OE 2011 - É mais fácil perceber o Orçamento na Mongólia
Tambem acho.moppie85 Escreveu:cogumelo Escreveu:15 medidas para salvar o país da recessão
- programa do Bloco de Esquerda para o OE 2011
http://www.esquerda.net/sites/default/f ... 1019_0.pdf
deviam ter acabado de fumar qq coisa ilegal cá mas legal na Holanda qd escreveram o documento...
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cogumelo Escreveu:15 medidas para salvar o país da recessão
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deviam ter acabado de fumar qq coisa ilegal cá mas legal na Holanda qd escreveram o documento...
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15 medidas para salvar o país da recessão
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http://www.esquerda.net/sites/default/f ... 101019.pdf
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Colóquio sobre a dívida pública
Ricardo Reis: “Aumento de impostos tem efeito brutalmente recessivo”
19.10.2010 - 17:15 Por Ana Rita Faria
Ricardo Reis, professor da Universidade de Columbia, diz que o aumento de impostos, que está previsto na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2011, tem “um efeito brutalmente recessivo”.
“À partida, um aumento de impostos aumenta a poupança pública e desencoraja o consumo, o que permite subir a poupança privada”, referiu Ricardo Reis, durante uma intervenção no colóquio sobre dívida pública, que está a decorrer na Assembleia da República. Contudo, no actual contexto, “um aumento de impostos em um efeito brutalmente recessivo e, a certa altura, acaba por ter um impacto reduzido no aumento da receita fiscal”, defende o economista.
Segundo Ricardo Reis, isso poderá gerar um ciclo vicioso, em que o Governo se veria obrigado a tomar novas medidas de austeridade devido à constante retracção da economia.
O economista defende que o que o Governo devia fazer era descer agora o IVA para os 21 por cento e anunciar um aumento progressivo para os próximos anos, o que iria estimular o consumo antecipado e, consequentemente, a economia. Paralelamente, acompanhando o aumento deste imposto, o Estado deveria descer a contribuição social das empresas, “o que acabaria por ser uma espécie de subsídio às exportações, embora com um impacto limitado no corte do défice”.
Quanto à redução da despesa prevista no OE para 2011, Ricardo Reis considera que o seu efeito recessivo é muito menor e que pode ter um efeito expansionistas ou, pelo menos, neutro.
Finalmente, o economista defende ainda uma reestruturação da dívida pública, mesmo que isso obrigue Portugal a ir contra a Alemanha. “A reestruturação da dívida é um tema tabu na Europa porque a Alemanha tem um medo medonho de que Portugal faça isso e conduza a um default espanhol”, considera.
Para o professor da Universidade de Columbia, Portugal viveu uma “década perdida”. “O PIB per capita em 2009 estava quase ao mesmo nível de 2000, o que significa que Portugal não cresça há quase dez anos”, sublinha.
Isto torna imperativo que a economia volte a crescer, o que, segundo Ricardo Reis, só será possível com reformas estruturais do lado do mercado do trabalho e da produção. “Estas reformas são urgentes, já deviam mesmo ter sido feitas mas levam tempo e, neste momento, tempo é uma coisa que Portugal tem pouco”, conclui, acrescentando que acreditar que essas reformas vão avançar nos próximos 12 meses é ter demasiada fé.
http://economia.publico.pt/Noticia/rica ... vo_1461768
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Quanto ao caso BPN (ou seja oito ou nove submarinos que é a compração da moda hoje em dia, ou seja uma frota) .
Ninguem quer aquilo porque não vale nada.
Quanto muito valem os imóveis e a localização dos balcões.Mas mesmo isso não parece valer os 200 milhoes, pois ninguem avança.
Qunado o BPN entrar no OE vamos ter mais umas medidas iguais a esta.
Quanto entrarem as PPP (2013) vamos ter mais umas medidas iguais a estas.
É a vida.
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Quanto muito valem os imóveis e a localização dos balcões.Mas mesmo isso não parece valer os 200 milhoes, pois ninguem avança.
