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Caldeirão da Bolsa

PSD quer desempregados a fazer trabalho gratuito 3dias/sem

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bolo » 19/5/2010 13:00

Batmax Escreveu:temos de mudar o rumo deste país de uma vez por todas.


mudar de rumo num país não está ao alcance de uma mão, muito menos, fazê-lo numa vez, por todas.

o que fazemos no mundo é a média entre o nosso melihor e o nosso pior e assim vai continuar a ser e por sua vez o resultado disso é a média entre os melhores e os piores, sendo que o bem e o mal é apenas um conceito humano sobre o que o rodeia e não uma característica das coisas.

Também podemos considerar e agora referindo-me a Postugal e aos portugueses, para os quais temos constante jeito e disponibilidade para cortar na casa, com tantos países melhores para onde irmos viver, digo que podiamos estar melhores, mas também podiamos estar piores. Esta é a minha teoria. E julgo que a nossa evolução para o melhor e para o pior depende das escolhas de cada um para o dia de amanhã. cada um e não só do governo nem do vizinho que está no desemprego!

Temo que muitas vezes nos concentramos na crítica vã de maldizer para aceitarmos uma realidade que não queremos aceitar, mas tudo o que acontece é susceptível de acontecer e devemos aceitar isso e assumir isso como algo com o qual temos obrigatoriamente que lidar. Não temos aqui, pai nem mãe, para dizer: pai, olha o mano a prevaricar, mas temos que, cada um, e nas instâncias próprias, no nosso trabalho, no nosso clube, na nossa casa, na nossa cabine de voto, na praia, no campo, fazer cada um a sua parte, fazendo as escolhas e as acções que achamos devidas.

Só no banho e na cama é que julgo que talvez seja melhor esquecermos tudo o resto!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por pocoyo » 19/5/2010 12:16

Batmax Escreveu:
...vejamos a China que até de "graça" trabalham se for necessário, temos de mudar o rumo deste país de uma vez por todas.


:lol: :lol: :lol:

Que tal dares o exemplo?!
Avança companheiro, renuncia aos teus rendimentos, que eu estou cá para te apoiar moralmente...
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por Batmax » 19/5/2010 10:45

O "povo português" anda mal habituado, muitos dos desempregados só querem vida boa, por diversas vezes que me deparei com situação nos meus estabelecimentos " olhe, tem ai o carimbo para me carimbar esta folha" nem se prestam a perguntar se preciso de empregada... enfim isto tornou-se num ciclo vicioso que tem de acabar de uma vez por todas, vejamos a China que até de "graça" trabalham se for necessário, temos de mudar o rumo deste país de uma vez por todas.
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por rmachado » 19/5/2010 10:39

Elpikas,
É claro que não podemos meter no mesmo saco todos os desempregados.

Dai eu já ter perguntado várias vezes que tipo de trabalho estamos a falar e que tipo de desempregados estamos a falar.

Sem conhecer a proposta em concreto e a sua aplicabilidade bem podemos estar aqui a mandar larachas (umas melhores outras piores).

Mais uma vez e contra mim falo não podemos ir só pelo cabeçalho da noticia temos de perceber melhor o alcance da mesma.

Um dos problemas das leis portuguesas é que são demasiado "confiantes".. ou seja confiam que o cidadão é exemplar e esquecem-se de tapar os buracos óbvios. Ou então são tão vagas que se prestam a diferentes interpretações.

Dois exemplos recentes:
A "conta poupança habitação" e o RSI.

Um exemplo um pouco fora do tema mas sintomático da maneira como se fazem "leis":
O caso dos "assistentes desportivos", contemplados nos regulamentos desde 2004 mas não enquadrados como deviam.
 
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por Elpikas » 19/5/2010 10:03

Marco Martins Escreveu:
Elpikas Escreveu:Sugeria o seguinte ao PSD e ao Marco António:

Aproveitamos todos estes desempregados malandros e sabichões, que andam a CFN às nossas custas, para os colocar a trabalhar 4 horas por dia de 2ª a 6ª Feira nos serviços públicos. Eles iam para lá todos contentes e felizes e a produtividade iria aumentar exponencialmente de forma a produzir funcionários excedentários (Obviamente os funcionários públicos). Mandamos esse gajos para o olho da rua (1º muda-se a constituição para permitir despedimentos colectivos nesses moldes), e depois mandamos novamente esses novos mandriões desempregados ocupar outros serviços públicos.

Podemos também aplicar uma nova variante que seria colocar essa corja em trabalhos forçados nas Empresas Privadas que estejam com dificuldades em pagar Impostos.

Esta pescadinha de rabo na boca seria perfeita, e o nosso País seria mais próspero e subiria em todos os rankings de produtividade.

Assim já poderiamos ter alguns brinquedos novos tais como o TGV, o Mundial de Futebol, o Aeroporto de Lisboa, os Submarinos, etc...

Já que se fala nos desempregados, também podemos divagar sobre os malandros dos reformados, que andam a CFN à nossa custa. Os gajos são velhos e andaram com esquemas para sacar ao máximo da SS, então o melhor seria pensar numa solução para se sentirem uteis à Sociedade em vez de estarem a ver as tardes da Júlia. Sugeria colocar as senhoras nos Call Centers, pois elas gostam muito de falar, e os Senhores podiam trabalhar na ASAE, ou nos gabinetes de Turismo para darem indicações aos turistas.
Os Juizes reformados voltavam para o tribunal pois nem se daria conta da lentidão de resolução dos seus processos.
Os traders profissionais que estão a receber reformas chorudas, deveriam ajudar o caldeirão com análises diárias, tipo discos pedidos.

Ideias não faltam, haja pachorra. Neste momento é necessário vêr a floresta em vez de contar as árvores.


O facto de se estar nos extremos das opções não é solução!
Senão poderíamos considerar que no limite toda a gente tem direito a estar dois anos sem fazer nada, somente porque se quer despedir e como já pagou impostos ninguém tem nada com isso...

Para as pessoas que não estão a ocupar o período de desemprego para se formarem, ou ocuparem o tempo com actividades ou voluntariado, qual é o problema de fazerem algo pelo estado dentro das áreas dos seus conhecimentos? Por um lado até é bom para as pessoas se manterem activas...


