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Caldeirão da Bolsa

Moody´s avisa que pode baixar "rating" de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Supermann » 5/5/2010 15:55

rmachado Escreveu:
Supermann Escreveu:
rmachado Escreveu:Qual seria a verba necessária para fazer exactamente o contrário dos ditos especuladores?

Não seria mais eficiente?

Giro, giro é que nem a dois anos andaram a injectar liquidez no sistema financeiro com medo de um colapso, e agora essa liquidez está a virar-se contra os mesmos que andaram a injectar o guito (não me refiro a Grécia e Portugal que estão a ser usados como catalisadores de um ataque ao Euro)


Isto de ataque ao Euro é ridiculo... porque não falar de um ataque ao dólar quando o euro subiu?

Ou seerá isso só para o que convem?

Aliás os movimentos do Euro de especulação ou ataque especulativo nao tem nada... nao existe movimentos bruscos, tem sido uma tendencia perfeitinha que devagar devagarinho lá vem descendo...


E pq não? É claro que quando interessa dizer certa coisa a malta diz.

Por exemplo, os Americas nunca acreditaram que o Euro ficasse tão forte e até a dada altura existiu uma conveniência em ter um USD mais "barato".
Agora faz-se o contrário. De qq maneira tenho ideia que a subida do Euro foi mais lenta que esta descida, mas isto tb é normal, custa a subir mas quando desce... (o tal efeito bola de neve).

É claro que os culpados não são os especuladores, mas que ajudam.. lá isso ajudam.

É só ver a quantidade de bolhas que já rebentaram... (TI, subprime, Petroil... etc)


essa naalogia do subir rapido e descer rapido nao se aplica no mercado monetario. Simplesmente porque é um par, logo dizer que sobe devagar e desce rapido pelo efeito de bola de neve, a mesma pessoa do outro lado pooderia dizer que desce devagar e sobe rapido.

E não a descida não tem sido mais rapida. tem sido precisamente o mesmo tempo curiosamente.

A subida dos 1.25 aoas 1.50 foi em cerca de 7 meses. Neste momento, a descida leva exactamente 6 meses, e ainda nao chegou ao ponto do fundo na zona dos 1.23-1.25 ...
 
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por Supermann » 5/5/2010 15:51

soaresviana Escreveu:Só invisto em bolsa há pouco mais de 2 anos e meio e só de há 3 para cá é que compreendo mais ou menos o seu funcionamento; mas uma coisa que aprendi desde logo com o meu Pai - muito cuidado com o pânico! e investir a longo.

Resultados: a perder 50% em 2008 não vendi e ganehi cerca de 20% posteriormente; actualmente estou a perder cerca de 35% do que investi e ainda n vendi uma acção apesar de a verba ser considerável no meu orçamento, mas sei que as coisas vá moelhorar, porque dificilmente o que se passa na Grécia se repetirá, tendo em conta a gravidade das suas consequências e a artenção de todas as INtituições para os Países mais frágeis.

Conclusão: o que se está a passar hoje é mais uma lição; uma hora depois de estar a perder mais de 3% e de muitos entrerem em pãnico, a bolsa já recupera agora quase 1.3%.

Caros colegas investidores, tenham cuidado com as precirptações! É necessário estarmos muito bem informados e nunca façam uma coisa que já tenho visto! Crédito para investir na bolsa!!! ASSSUSTADOR!

Lembrem-se que um dos factores que torna a bolasa apelativa nem sequer é monetário - chama-se adrenalina, e essa se nos pdoe fazer sentir muito bem, pode-nos também levar ao fundo e a decisões precipitadas com prejuízos relevantes e arrependimento!

É só a minha opinião, a de um mero curioso e atento pequeno investidor, mas talvez que alguém a possa considerar útil.


Desculpa mas ganhar 20% quando se esteve a perder 50% é um resultado para mim muito fraco... o rácio perda/lucro é muito fraco.

Estar a contar com preços mais altos no futuro só porque sim é ja de si só um erro... se se errou, errou. é sair e esperar por nova oportunidade onde a probabilidade de ganhar $ seja maior, AINDA que muitas vezes isso implique comprar de volta a um preço mais elevado.
 
