Off Topic - Eleições Europeias
Re: Em democracia o voto é uma arma
Elias Escreveu:Pedro73 Escreveu:Ora aquilo que se faz por cá é entregá-las aos amigos.
Os políticos fazem isso porque corresponde à mentalidade vigente.
O tuga médio não hesitará em pedir um favor para um amigo se essa oportunidade aparecer. A classe política não é mais do que o espelho dessa mentalidade.
Não tenhamos ilusões: enquanto a mentalidade dominante não mudar, a atitude dos políticos também não mudará.
Na mouche! Os politicos são o espelho do povo, enquanto não mudarmos, os politicos também não mudam.

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Re: Em democracia o voto é uma arma
Pedro73 Escreveu:Ora aquilo que se faz por cá é entregá-las aos amigos.
Os políticos fazem isso porque corresponde à mentalidade vigente.
O tuga médio não hesitará em pedir um favor para um amigo se essa oportunidade aparecer. A classe política não é mais do que o espelho dessa mentalidade.
Não tenhamos ilusões: enquanto a mentalidade dominante não mudar, a atitude dos políticos também não mudará.
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Re: Em democracia o voto é uma arma
Pedro73 Escreveu:Como sabe se a alternativa nunca governou ?
Isto é um problema de preconceito muito à Tuga.
Quando falei a algumas pessoas do novo partido que se criou, várias me disseram : "nunca votaria nesses eu não os conheço !"
Não me parece um bom princípio votar no que não se conhece.
Pedro73 Escreveu:É justamente este tipo de raciocinio/preconceito/desconfiança que faz com que a democracia no nosso pais não funcione.
Repare o tuga médio diz: "eu não conheço esse pessoal do MMS", mas depois vai votar no pardal do Sócrates pq acham que o conhecem !
O "tuga médio" de que falas só pode representar - pelo menos nestas eleições - uns 10% da população votante.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Em democracia o voto é uma arma
mais_um Escreveu:Pedro73 Escreveu:
Porque razão é que os portugueses continuam a votar sempre no Centrão ?
Essa é facil de responder, porque a alternativa é pior...![]()
Como sabe se a alternativa nunca governou ?
Isto é um problema de preconceito muito à Tuga.
Quando falei a algumas pessoas do novo partido que se criou, várias me disseram : "nunca votaria nesses eu não os conheço !"
É justamente este tipo de raciocinio/preconceito/desconfiança que faz com que a democracia no nosso pais não funcione.
Repare o tuga médio diz: "eu não conheço esse pessoal do MMS", mas depois vai votar no pardal do Sócrates pq acham que o conhecem !
Esta ideia de que a governação é para meia dúzia de predestinados é um disparate !
Um dos segredos da boa governação, e faz-se em muitos países civilizados, é entregar as pastas/ministérios a especialistas (muitas vezes apartidários) na respectiva área. Ora aquilo que se faz por cá é entregá-las aos amigos.
Quero eu dizer com isto que um PM para ser um bom governante só precisa de ter alguns princípios e algum bom senso para se deixar rodear de gente competente !
Re: Em democracia o voto é uma arma
Pedro73 Escreveu:
Porque razão é que os portugueses continuam a votar sempre no Centrão ?
Essa é facil de responder, porque a alternativa é pior...


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Em democracia o voto é uma arma
Como já muita gente disse o problema de não votarmos é de nos arriscarmos a ser governados pelos mais incompetentes ou pelos mais corruptos.
Se achamos que estamos a ser mal governados devemos penalizar quem nos governou mal. Esta é a unica solução em democracia, não há outra.
Uma das razões que levam a que tenhamos governos tão mãos é o facto dos governantes saberem que por muita mer... que façam têm sempre quem vote neles e o pior que lhes pode acontecer é ter de esperar um ou dois mandatos para voltar a governar.
Porque razão é que os portugueses continuam a votar sempre no Centrão ? Se estes dois partidos vossem erradicados pelo voto dos portugueses tenho a certeza que aqueles que viessem a seguir governariam melhor ! Fossem eles quais fossem.
O problema da abstenção é exactamente este. Niveis elevados de abstenção (nulos ou brancos) reflectem uma censura que não é exercida e com isso estamos de forma irresponsável a permitir que tudo continue na mesma !
Se achamos que estamos a ser mal governados devemos penalizar quem nos governou mal. Esta é a unica solução em democracia, não há outra.
Uma das razões que levam a que tenhamos governos tão mãos é o facto dos governantes saberem que por muita mer... que façam têm sempre quem vote neles e o pior que lhes pode acontecer é ter de esperar um ou dois mandatos para voltar a governar.
Porque razão é que os portugueses continuam a votar sempre no Centrão ? Se estes dois partidos vossem erradicados pelo voto dos portugueses tenho a certeza que aqueles que viessem a seguir governariam melhor ! Fossem eles quais fossem.
O problema da abstenção é exactamente este. Niveis elevados de abstenção (nulos ou brancos) reflectem uma censura que não é exercida e com isso estamos de forma irresponsável a permitir que tudo continue na mesma !
É muito mais sintomático a abstenção do que o voto nulo, ou em branco, a abstenção é sinónimo de descrença e desilusão na classe politica, e nesta pseudo democracia em que vivemos, e isto sim deve sem dúvida preocupar toda a classe politica e a própria sociedade
Não me venham com a "treta" do dever, quando assistimos a graves atropelos à democracia e à liberdade e direitos individuais, podemos começar pela justiça, ou pela a falta dela, os Portugueses não contam para nada, o interesse nacional não conta para nada
o que está sempre em causa, são questiúnculas pessoais, jogos de poder e interesses financeiros, pessoais e partidários, basta para isso pensarmos um pouco e ver onde estão encaixados todos os ex-politicos deste ou de outros governos, a saber nas maiores empresas nacionais ou multinacionais
valerá a pena falar das sucessivas derrapagens de milhões das obras públicas,no caso Casa Pia, no BPN no BPP, no Ciresp, nas casas da Alta de Lisboa, no caso Bragaparques, na corrupção no futebol que acaba sempre sem culpados, só para mencionar alguns casos obscuros mais mediáticos
é politicamente correcto dizermos que votar é um dever de cidadania, mas não será menos legitimo, abstermo-nos pois considero esta forma o melhor voto de protesto, deixei de acreditar na classe politica, no futuro nunca se sabe se voltarei a acreditar, mas para isso a politica e os objectivos politicos tendo em conta o bem do país têm de mudar muito.