Da teoria à pratica vai um grande passo. Imagina esta situação, uma trabalhador que passou anos e anos a descontar para a SS vê-se de repente numa situação de desemprego com 50 Anos. O homem até tinha um bom emprego, e de repente fácilmente descobre que não consegue encontrar emprego com um nivel salarial semelhante ao que auferia em Portugal porque é muito velho, porque as empresa não metem ninguém a não ser sobrinhos, etc.. O pobre homem fica desesperado pois tem bocas para alimentar e contas para pagar, e o que recebe da SS não se compara ao que recebia. Ele sabe que quanto mais tempo passar desempregado pior para o seu futuro. Desesperado por não encontrar um emprego, resolve partir para a luta e começa a estudar alternativas para montar um negócio a longo prazo. Investe em formação especifica, faz estudos de mercado, faz contas, e entretanto o PSD dá-lhe na cabeça de dizer que o gajo é um malandro que está a contribuir para o défice, e como é um inútil para a Sociedade tem de prestar serviços forçados.

Isto só pode levar às seguintes situações:

- O homem revolta-se e dá um tiro nos cornos.
- Decide contra sua vontade prestar o serviço Social e vai sabotar todas as tarefas que lhe são atribuídas. Aproveita para inquinar o sistema.
- O homem é um Santo, e interioriza que afinal aquilo até é bom e pode abrir-lhe as portas para ser lixeiro ou jardineiro, quando passou a vida toda a trabalhar como gestor comercial de uma Multinacional que resolveu fechar portas em Portugal.

Volto a dizer que estou a falar exclusivamente de desempregados, e concordo a 100% que deveria existir controlo sobre determinadas pessoas que trabalham um Ano e a seguir vão para o desemprego e assim sucessivamente. Alterem as Leis e reforçem o controlo de situações duvidosas. Não podem meter todos no mesmo saco, caso contrário as pessoas revoltam-se e como já não tem nada a perder levam o País a uma instabilidade muito grande.

Estes políticos são os responsáveis pela situação catastrófica do País, e para mostrar serviço, inventam umas ideias eleitoralistas estúpidas e sem qualquer viabilidade prática. Fico admirado que o Marco António siga esta linha de pensamento, sem pensar nos custos que teríamos de suportar em controlar se os desempregados estariam a cumprir com as suas "Missões Sociais", ou na gestão das vocações com os trabalhos necessários. Se um desempregado com tempo livre e motivação para trabalhar de graça, ajuda a Igreja ou faz voluntariado em muitas associações por este País.

Muita gente gosta de atirar pedras aos telhados dos outros, o problema é quando os seus telhados também são de vidro ou podem estar mais fracos do que aparentam.
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por dfviegas » 19/5/2010 8:37

MarcoAntonio Escreveu:
dfviegas Escreveu:
Imagina - admitindo que eventualmente não traduz exactamente o que pensas - fiquei com a sensação que no limite mais depressa prendias os desempregados na cadeia para evitar a fraude do que os punhas a trabalhar umas horas!

Trabalhar não que eles podem chegar lá a cheirar mal...


Parece-me óbvio que com solução que apresentei estou a ser sarcástico, mas como viste até houve gente que achou uma boa ideia, as pessoas estão por tudo e agora o problema do défice está tambem nos desempregados, quer dizer cada vez mais somos peças descartáveis cada vez mais se quere liberalizar os despedimentos, mas depois esquecem-se que tem de se pagar os SD, esquecem-se que com quanto mais precariedade mais se hipoteca o futuro (menos filhos, filhos mais tarde) Reformas a partir dos 70, menos avós para cuidar das crianças logo o nosso pais tende para 1 Filho ou ZERO.
Menos crianças menos consumidores logo é a economia a ir para o buraco lentamente, é a morte lenta de um pais.

Mas voltando ao assunto do tópico, eu se estivesse desempregado não me importava nada de ir fazer uma perninha a vários sitios da função pública para me sentir util, mas isso não se aplica a toda a gente, porque o problema não está naqueles que não se importam de ir fazer uma perninha porque esses devem andar à procura de emprego, o problema está sempre nos fraudulentes, então se eles querem continuar a chuchar na teta do estado achas que vão ser bons trabalhadores, achas que não vão arranjar problemas.

Diz-me lá qual é a solução que encontras para estes, é que os outros não são problema.
 
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Quem precisa sujeita-se!

por amon_CALD » 19/5/2010 5:01

Eu concordo com esta medida, desde que não seja uma tentativa camuflada de obter trabalho mais barato, e ainda por cima financiado pelo estado.

Quantos de vós não conhece aquela entidade patronal que emprega e desemprega e o estado acarreta com os custos?

Esse trabalho ou serviço prestado pelos trabalhadores não pode por em causa o emprego que já está em regime de contrato ou empregado! Para essa medida funcionar, deveria no minimo ter uma função educativa, e em condições desfavoráveis em relação a quem já trabalha! Só assim se combate a inércia laboral. Sem haver um contraste e competição entre o binómio empregado/desempregado, jamais esta medida pode ter efeitos práticos de responsabilização. O estado deve assegurar o bem estar dos cidadãos, que cumpram com as suas responsabilidades individuais, e aquele que precisa realmente deve sujeitar-te a uma condição mais desfavorável. Só assim pode haver algum contraste.

Outra coisa que se deve ter em conta é o quanto este trabalhador já contribuiu no passado, obviamente que um desempregado que contribuiu 30 anos não é a mesma coisa que um que os seus descontos são diminutos.

Outra em ter em causa é a idade do desempregado, um jovem é mais facilmente educado que um trabalhador mais velho, é uma força produtiva mais capaz e mais vulnerável e se não o é porque algo está mal nele. Dai que o jovem deve ir a luta e contrastar com as dificuldades, deveres e responsabilidades.

