Bolsas europeias regressam ao palco principal

[MNFV]

Creio que os bancos vão ter que assinar o acordo de haircut renunciando assim aos seguros contra incumprimento.

Uma questão aos entendidos, como é que ficam os CDS's no meio disto tudo?

[otangas]

Caso um individuo, como nós, tenha divida grega no seu portfólio, também é obrigado a perdoar 50% da divida?

Um indivíduo, como nós, também "aceitou" perdoar 50% da dívida.

(Como nós, salvo seja, porque nunca invisti, nem invistiria, em dívida grega)

[jtavelar]

Caso um individuo, como nós, tenha divida grega no seu portfólio, também é obrigado a perdoar 50% da divida?

[Sir[Kneighf]]

Uma questão aos entendidos, como é que ficam os CDS's no meio disto tudo?

[keijas]

Aqui fica a notícia:

Bancos aceitam (?!?!?) perdoar 50% da dívida grega (act.)
27 Outubro 2011 | 02:29

Caros, expliquem-me uma coisa, o que é que significa isto de "os bancos aceitam"? Quem é que "em nome dos bancos" disse que aceitava?

É que, pelo que tenho ouvido, pelo menos o BPI não estaria nada feliz com esse haircut...

obrigado

"paulop2009" tu achas que o BPI ou qualquer outro destes que têm o nome português tem voz que se consiga ouvir nas negociações fora da tugolândia?


.

[db7]

Não hajam ilusões: enquanto houverem ser humanos isto irá sempre acontecer. Cada um olha para o seu umbigo e mais nada... quem disser o contrario esta a mentir.

Porque dizes isso, se o que aconteceu foi perdoarem 50% da dívida da Grécia?

Perdoaram porque esse foi a solução mais barata a todos os níveis!

[ninja1200]

Não hajam ilusões: enquanto houverem ser humanos isto irá sempre acontecer. Cada um olha para o seu umbigo e mais nada... quem disser o contrario esta a mentir.

Porque dizes isso, se o que aconteceu foi perdoarem 50% da dívida da Grécia?

[paulop2009]

Aqui fica a notícia:

Bancos aceitam (?!?!?) perdoar 50% da dívida grega (act.)
27 Outubro 2011 | 02:29

Caros, expliquem-me uma coisa, o que é que significa isto de "os bancos aceitam"? Quem é que "em nome dos bancos" disse que aceitava?

É que, pelo que tenho ouvido, pelo menos o BPI não estaria nada feliz com esse haircut...

obrigado

[db7]

Não hajam ilusões: enquanto houverem ser humanos isto irá sempre acontecer. Cada um olha para o seu umbigo e mais nada... quem disser o contrario esta a mentir.

[ninja1200]

Não percebo...
Lendo aqui os vossos posts parece o fim do mundo, no entanto em todo o lado o sentimento é positivo. Seja na subida na bolsa, seja na subida do Euro ou em qualquer outra notícia que se leia por aí.

[Blasar]

Os políticos nacionais agarrados ao tacho que nem lapas a uma rocha...

Ora este é que é, realmente, o problema.

Mas será que cabe na cabeça de algum político abrir mão do seu "tacho" em prol de um sistema que (talvez) lidasse melhor com as vicissitudes que enfrentamos?

Na minha opinião, o federalismo (ou outro sistema que permita uma maior integração e harmonização entre os Estados membros) é uma das principais alternativas, para que o projecto "União Europeia/€uro" possa ter sucesso, caso contrário, é só uma questão de tempo...

Cumprimentos.

[sargotrons]

Muitos dos títulos da banca na Europa abriu com 2 dígitos ou perto disso.

[Automech]

Aqui fica a notícia:

Bancos aceitam perdoar 50% da dívida grega (act.)
27 Outubro 2011 | 02:29

Está encerrado um acordo entre os bancos e os Governos europeus, com vista a perdoarem metade dos 205 mil milhões de euros que emprestaram ao Estado grego.
O braço-de-ferro entre Governos e banca terá terminado com um acordo salomónico.

A Europa queria que os privados perdoassem metade dos créditos concedidos à Grécia; a banca dizia não poder aceitar mais do que renunciar a 40%. O acordo final cifra o valor em 50%.

A informação foi já confirmada por Nicolas Sarkozy, presidente francês, depois de ter sido avançada pela AFP.

Os parceiros do euro, em especial da Alemanha, tinham condicionam a segunda ajuda à Grécia (mais 109 mil milhões de euros) a um envolvimento mais robusto dos privados, que detêm 65% da dívida pública do país. Berlim queria "hair-cuts" de 60%. A confirmar-se o "perdão" de metade dos 205 mil milhões de euros concedidos por bancos e outras instituições financeiras ao Estado grego, seria expectável que o valor do segundo empréstimo "oficial" a Atenas viesse a ser reforçado, mas o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, cifrou-o em 100 mil milhões de euros (menos que os 109 mil milhões previstos em Julho).

A amplitude e o formato jurídico do "perdão" da dívida soberana grega detida por entidades privadas converteu-se no "nó" mais difícil de desatar desta cimeira, tendo obrigado a uma dura uma maratona negocial de mais de sete horas.

Os outros dois grandes eixos de intervenção do plano para salvar o euro – a recapitalização da banca e a alavancagem do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para reforçar as “defesas” do euro e evitar que a crise da dívida arraste agora Itália e Espanha – estão também praticamente acordados.

