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Caldeirão da Bolsa

BCE suspende regras de colateral para titulos de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por LTCM » 7/7/2011 22:20

artista Escreveu:Bom, é impressão minha ou o José Gomes Ferreira mudou agora de opinião?! Até aqui as sucessivas baixas de rating eram justificadas e tinham a ver com o estado do país, agora parece que também já embarca nas teses das manobras políticas euro/dolar?! :roll:

Será que estou a ver mal ou isto terá alguma coisa a ver com a mudança da cor política que governa o país?! :roll:


A Moody's não mudou de Maio para Julho. É dos livros que a liturgia dos números não se compadece com mudanças de cadeira. Enquanto os outros fazem beicinho, José Gomes Ferreira, o analista, faz praticamente o pino para explicar que estamos a ser vítimas de uma trapaça, que a Moody's está a soldo de Wall Street, que o dólar isto e o euro aquilo, que Barroso não pode dizer mas ele (José Gomes Ferreira, o analista) diz, que... etc. Desta vez é capaz de ter razão. Mas a cambalhota é obscena.
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***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por jjgustavo » 7/7/2011 22:20

Julgo que mais importante que a questão da criação de novas ratings, é deixar que relativamente a certos sectores sejam os reguladores a ditar as regras de acesso aos mercados.Alias, como fez hoje o BCE. Parece um paradoxo que o regulador, de forma indirecta, seja comandado pelas ratings, no que respeita por exemplo à aceitação de activos descontáveis.

Naturalmente falo do sector financeiro. Outras áreas da economia, que não têm esse tipo de regulação, terão certamente de ter entidades independestes para avalar a sua notação.Acredito ser esta uma( entre outras) solução para esta convulsão dos mercados.
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por jjgustavo » 7/7/2011 22:11

Agora fala-se em risco de default dos EUA por causa duma possível recusa do congresso em aprovar o aumento dos limites de endividamento..Os americas contam com a sua rotativa para resolver todos os seus problemas, enquanto que as suas ratings exigem à Europa austeridade e redução da liquidez - exactamente o oposto!!

Mas quando ( e isso um dia vai acontecer) a decisão sobre a sua dívida não estiver só nas mãos dos EUA, será o fim do império...

E os americanos sabem disso!!

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por Elias » 7/7/2011 22:09

charles Escreveu:Não podemos ter ilusões que as agências leem os fundamentais de cada País ou das empresas por um lado, mas também não nos podemos iludir com a total "bondade" das agências é evidente que estas estão a servir a causa do Dolar


Por essa lógica, se for criada uma agência europeia ela estará a servir a causa do Euro (que pode não ser necessariamente a causa que mais interessa a Portugal ou aos investidores).
 
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por charles » 7/7/2011 22:06

Não podemos ter ilusões que as agências leem os fundamentais de cada País ou das empresas por um lado, mas também não nos podemos iludir com a total "bondade" das agências é evidente que estas estão a servir a causa do Dolar, a par disto tudo o Euro se não tivesse sustentabilidade tinha ficado bearish senão com a crise da Irlanda pelo menos com a crise da Grécia, lá está, o Euro continua intocável, vamos ver até quando :lol: vamos ver se o porta-aviões ESPANHA não vai afundar o resto da Europa e ai sim a vitória seria do Dolar!

Não existem guerras na velha europa com armas, mas existe a guerra económica :roll: a qual também faz estragos, os danos colaterais são os PIGS , neste momento falta só a letra S (Spain) :wink: :!:
Cumpt

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por jjgustavo » 7/7/2011 22:00

Caro Ulisses,

O euro está a valorizar por causa do fenómeneno de diversificação ( longo prazo) . Os investidores ( como bancos centrais, etc.. ) não são parvos pois percebem que a rotativa dos EUA irá encontrar limites, e acreditam que a economia europeia é bem mais transparente e sólida que a americana. É este fenómeno de diversificação que está a apavorar os americanos, pois sabem que longo prazo o usd deixará de ser dominante. Estes tudo farão para destruir o seu rival.
No curto prazo existem outros aspectos, como seja o diferencial das taxas de juro e a respectiva têndencia. A subida das taxas de juro na UE é um sinal de força .
O USD está condenadao a perder o seu papel dominante a longo prazo, quer seja para o EURO( e ainda existir) ou quaisquer outras moedas de economias emergentes( China, etc).
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por artista_ » 7/7/2011 21:49