Outra medida que deveria ser imposta, é não deixar reformados a continuar no activo é vergonhoso! Quem se reformou, que vá para o descanso, e que não ande a comer de dois lados. A acumulação de funções no sector estado e privado, está errada ! O trabalhador deve optar pelo sistema que mais lhe convèm. Só faz sentido acumulação de funções apenas no sector privado, pela competividade a ele inerente.
É demagógico e hipócrita, criar um sentido competitivo nos trabalhadores do estado, pelas ineficiências que está ligado à maximização do lucro. Todos sabemos que gerir o que é nosso, não é a mesma coisa que gerir o que é de todos, ou do alheio.
 
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por MarcoAntonio » 19/5/2010 1:16

Obviamente nada tenho para te responder dado que não estás a discutir o que eu defendi neste tópico mas outras coisas que resolveste inventar. Assim sendo, devolvo a sugestão à proveniência...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Marco Martins » 19/5/2010 1:13

Elpikas Escreveu:Sugeria o seguinte ao PSD e ao Marco António:

Aproveitamos todos estes desempregados malandros e sabichões, que andam a CFN às nossas custas, para os colocar a trabalhar 4 horas por dia de 2ª a 6ª Feira nos serviços públicos. Eles iam para lá todos contentes e felizes e a produtividade iria aumentar exponencialmente de forma a produzir funcionários excedentários (Obviamente os funcionários públicos). Mandamos esse gajos para o olho da rua (1º muda-se a constituição para permitir despedimentos colectivos nesses moldes), e depois mandamos novamente esses novos mandriões desempregados ocupar outros serviços públicos.

Podemos também aplicar uma nova variante que seria colocar essa corja em trabalhos forçados nas Empresas Privadas que estejam com dificuldades em pagar Impostos.

Esta pescadinha de rabo na boca seria perfeita, e o nosso País seria mais próspero e subiria em todos os rankings de produtividade.

Assim já poderiamos ter alguns brinquedos novos tais como o TGV, o Mundial de Futebol, o Aeroporto de Lisboa, os Submarinos, etc...

Já que se fala nos desempregados, também podemos divagar sobre os malandros dos reformados, que andam a CFN à nossa custa. Os gajos são velhos e andaram com esquemas para sacar ao máximo da SS, então o melhor seria pensar numa solução para se sentirem uteis à Sociedade em vez de estarem a ver as tardes da Júlia. Sugeria colocar as senhoras nos Call Centers, pois elas gostam muito de falar, e os Senhores podiam trabalhar na ASAE, ou nos gabinetes de Turismo para darem indicações aos turistas.
Os Juizes reformados voltavam para o tribunal pois nem se daria conta da lentidão de resolução dos seus processos.
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Ideias não faltam, haja pachorra. Neste momento é necessário vêr a floresta em vez de contar as árvores.


O facto de se estar nos extremos das opções não é solução!
Senão poderíamos considerar que no limite toda a gente tem direito a estar dois anos sem fazer nada, somente porque se quer despedir e como já pagou impostos ninguém tem nada com isso...

Para as pessoas que não estão a ocupar o período de desemprego para se formarem, ou ocuparem o tempo com actividades ou voluntariado, qual é o problema de fazerem algo pelo estado dentro das áreas dos seus conhecimentos? Por um lado até é bom para as pessoas se manterem activas...
 
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por Elpikas » 19/5/2010 0:34

Sugeria o seguinte ao PSD e ao Marco António:

Aproveitamos todos estes desempregados malandros e sabichões, que andam a CFN às nossas custas, para os colocar a trabalhar 4 horas por dia de 2ª a 6ª Feira nos serviços públicos. Eles iam para lá todos contentes e felizes e a produtividade iria aumentar exponencialmente de forma a produzir funcionários excedentários (Obviamente os funcionários públicos). Mandamos esse gajos para o olho da rua (1º muda-se a constituição para permitir despedimentos colectivos nesses moldes), e depois mandamos novamente esses novos mandriões desempregados ocupar outros serviços públicos.

Podemos também aplicar uma nova variante que seria colocar essa corja em trabalhos forçados nas Empresas Privadas que estejam com dificuldades em pagar Impostos.

Esta pescadinha de rabo na boca seria perfeita, e o nosso País seria mais próspero e subiria em todos os rankings de produtividade.

Assim já poderiamos ter alguns brinquedos novos tais como o TGV, o Mundial de Futebol, o Aeroporto de Lisboa, os Submarinos, etc...

Já que se fala nos desempregados, também podemos divagar sobre os malandros dos reformados, que andam a CFN à nossa custa. Os gajos são velhos e andaram com esquemas para sacar ao máximo da SS, então o melhor seria pensar numa solução para se sentirem uteis à Sociedade em vez de estarem a ver as tardes da Júlia. Sugeria colocar as senhoras nos Call Centers, pois elas gostam muito de falar, e os Senhores podiam trabalhar na ASAE, ou nos gabinetes de Turismo para darem indicações aos turistas.
Os Juizes reformados voltavam para o tribunal pois nem se daria conta da lentidão de resolução dos seus processos.
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Ideias não faltam, haja pachorra. Neste momento é necessário vêr a floresta em vez de contar as árvores.
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por artista_ » 18/5/2010 19:18

majomo Escreveu:
MAV8 Escreveu:Concordo com a ideia de colocar os beneficiarios do RSI a trabalhar de forma a retribuirem a solidariedade, mas teria de ser em tarefas para as quais não há trabalhadores, assim começo por dar algumas ideias:

1 - Limpeza das matas e pinhais do estado, reduziriam drásticamente os incendios e as areas queimadas pelos mesmos.

2 - Limpeza das praias antes do inicio das epocas balneares.

3 - Cultivar as terras agriculas públicas - a maioria está ao abandono e não são assim tão poucas.

4 - Estafetas- entre serviços do sector do estado.


Muitos mais trabalhos existirão para além destes que não roubariam qualquer posto de trabalho e tornaria Portugal num país melhor e mais eficiente, e acima de tudo dignificava todos os que recebem este tipo de apoio pois estariam a devolver em troca algo util a todo o país.

Quanto aos desempregados penso que acima de tudo devem estar sensibilizados para aceitar emprego mesmo que este não os satisfaça por completo ou que não seja da sua area de formação quanto mais não seja como forma de ajudar o país pois todos nós que trabalhamos estamos a ajudá-los também a eles da mesma forma que eles enquanto trabalharam ajudaram outros. Tal como numa equipa só quando todos trabalham é que a equipa pode ser vencedora.