Cumpt
Não me venham com a "treta" do dever, quando assistimos a graves atropelos à democracia e à liberdade e direitos individuais, podemos começar pela justiça, ou pela a falta dela, os Portugueses não contam para nada, o interesse nacional não conta para nada
o que está sempre em causa, são questiúnculas pessoais, jogos de poder e interesses financeiros, pessoais e partidários, basta para isso pensarmos um pouco e ver onde estão encaixados todos os ex-politicos deste ou de outros governos, a saber nas maiores empresas nacionais ou multinacionais
valerá a pena falar das sucessivas derrapagens de milhões das obras públicas,no caso Casa Pia, no BPN no BPP, no Ciresp, nas casas da Alta de Lisboa, no caso Bragaparques, na corrupção no futebol que acaba sempre sem culpados, só para mencionar alguns casos obscuros mais mediáticos
é politicamente correcto dizermos que votar é um dever de cidadania, mas não será menos legitimo, abstermo-nos pois considero esta forma o melhor voto de protesto, deixei de acreditar na classe politica, no futuro nunca se sabe se voltarei a acreditar, mas para isso a politica e os objectivos politicos tendo em conta o bem do país têm de mudar muito.
Cumpt
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só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Cavaco Silva Escreveu:"Em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos, não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo"
Eu dei o meu contributo não votando.
E não haja ilusões de que a mensagem não passou. O próprio Cavaco Silva não tem dificuldade nenhuma em ler a mensagem...
Cavaco Silva Escreveu:"Nenhum de nós se pode eximir das suas obrigações, sob pena de a gestão da coisa pública ficar sem esse escrutínio indispensável que é o voto popular".
O Presidente sublinhou a ligação entre esta abstenção e a credibilidade dos agentes políticos, ou seja, a "forma como aqueles que são eleitos actuam no desempenho das suas funções". "Se não tivermos órgãos de representação prestigiados, será difícil aumentar a participação dos eleitores".
Momentos memoráveis do último ano político (ver mais abaixo o desfecho deste fait-diver):
Guilherme Silva, ex-líder parlamentar do PSD Escreveu:Guilherme Silva, ex-líder parlamentar do PSD, sugeriu, esta terça-feira, no Fórum TSF, que haja plenários da Assembleia da Republica apenas à terça, quarta ou quinta-feira, para evitar o problema das faltas dos deputados que saem mais cedo para o fim-de-semana.
A sugestão surgiu na sequência de 30 deputados do PSD terem faltado às votações da passada sexta-feira no Parlamento, o que levou a líder do partido, Manuela Ferreira Leite, a querer saber quais os deputados que faltaram.
«É preciso perceber que o Parlamento tem uma representação de deputados de todo o país» e que «a deslocação dos deputados para regressarem aos fins-de-semana às suas famílias tem uma componente humana que também é respeitável», disse o social-democrata.
Comentando o facto do líder do PSD do Porto, Marco António Costa, ter pedido a demissão do líder parlamentar do partido devido à ausência dos 30 deputados, Guilherme Silva considerou que Paulo Rangel não está fragilizado e não pode ser responsabilizado pela ausência dos deputados.
«O director do colégio não pode responder pelos alunos», disse, acrescentando que «não é esse o papel do líder parlamentar, mas antes chamar os deputados «à atenção».
Entretanto, José Junqueiro, vice-presidente da bancada socialista, rejeitou a proposta de Guilherme Silva, afirmando que as razões familiares são comuns a todos os trabalhadores, pelo que não se compreenderia que os deputados fossem privilegiados.
O socialista considerou que «dizer que à sexta-feira um deputado tem de sair mais cedo porque tem família não é nenhuma desculpa porque todos os trabalhadores têm família», mas, se se tratar de «uma missão internacional ou de um compromisso político, está perfeitamente justificado».
«O nosso trabalho como deputados não deve ser feito em função da nossa vida pessoal, mas em função das obrigações que nós temos com o eleitorado», rematou.
No debate de sexta-feira, faltaram 13 deputados socialistas,mas José Junqueiro já fez saber que a maioria deles apresentou justificação.
Pelas contas do jornal Diário de Notícias, os deputados costumam faltar sobretudo à sexta-feira.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1056053
Almeida Santos, ex-presidente da Assembleia da República, notável do PS Escreveu:O ex-presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, afirmou, esta sexta-feira, concordar com a proposta apresentada pelo deputado do PSD, Guilherme Silva que, no Fórum da TSF da passada terça-feira, defendeu o fim dos plenários às sextas-feiras.
Almeida Santos concordou com o deputado Guilherme Silva na defesa dos plenários às sexta-feiras e justificou esta decisão com o facto de os deputados terem direito à vida pessoal e, principalmente, à vida profissional.
«Os deputados têm a sua vida profissional, não se paga aos deputados o suficiente para eles serem todos apenas deputados, sobretudo quando são profissionais do Direito ou fora do Direito. Um advogado que tem um julgamento, não pode não pode estar na Assembleia e no julgamento ao mesmo tempo. Há justificações para as faltas», sublinhou.
O responsável afirmou que talvez seja melhor não obrigar os deputados a votações em vésperas de fins-de-semana, na Assembleia da República, como se de um emprego se tratasse.
«Talvez esteja errado é que as votações sejam à sexta-feira, é preciso arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que, normalmente, é mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República», considerou.
Almeida Santos recordou outros tempos, quando foi presidente da Assembleia da República e não havia votações à sexta-feira porque os deputados também faltavam, embora reconhecendo que faltavam menos do que actualmente.
«No meu tempo não havia votações à sexta-feira, porque já sei que é a véspera do fim-se-semana. Os deputados são humanos, não são máquinas», defendeu.
Para além do fim dos plenários à sexta-feira, o ex-presidente da Assembleia da República defendeu ainda um aumento de salário para os deputados para melhorar a imagem dos mesmos e credibilizar a classe política portuguesa.
Esta polémica teve início há cerca de uma semana, quando vários deputados da oposição faltaram às votações, em plenário, apesar de alguns terem assinado o livro de ponto.
