"Temos de ir buscar o FMI"
artista Escreveu:Elias Escreveu:Sócrates: "Não admito recorrer ao FMI"
03 Novembro 2010 | 21:42
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
"Portugal não precisa de assistência, nem de ajuda para resolver os seus problemas".
Não sei até quando é que ele vai andar "à nora"... nem percebo se o que ele diz corresponde ao que ele pensa!![]()
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abraços
artista
Artista, nem ele percebe.
Eu até cheguei a acreditar no Zé Trocaste, mas de facto ele já não tem a miníma credibilidade e isso é mais que evidente. Ainda bem que não votei nele.
E já agora, se tem que vir o FMI que venha. O que eu pergunto é: Então os que cá estão não conseguem fazer o trabalho do FMI?
Nunca digas nunca.
Abraço
Abraço
Elias Escreveu:...não há limite para a taxa de esforço.
Bem se o imposto fosse de 100% ou superior não sei se alguém quereria trabalhar


abraço
artista
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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fafite Escreveu:Ó Elias, mas esses já estão previstos mesmo sem a entrada deles.
Eu falo é num acrescimo.
Eu sei. Mas já há um ano e há dois anos toda a gente dizia que não podia haver mais impostos.
Vamos lá esclarecer uma coisa: pode sempre haver mais impostos, não há limite para a taxa de esforço. O que acontece é que quando os impostos sobem muito, a fuga ao fisco começa a aumentar e a colecta total diminui. Ou seja há uma taxa (não demasiado elevada) que maximiza a receita fiscal.
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Elias Escreveu:fafite Escreveu:Pois eu não acredito que a entrada do FMI houve-se mais aumento de impostos. Estamos na taxa máxima de esforço
Não estamos, não. Tanto que não estamos que a partir de Janeiro os impostos aumentam.[/quote Ó Elias, mas esses já estão previstos mesmo sem a entrada deles.
Eu falo é num acrescimo.
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Pois eu não acredito que a entrada do FMI houve-se mais aumento de impostos. Estamos na taxa máxima de esforço, e eles não são loucos.
Agora que muitos iriam perder tachos se clhar até iam.
Mas para mim ele não devia de vir. Já cá devia de estar.
Agora que muitos iriam perder tachos se clhar até iam.
Mas para mim ele não devia de vir. Já cá devia de estar.
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Quando o Sócrates diz NÃO é porque é SIM!
Se o FMI não vier então será o nosso fim!
É que é fundamental medidas que aumentem a competitividade das empresas e essas medidas terão de ser do tipo:
- Diminuição dos custos salariais.
- Redução dos custos de fiscalidade.
- Redução do custo das energias.
Só assim as empresas poderão competir com a Asia a India e o Brasil neste mundo globalizado.
Se o FMI não vier então será o nosso fim!
É que é fundamental medidas que aumentem a competitividade das empresas e essas medidas terão de ser do tipo:
- Diminuição dos custos salariais.
- Redução dos custos de fiscalidade.
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Só assim as empresas poderão competir com a Asia a India e o Brasil neste mundo globalizado.
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Elias Escreveu:Sócrates: "Não admito recorrer ao FMI"
03 Novembro 2010 | 21:42
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt
"Portugal não precisa de assistência, nem de ajuda para resolver os seus problemas".
Não sei até quando é que ele vai andar "à nora"... nem percebo se o que ele diz corresponde ao que ele pensa!


abraços
artista
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Espreitem este video
http://www.youtube.com/watch?v=YstKIgYT9OM
Bem sei que já vão dizer que é um daqueles dos extremos mas ele não deixa de ter alguma razão.
O BCE não faz o que por exemplo faz o FED...
pq será?
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Bem sei que já vão dizer que é um daqueles dos extremos mas ele não deixa de ter alguma razão.
O BCE não faz o que por exemplo faz o FED...
pq será?
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mais_um Escreveu:O profissionalismo das agências de rating está bem presente no rating atribuidos pelas mesmas a obrigações do Lehman Brothers ou da divida publica Islandesa, só para referir 2 exemplos bem conhecidos....
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Bem, é melhor começar por definir o que entendemos por profissionalismo

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Elias Escreveu:“Em algum momento, os actos vão contar mais do que as palavras e vão impressionar os mercados, sobretudo se houver mais profissionalismo da parte das agências de rating’”, acrescentou o ex-presidente do banco central francês.
Traduzindo: só há profissionalismo por parte das agências de rating se elas atribuírem classificações que nos dêem jeito
O profissionalismo das agências de rating está bem presente no rating atribuidos pelas mesmas a obrigações do Lehman Brothers ou da divida publica Islandesa, só para referir 2 exemplos bem conhecidos....



"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Em algum momento, os actos vão contar mais do que as palavras e vão impressionar os mercados, sobretudo se houver mais profissionalismo da parte das agências de rating’”, acrescentou o ex-presidente do banco central francês.
Traduzindo: só há profissionalismo por parte das agências de rating se elas atribuírem classificações que nos dêem jeito

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É melhor ouvir isto que nada...
jdn Escreveu:Jacques Larosière: "Agora é o momento de elevar o rating de Portugal"
05 Novembro 2010 | 14:07
André Veríssimo
O antigo director-geral do FMI acha que os juros da dívida cobrados a Portugal estão demasiado elevados e considera que as medidas tomadas pelo governo são as que possivelmente o Fundo tomaria também.
“Diria que é agora o momento de elevar o rating de Portugal, por todas as medidas que o país já tomou”, afirmou Jacques Larosière, que foi director-geral do FMI numa das alturas em que Portugal teve de recorrer à ajuda do Fundo.
‘É o sentimento do mercado que é difícil de perceber’, disse Larosière, numa alusão a que as taxas de juro da dívida pública cobradas a Portugal são demasiado elevadas. “Em algum momento, os actos vão contar mais do que as palavras e vão impressionar os mercados, sobretudo se houver mais profissionalismo da parte das agências de rating’”, acrescentou o ex-presidente do banco central francês.
Recorde-se que, neste momento, a Standard & Poor’s tem um “rating” de ‘A-’ para a dívida soberana portuguesa, a Moody’s tem ‘A1’ e a Fitch ‘AA-’.
Larosière, que é considerado o pai da reforma da arquitectura financeira da Europa, tinha já dito esta manhã – à margem da quarta conferência BPI Pensões, dedicada ao tema da actividade financeira e do novo modelo de supervisão – que considera que Portugal não terá de recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional.
Na sua opinião, as medidas que foram tomadas são correctas e seriam semelhantes caso fosse o FMI a tomá-las. Quando questionado se seria diferente uma intervenção do Fundo, Larosière respondeu: “Não tenho a certeza que o fosse”.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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Elias Escreveu:AutoMech Escreveu:Essa regra existe e é de 60% do PIB. A questão é que não foi cumprida com o argumento da crise (e já vinha em tendência ascendente).
AutoMech eu diria antes: "A questão é que não foi cumprida e esse incumprimento não tem consequências".
1 abraço,
Elias
Porque a Alemanha e França deu-lhes jeito que não fosse cumprida. Infelizmente é um jogo viciado á partida.
Quando eles tiverem a casa arrumada aí sim, haverá penalizações para quem não cumprir.
AutoMech Escreveu:Essa regra existe e é de 60% do PIB. A questão é que não foi cumprida com o argumento da crise (e já vinha em tendência ascendente).
AutoMech eu diria antes: "A questão é que não foi cumprida e esse incumprimento não tem consequências".
1 abraço,
Elias
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Marco Martins Escreveu:Se toda a europa tem de se reger pelas mesmas leis do défice abaixo de 3, porque razão as taxas de endividamento dos países não se rege de igual valor para todos os estados membros?
Essa regra existe e é de 60% do PIB. A questão é que não foi cumprida com o argumento da crise (e já vinha em tendência ascendente).
Chama-se Pacto de Estabilidade e Crescimento (que não são o mesmo que os PECs que temos apanhado):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_de_E ... rescimento
Se toda a europa tem de se reger pelas mesmas leis do défice abaixo de 3, porque razão as taxas de endividamento dos países não se rege de igual valor para todos os estados membros?
Teríamos um BCE que pede dinheiro fora e que mediante uma média de todos os estados membros, emprestaria internamente a um valor igual para todos...
Assim, nem a Alemanha teria taxas de 2,5 nem Portugal teria taxas de 6,5.
Se tudo se mantiver como está, os mais ricos serão mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres.
Teríamos um BCE que pede dinheiro fora e que mediante uma média de todos os estados membros, emprestaria internamente a um valor igual para todos...
Assim, nem a Alemanha teria taxas de 2,5 nem Portugal teria taxas de 6,5.
Se tudo se mantiver como está, os mais ricos serão mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres.
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Boa tarde,
E lá voltámos outra vez a um "spread" superior aos ditos 400 pontos base, onde tínhamos estado por uns breves dias. Depois da Grécia, a Irlanda está já a caminho da pré-bancarrota. A salvação do sistema Bancário em Dublin era óbvia, mas isso poderá custar ao Estado valores impossíveis, pelo que o mercado já antecipa a chegada do FMI/FEE, o qual poderá acontecer nos próximos dias / semanas.
Portugal poderá caminhar no mesmo sentido, embora ainda tenha uma ligeira margem de manobra.
É preciso ver o enquadramento geral da coisa: com os investidores em renda fixa a obterem renda segura através dos títulos norte-americanos (segura, porque o FED não deixará o preço cair), mais e mais dinheiro entra nesses ativos. Por arrasto, os investidores compram também Alemanha, Japão, etc... as Economias mais pujantes, as que podem financiar melhor os seus défices.
Assim, e como esses dinheiros têm de sair de algum lado, vendem-se títulos dos mais "fraquinhos". O resto é o efeito bola de neve.
A entrada do FMI é uma solução dolorosa. Pior do que cortes nos salários, é o corte cego em toda a despesa, o que pode significar até bolsas de fome, etc... aliás, os Estados como o nosso, bem podem esquecer "crescimento e desenvolvimento". Bem podem pensar em como se vai matar a fome a legiões de desempregados sem rendimentos de qualquer ordem.
Outro efeito de longo prazo da entrada do FMI é a ausência de credibilidade nos mercados de crédito a pairar por muitos anos. Da última vez não foi mau, porque estávamos à beira da adesão à então CEE, mas hoje o cenário é outro: nem tão cedo voltaremos a obter crédito em condições semelhantes aos dos nossos parceiros comunitários. Resultado: o pesadelo da Europa a duas ou mesmo três velocidades virá ao de cima.
O jogo só muda com défice zero e redução da relação entre dívida total e PIB. Isso significa claramente mais uma década de estagnação.
Temos aqui um caso de uma profecia de auto-realização: dizia-se que se os juros de longo prazo chegassem aos 7% ano, viria o FMI. Pois assim parece. É mais um membro da UE a causar transtorno. A Madame Merkel até cai da Porta de Brandenburgo abaixo.
Abraço
dj
E lá voltámos outra vez a um "spread" superior aos ditos 400 pontos base, onde tínhamos estado por uns breves dias. Depois da Grécia, a Irlanda está já a caminho da pré-bancarrota. A salvação do sistema Bancário em Dublin era óbvia, mas isso poderá custar ao Estado valores impossíveis, pelo que o mercado já antecipa a chegada do FMI/FEE, o qual poderá acontecer nos próximos dias / semanas.
Portugal poderá caminhar no mesmo sentido, embora ainda tenha uma ligeira margem de manobra.
É preciso ver o enquadramento geral da coisa: com os investidores em renda fixa a obterem renda segura através dos títulos norte-americanos (segura, porque o FED não deixará o preço cair), mais e mais dinheiro entra nesses ativos. Por arrasto, os investidores compram também Alemanha, Japão, etc... as Economias mais pujantes, as que podem financiar melhor os seus défices.
Assim, e como esses dinheiros têm de sair de algum lado, vendem-se títulos dos mais "fraquinhos". O resto é o efeito bola de neve.
A entrada do FMI é uma solução dolorosa. Pior do que cortes nos salários, é o corte cego em toda a despesa, o que pode significar até bolsas de fome, etc... aliás, os Estados como o nosso, bem podem esquecer "crescimento e desenvolvimento". Bem podem pensar em como se vai matar a fome a legiões de desempregados sem rendimentos de qualquer ordem.
Outro efeito de longo prazo da entrada do FMI é a ausência de credibilidade nos mercados de crédito a pairar por muitos anos. Da última vez não foi mau, porque estávamos à beira da adesão à então CEE, mas hoje o cenário é outro: nem tão cedo voltaremos a obter crédito em condições semelhantes aos dos nossos parceiros comunitários. Resultado: o pesadelo da Europa a duas ou mesmo três velocidades virá ao de cima.
O jogo só muda com défice zero e redução da relação entre dívida total e PIB. Isso significa claramente mais uma década de estagnação.
Temos aqui um caso de uma profecia de auto-realização: dizia-se que se os juros de longo prazo chegassem aos 7% ano, viria o FMI. Pois assim parece. É mais um membro da UE a causar transtorno. A Madame Merkel até cai da Porta de Brandenburgo abaixo.

Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
urukai Escreveu:Uma questão muito rápida.
Quais as consequências práticas da entrada do FMI em Portugal?
E não falo em termos políticos ou soberania nacional.
Pergunto para a classe média trabalhadora e para os investidores como nós.
Obrigado.
Abraço.
uruk
Uma das medidas mais prováveis será a liberalização do mercado de trabalho com o objectivo de o tornar mais competitivo/produtivo, que, a ocorrer, gerará mais desemprego! Entre outras.....
cumprs,
Editado pela última vez por PC05 em 4/11/2010 13:37, num total de 1 vez.
AutoMech Escreveu:Não descarto poderem forçar uma mudança da lei para despedir FPs (não discuto o mérito da medida, mas penso que existira essa possibilidade).
É inevitavel... Mais tarde ou cedo será inevitavel uma grande reforma á lei do código do trabalho e o despedimento terá forçosamente de ser revisto.
Os nossos credores parece que não estão mais dispostos a financiar uma país que adia constantemente reformas económicas e sociais fundamentais ao desenvolvimento.
Obrigado Ulisses, era o que pensava.
A minha questão era se podiam por exemplo mexer em poupanças (ex: congelamento de certificados de aforro) ou em reformas (diminuição das mesmas) ou, num ponto de vista mais macro, alteração de investimento estatal (por exemplo diminuição de concursos para obras públicas como o caso do TGV).
Será que a possibilidade de intervenção é ilimitada ou será mais fogo de vista para acalmar os mercados internacionais?
A minha questão era se podiam por exemplo mexer em poupanças (ex: congelamento de certificados de aforro) ou em reformas (diminuição das mesmas) ou, num ponto de vista mais macro, alteração de investimento estatal (por exemplo diminuição de concursos para obras públicas como o caso do TGV).
Será que a possibilidade de intervenção é ilimitada ou será mais fogo de vista para acalmar os mercados internacionais?