Qunado o BPN entrar no OE vamos ter mais umas medidas iguais a esta.
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Governo anuncia extinção de entidades que não existem
por RUI PEDRO ANTUNES
São pelo menos nove os organismos que o Governo anunciou que iria extinguir no próximo ano e que, afinal, já não existem ou cujo encerramento já estava previsto para este ano. Da lista de 50 organismos, cerca de 18% são, assim, extinções 'virtuais' - em 2011 já não existiriam, ou não deviam existir, por ordem do Governo.
O Governo anunciou que vai extinguir 50 organismos públicos, mas o DN verificou que pelo menos nove destas entidades já não existem ou já iam, de qualquer forma, ser extintas este ano. A percentagem de extinções "virtuais" em 2011 ronda, assim, os 18% do total de entidades que o Executivo revelou querer encerrar.
Na lista - avançada como mais um passo para o corte na despesa no Orçamento do Estado para 2011, com ganhos de cem milhões de euros por corte na despesa - é publicitada a extinção da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ) e a sua integração na ASAE. Acontece que, na prática, a IGJ já havia tido ordem de extinção em Abril de 2006, através de uma resolução do Conselho de Ministros. A IGJ não foi, então, incluída na ASAE - como estava previsto no PRACE (Programa de Restruturação da Administração Central do Estado) - mas integrada no Turismo de Portugal.
A IGJ é, no entanto, apenas um dos exemplos. Na Justiça, o Governo anunciou a extinção dos Serviços Sociais do ministério, que já não existem (ou não deviam existir) desde Janeiro de 2008, como anunciou a tutela no seu site: "O Ministério da Justiça já concretizou o processo de extinção orgânica dos seus Serviços Sociais e a integração das respectivas atribuições na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça", pode ainda ler-se no portal.
O mesmo aconteceu com a Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração, cuja extinção, tendo em conta uma resolução do Conselho de Ministros assinada pelo próprio primeiro-ministro, devia ter sido decretada a 16 de Maio deste ano, uma vez que foi criada em 2008 e tinha como "duração máxima" 24 meses. Outro dos organismos que o Executivo revelou que irá encerrar é a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental. Ora, já quando foi criado, o organismo tinha como data-limite de duração o dia 20 de Abril de 2006 ou a entrega de uma proposta portuguesa nesta área junto da Secretaria-Geral das Nações Unidas, entrega essa que já foi feita (em 2009). Ou seja, tendo em conta a legislação, o organismo já deveria (também) estar extinto.
Na lista de extinções está também o Hospital Condes de Castro Guimarães que, como o DN avançou, já tinha as portas fechadas desde Fevereiro. O Executivo justificou-se dizendo que, apesar de encerrada, a unidade continua a ter custos.
Há ainda quatro organismos cujo fecho já estaria, de qualquer forma, previsto para 2010. A Estrutura de Missão Parcerias em Saúde, o Observatório das Políticas Locais da Educação, a Estrutura de Missão do SIRESP e o Gabinete para o Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional são entidades que - de acordo com resoluções ou contratos - já previam a extinção para antes de 31 de Dezembro de 2010. Ou seja, o Governo anunciou para 2011 o fim de entidades que por essa altura já estarão, à luz da legislação, extintas.
Curiosa é também a extinção da Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos, pois foi criada há pouco mais de dois meses.
O Governo anunciou a extinção de todos estes organismos como mais uma medida de corte da despesa do Estado. A lista dos 50 organismos foi apresentada aquando a divulgação da proposta de Orçamento para 2011.
In DN
por RUI PEDRO ANTUNES
São pelo menos nove os organismos que o Governo anunciou que iria extinguir no próximo ano e que, afinal, já não existem ou cujo encerramento já estava previsto para este ano. Da lista de 50 organismos, cerca de 18% são, assim, extinções 'virtuais' - em 2011 já não existiriam, ou não deviam existir, por ordem do Governo.
O Governo anunciou que vai extinguir 50 organismos públicos, mas o DN verificou que pelo menos nove destas entidades já não existem ou já iam, de qualquer forma, ser extintas este ano. A percentagem de extinções "virtuais" em 2011 ronda, assim, os 18% do total de entidades que o Executivo revelou querer encerrar.
