Roubini não descarta colapso da união monetária europeia
Para introdução isto serve.
Parece-me que a leste so por alto.
Não, não li só por alto, e não foi na Wikipedia.

Não estou a falar da fase do boom, nessa fase já se sabe que a escola austriaca defende que que os Bancos Centrais distorcem o mercado de crédito, levando a que investimento seja maior que a poupança (em virtude do crédito criado) resultando por isso em "malinvestment")
Na fase do bust , quando os Bancos Centrais deixam de criar o tal crédito a Escola Austriaca diz que o investimento acabaria por igualar a poupança e o equilibrio acabaria por ser restabelecido.
É isto que não é necessariamente verdade, e onde a evidencia tende a contrariar a escola austriaca.
Na realidade é bem possivel que tanto consumo como investimento caiam significativamente e
que a economia permaneça num estado depressivo por periodo de tempo considerável.
Não há motivo (nem grande evidencia empirica nesse sentido) para que o mercado sozinho volte a
um estado de pleno emprego numa situação como a actual.
O consumo está a reduzir-se. Sendo assim porque motivo o investimento privado aumentaria se as empresas não têm grandes expectativas que as vendas futuras vão aumentar compensando assim o investimento. Os agentes que fazem a poupança e os que fazem o investimento são distintos.
E em situações em que as perspectivas futuras não são boas, o ajustamento mais provável não é:
Consumo diminui, investimento aumenta e PIB sem grande alteração,
mas sim,
Consumo diminui, investimento diminui e PIB diminui.
Mais uma vez, Poupança = Investimento verifica-se apenas EX-POST há variáveis (nomeadamente variação de stocks e PIB) que "trabalham" nesse sentido.
já agora diz-me lá qual é o planeta onde existe "poupança publica"
Bom, eu tive cuidado de utilizar as aspas e até de escrever entre parentesis o que significava:
Impostos - Gastos Publicos .
Não tem necessariamente que ser positivo: Em tempos recentes na maior parte dos paises de facto tem sido negativo, no entanto os nossos vizinhos espanhois em tempos recentes conseguiram registar valores positivos (superavits).
É apenas uma identidade contabilistica, se preferires podes passar esse termo para o outro lado e ficas com:
S + (M-X) = I + (G-T)
ou seja,
poupança privada + "poupança externa" (ou défice de transacções correntes se preferires) igual
a investimento + défice público.
(Verifica-se EX-POST)
E a crise por acaso é o que está a fazer mais é desacreditar as pessoas que acreditam que as manipulações das taxas de juro dão maus resultados... olha aí a crise a desmentir o pessoal todo da escola austríaca que só anda a avisar para o problema há uma década
Na realidade mais pessoas, não só os austriacos, chamaram a atenção para o problema como por exemplo Roubini e Krugman. A atenção destes no entanto não se focou apenas nas taxas de juro.
(Já agora, porque motivo os alemães não tiveram tambem um problema de excesso de consumo se as taxas de juro para eles tb foram igualmente baixas ?? No entanto lá a taxa de poupança permaneceu elevada )
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Claro que são teorias tão más... vamos destruir as grandes empresas más que nos andam a esmifrar com as economias de escala
E eu não disse que eram bons, disse que só nascem da intervenção do Estado a não ser que sejam eficientes. Eficiente é bom.
Todos sabemos como os monopólios nascem a partir da livre concorrência...
E a crise por acaso é o que está a fazer mais é desacreditar as pessoas que acreditam que as manipulações das taxas de juro dão maus resultados... olha aí a crise a desmentir o pessoal todo da escola austríaca que só anda a avisar para o problema há uma década

Todos sabemos como os monopólios nascem a partir da livre concorrência...
E a crise por acaso é o que está a fazer mais é desacreditar as pessoas que acreditam que as manipulações das taxas de juro dão maus resultados... olha aí a crise a desmentir o pessoal todo da escola austríaca que só anda a avisar para o problema há uma década

Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Extraordinário. Agora a defesa dos monopólios.
Qual é a próxima? A defesa da escravatura?
O mais fantástico é o topete com que estas teorias anacrónicas são avançadas.
Como se fossem a última novidade no campo da economia.
São mais velhas que as montanhas. Já foram provadas erradas antes de eu nascer. Uma e outra vez.
Acreditarão, realmente, os libertários que o seu proselitismo dará algum resultado?
Qua a banha da cobra, tresandando a velha, poderá ser novamente comercializada?
O mais curioso é que conseguem arranjar interlocutores. E eventualmente, prosélitos, quem sabe?
É preciso estar-se imerso numa grande crise de ideias, para se ter o descaramento de apresentar, com esta pretensa candura, as teorias mais caquéticas e ultrapassadas.
A crise actual está a ser tão devastadora para os libertários, a fazer tremer de tal forma os seus beliefs, que o resultado é a racionalização estéril e a fuga para a frente.
Greed is good! Monopolys are good! Good is bad! Bad is good!
Chiça! Que mina para os psiquiatras que se derem ao trabalho de se debruçar sobre isto.