Ouvida pela TSF, Marina Costa lobo, socióloga no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, defendeu que estes casos não dão boa imagem dos parlamentares.
A responsável defendeu um maior rigor por parte das lideranças das bancadas parlamentares.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1058362
Diário da República Escreveu:
Resolução da Assembleia da República n.º 21/2009
Aprova o regime de presenças e faltas ao Plenário
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, o seguinte:
(...)
7 — A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.
(...)
http://dre.pt/pdf1s/2009/03/06000/0189701897.pdf
Cavaco Silva Escreveu:"Em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos (...)
... os Deputados opinam, agem e legislam como se pode constatar acima!
A meu ver, é um milagre que nestas Europeias a abstenção só tenha sido de 62%.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:Cavaco Silva alerta para necessidade de uma "estratégia a médio e longo prazo" para o país
10.06.2009 - 12h44
No seu discurso na sessão solene das comemorações do 10 de Junho, em Santarém, Cavaco Silva alertou para a necessidade de uma "estratégia a médio e longo prazo" para o país e criticou os níveis de abstenção nas eleições europeias que, disse, "só empobrecem a democracia".
Referindo-se às dificuldades que o país hoje enfrenta, Cavaco Silva defendeu que é necessário ter uma "visão alheia a calendários imediatos, que poderiam comprometer o futuro e tornar inúteis os sacrifícios que a hora exige".
É preciso agir "com determinação, sentido estratégico e capacidade de mobilizar esforços e vontades" e apostar no que é "essencial para o aumento da nossa capacidade competitiva". Defendeu a aposta na educação, no mundo rural - como forma de conseguir um ordenamento territorial, a coesão do todo nacional e combater o despovoamento do interior.
Para Cavaco Silva, o país vive uma situação económica e financeira "sem precedentes nas últimas décadas". Mas lembrou a "capacidade para resistir em momentos adversos" e apelou à confiança em que "somos capazes de vencer, mesmo perante os maiores desafios ou as piores adversidades".
"É necessário ter (...) a coragem de encarar a verdade dos factos e proceder às mudanças que sejam necessárias", retirando as lições da actual situação. Tudo porque "só informação correcta permite às pessoas fazerem as escolhas mais adequadas".
A promoção de uma cultura de valores, "que contemple a dignidade das pessoas, incentive o esforço e o mérito e favoreça a coesão social" é condição para o sucesso. Neste âmbito reforçou a necessidade de "valorizar os laços familiares, que são o mais sólido alicerce de qualquer sociedade", de "combater o esbanjamento e o desperdício e rever hábitos de consumismo; compreender que também somos responsáveis pela sorte dos outros, principalmente daqueles que são mais carenciados".
Realçou ainda a necessidade de uma "cultura de transparência e de prestação de contas" nas instituições, no mundo dos negócios e no mundo do trabalho. "Se há um ensinamento claro a retirar da conjuntura actual é o de que o desenvolvimento económico não pode processar-se à margem da responsabilidade social e do respeito por normativos éticos".
Cavaco Silva critica níveis de abstenção e lembra responsabilidade dos agentes políticos
No entanto, tal só será possível com a participação de todos na vida pública. "Em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos, não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo", disse o Presidente, lançando críticas à abstenção nas eleições europeias, superior aos 60 por cento. Esta percentagem é um "sintoma de desistência, de resignação, que só empobrecem a democracia".
"Nenhum de nós se pode eximir das suas obrigações, sob pena de a gestão da coisa pública ficar sem esse escrutínio indispensável que é o voto popular".
O Presidente sublinhou a ligação entre esta abstenção e a credibilidade dos agentes políticos, ou seja, a "forma como aqueles que são eleitos actuam no desempenho das suas funções". "Se não tivermos órgãos de representação prestigiados, será difícil aumentar a participação dos eleitores".
in publico.pt
O Sr. Presidente tem memoria curta, o recorde da abstenção em Portugal foi quando ele era 1º ministro, nas eleições Europeias de 1994, das palavras dele podemos concluir que ele tinha pouca credibilidade, não????
Estes niveis de abstenção só acontecem nas eleições europeias, porque há uma percentagem consideravel de quem normalmente vota que considera que não interferem na sua vida, ao contrario das legislativas e autarquicas.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Cavaco Silva alerta para necessidade de uma "estratégia a médio e longo prazo" para o país
10.06.2009 - 12h44
No seu discurso na sessão solene das comemorações do 10 de Junho, em Santarém, Cavaco Silva alertou para a necessidade de uma "estratégia a médio e longo prazo" para o país e criticou os níveis de abstenção nas eleições europeias que, disse, "só empobrecem a democracia".
Referindo-se às dificuldades que o país hoje enfrenta, Cavaco Silva defendeu que é necessário ter uma "visão alheia a calendários imediatos, que poderiam comprometer o futuro e tornar inúteis os sacrifícios que a hora exige".
É preciso agir "com determinação, sentido estratégico e capacidade de mobilizar esforços e vontades" e apostar no que é "essencial para o aumento da nossa capacidade competitiva". Defendeu a aposta na educação, no mundo rural - como forma de conseguir um ordenamento territorial, a coesão do todo nacional e combater o despovoamento do interior.
Para Cavaco Silva, o país vive uma situação económica e financeira "sem precedentes nas últimas décadas". Mas lembrou a "capacidade para resistir em momentos adversos" e apelou à confiança em que "somos capazes de vencer, mesmo perante os maiores desafios ou as piores adversidades".
"É necessário ter (...) a coragem de encarar a verdade dos factos e proceder às mudanças que sejam necessárias", retirando as lições da actual situação. Tudo porque "só informação correcta permite às pessoas fazerem as escolhas mais adequadas".
A promoção de uma cultura de valores, "que contemple a dignidade das pessoas, incentive o esforço e o mérito e favoreça a coesão social" é condição para o sucesso. Neste âmbito reforçou a necessidade de "valorizar os laços familiares, que são o mais sólido alicerce de qualquer sociedade", de "combater o esbanjamento e o desperdício e rever hábitos de consumismo; compreender que também somos responsáveis pela sorte dos outros, principalmente daqueles que são mais carenciados".
Realçou ainda a necessidade de uma "cultura de transparência e de prestação de contas" nas instituições, no mundo dos negócios e no mundo do trabalho. "Se há um ensinamento claro a retirar da conjuntura actual é o de que o desenvolvimento económico não pode processar-se à margem da responsabilidade social e do respeito por normativos éticos".
