"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[Capitão Nemo]

Isto para não falar das administrações de empresas públicas como a CGD, onde ainda à poucos dias se soube que Armando Vara foi aumentado para o escalão máximo já depois de ter saído para o BCP.

E claro as reformas principescas que levam quando saem das instituições. A maioria dos portugueses só têm reforma ao fim de 40 anos de descontos, enquanto que uma minoria se reformam ao fim de meia dúzia de anos.

[MarcoAntonio]

Marco,

Eu não tenho necessidade de apontar defeitos nem a ti, nem a ninguém, só que o que o Obama fez , não foi nada que o nosso actual governo também não tivesse feito, ao contrário do que tu escreveste. O meu comentário apenas serviu para relembrar os mais esquecidos, como tu. O que tu fazes com frequência nos inumeros posts que escreves.

Um abraço

Alexandre Santos

Um tipo mete-se a fazer comentários sobre política/políticos e é claro, leva logo no coiro porque há sempre os defensores acérrimos das diversas cores partidárias.

Eu fiz um comentário sobre o comportamento recente dos deputados portugueses em tempo de crise. E de "cima" veio entre o silencio e o apadrinhamento, diga-se...

Também ainda ninguém se pronunciou sobre o que fazer ao exorbitante vencimento do Governador do Banco de Portugal (para todos os efeitos um cargo político, está bom de ver).


Mas isto não tem nada que ver com cores partidárias mas com a mentalidade política em vigor em Portugal: no início do ano houve um jovem deputado inocente do PSD (o que substitui o Marques Mendes) que cometeu a distracção de dizer que os deputados ganhavam surpreendente bem (ele até disse que para ele as ajudas de custo já chegavam e até prometeu doar 10% do salário dele mensalmente) e foi logo "praxado" pelos colegas.

Passado uma semana apareceu a pedir desculpas, coitado...


E podia continuar com exemplos de um lado e do outro.

[mais_um]

Boas Marco,

Não te tinha como demagogo e continuo a acreditar que só por distração fizeste o comentário que fizeste.

1º comparaste os vencimentos dos assessores do Obama com os nossos deputados, se quiseres fazer uma comparação séria, deves comparar os nossos deputados com os congressistas americanos, cujo o vencimento médio é cerca de 174.00,00$/ano (não sei se já inclui despesas de representação e afins)e foi aumentado em janeiro deste ano cerca de 2,8%, com a revolta de alguns cidadãos americanos tendo em conta as dificuldades que muitos estão a passar.

Compreendo a tua necessidade em apontar defeitos mas eu não fiz uma comparação de cargos mas de mentalidade.

Mas já que queres comparar os vencimentos dos congressistas americanos com os dos nossos deputados, aqui vai:

-> Sendo o vencimento médio de um congressista de $174.000 dolares anuais e dado que o rendimento médio nos Estados Unidos está em $39.400 anuais sensivelmente, temos portanto 4.4 vezes o vencimento médio.

-> Por cá, o vencimento médio do um deputado anda pelos 5 a 6 mil euros (ainda recentemente coloquei aqui um estudo actual que mostrava isso mesmo) e como o salário médio nacional anda pelos 900 euros (era de 840 euros em 2006) temos na ordem das 6 vezes o vencimento médio de Portugal.

Marco,

Eu não tenho necessidade de apontar defeitos nem a ti, nem a ninguém, só que o que o Obama fez , não foi nada que o nosso actual governo também não tivesse feito, ao contrário do que tu escreveste. O meu comentário apenas serviu para relembrar os mais esquecidos, como tu. O que tu fazes com frequência nos inumeros posts que escreves.

Um abraço

Alexandre Santos

[MarcoAntonio]

Mas ó Marco, alguém aqui dos que está contra a "Obamania" disse que Portugal é que era exemplo para alguém?? Estás a utilizar o mesmo tipo de argumentação dos políticos caseiros que tanto criticas.
Pareces o nú que olha para o roto e diz: Èpa! Aquele sim, é que veste bem.

Eu disse que gostaria de ver um pouco mais daquela demagogia por cá. O resto é confusão tua mesmo!

[MarcoAntonio]

Boas Marco,

Não te tinha como demagogo e continuo a acreditar que só por distração fizeste o comentário que fizeste.

