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Caldeirão da Bolsa

Ulrich elogia corte de salários da função pública

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Bakano » 14/10/2010 18:44

Thunder Escreveu:Bakano eu sei que na função pública existem trabalho precários, situação com a qual não concordo minimamente.

A questão dos precários veio "a baila" dado a maior facilidade destes serem sujeitos a cortes nos salários e outros tipos de abusos.


Ok.
Percebi.
Bons trades
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por Thunder » 14/10/2010 18:38

Bakano eu sei que na função pública existem trabalho precários, situação com a qual não concordo minimamente.

A questão dos precários veio "a baila" dado a maior facilidade destes serem sujeitos a cortes nos salários e outros tipos de abusos.
"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius

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por Bakano » 14/10/2010 18:32

Thunder Escreveu:
AutoMech Escreveu:
OK, então estamos a alar de ilegalidades. Não digo que não haja mas duvido que sejam assim tantas...



A maioria dos "precários" estão nessa situação ilegalmente. Já viste a quantidade de funcionários que têm trabalho precário? :wink:
Logo a ilegalidade muitas vezes não é marginal, mas responde por uma fatia grossa do bolo.

E se reparares bem essas pessoas são facilmente pressionadas dada a posição delicada que ocupam.


Então e na função pública também não há trabalho precário?
Claro que há.
O problema de muitas empresas privadas é que estabelece um salário sobre o qual faz os descontos legais, e depois dá uma parte à sucapa.
O pessoal gosta, porque assim também não declara no IRS e tal, logo fica num escalão mais baixo.
Mas depois quando corre mal, ah, pois, coisa e tal...
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por Thunder » 14/10/2010 18:21

diabo1982 Escreveu:
Thunder Escreveu:O facto é que é despesista. Podemos dar mil votas a isto mas o facto é real e concreto. O estado tem de ter um abordagem mais cautelosa e aproveitar melhor os recursos, não haja a menor dúvida disso. Se o pricipal culpado não é o estado (realce eu disse estado e não FP) o que será o maior factor a pesar para o desequilíbrio das contas?


Como disse anteriormente, o Estado tem uma dívida externa que corresponde a 70 % do PIB.

O Sector Privado tem uma dívida externa que corresponde a 160 % do PIB.

Agora tira as tuas conclusões.


O privado estar muito mal não alivia o facto de o estado estar mal (ou menos mal se quiseres).
É a história do roto e do esfarrapado. Nenhum pode se rir pois ambos estão mal.

Nota: tens a certeza que os 160% não são estado mais privados? (atenção não estou a porte-te em causa, pois não tenho a certeza dos dados.... :wink: )
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por diabo1982 » 14/10/2010 18:14

Thunder Escreveu:O facto é que é despesista. Podemos dar mil votas a isto mas o facto é real e concreto. O estado tem de ter um abordagem mais cautelosa e aproveitar melhor os recursos, não haja a menor dúvida disso. Se o pricipal culpado não é o estado (realce eu disse estado e não FP) o que será o maior factor a pesar para o desequilíbrio das contas?


Como disse anteriormente, o Estado tem uma dívida externa que corresponde a 70 % do PIB.

O Sector Privado tem uma dívida externa que corresponde a 160 % do PIB.

A pressão sobre as nossas contas vem do exterior..São os financiadores estrangeiros que duvidam da capacidade de nós pagarmos as nossas dívidas...Sendo que, ainda assim, o Estado oferece mais garantias de pagamento das suas dívidas que as famílias e as empresas...

Para não falar do sector bancário português que não tem crédito nos outros bancos e só se estão a aguentar graças ao BCE os estar a financiar...(aproveitando-se depois para comprar dívida pública com juros de 6 %)..

Perante estes dados, tira as tuas conclusões...
 
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por Thunder » 14/10/2010 18:01

Elias Escreveu:
E os que se envididaram são o quê, uns pobres desgraçadinhos?

É verdade que os bancos concederam crédito (demasiado) fácil mas não podemos esquecer que muitas pessoas se envididaram à doida...



