...e se a velha Europa repusesse as barreiras alfandegárias?
Proteccionismo é a maior asneira que alguma vez se pode fazer. É o argumento dos fracos e a opção dos atrasados.
Estivemos anos e anos e anos a botar abaixo fronteiras construídas por ditadores e políticos demagogos para que os obstáculos ao comércio livre fossem derrubados e proporcionassem paz, prosperidade e riqueza.
E agora querem repor a Idade Média? Vamos voltar-nos todos para o nosso quintal? Excelente aposta, se o que queremos é guerra, fome e estagnação. Os políticos acham a proposta muito apelativa, e outra coisa não seria de esperar, porque é a forma de eles terem emprego. Retirem-lhes a mama das estratégias patrióticas, da política externa e do proteccionismo da indústria nascente e têm logo de se fazer à vida. Não admira que andem aí a inventar cargos.
Quando algo está mal, vai-se à raiz. As soluções procuram-se, não se legislam. O mundo mudou, e enquanto não percebermos que não basta sermos europeus para estarmos ao leme do crescimento, não chegaremos a lado nenhum e não há proteccionismo que nos safe.
Deixem as pessoas ser livres, trabalhar como, onde e quanto querem, e permitam ser o comércio o indicador objectivo do sucesso da sociedade. Éticas, morais e patriotismos já temos que chegue, dispensam-se. O proteccionismo é a arma dos fracos, daqueles que, perante a adversidade, acham que colocar uma barreira resolve os problemas. Inventem, sejam originais, criem. É assim que se ganha aos chineses, não é com trapos, porcelana e jogadores de futebol.
Estivemos anos e anos e anos a botar abaixo fronteiras construídas por ditadores e políticos demagogos para que os obstáculos ao comércio livre fossem derrubados e proporcionassem paz, prosperidade e riqueza.
E agora querem repor a Idade Média? Vamos voltar-nos todos para o nosso quintal? Excelente aposta, se o que queremos é guerra, fome e estagnação. Os políticos acham a proposta muito apelativa, e outra coisa não seria de esperar, porque é a forma de eles terem emprego. Retirem-lhes a mama das estratégias patrióticas, da política externa e do proteccionismo da indústria nascente e têm logo de se fazer à vida. Não admira que andem aí a inventar cargos.
Quando algo está mal, vai-se à raiz. As soluções procuram-se, não se legislam. O mundo mudou, e enquanto não percebermos que não basta sermos europeus para estarmos ao leme do crescimento, não chegaremos a lado nenhum e não há proteccionismo que nos safe.
Deixem as pessoas ser livres, trabalhar como, onde e quanto querem, e permitam ser o comércio o indicador objectivo do sucesso da sociedade. Éticas, morais e patriotismos já temos que chegue, dispensam-se. O proteccionismo é a arma dos fracos, daqueles que, perante a adversidade, acham que colocar uma barreira resolve os problemas. Inventem, sejam originais, criem. É assim que se ganha aos chineses, não é com trapos, porcelana e jogadores de futebol.
- Mensagens: 98
- Registado: 8/6/2011 20:44
- Localização: 20
axman Escreveu:Fechar as fronteiras seria simplesmente um enorme erro. Ficariamos apenas atrasados e desfazados do resto do mundo como Portugal esteve durante o início do século XX. Temos é de aprender a viver com menos e a partilhar melhor os recursos entre os habitantes da terra... por mais que nos custe..
Se Portugal fechasse as fronteiras unilateralmente eram as "trevas"

Fechar as fronteiras seria simplesmente um enorme erro. Ficariamos apenas atrasados e desfazados do resto do mundo como Portugal esteve durante o início do século XX. Temos é de aprender a viver com menos e a partilhar melhor os recursos entre os habitantes da terra... por mais que nos custe..
- Mensagens: 231
- Registado: 1/8/2009 0:16
- Localização: 1
pdcarrico Escreveu:E em termos de volume de consumo, já não estamos na situação em que só nós e Americanos é que consumimos. Não por acaso o Brasil já ultrapassou a Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá no PIB. E mais meia dúzia de anos e ultrapassa a Alemanha.
E a China ultrapassou o Japão, e a Índia para lá caminha.
É natural que com a homogeneização da produtividade a nível mundial, porque as tecnologias tendem a espalhar-se por todos, o produto interno seja proporcional à população.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Muffin Escreveu:pdcarrico Escreveu:Sempre existiram barreiras alfandegárias. Se não fosse o caso não havia imposto de importação.
