindo atrás, tal o amadorismo na situação, desconhecimento total do sector, etc...
O homem conseguiu dar a volta a um sector completamente destruido...há uns 30 anos quem é que queria ter uma farmácia?
Desde há 10 anos para cá, conseguiu dar a volta e montou um esquema que torna as farmácias o melhor negócio do País! Sim o melhor...
O roubo ao Estado é de tal ordem que as farmácias chegam a ter margens de mais de 1000%.
Na maioria dos negócios não existe margem de lucro garantida. Estes senhores têm...e parece que estão descontentes...querem mais!
O problema é que agora chegou um tal de Sr. Macedo, um tipo tramado. Tão tramado que ia conseguindo meter a DGCI nos eixos, não fossem as politiquices do meio.
Pois, este senhor vem agora meter a colher no sector das farmácias, como em outros sectores.
Este descalabro tem que acabar...
Nada tenho contra os proprietarios das farmacias, nada mesmo. Compreendo a sua perseguição e defesa do sector, margens de lucros, etc.
Mas, enquanto contribuinte sinto-me muito bem representado por este ministro e revejo-me em algumas medidas que começam a ser tomadas, sendo esta uma delas.
Caro PauloP, concordo inteiramente contigo quando dizes que as farmácias são geridas por pessoal que não faz a minima ideia de nada...
Esse é o problema das farmácias, dos hospitais, do País...
Mas sabes quem está a ser o bode expiatório da crise? Esses mesmos, os gestores...os tais que ganhem milhões...que andaram anos a avisar para o tombo que se aproximava...o País!? Esse vivia como queria e lhe apetecia...
Esses malandros dos gestores...
Em primeiro lugar o lobby das farmácias existe, e tem perdido algum poder, or motivos obvios.
Nunca percebi a regulação de mercado do sector retalhista farmaceutico. Porque raio é que as farmácias só podem abrir de x em x metros e consoante a população!? Se é tão benéfico usem o mesmo método para os restantes sectores.
O mercado é frio e extremamento justo/injusto, depende do ponto de vista. Ele encarrega-se sempre de regular o sistema.
O Dr. João Cordeiro, que não é burro nenhum, faz o papel dele...e os governos anteriores foram caindo atrás, tal o amadorismo na situação, desconhecimento total do sector, etc...
O homem conseguiu dar a volta a um sector completamente destruido...há uns 30 anos quem é que queria ter uma farmácia?
Desde há 10 anos para cá, conseguiu dar a volta e montou um esquema que torna as farmácias o melhor negócio do País! Sim o melhor...
O roubo ao Estado é de tal ordem que as farmácias chegam a ter margens de mais de 1000%.
Na maioria dos negócios não existe margem de lucro garantida. Estes senhores têm...e parece que estão descontentes...querem mais!
O problema é que agora chegou um tal de Sr. Macedo, um tipo tramado. Tão tramado que ia conseguindo meter a DGCI nos eixos, não fossem as politiquices do meio.
Pois, este senhor vem agora meter a colher no sector das farmácias, como em outros sectores.
Este descalabro tem que acabar...
Nada tenho contra os proprietarios das farmacias, nada mesmo. Compreendo a sua perseguição e defesa do sector, margens de lucros, etc.
Mas, enquanto contribuinte sinto-me muito bem representado por este ministro e revejo-me em algumas medidas que começam a ser tomadas, sendo esta uma delas.
Caro PauloP, concordo inteiramente contigo quando dizes que as farmácias são geridas por pessoal que não faz a minima ideia de nada...
Esse é o problema das farmácias, dos hospitais, do País...
Mas sabes quem está a ser o bode expiatório da crise? Esses mesmos, os gestores...os tais que ganhem milhões...que andaram anos a avisar para o tombo que se aproximava...o País!? Esse vivia como queria e lhe apetecia...
Esses malandros dos gestores...
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Reislb Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Quanto ao preço dos medicamentos em Portugal são bem mais caros que em muitos Países desenvolvidos, o porque nao sei, mas tenho ca duas ideias. Uma delas é a margem de lucro de certeza.