1º comparaste os vencimentos dos assessores do Obama com os nossos deputados, se quiseres fazer uma comparação séria, deves comparar os nossos deputados com os congressistas americanos, cujo o vencimento médio é cerca de 174.00,00$/ano (não sei se já inclui despesas de representação e afins)e foi aumentado em janeiro deste ano cerca de 2,8%, com a revolta de alguns cidadãos americanos tendo em conta as dificuldades que muitos estão a passar.

Compreendo a tua necessidade em apontar defeitos mas eu não fiz uma comparação de cargos mas de mentalidade.

Mas já que queres comparar os vencimentos dos congressistas americanos com os dos nossos deputados, aqui vai:

-> Sendo o vencimento médio de um congressista de $174.000 dolares anuais e dado que o rendimento médio nos Estados Unidos está em $39.400 anuais sensivelmente, temos portanto 4.4 vezes o vencimento médio.

-> Por cá, o vencimento médio do um deputado anda pelos 5 a 6 mil euros (ainda recentemente coloquei aqui um estudo actual que mostrava isso mesmo) e como o salário médio nacional anda pelos 900 euros (era de 840 euros em 2006) temos na ordem das 6 vezes o vencimento médio de Portugal.

[Alvo]

Mas ó Marco, alguém aqui dos que está contra a "Obamania" disse que Portugal é que era exemplo para alguém?? Estás a utilizar o mesmo tipo de argumentação dos políticos caseiros que tanto criticas.
Pareces o nú que olha para o roto e diz: Èpa! Aquele sim, é que veste bem.

[mais_um]

Se uns o idolatram, outros já o criticam ainda não teve ele tempo para nada...

Bom, mas aqui fica a amostra (agenda resumida de um dia de trabalho do Obama):

Funcionários da Casa Branca

Obama congela salários a quem ganha mais de 100.000 dólares por ano

A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que vai congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano.

Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt

A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que vai congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano.

O congelamento significa que Obama irá manter os seus actuais salários, sem aumentos, anunciou a “AOL News”, citando a Associated Press. “As famílias norte-americanas estão a apertar o cinto, por isso Washington deve fazer o mesmo”, comunicou o 44º presidente dos EUA aos seus colaboradores durante a cerimónia oficial de apresentação na Casa Branca.


Entre os colaboradores que estão nesta situação, contam-se o chefe do "staff", o conselheiro de segurança nacional e o secretário de imprensa, salientou a mesma fonte.

Mas Obama não se ficou por aqui. Já anunciou que os EUA vão retirar as suas tropas do Iraque, suspendeu durante 120 dias os julgamentos em Guantánamo e fez telefonemas aos líderes israelita, palestiniano, egípcio e jordano, assegurando-lhes que trabalhará no sentido de consolidar o cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza.

A nível interno, a transparência prometida não está esquecida. Obama anunciou aquilo a que deu o nome de “clean break” face às normas vigentes que ditam quando e em que circunstâncias os responsáveis governamentais podem trabalhar em assuntos em torno dos quais fizeram “lobby” anteriormente, em agências governamentais.

Segundo a Associated Press, Barack Obama declarou que o período de interregno necessário para que os responsáveis governamentais possam trabalhar naquele tipo de assuntos passará de um para dois anos.

Hoje ao final do dia, Obama vai ainda reunir-se com a sua equipa de conselheiros económicos (20h15 de Lisboa) e com responsáveis militares de topo (21h15 de Lisboa).

Nós por cá temos deputados a ganhar limpos uns 6 mil euros (ou seja, umas 4x o salário médio) entre vencimento base e alcavalas e que acumulam com outras receitas grande parte das vezes e que ainda reivindicam a sexta-feira livre como o primeiro dia de um fim-de-semana especial de 3 dias para passarem mais tempo com a família (que aparentemente só eles têm) ou para poderem praticar as suas "outras profissões" mais à vontade...

Portanto, critiquem lá o Obama à vontade por causa do que ele disse na campanha que aqui no nosso portugalzinho estamos a anos-luz de ter um Obama.

Boas Marco,

Não te tinha como demagogo e continuo a acreditar que só por distração fizeste o comentário que fizeste.