Qual é a próxima? A defesa da escravatura?
O mais fantástico é o topete com que estas teorias anacrónicas são avançadas.
Como se fossem a última novidade no campo da economia.
São mais velhas que as montanhas. Já foram provadas erradas antes de eu nascer. Uma e outra vez.
Acreditarão, realmente, os libertários que o seu proselitismo dará algum resultado?
Qua a banha da cobra, tresandando a velha, poderá ser novamente comercializada?
O mais curioso é que conseguem arranjar interlocutores. E eventualmente, prosélitos, quem sabe?
É preciso estar-se imerso numa grande crise de ideias, para se ter o descaramento de apresentar, com esta pretensa candura, as teorias mais caquéticas e ultrapassadas.
A crise actual está a ser tão devastadora para os libertários, a fazer tremer de tal forma os seus beliefs, que o resultado é a racionalização estéril e a fuga para a frente.
Greed is good! Monopolys are good! Good is bad! Bad is good!
Chiça! Que mina para os psiquiatras que se derem ao trabalho de se debruçar sobre isto.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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Branc0 Escreveu:Mais_um, mas se a empresa "mpede a sobrevivencia financeira dos novos concorrentes" é porque é uma boa empresa que consegue fazer o produto mais barato que os concorrentes. Qual é o problema?
Não necessariamente, pode ter uma tal vantagem financeira devido à posição que detem que isso impede que outros concorrentes possam vingar.
Tiveste esta situação um pouco por todo o mundo, no sector das telecomunicações.
Mais_um, mas se a empresa "mpede a sobrevivencia financeira dos novos concorrentes" é porque é uma boa empresa que consegue fazer o produto mais barato que os concorrentes. Qual é o problema?
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Branc0 Escreveu:Eu estou a falar dos produtores. Se o capital é rentavel numa certa industria então os produtores deslocam-se para essa industria. A não ser que o monopolio seja bastante eficiente (e portanto o lucro do capital reduzido), nesse caso a empresa deve ser congratulada e não perseguida pelas leis anti-monopolio.
A unica maneira de o capital não fluir para esses sectores é se tal for proibido por lei ou se houver barreiras artificiais à entrada (telecomunicações, media, entre outros exemplos).
Um monopólio não é uma empresa ter 100% do mercado. Um monopólio é um concorrente estar impedido de entrar nesse mercado.
Não vamos passar a noite a trocar "mimos" sobre o significado da palavra monopolio...mas para mim (e para o dicionario de lingua portuguesa da Porto Editora), monopolio é alguem ter a exclusividade de vender algo sem concorrencia,esta situação pode ser provocada por leis ou porque a posição da empresa é tão forte que impede a entrada de novos concorrentes, o facto de ter a exclusividade significa que tem 100% do mercado.
para mim a frase correcta será:
Uma situação de monopólio é uma empresa ter 100% (ou quase) do mercado e pode ser derivado aos concorrentes estarem impedidos de entrar nesse mercado por legislação (o caso da PT antes da liberalização das comunicações) ou posição dominante que impede a sobrevivencia financeira dos novos concorrentes (que também acontece ainda um pouco com a PT no sector das comunicações)
depois ainda podemos falar em monopolios verticais ou horizontais, etc....
Eu estou a falar dos produtores. Se o capital é rentavel numa certa industria então os produtores deslocam-se para essa industria. A não ser que o monopolio seja bastante eficiente (e portanto o lucro do capital reduzido), nesse caso a empresa deve ser congratulada e não perseguida pelas leis anti-monopolio.
A unica maneira de o capital não fluir para esses sectores é se tal for proibido por lei ou se houver barreiras artificiais à entrada (telecomunicações, media, entre outros exemplos).
Um monopólio não é uma empresa ter 100% do mercado. Um monopólio é um concorrente estar impedido de entrar nesse mercado.
A unica maneira de o capital não fluir para esses sectores é se tal for proibido por lei ou se houver barreiras artificiais à entrada (telecomunicações, media, entre outros exemplos).
Um monopólio não é uma empresa ter 100% do mercado. Um monopólio é um concorrente estar impedido de entrar nesse mercado.
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Branc0 Escreveu:E eu só te estou a dizer porque é que num mercado livre o capital é atraido para onde for mais rentavel. com ou sem pseudo-monopolio.
Mas no caso de haver monopolio não tens alternativa, o consumidor, seja onde coloca o dinheiro, seja onde vai comprar a TV ou o automovel, supostamente compra onde é mais vantajoso para ele, no caso de existir um monopolio, não tens alternativa, e o detentor do mesmo pode pedir em troca não o valor justo mas o que ele pensa que o cliente pode pagar.
Eu não estava a referir-me ao capital, mas aos monopolios em geral, sejam eles de qualquer area de negocio.
Em relação ao capital passa-se o mesmo, mas neste caso não é só a rentabilidade que conta, mas os riscos que os clientes estão dispostos a correr.
É quase como escolheres um restaurante,


E eu só te estou a dizer porque é que num mercado livre o capital é atraido para onde for mais rentavel. com ou sem pseudo-monopolio.