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por Woodhare » 5/5/2010 15:44

Já agora eu também sou contra pânicos e a razão porque vendi tudo é que os títulos que tinha eram de bancos.
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por SoaresV » 5/5/2010 15:41

MarcoAntonio Escreveu:
soaresviana Escreveu:Só invisto em bolsa há pouco mais de 2 anos e meio e só de há 3 para cá é que compreendo mais ou menos o seu funcionamento; mas uma coisa que aprendi desde logo com o meu Pai - muito cuidado com o pânico! e investir a longo.

Resultados: a perder 50% em 2008 não vendi e ganehi cerca de 20% posteriormente; actualmente estou a perder cerca de 35% do que investi e ainda n vendi uma acção apesar de a verba ser considerável no meu orçamento, mas sei que as coisas vá moelhorar, porque dificilmente o que se passa na Grécia se repetirá, tendo em conta a gravidade das suas consequências e a artenção de todas as INtituições para os Países mais frágeis.

Conclusão: o que se está a passar hoje é mais uma lição; uma hora depois de estar a perder mais de 3% e de muitos entrerem em pãnico, a bolsa já recupera agora quase 1.3%.

Caros colegas investidores, tenham cuidado com as precirptações! É necessário estarmos muito bem informados e nunca façam uma coisa que já tenho visto! Crédito para investir na bolsa!!! ASSSUSTADOR!

Lembrem-se que um dos factores que torna a bolasa apelativa nem sequer é monetário - chama-se adrenalina, e essa se nos pdoe fazer sentir muito bem, pode-nos também levar ao fundo e a decisões precipitadas com prejuízos relevantes e arrependimento!

É só a minha opinião, a de um mero curioso e atento pequeno investidor, mas talvez que alguém a possa considerar útil.


Soaresviana, o PSI20 está a cair cerca de 2% depois de ontem ter caído 4%. Destacar aqui algo de positivo como uma recuperação parcial intradiária, tentar retirar daqui uma "lição", bom, é o que eu chamo mesmo de wishful thinking...

Recuperações destas intradiárias (e até algumas de mais de uma sessão) durante prolongadas fases de queda acontecem o tempo todo. Não significam nada de especial!


Caro Marco,

utilizei esse facto como mera comparação tendo em conta a coincidência; dei a minha opinião pelo facto de que noto haver muita facilitade em se entrar em pânico, precisamente por tb haver dessa quebras momentâneas em momentos chave quando as notícias negativas são publicadas.
Por estarmos num momento de grande volatilidade penso ser ainda mais importante ter a percepção de que essas variações positivas ou negativas serão "previsiveis". Claro que tento ver isto com optimismo, e penso ser a forma mais "saudável" de se investir. SE neste momento o aero de Alcochete fosse adiado por certo a bolsa passaria de novo a positiva (estou a exagerar, mas na bolsa muitas vezes as reacções são extremamente exarcebadas baseadas nas expectativas dos investidores).
Portanto só pretendo apelar à serenidade e a uma avaliação mais calculista e ponderada do momento actual.
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por Woodhare » 5/5/2010 15:41

Nico Escreveu:
Woodhare Escreveu:Eu vendi tudo porque tenho a impressão que esta crise pode ser tão ou mais grave para Portugal do que a anterior e isso vai se reflectir nos títulos da mesma maneira. Posso estar completamente enganado é claro.


Qual a crise anterior a que te referes?

Espero que não tenha a ver com que se passou a semana passada...


Refiro-me à crise do subprime.
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por MarcoAntonio » 5/5/2010 15:34

soaresviana Escreveu:Só invisto em bolsa há pouco mais de 2 anos e meio e só de há 3 para cá é que compreendo mais ou menos o seu funcionamento; mas uma coisa que aprendi desde logo com o meu Pai - muito cuidado com o pânico! e investir a longo.

Resultados: a perder 50% em 2008 não vendi e ganehi cerca de 20% posteriormente; actualmente estou a perder cerca de 35% do que investi e ainda n vendi uma acção apesar de a verba ser considerável no meu orçamento, mas sei que as coisas vá moelhorar, porque dificilmente o que se passa na Grécia se repetirá, tendo em conta a gravidade das suas consequências e a artenção de todas as INtituições para os Países mais frágeis.

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Soaresviana, o PSI20 está a cair cerca de 2% depois de ontem ter caído 4%. Destacar aqui algo de positivo como uma recuperação parcial intradiária, tentar retirar daqui uma "lição", bom, é o que eu chamo mesmo de wishful thinking...