1º comparaste os vencimentos dos assessores do Obama com os nossos deputados, se quiseres fazer uma comparação séria, deves comparar os nossos deputados com os congressistas americanos, cujo o vencimento médio é cerca de 174.00,00$/ano (não sei se já inclui despesas de representação e afins)e foi aumentado em janeiro deste ano cerca de 2,8%, com a revolta de alguns cidadãos americanos tendo em conta as dificuldades que muitos estão a passar.

2º Este governo (o nosso.. ), pela 1ª vez desde o 25 de Abril, fez uma redução dos beneficios dos titulares de cargos publicos e afins, pouco tempo depois de tomar posse, faz-me lembrar esta 1ª medida do Obama, tendo em conta que a situação por lá (para o povo em geral, não é melhor que a de cá), por muita coisa que digam, eles tem uma percentagem de pobres superior à nossa, para não falr de muitas outras coisas....

3º Em relação ao periodo de nojo, em portugal é de 3 anos, eles estão a passar de 1 para 2 anos....

Corte nas regalias dos políticos
2005-05-26
Lucília Tiago

OGoverno vai acabar com o regime especial para o cálculo de reforma e das subvenções vitalícias dos titulares de cargos públicos e políticos. O argumento de que o exemplo tem de vir de cima esteve sempre presente na intervenção de José Sócrates, que vai apresentar no Parlamento uma proposta para pôr fim a um conjunto de privilégios "injustificados". Os administradores de empresas públicas também vão ver as suas regalias limitadas e um congelamento salarial em 2006.

"É altura de pôr cobro a um conjunto de regimes de excepção que proliferam na nossa Administração Pública", começou por dizer José Sócrates, rematando que esta reforma "tem de começar pelos cargos políticos". Curiosamente, a bancada do PS, generosa em aplausos até aqui, ficou desta vez muda e queda e só se recordou de aplaudir quando foi para isso "lembrada". Sócrates especificou que a medida abrange autarcas, governantes e deputados e Campos e Cunha precisou que é para começar a ter efeitos ainda este ano.

Uma das regalias que está em causa refere-se ao suplemento vitalício a que deputados e governantes têm direito a partir de 12 anos de mandato. Ao fim deste tempo, aquele suplemento corresponde a 48% do vencimento (sendo calculado a 4% ao ano) e pode no máximo ir até 80%. A isto soma depois a sua reforma. No caso dos autarcas, o que está em causa é o regime actual que, para cálculo do tempo de reforma, multiplica por dois cada ano de mandato.

Mas Sócrates não pretende ficar por aqui e anunciou também a limitação das regalias dos administradores de empresas de capitais maioritariamente públicos. Além de congelamento salarial em 2006, haverá limitação dos prémios anuais de gestão e da faculdade de acumulação de vencimentos quando o gestor exerça funções em diversas empresas participadas. A compra de viaturas de serviço também é restringida.

Por outro lado, o Governo estipulou que, todos os três meses, dois Ministérios entrem em processo de auditoria e restruturação. O objectivo é rever asfunções e a orgânica de modo a aumentar a eficiência e diminuir a despesa. No caso específico da Saúde vão ser cativadas 5% das verbas afectas aos hospitais SA e será adoptado um pacote de medidas em matéria de comparticipação de medicamentos.

Members of Congress get pay raises despite recession
By ROB HOTAKAINEN
McClatchy Newspapers
WASHINGTON | Members of Congress have at least one reason to ring in the new year: They’ve given themselves a $4,700-a-year pay raise starting Thursday.

With the economy in a recession and millions of Americans losing their jobs, members are under fire to rescind the pay hike, which will increase their base salaries to $174,000, roughly a 2.8 percent raise.

Democratic House Speaker Nancy Pelosi will get a larger raise of about $6,100, though it’s about the same percent increase. Her salary will increase to nearly $223,500. Pelosi’s office declined to comment on the raise.

When Congress begins a new session next Tuesday, critics have an idea for the very first vote: Block the 2009 raise for all 535 senators and representatives.

“Certainly, the timing could be a lot better. ... When you look at the rest of the country, people are hoping to hang on to their jobs, much less get a salary increase or a bonus,” said Steve Ellis, the vice president of the watchdog group Taxpayers for Common Sense.