Cada País (região económica) tem os seus proteccionismos próprios e se perguntarem no Brasil, eles ingenuamente pensam que somos nós que colocamos barreiras à importação de alimentos para protecção de agricultores Irlandeses, Franceses, Holandeses e Alemãs. Ou não fosse a nossa PAC uma gigantesca ferramenta de dumping.
O facto é que deixando de haver comércio, toda a gente acaba por perder porque invariavelmente existem áreas de maior competitividade em cada zona do globo.
E é um erro pensar que nos vamos safar bem e os outros nem tanto. Aliás, se a Europa não está pior, é porque a Alemanha ainda vai crescendo justamente porque é o segundo maior exportador mundial (e até há 3 anos era o maior). E por acaso boa parte da pauta de exportações acaba fora na Europa e Estados Unidos.
E em termos de volume de consumo, já não estamos na situação em que só nós e Americanos é que consumimos. Não por acaso o Brasil já ultrapassou a Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá no PIB. E mais meia dúzia de anos e ultrapassa a Alemanha.
E eu acrescentaria ao tópico.... que seria como o código postal... meio caminho andado para o empobrecimento generalizado.
Se um país adopta barreiras alfandagárias fica a ganhar se mais ninguém reaje. Uma vez que os outro países se acomodem (e todos o fazem), ficam todos a perder.
É um lose-lose game.
Não sei se ficam todos a perder do mesmo modo.

O mundo ocidental vai enfrentar um problema "colossal" de desemprego à medida que cada vez mais empresas se deslocalizam para o Oriente e para Leste (aqui o fenómeno será temporário porque os países de Leste rapidamente terão salários próximos do resto da Europa). Aliado ao desemprego, o aumento da esperança de vida e do número de idosos não produtivos, transformarão num caos as Finanças Públicas dos países Ocidentais. É óbvio que com o agravamento das barreiras ao exterior passaríamos a ter produtos mais caros. Quase toda a pequena e média tecnologia que a Europa consome hoje em dia é comprada abaixo do valor que teria caso fosse produzida na Europa. Quem não quer mudar o status actual é a Alemanha que tem sido a grande beneficiada da presente situação e dos poucos países que consegue exportar em força para os Emergentes.
Enquanto a situação se mantiver, as empresas vão continuar a deslocalizar-se par outras paragens aumentando a imensa multidão de desempregados.
Se não houver alterações, mesta tendência só pára quando o nível de vida da Índia e da China estiver próximo do Ocidente.
O teclado que martelo não mente: MADE IN CHINA

Editado pela última vez por Um curioso... em 6/1/2012 1:15, num total de 11 vezes.
pdcarrico Escreveu:Sempre existiram barreiras alfandegárias. Se não fosse o caso não havia imposto de importação.
Cada País (região económica) tem os seus proteccionismos próprios e se perguntarem no Brasil, eles ingenuamente pensam que somos nós que colocamos barreiras à importação de alimentos para protecção de agricultores Irlandeses, Franceses, Holandeses e Alemãs. Ou não fosse a nossa PAC uma gigantesca ferramenta de dumping.
O facto é que deixando de haver comércio, toda a gente acaba por perder porque invariavelmente existem áreas de maior competitividade em cada zona do globo.
E é um erro pensar que nos vamos safar bem e os outros nem tanto. Aliás, se a Europa não está pior, é porque a Alemanha ainda vai crescendo justamente porque é o segundo maior exportador mundial (e até há 3 anos era o maior). E por acaso boa parte da pauta de exportações acaba fora na Europa e Estados Unidos.
E em termos de volume de consumo, já não estamos na situação em que só nós e Americanos é que consumimos. Não por acaso o Brasil já ultrapassou a Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá no PIB. E mais meia dúzia de anos e ultrapassa a Alemanha.
E eu acrescentaria ao tópico.... que seria como o código postal... meio caminho andado para o empobrecimento generalizado.
Se um país adopta barreiras alfandagárias fica a ganhar se mais ninguém reaje. Uma vez que os outro países se acomodem (e todos o fazem), ficam todos a perder.
É um lose-lose game.
- Mensagens: 848
- Registado: 4/1/2004 22:32
- Localização: lx
Sempre existiram barreiras alfandegárias. Se não fosse o caso não havia imposto de importação.