Na lista - avançada como mais um passo para o corte na despesa no Orçamento do Estado para 2011, com ganhos de cem milhões de euros por corte na despesa - é publicitada a extinção da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ) e a sua integração na ASAE. Acontece que, na prática, a IGJ já havia tido ordem de extinção em Abril de 2006, através de uma resolução do Conselho de Ministros. A IGJ não foi, então, incluída na ASAE - como estava previsto no PRACE (Programa de Restruturação da Administração Central do Estado) - mas integrada no Turismo de Portugal.
A IGJ é, no entanto, apenas um dos exemplos. Na Justiça, o Governo anunciou a extinção dos Serviços Sociais do ministério, que já não existem (ou não deviam existir) desde Janeiro de 2008, como anunciou a tutela no seu site: "O Ministério da Justiça já concretizou o processo de extinção orgânica dos seus Serviços Sociais e a integração das respectivas atribuições na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça", pode ainda ler-se no portal.
O mesmo aconteceu com a Estrutura de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração, cuja extinção, tendo em conta uma resolução do Conselho de Ministros assinada pelo próprio primeiro-ministro, devia ter sido decretada a 16 de Maio deste ano, uma vez que foi criada em 2008 e tinha como "duração máxima" 24 meses. Outro dos organismos que o Executivo revelou que irá encerrar é a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental. Ora, já quando foi criado, o organismo tinha como data-limite de duração o dia 20 de Abril de 2006 ou a entrega de uma proposta portuguesa nesta área junto da Secretaria-Geral das Nações Unidas, entrega essa que já foi feita (em 2009). Ou seja, tendo em conta a legislação, o organismo já deveria (também) estar extinto.
Na lista de extinções está também o Hospital Condes de Castro Guimarães que, como o DN avançou, já tinha as portas fechadas desde Fevereiro. O Executivo justificou-se dizendo que, apesar de encerrada, a unidade continua a ter custos.
Há ainda quatro organismos cujo fecho já estaria, de qualquer forma, previsto para 2010. A Estrutura de Missão Parcerias em Saúde, o Observatório das Políticas Locais da Educação, a Estrutura de Missão do SIRESP e o Gabinete para o Desenvolvimento do Sistema Logístico Nacional são entidades que - de acordo com resoluções ou contratos - já previam a extinção para antes de 31 de Dezembro de 2010. Ou seja, o Governo anunciou para 2011 o fim de entidades que por essa altura já estarão, à luz da legislação, extintas.
Curiosa é também a extinção da Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos, pois foi criada há pouco mais de dois meses.
O Governo anunciou a extinção de todos estes organismos como mais uma medida de corte da despesa do Estado. A lista dos 50 organismos foi apresentada aquando a divulgação da proposta de Orçamento para 2011.
In DN
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Lion_Heart Escreveu:JMHP Escreveu:Elias Escreveu:JMHP Escreveu:O caso BPN é uma bomba apontada a qualquer orçamento do Estado e o governo actual deverá atrasar o máximo possível a sua conclusão de modo que arrebente com o próprio governo.
Ela vai explodir, não se sabe é quando e quem vai ter de pressionar o botão….
Pois...
Ou seja quando a bomba rebentar lá vai o défice outra vez pelo cano.
Medidas previsíveis para tapar esse buraco em anos vindouros:
- aumentar o IVA
- aumentar o IRS
- baixar salários
- acabar com os benefícios fiscais remanescentes
- etc. etc.
Não sei que Portugal existirá nessa altura, o Portugal de hoje como conhecemos não será certamente.
Daqui a um ano (ou talvez menos)ja vais saber
Não é o Sócrates o melhor lider, não nos podemos queixar...
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JMHP Escreveu:Elias Escreveu:JMHP Escreveu:O caso BPN é uma bomba apontada a qualquer orçamento do Estado e o governo actual deverá atrasar o máximo possível a sua conclusão de modo que arrebente com o próprio governo.