Resta saber se tu, estando nessa situação de desemprego, estarias disposto a fazer o que recomendas...

É que essa história de trabalho social tem que se lhe diga... e, acima de tudo, por muitos casos de irregularidades nos subsídios, há muitos mais regulares que vivem no drama de não arranjarem emprego, pelo que temos que ter respeito por essas pessoas, coisa que não vi no teu post. :wink:

Eu proponha apenas que essas pessoas fossem obrigadas a darem educação aos filhos, isto é, que fossem responsabilizados ao nível do subsidio, principalmente o RSI, pelas atitudes dos filhos.
A mim, enquanto professor, bastava...


Eu não tenho tido tempo para acompanhar esta discussão, o tempo não estica :(

Pegando neste comentário do majomo... sim eu estaria disponível para fazer esses trabalhos, acho que deveria existir uma bolsa de possíveis trabalhos para as pessoas escolherem, obviamente há coisas que alguns não se sentiriam bem a fazer, mas se as alternativas fossem diversificadas não seria difícil encontrar uma em que nos sentissemos bem... no meu caso não me custaria nada limpar matas ou praias, por exemplo!

E não se trata de partir do princípio de que há irregularidadas, é apenas uma forma de tornar úteis pessoas desocupadas...

Já agora, eu sou professor contratado, ja estive um período de alguns meses a receber subsídio de desemprego (já há alguns anos), dada a minha situação, posso voltar a ficar desempregado, o meu contrato acaba em final de Agosto, e não me custa nada pensar que se estiver a receber um apoio do estado posso ter de contribuir com um trabalho social, antes pelo contrário, até é algo que me reconforta, vou sentir-me mais útil, vou conhecer pessoas em condições idênticas à minha... até posso encontrar lá pessoas que juntos arranjemos um negócio interessante! :)

Quanto à proposta final, eu concordo com ela mas é para todos, não é só para os que estão a receber subsidio de desemprego... como sabes, a maior responsabilização dos encarregados de educação é algo que os professores e as escolas se têm batido nos últimos anos! :wink:

abraços

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por moppie85 » 18/5/2010 18:03

MKlop Escreveu:Em primeiro lugar parece-me que não deves ter acesso à visão global do funcionalismo público, nem ter tido grandes responsabilidades ao nível de chefia.
De outro modo não estarias a defender os funcionários públicos e atribuir a responsabilidade ao funcionalismo público. Distingo os 2 conceitos, concordando ao mesmo tempo com a tua observação sobre a má organização no Estado. Essa mesma deficiente organização parte dos funcionários (é um ciclo vicioso nos vários patamares em que quer trabalhar bem se encontra a remar contra a maré), dado que é do próprio núcleo do estado que se efectuam as orientações gerais e específicas de cada organização assim como a gestão dos recursos atribuídos. Mas o certo é que o grau de eficiência global, na minha opinião, é fraco e só não o é mais porque é sustentado no trabalho da minoria.


Passei os meus 6 anos de curso num hospital público em que só há funcionários públicos. Tenho noção das coisas que estão erradas e coisas que estão certas. Dizer que os FP são mandriões e maus trabalhadores é uma mentira.
E como já disse noutros tópicos, tanto me fez faz como se me faz fez, até pq vou poder optar ou pelo privado ou pelo público ou até por ambos.

MKlop Escreveu:Em segundo, em não disse que os desempregados são incompetentes. Já expliquei o que queria dizer diversas vezes. Não vale a pena distorceres as minhas palavras: sugiro que leias os meus posts atentamente.
Para funções nos organismos em que realmente fazem falta pessoas - organismos de gestão, de serviços primários mas de funções epecializadas, etc - a maior parte dos desempregados não pode participar, a menos que os remetamos a funções básicas de escriturários/as. E no Estado, já há funcionários suficientes para isso. Se o fizermos estaremos a aumentar a indeficiência dos organismos: quer sejam sindicalistas ou defensores acérrimos dos funcionários públicos a realidade é que o resultado global é fraco. Precisam-se pessoas especializadas: mas quem é que vai trabalhar com eficácia e dedicação se está lá obrigada?


E eu já te respondi que no desemprego há de tudo e que a maioria das coisas que há para fazer não necessita de qualquer especialização. Explica-me lá o que limpeza de matos, limpeza de praias, vigilância de matas tem de específico.
Não estou à espera que trabalhe com eficácia. Estou à espera que trabalhe qualquer coisa. Que eu saiba qualquer coisa é melhor que nada.

MKlop Escreveu:Então vamos pôr desempregados sem formação específica a trabalhar no quê (não percebi o 3º comentário: pô-los em coisas desnecessárias?): varrer, limpar, etc...? E as empresas que seriam contratadas para fazer esse serviço? Esta questão vem sempre ao de cima...


Qual trabalho? Aquele que não é feito por ninguém? Onde é que tu vês em Portugal empresas de limpeza de matas ou de praias ou gente para vigiar as florestas? Vão roubar postos de trabalhos onde eles não existem/não são explorados?

MKlop Escreveu:Não vale a pena debater a questão das despesas, pois provavelmente nem te deste ao trabalho de ir ver os orçamentos dos organismos públicos e ver a realidade...Não percebeste de todo o que quis dizer, (desde quando é que eu referi que seria para avaliar as pessoas??)


Tu por acaso foste? Não me parece. Dás como argumento que há subida da despesa. Eu já te expliquei que: a) o salário continua a ser pago de forma igual pelo que não é pela via salarial que podes argumentar do salário b) o aumento de custos de organização não é assim TÃO brutal como falas e é largamente compensado pelo trabalho desenvolvido pelas pessoas. Os orçamentos dos ministérios têm muita coisa incluída. Tirar o custo dos funcionários e dizer que o resto é despesa de organização, é ilógico.
Já o Marco te disse que esse tipo de trabalho ia muito provavelmente contribuir positivamente e não negativamente, como estás a tentar fazer passar.

MKlop Escreveu:Isto é do mais elementar e está em contacto com a realidade. Não estou a tentar que "acredites" em nada, estou a dar uma visão realista da questão. Não estou a defender nenhum dos lados da questão - os que trabalham no Estado e os que não - nem a polarizar a questão como o fizeste.


Desculpa lá? Quem é que disse que os FP eram maus funcionários? Fui eu ou foste tu?! É que pela tua conversa parece que fui eu que disse e que comecei a polarizar a conversa. Quem não tem conhecimento das realidades dos dois sectores não sou eu de certeza. Felizmente tive um pai que trabalhou muitos anos no privado e que também trabalhou no público) e sei bem que existem bons e maus funcionários em ambos os sectores. Sei também que há muito trabalho duplicado e burocratizado na FP, mas não faz desses funcionários "uns incompetentes".

MKlop Escreveu:Mantenho é que úma opção populista para agradar a todos quantos acham que pagam impostos a mais e não vêm um melhor caminho do que se verem injustiçados face aos desempregados...


Não entendo porque chamas "injustiçados" aos desempregados. É que para chamares injustiçados tem de haver ums injustiça praticada. Qual foi essa injustiça? Perderem o emprego? Isso não é uma injustiça, é, infelizmente uma realidade que acontece a muita gente (e que concordo que deveria haver na FP quando tens pessoas a mais). É um estado mais "frágil" económica e psicologicamente, mas não é concerteza uma injustiça. Além do mais, estás a fugir à questão. A questão é têm essa capacidade ou não? Deve-se pedir para ajudarem a pagar esse "seguro" que fazem ou não... é que tu não apresentas qualquer solução para o facto de ser necessário fazer uma das seguintes opções: a) aumentar descontos para a SS b) diminuir regalias (SD, Pensões, Reformas,...) c) aumentar produtividade através de produção de trabalho em coisas relativamente importantes que são necessárias fazer e nas quais os desempregados poderiam contribuir enquanto procuram emprego em vez de ficarem (como muitas vezes ficam) em casa de papo para o ar ou a trabalhar "paralelamente".

Com isto não estou a por de parte o aumento da fiscalização, mas como tu próprio disseste anteriomente (se n me engano foste tu), a fiscalização não funciona como deveria, nem tens fiscais para fiscalizar as 600000 pessoas.

Se esta é a única forma de combater o descalabro das contas públicas? Provavelmente não. Mas não é dizendo como a maioria diz: "não toquem nos desempregados que coitados, não podem", "não toquem nas empresas que estão a sofrer muitos constragimentos", "não toquem nas reformas porque os reformados trabalharam imenso para elas", "não toquem nos IRS pq já temos uma carga fiscal elevada", "não toquem no IVA porque coitados da classe baixa".


Tudo isto é verdade, mas tudo isto tem de ser tocado, não é, como para variar a classe dos 34%-36,5% sempre a pagar e a pagar e a pagar para as coisas voltarem ao mesmo em 2 ou 3 anos, por incapacidade do Estado cortar onde tem de ser cortado.

Lembro-me sempre do que me sucedeu com a bolsa de estudo. Eu e a minha irmã a estudar fora de casa em lisboa. Ambos excelentes alunos (ambos em Medicina que como todos sabem n é fácil de entrar). Apenas a minha mãe com um rendimento liquido de cerca de 1800 euro (o que dá cerca de 600 euro por pessoa - é pelo rendimento per capita que decidem se tem direito a bolsa), a pagar alojamento de 2 marmanjos em lisboa, propinas, alimentação, livros, transportes públicos, etc etc etc.). Não tivemos direito a nada porque "no fim de contas com 600€ por pessoa eramos "ricos"".
Se ela ganhasse em vez de 1800 euro, ganhasse 1400 euro (ou seja menos 400€ por mês) já tinha direito a 2 * propinas por mês (= 200€ por mês), alojamento numa residencia universitária (o alojamento em Lx nunca sai a menos de uns 150€ por pessoa SÓ o alojamento, ao qual podes somar água, gás, electricidade e internet (que seja a net mais barata possivel que hoje é uma ferramenta essencial de trabalho)) e ainda uma bolsa de estudo cujo valor não me recordo mas concerteza era superior a 100€ por mês.

Ou seja, a "rica" que recebe mais pelo seu trabalho (naõ interessa se é por trabalhar mais horas ou se é por ser mais diferenciado e melhor pago), no fim de contas, acaba por ficar mais pobre que o dito "pobre" que tenha 2 pais a ganhar 700€ e um só filho. Para ajudar ainda mais paga mais impostos (sim, porque o abate com despesas de educação tem limite) e, portanto nem metade destes gasto podem ser abatidos.

Não digo que se seja mais papistas que o papa, mas também que não sejam hipócritas e façam sempre os mesmos pagar porque não se pode mexer em nada.

Outra que se pode mexer.

Tenho um conhecido cujos pais estão a comprar a 2ª casa. Ambos têm um rendimento juntos semelhante ao da minha mãe. Como estão a comprar uma casa, já os filhos têm direito a bolsa. Interessa lá que seja a 2ª, 3ª ou 4ª casa? Ou que aluguem as casas e isso dê para pagar as despesas do empréstimo a habitação. Dá vontade de rir, não dá? E quem paga a 3ª ou 4ª casa? Eu e os outros todos, porque o estado apoia não só no IRS como também através da bolsa.

Outra:
Dono de uma loja aqui ao pé. Todos sabem que eles vive bem e deslocam-se em mercedes (cada um o seu), mas a filha tem SASE de nível A (vulgo apoio para os pobrezinhos dos pobrezinhos).
Os carros são da empresa, a casa é da empresa e eles coitadinhos, recebem o ordenado mínimo.

Outro exemplo:
Empregadas a dias. Quantas descontam? E quantas declaram o salário mínimo não contribuindo para a SS e não pagando impostos. A grande maioria "guarda" o resto no bolso e não declara mais nenhum vencimento. No entanto rara é a que trabalha menos de 7h/dia e que receba menos de 6€ por hora, o que prefaz cerca de 1000€ por mês (tanto como um licenciado em inicio de carreira mas que tem de descontar sobre os 1000€). Elas, como declaram o salário mínimo, além dos apoios sociais todos a que têm direito, ainda não vêm qualquer imposto agravado (sem ser o IVA).