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Branc0 Escreveu:mais_um Escreveu:Em termos teoricos sim, mas na practica só acontece se o desafiante tiver poder economico semelhante ao detentor do monopolio. Por isso é que há legislação para evitar monopolios em todas as economias abertas, até na china já há...![]()
Vocês decidam-se sobre o papel dos bancos...
Para mim o papel de um banco é pagar bem aos seus funcionários...


Agora a sério, em termos teóricos, o papel de um banco tal como o de qualquer empresa é dar lucro aos seus proprietários. Continuando na teoria, o banco compra e vende dinheiro, como qualquer empresa compra e vende produtos ou matérias primas transformadas, uma empresa de serviços compra mão de obra e vende-a com a tal margem para ter lucro.
Há sectores económicos que precisam de ser + ou -regulados tendo em conta o impacto que podem ter na vida das pessoas ou nas comunidades.
Não quero ir mais longe, só estava a falar de monopólios e não de bancos...
Um abraço,
Alexandre Santos
Branc0 Escreveu:mais_um Escreveu:Em termos teoricos sim, mas na practica só acontece se o desafiante tiver poder economico semelhante ao detentor do monopolio. Por isso é que há legislação para evitar monopolios em todas as economias abertas, até na china já há...![]()
Vocês decidam-se sobre o papel dos bancos...
E ainda sobre o papel e capacidade da LIVRE ASSOCIAÇÃO entre os diversos agentes.
mais_um Escreveu:Em termos teoricos sim, mas na practica só acontece se o desafiante tiver poder economico semelhante ao detentor do monopolio. Por isso é que há legislação para evitar monopolios em todas as economias abertas, até na china já há...![]()
Vocês decidam-se sobre o papel dos bancos...
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bossas Escreveu:
2. Sobre o monopólio, o Branc0 já referiu a ideia chave: num mercado livre (sem entraves de nenhuma especia a novos players) um monopólio só subsiste se servir bem os consumidores, caso contrário outro concorrente virá para o fazer.
Em termos teoricos sim, mas na practica só acontece se o desafiante tiver poder economico semelhante ao detentor do monopolio. Por isso é que há legislação para evitar monopolios em todas as economias abertas, até na china já há...

Bom fim de semana,
ALexandre Santos
RiscoCalculado Escreveu:Se for a escola "Real Business Cycles", refiro-a no fim do meu primeiro post.
Para introdução isto serve.
Parece-me que a leste so por alto. Edit, já agora diz-me lá qual é o planeta onde existe "poupança publica" e como é que a crise os afectou...
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Semitela Escreveu:Basicamente é sempre a mesma coisa . Tentar sempre resolver os problemas no imediato . Como ?
Endividando as gerações futuras![]()
São demasiados erros ao longo dos seculos . Esses senhores que nem a sua casa sabem gerir .....
E não , não é baixando as taxas que se resolve o problema . Quem se endividou , fê-lo por sua conta e risco , e os bancos e governos que lho concederam devia ter avaliado bem os prós e contras.
Quem vai pagar isto tudo ? Os nossos filhos e netos ???
Eu no lugar deles simplesmente recusar-me-ia
Basicamente é sempre a mesma coisa . Tentar sempre resolver os problemas no imediato . Como ?
Endividando as gerações futuras
São demasiados erros ao longo dos seculos . Esses senhores que nem a sua casa sabem gerir .....
E não , não é baixando as taxas que se resolve o problema . Quem se endividou , fê-lo por sua conta e risco , e os bancos e governos que lho concederam devia ter avaliado bem os prós e contras.
Quem vai pagar isto tudo ? Os nossos filhos e netos ???
Eu no lugar deles simplesmente recusar-me-ia
Endividando as gerações futuras

São demasiados erros ao longo dos seculos . Esses senhores que nem a sua casa sabem gerir .....
E não , não é baixando as taxas que se resolve o problema . Quem se endividou , fê-lo por sua conta e risco , e os bancos e governos que lho concederam devia ter avaliado bem os prós e contras.
Quem vai pagar isto tudo ? Os nossos filhos e netos ???
Eu no lugar deles simplesmente recusar-me-ia

Editado pela última vez por Semitela em 7/3/2009 0:08, num total de 1 vez.
RiscoCalculado Escreveu:É incrível como há pessoas que continuam a insistir que a crise actual tem origem do lado
da oferta (falta de produção) e não do lado da procura.
Há dos dois.
Se do lado da procura há falta de poder aquisitório (o desejo está sempre lá), do lado da oferta há desadequações entre os varios sectores.
As bolhas são assim mesmo. Para resolver a bolha do nasdaq resolveram re-inflar, mas como (ainda) não podem dizer ao mercado aonde alocar o capital, a liquidez foi aplicada noutros sectores e criou outras bolhas.
Um dos riscos que corremos é que a liquidez que se esta a injectar agora venha a criar isso mesmo de forma catastrófica. Não é a primeira "cabeça pensante" da "sociologia dominate" que eu vejo referir-se a riscos de uma hiper-inflação (weimar) a nivel global.