Cada País (região económica) tem os seus proteccionismos próprios e se perguntarem no Brasil, eles ingenuamente pensam que somos nós que colocamos barreiras à importação de alimentos para protecção de agricultores Irlandeses, Franceses, Holandeses e Alemãs. Ou não fosse a nossa PAC uma gigantesca ferramenta de dumping.
O facto é que deixando de haver comércio, toda a gente acaba por perder porque invariavelmente existem áreas de maior competitividade em cada zona do globo.
E é um erro pensar que nos vamos safar bem e os outros nem tanto. Aliás, se a Europa não está pior, é porque a Alemanha ainda vai crescendo justamente porque é o segundo maior exportador mundial (e até há 3 anos era o maior). E por acaso boa parte da pauta de exportações acaba fora na Europa e Estados Unidos.
E em termos de volume de consumo, já não estamos na situação em que só nós e Americanos é que consumimos. Não por acaso o Brasil já ultrapassou a Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá no PIB. E mais meia dúzia de anos e ultrapassa a Alemanha.
Cada País (região económica) tem os seus proteccionismos próprios e se perguntarem no Brasil, eles ingenuamente pensam que somos nós que colocamos barreiras à importação de alimentos para protecção de agricultores Irlandeses, Franceses, Holandeses e Alemãs. Ou não fosse a nossa PAC uma gigantesca ferramenta de dumping.
O facto é que deixando de haver comércio, toda a gente acaba por perder porque invariavelmente existem áreas de maior competitividade em cada zona do globo.
E é um erro pensar que nos vamos safar bem e os outros nem tanto. Aliás, se a Europa não está pior, é porque a Alemanha ainda vai crescendo justamente porque é o segundo maior exportador mundial (e até há 3 anos era o maior). E por acaso boa parte da pauta de exportações acaba fora na Europa e Estados Unidos.
E em termos de volume de consumo, já não estamos na situação em que só nós e Americanos é que consumimos. Não por acaso o Brasil já ultrapassou a Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá no PIB. E mais meia dúzia de anos e ultrapassa a Alemanha.
Pedro Carriço
Por mais voltas que sejam dadas, a Europa e os USA vão ter que retomar o proteccionismo. Os sinais vão aparecendo discretamente...
Intenção do Governo francês corre o risco de rapidamente acender o rastilho de mais uma guerra comercial com países como a China.
A proposta do “IVA social” foi lançada nesta semana e já na altura se havia gerado confusão em torno do seu âmbito de aplicação.
Hoje, a ministra do Orçamento e porta-voz do Governo francês veio a público esclarecer o que Paris tem em mente: reduzir as taxas pagas por empresas e trabalhadores para financiar a Segurança Social e, para compensar a quebra de receita, aumentar a taxa normal do imposto sobre o consumo de produtos importados de países fora da União Europeia (UE).
“O que o Presidente [Nicolas Sarkozy] quer dizer é que os produtos fabricados fora da UE, sem respeitar as mesmas regras que nós temos, deverão ter de pagar mais para a nossa segurança social”, afirmou Valérie Pécresse esta manhã aos microfones da “Radio Classique”.
A iniciativa francesa deverá ser discutida no próximo dia 18, no âmbito de uma cimeira social que Sarkozy está a promover com o patronato e os sindicatos para preparar medidas de relançamento do emprego – e das chances do actual presidente ser reeleito em Maio.
Há muito que a França – através de políticos dos vários quadrantes políticos – defende uma fiscalidade agravada para os produtos importados de países que não cumpram as regras de protecção do ambiente ou do trabalho estabelecidas por organizações internacionais.
A iniciativa nunca gorou na UE, devido aos riscos de ser encarada como proteccionismo e ao receio de gerar um conflito aberto com a China – a “fábrica do mundo”, onde são recorrentes os relatos de violação de regras básicas, designadamente de segurança no trabalho.
Intenção do Governo francês corre o risco de rapidamente acender o rastilho de mais uma guerra comercial com países como a China.
A proposta do “IVA social” foi lançada nesta semana e já na altura se havia gerado confusão em torno do seu âmbito de aplicação.
Hoje, a ministra do Orçamento e porta-voz do Governo francês veio a público esclarecer o que Paris tem em mente: reduzir as taxas pagas por empresas e trabalhadores para financiar a Segurança Social e, para compensar a quebra de receita, aumentar a taxa normal do imposto sobre o consumo de produtos importados de países fora da União Europeia (UE).