E como isto há às montanhas neste país.
Quem paga? Aqueles que não podem fugir ao fisco - vulgo os trabalhadores por conta de outrém, em que se incluem todos os FP pp ditos (e com isto não estou a dizer que não haja quem seja honesto sendo trabalhador por conta própria declare os seus ganhos).


As coisas têm de ser mudadas e não é só a dizer que coitadinhos destes e daqueles que elas vão mudar.


Outra: cargos de chefia em empresas públicas / autarquias.

Tem, neste caso, que ao fim de 3 ou 4 anos, trocarem de carros que estão impecáveis e vender aos únicos utilizadores do carro por um preço ridiculo? Conheço quem tenha BMW e passat à pala disso. Usufrui o carro durante 3 anos como carro de serviço e depois compra o carro que fica para um filho ou para a esposa e aí vem outro carrinho novo de serviço para utilizar. Mas estas benesses não são contabilizadas.

Podia ficar aqui um dia a escrever as fugas ao fisco, as benesses, as REAIS injustiças que existem neste país e que ninguém quer mexer porque "epá, os outros logo pagam".

Depois temos os "moralistas" que dizem "ah! mas se tu também fugires, não podes falar". Não posso? claro que posso! É que neste país só não foge aos impostos quem não pode ou quem é parvo (e esta é a verdade nua e crua). Porque se, e como já disse anteriormente, todos fogem e falcatruam porque hei-de eu ser honesto e declarar e pagar, sabendo que além de já estar a pagar o que os outros não declaram, ainda vou ter de pagar "extras" pela incompetência dos nossos políticos?!

Quando começar a ter dinheiro suficiente também vou abrir a minha empresa, por lá a casa, os carros, as refeiçoes, a gasolina. Também vou declarar que recebo o ordenado mínimo pago pela empresa, guardo o que pagaria e faço um "aforrozinho" para a minha reforma - que no fim de contas será sempre mais do que o estado me daria pelos meus descontos. Não me vou esquecer de pedir todos os apoios sociais para os meus filhos, visto que sou um probetanas, mesmo que me desloque num Jaguar e a minha empresa tenha 4 casas: uma em Lx, outra alugada "sem recibo", outra no campo e outra na praia. É que, se eu falecer, no fim de contas, a minha mulher assim não vai ter agravamento de IMIs ou outros impostos, pois tudo continua a pertencer à empresa.


E mais, se "for" rico, além disto ainda ponho os meus rendimentos todos em "offshore" e não os declaro. Se por acaso descobrirem (é preciso ter mto azar ou n saber usar offhores), não faz mal, já sei que os processos em tribunal demoram 20 anos, portanto n estou preocupado.

E assim se agrava a diferença "salarial" e se diz que estamos num país muito assimétrico, em que se permite que tudo o que escrevi se faça aos olhos de todos.

Os únicos de quem acabo por ter pena são aqueles que realmente precisam e que realmente ganham o salário minimo e que passam dificuldades.

Sem se combater e alterar a sociedade portuguesa a sério, vai acontecer este fenómeno cada vez mais: os verdadeiros pobres mais pobres, os ricos mais ricos e a classe média a desaparecer.
 
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por MarcoAntonio » 18/5/2010 17:55

dfviegas Escreveu:Sugeri a fiscalização mas não aceitaste este argumento, falando em que ia aumentar os custos eu voltei a falar em fiscalização a sério, mas não quiseste ouvir.


Eu não disse em parte alguma que não aceitava o argumento. Resolver este problema que afloramos aqui também passará por aumento da eficácia na fiscalização, mas isso é apenas uma medida entre várias e não o que preconizarei como solução global. Tu é que apresentas a solução para todos os problemas com autênticos passes de mágica e quando são dadas por ti, já não existe óbice nenhum!

Quanto mais eficácia pretendas imputar à fiscalização e em quanto maior grau quiseres resolver o problema por essa via, mais custos terás. Eu apenas te disse que estás a substituir uma despesa por outra...

Quanto ao texto que se segue, eu não te vou responder, com a vaga esperança de - se leres meia duzia de vezes o parágrafo seguinte - de que venhas a perceber porquê.


dfviegas Escreveu:Mas tambem te dou uma solução para esta apresentação não ser "degrandante", colocam-se lá umas máquinas que leem a impressão digital, a pessoa chega lá coloca o seu nº de SS e passa o dedinho e vai-se embora ou isso tambem é humilhante.


O problema não é ser humilhante, é ser uma proposta idiota de uma ponta à outra. Muito embora eu tenha referido isso mas apenas para ilustrar que houvesse quem, tendo opinião semelhante à tua em várias matérias, e tivesse já uma opinião muito negativa de uma única apresentação quinzenal. Coisa que tu queres multiplicar por 20...


A proposta é idiota porque:

> Muito embora digas "problema resolvido", ela resolve obviamente em menor grau que a proposta de trabalho parcial dado que ocupa as pessoas menos tempo e por períodos menos prolongados;

> Mais uma vez, substituis um problema por outro (aqui potencialmente reduzir a produtividade e aumentar os custos). O trabalho de fazer contagens duas vezes ao dia a uma data de pessoas faz perder tempo e certamente (quanto mais não seja indirectamente) tem custos, bem como no caso de recorrer a tecnologia, o que faz de ti de novo amigo da despesa pública;

> Tem custos para as pessoas que supostamente já estão numa situação relativamente precária ou com perspectivas de. Acho a proposta de um completo cinismo (claro que também podes sugerir que as deslocações sejam pagas, o que faz de ti amigo da despesa pública ao quadrado ou ao cubo). Ao menos a proposta de ocupação parcial sugere cobrir os custos, mas não a troco de uma coisa inútil e não produtiva mas sim a troco de trabalho!


dfviegas Escreveu:Estou a tentar apresentar soluções que resolvam o problema dos fraudulentos e retiram os problemas levantados por partidos e por desempregados.


Tudo bem. Apenas esta proposta é, para além daqueles problemas já apontados, de um cinismo tremendo.