Woodhare Escreveu:Já agora aqui ficam alguns pontos aos quais penso que o liberalismo radical não dá respostas para já:
- Aumento da desigualdade social que só pode ser evitado com intervenção governamental.
- Cartelização e monopólio. Pelo que li no AS a Ayn Rand era contra as leis anti-monopólio.
- Desigualdade de oportunidades. Duas pessoas podem ter a mesma capacidade mas se nascerem em estratos sociais diferentes uma tem à partida vantagem, a menos que haja intervenção do Estado para mitigar a situação.
Wood:
1. Suponho que se estás contra o aumento da desigualdade social é porque defendes a IGUALDADE social. Isto, para mim, não existe.
2. Sobre o monopólio, o Branc0 já referiu a ideia chave: num mercado livre (sem entraves de nenhuma especia a novos players) um monopólio só subsiste se servir bem os consumidores, caso contrário outro concorrente virá para o fazer.
3. Em liberdade, as oportunidades são ditadas pelas capacidades de cada um e pelo esforço e engenho. A classe é irrelevante. Além de que nuca vi ninguém a MUDAR DE CLASSE SOCIAL com a ajuda do estado. Vi pobres a mendigar do estado e a continuar pobres e vi ricos a sugar do estado e a ficar mais ricos.
ESCLARECIMENTO:
Não sou radical. É uma questão de coerência e não de radicalismo. Aceito (e advogo) que não se pode passar de uma situação para outyra do dia para a noite. MAs reconheço quando caminhamos em sentido contrário e em direção ao abismo, reconheço o porquê e os fundamentos desse caminho e denuncio-os.
No berço de duas revoluções - a da informação e a do management (1936-1948)
1936 - Artigo de Turing sobre os Números Computacionais; livro de Keynes sobre A Teoria Geral do Emprego, Juros e Dinheiro
1939 - Schumpeter lança O ciclo dos negócios
1941 - James Burnham lança A Revolução da Gestão
1942 - Enrico Fermi cria a célebre «pilha» do reactor nuclear
1943 - É feito o teste do Mark I (o primeiro computador)
1945 - Von Neuman defina a arquitectura de um computador; primeiro teste de uma bomba atómica em Los Alamos (Projecto Manhatam)
1946 - É acabado o ENIAC, o primeiro computador electrónico digital; Peter Drucker lança O Conceito da Corporação, o primeiro livro da disciplina do management
1947 - Demonstrado o efeito do transístor
1948 - Claude Shannon define a teoria matemática das comunicações
O período de fractura histórica dos anos 70 do sec. XX - o capitalismo industrial e o mundo do pós-guerra são postos em cheque
1970 - Petróleo atinge 50% do mercado das energias primárias, o pico da sua curva; Alvin Toffler antevê O Choque do Futuro
1971 - O padrão ouro é abandonado; Daniel Bell começa a falar da sociedade «pós-industrial»; surge o primeiro processador
1973 - 1ª crise petrolífera; é criado o protocolo do TCP-IP por Vinton Cerf
1975 - Surge o primeiro computador pessoal (o Altair) e é criada a Microsoft; Kenichi Ohmae revela a mente estratégica dos japoneses e prenuncia a sua fase de expansão global
1976 - É criado o primeiro gene artificial
1978 - Primeiro «bébé- proveta» (Louise Brown); início das reformas económicas na China por Deng Xiao Ping
1979 - 2ª crise petrolífera
1980 - Alvin Toffler publica A Terceira Vaga
A Revolução Silenciosa dos anos 80-90 - a 3ª Vaga a todo o vapor
1982 - A revista «Time» elege o PC (computador pessoal) como «Homem do Ano»; Naisbitt lança o conceito de «megatendências»; a gestão massifica-se com o livro «Na Senda da Excelência» de Tom Peters e Bob Waterman
1983 - Divulgação do Relatório de Novosibirsk sobre a crise estrutural soviética
1984 - Identificação do HIV
1985 - Lançado o conceito de «multimedia» por Nicholas Negroponte; Microsoft lança a plataforma Windows que lhe daria a liderança
1986 - Ponto de viragem no crescimento do Investimento Directo Estrangeiro à escala global que ultrapassa o crescimento das exportações e do PNB, sintoma de uma nova fase da «globalização»; Michael Gorbachov lança formalmente no 27º Congresso do PCUS a «perestroika» e a «glasnot»
1987 - Lançado o conceito de «mudança de paradigma» na revolução da informação por Don Tapscott
1988 - «Big bang» da Internet nos EUA
1989 - Queda do Muro de Berlim; primeiros indícios da crise do modelo japonês
1990 - Criada finalmente a World Wide Web por Tim Berners-Lee
1993 - Lançado o conceito de «sociedade pós-capitalista» por Peter Drucker
1995 - Comercialização massiva dos «browsers» para a Web
1996 - Lançado o conceito de «economia digital» por Don Tapscott