Sr. Lion, de facto, o preço praticado em Portugal é ligeiramente superior em relação à maioria dos países da Europa. No entanto, as margens praticada por cá são inferiores comparadas com os mesmos países.
Como a sua primeira ideia foi uma completa asneira, quer partilhar a sua segunda ideia??!!!
Cumprimentos.
Aqui vão 2 (que podem não ser as mesmas do Lion)
1 - liberalização da propriedade das farmácias. Têm obviamente que ter condições para abrir e têm que ter directores técnicos e afins. Mas parece-me um erro as garantias populacionais por farmácia que são impostas.
2 - "Tenders". Na dinamarca, país unanimemente desenvolvido, o estado faz "tenders" quinzenais. Ou seja, a cada quinzena toda a indústria envia um preço por cada molécula. Quem enviar o preço mais baixo ganha e fica com todo o mercado. Por exemplo, imaginem que na simvastatina ganha a Mylan: quem quiser mylan é de borla, quem quiser de outra marca paga do seu bolso.
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economy Escreveu:Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:
"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"
Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.
Isto era uma liberdade metafórica, que não era para ser levada à letra.
Anyway, experimenta pensar que tens um supermercado, e depois vem outro senhor e mete outro supermercado ao lado.
já faz sentido a comparação?
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Lion_Heart Escreveu:Quanto ao preço dos medicamentos em Portugal são bem mais caros que em muitos Países desenvolvidos, o porque nao sei, mas tenho ca duas ideias. Uma delas é a margem de lucro de certeza.
Sr. Lion, de facto, o preço praticado em Portugal é ligeiramente superior em relação à maioria dos países da Europa. No entanto, as margens praticada por cá são inferiores comparadas com os mesmos países.
Como a sua primeira ideia foi uma completa asneira, quer partilhar a sua segunda ideia??!!!
Cumprimentos.
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andre_ferreira Escreveu:paulop2009 Escreveu:
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
.
esta aqui é de mestre.
mas não percebo, a industria saí bastante lesada com isto.
isto impede que as farmacias façam uma gestao rigorosa do stock e, como tal, desperdicio.
Admira-me que alguém que diz ser do "sector" diz isto.
Senhor Paulo, porque não refere que o IVA "vai ao ar".
De facto, a indústria devolve o dinheiro mas a Farmácia fica sem o IVA, como é lógico. E como tal, perde dinheiro.
Quanto à opinião do "concordo", isso diz muito acerca dos portugueses.
Cumprimentos.
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
Compra um barco a motor."
Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:
"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"
Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
Respondendo a este argumento sem qualquer nexo do Paulop2009:
"Uma loja Gant e ao lado uma loja Tommy"
Os artigos da loja Gant são exclusivos e totalmente distintos dos da loja Tommy, para além disso algumas pessoas gostam de vestir diferente e não se importam de pagar mais o que não tem nada a ver com os medicamentos que são todos iguais.
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paulop2009 Escreveu:
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
.
esta aqui é de mestre.
mas não percebo, a industria saí bastante lesada com isto.
isto impede que as farmacias façam uma gestao rigorosa do stock e, como tal, desperdicio.
Caros,
deixem-me dar aqui alguns passos atrás, mas como eu faço parte "do sector" acho que não conseguimos ter uma discussão acertada com base nalgumas falácias que aqui encontrei.
Ora, vamos lá ver se consigo listar as ditas
Sobre as novas margens
Não se pode comparar estas margens com as actuais desta forma, uma vez que estamos a comparar percentagens sobre bases diferentes.
Antes de mais, alguns conceitos sobre a formação de preços do medicamento
PVP - preço que o consumidor paga
PVP sem Iva - 6% de IVA nesta categoria
PVF - Preço de Venda à Farmácia (preço que o armazenista cobra á farmácia)
PVA - Preço de Venda ao Armazenista (preço que a indústria farmaceutica cobra ao armazenista)
Ora bem, na lei actual refere-se que para medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados (ou seja, a esmagadora maioria) a margem da farmácia é 20% do PVP sem IVA e a do armazenista é 8% do PVP sem IVA. Notem que na lei actual as percentagens sobem mas têm como base o PVA. A percentagem sobe, mas o valor absoluto desce.