Uma parte enorme do problema é esse. É muito fácil sacudir a água do capote e não olhar para essa face do problema. (embora admita que muitas vezes não o fazem por ignorância e não estou a ser pejorativo).
Agora que de 2000 para cá e agravando-se do meu ponto de vista (climax) entre 2003 até 2005/2006 as pessoas de uma forma geral gastaram de uma forma completamente absurda, repito, absurda, disso não haja a menor dúvida. isto não podia durar sempre. Foi bom enquanto durou agora é a hora de pagar a fatura (e não digo isto de forma leviana, pois também me toca a mim....)
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por Thunder » 14/10/2010 17:53

AutoMech Escreveu:
Thunder Escreveu:
A maioria dos "precários" estão nessa situação ilegalmente. Já viste a quantidade de funcionários que têm trabalho precário? :wink:
Logo a ilegalidade muitas vezes não é marginal, mas responde por uma fatia grossa do bolo.

E se reparares bem essas pessoas são facilmente pressionadas dada a posição delicada que ocupam.


Mesmo assim Thunder. Estamos a falar do sector privado, logo precários = recibo verde ou contrato a termo, certo ?

Contrato a termo não pode ser reduzido (a não ser que seja terminado e depois o funcionário volte mais tarde, passado o prazo em que já pode ser novamente contratado).

Os recibos verdes são os que estão em situação mais frágil (não tenho noção de quantos falsos recibos verdes existem hoje em dia - tenho de ir pesquisar).

Agora se falarmos em novas admissões, aí acho que está a haver uma tendência para a redução naquilo que se pagava.


Penso que num documentário que vi a soma de Rv + precários era de 1,2 milhões, sendo os RV cerca de 700 mil. Estou a falar de cor e desculpem ser estiver enganado.
Logo podes ver que é uma fatia enorme da população.
E nestes tempos de crise é mais fácil "apertar" com que está a rasca, logo imagina o que por aí não se deve andar a passar.
Eu próprio não tenho trabalho precário e só vejo as condições de trabalho a degradarem-se constantemente.
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por migluso » 14/10/2010 17:47

diabo1982 Escreveu:
Eu também concordo que o que ele disse é uma verdade, mas certamente o seu Banco também financiou empresas e famílias que não tinham asseguradas as condições para cumprir as obrigações futuras.

Não deixa de ser um dos culpados do excesso de endividamento do nosso País.


Se o BPI falir eu, como contribuinte, recuso salvar accionistas e credores. O contribuinte já assume os depósitos dos clientes até determinado montante. Julgo que é suficiente.

O exemplo dado é como em qualquer empresa quando tem créditos mal parados nos seus clientes. Se estes forem em excesso, pode levar a empresa à falência. Paciência, que tivesse cortado o fornecimento antes.

P.S. - Eu recuso salvar bancos, mas o Estado salva assaltando os portugueses.
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por Thunder » 14/10/2010 17:45

Em resposta ao colega diabo1982 (citações a bold)

Claro que sim, mas não é o principal culpado. Não é por causa do Estado que o país está neste Estado.

O facto é que é despesista. Podemos dar mil votas a isto mas o facto é real e concreto. O estado tem de ter um abordagem mais cautelosa e aproveitar melhor os recursos, não haja a menor dúvida disso. Se o pricipal culpado não é o estado (realce eu disse estado e não FP) o que será o maior factor a pesar para o desequilíbrio das contas?

Respondo-te a essa pergunta com outra pergunta: Quantas famílias portuguesas estão a viver com rendimentos que lhe permitam fazer uma poupança mensal na ordem dos 10 %?
A sensação que tenho é que a maioria das famílias estão com défices orçamentais do mesmo calibre do Estado.


Mas as famílias em teoria só têm que responder perante elas próprias. O estado não.

Concordo contigo, mas também temos que acabar com muitas situações que se passam no sector privado, nomeadamente, a constante fuga fiscal das empresas e dos seus funcionários, cujos rendimentos sujeitos a impostos não reflectem o que na realidade ganham, por exemplo.

As pensões são direitos adquiridos e as pessoas que auferem essas reformas, descontaram sobre esses valores.
Se é verdade que as pensões mais altas são as dos funcionários públicos, não te esqueças que também são eles que contribuiem com impostos para o Estado, porque fazem descontos sobre o rendimento integral e não sobre 50 % do ordenado, como no sector privado.

Os funcionários públicos representam 75 % dos gastos do Estado. É verdade. Mas onde queres cortar?
Médicos? Professores? Polícia? Juizes?
É por estas classes profissionais que se poderá cortar no número de funcionários públicos e correspondentes gastos. MAs isso obriga-nos a fazer uma opção:
- Queremos Saúde para todos tendencialmente gratuita? Se sim, não podes despedir médicos e terão que ter bons salários, caso contrário "fogem" para os privados;
- Queremos ter Educação gratuita? Se sim, teremos que manter os professores;
- Queremos um País seguro? Se sim, teremos que manter os polícias.
- Queremos uma Justiça melhor? Se sim, teremos que manter juizes e afins relacionados com o Sistema.