Cavaco Silva critica níveis de abstenção e lembra responsabilidade dos agentes políticos
No entanto, tal só será possível com a participação de todos na vida pública. "Em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos, não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo", disse o Presidente, lançando críticas à abstenção nas eleições europeias, superior aos 60 por cento. Esta percentagem é um "sintoma de desistência, de resignação, que só empobrecem a democracia".
"Nenhum de nós se pode eximir das suas obrigações, sob pena de a gestão da coisa pública ficar sem esse escrutínio indispensável que é o voto popular".
O Presidente sublinhou a ligação entre esta abstenção e a credibilidade dos agentes políticos, ou seja, a "forma como aqueles que são eleitos actuam no desempenho das suas funções". "Se não tivermos órgãos de representação prestigiados, será difícil aumentar a participação dos eleitores".
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artista Escreveu:
PS: Não tenho qualquer filiação partidária, embora vote sempre, muitas vezes voto em branco e já votei em vários partidos, desde a extrema esquerda à extrema direita, corro-os todos, gosto de novas experiências!![]()
![]()
Já somos dois a usar a mesma estratégia.

Corrijo.... extrema direita nunca votei

Um abraço.
Nunca te é dado um desejo sem também te ser dado o poder de o realizares.Contudo,poderás ter de lutar por isso. Richard Bach "in" Ilusões.
mais_um Escreveu:Penso que os professores tiveram um peso muito importante neste resultado, são o maior grupo profissional do Pais (+/-180 mil no activo, sem contarmos com os que querem ser e os que estão requisitados em outras funções), se juntarmos as respectivas famílias, são um peso considerável.
Eu até gostava que tivesses razão mas acho que estás a dar uma importância demasiado grande a esse assunto... penso que são menos do que 180 mil, pelo menos no ensino público! E o fenómeno só seria penalizador se todos votassem no PS e mudassem agora o seu sentido de voto. Ora nem todos os professores votam no PS (embora seja um eleitorado que se diz maioritariamente simpatizante deste partido, não faço a mínima idéia se é verdade?!) nem todos os que votam deixaram de votar PS agora.... No final a influência disto ficará resumida a quantos votos?! Acho que no máximo poderão significar uns 50 mil? (contas a olhómetro

Enfim, é apenas a minha opinião... assim de repente!

Se estiver engando... melhor!

abraço
artista
PS: Não tenho qualquer filiação partidária, embora vote sempre, muitas vezes voto em branco e já votei em vários partidos, desde a extrema esquerda à extrema direita, corro-os todos, gosto de novas experiências!



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PSD vence com 31,7%
PS não ficava abaixo dos 30% há 20 anos
O PSD venceu as eleições para o Parlamento Europeu, arrancando uma vitória clara na primeira ida às urnas de 2009, facto que aumenta a ilusão do maior partido da oposição em lutar pelo poder nas legislativas do próximo Outono. O PS já não ficava abaixo dos 30% em eleições europeias desde 1989.
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António Larguesa
alarguesa@negocios.pt
O PSD venceu as eleições para o Parlamento Europeu, arrancando uma vitória clara na primeira ida às urnas de 2009, facto que aumenta a ilusão do maior partido da oposição em lutar pelo poder nas legislativas do próximo Outono. O PS já não ficava abaixo dos 30% em eleições europeias desde 1989.
Nas eleições de domingo, votaram 3,55 milhões de portugueses, com a taxa de abstenção de 63% a ser a segunda mais alta de sempre, logo a seguir aos 64,46% de 1994. Houve ainda 4,64% de eleitores que se deslocaram às urnas para votar em branco, a que se somam 2% de votos nulos.
Quando falta apenas decidir a cor política do 22.º eurodeputado português, os resultados colocam o PSD como o partido mais votado (31,68%), com 8 ou 9 eurodeputados, enquanto o PS fica-se pelos 26,58% e elege os sete primeiros nomes das suas listas, perdendo assim cinco representantes na Europa (em 2004 elegeu 12 membros).
A derrota do PS nas europeias ganha maior expressão se comparada com os resultados obtidos pelos socialistas nas últimas três votações para o Parlamento Europeu, que tinha vencido com votações sempre acima dos 30% - e nas últimas duas acima dos 40%.
É então preciso recuar 20 anos, até 1989, para encontrar um resultado abaixo dos 30% para as hostes socialistas. Nesse ano, três após aderir à então CEE, o PS foi derrotado pelos social-democratas, tendo-se ficado pelos 28,54%. Pior só mesmo nas primeiras europeias, em 1987, quando recolheu apenas 22,48% dos votos dos eleitores.
Outro dos grandes vencedores da primeira noite eleitoral foi o Bloco de Esquerda, que duplica a percentagem de votos face à anterior votação em 2004 e arrisca ainda triplicar o número de eurodeputados. Com 10,7% dos votos, Miguel Portas e Marisa Matias estão confirmados no hemiciclo europeu, enquanto o independente Rui Tavares aguarda ainda pelos resultados da emigração para saber se ruma também a Estrasburgo.
A CDU alcança a mesma percentagem de votos que os “rivais” do BE e também encontra motivos para celebrar, já que melhorou a votação em relação a 2004. Uma melhoria, porém, que não chega para aumentar a representação comunista na Europa, mantendo os mesmos dois eurodeputados.
Face ao que indicavam as sondagens, o CDS/PP acaba por também protagonizar uma surpresa, ao conseguir eleger o número dois da lista, Diogo Feio. Nuno Melo acaba por ser uma aposta ganha do líder Paulo Portas: o deputado que ganhou notoriedade com o inquérito parlamentar ao caso BPN conseguiu 8,4% dos votos para os democratas-cristãos, que recentemente passaram a integrar o Partido Popular Europeu.
Sem representação no Parlamento Europeu fica o Movimento Esperança Portugal, que na primeira corrida eleitoral conseguiu perto de 53 mil votos (1,49%), insuficientes, porém, para o objectivo de eleger Laurinda Alves. O PCTP/MRPP fecha a lista dos sete partidos mais votados, com 1,21
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
bossas Escreveu:Eu não votei!!!
Quem não vota está no seu direito absoluto.