Imagina - admitindo que eventualmente não traduz exactamente o que pensas - fiquei com a sensação que no limite mais depressa prendias os desempregados na cadeia para evitar a fraude do que os punhas a trabalhar umas horas!

Trabalhar não que eles podem chegar lá a cheirar mal...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 18/5/2010 18:03, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por rmachado » 18/5/2010 17:53

É interessante esta troca de ideias, mas invés de estarmos para esgrimir argumentos seria melhor fazermos uma abordagem "a la MarcoAntonio".

Quantos são fiscalizados?
Quantas fraudes são detectadas?
Que tipo de fraudes?
Que trabalhos estamos a falar?
O que é que se quer com esta medida?
Quantos são os beneficiários do RSI que a medida abrange?
Exitirão ocupações para esta medida sem ser o aproveitamento de mão de obra?

Falemos de números e factos e não de coisas que "achamos que são".

Por exemplo:
Quantos desempregados conhecemos e as razões do seu desemprego? Desses quantos é que "aldrabaram"?
 
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por bboniek33 » 18/5/2010 17:43

dfviegas Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
dfviegas Escreveu:Se o objectivo é apanhar os fraudulentos, então basta chama-los todos os dias à SS, por volta das 10:00 fazer a contagem mandá-los para casa e voltar a fazer o mesmo as 16:00.

Após 3 faltas sem justificação cancelamento do subsidio.

Problema resolvido.


Epá, isto há cada ideia fantástica!

Não queres pô-los a trabalhar umas horas por semana, mas a ideia de os fazer deslocar duas vezes por dia à Segurança Social (o que nem sequer elimina a fraude, apenas reduz parte dela) já é boa...

Isto não é uma ideia, é uma aberração. Aliás, aqui no tópico já houve quem estivesse contra esta proposta deste tópico e criticasse e achasse humilhante/degradante uma apresentação quinzenal!


Acho que ou não percebes o meu ponto de vista ou não queres perceber, mas eu vou tentar ser sucinto.

A questão é que eu acho que po-los a trabalhar não vai resolver o problema, vai criar sim outros problemas com os que já lá estão.

Sugeri a fiscalização mas não aceitaste este argumento, falando em que ia aumentar os custos eu voltei a falar em fiscalização a sério, mas não quiseste ouvir.

Depois sugeri a formação obrigatória como forma de evitar fraudes mas tambem não ligaste nenhuma.

Parece que vives num mundo à parte, e que não conheces o povo português, fugir ao fisco, excessos de velocidade, acharem-se donos da razão é o que para ai andam mais, e achares que obrigar os desempregados que querem estar a chuchar na teta do estado colocando-os juntamente com pessoas contratadas não vai gerar conflitos, é mesmo não saberes em que pais vives.

Mas tambem te dou uma solução para esta apresentação não ser "degrandante", colocam-se lá umas máquinas que leem a impressão digital, a pessoa chega lá coloca o seu nº de SS e passa o dedinho e vai-se embora ou isso tambem é humilhante.

Estou a tentar apresentar soluções que resolvam o problema dos fraudulentos e retiram os problemas levantados por partidos e por desempregados.
Não existe trabalho gratuito, não causa problemas de gestão para as chefias, não provoca problemas com os funcionários.


Pulseira Electroonica ? Que tal ?

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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por dfviegas » 18/5/2010 17:35

MarcoAntonio Escreveu:
dfviegas Escreveu:Se o objectivo é apanhar os fraudulentos, então basta chama-los todos os dias à SS, por volta das 10:00 fazer a contagem mandá-los para casa e voltar a fazer o mesmo as 16:00.

Após 3 faltas sem justificação cancelamento do subsidio.

Problema resolvido.


Epá, isto há cada ideia fantástica!

Não queres pô-los a trabalhar umas horas por semana, mas a ideia de os fazer deslocar duas vezes por dia à Segurança Social (o que nem sequer elimina a fraude, apenas reduz parte dela) já é boa...

Isto não é uma ideia, é uma aberração. Aliás, aqui no tópico já houve quem estivesse contra esta proposta deste tópico e criticasse e achasse humilhante/degradante uma apresentação quinzenal!


Acho que ou não percebes o meu ponto de vista ou não queres perceber, mas eu vou tentar ser sucinto.

A questão é que eu acho que po-los a trabalhar não vai resolver o problema, vai criar sim outros problemas com os que já lá estão.

Sugeri a fiscalização mas não aceitaste este argumento, falando em que ia aumentar os custos eu voltei a falar em fiscalização a sério, mas não quiseste ouvir.

Depois sugeri a formação obrigatória como forma de evitar fraudes mas tambem não ligaste nenhuma.

Parece que vives num mundo à parte, e que não conheces o povo português, fugir ao fisco, excessos de velocidade, acharem-se donos da razão é o que para ai andam mais, e achares que obrigar os desempregados que querem estar a chuchar na teta do estado colocando-os juntamente com pessoas contratadas não vai gerar conflitos, é mesmo não saberes em que pais vives.

Mas tambem te dou uma solução para esta apresentação não ser "degrandante", colocam-se lá umas máquinas que leem a impressão digital, a pessoa chega lá coloca o seu nº de SS e passa o dedinho e vai-se embora ou isso tambem é humilhante.

Estou a tentar apresentar soluções que resolvam o problema dos fraudulentos e retiram os problemas levantados por partidos e por desempregados.
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por pdcarrico » 18/5/2010 17:32

Madeirense Escreveu:
pdcarrico Escreveu:
Não sei se o comentário era para mim, mas se foi, digo que nem vivo em Portugal.

Não era dirigido a ninguém em particular. Simplesmente revolta-me que se trate um desempregado como alguém que não quer trabalhar, e a proposta do PSD vai nesse sentido

Concordo! E justamente por concordar é que acho que a medida só faz sentido se integrada numa estratégia para valorizar o trabalho do desempregado e a sua futura integração.