Recuperações destas intradiárias (e até algumas de mais de uma sessão) durante prolongadas fases de queda acontecem o tempo todo. Não significam nada de especial!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por rmachado » 5/5/2010 15:28

Supermann Escreveu:
rmachado Escreveu:Qual seria a verba necessária para fazer exactamente o contrário dos ditos especuladores?

Não seria mais eficiente?

Giro, giro é que nem a dois anos andaram a injectar liquidez no sistema financeiro com medo de um colapso, e agora essa liquidez está a virar-se contra os mesmos que andaram a injectar o guito (não me refiro a Grécia e Portugal que estão a ser usados como catalisadores de um ataque ao Euro)


Isto de ataque ao Euro é ridiculo... porque não falar de um ataque ao dólar quando o euro subiu?

Ou seerá isso só para o que convem?

Aliás os movimentos do Euro de especulação ou ataque especulativo nao tem nada... nao existe movimentos bruscos, tem sido uma tendencia perfeitinha que devagar devagarinho lá vem descendo...


E pq não? É claro que quando interessa dizer certa coisa a malta diz.

Por exemplo, os Americas nunca acreditaram que o Euro ficasse tão forte e até a dada altura existiu uma conveniência em ter um USD mais "barato".
Agora faz-se o contrário. De qq maneira tenho ideia que a subida do Euro foi mais lenta que esta descida, mas isto tb é normal, custa a subir mas quando desce... (o tal efeito bola de neve).

É claro que os culpados não são os especuladores, mas que ajudam.. lá isso ajudam.

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por SoaresV » 5/5/2010 15:28

Só invisto em bolsa há pouco mais de 2 anos e meio e só de há 3 para cá é que compreendo mais ou menos o seu funcionamento; mas uma coisa que aprendi desde logo com o meu Pai - muito cuidado com o pânico! e investir a longo.

Resultados: a perder 50% em 2008 não vendi e ganehi cerca de 20% posteriormente; actualmente estou a perder cerca de 35% do que investi e ainda n vendi uma acção apesar de a verba ser considerável no meu orçamento, mas sei que as coisas vá moelhorar, porque dificilmente o que se passa na Grécia se repetirá, tendo em conta a gravidade das suas consequências e a artenção de todas as INtituições para os Países mais frágeis.

Conclusão: o que se está a passar hoje é mais uma lição; uma hora depois de estar a perder mais de 3% e de muitos entrerem em pãnico, a bolsa já recupera agora quase 1.3%.

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por Nico » 5/5/2010 15:15

Woodhare Escreveu:Eu vendi tudo porque tenho a impressão que esta crise pode ser tão ou mais grave para Portugal do que a anterior e isso vai se reflectir nos títulos da mesma maneira. Posso estar completamente enganado é claro.


Qual a crise anterior a que te referes?

Espero que não tenha a ver com que se passou a semana passada...
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por Woodhare » 5/5/2010 15:10

Eu vendi tudo porque tenho a impressão que esta crise pode ser tão ou mais grave para Portugal do que a anterior e isso vai se reflectir nos títulos da mesma maneira. Posso estar completamente enganado é claro.
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por cmgm » 5/5/2010 15:09

Moody's
Redução do ‘rating’ português é “muito provável”

Pedro Latoeiro/Económico
05/05/10 14:30


Anthony Thomas, vice-presidente da agência Moody's, diz ser "muito provável" que se proceda a uma redução da classificação de Portugal.

"Estatisticamente há uma probabilidade muito elevada de procedermos a um corte de ‘rating' depois de colocarmos uma notação em revisão negativa" como aconteceu hoje com Portugal, explicou Anthony Thomas à Reuters.

Ainda assim, sublinhou, a agência vai procurar reunir-se com as autoridades portuguesas nos próximos meses para discutir o PEC e a intenção do Governo em antecipar a execução de algumas medidas que estavam previstas só para 2011.
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por PequenoInvest » 5/5/2010 14:54

soaresviana Escreveu:
PequenoInvest Escreveu:Toca a vender. JÁ!


É por esses comentários e por outros...
não vendo!


Amigo, eu também não vendi. Mantenho tudo em carteira.
A minha frase foi apenas para retratar aquilo que se passou logo assim que saiu a notícia. Era mais que óbvio que as vendas ocorressem em catadupa.
 
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por vgasmo » 5/5/2010 14:42

.. daí eu ter dito noutro post aqui no caldeirão que gostava que as casas de rating divulgassem os seus modelos de risco, para poder avaliar a sua validade. No fundo perceber como cada ponto é valorizado dentro do modelo (do crescimento à estabilidade financeira, passando pela contabilização de intangíveis). Sendo um académico perceber o que está por detrás de algo é muito importante e, já agora, isso aumentaria muito a credibilidade dos ratings. Não é tanto "os malvados dos especuladores" mas sim a competência ou não da avaliação.
 
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por cmgm » 5/5/2010 14:39

Moody"s: "Portugal não é a Grécia, mas ambos vão permanecer retraídos"

A Moody"s diz que a situação grega é "muito mais séria" do que a portuguesa, mas considera que ambas as economias vão atravessar um "longo período de retracção", que será "inevitável" para corrigir os desequilíbrios financeiros internos.

Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

A Moody´s diz que a situação grega é “muito mais séria” do que a portuguesa, mas considera que ambas as economias vão atravessar um “longo período de retracção”, que será “inevitável” para corrigir os desequilíbrios financeiros internos.

A agência de “rating” – que chegou a condenar Portugal e Grécia à “morte lenta” num artigo que, em Janeiro, fez correr muita tinta – corrige agora consideravelmente o tom da comparação na nota de análise que acompanha o aviso de que a notação da dívida portuguesa poderá em breve baixar um ou dois níveis, da actual classificação de Aa2.

“Os desafios que Portugal enfrenta no crescimento, aliados aos amplos défices orçamentais, levaram os agentes dos mercados a comparar Portugal (e muitos outros países europeus) à Grécia. Embora a Moody’s acredite que a Grécia enfrenta dificuldades orçamentais muito mais sérias do que Portugal, antecipamos, ainda assim, um longo período de retracção, inevitável até que o país corrija os seus desequilíbrios financeiros internos”.

A agência norte-americana escreve ainda que, para além da sustentabilidade da dívida pública, irá ainda avaliar “outros factores da agenda de ajustamento estrutural”, em particular o que está a ser feito pelo Executivo para combater a fraca competitividade e a baixa taxa de poupança nacional que “estão na raiz do baixo crescimento”.

Para já, a Moody´s diz que continua a prever que Portugal cresça neste ano em termos reais mas a um ritmo “relativamente lento”.

“O problema do crescimento em Portugal está mais relacionado com a baixa produtividade do que com os elevados custos em si mesmos. A inexistência da opção de desvalorizar (a moeda) gera ventos adversos mais fortes – mas não impossíveis de suplantar – para a retoma económica”, afirmaAnthony Thomas, vice-presidente e analista sénior para o risco de soberanos da Moody’s.
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por Supermann » 5/5/2010 14:31

vgasmo Escreveu:Alguém já pensou que há aqui um problema de tautologia nos ratings?

Se eu disser que tal país ou empresa tem um risco maior então o mercado vai tornar o seu financiamento mais caro, desta forma sem se conseguir financiar ou a financiar-se a preços bem mais altos, este estado ou empresa vai de facto ter mais dificuldades em pagar aos credores. Há aqui um self-reinforcement da previsão...


sim é um facto.

Mas isso funciona assim com todo o sistema financeiro.

Vide 2008 e com a contabilidade do mark to market por exemplo.

As empresas tinham que fazer provisões das perdas dos activos aos preços de mercado. Com estas provisões, o seu capital era menor, as acções por ocorrencia disto desciam ainda mais, que levava a novas provisões que por ventura faziam descer novamente as cotações...

E por ai fora... quando a crise é grande é dificil de saair de uma espiral dessas, e sim o efeito de bola de neve é um facto mas como referiu o Ulisses, nada tem que ver com os malvados espeucladores.
 
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por Ulisses Pereira » 5/5/2010 14:28

Alguém já pensou que há aqui um problema de tautologia nos ratings?

Se eu disser que tal país ou empresa tem um risco maior então o mercado vai tornar o seu financiamento mais caro, desta forma sem se conseguir financiar ou a financiar-se a preços bem mais altos, este estado ou empresa vai de facto ter mais dificuldades em pagar aos credores. Há aqui um self-reinforcement da previsão...


Sem dúvida. O efeito bola de neve é um facto. Mas isto é bem diferente da história das "especulações" que os responsáveis políticos trazem na boca a toda a hora.

Um abraço,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

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por cmgm » 5/5/2010 14:26

cmgm Escreveu:
vgasmo Escreveu:Alguém já pensou que há aqui um problema de tautologia nos ratings?

Se eu disser que tal país ou empresa tem um risco maior então o mercado vai tornar o seu financiamento mais caro, desta forma sem se conseguir financiar ou a financiar-se a preços bem mais altos, este estado ou empresa vai de facto ter mais dificuldades em pagar aos credores. Há aqui um self-reinforcement da previsão...


Isso é uma repetição inútil da mesma ideia mas em termos diferentes.
Eu diria antes que a juntar a algumas análises bastante duras juntam-se outras algo eufemistas,para tapar o sol com a peneira.
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por cmgm » 5/5/2010 14:25

vgasmo Escreveu:Alguém já pensou que há aqui um problema de tautologia nos ratings?

Se eu disser que tal país ou empresa tem um risco maior então o mercado vai tornar o seu financiamento mais caro, desta forma sem se conseguir financiar ou a financiar-se a preços bem mais altos, este estado ou empresa vai de facto ter mais dificuldades em pagar aos credores. Há aqui um self-reinforcement da previsão...


Isso é uma repetição inútil da mesma ideia mas em termos diferentes.
Eu diria antes que a juntar a algumas análises bastante duras juntam-se outras algo eufemistas,para tapar o sol com a peneira.
Editado pela última vez por cmgm em 5/5/2010 14:27, num total de 1 vez.
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por SoaresV » 5/5/2010 14:22

E de novo 1ª pagina na cnbc...

Moody's Places Portugal on Review for Downgrade

http://www.cnbc.com/id/36959747
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por vgasmo » 5/5/2010 14:19

Alguém já pensou que há aqui um problema de tautologia nos ratings?

Se eu disser que tal país ou empresa tem um risco maior então o mercado vai tornar o seu financiamento mais caro, desta forma sem se conseguir financiar ou a financiar-se a preços bem mais altos, este estado ou empresa vai de facto ter mais dificuldades em pagar aos credores. Há aqui um self-reinforcement da previsão...
 
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por cmgm » 5/5/2010 14:19

E ainda para ajudar à festa:

Portugal a caminho do défice externo mais alto da Zona Euro
Se as novas previsões da Comissão Europeia se confirmarem, Portugal prepara-se para trocar de lugar com a Grécia e passar a ser, em 2011, o país da Zona Euro com maior défice externo.

Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

Se as novas previsões da Comissão Europeia se confirmarem - e elas não integram as mais recentes medidas anunciadas pelo Governo - Portugal prepara-se para trocar de lugar com a Grécia e passar a ser, em 2011, o país da Zona Euro com maior défice externo, equivalente a 10% do PIB.

Este valor é inferior ao previsto para este ano em uma décima, e está longe do pico de 12,1% registado em 2008, mas sugere que o país vai continuar muito dependente do exterior e singularizar-se como o mais dependente do euro.

“Os desequilíbrios que existiam antes da crise, designadamente o défice externo, mantiveram-se consideráveis, mesmo que tenham sido ligeiramente reduzidos, reflectindo uma baixa taxa de poupança nacional, baixo crescimento da produtividade e uma competitividade desgastada”, escreve Bruxelas, que qualifica de “insustentável” a trajectória do endividamento externo.

“O desafio”, adverte a Comissão, “é melhorar a competitividade e reduzir os desequilíbrios macroeconómicos”, que são “condições necessárias para uma redução sustentável do enorme défice externo assim como para repor a economia portuguesa num trilho de crescimento mais elevado e firme no longo prazo”.

Ninguém cumpre "regra de ouro" neste ano

Em relação às finanças públicas, a Comissão constata que a “actual crise afectou severamente as finanças públicas”, prevendo que a correcção do défice orçamental se realize a um ritmo mais brando do que o antecipado pelo Governo.

Nos seus cálculos, o défice baixará do recorde de 9,4% do PIB atingido no ano passado para 8,5% neste ano (que compara com 8,3% do Governo) antes de chegar, em 2011, aos 7,9% (ainda distante dos 6,6% projectados por Lisboa). Portugal deverá assim manter-se com o quarto défice orçamental mais elevado do euro, num ranking que continuará a ser liderado pela Irlanda (12,1%), Grécia (9,9%) e Espanha (8,8%).

As novas previsões de Primavera sugerem, aliás, que nenhum dos 16 países do euro conseguirá neste ano cumprir a “regra de ouro” do euro, mantendo o respectivo défice orçamental abaixo do limite de 3% do PIB.

No ano passado, Finlândia e Luxemburgo ainda alcançaram o “feito”, mas em 2010 ninguém o alcançará e em 2011 apenas a Finlândia voltará a ser bom aluno, ainda que por uma magra décima. Em média, o défice orçamental da Zona Euro manter-se-á acima dos 6%, mais do que duplicando o tecto máximo tolerado.

Também a dinâmica da dívida pública não será invertida no horizonte destas novas previsões. Em 2010 e 2011, Portugal será o quarto país mais endividado do euro, com um rácio que chegará aos 91,1% (em linha com o previsto pelo Governo). Nesta tabela, o lugar cimeiro continua a ser o da Grécia (133,9% do PIN em 2011). Segue-se Itália (118,9%) e Bélgica (100,9%).

A este propósito, a Comissão Europeia advertiu hoje que o grau de incerteza sobre a evolução da economia europeia “continua elevado”, como demonstram as “recentes tensões observadas nos mercados de obrigações dos Estados”. “Se o processo deapoio financeiro à Grécia for concluído com êxito poderá reforçar a confiança dosinvestidores e dos consumidores”, sustenta a Comissão.

Privados sem margem para investir

Em relação à taxa de crescimento, a Comissão Europeia prevê que a economia portuguesa cresça 0,5% neste ano, contra os 0,3% que projectava no Outono. As novas previsões ficam aquém das do Governo, que antecipa uma progressão do PIB de 0,7%, mas estão acima das do Banco de Portugal e do Fundo Monetário Internacional, que prevêem, respectivamente, um andamento do PIB de 0,4% e 0,3%.

Para 2011, Bruxelas prevê uma ligeira aceleração para 0,7%, o que traduz um valor inferior aos 0,9% previstos pelo Governo e o segundo pior desempenho na Zona Euro. Aquém só a Grécia: será o único país do euro a manter-se em recessão até pelo menos 2011, com o PIB a recuar 0,5%, calcula a Comissão.

A impedir um maior ritmo de crescimento em Portugal está o investimento, que depois de ter sofrido uma contracção de 12,8% em 2009, voltará a cair em 20101 (recua 5,2%) e 2011 (1%).

Também o consumo privado manter-se-á travado. Porquê? “À medida que as taxas de juro aumentam gradualmente dos actuais mínimos, o fardo do serviço da dívida relativamente elevada que é detida pelas famílias irá comprimir o rendimento disponível, especialmente em 2011”.

Em paralelo, escreve a Comissão, “o acesso ao crédito permanece mais apertado do que antes da crise”. Os próximos anos deverão assim caracterizar-se por uma “consolidação dos balanços das empresas” e esta consolidação deverá conduzir “a um processo de desendividamento e limitar a margem para o investimento privado” que será ainda condicionada pela “pressão nas condições de financiamento”.

As exportações são o único motor que voltará a funcionar, mas ainda em marcha lenta, projectando a Comissão um crescimento de 3,8% neste ano, seguido de 4,4% em 2011, após o trambolhão de 11,6% sofrido em 2009.

O país deverá assim regressar à rota de divergência da Zona Euro que se prolonga há uma década, após uma “pausa” efémera no ano passado em que o PIB nacional caiu menos do que o europeu. Para 2010, as novas Previsões da Primavera projectam para a Zona Euro um crescimento de 0,9% seguido de 1,5% em 2011.

Desemprego próximo da barreira dos 10%

A Comissão Europeia reviu, por seu turno, em alta as suas previsões relativamente à taxa de desemprego em Portugal. Os novos números sugerem que o universo dos que procuram trabalho sem sucesso vai continuar muito colado à fasquia dos 10% da população activa. Bruxelas prevê que o desemprego passe de 9,6% no ano passado para 9,9% no final deste ano e assim se mantenha em 2011.

Ambos os valores são muito próximos dos do Governo que, no âmbito da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), previu uma taxa de desemprego de 9,8% para este ano e para o próximo. Ambos ficam, por seu turno, aquém dos do FMI, que antecipa que o desemprego possa mesmo atingir os 11% em 2011.

Para a média da Zona Euro, Bruxelas prevê taxas de desemprego superiores à portuguesa: 10,3% em 2010 e 10,4% em 2011. “Apesar dos indícios de estabilização, a situação no mercado de trabalho continua frágil. Os desenvolvimentos neste sector serão determinantes para o processo de recuperação na UE e poderiam constituir uma potencial fonte de riscos tanto no sentido da alta como da baixa, em função, igualmente, da eficácia das medidaspolíticas adoptadas", adverte a Comissão.
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por cmgm » 5/5/2010 14:14

Lion_Heart Escreveu:Isso era obvio depois do governo ter dito que quase todas as obras vão avançar.

Eles não são malucos,quando assistem a idiotas destes quase na falencia a fazer obras em que vão ter que pedir mais 20 mil milhoes ( qualquer obras aqui custa pelo menos o dobro) ate ficam com os cabelos em pe com tamanha estupidez.


Mas olha, por cá também quem queira ajudar a contrariar essa ideia:

PSD disponibiliza-se para "ajudar" Teixeira dos Santos a convencer Sócrates
O PSD disse hoje que está ao lado do ministro das Finanças para contrariar as "teimosias e opções do primeiro-ministro" em avançar com as grandes obras públicas. Teixeira dos Santos recusou a "ajuda", afirmando que "há um entendimento muito forte com José Sócrates.

António Larguesa
alarguesa@negocios.pt

O PSD disse hoje que está ao lado do ministro das Finanças para contrariar as “teimosias e opções do primeiro-ministro” em avançar com as grandes obras públicas. Teixeira dos Santos recusou a “ajuda”, afirmando que “há um entendimento muito forte” com José Sócrates.

“O que é que o PSD pode fazer para o ajudar a convencer o primeiro-ministro”, questionou o deputado social-democrata, na Comissão de Orçamento e Finanças, depois de lembrar a “contradição” ocorrida na semana passada, quanto Teixeira dos Santos anunciou que o Governo se iria focar nos projectos prioritárias, para depois do ministro das Obras Públicas ter anunciado apenas o cancelamento de uma parte da auto-estrada do centro.

“Estaremos ao seu lado” para contrariar as “teimosias e opções do primeiro-ministro”, afirmou Duarte Pacheco, acrescentando que “o ministro das Finanças pode contar com a solidariedade para convencer o primeiro-ministro”.

Teixeira dos Santos agradeceu a disponibilidade, “mas não me parece necessário convencer o primeiro-ministro”, disse o Ministro das Finanças, que se equivocou ao dizer primeiro que “não me parece possível”, o que gerou um “bruá” na comissão.

“Há um entendimento muito forte entre o ministro das Finanças e o primeiro-ministro”, afirmou Teixeira dos Santos, afirmando que há “quase cumplicidade entre ambos”.

Na intervenção inicial, o deputado do PSD voltou a pressionar o Governo a cancelar todas as obras púbicas, argumentando ser preciso “adequar a estratégia às circunstâncias”.

“É certo que trazem encargos para o futuro, mas também proveitos para a competitividade do país”, afirmou o ministro.

Lembrou que “estamos a fazer essa análise” sobre as obras públicas. “Estamos sempre a equacionar todas as obras, no actual quadro económico e financeiro”, acrescentou.
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por MatildeSerrano » 5/5/2010 14:07

PequenoInvest Escreveu:Toca a vender. JÁ!


Toca a ganhar juízo. JÁ!
 
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por Supermann » 5/5/2010 14:07

rmachado Escreveu:Qual seria a verba necessária para fazer exactamente o contrário dos ditos especuladores?

Não seria mais eficiente?

Giro, giro é que nem a dois anos andaram a injectar liquidez no sistema financeiro com medo de um colapso, e agora essa liquidez está a virar-se contra os mesmos que andaram a injectar o guito (não me refiro a Grécia e Portugal que estão a ser usados como catalisadores de um ataque ao Euro)


Isto de ataque ao Euro é ridiculo... porque não falar de um ataque ao dólar quando o euro subiu?

Ou seerá isso só para o que convem?

Aliás os movimentos do Euro de especulação ou ataque especulativo nao tem nada... nao existe movimentos bruscos, tem sido uma tendencia perfeitinha que devagar devagarinho lá vem descendo...
 
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por Lion_Heart » 5/5/2010 14:07

Va la pelo menos são simpaticos e avisam

Isso era obvio depois do governo ter dito que quase todas as obras vão avançar.

Eles não são malucos,quando assistem a idiotas destes quase na falencia a fazer obras em que vão ter que pedir mais 20 mil milhoes ( qualquer obras aqui custa pelo menos o dobro) ate ficam com os cabelos em pe com tamanha estupidez.
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