Se não quisermos nada disto, podemos realmente poupar na despesa primária do Estado, despedindo médicos, professores, etc...

É que a função pública é composta em 60 ou 70 % por pessoas destas classes profissionais..


Eu não disse que se gastava 75% com os funcionários.
Olha novamente para a minha afirmação :)
A questão dos direitos adquiridos é muito complexa.
Estamos em termos de reformas a dar "regalias" aos actuais pensionistas que penso que a "geração" entre os 20 anos e os 45 anos nunca sequer vai poder sonhar em ter. Olhando por este prisma não é um bocado "egoísta" o que vemos muita gente usufruir?
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por diabo1982 » 14/10/2010 17:40

Elias Escreveu:
diabo1982 Escreveu:
migluso Escreveu:- O BPI, salvo erro, foi o único banco a não recorrer à garantia do Estado.

- O presidente do BPI foi o único a afirmar que o seu banco tem mais onde aplicar o dinheiro do que em projectos como o TGV e que os nossos estadistas viviam no mundo da fantasia.

- No meu entender, ele só disse mais uma verdade.


Eu também concordo que o que ele disse é uma verdade, mas certamente o seu Banco também financiou empresas e famílias que não tinham asseguradas as condições para cumprir as obrigações futuras.

Não deixa de ser um dos culpados do excesso de endividamento do nosso País.


Ó diabo então as pessoas endividam-se e os culpados são os bancos?

E os que se envididaram são o quê, uns pobres desgraçadinhos?

É verdade que os bancos concederam crédito (demasiado) fácil mas não podemos esquecer que muitas pessoas se envididaram à doida...


Concordo plenamente que os Bancos não bateram à porta das pessoas para elas se endividarem...Endividaram-se porque era fácil...Bastava entrar nos Bancos e pedir dinheiro e nem era preciso apresentar garantias...Era só pedir...

Mas não é por isso que não deixam de ter responsabilidades...AS mesmas responsabilidades que agora começam a ter para autorizar um financiamento a uma família ou empresa..
 
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por Automech » 14/10/2010 17:35

Thunder Escreveu:
A maioria dos "precários" estão nessa situação ilegalmente. Já viste a quantidade de funcionários que têm trabalho precário? :wink:
Logo a ilegalidade muitas vezes não é marginal, mas responde por uma fatia grossa do bolo.

E se reparares bem essas pessoas são facilmente pressionadas dada a posição delicada que ocupam.


Mesmo assim Thunder. Estamos a falar do sector privado, logo precários = recibo verde ou contrato a termo, certo ?

Contrato a termo não pode ser reduzido (a não ser que seja terminado e depois o funcionário volte mais tarde, passado o prazo em que já pode ser novamente contratado).

Os recibos verdes são os que estão em situação mais frágil (não tenho noção de quantos falsos recibos verdes existem hoje em dia - tenho de ir pesquisar).

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por Elias » 14/10/2010 17:34

diabo1982 Escreveu:
migluso Escreveu:- O BPI, salvo erro, foi o único banco a não recorrer à garantia do Estado.

- O presidente do BPI foi o único a afirmar que o seu banco tem mais onde aplicar o dinheiro do que em projectos como o TGV e que os nossos estadistas viviam no mundo da fantasia.

- No meu entender, ele só disse mais uma verdade.


Eu também concordo que o que ele disse é uma verdade, mas certamente o seu Banco também financiou empresas e famílias que não tinham asseguradas as condições para cumprir as obrigações futuras.

Não deixa de ser um dos culpados do excesso de endividamento do nosso País.


Ó diabo então as pessoas endividam-se e os culpados são os bancos?

E os que se envididaram são o quê, uns pobres desgraçadinhos?

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por diabo1982 » 14/10/2010 17:31

migluso Escreveu:- O BPI, salvo erro, foi o único banco a não recorrer à garantia do Estado.

- O presidente do BPI foi o único a afirmar que o seu banco tem mais onde aplicar o dinheiro do que em projectos como o TGV e que os nossos estadistas viviam no mundo da fantasia.

- No meu entender, ele só disse mais uma verdade.


Eu também concordo que o que ele disse é uma verdade, mas certamente o seu Banco também financiou empresas e famílias que não tinham asseguradas as condições para cumprir as obrigações futuras.

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por diabo1982 » 14/10/2010 17:30

migluso Escreveu:- O BPI, salvo erro, foi o único banco a não recorrer à garantia do Estado.

- O presidente do BPI foi o único a afirmar que o seu banco tem mais onde aplicar o dinheiro do que em projectos como o TGV e que os nossos estadistas viviam no mundo da fantasia.

- No meu entender, ele só disse mais uma verdade.


Eu também concordo que o que ele disse é uma verdade, mas certamente o seu Banco financiou empresas e famílias que não tinham asseguradas as condições para cumprir as obrigações futuras.

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por diabo1982 » 14/10/2010 17:26

Thunder Escreveu:Achas que o estado não é despesista?


Claro que sim, mas não é o principal culpado. Não é por causa do Estado que o país está neste Estado.

Thunder Escreveu:Gasta 10% a mais do que pode. Alguma família se aguentaria com um orçamento nestes moldes?


Respondo-te a essa pergunta com outra pergunta: Quantas famílias portuguesas estão a viver com rendimentos que lhe permitam fazer uma poupança mensal na ordem dos 10 %?
A sensação que tenho é que a maioria das famílias estão com défices orçamentais do mesmo calibre do Estado.

Thunder Escreveu:Gasta 75% com funcionários, pensões e ajudas sociais. Este modelo não é viável, podemos dar as voltas que quisermos, mas simplesmente ultrapassamos o limite. é hora de acordar para a dura realidade.


Concordo contigo, mas também temos que acabar com muitas situações que se passam no sector privado, nomeadamente, a constante fuga fiscal das empresas e dos seus funcionários, cujos rendimentos sujeitos a impostos não reflectem o que na realidade ganham, por exemplo.

As pensões são direitos adquiridos e as pessoas que auferem essas reformas, descontaram sobre esses valores.
Se é verdade que as pensões mais altas são as dos funcionários públicos, não te esqueças que também são eles que contribuiem com impostos para o Estado, porque fazem descontos sobre o rendimento integral e não sobre 50 % do ordenado, como no sector privado.

Os funcionários públicos representam 75 % dos gastos do Estado. É verdade. Mas onde queres cortar?
Médicos? Professores? Polícia? Juizes?
É por estas classes profissionais que se poderá cortar no número de funcionários públicos e correspondentes gastos. MAs isso obriga-nos a fazer uma opção:
- Queremos Saúde para todos tendencialmente gratuita? Se sim, não podes despedir médicos e terão que ter bons salários, caso contrário "fogem" para os privados;
- Queremos ter Educação gratuita? Se sim, teremos que manter os professores;
- Queremos um País seguro? Se sim, teremos que manter os polícias.
- Queremos uma Justiça melhor? Se sim, teremos que manter juizes e afins relacionados com o Sistema.

Se não quisermos nada disto, podemos realmente poupar na despesa primária do Estado, despedindo médicos, professores, etc...

É que a função pública é composta em 60 ou 70 % por pessoas destas classes profissionais...
 
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por migluso » 14/10/2010 17:23

- O BPI, salvo erro, foi o único banco a não recorrer à garantia do Estado.

- O presidente do BPI foi o único a afirmar que o seu banco tem mais onde aplicar o dinheiro do que em projectos como o TGV e que os nossos estadistas viviam no mundo da fantasia.

- No meu entender, ele só disse mais uma verdade.
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por Thunder » 14/10/2010 17:16

AutoMech Escreveu:
OK, então estamos a alar de ilegalidades. Não digo que não haja mas duvido que sejam assim tantas...



A maioria dos "precários" estão nessa situação ilegalmente. Já viste a quantidade de funcionários que têm trabalho precário? :wink:
Logo a ilegalidade muitas vezes não é marginal, mas responde por uma fatia grossa do bolo.

E se reparares bem essas pessoas são facilmente pressionadas dada a posição delicada que ocupam.
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por Automech » 14/10/2010 17:12

Thunder Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Thunder Escreveu:
E baixas de salários (até superiores a esta) não são novidade.


Podes explicar Thunder ? É que, tanto quanto sei, as baixas de salários no privado só com redução de horário, lay offs, etc.


Isso é o que está na lei.
Achas que a lei é cumprida no "mundo real"?