Ela vai explodir, não se sabe é quando e quem vai ter de pressionar o botão….
Pois...
Ou seja quando a bomba rebentar lá vai o défice outra vez pelo cano.
Medidas previsíveis para tapar esse buraco em anos vindouros:
- aumentar o IVA
- aumentar o IRS
- baixar salários
- acabar com os benefícios fiscais remanescentes
- etc. etc.
Não sei que Portugal existirá nessa altura, o Portugal de hoje como conhecemos não será certamente.
Daqui a um ano (ou talvez menos)ja vais saber
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Elias Escreveu:JMHP Escreveu:O caso BPN é uma bomba apontada a qualquer orçamento do Estado e o governo actual deverá atrasar o máximo possível a sua conclusão de modo que arrebente com o próprio governo.
Ela vai explodir, não se sabe é quando e quem vai ter de pressionar o botão….
Pois...
Ou seja quando a bomba rebentar lá vai o défice outra vez pelo cano.
Medidas previsíveis para tapar esse buraco em anos vindouros:
- aumentar o IVA
- aumentar o IRS
- baixar salários
- acabar com os benefícios fiscais remanescentes
- etc. etc.
Não sei que Portugal existirá nessa altura, o Portugal de hoje como conhecemos não será certamente.
JMHP Escreveu:O caso BPN é uma bomba apontada a qualquer orçamento do Estado e o governo actual deverá atrasar o máximo possível a sua conclusão de modo que arrebente com o próprio governo.
Ela vai explodir, não se sabe é quando e quem vai ter de pressionar o botão….
Pois...
Ou seja quando a bomba rebentar lá vai o défice outra vez pelo cano.
Medidas previsíveis para tapar esse buraco em anos vindouros:
- aumentar o IVA
- aumentar o IRS
- baixar salários
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- etc. etc.
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Elias Escreveu:JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
JMHP, obrigado pelo esclarecimento.
Mas fica a dúvida: o OE para 2011 contempla essa maquia de 4500?
Creio que não dado que esse dossier ainda está aberto e longe da sua conclusão dado que até hoje não apareceram interessados na compra do BPN.
Na realidade ninguém está interessado na compra do BPN e receber o encargo de uma linha crédito tão gigantesca que certamente torna inviável o futuro do banco.
O caso BPN é uma bomba apontada a qualquer orçamento do Estado e o governo actual deverá atrasar o máximo possível a sua conclusão de modo que não arrebente com o próprio governo.
Ela vai explodir, não se sabe é quando e quem vai ter de pressionar o botão….
AutoMech Escreveu:Mas então, e assumindo que quem comprar o BPN (se houver comprador) vai ser por uma insignificancia, esses 4.500 milhoes ainda vão ter de aparecer algum ano na execução orçamental.
Temos assim um esqueleto de aprox 3% do PIB como calculou o Elias. Ou estou a perceber mal ?
Estás a perceber bem sim. É mais uma 'bomba' que ameaça as nossas finanças públicas.
Editado pela última vez por JMHP em 19/10/2010 19:24, num total de 3 vezes.
JMHP Escreveu:Krupper Escreveu:JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
Também tinha uma ideia que tinha sido qualquer coisa desse género, mas não tenho a certeza. Já agora, tens alguma documentação sobre isso?
Eu não tenho documentação, mas posso dizer que esta informação insider...
Acho que esta notícia refere o que falaste:
Louçã pede explicações sobre ausência de 4500 milhões de euros para BPN
Ontem
O coordenador do BE afirmou hoje que o Orçamento do Estado tem "dois capítulos secretos", alegando que o "buraco" do BPN não figura no documento e que existem três mil milhões de euros a mais para cobrir o défice.
"Até agora, o ministro das Finanças, que se desdobrou em entrevistas e em declarações, e comentários e em escritos, nunca conseguiu responder ao país sobre o que acontecerá aos 4500 milhões de euros do buraco do BPN, são nove submarinos, o que significa um montante igual ao da consolidação orçamental no próximo ano", afirmou Francisco Louçã.