Bom, é impressão minha ou o José Gomes Ferreira mudou agora de opinião?! Até aqui as sucessivas baixas de rating eram justificadas e tinham a ver com o estado do país, agora parece que também já embarca nas teses das manobras políticas euro/dolar?! :roll:

Será que estou a ver mal ou isto terá alguma coisa a ver com a mudança da cor política que governa o país?! :roll:
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por Ulisses Pereira » 7/7/2011 21:45

charles, exctamente. As pessoas dizem que é um ataque ao euro e não vêem que o Euro está perto de máximos históricos? Será que não dá jeito dizer que isto é um ataque ao euro? A culpa é sempre de alguém e estes cenários especulativos e conspirativos vendem sempre muito.

O Euro lá continua. Firme e seguro.

Um abraço,
Ulisses
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por charles » 7/7/2011 21:40

Partindo da teoria que o que está a acontecer é uma guerra Dolar/Euro, via Irlanda, passando pela Grécia e estando a agora a caravana das agências Americanas de rating estacionada em Portugal, ora se os resultados para abalar o Euro têm sido nulos pois esta moeda continua forte face ao Dolar e não derrapa, só me resta concluir que o próximo passo das agências de rating tem de ser tipo Tsunami, como para um dos lados temos mar, o único caminho por terra para abalar o Euro chama-se ESPANHA, que ninguém duvide que vai ser uma questão meramente do timing certo, para dar um tiro certeiro no porta-aviões ESPANHA, Portugal é apenas uma corveta :roll: :!:
Editado pela última vez por charles em 7/7/2011 21:49, num total de 1 vez.
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por rasteiro » 7/7/2011 20:59

Sim senhor.
Este senhor sabe falar e com 100% de razão.
:clap:

Abraços





Quico Escreveu:Será que ouviram este gajo?

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por Quico » 7/7/2011 17:30

Será que ouviram este gajo?

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por urukai » 7/7/2011 16:18

Billy Ray Valentine Escreveu:
Elias Escreveu:urukai este texto é teu? se não é, podes pf colocar a fonte?


O texto é do Pedro Santos Guerreiro

Aqui fica o link

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=494801


Ups!

Sorry!
Falhou-me o título no copy paste onde estava o nome do autor, o PSG do Negócios.

Abraços.
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por Billy Ray Valentine » 7/7/2011 16:11

Elias Escreveu:urukai este texto é teu? se não é, podes pf colocar a fonte?


O texto é do Pedro Santos Guerreiro

Aqui fica o link

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=494801
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por Elias » 7/7/2011 16:07

urukai este texto é teu? se não é, podes pf colocar a fonte?
 
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por urukai » 7/7/2011 16:03

"Não tarda, estamos a abrir páginas no Facebook contra as agências de 'rating' e a fazer manifestações na Av. da Liberdade, com Francisco Louçã e Ricardo Salgado juntos a entoar: 'E os bancos, pá?'". Ontem foi quase assim. O protesto colectivo contra o corte da Moody's parece ter unido Portugal. O mal está feito. O bem também.

O mal mediu-se ontem numa forte desvalorização das empresas cotadas; em cortes subsequentes de "rating"; na subida assolapada das taxas de juro, para mais de 18% em empréstimos a três anos. É uma taxa apenas aparente, pois Portugal não está a emitir dívida a três anos, mas é um termómetro que revela um estado febril.

Portugal não está falido. Esteve-o quase há dois meses - e estaria hoje se não houvesse empréstimo da troika. Como a banca: não está arrasada, mas esteve-o quase há dois meses, e teria estaria ao longo se não existisse o apoio à liquidez dado pelo Banco Central Europeu. Em Maio, Portugal esteve a poucas horas da ruína. Depois pediu ajuda. Recebeu um empréstimo. Safou-se. E colheu um programa de austeridade.