1997 - A primeira leva da nova «geração net» faz 20 anos; clonagem da «Dolly»
1999 - Descodificação do cromossoma «22»; Time elege Jeff Bezos, da Amazon.com, «Homem do Ano»
2000 - Gás natural atingirá 50% do mercado das energias primárias
1936 - Artigo de Turing sobre os Números Computacionais; livro de Keynes sobre A Teoria Geral do Emprego, Juros e Dinheiro
1939 - Schumpeter lança O ciclo dos negócios
1941 - James Burnham lança A Revolução da Gestão
1942 - Enrico Fermi cria a célebre «pilha» do reactor nuclear
1943 - É feito o teste do Mark I (o primeiro computador)
1945 - Von Neuman defina a arquitectura de um computador; primeiro teste de uma bomba atómica em Los Alamos (Projecto Manhatam)
1946 - É acabado o ENIAC, o primeiro computador electrónico digital; Peter Drucker lança O Conceito da Corporação, o primeiro livro da disciplina do management
1947 - Demonstrado o efeito do transístor
1948 - Claude Shannon define a teoria matemática das comunicações
O período de fractura histórica dos anos 70 do sec. XX - o capitalismo industrial e o mundo do pós-guerra são postos em cheque
1970 - Petróleo atinge 50% do mercado das energias primárias, o pico da sua curva; Alvin Toffler antevê O Choque do Futuro
1971 - O padrão ouro é abandonado; Daniel Bell começa a falar da sociedade «pós-industrial»; surge o primeiro processador
1973 - 1ª crise petrolífera; é criado o protocolo do TCP-IP por Vinton Cerf
1975 - Surge o primeiro computador pessoal (o Altair) e é criada a Microsoft; Kenichi Ohmae revela a mente estratégica dos japoneses e prenuncia a sua fase de expansão global
1976 - É criado o primeiro gene artificial
1978 - Primeiro «bébé- proveta» (Louise Brown); início das reformas económicas na China por Deng Xiao Ping
1979 - 2ª crise petrolífera
1980 - Alvin Toffler publica A Terceira Vaga
A Revolução Silenciosa dos anos 80-90 - a 3ª Vaga a todo o vapor
1982 - A revista «Time» elege o PC (computador pessoal) como «Homem do Ano»; Naisbitt lança o conceito de «megatendências»; a gestão massifica-se com o livro «Na Senda da Excelência» de Tom Peters e Bob Waterman
1983 - Divulgação do Relatório de Novosibirsk sobre a crise estrutural soviética
1984 - Identificação do HIV
1985 - Lançado o conceito de «multimedia» por Nicholas Negroponte; Microsoft lança a plataforma Windows que lhe daria a liderança
1986 - Ponto de viragem no crescimento do Investimento Directo Estrangeiro à escala global que ultrapassa o crescimento das exportações e do PNB, sintoma de uma nova fase da «globalização»; Michael Gorbachov lança formalmente no 27º Congresso do PCUS a «perestroika» e a «glasnot»
1987 - Lançado o conceito de «mudança de paradigma» na revolução da informação por Don Tapscott
1988 - «Big bang» da Internet nos EUA
1989 - Queda do Muro de Berlim; primeiros indícios da crise do modelo japonês
1990 - Criada finalmente a World Wide Web por Tim Berners-Lee
1993 - Lançado o conceito de «sociedade pós-capitalista» por Peter Drucker
1995 - Comercialização massiva dos «browsers» para a Web
1996 - Lançado o conceito de «economia digital» por Don Tapscott
1997 - A primeira leva da nova «geração net» faz 20 anos; clonagem da «Dolly»
1999 - Descodificação do cromossoma «22»; Time elege Jeff Bezos, da Amazon.com, «Homem do Ano»
2000 - Gás natural atingirá 50% do mercado das energias primárias
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RiscoCalculado,
Já ouviste falar na teoria de ciclo de negócio?
Se for a escola "Real Business Cycles",
refiro-a no fim do meu primeiro post.
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
RiscoCalculado,
Já ouviste falar na teoria de ciclo de negócio?
Já ouviste falar na teoria de ciclo de negócio?
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Relativamente à questão de os Estados serem os responsáveis pela crise actual: é uma explicação redutora e que pouco tem de real. Os estados (todos, e com especial enfase na China) terão obviamente parte da culpa no entanto a totalidade da mesma passa pelo menos por:
- Bancos e agências de crédito imobiliário -> porque motivo concedem crédito a quem não tem condições de fazer face às prestações ? Se as agencias são meras ATM de crédito então acabe-se com as mesmas e poupe-se em rendas e salários dos funcionários :-)
Obviamente que é necessária regulação que permita punir e punir bem quem o faz independentemente de pelo meio se ter conseguido despachar da batata quente através de securitização.