Em relação à banca, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) cifrou esta noite em 106 mil milhões de euros as necessidades de capital para que os principais bancos europeus possam acomodar as perdas decorrentes do "perdão" à Grécia e a desvalorização da dívida de países como Portugal e Irlanda (igualmente sujeitos a programas de ajuda e ajustamento do FMI e da União Europeia) e, ao mesmo tempo, aumentar os rácios de capital (core Tier-1) para 9%, de modo a torná-los mais robustos perante a eventualidade de novos "choques".

No caso da banca portuguesa, BPI, BCP, BES e CGD precisarão, em conjunto, de reforçar os seus capitais em 7.800 milhões de euros. Terão de o fazer até ao fim de Junho de 2012 e submeter os respectivos planos ao regulador até ao final deste ano. Não obstante as enormes resistências dos banqueiros, dificilmente o conseguirão fazer sem recorrer ao "envelope" de 12 mil milhões de euros destinado para a banca, no quadro do pacote de ajuda de 78 mil milhões europeus concedido a Portugal pela União Europeia e Fundo Monetário Internacional. O acesso a esse fundo far-se-á, sempre, por intermédio do Estado português, que se tornará accionista dos bancos intervencionados.

Ainda segundo a AFP, os líderes da Zona Euro vão anunciar, por outro lado, que pretendem criar mecanismos que permitam aumentar o “raio de acção” do FEEF para um bilião de euros, quando, actualmente, este tem a sua capacidade de concessão de empréstimos a Estados (e bancos) em apuros limitada a 440 mil milhões de euros.

Os detalhes só deverão ser finalizados em Novembro, após a cimeira do G20 agendada para o dia 3, na medida em que uma das formas de alavancar o FEEF deverá passar pela criação de um novo (ou novos) veículo financeiro que o associe ao FMI e a fundos de países emergentes (caso da China, Brasil, e do Japão) para canalizar recursos para o mercado de dívida soberana europeia.

A alavancagem do FEEF é fundamental para que a Europa possa mostrar ter "munições" suficientes para ajudar uma Itália ou uma Espanha, caso estas continuem a enfrentar taxas de juro crescentes para obterem crédito nos mercados financeiros internacionais. Resgatar ambos os países, nos moldes em que se fez para Portugal ou Irlanda, é financeiramente incomportável: até ao fim de 2014, as necessidades de financiamento dos dois "pesos pesados" do euro elevam-se a 900 mil milhões de euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=515279

[A330-300]

O importante é ficar atento a ver o que é que se passa com os gregos ou se se passa alguma coisa para quando chegar a nossa vez.

A330

[atomez]

Americanos e asiáticos é que devem estar com um sorriso de orelha a orelha!

Nos próximos tempos vamos é ver as bolsas deles a subir e as europeias boas é para os shorts.

[lunas99]

Sera que o povo ja se apercebeu que anda a "salvar" as suas parcas poupanças (salvando a banca) com mais credito? ( ou seja, o Estado pede credito para salvar a banca, mas o povo é que paga , pensando "ai, se o banco vai a falencia perco os meus depositos").

Mas se fosse ao contario acontecia o mesmo? Nao, pois nao!

Mais do mesmo...
Em 2008 fez-se o mesmo ,injeccao macica de dinheiro na banca. Assistimos estao a um rally brutal, mais falso que o Judas.
Os resultados?
Ai estao eles, mais austeridade ,mais pobreza, mais instabilidade ,mais exclusao,mais injustica, mais corrupcao, mais desigualdade.

Dois anos apos voltamos ao mesmo .
Seremos nos que pagaremos todo este regafobe.
Iremos assistir a mais uma embriaguez nos mercados com subidas euforicas.

Daqui a 1 ano em vez de termos 12 salarios por ano passaremos a ter 8 , e voltaremos assistir a mais reunioes de figuras pateticas que governam os nossos destinos, com mais medidas estapafurdias .
Boa sorte a todos, bem vamos precisar.

Abraco

[atomez]

O federalismo era a unica hipotese de salvar isto, mas como nunca este na mesa , nunca teve hipotese.

Os políticos nacionais agarrados ao tacho que nem lapas a uma rocha...

[Lion_Heart]

Sera que o povo ja se apercebeu que anda a "salvar" as suas parcas poupanças (salvando a banca) com mais credito? ( ou seja, o Estado pede credito para salvar a banca, mas o povo é que paga , pensando "ai, se o banco vai a falencia perco os meus depositos").

Mas se fosse ao contario acontecia o mesmo? Nao, pois nao!

[Lion_Heart]

Previsivel , alias ja muito durou ela. Desde o inicio que este fim estava traçado.

O federalismo era a unica hipotese de salvar isto, mas como nunca este na mesa , nunca teve hipotese.

Vamos ver e a se a bronca nao corre mal.

[atomez]

O sonho da UE como potência económica de nível mundial acabou.

O sonho do Euro como divisa de referência mundial acabou.

Vamos ter que deixar de ter ilusões e viver ao nosso (mediano) nível.

[Lion_Heart]

Após meses e meses de macacada , a UE deu por finda a palhaçada e la deixou cair a Grécia. 50% Haircut foi o acordo, com o povinho a pagar a banca os restantes 50%.

Portugal é o próximo e não vai nem deve demorar muito.