Para compararmos batatas com batatas (ou seja, todas as percentagens em função do PVA) temos que as margens actuais são de 27.78% do PVA para a farmácia e 11.11% do PVA para o armazenista.
Com isto, fica claro que as margens descem em todos os casos. Sobe um pozinho nos medicamentos abaixo de 5€ mas o resto leva uma castanhada valente.
Com isto fica claro que o "viva o cordeiro" não faz sentido.
Por que é que as farmácias estão falidas?
1 - A razão principal é que a maioria das farmácias têm sido geridas por farmaceuticos que não têm a mínima ideia do que é a gestão. Ficariam os meus amigos chocados (como eu fiquei quando cheguei ao sector) por ver como farmácias que vendem 1M€/ano são geridas por gente que não sabe sequer calcular margens de lucro ou entender a vantagem de gestão de stocks.
2 - a 2ª razão é que há farmácias que foram vendidas, no tempo das vacas gordas, por um factor de 2x as vendas anuais. Quem se meteu no negócio assumiu que as vacas gordas continuavam... mas não... o preço dos medicamentos tem descido bastante, e há cada vez menos medicamentos novos (mais caros). Essa gente está muito encalacrada hoje em dia.
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
Sobre os preços regulados no estrangeiro
Sim, o preço é regulado. A grande excepção são os EUA onde o preço é livre e é onde a indústria faz margens mais gordas.
Sobre as margens de 5% no retalho
Não tenho estatísticas oficiais mas a minha experiência "no terreno" confirma estes valores no retalho alimentar (os continentes, jumbos, pingos doces, etc)
Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
deixem-me dar aqui alguns passos atrás, mas como eu faço parte "do sector" acho que não conseguimos ter uma discussão acertada com base nalgumas falácias que aqui encontrei.
Ora, vamos lá ver se consigo listar as ditas
Sobre as novas margens
Não se pode comparar estas margens com as actuais desta forma, uma vez que estamos a comparar percentagens sobre bases diferentes.
Antes de mais, alguns conceitos sobre a formação de preços do medicamento
PVP - preço que o consumidor paga
PVP sem Iva - 6% de IVA nesta categoria
PVF - Preço de Venda à Farmácia (preço que o armazenista cobra á farmácia)
PVA - Preço de Venda ao Armazenista (preço que a indústria farmaceutica cobra ao armazenista)
Ora bem, na lei actual refere-se que para medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados (ou seja, a esmagadora maioria) a margem da farmácia é 20% do PVP sem IVA e a do armazenista é 8% do PVP sem IVA. Notem que na lei actual as percentagens sobem mas têm como base o PVA. A percentagem sobe, mas o valor absoluto desce.
Para compararmos batatas com batatas (ou seja, todas as percentagens em função do PVA) temos que as margens actuais são de 27.78% do PVA para a farmácia e 11.11% do PVA para o armazenista.
Com isto, fica claro que as margens descem em todos os casos. Sobe um pozinho nos medicamentos abaixo de 5€ mas o resto leva uma castanhada valente.
Com isto fica claro que o "viva o cordeiro" não faz sentido.
Por que é que as farmácias estão falidas?
1 - A razão principal é que a maioria das farmácias têm sido geridas por farmaceuticos que não têm a mínima ideia do que é a gestão. Ficariam os meus amigos chocados (como eu fiquei quando cheguei ao sector) por ver como farmácias que vendem 1M€/ano são geridas por gente que não sabe sequer calcular margens de lucro ou entender a vantagem de gestão de stocks.