-> Brokers e bancos de investimento -> Por um lado o problema da securitização, que lhes permitiu vender gato por lebre, por outro a irresponsabilidade de utilizarem fórmulas que não dominam (apesar de terem sido avisados da sua não adequabilidade) no cálculo do "preço" do risco
e ainda usarem dados limitados e parciais nessas mesmas fórmulas. Quem os obrigou a utilizar tais fórmulas ? e a concluir erradamente que juntando créditos de diversas proveniencias miraculosamente obtinham um titulo AAA ? Sem a "criação" dos titulos AAA nunca teriam conseguido despachar tanto risco e nunca teria sido possivel conceder tanto crédito. Se calhar é necessário serem punidos e bem punidos por forma a nunca mais terem vontade de repetir a façanha.
-> agencias de rating -> que foram na conversa dos bancos de investimento ( e provavelmente foram "aliciados" nesse sentido )
-> SEC
-> FED -> (possivelmente taxas baixas, mas mais importante falha na regulação efectiva dos mercados)
-> Estados -> (EUA, Europa e sobretudo China com a sua politica de cambios fixos e condições de trabalho sub-humanas).
Enfim, a realidade para quem a quer ver é que nos ultimos anos o "mercado" tem falhado bastante nas suas funções. Tem conduzido, entre outros, a uma má alocação dos investimentos e a má selecção de projectos e a uma má "sinalização" na escolha de area de estudos e de carreiras futuras a seguir pelos jovens. E não a culpa disto não é apenas dos Estados. Tem sobretudo a ver com a forma como o próprio mercado funciona
Quem quiser aprender um pouco mais veja por exemplo este video de Robert Shiller e Brad DeLong:
http://fora.tv/2009/02/18/Animal_Spirits_How_Psychology_Drives_the_Economy#chapter_14
ou então este para descontrair um pouco (que já foi afixado noutro post), mas que não deixa de educar um pouco:
[url]
http://www.thedailyshow.com/video/index ... ial-advice
[/url]
- Bancos e agências de crédito imobiliário -> porque motivo concedem crédito a quem não tem condições de fazer face às prestações ? Se as agencias são meras ATM de crédito então acabe-se com as mesmas e poupe-se em rendas e salários dos funcionários :-)
Obviamente que é necessária regulação que permita punir e punir bem quem o faz independentemente de pelo meio se ter conseguido despachar da batata quente através de securitização.
-> Brokers e bancos de investimento -> Por um lado o problema da securitização, que lhes permitiu vender gato por lebre, por outro a irresponsabilidade de utilizarem fórmulas que não dominam (apesar de terem sido avisados da sua não adequabilidade) no cálculo do "preço" do risco
e ainda usarem dados limitados e parciais nessas mesmas fórmulas. Quem os obrigou a utilizar tais fórmulas ? e a concluir erradamente que juntando créditos de diversas proveniencias miraculosamente obtinham um titulo AAA ? Sem a "criação" dos titulos AAA nunca teriam conseguido despachar tanto risco e nunca teria sido possivel conceder tanto crédito. Se calhar é necessário serem punidos e bem punidos por forma a nunca mais terem vontade de repetir a façanha.
-> agencias de rating -> que foram na conversa dos bancos de investimento ( e provavelmente foram "aliciados" nesse sentido )
-> SEC
-> FED -> (possivelmente taxas baixas, mas mais importante falha na regulação efectiva dos mercados)
-> Estados -> (EUA, Europa e sobretudo China com a sua politica de cambios fixos e condições de trabalho sub-humanas).
Enfim, a realidade para quem a quer ver é que nos ultimos anos o "mercado" tem falhado bastante nas suas funções. Tem conduzido, entre outros, a uma má alocação dos investimentos e a má selecção de projectos e a uma má "sinalização" na escolha de area de estudos e de carreiras futuras a seguir pelos jovens. E não a culpa disto não é apenas dos Estados. Tem sobretudo a ver com a forma como o próprio mercado funciona
Quem quiser aprender um pouco mais veja por exemplo este video de Robert Shiller e Brad DeLong:
http://fora.tv/2009/02/18/Animal_Spirits_How_Psychology_Drives_the_Economy#chapter_14
ou então este para descontrair um pouco (que já foi afixado noutro post), mas que não deixa de educar um pouco:
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http://www.thedailyshow.com/video/index ... ial-advice
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"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
É incrível como há pessoas que continuam a insistir que a crise actual tem origem do lado
da oferta (falta de produção) e não do lado da procura.
Porque motivo estão então o Japão (já em recessão acentuada) ou a China (é possível que os numeros sejam ainda positivos, mas no entanto muito menores do que já foram, e possivelmente a tornarem-se negativos num futuro próximo) também em crise ?
Nao, o problema no Mundo actual, não é falta de capacidade produtiva.
Claro que os exemplos que as pessoas que defendem estas teorias (que o problema é falta de capacidade produtiva) citam são invariavelmente o séc XVIII ou o sec XIX.
É muito possível (quase certo) que de facto nesses séculos os problemas económicos estivessem na falta de oferta e não na falta de procura.
Bom, mas hoje em dia já estamos no sec XXI e o mundo é muito diferente. Os problemas económicos de hoje são na sua maior parte derivados de problemas do lado da procura (excepto em algumas partes do Globo como por exemplo África).