“O que o Presidente [Nicolas Sarkozy] quer dizer é que os produtos fabricados fora da UE, sem respeitar as mesmas regras que nós temos, deverão ter de pagar mais para a nossa segurança social”, afirmou Valérie Pécresse esta manhã aos microfones da “Radio Classique”.
A iniciativa francesa deverá ser discutida no próximo dia 18, no âmbito de uma cimeira social que Sarkozy está a promover com o patronato e os sindicatos para preparar medidas de relançamento do emprego – e das chances do actual presidente ser reeleito em Maio.
Há muito que a França – através de políticos dos vários quadrantes políticos – defende uma fiscalidade agravada para os produtos importados de países que não cumpram as regras de protecção do ambiente ou do trabalho estabelecidas por organizações internacionais.
A iniciativa nunca gorou na UE, devido aos riscos de ser encarada como proteccionismo e ao receio de gerar um conflito aberto com a China – a “fábrica do mundo”, onde são recorrentes os relatos de violação de regras básicas, designadamente de segurança no trabalho.
A experiência da globalização, que levantou duma forma mais ou menos plena as barreiras alfandegárias, está arevelar-se um imenso desastre."
Menos para as centenas de milhões de pessoas que saíram da pobreza na Ásia e América Latina. Mas se calhar o que importa somos nós
- Mensagens: 50
- Registado: 2/2/2006 19:58
- Localização: 13
Re: ...e se a velha Europa repusesse as barreiras alfandegár
rg7803 Escreveu:[assumindo que a Europa de um modo consensual estava para aí virada, é: e será que nos deixavam fazer essa "manobra"? Tenho sérias duvidas.
A Europa tem pelo menos que "ameaçar" tomar uma posição unilateral, ou em conluio com os USA.
E se a Europa parasse para pensar!
ainda não tinha lido este tópico quando postei noutro. Este parece-me mais indicado para expor a minha reflexão
E se a Europa parasse para pensar!
Como chegamos até aqui? Para que serve o dinheiro? Porquê foi necessário construir/elaborar fortalezas de confiança (CDS) e elas revelaram-se inúteis. Isto não parece a “Teoria de Murfi “? A confiança não se compra, ela deve entranhar-se por osmose. Não há liquidez que chegue para comprar infinitamente o que se revela valer pouco. É imperioso inverter o ciclo da maximização da desconfiança. As ferramentas financeiras previram isto, potenciaram a especulação e vão continuar a faze-lo até ao momento de inversão. Elas não apareceram do longínquo universo, foram criadas por nós. Criamos o monstro, demos-lhes as ferramentas e agora espantamo-nos com a grande dificuldade em domina-lo? Enumeremos coisas simples, pois serão o caminho a trilhar, com ou sem guerra, teremos de produzir, deixar de oprimir, importar menos e exportar mais. É preciso dar mais valor a coisas terrenas e menos importância a ninharias estratosféricas. Os direitos humanos não devem ser só valorizados quando interessa. A globalização comercial sem regras iguais para todos trouxe-nos até aqui. Acordemos enquanto há tempo ou então vamos ter de começar uns níveis mais abaixo por motivos óbvios.
E se a Europa parasse para pensar!
Como chegamos até aqui? Para que serve o dinheiro? Porquê foi necessário construir/elaborar fortalezas de confiança (CDS) e elas revelaram-se inúteis. Isto não parece a “Teoria de Murfi “? A confiança não se compra, ela deve entranhar-se por osmose. Não há liquidez que chegue para comprar infinitamente o que se revela valer pouco. É imperioso inverter o ciclo da maximização da desconfiança. As ferramentas financeiras previram isto, potenciaram a especulação e vão continuar a faze-lo até ao momento de inversão. Elas não apareceram do longínquo universo, foram criadas por nós. Criamos o monstro, demos-lhes as ferramentas e agora espantamo-nos com a grande dificuldade em domina-lo? Enumeremos coisas simples, pois serão o caminho a trilhar, com ou sem guerra, teremos de produzir, deixar de oprimir, importar menos e exportar mais. É preciso dar mais valor a coisas terrenas e menos importância a ninharias estratosféricas. Os direitos humanos não devem ser só valorizados quando interessa. A globalização comercial sem regras iguais para todos trouxe-nos até aqui. Acordemos enquanto há tempo ou então vamos ter de começar uns níveis mais abaixo por motivos óbvios.
viva a vida k vai passar mt tempo morto
- Mensagens: 137
- Registado: 5/11/2002 0:54
- Localização: Baião
bC10 Escreveu:A Europa consegue sobreviver apenas com mercado interno e com os states. Os países emergentes é que se deixam de exportar vão ao charco, porque o seu mercado interno não tem poder de compra.