Sou contra qualquer tipo de legislação que torne o voto obrigatório.
Erradamente (e talvez pq eu me tenha expressado de maneira a dar essa ideia) consideraste que estava a fazer o papel do Figo e outros "Cíceros" da actual civilização (como alguém lhes chamou) apelando ao voto e qualificando quem não o exerce. Mas não!!!
Sim, de facto tinha considerado.
bossas Escreveu:Exemplo concreto: o CDS não teria eleito 2 deputados, nem teria possibilidade de ter entrado para o governo abaixo dos 10% se a abstenção não fosse tão elevada. De eleição em eleição são necessários cada vez MENOS VOTOS para alcançar mandatos. Em condições extremas, num país onde só votem 100.000 eleitores, um partido com 50.001 militantes e apoiantes activos terá maioria absoluta.
É um cenário hipotético e para o concebermos temos de hipotizar sobre o que leva a um cenário extremo como esse.
Eu já aqui falei do voto contra. Esse cenário que descreves só seria possível na prática ausência do voto contra por isso, os eleitores em geral estavam a aceitar tacitamente que esse partido governasse, eventualmente com maioria absoluta...
bossas Escreveu:Talvez um dos factores seja esta sociedadezinha em que vovemos e que continua a traçar batalhas entre esq e dir, quando na verdade a batalha é entre mais estado e menos estado, entre separar estado da economia ou juntá-los. Anda-mos no eixo errado e a caçar gambozinos e a perder tempo.
Da esq à dir apenas variam as prioridades e não o core business que assenta no acesso à forma de regulação e apropriação da propriedade privada. Todos eles buscam no acesso ao poder, o acesso ao estabelecimento das regras da propriedade privada.
Talvez por isso ainda me mereça mais consideração e respeito quem NÃO VOTE.
Estamos muito sintonizados então. Apenas o texto anterior me tinha levado a pensar outra coisa de alguma forma...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Esta troca de argumentos vai mesmo longa
, para mim, (EU!) vejo o voto em branco e nulo como um voto de quem não se revê em nenhuma das opções disponíveis, é algo que não tem outra interpretação, é claro como a agua!
A abstenção tem várias interpretações, já tivemos aqui o exemplo do Marco, entre outros que é idêntico ao voto em branco mas considera inútil deslocar-se a uma assembleia de voto para deixar bem claro a sua posição, mais uma vez é tão legitimo como votar em branco MAS acontece que há pessoas que se abstêm por outros motivos, por exemplo temos níveis elevado de abstenção nas eleições europeias e não temos nas legislativas ou autárquicas, de certeza que a diferença não é provocada pelo motivo do Marco, será outro motivo, o meu sogro não foi votar, não porque não tem opção politica mas tão só porque considera que estas eleições não afectam a vida dele (pelos vistos há uma grande quantidade de pessoas por essa Europa fora que pensa da mesma maneira....) assim a abstenção tem várias causa, o voto em branco tem apenas uma.
Há países que o voto em branco é uma opção, tem mesmo um quadrado idêntico aos outros para escolher. A legislação não é igual em todos os países, mas há algo que é universal, o voto em branco tem o mesmo significado em qualquer parte do mundo, a abstenção tem muitas interpretações.
Um abraço,
Alexandre Santos


A abstenção tem várias interpretações, já tivemos aqui o exemplo do Marco, entre outros que é idêntico ao voto em branco mas considera inútil deslocar-se a uma assembleia de voto para deixar bem claro a sua posição, mais uma vez é tão legitimo como votar em branco MAS acontece que há pessoas que se abstêm por outros motivos, por exemplo temos níveis elevado de abstenção nas eleições europeias e não temos nas legislativas ou autárquicas, de certeza que a diferença não é provocada pelo motivo do Marco, será outro motivo, o meu sogro não foi votar, não porque não tem opção politica mas tão só porque considera que estas eleições não afectam a vida dele (pelos vistos há uma grande quantidade de pessoas por essa Europa fora que pensa da mesma maneira....) assim a abstenção tem várias causa, o voto em branco tem apenas uma.
Há países que o voto em branco é uma opção, tem mesmo um quadrado idêntico aos outros para escolher. A legislação não é igual em todos os países, mas há algo que é universal, o voto em branco tem o mesmo significado em qualquer parte do mundo, a abstenção tem muitas interpretações.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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MarcoAntonio Escreveu:bossas Escreveu:Votos brancos e nulos (ambos)têm um significado MUITO diferente: significam "EU PARTICIPO NO PROCESSO E NINGUÉM MERECE O MEU VOTO. MAS EU ESCOLHO, PARTICIPO E ESTOU DISPONÍVEL".
Eu participo num processo em que ninguém me fez acreditar que merece o meu voto. Eu escolheria se houvesse algo que eu acreditasse. Estou disponível e participaria se para mim fizesse sentido participar...
Votar só para dizer "eu estou aqui" não faz o meu género. Apesar de muitos quererem-me impô-lo e passaram incessantemente a mensagem de que isso é que é a forma correcta de estar na vida.
A forma correcta de estar na vida para mim é deixar de ir fazer uma coisa inútil e inconsequente para aproveitar e estar esse tempo com a família por exemplo. Ou fazer algo mais útil e interessante para mim, também, porque não. Também não tenho problema nenhum em admiti-lo pois se não sou eu que me preocupo com o meu bem estar, não vejo que o seja a classe político-partidária a fazê-lo!
Eu acho interessante como se passa incessantemente esta mensagem de atitude negativa por parte daqueles que optam por não votar.
Bem, comigo não funciona. Eu não me vou esconder...bossas Escreveu:A leitura dos políticos é completamente diferente numa situação ou noutra.
O que é diferente, realmente, é a retórica. E não a leitura...
Os políticos sabem perfeitamente o que significam elevados níveis de abstenção. E quando lhes convém, dizem-no eloquentemente.bossas Escreveu:Na abstenção, as máquinas partidárias ganham força e expressão logo, quanto maior melhor. Exemplo extremo: numa eleição em que só votem 50 pessoas, o meu partido tem 30 militantes e ganha a maioria absoluta com apenas 30 votos.
Se brancos e nulos tiverem expressões significativas (10, 20 30, 40%) entram em pânico. É que quem se dá ao trabalho de se deslocar e manifestar que está disponível para fazer uma escolha, mas que não escolhe nenhum dos propostos é bem capaz de, nas eleições seguintes, optar por um maluco qualquer que se apresente.