O paradoxo é esse: desde 2008 que o sistema financeiro português não estava tão sólido como está hoje. Não apenas porque está num processo de desalavancagem e de capitalização. Mas sobretudo porque tem uma rede debaixo de si. É uma rede de 12 mil milhões de euros. Aconteça o que acontecer, esse dinheiro emprestado pela União Europeia e pelo FMI, e que pode levar a nacionalizações parciais e temporárias de bancos, é uma rede de segurança. Mesmo que, se usado, levante uma onda de indignação.

Ontem, a indignação não se moveu contra os bancos portugueses. Nem contra o Governo, este ou o outro. Ergueu-se contra as agências de "rating". Contra a injustiça daquela decisão neste preciso momento. Contra as intenções incluídas nesse corte. Temos um inimigo externo. Temos um factor de união. Que seja um factor de pressão.

Os "inimigos externos" são os melhores aliados dos líderes. Os livros de História Universal estão cheio de casos em que países inteiros se uniram contra um inimigo externo. Por vezes, o inimigo era um embuste criado por um ditador. Noutras vezes, era uma ameaça real. A "financeirização" da democracia, ditada por entidades que não são eleitas, é uma ameaça real.

Esse factor de união não é oferecido, mas pode ser usado. Pedro Passos Coelho deve usar esta união. Não para atacar as agências de "rating" - não se deve escolher inimigos mais poderosos do que nós (erro estratégico que a Grécia cometeu). Mas para pressionar os mais fortes a enfrentar o seu domínio. Para forçar a Comissão Europeia e a Alemanha a desafiarem o seu poderio. Se Passos Coelho fizer isso, terá amanhã o País inteiro com ele. Hoje já tem esse País com vontade de esfregar na cara das agências de "rating" o corte do défice orçamental este ano para 5,9%. Somos orgulhosos. Queremos que o engulam.

Hoje, o Negócios publica um trabalho que analisa as dúvidas que muitos leitores nos enviam desde há semanas. São dúvidas sobre a segurança das poupanças e sobre conselhos para gerir o dinheiro com prudência. Escrevemos este trabalho contra o pânico. Um pânico que pode medrar na falta de informação. É o medo de ter medo.

Se tem dúvidas, pergunte. Mas fique já com esta resposta: o risco não é Portugal, é a zona euro. Portugal está finalmente a fazer o que precisa. A Europa ainda não.
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Decisão do BCE sobre Portugal é uma "resposta imediata&

por Pata-Hari » 7/7/2011 16:02

Trichet: Decisão do BCE sobre Portugal é uma "resposta imediata" à Moody’s


Jean-Claude Trichet não escondeu o desagrado com a decisão da Moody"s de baixar o "rating" português quando o País está no primeiro mês da implementação do seu programa de ajustamento acordado, exactamente, com o BCE, o FMI e a Comissão Europeia.
Questionado sobre como é que analisa a decisão da agência de “rating” neste momento, Trichet respondeu: a decisão de hoje é "em certa medida, uma resposta, uma resposta imediata", precisou, sem falar sobre outras medidas.

Jean-Claude Trichet anunciou hoje que o BCE vai aceitar obrigações portuguesas independentemente da notação de dívida que tiverem. Em causa está o corte de “rating” da Moody’s para Portugal, que colocou a notação do País num nível considerado de “lixo”.

Se todas as agências de "rating" decidirem cortar a notação da República para um nível de "lixo", as obrigações portuguesas deixariam de servir como garantia junto do BCE para que entidades se possam financiar. Contudo, o anúncio hoje feito por Trichet determina que mesmo que todas as agências cortem o "rating", Portugal poderá continuar a servir de garantia junto da instituição.

A justificação para esta decisão do BCE, como aliás já tinha acontecido com Grécia e Irlanda, decorre da aplicação pelo governo nacional do plano de ajustamento acordado com BCE, FMI e Comissão Europeia que é considerado apropriado e suficiente.
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por Pata-Hari » 7/7/2011 16:00

é verdade, Lagosta. Mas é sempre bom.
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por lagosta » 7/7/2011 15:57

Nem euforias nem dramatismos, isto ja tinha sido "implementado" quer para a Irlanda quer para a Grécia.
 
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por Automech » 7/7/2011 15:43

Se não o fizesse era o colapso do sistema bancário nacional e, por arrasto, da economia.
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por amsfsma » 7/7/2011 14:36

E viva o BCE! Infelizmente é mais um adiar os problemas.

Se no subprime os Estados salvaram a banca agora é o BCE a salvar a banca e alguns Estados. Como é que se vai sair disto? Com hiper-inflação por forma a tornar "relativa" as dívidas?
 
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por Pata-Hari » 7/7/2011 14:30

Par ao BCE significa que continuam a aceitar a dívida na mesma, mesmo com o rating de junk. Tal como fez até agora. Ou seja, o nosso colateral, continua a ter valor. Assegura a liquidez da dívida soberana.

É a primeira machada na credibilidade e poder das agências de rating.
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dsfd

por luislobs. » 7/7/2011 14:28

Ora a primeira medida ja está..

AGORA cá para mim era a proibiçao dos shorts sobre os bancos portugueses lembram-se que os Stats a poucos anos fizeram o mesmo?

De certeza que se esqueciam de nós por uns tempos.

Portugal é muito pequenino ninguem tem interesse em malhar sobre nos , contudo 3 ou 4 fundos Norte Americanos ja andam a shortar o Bcp a mais de um ano, e nao me digam que nao á fugas de informaçao, toda gente sabe que descem os rating os bancos teram dificuldades em financiarem-se.

Enfim, interessa aos shorts se nao os podes vencer juntate a eles...
..
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por kknd » 7/7/2011 14:27

O BCE anunciou hoje que suspendeu os limites mínimos de notação de crédito na hora de aceitar dívida portuguesa como colateral.

Jean-Claude Trichet avançou hoje que o Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a aceitar dívida portuguesa como colateral nas operações de refinanciamento dos bancos, apesar da notação da República ter sido reduzida para "lixo" pela agência Moody's.

"Hoje o conselho de governadores decidiu suspender a aplicação do requisito mínimo para crédito em relação a obrigações garantidas pelo governo português", disse Jean Claude Trichet. O programa de ajustamento adoptado pelo governo portugues é "apropriado", disse o presidente do BCE.

Trichet falava na habitual conferência de imprensa que se segue à reunião mensal de política monetária, que hoje decidiu subir os juros em 25 pontos base para 1,50%. Esta "excepção" hoje anunciada para Portugal também já tinha sido accionada para a Grécia e a Irlanda, os outros países do euro que também pediram assistência financeira e que também fora alvo de sucessivos 'downgrades' por parte das agências de 'rating'.

Isto significa que mesmo que as quatros agências decidam baixar o ‘rating' de Portugal para notação conhecida como lixo, no seguimento da decisão da Moody's esta semana, o BCE vai continuar a aceitar a divida soberana portuguesa como boa para continuar a fornecer liquidez ao sistema bancário. A decisão foi tomada hoje unanimemente pelo conselho de governadores do BCE em Frankfurt.


http://economico.sapo.pt/noticias/bce-d ... 22229.html

Tendo em conta que foi feito o mesmo para a Grécia e Irlanda, não me parece que seja grande surpresa.
 
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por The Mechanic » 7/7/2011 14:25

BCE aceita obrigações portuguesas independentemente dos "ratings"Rui Peres Jorge - rpjorge@negocios.pt


As obrigações portuguesas serão aceites pelo BCE como colateral, independentemente dos "ratings" das agências, anunciou hoje o presidente da autoridade monetária, que assim repete uma decisão que já tinha sido aplicada aos gregos e irlandeses.
Jean-Claude Trichet anunciou hoje que o BCE vai aceitar obrigações portuguesas independentemente da notação de dívida que tiverem. Em causa está o corte de “rating” da Moody’s para Portugal, que colocou a notação do País num nível considerado de “lixo”.

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por The Mechanic » 7/7/2011 14:20

"Mercados: Trichet anunciou que o BCE irá suspender a regras de colateral para os títulos portugueses.

Significa isto que o BCE poderá continuar a aceitar os títulos portugueses, independentemente de seu nível de "rating"."
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- Aristoteles

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