Volto a repetir, capacidade instalada no Mundo existe muita.
Não existe é capacidade aquisitiva (por parte da procura) para pôr toda essa máquina produtiva a funcionar, problema esse que é derivado de vários factores, um dos quais a cada vez maior desigualdade na distribuição de riqueza. Outro ainda, a insistência pouco racional do Mundo Ocidental em tentar competir com países que não seguem as mais elementares regras de direitos humanos. E que mantêm politicas de câmbios fixos, amealhando montantes inimagináveis de reservas, ao invés de as porem em circulação no sentido de estimularem assim a economia do resto do Mundo.
Relativamente à falácia de que o que é preciso é poupança, pois poupança = investimento, é preciso conhecer um pouco mais de economia. Quem conhece apenas uma escola de pensamento, nomeadamente a escola Austriaca é natural que caia nestes erros. Em primeiro lugar hoje em dia não são as pessoas individualmente que criam os seus próprios negócios com as suas poupanças, hoje em dia maioritariamente as pessoas canalizam as suas poupanças para quem quer investir através do sitema bancário. Poupança = Investimento, ou mais rigorosamente, Poupança privada + "Poupança pública" (Impostos - Gastos) + "Poupança Externa" = Investimento é uma identidade contabilistica que se verifica EX-POST. Uma coisa é poupança planeada, outra coisa é poupança realizada. Poupança planeada não é de todo igual a investimento planeado. Existem variáveis que trabalham no sentido de garantir que a identidade se verifica EX-POST, nomeadamente a variação de stocks (sim, porque investimento não é apenas Formação Bruta de Capital Fixo, investimento é FBCF + variação de stocks ) e o rendimento nacional (PIB).
O que acontece quando a poupança planeada é maior que o investimento planeado, é que numa primeira fase os stocks começam a aumentar e numa segunda fase o PIB começa a diminuir, acabando no final a poupança realizada por ser muito menor que a poupança planeada (os salários começam a diminuir, o desemprego começa a aumentar, e no final o somatório de todas as poupanças é muito menor do que o planeado, o que não invalida que possam existir algumas pessoas que consigam poupar o que planearam).
É preciso poupar mais (no mundo ocidental), no entanto obviamente que não se pode passar de uma situação em que a poupança mundial é de 2, 3 ou 4 % para uma situação em que se planeia poupar 10, 15 ou 20%, pois as consequencias seriam catastróficas. A transição tem de ser gradual e não à bruta.
O investimento planeado depende do consumo esperado futuro. Muito poucos, se é que algum, (do lado dos privados) no ambiente actual onde se espera que o consumo futuro contraia, estão a pensar em aumentar a capacidade instalada. É aí que entra o estado. Se por um lado a poupança privada está a aumentar
( http://www.bea.gov/newsreleases/national/pi/pinewsrelease.htm )e por outro o investimento planeado está a diminuir (o que não deixa de ser racional uma vez que se espera que o consumo continue em queda) evidentemente só restam os Estados para fazer o investimento e tentar não deixar colapsar a procura global.
Até Robert Barro, um dos maiores expoentes da escola dos "Real Business Cycles" (para quem não conhece, uma escola que tenta explicar todas as flutuações económicas com base em choques do lado da oferta, sobretudo choques tecnológicos, sendo os ciclos consequencia doo reajustamento racional dos consumidores às novas possibilidades de produção derivadas dos choques (quer positivos quer negativos)
já começa a por a hipótese de a intervenção governamental ser positiva. É certo que continua bastante céptico, mas só sequer por essa hipótese é claramente revelador do quanto esta crise tem abalado a confiança de quem toda a sua vida tem defendido o "supply side".
http://online.wsj.com/article/SB123612575524423967.html
da oferta (falta de produção) e não do lado da procura.
Porque motivo estão então o Japão (já em recessão acentuada) ou a China (é possível que os numeros sejam ainda positivos, mas no entanto muito menores do que já foram, e possivelmente a tornarem-se negativos num futuro próximo) também em crise ?
Nao, o problema no Mundo actual, não é falta de capacidade produtiva.
Claro que os exemplos que as pessoas que defendem estas teorias (que o problema é falta de capacidade produtiva) citam são invariavelmente o séc XVIII ou o sec XIX.
É muito possível (quase certo) que de facto nesses séculos os problemas económicos estivessem na falta de oferta e não na falta de procura.
Bom, mas hoje em dia já estamos no sec XXI e o mundo é muito diferente. Os problemas económicos de hoje são na sua maior parte derivados de problemas do lado da procura (excepto em algumas partes do Globo como por exemplo África).
Volto a repetir, capacidade instalada no Mundo existe muita.
Não existe é capacidade aquisitiva (por parte da procura) para pôr toda essa máquina produtiva a funcionar, problema esse que é derivado de vários factores, um dos quais a cada vez maior desigualdade na distribuição de riqueza. Outro ainda, a insistência pouco racional do Mundo Ocidental em tentar competir com países que não seguem as mais elementares regras de direitos humanos. E que mantêm politicas de câmbios fixos, amealhando montantes inimagináveis de reservas, ao invés de as porem em circulação no sentido de estimularem assim a economia do resto do Mundo.