Mas sair da situação de desemprego é uma tarefa para a qual todos devem contribuir inclusivé o desempregado. E se o esforço exigido ao desempregado é a realização de trabalho gratuito por um tempo, com expectativa de empregabilidade futura, não vejo porque razão não se aceite essa medida.
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por Madeirense » 18/5/2010 17:18

pdcarrico escreveu
Não sei se o comentário era para mim, mas se foi, digo que nem vivo em Portugal.

Não era dirigido a ninguém em particular. Simplesmente revolta-me que se trate um desempregado como alguém que não quer trabalhar, e a proposta do PSD vai nesse sentido[/quote]
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por pdcarrico » 18/5/2010 17:10

Quico Escreveu:
pdcarrico Escreveu:De experiência própria posso dizer que uma organização quando não despende nada por um funcionário, não se preocupa em que ele seja produtivo nem o faz crescer para que ele melhore e dê uma contribuição para a organização.


O mesmo se aplica a qualquer serviço gratuito: saúde, ensino, etc. :mrgreen:


Mas na saúde e educação nem sempre produtividade é o único objectivo que deva ser considerado. Talvez nem sequer seja o principal. E a definição do que é produtivo é tudo menos polémica.

Uma má Universidade privada forma muitas vezes maus licenciados. Uma boa Universidade Pública forma licenciados caros (médicos, engenheiros, etc...) e produz um benefício para a sociedade que não dá para mensurar em termos de produtividade. Se produtividade for medida pelo número de licenciados então e melhor esquecer a produtividade.

Na saúde a mesma coisa. Quando se introduzem medidas de avaliação de produtividade em hospitais, perde-se muitas vezes a noção de que há serviços de saúde caros e outros baratos. Há alguns que só mesmo em hospitais públicos podem ser feitos, porque o custo/retorno nem interessa aos privados. Mas ainda assim, eles têm de ser feitos.
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por MarcoAntonio » 18/5/2010 17:00

dfviegas Escreveu:Se o objectivo é apanhar os fraudulentos, então basta chama-los todos os dias à SS, por volta das 10:00 fazer a contagem mandá-los para casa e voltar a fazer o mesmo as 16:00.

Após 3 faltas sem justificação cancelamento do subsidio.

Problema resolvido.


Epá, isto há cada ideia fantástica!

Não queres pô-los a trabalhar umas horas por semana, mas a ideia de os fazer deslocar duas vezes por dia à Segurança Social (o que nem sequer elimina a fraude, apenas reduz parte dela) já é boa...

Isto não é uma ideia, é uma aberração. Aliás, aqui no tópico já houve quem estivesse contra esta proposta deste tópico e criticasse e achasse humilhante/degradante uma apresentação quinzenal!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por bboniek33 » 18/5/2010 16:33

Quico Escreveu:
whitebala Escreveu:
Quico Escreveu:...


E esse charuto Quico num pais em crise...já me cheira a grande Capital. Se calhar deveria ser taxado e passar a um cigarrito não?

(desculpa Admin mas não resisti)


Podes brincar à vontade. :wink:
Tinha escrito uma resposta ao bboniek00 mas resolvi apagar porque, sinceramente, não tenho tempo para polémicas. Estou demasiado ocupado (há postos de trabalho que dependem de mim; quase de certeza ao contrario de muitos que gostam de falar na criação de postos de trabalho ao estilo de treinador de bancada... :mrgreen: )


Eu era para responder aa pergunta... que nunca foi feita.

Nesta mateeria, confesso, sinto-me um treinador de bancada. Expresso a minha opiniao, contudo, esperando ouvir (ler) quem saiba mais e nao se tenha que calar por qualquer razao pessoal.

Tambem eu escolho as poleemicas para as quais decido ter tempo e paciencia: varia muito com o tema e com o interlocutor. :wink:
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por pdcarrico » 18/5/2010 16:20

Madeirense Escreveu:Grande medida!!! És desempregado da Quimonda? Ah malandro! Vai já para o jardim municipal plantar umas flores, para ver se aprendes a trabalhar como deve ser!
Eu proponho ainda mais! Com essa medida, podemos pôr todos os funcionários públicos no desemprego! Assim, resolve-se também o problema do défice!
Haja paciência.... :roll:

Não sei se o comentário era para mim, mas se foi, digo que nem vivo em Portugal.
Não entendi muito bem essa de colocar funcionários públicos no desemprego. A ideia é dar actividade produtiva a quem por força das circunstâncias ficou sem trabalho.
O maior drama para um desempregado é sentir-se inútil, sem auto-estima e excluído.
Darem uma ocupação fictícia a um desempregado é aumentarem-lhe os problemas. Mas se ele vai fazer uma coisa que não é paga circunstancialmente mas que no futuro vai ser reconhecida e até lhe garanta empregabilidade futura então parece-me que estamos a tentar resolver o problema.
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Re: Mas qual é o objectivo afinal????

por Quico » 18/5/2010 16:08

whitebala Escreveu:
Quico Escreveu:...


E esse charuto Quico num pais em crise...já me cheira a grande Capital. Se calhar deveria ser taxado e passar a um cigarrito não?

(desculpa Admin mas não resisti)


Podes brincar à vontade. :wink:
Tinha escrito uma resposta ao bboniek00 mas resolvi apagar porque, sinceramente, não tenho tempo para polémicas. Estou demasiado ocupado (há postos de trabalho que dependem de mim; quase de certeza ao contrario de muitos que gostam de falar na criação de postos de trabalho ao estilo de treinador de bancada... :mrgreen: )
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por Madeirense » 18/5/2010 16:07

Grande medida!!! És desempregado da Quimonda? Ah malandro! Vai já para o jardim municipal plantar umas flores, para ver se aprendes a trabalhar como deve ser!
Eu proponho ainda mais! Com essa medida, podemos pôr todos os funcionários públicos no desemprego! Assim, resolve-se também o problema do défice!
Haja paciência.... :roll:
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por Quico » 18/5/2010 16:04

pdcarrico Escreveu:De experiência própria posso dizer que uma organização quando não despende nada por um funcionário, não se preocupa em que ele seja produtivo nem o faz crescer para que ele melhore e dê uma contribuição para a organização.


O mesmo se aplica a qualquer serviço gratuito: saúde, ensino, etc. :mrgreen:
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