Ou seja, a capacidade de pescar e recuperar votos nos abstencionistas por parte de forças fora do sistema é quase nula, enquanto que nos votos brancos ou nulos essas possibilidades são grandes, mediante uma variação/alteração de programas, políticas e discursos.
Meras conjecturas, exercícios teóricos baseados naquilo em que acreditas (e que eu respeito). Contudo, se eu te pedir um exemplo concreto que mostre que a tua conjectura está certa, estou certo que terás dificuldade em apontá-la...
Eu por meu turno não acho sequer concebível que esse exemplo extremo venha a ocorrer (antes disso vislumbro que aconteceriam outras coisas na realidade social) por isso acho todo o exercício inútil e inconsequente ao estilo dos próprios votos em branco (não leves a mal o trocadilho).
Este tipo de exercicio a tentar mostrar que é prejudicial à democracia é recorrente. Mas não passam de excercícios para sustentar algo em que se acredita e para o qual não há evidências...
Quem te disse que alguma vez chegariamos a esse cenário?
Eu não votei!!!
Quem não vota está no seu direito absoluto.
Sou contra qualquer tipo de legislação que torne o voto obrigatório.
Erradamente (e talvez pq eu me tenha expressado de maneira a dar essa ideia) consideraste que estava a fazer o papel do Figo e outros "Cíceros" da actual civilização (como alguém lhes chamou) apelando ao voto e qualificando quem não o exerce. Mas não!!!
Estava só a dar perspectivas possíveis (e plausiveis) dos partidos políticos perante uma situação e outra que são diferentes: Enquanto 40% de votos brancos assustam por ser uma atitude activa; 40% de abstenção reforçam o poder relativo das máquinas partidárias e das minorias militantes, por ser uma atitude passiva. (ambas plenamente morais).
Alias, para ficar claro, eu afirmei isso mesmo qd disse "A abstenção vale o que vale. Não podemos aferir as suas causas nem medi-las, pelo que so podemos conjecturar. Ilustra uma não participação por causas apenas especulativas"
Logo, nao podemos qualificar nem a abstenção e muito menos os abstencionistas.
Meras conjecturas, exercícios teóricos baseados naquilo em que acreditas (e que eu respeito). Contudo, se eu te pedir um exemplo concreto que mostre que a tua conjectura está certa, estou certo que terás dificuldade em apontá-la
Exemplo concreto: o CDS não teria eleito 2 deputados, nem teria possibilidade de ter entrado para o governo abaixo dos 10% se a abstenção não fosse tão elevada. De eleição em eleição são necessários cada vez MENOS VOTOS para alcançar mandatos. Em condições extremas, num país onde só votem 100.000 eleitores, um partido com 50.001 militantes e apoiantes activos terá maioria absoluta.
Esperando que o esclarecimento tenha surtido efeito (para não teres de respeitar o que PENSAS que eu acredito, mas efectivamente o que eu acredito

Dos 12/13 partidos, desde a extrema esquerda à extrema direita, não há um em que me reveja.
Talvez um dos factores seja esta sociedadezinha em que vovemos e que continua a traçar batalhas entre esq e dir, quando na verdade a batalha é entre mais estado e menos estado, entre separar estado da economia ou juntá-los. Andamos no eixo errado e a caçar gambozinos e a perder tempo.
Da esq à dir apenas variam as prioridades e não o core business que assenta no acesso à forma de regulação e apropriação da propriedade privada. Todos eles buscam no acesso ao poder, o acesso ao estabelecimento das regras da propriedade privada.
Talvez por isso ainda me mereça mais consideração e respeito quem NÃO VOTE.

Editado pela última vez por bossas em 8/6/2009 21:22, num total de 1 vez.
DuarteTB Escreveu:Se mesmo assim um governo for eleito com 50 por cento de votos brancos sabe que esta a governar, e que metade do pais não esta de acordo com o que ele ou mesmo contra ele. Tipo um exercicio de consciencia.
Se for eleito um governo minoritário (já aconteceu com o Cavaco em 1985 e depois com o Guterres), sabe que esta a governar, e que metade do pais não esta de acordo com o que ele ou mesmo contra ele. Tipo um exercicio de consciencia.
Há alguma diferença entre as duas situações?
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DuarteTB Escreveu:Dizes que te abstens(nem sei se é assim que se escreve) porque não achas nenhum partido ou programa tens os requesitos que achas que deve ter.
Tens 12 partidos ou 13 desde a extrema direita á extrema esquerda, tens um inclusive que defende uma monarquia constitucional democratica. Dizes que leste e ouviste os programas e mesmo assim achas que não serve. Esta tua atitude é no minimo estranha, mas pronto respeito não há nada a fazer.
Relê quer todos os meus posts anteriores quer em particular a resposta ao Nuno pois a descrição que fazes é incorrecta. Eu não posso responder a respostas incorrectas. Era como alguém dizer "tu dizes que és ciclista, diz lá como pedalas". Se eu não for ciclista ou a descrição for inadequada não me vou por a responder...
Quanto ao número de partidos te levar a parecer estranho, acredito.
Mas a mim não: eu não me sinto obrigado a acreditar num partido e não é por serem 6 ou 12 que me resolvem o problema. Sou talvez tentado a acreditar que haverá uma parcela significativa da população que não se revê em 11 ou 12 partidos e portanto acha necessário criar um 12º ou 13º o que já te poderá explicar porque é que se para uns 11 ou 12 não chegam, para outros 12 ou 13 poderão continuar a não chegar...
Por outras palavras, o enorme número de partidos e movimentos já é um bom indício para a resposta que procuras.

Não, não contem comigo para formar um 14º partido. Não tenho nem pachorra nem vocação...
DuarteTB Escreveu:No entanto explica lá então qual era a alternativa que sugeres? Sim porque para dizeres que aqueles não servem, deves ter certamente outro modelo em mente.
Eu já enderecei essa questão mais atrás, em resposta ao tavaaverquenao2.
DuarteTB Escreveu:Ao abster-tes tas a incurrer noutro erro, que é vires para aqui dizer que nenhum presta e não valem o teu voto.
Exactamente o que é que está errado em dizer que não acredito que nenhum valha o meu voto.
DuarteTB Escreveu:Se isso acontecer vontas em branco.
Ou não vou votar.
DuarteTB Escreveu:Porque dizer que tudo esta mal e não fazer sequer o esforço de votar em branco para expressares a tua opinião, torna a tua opniao aqui expressa desinteressante e sem cabimento.
è o tipico tuga dizer que esta mal so porque sim e nada fazer para mudar.
Tenho 18 mil posts neste Forum e mais uns milhares noutros passados e/ou ainda existentes. Haverá espaço suficiente para as pessoas avaliarem se eu sou um individuo que se esforça por expressar a sua opinião, se sou um individuo que diz que está tudo mal ou se sou um tuga típico que diz que está mal porque sim e que não faz nada para mudar nada.
Obrigado pelo rótulo implícito baseado em chavões e lugares comuns em todo o caso.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
DuarteTB Escreveu:Ao abster-tes tas a incurrer noutro erro, que é vires para aqui dizer que nenhum presta e não valem o teu voto. Se isso acontecer vontas em branco. Porque dizer que tudo esta mal e não fazer sequer o esforço de votar em branco para expressares a tua opinião, torna a tua opniao aqui expressa desinteressante e sem cabimento.
è o tipico tuga dizer que esta mal so porque sim e nada fazer para mudar.
Duarte, gostei do teu raciocínio e em particular da conclusão, que marquei a bold.
Gostava de te perguntar como interpretas o facto de em toda a Europa a abstenção ter tido niveis equivalentes aos de cá. Será que os europeus foram todos subitamente atacados por uma tuguite aguda?

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Elias Escreveu:carrancho Escreveu:O que eles dizem é apenas que a abstenção é má para a democracia, e nisso até eu concordo, quem se abstem não está a cumprir um dever, a exercer um direito.
Ó carrancho, a ser verdade essa tese (com a qual eu não concordo) de que a abstenção é má para a democracia, então explica-me lá em que é que o voto em branco é bom para a democracia. Uma pessoa vai votar, cumpre o tão apregoado dever cívico, que fica bem na fotografia, mas ao votar em branco, na prática não está a contribuir para escolher seja quem for. E mais: está a deixar essa decisão nas mãos dos outros.
Por isso repito a pergunta: em que medida é que um voto em branco (ou melhor: uma carrada deles, digamos 50%) contribui para a democracia?
Nota que eu não estou a censurar os votos em branco, pelo contrário, respeito totalmente quem vota em branco; estou é a equipará-los à abstenção.
Se houver 50 por cento de votos em branco as eleições são repetidass tenho a impressão.
Se mesmo assim um governo for eleito com 50 por cento de votos brancos sabe que esta a governar, e que metade do pais não esta de acordo com o que ele ou mesmo contra ele. Tipo um exercicio de consciencia.
Se a abestensão for 50% eles pensam : Ah o pessoal tasse a cagar para quem governa, nem votar para mudar vão.
E depois saiem aquelas medidas pessimas para o país mas não faz mal que os cidadãos não querem saber. (mais uma vez desculpem os erros)
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MarcoAntonio Escreveu:bossas Escreveu:Votos brancos e nulos (ambos)têm um significado MUITO diferente: significam "EU PARTICIPO NO PROCESSO E NINGUÉM MERECE O MEU VOTO. MAS EU ESCOLHO, PARTICIPO E ESTOU DISPONÍVEL".
Eu participo num processo em que ninguém me fez acreditar que merece o meu voto. Eu escolheria se houvesse algo que eu acreditasse. Estou disponível e participaria se para mim fizesse sentido participar...
Votar só para dizer "eu estou aqui" não faz o meu género. Apesar de muitos quererem-me impô-lo e passaram incessantemente a mensagem de que isso é que é a forma correcta de estar na vida.
A forma correcta de estar na vida para mim é deixar de ir fazer uma coisa inútil e inconsequente para aproveitar e estar esse tempo com a família por exemplo. Ou fazer algo mais útil e interessante para mim, também, porque não. Também não tenho problema nenhum em admiti-lo pois se não sou eu que me preocupo com o meu bem estar, não vejo que o seja a classe político-partidária a fazê-lo!
Eu acho interessante como se passa incessantemente esta mensagem de atitude negativa por parte daqueles que optam por não votar.
Bem, comigo não funciona. Eu não me vou esconder...bossas Escreveu:A leitura dos políticos é completamente diferente numa situação ou noutra.
O que é diferente, realmente, é a retórica. E não a leitura...
Os políticos sabem perfeitamente o que significam elevados níveis de abstenção. E quando lhes convém, dizem-no eloquentemente.bossas Escreveu:Na abstenção, as máquinas partidárias ganham força e expressão logo, quanto maior melhor. Exemplo extremo: numa eleição em que só votem 50 pessoas, o meu partido tem 30 militantes e ganha a maioria absoluta com apenas 30 votos.
Se brancos e nulos tiverem expressões significativas (10, 20 30, 40%) entram em pânico. É que quem se dá ao trabalho de se deslocar e manifestar que está disponível para fazer uma escolha, mas que não escolhe nenhum dos propostos é bem capaz de, nas eleições seguintes, optar por um maluco qualquer que se apresente.
Ou seja, a capacidade de pescar e recuperar votos nos abstencionistas por parte de forças fora do sistema é quase nula, enquanto que nos votos brancos ou nulos essas possibilidades são grandes, mediante uma variação/alteração de programas, políticas e discursos.
Meras conjecturas, exercícios teóricos baseados naquilo em que acreditas (e que eu respeito). Contudo, se eu te pedir um exemplo concreto que mostre que a tua conjectura está certa, estou certo que terás dificuldade em apontá-la...
Eu por meu turno não acho sequer concebível que esse exemplo extremo venha a ocorrer (antes disso vislumbro que aconteceriam outras coisas na realidade social) por isso acho todo o exercício inútil e inconsequente ao estilo dos próprios votos em branco (não leves a mal o trocadilho).
Este tipo de exercicio a tentar mostrar que é prejudicial à democracia é recorrente. Mas não passam de excercícios para sustentar algo em que se acredita e para o qual não há evidências...
Quem te disse que alguma vez chegariamos a esse cenário?
Dizes que te abstens(nem sei se é assim que se escreve) porque não achas nenhum partido ou programa tens os requesitos que achas que deve ter.
Tens 12 partidos ou 13 desde a extrema direita á extrema esquerda, tens um inclusive que defende uma monarquia constitucional democratica. Dizes que leste e ouviste os programas e mesmo assim achas que não serve. Esta tua atitude é no minimo estranha, mas pronto respeito não há nada a fazer.
No entanto explica lá então qual era a alternativa que sugeres? Sim porque para dizeres que aqueles não servem, deves ter certamente outro modelo em mente.
Ao abster-tes tas a incurrer noutro erro, que é vires para aqui dizer que nenhum presta e não valem o teu voto. Se isso acontecer vontas em branco. Porque dizer que tudo esta mal e não fazer sequer o esforço de votar em branco para expressares a tua opinião, torna a tua opniao aqui expressa desinteressante e sem cabimento.
è o tipico tuga dizer que esta mal so porque sim e nada fazer para mudar.
(Desculpem os erros foi escrito a pressa)
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carrancho Escreveu:O que eles dizem é apenas que a abstenção é má para a democracia, e nisso até eu concordo, quem se abstem não está a cumprir um dever, a exercer um direito.
Ó carrancho, a ser verdade essa tese (com a qual eu não concordo) de que a abstenção é má para a democracia, então explica-me lá em que é que o voto em branco é bom para a democracia. Uma pessoa vai votar, cumpre o tão apregoado dever cívico, que fica bem na fotografia, mas ao votar em branco, na prática não está a contribuir para escolher seja quem for. E mais: está a deixar essa decisão nas mãos dos outros.
Por isso repito a pergunta: em que medida é que um voto em branco (ou melhor: uma carrada deles, digamos 50%) contribui para a democracia?
Nota que eu não estou a censurar os votos em branco, pelo contrário, respeito totalmente quem vota em branco; estou é a equipará-los à abstenção.
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carrancho Escreveu:Eu respeito a tua opção e do Elias, de forma alguma vos pretendo ofender com a minha. Nem a vocês nem a quem fez o mesmo que vocês por razões menos nobres que as Vossas.
A nobreza da acção depende da perspectiva de cada um. Eu não sei sequer se as minhas acções são das que consideras menos nobres. Mas também não é importante...
O que é realmente relevante, é que usaste um conjunto de termos (cito: "preguiça", "despreocupação", "passear a famelga") que tem como objectivo apresentar uma rotulagem negativa aos que optam por não ir votar.
Eu não vejo nada para rotular de negativo.
Eu não vejo que as pessoas sejam obrigadas a acreditar nos partidos ou num determinado partido à escolha.
Eu vejo antes que os partidos devem fazer por merecer esse crédito (pessoalmente direi que não acho que o façam por merecer, apenas tentam caçar o meu voto). Não tenho a presunção de dizer que os outros pensam o mesmo, mas suponho e tenho legitimidade para dizer que suponho que muitos outros pensarão de forma identica.
Para mim, aquilo que tu chamas "preguiça, despreocupação e opção por ir passear com a famelga" é algo bastante nobre!
Especialmente quando a alternativa é ir fazer algo inútil e inconsequente...
Mas já entendi que para ti não é e respeito isso.
carrancho Escreveu:O que pretendi foi apenas demonstrar que vocês são metidos todos no mesmo saco
Eu não me importo de ser metido nesse mesmo saco.
É um saco grande e não nos sentimos apertados...
Quem se poderá eventualmente sentir apertado, são os votantes em Branco, que aquilo é um saco pequenino que logo que passa o rescaldo das eleições é metido numa gaveta escura e mais ninguém se lembra do saco até às eleições seguintes.
Eu acho chato ser metido nesse saco.
Mas cada um acha o que entender...
carrancho Escreveu:O que discordo totalmente de vocês é dizerem que o significado de abstenção e voto em branco é o mesmo.
Tu és um distraidão de primeira: o que eu disse realmente é que muitos dos que se abstinham era pela mesma razão dos que votavam em branco. Apenas viam a questão de forma ligeiramente diferente, dando mais importância aos aspectos práticos da coisa.
Olha confere lá...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Estás a presumir que a grande maioria dos que não foram votar se estao nas tintas.
Eu posso igualmente presumir que a grande maioria não foi votar porque, tal como eu, não vê utilidade no voto, sem que isso signifique estar-se nas tintas.
Mas, sinceramente, parece-me que nenhum de nós pode presumir seja o que for acerca das motivações dos abstencionistas.
Precisamente!!! Nada se pode presumir da abstenção... é o que venho defendendo.
Abraço,
Carrancho
Abraço,
Carrancho
Carrancho
rmachado Escreveu:Devo confessar que desta vez fiquei desiludido com dois dos grandes Foristas aqui do Caldeirão (...)
Aqueles que tanto se desculpam com um "vou a praia que é melhor", ou com "eu nem sei onde tá o meu cartão", ou "tenho de andar muito", ou "eles são todos iguais" (só para citar alguns exemplos).
Oh rmachado eu não fui à praia e sei muito bem onde está o meu cartão. Não preciso de inventar desculpas. Não voto porque não quero e esse é um direito que me assiste. Todos os cidadãos maiores de 18 anos têm a oportunidade de votar, tendo igualmente o direito de não o fazer. Ainda não chegou cá a moda do voto obrigatório e não me parece que quem não vota seja de alguma forma menor que quem vota.
rmachado Escreveu:Para mim quem não voto sem uma forte razão (e até em alguns casos é possivel votar) depois não se queixe das decisões de quem lá está... mas isto sou eu.
Eu não estou convencido da utilidade de ir votar. É uma forte razão para não ir. E não entanto não sinto que perca algum direito por causa disso, incluindo o direito de me queixar sempre queme aprouver.
carrancho Escreveu:PS- Elias e Marco acredito que o vosso não voto tenha esse significado, mas era capaz de apostar que a maioria de que fazem parte não foi porque se está nas tintas e não se quer dar a esse trabalho.
Estás a presumir que a grande maioria dos que não foram votar se estao nas tintas.
Eu posso igualmente presumir que a grande maioria não foi votar porque, tal como eu, não vê utilidade no voto, sem que isso signifique estar-se nas tintas.
Mas, sinceramente, parece-me que nenhum de nós pode presumir seja o que for acerca das motivações dos abstencionistas.
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