Relativamente à falácia de que o que é preciso é poupança, pois poupança = investimento, é preciso conhecer um pouco mais de economia. Quem conhece apenas uma escola de pensamento, nomeadamente a escola Austriaca é natural que caia nestes erros. Em primeiro lugar hoje em dia não são as pessoas individualmente que criam os seus próprios negócios com as suas poupanças, hoje em dia maioritariamente as pessoas canalizam as suas poupanças para quem quer investir através do sitema bancário. Poupança = Investimento, ou mais rigorosamente, Poupança privada + "Poupança pública" (Impostos - Gastos) + "Poupança Externa" = Investimento é uma identidade contabilistica que se verifica EX-POST. Uma coisa é poupança planeada, outra coisa é poupança realizada. Poupança planeada não é de todo igual a investimento planeado. Existem variáveis que trabalham no sentido de garantir que a identidade se verifica EX-POST, nomeadamente a variação de stocks (sim, porque investimento não é apenas Formação Bruta de Capital Fixo, investimento é FBCF + variação de stocks ) e o rendimento nacional (PIB).
O que acontece quando a poupança planeada é maior que o investimento planeado, é que numa primeira fase os stocks começam a aumentar e numa segunda fase o PIB começa a diminuir, acabando no final a poupança realizada por ser muito menor que a poupança planeada (os salários começam a diminuir, o desemprego começa a aumentar, e no final o somatório de todas as poupanças é muito menor do que o planeado, o que não invalida que possam existir algumas pessoas que consigam poupar o que planearam).
É preciso poupar mais (no mundo ocidental), no entanto obviamente que não se pode passar de uma situação em que a poupança mundial é de 2, 3 ou 4 % para uma situação em que se planeia poupar 10, 15 ou 20%, pois as consequencias seriam catastróficas. A transição tem de ser gradual e não à bruta.
O investimento planeado depende do consumo esperado futuro. Muito poucos, se é que algum, (do lado dos privados) no ambiente actual onde se espera que o consumo futuro contraia, estão a pensar em aumentar a capacidade instalada. É aí que entra o estado. Se por um lado a poupança privada está a aumentar
( http://www.bea.gov/newsreleases/national/pi/pinewsrelease.htm )e por outro o investimento planeado está a diminuir (o que não deixa de ser racional uma vez que se espera que o consumo continue em queda) evidentemente só restam os Estados para fazer o investimento e tentar não deixar colapsar a procura global.
Até Robert Barro, um dos maiores expoentes da escola dos "Real Business Cycles" (para quem não conhece, uma escola que tenta explicar todas as flutuações económicas com base em choques do lado da oferta, sobretudo choques tecnológicos, sendo os ciclos consequencia doo reajustamento racional dos consumidores às novas possibilidades de produção derivadas dos choques (quer positivos quer negativos)
já começa a por a hipótese de a intervenção governamental ser positiva. É certo que continua bastante céptico, mas só sequer por essa hipótese é claramente revelador do quanto esta crise tem abalado a confiança de quem toda a sua vida tem defendido o "supply side".
(...)
Given our situation, it is right that radical government policies should be considered if they promise to lower the probability and likely size of a depression. However, many governmental actions -- including several pursued by Franklin Roosevelt during the Great Depression -- can make things worse.
(...)
http://online.wsj.com/article/SB123612575524423967.html
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Dwer,
Continuo esclarecido. Os unicos economistas que acham que se devia deixar falir o que está falido são os que se recusam a "aceitar a crise". Fiquei esclarecido com realmente os teus argumentos de "verdade" e com as minhas "mentiras" de andar por aí a dizer que os Estados manipulam as taxas de juro e que isso tem efeitos nefastos na economia.
Wood,
As razões dos objectivistas serem contra as leis anti-monopólio é uma razão muito simples e o texto mais referenciado até é de Alan Greenspan (na altura em que tinha juizo) em que demonstra porque é que um monopólio não pode ser nunca resultado de um mercado livre.
Ninguém é a favor dos monopólios mas a solução capitalista é não deixar o Estado criá-los em vez de lhe dar poder para os regular.
Continuo esclarecido. Os unicos economistas que acham que se devia deixar falir o que está falido são os que se recusam a "aceitar a crise". Fiquei esclarecido com realmente os teus argumentos de "verdade" e com as minhas "mentiras" de andar por aí a dizer que os Estados manipulam as taxas de juro e que isso tem efeitos nefastos na economia.
Wood,
As razões dos objectivistas serem contra as leis anti-monopólio é uma razão muito simples e o texto mais referenciado até é de Alan Greenspan (na altura em que tinha juizo) em que demonstra porque é que um monopólio não pode ser nunca resultado de um mercado livre.
Ninguém é a favor dos monopólios mas a solução capitalista é não deixar o Estado criá-los em vez de lhe dar poder para os regular.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore