Off-Topic- Polícia faz buscas tio de Sócrates-Caso Freeport
06 Fevereiro 2009 - 00h30
Polémica
Defesa foi contra lei que viabilizou Freeport
O ministro da Defesa impôs alterações aos limites da Zona de Protecção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo na reunião do Conselho de Ministros de 14 de Março de 2002, a mesma em que foi aprovada a alteração que excluiu da ZPE uma parcela do terreno do Freeport. Rui Pena confirma esta decisão, como forma de garantir "a defesa patrimonial do Campo de Tiro de Alcochete". Cinco dias antes de o Governo Barroso tomar posse, a versão final do diploma ainda andava às voltas no Ministério do Ambiente.
Correio Manhã
Polémica
Defesa foi contra lei que viabilizou Freeport
O ministro da Defesa impôs alterações aos limites da Zona de Protecção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo na reunião do Conselho de Ministros de 14 de Março de 2002, a mesma em que foi aprovada a alteração que excluiu da ZPE uma parcela do terreno do Freeport. Rui Pena confirma esta decisão, como forma de garantir "a defesa patrimonial do Campo de Tiro de Alcochete". Cinco dias antes de o Governo Barroso tomar posse, a versão final do diploma ainda andava às voltas no Ministério do Ambiente.
Correio Manhã
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Freeport garante não ter buraco financeiro
Económico
05/02/09 17:04
--------------------------------------------------------------------------------
Sócrates disse que está a ser alvo de uma "campanha negra" no caso Freeport.
Collapse Comunidade
Partilhe: A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.
A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".
A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.
O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo britânico, mas não obteve qualquer resposta.
Diário Económico
Económico
05/02/09 17:04
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Sócrates disse que está a ser alvo de uma "campanha negra" no caso Freeport.
Collapse Comunidade
Partilhe: A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.
A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".
A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.
O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo britânico, mas não obteve qualquer resposta.
Diário Económico
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TRSM Escreveu:Justiça
Freeport garante não ter buraco financeiro
Económico
05/02/09 17:04
A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.
A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".
A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.
O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo
britânico, mas não obteve qualquer resposta.
Será este o Cunha Vaz do PSD?
PSD: Cunha Vaz e direcção do partido assinam hoje contrato por dois anos
Lisboa, 03 Jan (Lusa) - A consultora Cunha Vaz & Associados e a direcção do PSD deverão assinar hoje um contrato válido por dois anos, com início a 15 de Janeiro, disse à agência Lusa António Cunha Vaz.
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De acordo com António Cunha Vaz, "managing partner" e fundador da Cunha Vaz & Associados, o contrato deverá ser assinado na sede do PSD por si, pelo presidente do partido, Luís Filipe Menezes, e pelo secretário-geral do partido, José Ribau Esteves, esta tarde.
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Justiça
Freeport garante não ter buraco financeiro
Económico
05/02/09 17:04
A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.
A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".
A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.
O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo britânico, mas não obteve qualquer resposta.
Freeport garante não ter buraco financeiro
Económico
05/02/09 17:04
A queixa que motivou a investigação da polícia inglesa ao caso Freeport está a ser posta em causa. O grupo Carlyle garante que não há qualquer buraco financeiro nas contas do Freeport PLC.
A revista "Visão" adianta que a alegação que motivou, em 2007, a investigação do Serious Fraud Office (SFO) ao caso Freeport pode estar comprometida. Isto porque o grupo Carlyle garante que a auditoria feita às contas do Freeport PLC não detectou qualquer buraco financeiro nem qualquer pagamento de "luvas".
A informação foi confirmada ao Económico pelo porta-voz do grupo britânico em Portugal, António Cunha-Vaz.
O Económico tentou, por diversas vezes, contactar Ian Brownstein, responsável pelas contas do grupo britânico, mas não obteve qualquer resposta.
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Freeport: "Quatro anos para investigar é tempo demais" - catedrático Costa Andrade
05 de Fevereiro de 2009, 15:36
Coimbra, 05 Fev (Lusa) - O catedrático de Direito Costa Andrade disse hoje que os factos juridicamente relevantes do "caso Freeport" "não são muito complexos", admitindo que quatro anos para os investigar "é tempo demais".
"Os factos relevantes, em si, não me parecem muito complexos. Esta longura é que me parece tempo demais", declarou o penalista Manuel Costa Andrade à agência Lusa.
Para este membro do Conselho Superior da Magistratura, "o único problema relevante" quanto ao "outlet" de Alcochete é "saber se houve não ou dinheiro" para pagamento de "luvas", por um lado, e se o seu licenciamento resultou da "concorrência de forças estranhas à autonomia da Administração".
Importa, segundo Costa Andrade, descobrir se a Administração Pública "foi condicionada na sua decisão".
"Tudo o resto é ruído", disse, numa alusão à profusão de notícias e comentários na comunicação social relacionados com "caso Freeport".
Costa Andrade disse que quatro anos para investigar - desde que uma carta anónima enviada à Polícia Judiciária denunciou, em 2005, alegadas irregularidades no licenciamento do "outlet" - teriam bastado para "esgotar todos os meios para descobrir os factos relevantes" e constituir, ou não, arguidos.
Já quanto à criminalidade financeira, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, especialista em Direito Penal, realçou a sua "maior complexidade", admitindo que a Justiça portuguesa "não dispõe dos meios" adequados a descobrir a verdade.
"Um normal juíz não está preparado para aquilo", acrescentou.
Costa Andrade e o antigo ministro da Justiça Laborinho Lúcio são os dois membros do Conselho Superior da Magistratura indicados pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
CSS.
Lusa/Fim
05 de Fevereiro de 2009, 15:36
Coimbra, 05 Fev (Lusa) - O catedrático de Direito Costa Andrade disse hoje que os factos juridicamente relevantes do "caso Freeport" "não são muito complexos", admitindo que quatro anos para os investigar "é tempo demais".
"Os factos relevantes, em si, não me parecem muito complexos. Esta longura é que me parece tempo demais", declarou o penalista Manuel Costa Andrade à agência Lusa.
Para este membro do Conselho Superior da Magistratura, "o único problema relevante" quanto ao "outlet" de Alcochete é "saber se houve não ou dinheiro" para pagamento de "luvas", por um lado, e se o seu licenciamento resultou da "concorrência de forças estranhas à autonomia da Administração".
Importa, segundo Costa Andrade, descobrir se a Administração Pública "foi condicionada na sua decisão".
"Tudo o resto é ruído", disse, numa alusão à profusão de notícias e comentários na comunicação social relacionados com "caso Freeport".
Costa Andrade disse que quatro anos para investigar - desde que uma carta anónima enviada à Polícia Judiciária denunciou, em 2005, alegadas irregularidades no licenciamento do "outlet" - teriam bastado para "esgotar todos os meios para descobrir os factos relevantes" e constituir, ou não, arguidos.
Já quanto à criminalidade financeira, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, especialista em Direito Penal, realçou a sua "maior complexidade", admitindo que a Justiça portuguesa "não dispõe dos meios" adequados a descobrir a verdade.
"Um normal juíz não está preparado para aquilo", acrescentou.
Costa Andrade e o antigo ministro da Justiça Laborinho Lúcio são os dois membros do Conselho Superior da Magistratura indicados pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
CSS.
Lusa/Fim
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Aprovação do empreendimento de Alcochete
Técnicas que lideraram avaliação ambiental do Freeport ignoram reunião com José Sócrates e os promotores
04.02.2009 - 08h51 Clara Viana, Ricardo Garcia
As duas principais responsáveis que conduziram a avaliação ambiental do complexo Freeport ignoravam, até há pouco, a existência de uma reunião no princípio de 2002, com a presença de José Sócrates, então ministro do Ambiente, e os promotores do empreendimento em Alcochete, na qual terão sido discutidas as condições para a aprovação do projecto.
Segundo alegações contidas na investigação ao licenciamento, a reunião terá decorrido dia 17 de Janeiro e contado com a participação também de técnicos ambientais e autárquicos. Na semana passada, Sócrates confirmou ter estado no encontro.
Mas Fernanda Vara, ex-directora regional do Ambiente, que na altura tutelava a avaliação do Freeport, disse ontem que não se recorda do encontro e que estranha o facto. "Reuniões como estas não havia às centenas, e eu não me lembro", afirmou ao PÚBLICO. "Não sei se estive lá."
Fernanda Vara, hoje ligada ao Turismo de Portugal, só ouviu falar da reunião agora, com as notícias sobre a investigação. "Também andei a tentar perceber o que era esta reunião. Mas não consta do processo, não existe nenhuma referência", afirma.
Já Antonieta Castaño, técnica que presidia à comissão de avaliação, tem mais certezas: "Não esteve na reunião do ministério, nem se recorda se terá havido", segundo informação da assessoria de imprensa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
O licenciamento ambiental do Freeport está a ser investigado em Portugal e no Reino Unido, por suspeitas de corrupção. Num pedido de informações de Londres aos investigadores portugueses, é referida, como alegação, a realização de outra reunião, no mesmo dia, apenas com Sócrates e os promotores, onde terá sido apresentado um pedido de "luvas" para a aprovação ambiental.
Até agora, ninguém confirmou a data exacta da primeira reunião, que a carta rogatória da polícia britânica situa a 17 de Janeiro. O ex-secretário de Estado do Ambiente, Rui Gonçalves, afirma que esteve presente, mas rejeita aquela data. "Tenho a certeza absoluta", disse ao PÚBLICO, explicando que estava no Japão, numa conferência, e só regressou dia 19.
José Inocêncio, ex-presidente da Câmara de Alcochete, também não sabe apontar uma data concreta para o encontro, que ele próprio afirma ter pedido. "Não me lembro. Terá de ter sido depois do dia 7, depois que tomei posse. Mas o Ministério do Ambiente é que deve saber a data." No ministério, porém, não há qualquer registo da reunião, segundo o assessor de imprensa Joaquim Calé.
O estudo de impacte ambiental do Freeport - que viria a ser aprovado a 14 de Março de 2002 - foi entregue pelos promotores à Câmara de Alcochete no dia 18 de Janeiro. A sua avaliação, coordenada pela Direcção Regional do Ambiente, começou no mesmo dia e terminou em menos de dois meses. Foi o processo mais rápido desde 1995, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente.
Fernanda Vara confirma a existência de um despacho seu a pedir "urgência" na análise, mas frisa que este é um procedimento "habitual entre os altos funcionários da administração pública", quando há uma solicitação neste sentido. No caso, acrescenta Vara, foi a câmara a solicitar "urgência, dados os antecedentes do processo". O primeiro estudo ambiental foi devolvido aos promotores em 2000 e o segundo chumbado em Dezembro de 2001.
Mas José Inocêncio também não se lembra de ter feito tal pedido. "Não faço a mínima ideia. Foi uma coisa que se passou há sete anos. Para mim já passou, o que ficou foi a obra que fiz", disse ao PÚBLICO.
O caso Freeport foi um dos assuntos abordados, ontem, numa reunião entre Cavaco Silva e o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, no Palácio de Belém. À saída, Pinto Monteiro limitou-se a afirmar que tinham sido abordados "variadíssimos casos" de justiça que "mais interessam ao país".
Jornal Publico
Técnicas que lideraram avaliação ambiental do Freeport ignoram reunião com José Sócrates e os promotores
04.02.2009 - 08h51 Clara Viana, Ricardo Garcia
As duas principais responsáveis que conduziram a avaliação ambiental do complexo Freeport ignoravam, até há pouco, a existência de uma reunião no princípio de 2002, com a presença de José Sócrates, então ministro do Ambiente, e os promotores do empreendimento em Alcochete, na qual terão sido discutidas as condições para a aprovação do projecto.
Segundo alegações contidas na investigação ao licenciamento, a reunião terá decorrido dia 17 de Janeiro e contado com a participação também de técnicos ambientais e autárquicos. Na semana passada, Sócrates confirmou ter estado no encontro.
Mas Fernanda Vara, ex-directora regional do Ambiente, que na altura tutelava a avaliação do Freeport, disse ontem que não se recorda do encontro e que estranha o facto. "Reuniões como estas não havia às centenas, e eu não me lembro", afirmou ao PÚBLICO. "Não sei se estive lá."
Fernanda Vara, hoje ligada ao Turismo de Portugal, só ouviu falar da reunião agora, com as notícias sobre a investigação. "Também andei a tentar perceber o que era esta reunião. Mas não consta do processo, não existe nenhuma referência", afirma.
Já Antonieta Castaño, técnica que presidia à comissão de avaliação, tem mais certezas: "Não esteve na reunião do ministério, nem se recorda se terá havido", segundo informação da assessoria de imprensa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
O licenciamento ambiental do Freeport está a ser investigado em Portugal e no Reino Unido, por suspeitas de corrupção. Num pedido de informações de Londres aos investigadores portugueses, é referida, como alegação, a realização de outra reunião, no mesmo dia, apenas com Sócrates e os promotores, onde terá sido apresentado um pedido de "luvas" para a aprovação ambiental.
Até agora, ninguém confirmou a data exacta da primeira reunião, que a carta rogatória da polícia britânica situa a 17 de Janeiro. O ex-secretário de Estado do Ambiente, Rui Gonçalves, afirma que esteve presente, mas rejeita aquela data. "Tenho a certeza absoluta", disse ao PÚBLICO, explicando que estava no Japão, numa conferência, e só regressou dia 19.
José Inocêncio, ex-presidente da Câmara de Alcochete, também não sabe apontar uma data concreta para o encontro, que ele próprio afirma ter pedido. "Não me lembro. Terá de ter sido depois do dia 7, depois que tomei posse. Mas o Ministério do Ambiente é que deve saber a data." No ministério, porém, não há qualquer registo da reunião, segundo o assessor de imprensa Joaquim Calé.
O estudo de impacte ambiental do Freeport - que viria a ser aprovado a 14 de Março de 2002 - foi entregue pelos promotores à Câmara de Alcochete no dia 18 de Janeiro. A sua avaliação, coordenada pela Direcção Regional do Ambiente, começou no mesmo dia e terminou em menos de dois meses. Foi o processo mais rápido desde 1995, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente.
Fernanda Vara confirma a existência de um despacho seu a pedir "urgência" na análise, mas frisa que este é um procedimento "habitual entre os altos funcionários da administração pública", quando há uma solicitação neste sentido. No caso, acrescenta Vara, foi a câmara a solicitar "urgência, dados os antecedentes do processo". O primeiro estudo ambiental foi devolvido aos promotores em 2000 e o segundo chumbado em Dezembro de 2001.
Mas José Inocêncio também não se lembra de ter feito tal pedido. "Não faço a mínima ideia. Foi uma coisa que se passou há sete anos. Para mim já passou, o que ficou foi a obra que fiz", disse ao PÚBLICO.
O caso Freeport foi um dos assuntos abordados, ontem, numa reunião entre Cavaco Silva e o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, no Palácio de Belém. À saída, Pinto Monteiro limitou-se a afirmar que tinham sido abordados "variadíssimos casos" de justiça que "mais interessam ao país".
Jornal Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Na China há um mês a fazer um curso de artes marciais
Freeport: Primo de Sócrates nega "qualquer actividade ilícita"
02.02.2009 - 13h31 Lusa
Hugo Monteiro, primo do primeiro-ministro, José Sócrates, referido no caso Freeport, negou hoje "qualquer actividade ilícita" relacionada com aquele processo e manifestou-se convicto de que, "muito breve, as investigações vão concluir" que não recebeu "qualquer suborno".
"Nem eu nem o meu pai recebemos qualquer suborno ou estivemos envolvidos em qualquer actividade ilícita" relacionada com o Freeport, disse Hugo Monteiro à Lusa. "Muito em breve, as investigações vão concluir isso e tenho até a impressão que já concluíram".
Hugo Monteiro, 33 anos, encontra-se há um mês na China, onde frequenta um curso de artes marciais.
Questionado pela Lusa em Pequim sobre se receia vir a ser judicialmente acusado, Hugo Monteiro respondeu: "Absolutamente nada. Não recebi dinheiro nenhum e isso é extremamente fácil de comprovar".
"Sou o primeiro a dizer: investiguem", acrescentou.
Sobre um e-mail enviado à consultora Smith&Pedro, que trabalhava com os proprietários do centro comercial Freeport, apresentando um projecto de marketing para o outlet, Hugo Monteiro disse: "Admito que tenha mencionado o grau de parentesco" com José Sócrates.
Segundo adiantou, tratava-se de um "projecto para a área de eventos" e foi apresentado em 2005, antes de o Partido Socialista (PS) ganhar as eleições e o seu primo ser nomeado primeiro-ministro.
Hugo Monteiro referiu também que chegou a encontrar-se com "um director de marketing do Freeport", mas o seu projecto não foi aceite. "Nem sequer responderam", afirmou.
Hugo Monteiro só tenciona regressar a Portugal "em meados de Dezembro". "Para se aprender bem, o mínimo é um ano", disse, referindo-se ao curso de artes marciais que está a frequentar em Shaolin, centro da China.
“Abuso de confiança”, disse o primeiro-ministro
Já na semana passada, o tio do primeiro-ministro, Júlio Monteiro, confirmara que o filho teve uma reunião com os responsáveis do Freeport, na sequência de um e-mail no qual invocava ser familiar de José Sócrates.
Num comunicado, o tio de Sócrates reconheceu "não ter sido correcto" invocar o parentesco com o então ministro do Ambiente e actual primeiro-ministro para conseguir uma reunião, mas sublinhou que as intenções do filho Hugo Eduardo Monteiro "não passavam disso mesmo: conseguir uma reunião e apresentar pessoalmente o projecto da sua empresa para a campanha de marketing do outlet".
O primeiro-ministro classificou a atitude do primo como "abuso de confiança ilegítimo e inadmissível".
"Se existe, como dizem que existe - eu não conheço - um e-mail de um filho do meu tio para o Freeport reclamando uma qualquer vantagem para si invocando o meu nome, considero isso um abuso de confiança. E considero que essa invocação é completamente ilegítima e inadmissível", afirmou o primeiro-ministro.
Afirmando ter "afecto e estima" pelo seu tio, Júlio Monteiro, que reputou de "pessoa séria e íntegra", deixou claro não ter "nada a ver com as actividades empresariais" do tio.
Na quinta-feira passada, a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida de Almeida, revelou ser possível que o tio de José Sócrates seja "ouvido nos próximos dias" no âmbito do caso Freeport para esclarecer afirmações ao semanário Sol sobre a sua intervenção num alegado encontro em 2002 entre um promotor do empreendimento e José Sócrates.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção no licenciamento do outlet e na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET), decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
Publico
Freeport: Primo de Sócrates nega "qualquer actividade ilícita"
02.02.2009 - 13h31 Lusa
Hugo Monteiro, primo do primeiro-ministro, José Sócrates, referido no caso Freeport, negou hoje "qualquer actividade ilícita" relacionada com aquele processo e manifestou-se convicto de que, "muito breve, as investigações vão concluir" que não recebeu "qualquer suborno".
"Nem eu nem o meu pai recebemos qualquer suborno ou estivemos envolvidos em qualquer actividade ilícita" relacionada com o Freeport, disse Hugo Monteiro à Lusa. "Muito em breve, as investigações vão concluir isso e tenho até a impressão que já concluíram".
Hugo Monteiro, 33 anos, encontra-se há um mês na China, onde frequenta um curso de artes marciais.
Questionado pela Lusa em Pequim sobre se receia vir a ser judicialmente acusado, Hugo Monteiro respondeu: "Absolutamente nada. Não recebi dinheiro nenhum e isso é extremamente fácil de comprovar".
"Sou o primeiro a dizer: investiguem", acrescentou.
Sobre um e-mail enviado à consultora Smith&Pedro, que trabalhava com os proprietários do centro comercial Freeport, apresentando um projecto de marketing para o outlet, Hugo Monteiro disse: "Admito que tenha mencionado o grau de parentesco" com José Sócrates.
Segundo adiantou, tratava-se de um "projecto para a área de eventos" e foi apresentado em 2005, antes de o Partido Socialista (PS) ganhar as eleições e o seu primo ser nomeado primeiro-ministro.
Hugo Monteiro referiu também que chegou a encontrar-se com "um director de marketing do Freeport", mas o seu projecto não foi aceite. "Nem sequer responderam", afirmou.
Hugo Monteiro só tenciona regressar a Portugal "em meados de Dezembro". "Para se aprender bem, o mínimo é um ano", disse, referindo-se ao curso de artes marciais que está a frequentar em Shaolin, centro da China.
“Abuso de confiança”, disse o primeiro-ministro
Já na semana passada, o tio do primeiro-ministro, Júlio Monteiro, confirmara que o filho teve uma reunião com os responsáveis do Freeport, na sequência de um e-mail no qual invocava ser familiar de José Sócrates.
Num comunicado, o tio de Sócrates reconheceu "não ter sido correcto" invocar o parentesco com o então ministro do Ambiente e actual primeiro-ministro para conseguir uma reunião, mas sublinhou que as intenções do filho Hugo Eduardo Monteiro "não passavam disso mesmo: conseguir uma reunião e apresentar pessoalmente o projecto da sua empresa para a campanha de marketing do outlet".
O primeiro-ministro classificou a atitude do primo como "abuso de confiança ilegítimo e inadmissível".
"Se existe, como dizem que existe - eu não conheço - um e-mail de um filho do meu tio para o Freeport reclamando uma qualquer vantagem para si invocando o meu nome, considero isso um abuso de confiança. E considero que essa invocação é completamente ilegítima e inadmissível", afirmou o primeiro-ministro.
Afirmando ter "afecto e estima" pelo seu tio, Júlio Monteiro, que reputou de "pessoa séria e íntegra", deixou claro não ter "nada a ver com as actividades empresariais" do tio.
Na quinta-feira passada, a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida de Almeida, revelou ser possível que o tio de José Sócrates seja "ouvido nos próximos dias" no âmbito do caso Freeport para esclarecer afirmações ao semanário Sol sobre a sua intervenção num alegado encontro em 2002 entre um promotor do empreendimento e José Sócrates.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção no licenciamento do outlet e na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET), decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Primo de Sócrates nega que tenha sido subornado
LICÍNIO LIMA PEDRO FONSECA
Caso Freeport. O primo de José Sócrates, referido pelos ingleses como suspeito de ter sido subornado pelos promotores do 'outlet', garante que jamais recebeu o que quer que fosse, sendo fácil comprová-lo. Em retiro na China, Hugo Monteiro diz que regressa a Portugal só no próximo ano
O primo de José Sócrates, em declarações ao DN, nega ter recebido "qualquer valor" monetário relacionado com a construção do complexo comercial Freeport. Hugo Monteiro, que surge na carta rogatória dos ingleses como suspeito de ter sido subornado, diz que vai voltar a Portugal só daqui a um ano, depois de terminar o retiro espiritual de artes marciais que está a realizar na China. "Deve ser fácil para as autoridades comprovar que nunca recebi nada", frisou.
Filho mais novo de Júlio Monteiro, tio materno de Sócrates, Hugo Monteiro é, a certo passo, referido como suspeito de ter recebido "luvas" por parte dos promotores do Freeport. Lê-se na carta rogatória: "Mais tarde, o Freeport fez três ou quatro pagamentos em parcelas de 50 mil libras à Smith&Pedro. No vídeo de 3 de Março de 2006, Charles Smith alega que são pagamentos de subornos com o objectivo de satisfazer o acordo de 17 de Janeiro de 2002, a partir dos quais fez uma série de pagamentos em dinheiro a um primo de José Sócrates." Refere o documento que o alegado pagamento será posterior à aprovação da Avaliação de Impacto Ambiental.
Hugo Monteiro, ao DN, garante que só vai voltar a Portugal daqui a um ano. Até lá, vai continuar em retiro. "Penso que a investigação já estará concluída nessa altura", previu.
É provável que daqui a um ano as investigações estejam, de facto, terminadas. Ao que o DN apurou, as orientações no Ministério Público (MP) é que se avance a toda a velocidade. No entanto, há diligências que não dependem só dos investigadores, estando algumas a atrasar o processo.
Por exemplo, a PJ continua a aguardar que instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, disponibilizem informações sobre sociedades offshore de pessoas ligadas ao caso Freeport e sobre as quais há suspeitas de suborno e corrupção. Mas, esta demora não é a única. O DN sabe que estão ainda por terminar as perícias a documentos e computadores apreendidos em 2005, além de que continua por cumprir a carta rogatória remetida aos ingleses no mesmo ano a solicitar diligências sobre suspeitos daquele país.
"O problema é que, por vezes, é necessário esperar muito tempo pelas informações", disse fonte judicial. Neste caso, em 2005 realizaram-se buscas no Freeport, na empresa de consultoria Smith&Pedro (que tratou de todas as burocracias para a construção do empreendimento), na Câmara de Alcochete e na Sociedade Europeia de Aquacultura (também ligada a Manuel Pedro). Muito material apreendido - documentos e computadores - continua ainda hoje a ser analisado por peritos informáticos e financeiros da PJ.
Entretanto, a 22 de Janeiro, quase quatro anos depois, foram realizadas novas buscas cujos dados vão agora ser cruzados com os de 2005. Porém, o MP deverá centrar-se, sobretudo, no cruzamento das informações recolhidas, em Janeiro, em casa do tio de José Sócrates, com as que foram recolhidas no escritório da Smith&Pedro, de Manuel Pedro, em 2005, sendo que daqui já terá desaparecido muita documentação, segundo apurou o DN. Os dados deverão ser depois cruzados com as informações recolhidas na sociedade de advogados Vasco Vieira de Almeida. As offshores de Júlio Monteiro, abertas no BCP e no BPN, estão também no centro das atenções. Mas, a recolha de todas estas informações é sempre demasiado morosa. |
Diário Noticias
LICÍNIO LIMA PEDRO FONSECA
Caso Freeport. O primo de José Sócrates, referido pelos ingleses como suspeito de ter sido subornado pelos promotores do 'outlet', garante que jamais recebeu o que quer que fosse, sendo fácil comprová-lo. Em retiro na China, Hugo Monteiro diz que regressa a Portugal só no próximo ano
O primo de José Sócrates, em declarações ao DN, nega ter recebido "qualquer valor" monetário relacionado com a construção do complexo comercial Freeport. Hugo Monteiro, que surge na carta rogatória dos ingleses como suspeito de ter sido subornado, diz que vai voltar a Portugal só daqui a um ano, depois de terminar o retiro espiritual de artes marciais que está a realizar na China. "Deve ser fácil para as autoridades comprovar que nunca recebi nada", frisou.
Filho mais novo de Júlio Monteiro, tio materno de Sócrates, Hugo Monteiro é, a certo passo, referido como suspeito de ter recebido "luvas" por parte dos promotores do Freeport. Lê-se na carta rogatória: "Mais tarde, o Freeport fez três ou quatro pagamentos em parcelas de 50 mil libras à Smith&Pedro. No vídeo de 3 de Março de 2006, Charles Smith alega que são pagamentos de subornos com o objectivo de satisfazer o acordo de 17 de Janeiro de 2002, a partir dos quais fez uma série de pagamentos em dinheiro a um primo de José Sócrates." Refere o documento que o alegado pagamento será posterior à aprovação da Avaliação de Impacto Ambiental.
Hugo Monteiro, ao DN, garante que só vai voltar a Portugal daqui a um ano. Até lá, vai continuar em retiro. "Penso que a investigação já estará concluída nessa altura", previu.
É provável que daqui a um ano as investigações estejam, de facto, terminadas. Ao que o DN apurou, as orientações no Ministério Público (MP) é que se avance a toda a velocidade. No entanto, há diligências que não dependem só dos investigadores, estando algumas a atrasar o processo.
Por exemplo, a PJ continua a aguardar que instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, disponibilizem informações sobre sociedades offshore de pessoas ligadas ao caso Freeport e sobre as quais há suspeitas de suborno e corrupção. Mas, esta demora não é a única. O DN sabe que estão ainda por terminar as perícias a documentos e computadores apreendidos em 2005, além de que continua por cumprir a carta rogatória remetida aos ingleses no mesmo ano a solicitar diligências sobre suspeitos daquele país.
"O problema é que, por vezes, é necessário esperar muito tempo pelas informações", disse fonte judicial. Neste caso, em 2005 realizaram-se buscas no Freeport, na empresa de consultoria Smith&Pedro (que tratou de todas as burocracias para a construção do empreendimento), na Câmara de Alcochete e na Sociedade Europeia de Aquacultura (também ligada a Manuel Pedro). Muito material apreendido - documentos e computadores - continua ainda hoje a ser analisado por peritos informáticos e financeiros da PJ.
Entretanto, a 22 de Janeiro, quase quatro anos depois, foram realizadas novas buscas cujos dados vão agora ser cruzados com os de 2005. Porém, o MP deverá centrar-se, sobretudo, no cruzamento das informações recolhidas, em Janeiro, em casa do tio de José Sócrates, com as que foram recolhidas no escritório da Smith&Pedro, de Manuel Pedro, em 2005, sendo que daqui já terá desaparecido muita documentação, segundo apurou o DN. Os dados deverão ser depois cruzados com as informações recolhidas na sociedade de advogados Vasco Vieira de Almeida. As offshores de Júlio Monteiro, abertas no BCP e no BPN, estão também no centro das atenções. Mas, a recolha de todas estas informações é sempre demasiado morosa. |
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Associado da Smith & Pedro emite comunicado
Freeport: Manuel Pedro nega ter feito pagamentos ilícitos
31.01.2009 - 21h03 Lusa
Manuel Pedro, associado da Smith & Pedro, em comunicado, afirma que nunca procedeu a "pagamentos ilícitos" e que a única vez que se encontrou com José Sócrates foi no Ministério do Ambiente numa reunião pedida pela autarquia de Alcochete.
"Nesse encontro e para além do Sr. Ministro do Ambiente, estiveram presentes os Sr. Secretário de Estado, dr. Rui Gonçalves, dois administradores do Freeport, Srs. Gary Russel e Jonathan Rawnsley; representantes do ICN e CCDR, e naturalmente o Sr. Presidente da Câmara de Alcochete, José Inocêncio", refere o empresário Manuel Pedro no comunicado.
No mesmo documento o empresário afirma que além da reunião, cuja data não é referida, "jamais" manteve "qualquer encontro de cariz pessoal ou profissional, com o actual primeiro-ministro, engº José Sócrates" e que nunca esteve envolvido em pagamentos ilícitos. "Nunca procedi a pagamentos ilícitos e nem em circunstância alguma, referi a terceiros ter pago verbas a políticos, governantes ou quaisquer pessoas no exercício de funções públicas".
Finalmente, Manuel Pedro afirma que no âmbito deste caso só vai prestar "declarações no momento e circunstâncias próprias, ou seja, no âmbito do processo judicial que corre em termos e quando para tal for solicitado pelas autoridades competentes".
Recorde-se que hoje o semanário “Expresso” noticiou que duas pessoas ligadas à empresa Smith & Pedro testemunham que Manuel Pedro disse várias vezes que pagou 500 mil contos (2,5 milhões de euros) ao então ministro do Ambiente para que o projecto do centro comercial Freeport fosse autorizado do ponto de vista ambiental, para que pudesse avançar o processo de licenciamento.
Já o “Correio da Manhã” escreve que uma assessora de Manuel Pedro disse em 2004 à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que durante o licenciamento do Freeport houve o pagamento de “avultadas comissões”, incluindo ao actual primeiro-ministro, que terá recebido “400 mil” – sem que seja especificada a unidade monetária.
Publico
Freeport: Manuel Pedro nega ter feito pagamentos ilícitos
31.01.2009 - 21h03 Lusa
Manuel Pedro, associado da Smith & Pedro, em comunicado, afirma que nunca procedeu a "pagamentos ilícitos" e que a única vez que se encontrou com José Sócrates foi no Ministério do Ambiente numa reunião pedida pela autarquia de Alcochete.
"Nesse encontro e para além do Sr. Ministro do Ambiente, estiveram presentes os Sr. Secretário de Estado, dr. Rui Gonçalves, dois administradores do Freeport, Srs. Gary Russel e Jonathan Rawnsley; representantes do ICN e CCDR, e naturalmente o Sr. Presidente da Câmara de Alcochete, José Inocêncio", refere o empresário Manuel Pedro no comunicado.
No mesmo documento o empresário afirma que além da reunião, cuja data não é referida, "jamais" manteve "qualquer encontro de cariz pessoal ou profissional, com o actual primeiro-ministro, engº José Sócrates" e que nunca esteve envolvido em pagamentos ilícitos. "Nunca procedi a pagamentos ilícitos e nem em circunstância alguma, referi a terceiros ter pago verbas a políticos, governantes ou quaisquer pessoas no exercício de funções públicas".
Finalmente, Manuel Pedro afirma que no âmbito deste caso só vai prestar "declarações no momento e circunstâncias próprias, ou seja, no âmbito do processo judicial que corre em termos e quando para tal for solicitado pelas autoridades competentes".
Recorde-se que hoje o semanário “Expresso” noticiou que duas pessoas ligadas à empresa Smith & Pedro testemunham que Manuel Pedro disse várias vezes que pagou 500 mil contos (2,5 milhões de euros) ao então ministro do Ambiente para que o projecto do centro comercial Freeport fosse autorizado do ponto de vista ambiental, para que pudesse avançar o processo de licenciamento.
Já o “Correio da Manhã” escreve que uma assessora de Manuel Pedro disse em 2004 à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que durante o licenciamento do Freeport houve o pagamento de “avultadas comissões”, incluindo ao actual primeiro-ministro, que terá recebido “400 mil” – sem que seja especificada a unidade monetária.
Publico
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Andre Kosters, Lusa
01 Fevereiro 2009 - 02h12
Cargo na área do Ambiente
Governo de Guterres nomeou suspeito do Freeport
Manuel Carlos Abrantes Pedro Nunes, o sócio português de Charles Smith na empresa Smith e Pedro – empresa suspeita de ter sido a intermediária no pagamento de luvas no negócio Freeport –, foi nomeado pelo Governo de António Guterres, em 2000, para assessor principal da Equipa da Missão para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco (Alcochete).
Correio Manhã
01 Fevereiro 2009 - 02h12
Cargo na área do Ambiente
Governo de Guterres nomeou suspeito do Freeport
Manuel Carlos Abrantes Pedro Nunes, o sócio português de Charles Smith na empresa Smith e Pedro – empresa suspeita de ter sido a intermediária no pagamento de luvas no negócio Freeport –, foi nomeado pelo Governo de António Guterres, em 2000, para assessor principal da Equipa da Missão para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco (Alcochete).
Correio Manhã
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Entrevista na RTP
«É uma maçada ter uma família como a de Sócrates», diz Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa salientou esta noite a forma como os ingleses estão a investigar o caso Freeport, interessados apenas se houve «pagamento de luvas», e não tanto quem o fez ou recebeu. No seu espaço semanal da RTP, Marcelo disse no entanto que «é uma maçada ter uma família» como a de José Sócrates
«Houve um grande alarido, e um grande desgaste político e José Sócrates explicou o que tinha a explicar, nomeadamente em relação ao que diz respeito à sua família», afirmou esta noite Marcelo Rebelo de Sousa na RTP, referindo-se às notícias sobre o caso Freeport e o possível envolvimento do primeiro-ministro ou familiares no caso.
No entanto, apesar de entender que o primeiro-ministro deu as explicações que tinha a dar, referiu-se com alguma ironia ao tio de José Sócrates, que revelou alguns pormenores sobre o caso em entrevista ao SOL publicada este sábado. «Com famílias assim, os políticos não precisam de adversários», disse Marcelo.
Sobre o caso do Freeport propriamente dito, empreendimento construído numa zona que antes era área protegida, Marcelo entende que «o despacho do secretário de Estado levanta muitas dúvidas de legalidade».
Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu a investigação do caso em no Reino Unido, afirmando que «os ingleses estão-se borrifando se é Sócrates ou é primo, querem é saber se houve pagamentos, e assim é que o caso deve ser levado».
Voltou a lembrar as notícias que têm saído sobre o tio de Sócrates, Júlio Monteiro, e sobre uma reunião facilitada pelo mesmo com o Ministério tutelado pelo actual primeiro-ministro. «É uma maçada ter uma família destas e não ter explicado bem o encontro, isso desgasta», disse Marcelo.
A falar a partir de Luanda, em Angola, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que neste momento «Portugal precisava de um primeiro-ministro cheio de força e isto fragiliza, tira força a José Sócrates».
SOL
«É uma maçada ter uma família como a de Sócrates», diz Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa salientou esta noite a forma como os ingleses estão a investigar o caso Freeport, interessados apenas se houve «pagamento de luvas», e não tanto quem o fez ou recebeu. No seu espaço semanal da RTP, Marcelo disse no entanto que «é uma maçada ter uma família» como a de José Sócrates
«Houve um grande alarido, e um grande desgaste político e José Sócrates explicou o que tinha a explicar, nomeadamente em relação ao que diz respeito à sua família», afirmou esta noite Marcelo Rebelo de Sousa na RTP, referindo-se às notícias sobre o caso Freeport e o possível envolvimento do primeiro-ministro ou familiares no caso.
No entanto, apesar de entender que o primeiro-ministro deu as explicações que tinha a dar, referiu-se com alguma ironia ao tio de José Sócrates, que revelou alguns pormenores sobre o caso em entrevista ao SOL publicada este sábado. «Com famílias assim, os políticos não precisam de adversários», disse Marcelo.
Sobre o caso do Freeport propriamente dito, empreendimento construído numa zona que antes era área protegida, Marcelo entende que «o despacho do secretário de Estado levanta muitas dúvidas de legalidade».
Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu a investigação do caso em no Reino Unido, afirmando que «os ingleses estão-se borrifando se é Sócrates ou é primo, querem é saber se houve pagamentos, e assim é que o caso deve ser levado».
Voltou a lembrar as notícias que têm saído sobre o tio de Sócrates, Júlio Monteiro, e sobre uma reunião facilitada pelo mesmo com o Ministério tutelado pelo actual primeiro-ministro. «É uma maçada ter uma família destas e não ter explicado bem o encontro, isso desgasta», disse Marcelo.
A falar a partir de Luanda, em Angola, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que neste momento «Portugal precisava de um primeiro-ministro cheio de força e isto fragiliza, tira força a José Sócrates».
SOL
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Freeport
Cavaco Silva considera caso Freeport um «assunto de Estado»
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, escusou-se hoje, novamente, a pronunciar-se sobre o caso Freeport, que classificou como um «assunto de Estado»
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Interrogado sobre até quando não vai responder sobre o caso Freeport, Cavaco Silva disse não ser aquele o momento de tratar de «assuntos de Estado».
«Hoje estamos aqui num torneio de Golf, não se tratam de assuntos de Estado, podemos assim dizer», afirmou o chefe de Estado, depois de ter assistido ao início à Taça Portugal Solidário 2009, que decorre na Quinta da Marinha, em Cascais.
Na sexta-feira, o Presidente da República já tinha escusado pronunciar-se sobre o caso Freeport ou sobre as condições do primeiro-ministro para continuar a liderar o Governo, argumentando não querer desviar as atenções sobre temas como a pobreza e o desemprego.
«Eu não devo fazer nenhum comentário sobre essa questão», afirmou, em declarações aos jornalistas à saída IV Congresso da Confederação das Instituições de solidariedade.
O caso Freeport voltou hoje a fazer manchetes nos jornais, com o SOL a falar em «E-mails fatais» e o Expresso de «Mais dúvidas para Sócrates explicar».
Segundo uma carta rogatória das autoridades britânicas, divulgada pela TVI e as revistas Sábado e Visão na quinta-feira, as autoridades britânicas pediram a Portugal diligências para apurar se José Sócrates «facilitou, pediu ou recebeu» dinheiro para licenciar o Freeport.
No mesmo dia, um comunicado da PGR esclarecia que a carta rogatória inglesa que recebeu a 19 de Janeiro «não contém nenhum facto juridicamente relevante» para a investigação do caso Freeport, reiterando que não há arguidos ou suspeitos no processo.
Ao final da tarde de quinta-feira, o próprio primeiro-ministro reagia às notícias que têm sido divulgadas pela comunicação social, considerando estar a enfrentar uma «campanha negra» que tem como intuito afectar a sua honra e integridade e atingi-lo pessoal e politicamente, reafirmando não ser suspeito no caso.
O processo relativo ao espaço comercial Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
Lusa / SOL
Cavaco Silva considera caso Freeport um «assunto de Estado»
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, escusou-se hoje, novamente, a pronunciar-se sobre o caso Freeport, que classificou como um «assunto de Estado»
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Interrogado sobre até quando não vai responder sobre o caso Freeport, Cavaco Silva disse não ser aquele o momento de tratar de «assuntos de Estado».
«Hoje estamos aqui num torneio de Golf, não se tratam de assuntos de Estado, podemos assim dizer», afirmou o chefe de Estado, depois de ter assistido ao início à Taça Portugal Solidário 2009, que decorre na Quinta da Marinha, em Cascais.
Na sexta-feira, o Presidente da República já tinha escusado pronunciar-se sobre o caso Freeport ou sobre as condições do primeiro-ministro para continuar a liderar o Governo, argumentando não querer desviar as atenções sobre temas como a pobreza e o desemprego.
«Eu não devo fazer nenhum comentário sobre essa questão», afirmou, em declarações aos jornalistas à saída IV Congresso da Confederação das Instituições de solidariedade.
O caso Freeport voltou hoje a fazer manchetes nos jornais, com o SOL a falar em «E-mails fatais» e o Expresso de «Mais dúvidas para Sócrates explicar».
Segundo uma carta rogatória das autoridades britânicas, divulgada pela TVI e as revistas Sábado e Visão na quinta-feira, as autoridades britânicas pediram a Portugal diligências para apurar se José Sócrates «facilitou, pediu ou recebeu» dinheiro para licenciar o Freeport.
No mesmo dia, um comunicado da PGR esclarecia que a carta rogatória inglesa que recebeu a 19 de Janeiro «não contém nenhum facto juridicamente relevante» para a investigação do caso Freeport, reiterando que não há arguidos ou suspeitos no processo.
Ao final da tarde de quinta-feira, o próprio primeiro-ministro reagia às notícias que têm sido divulgadas pela comunicação social, considerando estar a enfrentar uma «campanha negra» que tem como intuito afectar a sua honra e integridade e atingi-lo pessoal e politicamente, reafirmando não ser suspeito no caso.
O processo relativo ao espaço comercial Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
Lusa / SOL
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José Manuel Ribeiro/Reuters
Há uma referência a que Sócrates terá recebido 400 mil, não se sabe em que moeda
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Tio e primo suspeitos de tráfico de influências
Assessora de Manuel Pedro confirma pagamento de “luvas” a José Sócrates
31.01.2009 - 10h46 PÚBLICO
Uma assessora de Manuel Pedro, da empresa promotora do Freeport, a consultora Smith & Pedro, disse à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que durante o licenciamento do Freeport, houve o pagamento de “avultadas comissões”, incluindo ao primeiro-ministro, que terá recebido “400 mil” – sem que seja especificada a unidade monetária – noticia hoje o diário “Correio da Manhã”.
O Freeport foi construído em Alcochete, numa zona ambientalmente protegida e foi simultânea à alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, subscrita pelo actual primeiro-ministro, pouco antes das legislativas do início de 2002.
O depoimento da assessora de Manuel Pedro foi recolhido pela PJ de Setúbal em 2004, numa diligência presidida pela directora do departamento, conta o mesmo jornal.
Nessa ocasião, disse que ouviu uma conversa em que Manuel Pedro disse a João Cabral (com ligações à empresa Freeport) que “tinham de se desenrascar” porque “o Sócrates já tinha os 400 mil”. Terão depois falado em cem mil euros que a testemunha não percebeu a quem se destinavam mas que garante serem também comissões para que o processo fosse aprovado.
A mesma testemunha falou também numa cumplicidade suspeita entre Manuel Pedro e alguns autarcas, nomeadamente os presidentes das câmaras de Alcochete e do Montijo. E gabava-se de ter ajudado o de Alcochete (José Inocêncio) em períodos eleitorais. Conta também ter assistido a uma operação de destruição de provas.
As autoridades suspeitam de que o tio e o primo de José Sócrates, respectivamente Júlio e Hugo Monteiro, tenham cometido o crime de tráfico de influências. O mesmo jornal conta que o Ministério Público acredita que Hugo Monteiro recebeu dinheiro em numerário da empresa Smith & Pedro no âmbito da legalização do Freeport e que avançou com um pedido de levantamento do sigilo bancário em relação ao tio de Sócrates.
Jornal Publico
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Tio e primo suspeitos de tráfico de influências
Assessora de Manuel Pedro confirma pagamento de “luvas” a José Sócrates
31.01.2009 - 10h46 PÚBLICO
Uma assessora de Manuel Pedro, da empresa promotora do Freeport, a consultora Smith & Pedro, disse à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal que durante o licenciamento do Freeport, houve o pagamento de “avultadas comissões”, incluindo ao primeiro-ministro, que terá recebido “400 mil” – sem que seja especificada a unidade monetária – noticia hoje o diário “Correio da Manhã”.
O Freeport foi construído em Alcochete, numa zona ambientalmente protegida e foi simultânea à alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, subscrita pelo actual primeiro-ministro, pouco antes das legislativas do início de 2002.
O depoimento da assessora de Manuel Pedro foi recolhido pela PJ de Setúbal em 2004, numa diligência presidida pela directora do departamento, conta o mesmo jornal.
Nessa ocasião, disse que ouviu uma conversa em que Manuel Pedro disse a João Cabral (com ligações à empresa Freeport) que “tinham de se desenrascar” porque “o Sócrates já tinha os 400 mil”. Terão depois falado em cem mil euros que a testemunha não percebeu a quem se destinavam mas que garante serem também comissões para que o processo fosse aprovado.
A mesma testemunha falou também numa cumplicidade suspeita entre Manuel Pedro e alguns autarcas, nomeadamente os presidentes das câmaras de Alcochete e do Montijo. E gabava-se de ter ajudado o de Alcochete (José Inocêncio) em períodos eleitorais. Conta também ter assistido a uma operação de destruição de provas.
As autoridades suspeitam de que o tio e o primo de José Sócrates, respectivamente Júlio e Hugo Monteiro, tenham cometido o crime de tráfico de influências. O mesmo jornal conta que o Ministério Público acredita que Hugo Monteiro recebeu dinheiro em numerário da empresa Smith & Pedro no âmbito da legalização do Freeport e que avançou com um pedido de levantamento do sigilo bancário em relação ao tio de Sócrates.
Jornal Publico
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
31 Janeiro 2009 - 00h30
Património
Mãe compra a pronto casa a offshore
Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
Correio Manhã
Património
Mãe compra a pronto casa a offshore
Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).
Correio Manhã
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Carta ficou três anos esquecida
LICÍNIO LIMA
LEONARDO NEGRÃO-ARQUIVO DN
Investigação. A carta rogatória enviada a Inglaterra pela Procuradoria-Geral da República em 2005 esteve engavetada até 2008 sem que ninguém 'formal ou informalmente' accionasse os meios para acelerar o seu cumprimento, soube o DN junto de fonte policial
"Não houve diligências formais ou informais" das autoridades portuguesas para apressar o cumprimento da carta rogatória enviada em 2005 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para as autoridades inglesas, apurou o DN. No documento, solicitava-se a realização de diligências que ajudassem a esclarecer os indícios de corrupção no caso Freeport, nomeadamente junto de Charles Smith, sócio de Manuel Pedro numa empresa de consultoria.
De acordo com fontes do DN, só em Novembro de 2008, depois de uma reunião, as autoridades judiciárias portuguesas se aperceberam de que as investigações tinham de avançar porque os ingleses já estavam a mexer-se desde 2007 - quando foi descoberto um buraco no Freeport, na altura da venda à empresa Carlyle.
Os ingleses andavam à procura de indícios criminais sobre os quais os investigadores portugueses diziam não ter encontrado fundamento. Agora, alguns meses depois, há magistrados preocupados com a reacção das autoridades britânicas depois de verem a sua carta rogatória - enviada a 19 de Janeiro para Portugal com pedido de esclarecimentos sobre a investigação - na comunicação social (o DN publicou-a ontem), ao mesmo tempo que era desvalorizada num comunicado da PGR. Cândida Almeida, do Departamento de Investigação e Acção Penal, disse que os indícios que vinham na carta não acrescentavam nada de novo ao que já era conhecido.
"Andou toda a gente a assobiar para o lado", disse ao DN uma fonte ligada à investigação. "Ninguém fez nada, nem formal nem informalmente, para apressar o cumprimento da carta enviada a 12 de Agosto de 2005", assegurou a fonte ao DN. Em 2007, Maria Alice Fernandes, coordenadora do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Setúbal, em declarações a um tribunal de Lisboa, assegurava que as investigações "continuavam".
Nesse ano, a Serious Fraud Office abriu uma investigação que batia com a que existia em Portugal (ver DN de ontem). Iniciaram-se contactos esporádicos - um, em Julho, é referido na carta. Em Setembro de 2008 a investigação saiu da PJ de Setúbal para o DCIAP de Cândida Almeida.
Inglaterra mantém todo o interesse no caso e acciona o Eurojust (gabinete de cooperação europeu), que promove uma reunião entre as duas autoridades. Os ingleses propõem a criação de uma equipa mista. Cândida Almeida, acompanhada por Pedro do Carmo, subdirector da Polícia Judiciária (PJ), e Moreira da Silva, da unidade da PJ que investiga o crime económico, rejeitam a proposta.
Perante este cenário, os ingleses fazem chegar a 19 de Janeiro uma carta rogatória ao DCIAP, na qual pedem informação sobre o caso. Pedem sobretudo que lhes dêem acesso às diligências que já fizeram - não pedem buscas nem interrogatórios, nem informações bancárias novas. E, segundo disse Cândida Almeida, enviam algumas das informações pedidas pela investigação portuguesa, como dados de contas bancárias.
O DCIAP avança dia 22 com buscas. Tal como em Fevereiro de 2005 (ver caixa), a comunicação social revela-as e Sócrates, sobre quem as autoridades disseram não haver indícios de crimes, volta ao centro da polémica. Ao que o DN apurou, a divulgação pública da carta rogatória incomodou os ingleses. Resta saber qual vai ser a sua reacção.|
Diário Noticias
LICÍNIO LIMA
LEONARDO NEGRÃO-ARQUIVO DN
Investigação. A carta rogatória enviada a Inglaterra pela Procuradoria-Geral da República em 2005 esteve engavetada até 2008 sem que ninguém 'formal ou informalmente' accionasse os meios para acelerar o seu cumprimento, soube o DN junto de fonte policial
"Não houve diligências formais ou informais" das autoridades portuguesas para apressar o cumprimento da carta rogatória enviada em 2005 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para as autoridades inglesas, apurou o DN. No documento, solicitava-se a realização de diligências que ajudassem a esclarecer os indícios de corrupção no caso Freeport, nomeadamente junto de Charles Smith, sócio de Manuel Pedro numa empresa de consultoria.
De acordo com fontes do DN, só em Novembro de 2008, depois de uma reunião, as autoridades judiciárias portuguesas se aperceberam de que as investigações tinham de avançar porque os ingleses já estavam a mexer-se desde 2007 - quando foi descoberto um buraco no Freeport, na altura da venda à empresa Carlyle.
Os ingleses andavam à procura de indícios criminais sobre os quais os investigadores portugueses diziam não ter encontrado fundamento. Agora, alguns meses depois, há magistrados preocupados com a reacção das autoridades britânicas depois de verem a sua carta rogatória - enviada a 19 de Janeiro para Portugal com pedido de esclarecimentos sobre a investigação - na comunicação social (o DN publicou-a ontem), ao mesmo tempo que era desvalorizada num comunicado da PGR. Cândida Almeida, do Departamento de Investigação e Acção Penal, disse que os indícios que vinham na carta não acrescentavam nada de novo ao que já era conhecido.
"Andou toda a gente a assobiar para o lado", disse ao DN uma fonte ligada à investigação. "Ninguém fez nada, nem formal nem informalmente, para apressar o cumprimento da carta enviada a 12 de Agosto de 2005", assegurou a fonte ao DN. Em 2007, Maria Alice Fernandes, coordenadora do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Setúbal, em declarações a um tribunal de Lisboa, assegurava que as investigações "continuavam".
Nesse ano, a Serious Fraud Office abriu uma investigação que batia com a que existia em Portugal (ver DN de ontem). Iniciaram-se contactos esporádicos - um, em Julho, é referido na carta. Em Setembro de 2008 a investigação saiu da PJ de Setúbal para o DCIAP de Cândida Almeida.
Inglaterra mantém todo o interesse no caso e acciona o Eurojust (gabinete de cooperação europeu), que promove uma reunião entre as duas autoridades. Os ingleses propõem a criação de uma equipa mista. Cândida Almeida, acompanhada por Pedro do Carmo, subdirector da Polícia Judiciária (PJ), e Moreira da Silva, da unidade da PJ que investiga o crime económico, rejeitam a proposta.
Perante este cenário, os ingleses fazem chegar a 19 de Janeiro uma carta rogatória ao DCIAP, na qual pedem informação sobre o caso. Pedem sobretudo que lhes dêem acesso às diligências que já fizeram - não pedem buscas nem interrogatórios, nem informações bancárias novas. E, segundo disse Cândida Almeida, enviam algumas das informações pedidas pela investigação portuguesa, como dados de contas bancárias.
O DCIAP avança dia 22 com buscas. Tal como em Fevereiro de 2005 (ver caixa), a comunicação social revela-as e Sócrates, sobre quem as autoridades disseram não haver indícios de crimes, volta ao centro da polémica. Ao que o DN apurou, a divulgação pública da carta rogatória incomodou os ingleses. Resta saber qual vai ser a sua reacção.|
Diário Noticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Tio de Sócrates diz que "não deve"
Na abertura dos telejornais desta noite, destaque para a presença do tio de José Sócrates, Júlio Monteiro, no noticiário da TVI. O familiar do primeiro-ministro, que será alvo daqui a minutos de uma entrevista mais longa, disse nas primeiras impressões que quem não deve, não teme , trocando a ordem do provérbio popular.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
Na abertura dos telejornais desta noite, destaque para a presença do tio de José Sócrates, Júlio Monteiro, no noticiário da TVI. O familiar do primeiro-ministro, que será alvo daqui a minutos de uma entrevista mais longa, disse nas primeiras impressões que “quem não deve, não teme”, trocando a ordem do provérbio popular.
Na RTP, o canal público abriu com um directo de Londres, em que umas das repórteres da estação dá nota de uma alegada segunda reunião entre José Sócrates e os promotores do Freeport. Numa segunda peça, a RTP disse quais são os quatro suspeitos portugueses nomeados pelo polícia britânica: além de José Sócrates, surgem referências a José Marques, João Cabral e Manuel Pedro.
Na SIC, o caso Freeport não foi a notícia de abertura. O canal do grupo Impresa deu destaque a uma greve dos trabalhadores de algumas refinarias britânicas, em protesto contra a contratação de trabalhadores portugueses e italianos.
Jornal Negócios
Na abertura dos telejornais desta noite, destaque para a presença do tio de José Sócrates, Júlio Monteiro, no noticiário da TVI. O familiar do primeiro-ministro, que será alvo daqui a minutos de uma entrevista mais longa, disse nas primeiras impressões que quem não deve, não teme , trocando a ordem do provérbio popular.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
Na abertura dos telejornais desta noite, destaque para a presença do tio de José Sócrates, Júlio Monteiro, no noticiário da TVI. O familiar do primeiro-ministro, que será alvo daqui a minutos de uma entrevista mais longa, disse nas primeiras impressões que “quem não deve, não teme”, trocando a ordem do provérbio popular.
Na RTP, o canal público abriu com um directo de Londres, em que umas das repórteres da estação dá nota de uma alegada segunda reunião entre José Sócrates e os promotores do Freeport. Numa segunda peça, a RTP disse quais são os quatro suspeitos portugueses nomeados pelo polícia britânica: além de José Sócrates, surgem referências a José Marques, João Cabral e Manuel Pedro.
Na SIC, o caso Freeport não foi a notícia de abertura. O canal do grupo Impresa deu destaque a uma greve dos trabalhadores de algumas refinarias britânicas, em protesto contra a contratação de trabalhadores portugueses e italianos.
Jornal Negócios
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Caro Açor
Tu estás em Angola?
Gosto muito de te ler mas .... começo a desconfiar
Tu não fazes parte do grupo que quer transformar os Puto (Portugal ) em colónia de Angola pois não?
não leves a mal mas fica o Alerta
abraço
mcarvalho
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Caso Freeport
E-mails revelam conluio e ‘luvas’
Por Felícia Cabrita
E-mails recebidos pela Freeport ilustram amplamente a corrupção. O Estudo de Impacto Ambiental é o que requer maiores ‘luvas’, designadas por ‘bribery’. Um dos homens-chave português é designado por ‘Pinocchio’. A empresa conhecia por antecipação as decisões políticas
Os E-MAILS recebidos em 2001 e 2002 pelos responsáveis da Freeport no Reino Unido, provenientes de Portugal – designadamente de Charles Smith, sócio da empresa contratada para obter as aprovações necessárias à construção do outlet de Alcochete –, implicam José Sócrates e responsáveis de organismos do Ministério do Ambiente e da Câmara de Alcochete numa negociação quanto aos passos a dar para conseguir que o empreendimento tivesse luz verde.
Estes e-mails revelam ainda uma grande promiscuidade entre os representantes da Freeport e esses dirigentes, bem como um conhecimento antecipado das decisões oficiais e das datas em que seriam tomadas.
Na correspondência trocada, as «bribery» – pagamentos por baixo da mesa ou ‘luvas’, acordados entre os dois lados – são palavras recorrentes.
Alguns excertos dos e-mails trocados:
- «tudo deve estar concluído antes do novo Governo tomar posse»
- «tenho estado sob ordens muito rígidas do ministro para não dizer nada»
- «enviar a taxa em duas partes, uma para o Estudo de Impacto Ambiental e outra para os protocolos. Tenho as pessoas sob controlo graças a essa transferência»
- «para o Estudo de Impacto Ambiental é necessário pagar mais 50K. Não digo para pagar já, faça só a transferência»
SOL
E-mails revelam conluio e ‘luvas’
Por Felícia Cabrita
E-mails recebidos pela Freeport ilustram amplamente a corrupção. O Estudo de Impacto Ambiental é o que requer maiores ‘luvas’, designadas por ‘bribery’. Um dos homens-chave português é designado por ‘Pinocchio’. A empresa conhecia por antecipação as decisões políticas
Os E-MAILS recebidos em 2001 e 2002 pelos responsáveis da Freeport no Reino Unido, provenientes de Portugal – designadamente de Charles Smith, sócio da empresa contratada para obter as aprovações necessárias à construção do outlet de Alcochete –, implicam José Sócrates e responsáveis de organismos do Ministério do Ambiente e da Câmara de Alcochete numa negociação quanto aos passos a dar para conseguir que o empreendimento tivesse luz verde.
Estes e-mails revelam ainda uma grande promiscuidade entre os representantes da Freeport e esses dirigentes, bem como um conhecimento antecipado das decisões oficiais e das datas em que seriam tomadas.
Na correspondência trocada, as «bribery» – pagamentos por baixo da mesa ou ‘luvas’, acordados entre os dois lados – são palavras recorrentes.
Alguns excertos dos e-mails trocados:
- «tudo deve estar concluído antes do novo Governo tomar posse»
- «tenho estado sob ordens muito rígidas do ministro para não dizer nada»
- «enviar a taxa em duas partes, uma para o Estudo de Impacto Ambiental e outra para os protocolos. Tenho as pessoas sob controlo graças a essa transferência»
- «para o Estudo de Impacto Ambiental é necessário pagar mais 50K. Não digo para pagar já, faça só a transferência»
SOL
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Caso Freeport
PS envia emails aos militantes a defender Sócrates
Por Helena Pereira
O PS está a enviar mensagens aos seus militantes a sustentar a tese da «campanha negra» contra o primeiro-ministro
• Autoridades inglesas investigam Sócrates por pedido de suborno
• El País descreve José Sócrates «debaixo de fogo» e fala de atrasos na Justiça
• Jardim considera «estranho» comportamento da PGR
• Cavaco escusa pronunciar-se sobre condições de Sócrates para liderar Governo
O gabinete de José Sócrates no Largo do Rato enviou emails aos militantes do PS a defender o primeiro-ministro no caso Freeport.
«Para conhecimento» dos destinatários, transcreve o comunicado da Procuradoria-Geral da República emitido ontem e termina chamando a atenção para o ponto tido como mais relevante.
«Peço a sua melhor atenção para o ponto 7.º onde está, de forma objectiva e concreta, que ‘os alegados factos que a polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima’ e que ‘não há suspeitas fundadas’», lê-se.
O email, a que o SOL teve acesso, é assinado por André Figueiredo, chefe de gabinete de José Sócrates, como secretário-geral do PS.
Contactado pelo SOL, André Figueiredo explicou que este email insere-se na habitual prática do partido de «diariamente enviar informação aos militantes sobre todos os assuntos que têm a ver com a vida do PS e do país».
helena.pereira@sol.pt
Caso Freeport
PS envia emails aos militantes a defender Sócrates
Por Helena Pereira
O PS está a enviar mensagens aos seus militantes a sustentar a tese da «campanha negra» contra o primeiro-ministro.O gabinete de José Sócrates no Largo do Rato enviou emails aos militantes do PS a defender o primeiro-ministro no caso Freeport.
«Para conhecimento» dos destinatários, transcreve o comunicado da Procuradoria-Geral da República emitido ontem e termina chamando a atenção para o ponto tido como mais relevante.
«Peço a sua melhor atenção para o ponto 7.º onde está, de forma objectiva e concreta, que ‘os alegados factos que a polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima’ e que ‘não há suspeitas fundadas’», lê-se.
O email, a que o SOL teve acesso, é assinado por André Figueiredo, chefe de gabinete de José Sócrates, como secretário-geral do PS.
Contactado pelo SOL, André Figueiredo explicou que este email insere-se na habitual prática do partido de «diariamente enviar informação aos militantes sobre todos os assuntos que têm a ver com a vida do PS e do país».
helena.pereira@sol.pt
Jornal SOL
PS envia emails aos militantes a defender Sócrates
Por Helena Pereira
O PS está a enviar mensagens aos seus militantes a sustentar a tese da «campanha negra» contra o primeiro-ministro
• Autoridades inglesas investigam Sócrates por pedido de suborno
• El País descreve José Sócrates «debaixo de fogo» e fala de atrasos na Justiça
• Jardim considera «estranho» comportamento da PGR
• Cavaco escusa pronunciar-se sobre condições de Sócrates para liderar Governo
O gabinete de José Sócrates no Largo do Rato enviou emails aos militantes do PS a defender o primeiro-ministro no caso Freeport.
«Para conhecimento» dos destinatários, transcreve o comunicado da Procuradoria-Geral da República emitido ontem e termina chamando a atenção para o ponto tido como mais relevante.
«Peço a sua melhor atenção para o ponto 7.º onde está, de forma objectiva e concreta, que ‘os alegados factos que a polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima’ e que ‘não há suspeitas fundadas’», lê-se.
O email, a que o SOL teve acesso, é assinado por André Figueiredo, chefe de gabinete de José Sócrates, como secretário-geral do PS.
Contactado pelo SOL, André Figueiredo explicou que este email insere-se na habitual prática do partido de «diariamente enviar informação aos militantes sobre todos os assuntos que têm a ver com a vida do PS e do país».
helena.pereira@sol.pt
Caso Freeport
PS envia emails aos militantes a defender Sócrates
Por Helena Pereira
O PS está a enviar mensagens aos seus militantes a sustentar a tese da «campanha negra» contra o primeiro-ministro.O gabinete de José Sócrates no Largo do Rato enviou emails aos militantes do PS a defender o primeiro-ministro no caso Freeport.
«Para conhecimento» dos destinatários, transcreve o comunicado da Procuradoria-Geral da República emitido ontem e termina chamando a atenção para o ponto tido como mais relevante.
«Peço a sua melhor atenção para o ponto 7.º onde está, de forma objectiva e concreta, que ‘os alegados factos que a polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima’ e que ‘não há suspeitas fundadas’», lê-se.
O email, a que o SOL teve acesso, é assinado por André Figueiredo, chefe de gabinete de José Sócrates, como secretário-geral do PS.
Contactado pelo SOL, André Figueiredo explicou que este email insere-se na habitual prática do partido de «diariamente enviar informação aos militantes sobre todos os assuntos que têm a ver com a vida do PS e do país».
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Jornal SOL
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Camilo Lourenço
Sócrates e o País em banho-maria
camilolourenco@gmail.com
--------------------------------------------------------------------------------
Quem tiver visto o debate quinzenal no Parlamento percebeu que o primeiro-ministro estava visivelmente afectado pelo caso Freeport (deve ter sido o seu pior debate). Como se viu ao não admitir o erro relativamente ao alegado relatório da OCDE sobre a Educação em Portugal e quando envolveu Guilherme Silva na assinatura, com Espanha, do acordo para o TGV.
Com a declaração de ontem, Sócrates afastou as dúvidas que sobre si recaem? É duvidoso. Não acrescentou nada de novo ao que havia dito no fim-de-semana (excepto, talvez, no facto de a Procuradoria ter anunciado que as investigações se reportam a factos de 2005) e, na conferência de imprensa, cometeu um deslize: limitou as perguntas dos jornalistas. Foi um erro de palmatória. Porque o debate é onde Sócrates está como peixe na água. Veja-se, por exemplo, a diferença de eficácia entre a primeira e a segunda parte da intervenção de ontem: começou tenso e distendeu-se quando chegou às perguntas dos jornalistas.
Sócrates precisava de ter aproveitado a declaração de ontem para fazer um contra-ataque fulminante contra quem o acusa. Não o conseguiu. Com isso pode ter dado espaço para que o pântano, entretanto instalado, se agrave. Sabendo-se que a crise económica é profunda e que o País precisa de liderança forte, esta situação é preocupante. É que o primeiro-ministro devia estar concentrado nas soluções para a crise e não a defender-se de acusações.
Jornal Negócios
Sócrates e o País em banho-maria
camilolourenco@gmail.com
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Quem tiver visto o debate quinzenal no Parlamento percebeu que o primeiro-ministro estava visivelmente afectado pelo caso Freeport (deve ter sido o seu pior debate). Como se viu ao não admitir o erro relativamente ao alegado relatório da OCDE sobre a Educação em Portugal e quando envolveu Guilherme Silva na assinatura, com Espanha, do acordo para o TGV.
Com a declaração de ontem, Sócrates afastou as dúvidas que sobre si recaem? É duvidoso. Não acrescentou nada de novo ao que havia dito no fim-de-semana (excepto, talvez, no facto de a Procuradoria ter anunciado que as investigações se reportam a factos de 2005) e, na conferência de imprensa, cometeu um deslize: limitou as perguntas dos jornalistas. Foi um erro de palmatória. Porque o debate é onde Sócrates está como peixe na água. Veja-se, por exemplo, a diferença de eficácia entre a primeira e a segunda parte da intervenção de ontem: começou tenso e distendeu-se quando chegou às perguntas dos jornalistas.
Sócrates precisava de ter aproveitado a declaração de ontem para fazer um contra-ataque fulminante contra quem o acusa. Não o conseguiu. Com isso pode ter dado espaço para que o pântano, entretanto instalado, se agrave. Sabendo-se que a crise económica é profunda e que o País precisa de liderança forte, esta situação é preocupante. É que o primeiro-ministro devia estar concentrado nas soluções para a crise e não a defender-se de acusações.
Jornal Negócios
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Pedro Santos Guerreiro
Em defesa da defesa de Sócrates
psg@mediafin.pt
--------------------------------------------------------------------------------
O que se está a passar em Portugal é gravíssimo: um julgamento popular ao primeiro-ministro. José Sócrates é inocente, a comunicação social é diligente, a Justiça é delinquente. Até prova em contrário, todas as provas são a favor dessa sentença.
Os portugueses estão sedentos de Justiça, desconfiam dos seus políticos, iram-se com os banqueiros, tresanda a corrupção. E esse é o contexto ideal para a manipulação das massas, para os apedrejamentos públicos, para uma qualquer forma de justiça popular que é, em si mesma, a negação da Justiça. Como escrevia Joseph Conrad no prodigioso "O Agente Secreto", o homem "não é um animal investigador. Adora o óbvio. Evita explicações." Venera condenações.
O mais fácil é entrar no festival alucinante do "cheira a esturro", "onde há fumo há fogo" para aqui, "a mulher de César" para ali e outras formas sonsas de acusar sem se comprometer. O Caso Freeport não é um invento político nem um intento mediático. Mas o dessegredo do processo é um reconhecimento prévio de que a Justiça desistiu do seu papel. Só quem não acredita num julgamento nos tribunais opta por fazê-lo pelas próprias mãos do povo. O público é incompetente para julgar. A divisão de um País entre os que condenam e os que ilibam o primeiro-ministro é uma perversão social. A entrevista em que Sócrates contestou as suspeitas sobre as suas habilitações literárias foi, então, um momento que cobriu o País de ridículo. Preparamo-nos para repeti-lo?
Quatro milhões de euros saíram de Inglaterra para, suspeita-se, pagar "luvas" para um licenciamento em Alcochete; esse licenciamento teve aprovação supersónica, três dias antes do fim de um mandato governamental. Há gravações de conversas, empresas criadas e mortas num ápice, cartas rogatórias pedindo acesso a contas bancárias. Tudo isto é verdade e, ao contrário do papel deplorável a que se prestou no Caso Casa Pia, a comunicação social está a noticiar os passos e os factos. Mesmo que as fugas de informação sejam selectivas (são-no sempre), os factos noticiados são relevantes. E o dever de informação, que nos leva por instinto a desafiar o segredo de Justiça, não significa desprezar a presunção de inocência.
Já tivemos um Presidente da República sob escuta; um líder partidário reformado compulsivamente por alegadas suspeições de indícios de ligações ao Caso Casa Pia. Agora temos um primeiro-ministro suspeito de ser suspeito, buscas em directo na TV a escritórios de advogados e de arquitectos, uma total incapacidade de se clarificar se está ou não envolvida no Caso Freeport a pessoa com mais poder em Portugal, que entretanto se deita numa câmara ardente de apedrejamento público.
O financiamento partidário é um cancro da democracia. Há interesses políticos obscuros no caso BPN, as aprovações aos casos Siresp ou Casino de Lisboa por governos de gestão criam um clima pestilento. Mas não é assim que se combate a corrupção, que existe e grassa. Não é denunciando tudo, como Marinho Pinto em tempos fez, que se consegue mais que nada. Pelo contrário: deitando corpos para a fogueira mediática vamos cobrindo os fautores, corruptores e criminosos que os tribunais não conseguem condenar. Isso não é justiça, é um espectáculo.
Se o processo está descontrolado, a manipulação parece controlada. O primeiro-ministro pode sair mal ou, até, sair vítima deste processo. Mas pisa terreno minado. Como disse César, que tinha uma mulher que tinha de parecer o que era, "é impossível não acabar sendo como os outros acreditam que você é".
Jornal Negócios
Em defesa da defesa de Sócrates
psg@mediafin.pt
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O que se está a passar em Portugal é gravíssimo: um julgamento popular ao primeiro-ministro. José Sócrates é inocente, a comunicação social é diligente, a Justiça é delinquente. Até prova em contrário, todas as provas são a favor dessa sentença.
Os portugueses estão sedentos de Justiça, desconfiam dos seus políticos, iram-se com os banqueiros, tresanda a corrupção. E esse é o contexto ideal para a manipulação das massas, para os apedrejamentos públicos, para uma qualquer forma de justiça popular que é, em si mesma, a negação da Justiça. Como escrevia Joseph Conrad no prodigioso "O Agente Secreto", o homem "não é um animal investigador. Adora o óbvio. Evita explicações." Venera condenações.
O mais fácil é entrar no festival alucinante do "cheira a esturro", "onde há fumo há fogo" para aqui, "a mulher de César" para ali e outras formas sonsas de acusar sem se comprometer. O Caso Freeport não é um invento político nem um intento mediático. Mas o dessegredo do processo é um reconhecimento prévio de que a Justiça desistiu do seu papel. Só quem não acredita num julgamento nos tribunais opta por fazê-lo pelas próprias mãos do povo. O público é incompetente para julgar. A divisão de um País entre os que condenam e os que ilibam o primeiro-ministro é uma perversão social. A entrevista em que Sócrates contestou as suspeitas sobre as suas habilitações literárias foi, então, um momento que cobriu o País de ridículo. Preparamo-nos para repeti-lo?
Quatro milhões de euros saíram de Inglaterra para, suspeita-se, pagar "luvas" para um licenciamento em Alcochete; esse licenciamento teve aprovação supersónica, três dias antes do fim de um mandato governamental. Há gravações de conversas, empresas criadas e mortas num ápice, cartas rogatórias pedindo acesso a contas bancárias. Tudo isto é verdade e, ao contrário do papel deplorável a que se prestou no Caso Casa Pia, a comunicação social está a noticiar os passos e os factos. Mesmo que as fugas de informação sejam selectivas (são-no sempre), os factos noticiados são relevantes. E o dever de informação, que nos leva por instinto a desafiar o segredo de Justiça, não significa desprezar a presunção de inocência.
Já tivemos um Presidente da República sob escuta; um líder partidário reformado compulsivamente por alegadas suspeições de indícios de ligações ao Caso Casa Pia. Agora temos um primeiro-ministro suspeito de ser suspeito, buscas em directo na TV a escritórios de advogados e de arquitectos, uma total incapacidade de se clarificar se está ou não envolvida no Caso Freeport a pessoa com mais poder em Portugal, que entretanto se deita numa câmara ardente de apedrejamento público.
O financiamento partidário é um cancro da democracia. Há interesses políticos obscuros no caso BPN, as aprovações aos casos Siresp ou Casino de Lisboa por governos de gestão criam um clima pestilento. Mas não é assim que se combate a corrupção, que existe e grassa. Não é denunciando tudo, como Marinho Pinto em tempos fez, que se consegue mais que nada. Pelo contrário: deitando corpos para a fogueira mediática vamos cobrindo os fautores, corruptores e criminosos que os tribunais não conseguem condenar. Isso não é justiça, é um espectáculo.
Se o processo está descontrolado, a manipulação parece controlada. O primeiro-ministro pode sair mal ou, até, sair vítima deste processo. Mas pisa terreno minado. Como disse César, que tinha uma mulher que tinha de parecer o que era, "é impossível não acabar sendo como os outros acreditam que você é".
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Maria Filomena Mónica
Um rapaz da Província
--------------------------------------------------------------------------------
Não pensem que tenho ilusões sobre os meus compatriotas: os que berram contra a corrupção são, por vezes, os que mais a praticam.
Não sei se o actual primeiro-ministro está envolvido nas peripécias ligadas à construção do Freeport, mas estou ciente de três coisas: de entre os processos da Agência Portuguesa do Ambiente, a aprovação do último estudo ambiental deste empreendimento foi o mais rápido de sempre; os ingleses enviaram uma carta rogatória às autoridades portuguesas com base em que o eng. Sócrates é suspeito de ter "facilitado, pedido ou recebido" o pagamento de subornos; o eng. Cravinho, que pertence ao mesmo partido que o primeiro-ministro, quer saber o que terá levado um governo de gestão a tomar a decisão, o que seria anti-constitucional.
Só agora, ao ter-me sido pedida uma opinião, comecei a juntar as peças de um puzzle. A primeira coisa que notei, quando o primeiro-ministro tomou posse, foi a opacidade do seu olhar. Em parte, pensei que tal se devia ao facto de viver num limbo em que aquilo que diziam os seus documentos nem sempre era real. Sócrates nasceu no Porto, mas os pais decidiram registá-lo em Vilar de Maçada; o seu apelido não é Sócrates, mas Carvalho Pinto de Sousa. Até aqui, só tangencialmente tem culpa e muito menos é responsável pela família materna - tio e primos - saída de uma telenovela latino-americana.
Sócrates teve menos contacto com esta parte da família do que com a paterna. Em 1955, o pai casara com Adelaide de Carvalho Monteiro, cujos ascendentes tinham ganho algum dinheiro com a venda de volfrâmio. Devido à vida nómada do marido, os pais separaram-se, tendo este filho ficado a viver na Covilhã. O rapaz não tardou a considerar que a província era demasiado pacata. Mesmo as madrugadas em que comia chouriços assados, de pernas cruzadas no chão, o enchiam de tédio. Isto para não falar dos estudos: terminou o liceu com 13 valores.
Em Coimbra, matriculou-se no recém-criado Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), por onde viria a obter, mais uma vez com nota medíocre, o grau de bacharel. Como diria: "Aos vinte e um anos, eu tinha tirado o sétimo ano, tinha estado quatro anos em Engenharia, também não queria ser muito engenheiro, mas era melhor ser engenheiro do que não ser", após o que acrescentava: "Eu esperei que a vida me surpreendesse, esperei pelo meu Sol".
Antes, teve de assinar projectos de construção feitos por outros, com o objectivo de transformar barracões horrendos em mansões ainda mais horrendas. Ao que me dizem, trata-se de um costume nacional, o que nada explica nem desculpa, uma vez que nunca se devem assinar coisas que não são da nossa autoria. Começavam as trafulhices. Vieram outras. Embora o seu "curriculum" fosse confuso e mais confusa ainda a Universidade que lhe dera o diploma, resolveu promover-se a engenheiro.
Na política, fez parte da geração, criada em redoma dentro dos aparelhos partidários. A sua única experiência profissional era a de técnico da Câmara da Covilhã, para onde, na década de 1980, havia sido levado pelo pai. Depois, foi deputado, secretário de Estado e Ministro do Ambiente e, a 15 de Julho de 2004, candidatou-se, com êxito, à liderança do Partido Socialista. A 12 de Março do ano seguinte, era convidado a formar governo.
Por fim, o Sol alumiava-o. Até hoje. Já agora, agradeço que não pensem que tenho ilusões sobre os meus compatriotas: os que berram contra a corrupção são, por vezes, os que mais a praticam. Simplesmente, não gostam que "eles", os de cima, também o façam. Pode parecer injusto, mas é assim a vida.
Jornal Negócios
Um rapaz da Província
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Não pensem que tenho ilusões sobre os meus compatriotas: os que berram contra a corrupção são, por vezes, os que mais a praticam.
Não sei se o actual primeiro-ministro está envolvido nas peripécias ligadas à construção do Freeport, mas estou ciente de três coisas: de entre os processos da Agência Portuguesa do Ambiente, a aprovação do último estudo ambiental deste empreendimento foi o mais rápido de sempre; os ingleses enviaram uma carta rogatória às autoridades portuguesas com base em que o eng. Sócrates é suspeito de ter "facilitado, pedido ou recebido" o pagamento de subornos; o eng. Cravinho, que pertence ao mesmo partido que o primeiro-ministro, quer saber o que terá levado um governo de gestão a tomar a decisão, o que seria anti-constitucional.
Só agora, ao ter-me sido pedida uma opinião, comecei a juntar as peças de um puzzle. A primeira coisa que notei, quando o primeiro-ministro tomou posse, foi a opacidade do seu olhar. Em parte, pensei que tal se devia ao facto de viver num limbo em que aquilo que diziam os seus documentos nem sempre era real. Sócrates nasceu no Porto, mas os pais decidiram registá-lo em Vilar de Maçada; o seu apelido não é Sócrates, mas Carvalho Pinto de Sousa. Até aqui, só tangencialmente tem culpa e muito menos é responsável pela família materna - tio e primos - saída de uma telenovela latino-americana.
Sócrates teve menos contacto com esta parte da família do que com a paterna. Em 1955, o pai casara com Adelaide de Carvalho Monteiro, cujos ascendentes tinham ganho algum dinheiro com a venda de volfrâmio. Devido à vida nómada do marido, os pais separaram-se, tendo este filho ficado a viver na Covilhã. O rapaz não tardou a considerar que a província era demasiado pacata. Mesmo as madrugadas em que comia chouriços assados, de pernas cruzadas no chão, o enchiam de tédio. Isto para não falar dos estudos: terminou o liceu com 13 valores.
Em Coimbra, matriculou-se no recém-criado Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), por onde viria a obter, mais uma vez com nota medíocre, o grau de bacharel. Como diria: "Aos vinte e um anos, eu tinha tirado o sétimo ano, tinha estado quatro anos em Engenharia, também não queria ser muito engenheiro, mas era melhor ser engenheiro do que não ser", após o que acrescentava: "Eu esperei que a vida me surpreendesse, esperei pelo meu Sol".
Antes, teve de assinar projectos de construção feitos por outros, com o objectivo de transformar barracões horrendos em mansões ainda mais horrendas. Ao que me dizem, trata-se de um costume nacional, o que nada explica nem desculpa, uma vez que nunca se devem assinar coisas que não são da nossa autoria. Começavam as trafulhices. Vieram outras. Embora o seu "curriculum" fosse confuso e mais confusa ainda a Universidade que lhe dera o diploma, resolveu promover-se a engenheiro.
Na política, fez parte da geração, criada em redoma dentro dos aparelhos partidários. A sua única experiência profissional era a de técnico da Câmara da Covilhã, para onde, na década de 1980, havia sido levado pelo pai. Depois, foi deputado, secretário de Estado e Ministro do Ambiente e, a 15 de Julho de 2004, candidatou-se, com êxito, à liderança do Partido Socialista. A 12 de Março do ano seguinte, era convidado a formar governo.
Por fim, o Sol alumiava-o. Até hoje. Já agora, agradeço que não pensem que tenho ilusões sobre os meus compatriotas: os que berram contra a corrupção são, por vezes, os que mais a praticam. Simplesmente, não gostam que "eles", os de cima, também o façam. Pode parecer injusto, mas é assim a vida.
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«Sócrates, debaixo de fogo» chega a Espanha
El País fala «em muitos ataques e poucas provas» e alude a uma Justiça «a passo de tartaruga»
Por: Redacção / CR Vota 12345Resultado 123452 votos
O jornal espanhol «El País» anuncia esta sexta-feira «Sócrates, debaixo de fogo», publicando um artigo em que analisa os últimos desenvolvimentos do caso Freeport, mas onde alude ainda a atrasos na Justiça e a outros casos com atenção mediática, refere a Lusa.
«Os ataques e acusações proliferam nos meios de comunicação, apesar de as provas não surgirem com igual intensidade», refere o jornal, destacando o facto de Portugal estar em ano de eleições «e de haver quem acredite que a campanha já começou».
O «El País» cita os últimos desenvolvimentos, nomeadamente os artigos da imprensa que asseguram que a carta rogatória inglesa «compromete o primeiro-ministro num caso de suborno e corrupção», bem como as reacções de «repúdio» de José Sócrates.
«Apesar do impacto mediático, o caso Freeport não é o mais relevante dos que se acumulam no poder judicial português, que se move a passo de tartaruga», escreve o jornal.
Entre os processos, o matutino espanhol cita os casos BPP e do BPN.
Para o jornal, «o caso mais grave por resolver é o dos abusos sexuais na Casa Pia».
O assunto é ignorado pela restante imprensa escrita espanhola.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET), decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
IOL
El País fala «em muitos ataques e poucas provas» e alude a uma Justiça «a passo de tartaruga»
Por: Redacção / CR Vota 12345Resultado 123452 votos
O jornal espanhol «El País» anuncia esta sexta-feira «Sócrates, debaixo de fogo», publicando um artigo em que analisa os últimos desenvolvimentos do caso Freeport, mas onde alude ainda a atrasos na Justiça e a outros casos com atenção mediática, refere a Lusa.
«Os ataques e acusações proliferam nos meios de comunicação, apesar de as provas não surgirem com igual intensidade», refere o jornal, destacando o facto de Portugal estar em ano de eleições «e de haver quem acredite que a campanha já começou».
O «El País» cita os últimos desenvolvimentos, nomeadamente os artigos da imprensa que asseguram que a carta rogatória inglesa «compromete o primeiro-ministro num caso de suborno e corrupção», bem como as reacções de «repúdio» de José Sócrates.
«Apesar do impacto mediático, o caso Freeport não é o mais relevante dos que se acumulam no poder judicial português, que se move a passo de tartaruga», escreve o jornal.
Entre os processos, o matutino espanhol cita os casos BPP e do BPN.
Para o jornal, «o caso mais grave por resolver é o dos abusos sexuais na Casa Pia».
O assunto é ignorado pela restante imprensa escrita espanhola.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET), decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei, quando José Sócrates, actual primeiro-ministro, era ministro do Ambiente.
IOL
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