Também é essa a ideia que tenho, relativamente à possibilidade dos países emergentes compensarem a perda dos mercados europeus e americanos com o seu próprio mercado interno.
A Europa e os USA ainda têm alguma força negocial. Aliás a globalização não trouxe qualquer benefício para os países mais pobres, que passaram a consumir produtos inúteis e de má qualidade, apagando ainda mais as suas raízes culturais. Apenas se safaram os países pobres que possuíam matérias-primas nobres, mas esses iriam lucrar com ou sem barreiras alfandegárias.
carf2007 Escreveu:Se a Europa repusesse, o resto do mundo ia retaliar e a a Europa deixava de exportar ... Penso que a situação iria piorar, afinal o que os países europeus precisam é vender mais e o mercado europeu só não chega.
Os americanos iriam certamente aceitar, principalmente se fossem colocadas condições especiais entre os 2 blocos.
E quem teria coragem de fazer frente a uma coligação económica entre os states e a Europa!?
Quando se tem poucas fichas muitas vezes somos forçados a fazer "all-inn". Se não vamos de "fold em fold" até ao desastre final...
Estou totalmente de acordo, sempre foi uma das coisas que mais contestei.
Os países emergentes estão a crescer à custa de condições desumanas e à custa do ocidente.
Se lhe fecharmos a torneira, só temos a ganhar. Tudo bem que a ásia representa um enorme mercado, mas neste momento só nos prejudica. Nem mesmo os países mais ricos como a Alemanha têm conseguido tirar vantagem do mercado global.
Os países emergentes estão a crescer à custa de condições desumanas e à custa do ocidente.
Se lhe fecharmos a torneira, só temos a ganhar. Tudo bem que a ásia representa um enorme mercado, mas neste momento só nos prejudica. Nem mesmo os países mais ricos como a Alemanha têm conseguido tirar vantagem do mercado global.
Se a Europa repusesse, o resto do mundo ia retaliar e a a Europa deixava de exportar ... Penso que a situação iria piorar, afinal o que os países europeus precisam é vender mais e o mercado europeu só não chega.
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Como é que isso é possivel se a Europa está a pedir`á Russia, China, Brasil...para entrarem no FEEF.
Primeiro que tudo a Europa tem que ter coragem e resolver os problemas sózinha e não andar a pedir esmola para a solução que encontrou, ou que acha que encontrou.
Primeiro que tudo a Europa tem que ter coragem e resolver os problemas sózinha e não andar a pedir esmola para a solução que encontrou, ou que acha que encontrou.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Re: ...e se a velha Europa repusesse as barreiras alfandegár
Um curioso... Escreveu:A crise das dívidas soberanas está mergulhar a Europa (o mundo) numa crise sem precedentes.
A experiência da globalização, que levantou duma forma mais ou menos plena as barreiras alfandegárias, está arevelar-se um imenso desastre.
As dívidas soberanas estão na ribalta porque a ideia do Estado Social se está a desmoronar devido à falta de crescimento económico.A própria Alemanha teve na últina década um crescimento do PIB quase anémico e (pasme-se) muito próximo do crescimento do PIB português!!!
O progressivo desaparecimento do sector secundário (indústria) no espaço europeu (mas também nos States), torna inviável qualquer crescimento da economia na casa dos 4/5 % como era hábito nas décadas de 60/70.
A técnica da chantagem com a China (obrigá-la ela própria, a comprar indiscriminadamente dívida europeia, como de verdadeiros Eurobonds se tratassem), apenas iria adiar o problema.
Porque não admitir o erro e retomar as barreiras alfandegárias? Esta medida ia encarecer uma série de produtos que hoje em dia são comprados ao preço da chuva? Paciência. A china podia ser tentada a desfazer-se dos activos europeus que possui? Só iria desvalorizar as suas próprias reservas... (o mesmo aconteceria se se desfizesse dos activos americanos que tem).
Esta atitude de dar o dito pelo não dito e repor as barreiras alfandegárias seria digna? E é digno competir com uma economia em que as regras de trabalho estão a anos-luz da dos países ocidentais!!!
A Europa não consegue ver a luz ao fundo do túnel se não voltar a crescer claramente acima dos 3%!!! ...e isso é impossível sem uma retoma do sector primário e secundário. O crescimento através do terciário já teve os seus dias:
O momento é crítico e é nas crise que se tomam as grandes decisões
Percebo o que dizes e de certo forma até concordo.
Porém a questão que se deve colocar, e isto assumindo que a Europa de um modo consensual estava para aí virada, é: e será que nos deixavam fazer essa "manobra"? Tenho sérias duvidas.
“Buy high, sell higher...”.
Estou perfeitamente de acordo consigo. Na minha opinião este problema, só se resolve a serio, acabando de uma vez por todas com a globalização. A Europa e o EU deram um tiro no pé com a globalização, não é possível competir com China ou Índia onde as condições de trabalho simplesmente não existem. E esta conversa de valor acrescentado não resolve tudo, porque os países Asiáticos também já produzem produtos com valor acrescentado e tecnologia de ponta. Não há volta a dar a solução é regressar ao antes da globalização e assumir que foi um erro!
- Mensagens: 232
- Registado: 10/5/2010 10:54
- Localização: 13
...e se a velha Europa repusesse as barreiras alfandegárias?
A crise das dívidas soberanas está mergulhar a Europa (o mundo) numa crise sem precedentes.
A experiência da globalização, que levantou duma forma mais ou menos plena as barreiras alfandegárias, está arevelar-se um imenso desastre.
As dívidas soberanas estão na ribalta porque a ideia do Estado Social se está a desmoronar devido à falta de crescimento económico.A própria Alemanha teve na últina década um crescimento do PIB quase anémico e (pasme-se) muito próximo do crescimento do PIB português!!!
O progressivo desaparecimento do sector secundário (indústria) no espaço europeu (mas também nos States), torna inviável qualquer crescimento da economia na casa dos 4/5 % como era hábito nas décadas de 60/70.
A técnica da chantagem com a China (obrigá-la ela própria, a comprar indiscriminadamente dívida europeia, como de verdadeiros Eurobonds se tratassem), apenas iria adiar o problema.
Porque não admitir o erro e retomar as barreiras alfandegárias? Esta medida ia encarecer uma série de produtos que hoje em dia são comprados ao preço da chuva? Paciência. A china podia ser tentada a desfazer-se dos activos europeus que possui? Só iria desvalorizar as suas próprias reservas... (o mesmo aconteceria se se desfizesse dos activos americanos que tem).
Esta atitude de dar o dito pelo não dito e repor as barreiras alfandegárias seria digna? E é digno competir com uma economia em que as regras de trabalho estão a anos-luz da dos países ocidentais!!!
A Europa não consegue ver a luz ao fundo do túnel se não voltar a crescer claramente acima dos 3%!!! ...e isso é impossível sem uma retoma do sector primário e secundário. O crescimento através do terciário já teve os seus dias:
O momento é crítico e é nas crise que se tomam as grandes decisões
A experiência da globalização, que levantou duma forma mais ou menos plena as barreiras alfandegárias, está arevelar-se um imenso desastre.
As dívidas soberanas estão na ribalta porque a ideia do Estado Social se está a desmoronar devido à falta de crescimento económico.A própria Alemanha teve na últina década um crescimento do PIB quase anémico e (pasme-se) muito próximo do crescimento do PIB português!!!
O progressivo desaparecimento do sector secundário (indústria) no espaço europeu (mas também nos States), torna inviável qualquer crescimento da economia na casa dos 4/5 % como era hábito nas décadas de 60/70.
A técnica da chantagem com a China (obrigá-la ela própria, a comprar indiscriminadamente dívida europeia, como de verdadeiros Eurobonds se tratassem), apenas iria adiar o problema.
Porque não admitir o erro e retomar as barreiras alfandegárias? Esta medida ia encarecer uma série de produtos que hoje em dia são comprados ao preço da chuva? Paciência. A china podia ser tentada a desfazer-se dos activos europeus que possui? Só iria desvalorizar as suas próprias reservas... (o mesmo aconteceria se se desfizesse dos activos americanos que tem).
Esta atitude de dar o dito pelo não dito e repor as barreiras alfandegárias seria digna? E é digno competir com uma economia em que as regras de trabalho estão a anos-luz da dos países ocidentais!!!
A Europa não consegue ver a luz ao fundo do túnel se não voltar a crescer claramente acima dos 3%!!! ...e isso é impossível sem uma retoma do sector primário e secundário. O crescimento através do terciário já teve os seus dias:
O momento é crítico e é nas crise que se tomam as grandes decisões