As palavras de Louçã foram proferidas na abertura das jornadas parlamentares do BE, em Viseu, numa intervenção centrada no Orçamento para 2011 onde defendeu que há aspectos que precisam de ser esclarecidos.
"Se a conta do BPN entrar, como um dia tem que entrar, ou na dívida ou no défice, nós teremos a duplicação da política da austeridade, da política da bancarrota, que já ocorre no próximo ano, e desse capítulo não se sabe nada", referiu.
Para o coordenador bloquista, "só há uma certeza": "Um dia os contribuintes pagarão o desvario financeiro, a roubalheira do BPN, o descontrolo das contas, a irresponsabilidade completa, de um Estado que não obrigou os accionistas a responderem pelos seus actos".
Sobre o endividamento, Francisco Louçã disse ver aspectos "escondidos" e assinalou que o défice previsto para o próximo ano "será de 4,6 por cento, cerca de 8 mil milhões de euros, mas o aumento da dívida que cobre esse défice ultrapassa em muito esse valor e é de 11 mil milhões de euros".
"Onde estão os outros três mil milhões? Para que é que são precisos? Porque é que estão no Orçamento?", interrogou.
"A única resposta neste capítulo escondido é esta, é para proteger o sistema financeiro que afundou a economia portuguesa, é preciso que haja uma almofada de segurança, uma protecção, é preciso socorrê-los ainda de novo se assim for preciso, para lhes entregar três mil milhões se eles assim o requererem", acrescentou.
O líder do BE antecipou que 2011 trará "uma recessão" e que a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo "enfraquece os laços de um Estado que não responde pelas suas responsabilidades numa economia em desagregação".
fonte:
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/Interior.aspx?content_id=1689247
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Krupper Escreveu:AutoMech Escreveu:Mas então, e assumindo que quem comprar o BPN (se houver comprador) vai ser por uma insignificancia, esses 4.500 milhoes ainda vão ter de aparecer algum ano na execução orçamental.
Temos assim um esqueleto de aprox 3% do PIB como calculou o Elias. Ou estou a perceber mal ?
Isso a juntar ao milhões que vão começar a ser orçamentados no âmbito das PPP... vai ser bonito, vai...
Já não sei quem foi, mas alguém comentou na SIC há dois ou três dias que agora até as Câmara Municipais fazem PPPs. Nada como fazer hoje a obra e deixar para alguém pagar no futuro.
AutoMech Escreveu:Mas então, e assumindo que quem comprar o BPN (se houver comprador) vai ser por uma insignificancia, esses 4.500 milhoes ainda vão ter de aparecer algum ano na execução orçamental.
Temos assim um esqueleto de aprox 3% do PIB como calculou o Elias. Ou estou a perceber mal ?
Isso a juntar ao milhões que vão começar a ser orçamentados no âmbito das PPP... vai ser bonito, vai...
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Pelo editorial do PSG no negocios n está!




Mexe? Tributa. Respira? Taxa. Atrasa? Multa. Foge? Caça. Contesta? Penhora.
Mexe? Tributa. Respira? Taxa. Atrasa? Multa. Foge? Caça. Contesta? Penhora. Em 2011, vale tudo. O Orçamento é um tratado de criatividade fiscal e parafiscal.
Na faculdade aprende-se a diferença entre um imposto e uma taxa: aquele tem um fim abstracto, esta é contrapartida de um serviço específico. No Orçamento aprende-se qual é a semelhança: é para aumentar receita. No próximo ano, são mais 402 milhões de euros, para um total de 2,2 mil milhões, incluindo multas e penalidades.
O País já tem hoje a mais extraordinária lista de taxas, sobretudo municipais. De vez quando, fica a conhecer mais algumas que aparecem na sopa de letras que é a factura de electricidade. Em 2011, assim será com o aumento de 30% da taxa de televisão.
Há muito mais. O Ministério da Cultura inventou uma taxa para as empresas de telecomunicações pagarem o fundo para o Cinema e Audiovisual, que basicamente servirá para baixar o orçamento de Gabriela Canavilhas. Como se não bastasse, as mesmas empresas de telemóveis vão pagar mais aos tribunais pelo processos de dívidas.
O caso é paradigmático: para reduzir a asfixia nos tribunais, o Estado quer afastar os grandes litigantes - as empresas de telemóveis entopem o sistema com milhões de contas por cobrar. Só que estas empresas recorrem aos tribunais porque é a única forma de recuperarem o IVA que já adiantaram ao Estado pelas facturas que, afinal, não foram pagas. Sem uma decisão do juiz de que o crédito é incobrável, o IVA não é devolvido.
A proposta do Orçamento reproduz taxas com a rapidez dos coelhos. Taxas de Justiça e propinas, registo predial, telecomunicações, explorações hídricas e jogos, multas de 100 euros para taxas moderadoras em falta, reforço dos meios para cobrar multas de trânsito, portagens na Ponte 25 de Abril em Agosto, taxas para contratar polícias, tirar passaporte, para lançar fogo-de-artifício.
Esta dispersão de taxas em cima de aumentos de impostos precipita o aumento dos preços de serviços (transportes públicos, energia, telecomunicações, medicamentos). Mas mostra também como o Estado está de metralhadora na mão, disparando de rajada.
Esse é um reflexo do atabalhoamento que terá sido fazer esta proposta de Orçamento. O atraso da entrega da proposta seria irrelevante se não fosse a ponta do icebergue. O Ministério já veio reconhecer erros na inscrição das transferências para as empresas públicas. Bem como na dotação de 587 milhões de euros para a Ascendi (consórcio Mota-Engil e BES para as estradas) que afinal não o é - é para a banca. Para o BES e para a Caixa, por reequilíbrios financeiros relativos a estradas que financiaram em PPP há quase uma década, depois de acordos de há quatro anos que ninguém conhecia.
Importa-se de repetir? 587 milhões de euros que ninguém conhecia nem ficou a perceber? Os armários do Orçamento estão cheios de esqueletos. Qualquer dia teremos o BPN, que é o "Onde está o Wally?" do Orçamento para 2011.
Negociar esta proposta de Orçamento no Governo deve ter sido um inferno para o Ministério das Finanças. Nada que se aproxime, no entanto, do que ele é para os tributados. Por cada submarino, reequilíbrio financeiro de uma PPP ou por cada BPN, aparece uma necessidade de receita. Ou vai ou taxa.
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JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
JMHP, obrigado pelo esclarecimento.
Mas fica a dúvida: o OE para 2011 contempla essa maquia de 4500?
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Krupper Escreveu:JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
Também tinha uma ideia que tinha sido qualquer coisa desse género, mas não tenho a certeza. Já agora, tens alguma documentação sobre isso?
Eu não tenho documentação, mas posso dizer que esta informação insider...

JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
Também tinha uma ideia que tinha sido qualquer coisa desse género, mas não tenho a certeza. Já agora, tens alguma documentação sobre isso?
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Elias Escreveu:Fazendo umas contas de merceeiro...
O governo meteu 4500 milhões no BPN.
O défice é de 13900 milhões de euros.
O défice é de 9,4%
O dinheiro metido no BPN vale 3,0% do défice.
Conclusão: se o governo não tivesse metido aquela massa toda no BPN o nosso défice estava em 6,4% (igual ao que havia em 2005) e não seria necessário estar a tomar estas medidas drásticas para reduzir o défice.
Elias, o governo não meteu 4500 milhões no BPN nem esse valor está englobado no nosso défice.
O governo abriu uma linha de crédito para o BPN atravês da CGD no valor de 4500 milhões de Euros e irá permanecer até pelo menos á venda do banco, só depois da venda é que o valor utilizado nessa linha de crédito deverá entrar para o défice de 2011, altura que provavelmente será concretizada a venda do banco.
Caso o valor dessa linha de credito entra-se no défice de 2010, jamais o governo cumpriria as metas de compromisso do défice estabelecidas.
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