OK, então estamos a alar de ilegalidades. Não digo que não haja mas duvido que sejam assim tantas...
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por diabo1982 » 14/10/2010 17:10

Elias Escreveu:
diabo1982 Escreveu:A Itália tem uma dívida pública superior a 100 % do PIB e não existe este barulho todo sobre a capacidade de cumprir os seus deveres em termos de dívida do Estado...


Claro que não. Porque o défice deles é muito mais baixo. Anda aí pelos 5,3%.

"Italy’s economy is growing, helping reduce a budget gap that stands at 5.3 percent of gross domestic product, or less than half that of Spain, Ireland and Greece." (Fonte: bloomberg).


Sim..isso é verdade. Mas também porque a maior parte da dívida pública italiana está em mãos de instituições financeiras italianas, logo não dependem dos humores das instituições estrangeiras..O que é uma grande vantagem.
 
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por Thunder » 14/10/2010 17:10

diabo1982 Escreveu:O que me escandaliza mais nos banqueiros portugueses é que o problema da nossa crise financeira não tem nada a ver com a dívida pública...nada...A dívida do Estado está na média na União Europeia...É comparar com as dos outros paises...A Itália tem uma dívida pública superior a 100 % do PIB e não existe este barulho todo sobre a capacidade de cumprir os seus deveres em termos de dívida do Estado...

O grande problema de Portugal é o ENDIVIDAMENTO EXTERNO do SECTOR PRIVADO, nomeadamente do sector bancário...

A discussão sobre a dívida pública é uma autêntica falácia e uma forma de atirar areia para os olhos das pessoas...

Portugal tem maiores vulnerabilidades no endividamento privado do que público e convém repisar isto para que não se construa a ideia de que temos um Estado despesista. Grande parte do nosso endividamento resulta das empresas privadas e do sistema bancário nacional.

Temos falado muito da dívida do Estado, mas ainda ninguém começou a debater o principal problema do país: a dívida dos "privados". E, neste ponto, nós estamos pior do que a Grécia. Se a dívida do Estado é de 77% do PIB, a dívida dos privados é de 159% do PIB


Os bancos estão endividados porque o pessoal usou créditos até não poder mais. Logo nesse ponto a população também tem culpa. Como diz o outro, não há almoços grátis, a fatura virá mais tarde ou mais cedo.

Achas que o estado não é despesista?
Gasta 10% a mais do que pode. Alguma família se aguentaria com um orçamento nestes moldes?
Gasta 75% com funcionários, pensões e ajudas sociais. Este modelo não é viável, podemos dar as voltas que quisermos, mas simplesmente ultrapassamos o limite. é hora de acordar para a dura realidade.
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por Thunder » 14/10/2010 17:04

AutoMech Escreveu:
Thunder Escreveu:
E baixas de salários (até superiores a esta) não são novidade.


Podes explicar Thunder ? É que, tanto quanto sei, as baixas de salários no privado só com redução de horário, lay offs, etc.


Isso é o que está na lei.
Achas que a lei é cumprida no "mundo real"?
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por Thunder » 14/10/2010 17:03

Elias Escreveu:
diabo1982 Escreveu:A Itália tem uma dívida pública superior a 100 % do PIB e não existe este barulho todo sobre a capacidade de cumprir os seus deveres em termos de dívida do Estado...


Claro que não. Porque o défice deles é muito mais baixo. Anda aí pelos 5,3%.

"Italy’s economy is growing, helping reduce a budget gap that stands at 5.3 percent of gross domestic product, or less than half that of Spain, Ireland and Greece." (Fonte: bloomberg).


E a capacidade industrial e de exportação deles não se compara a nossa.
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por Automech » 14/10/2010 17:03

Thunder Escreveu:
E baixas de salários (até superiores a esta) não são novidade.


Podes explicar Thunder ? É que, tanto quanto sei, as baixas de salários no privado só com redução de horário, lay offs, etc.
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por Thunder » 14/10/2010 17:01

diabo1982 Escreveu:
Até parece que ainda não se aperceberam que os patrões do sector privado não se estão a preparar para usar esta redução de salários na F.P. para justificar as descidas dos salários no sector privado...



A questão é que nos privados em muitos lugares já não existe aumento de salários faz muito tempo.

E baixas de salários (até superiores a esta) não são novidade.
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por Elias » 14/10/2010 16:54

diabo1982 Escreveu:A Itália tem uma dívida pública superior a 100 % do PIB e não existe este barulho todo sobre a capacidade de cumprir os seus deveres em termos de dívida do Estado...


Claro que não. Porque o défice deles é muito mais baixo. Anda aí pelos 5,3%.

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