2 - a 2ª razão é que há farmácias que foram vendidas, no tempo das vacas gordas, por um factor de 2x as vendas anuais. Quem se meteu no negócio assumiu que as vacas gordas continuavam... mas não... o preço dos medicamentos tem descido bastante, e há cada vez menos medicamentos novos (mais caros). Essa gente está muito encalacrada hoje em dia.
Sobre a validade dos produtos da farmácia
A lei define que quando um medicamento passa da validade, o armazenista é obrigado a re-comprá-lo à farmácia, e a indústria é obrigada a re-comprá-lo ao armazenista e destruí-lo. Ou seja, a única perda é da indústria.
Aliás, fiquem sabendo que há farmácias espertas que fazem "depósitos a prazo" com medicamentos. Por exemplo comprando uma quantidade grande com 20% de desconto, armazenam essa quantidade a um cantinho, e passados 3 anos passa da validade e devolvem pelo preço de tabela. E pensavam vocês que o BPN é que tinha boas TANB... ahahahahah
Sobre os preços regulados no estrangeiro
Sim, o preço é regulado. A grande excepção são os EUA onde o preço é livre e é onde a indústria faz margens mais gordas.
Sobre as margens de 5% no retalho
Não tenho estatísticas oficiais mas a minha experiência "no terreno" confirma estes valores no retalho alimentar (os continentes, jumbos, pingos doces, etc)
Para terminar... devemos ter pena das farmácias?
NÃO! Notem que este eles têm uma vantagem enorme: o acesso a ter-se uma farmácia está regulado. E uma farmácia só pode abrir a uma certa distância de outra farmácia e se a população à volta exceder um certo número de pessoas. Uma loja da Gant pode ter margens de 100%, mas amanhã pode abrir ao lado uma loja da Tommy e lá se vai o negócio.
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- Registado: 15/9/2010 15:02
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Mais um tópico infeliz, e infeliz porquê?
Simplesmente porqe em economia de mercado toda e qualquer empresa ou negócios PODE e deve falir. Menos em Portugal ao que parece, não. Que grandes Democratas que voces me sairam.
E depois andam a atirar areia aos olhos dos Portugueses ao fazerem-se de coitadinhos e com ameaças.
Lembro aqui que o negócios das farmacias é um exemplo Negro dos lobbies e compadrios em Portugal. Durante dezenas de anos e mesmo agora as farmacias foram negócios de milhoes. Sim milhoes. Nao existia farmacia em que o trespasse nao fosse na ordem do milhao de euros para cima. Todos os farmaceuticos que conheço vivem muito bem, mas muito bem mesmo.
Portanto agora se nao se aguentam quando o tempo é de vacas magras, azar fechem! Não são mais que os outros.
Se se queixam do corte nos preços , atrasos de pagamentos e etc. porque não se queixaram na altura em que vendiam o que queriam ao preço que queriam ?
Culpa tem o Estado ter mantido este e outros monopolios por causa dos lobbies e corrupção , senão eramos em duvida um País mais rico , honesto e desenvolvido.
Quanto ao preço dos medicamentos em Portugal são bem mais caros que em muitos Países desenvolvidos, o porque nao sei, mas tenho ca duas ideias. Uma delas é a margem de lucro de certeza.
Simplesmente porqe em economia de mercado toda e qualquer empresa ou negócios PODE e deve falir. Menos em Portugal ao que parece, não. Que grandes Democratas que voces me sairam.
E depois andam a atirar areia aos olhos dos Portugueses ao fazerem-se de coitadinhos e com ameaças.
Lembro aqui que o negócios das farmacias é um exemplo Negro dos lobbies e compadrios em Portugal. Durante dezenas de anos e mesmo agora as farmacias foram negócios de milhoes. Sim milhoes. Nao existia farmacia em que o trespasse nao fosse na ordem do milhao de euros para cima. Todos os farmaceuticos que conheço vivem muito bem, mas muito bem mesmo.
Portanto agora se nao se aguentam quando o tempo é de vacas magras, azar fechem! Não são mais que os outros.
Se se queixam do corte nos preços , atrasos de pagamentos e etc. porque não se queixaram na altura em que vendiam o que queriam ao preço que queriam ?
Culpa tem o Estado ter mantido este e outros monopolios por causa dos lobbies e corrupção , senão eramos em duvida um País mais rico , honesto e desenvolvido.
Quanto ao preço dos medicamentos em Portugal são bem mais caros que em muitos Países desenvolvidos, o porque nao sei, mas tenho ca duas ideias. Uma delas é a margem de lucro de certeza.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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agany Escreveu:O lucro do sector retalhista com excepção do comércio de automóveis fica-se pelos 5%!!




Onde fundamentas essa barbaridade?!
MarcoAntonio, tens alguma estatística em relação às margem praticadas no retalho?
E nem propósito:
Cordeiro
“Se quisesse pressionar o Governo, deixava de pagar às farmácias”
Catarina Duarte
02/12/11 00:05
João Cordeiro está na direcção da ANF desde 1975 e segue agora para um novo mandato de três anos.
Presidente da Associação Nacional de Farmácias denuncia falta de diálogo com Governo e diz que foi “marginalizado”.
A 29 de Setembro, João Cordeiro demitiu-se da direcção da ANF por ser "marginalizado" da discussão sobre as novas margens de lucro das farmácias. Um mês depois, anunciou a recandidatura.
Diz que foi "marginalizado" na discussão sobre a aplicação das medidas da ‘troika'. O Ministério da Saúde não chamou a ANF?
Fomos chamados ao Ministério da Saúde e foi-nos entregue um documento dizendo que era da exclusiva responsabilidade do Ministério da Economia. Quando fizemos uma série de perguntas sobre o impacto das propostas não tinham conhecimento de nada. Não há diálogo. Nunca aconteceu um ministro da Saúde a quem eu tenha escrito tantas cartas e que nunca me tenha respondido a uma. A influência que foi gerada pelo ministro da Saúde permitiu uma solução muito positiva para a indústria, que tem os preços comparados com Espanha, Itália e Eslovénia. Na área da distribuição é referido [na ‘troika'] mudar-se a metodologia de preços, criando margens regressivas e ‘fees' profissionais baseados na experiência de outros países europeus. Temos pedido ao Ministério os países em que se basearam e que permitiu esta solução, porque não conhecemos nenhum este tipo de margens. Há dois pesos e duas medidas.
A indústria também não está contente com as medidas da ‘troika'. Porque é que haviam as farmácias de ser excepção ao memorando?
Não queremos ser uma excepção. Apenas que as medidas sejam implementadas tendo em conta o texto do memorando. Constato que para além das reduções de preço que o Governo impõe nos genéricos, a indústria depois ainda reduz mais voluntariamente. Mas essa redução de preços está a ter consequências sobre outros sectores, concretamente nas farmácias. Nós não temos as almofadas que a indústria pelos vistos conseguiu conservar. Na nossa situação limite propusemos [ao Ministério] uma metodologia de preço tal como está no documento da ‘troika', com margens regressivas e ‘fee' profissional e definimos o valor que a farmácia tem de receber por medicamento tendo em conta os custos que tem e com alguma racionalização de gastos. [Na nossa proposta] dos 20 medicamentos mais consumidos no SNS praticamente todos reduziam o preço. O Ministério nunca respondeu.
Há mesmo farmácias à venda por um euro?
Estão à venda por um euro mais as dívidas, que são muito elevadas. Com a redução sistemática de preços começaram as dificuldades. Havia uma margem de absorção mas estas medidas foram sucessivas de 2005 a 2010. O crescimento anual [da despesa em ambulatório] foi 1,9%, idêntico à inflação nestes anos. Se formos para área hospitalar, de 2005 a 2009, o crescimento anual foi na ordem dos 10,8%. É fácil evidenciar onde estão os problemas dos desequilíbrios e descontrolo da despesa.
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Reislb Escreveu:pedro-ferreira Escreveu:Bom dia,
Pepi, em resposta ao que escreveste, não te sequeças que os produtos da farmácia não se tornam obsoletos, nem monos, nem se danificam, nem tantas outras coisas que nos outros sectores acontecem, com prejuizo da entidade patronal.. Digo isto para explicar a margem de lucro, que tu enumeras como sendo reduzida, o que na minha opiniao nao me parece.
Sendo o sector farmaceutico imune á crise, aliás nestas alturas de crise os medicamentos até deve subir substancialmente, principalmente em anti-depressivos e equivalentes.
E para nao entrar por outros caminhos que o sector pratica, através de suboronos incentivadores luxuosos...![]()
Esta é apenas a minha opinião...
Atenciosamente
Pedro Ferreira
Pedro e os prazos de validade dos produtos comercializados nas farmácias???!!!
Esta medida é claramente penalizadora para o sector. Claro que para um indíviduo que não é da área, não consegue perceber o porquê.
Cumprimentos.
O lucro do sector retalhista com excepção do comércio de automóveis fica-se pelos 5%!!
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Elias Escreveu:Responda quem souber: no estrangeiro o preço dos medicamentos (sujeitos a RM) é livre ou regulado?
Eu nao sei. Mas desconfio que uma cx de "aspirinas" deve ter preços diferentes, se for paga em €uros, dolares, rupias, pesos ou reais.
Eu ja revendi medicamentos Vet, e a margem de lucro é Enorme para todos!!!! Um medicamento comprado por 2.5€ era vendido ao consumidor por 10€ ou mais. E a maior fatia era para as farmacias.
pedro-ferreira Escreveu:Bom dia,
Pepi, em resposta ao que escreveste, não te sequeças que os produtos da farmácia não se tornam obsoletos, nem monos, nem se danificam, nem tantas outras coisas que nos outros sectores acontecem, com prejuizo da entidade patronal.. Digo isto para explicar a margem de lucro, que tu enumeras como sendo reduzida, o que na minha opiniao nao me parece.
Sendo o sector farmaceutico imune á crise, aliás nestas alturas de crise os medicamentos até deve subir substancialmente, principalmente em anti-depressivos e equivalentes.
E para nao entrar por outros caminhos que o sector pratica, através de suboronos incentivadores luxuosos...![]()
Esta é apenas a minha opinião...
Atenciosamente
Pedro Ferreira
Pedro e os prazos de validade dos produtos comercializados nas farmácias???!!!
Esta medida é claramente penalizadora para o sector. Claro que para um indíviduo que não é da área, não consegue perceber o porquê.
Cumprimentos.
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
Compra um barco a motor."
pedro-ferreira Escreveu:Bom dia,
Pepi, em resposta ao que escreveste, não te sequeças que os produtos da farmácia não se tornam obsoletos, nem monos, nem se danificam, nem tantas outras coisas que nos outros sectores acontecem, com prejuizo da entidade patronal.. Digo isto para explicar a margem de lucro, que tu enumeras como sendo reduzida, o que na minha opiniao nao me parece.
Sendo o sector farmaceutico imune á crise, aliás nestas alturas de crise os medicamentos até deve subir substancialmente, principalmente em anti-depressivos e equivalentes.
E para nao entrar por outros caminhos que o sector pratica, através de suboronos incentivadores luxuosos...![]()
Esta é apenas a minha opinião...
Atenciosamente
Pedro Ferreira
Pedro e os prazos de validade dos produtos comercializados nas farmácias???!!!
Esta medida é claramente penalizadora para o sector. Claro que para um indíviduo que não é da área, não consegue perceber o porquê.
Cumprimentos.
"Queres remar contra a maré????
Compra um barco a motor."
Compra um barco a motor."
agany Escreveu:farmácias muito próximas umas das outras (onde moro existem 3 num raio de 1500 metros + 1 parafarmácia do tio Belmiro).
O número de farmácias em Portugal está um pouco abaixo da média da OCDE (o que não quer dizer muito sobre a forma como essa disponibilidade está distribuida).
O de farmacêuticos está porém substancialmente acima da média.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Bom dia,
Pepi, em resposta ao que escreveste, não te sequeças que os produtos da farmácia não se tornam obsoletos, nem monos, nem se danificam, nem tantas outras coisas que nos outros sectores acontecem, com prejuizo da entidade patronal.. Digo isto para explicar a margem de lucro, que tu enumeras como sendo reduzida, o que na minha opiniao nao me parece.
Sendo o sector farmaceutico imune á crise, aliás nestas alturas de crise os medicamentos até deve subir substancialmente, principalmente em anti-depressivos e equivalentes.
E para nao entrar por outros caminhos que o sector pratica, através de suboronos incentivadores luxuosos...
Esta é apenas a minha opinião...
Atenciosamente
Pedro Ferreira
Pepi, em resposta ao que escreveste, não te sequeças que os produtos da farmácia não se tornam obsoletos, nem monos, nem se danificam, nem tantas outras coisas que nos outros sectores acontecem, com prejuizo da entidade patronal.. Digo isto para explicar a margem de lucro, que tu enumeras como sendo reduzida, o que na minha opiniao nao me parece.
Sendo o sector farmaceutico imune á crise, aliás nestas alturas de crise os medicamentos até deve subir substancialmente, principalmente em anti-depressivos e equivalentes.
E para nao entrar por outros caminhos que o sector pratica, através de suboronos incentivadores luxuosos...

Esta é apenas a minha opinião...
Atenciosamente
Pedro Ferreira
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Re: Lucro das Farmácias
agany Escreveu:Medicamentos com PVA até 5 euros:
- grossistas - 11,2%;
- farmácias - 27,9%;
Medicamentos com PVA entre 5,01 e 7 euros:
- grossistas - 10,85%;
- farmácias 25,7%, acrescido de 11 cêntimos;
Medicamentos com PVA entre 7,01 e 10 euros:
- grossistas -10,6%;
- farmácias - 24,4%, acrescido de 20 cêntimos;
Medicamentos com PVA entre 10,01 e 20 euros:
- grossistas - 10%;
- farmácias - 21,9%, acrescido de 45 cêntimos;
Medicamentos com PVA entre 20,01 e 50 euros:
- grossistas - 9,2%;
- farmácias - 18,4%, acrescido de 1,15 euros;
Medicamentos com PVA acima de 50 euros:
- grossistas - 4,60 euros;
- farmácias - 10,35 euros.
Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29
Viva o Cordeiro!
Viva o Infarmed!
Viva o S. Bento!
Longa vida aos Tugas para continuarem a consumir mais medicamentos!
Esse teu comentário é de quem desconhece completamente o sector...

Anteriormente a margem em percentagem era fixa nos seguintes termos:
"A margem máxima das farmácias nos medicamentos comparticipados é de 20% e a margem máxima
agregada da distribuição farmacêutica (Grossistas e Farmácias) é de 28%."
Como a % era fixa as farmácias tinham um grande incentivo a empurrarem para cima dos clientes os medicamentos + caros...
Acho que o Paulo Macedo n é parvo nenhum, aumenta ligeiramente a margem nos medicamentos abaixo de 5€ e corta substancialmente nos medicamentos + caro...
Já viste que nos medicamentos acima 50 € a margem é inferior a 10%??? Conheces algum sector retalhista com margem desta ordem de grandeza?! Já agora, o preço do medicamento n é o valor que pagas pois uma componente muito significativa é comparticipado pelo Estado e a generalidade das pessoas nem se apercebe disso...
Tens que atender às exigências em termos de serviço que este sector tem... As farmácias não podem ter pessoas com a 4ª classe atender os clientes, como acontece na pastelaria na esquina... Têm que ter uma escala de serviço, sabes o que isso implica em termos de horas extraordinárias?!
Já não falo no factoring que a ANF tem que fazer para adiantar o dinheiro das comparticipações às farmácias, pois o Estado demora + de 1 ano a pagar...
Aliás, o Cordeiro gostou tanto deste diploma, que até se demitiu...

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