Other critics say that Congress has done nothing to deserve a raise.

“The general public can’t help but think that lawmakers are patting themselves on the back and padding their wallets for presiding over the worst fiscal-policy blunders in recent history,” said Pete Sepp, vice president for policy and communications for the National Taxpayers Union.

The issue is always sensitive for members of Congress, who have designed a way to raise their pay automatically without even having to vote. They call it a cost-of-living allowance that takes effect each year, unless members vote to turn it down.

Congress most recently decided to forgo a raise in 2007 because lawmakers hadn’t approved an increase in the minimum wage.

tendo em conta as 1ªs medidas do Obama, com a transparencia, etc...as promessas de criação de emprego aos mihões, parece-me que o homem andou a ter umas aulas com o nosso 1º, já que é em tudo muito semelhante...

Um abraço,

Alexandre Santos

[marianonunes]

Eu sou anti-Obamalove.

Fosse o Mccain (ele prometeu... mas sem data, porque será?) a prometer fechar Guantanamo em 100 dias e voltar atrás na palavra dele e era crucificado pelos média portugueses e americanos.

Como é o Obama nem se fala nisso... fez-se lavagem.

No primeiro dia de presidência mandar ao ar uma das maiores promessas da campanha dele, faz-me relembrar que ele não é um messias... mas sim um político. E as pessoas esquecem-se disso.

"Fecharei Guantanamo nos primeiros 100 dias da minha presidência" foi um slogan e nada mais que isso...

E existe uma enorme dificuldade em distinguir o que foi um slogan na campanha dele e o que foi um objectivo plausível.

[MarcoAntonio]

Marco... sabes como se faz política nos states? Eu até sou pró-americano... mas existe muita coisa da política de lá que dispenso bem aqui.

Pois eu não sou nem pró nem anti, seja relativo aos Americanos em geral seja relativo ao Obama.

Sim, tenho uma ideia de como se faz política nos States. Nomeadamente de como funcionam os lobbys (que lá são legais e uma forma de actuação política permitida), como são obtidos os votos dos congressistas, etc.

A classe política americana também goza muito... e como tem mais dinheiro (ou tinha) ainda goza mais.

Não há comparação possível.

Tudo tem de ser medido de forma relativa: o que é a realidade económica de um país e o que é a realidade económica de outro país (por exemplo, comparando com os vencimentos médios).

Mas o problema não se limita à classe-política em Portugal. Outros dois casos flagrantes são os gestores em geral (muitos deles são "nomeações políticas" por isso ainda não saimos bem do mesmo problema) ou a classe médica...

O facto é que Portugal apresenta das maiores disparidades salariais entre classes, como têm mostrado as estatísticas internacionais.

[marianonunes]

Marco... sabes como se faz política nos states? Eu até sou pró-americano... mas existe muita coisa da política de lá que dispenso bem aqui.

Para passar qualquer lei importante tem passar uma emenda com um subsídio qualquer para uma coisa sem jeito nenhum. Existem 1001 roubos ao contribuinte americano. Os ditos "earmarks"...

Estes foram os que passaram aquando o bailout:

$2 million tax benefit for makers of wooden arrows for children; a $100 million tax break to benefit auto racetrack owners; $192 million in rebates on excise taxes for the Puerto Rican and Virgin Islands rum industry; $148 million in tax relief for U.S. wool fabric producers; and a $49 million tax benefit for fishermen and other plaintiffs who sued over the 1989 tanker Exxon Valdez spill.

http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.c ... 13AHDN.DTL

O Obama pediu 1 bilião de dollars em "earmarks" para o estado dele (era o que o Mccain dizia nos debates e ele nunca o desmentiu). Alguns projectos de pessoas que contribuíram para a campanha dele...



A classe política americana também goza muito... e como tem mais dinheiro (ou tinha) ainda goza mais.

[corvo47]

Independentemente do que Obama faça num futuro mais distante, penso que o mundo estava a precisar de um líder deste género.

Tem a capacidade de movimentar e atrair as grandes "massas" e para já ,logo à primeira vista, já é muito bom.Porque além da crise em si ,o mundo vive um pessimismo global como não se via à muito.

E essa motivação como ponto de partida já é bom.Quanto aos resultados práticos,veremos o que acontece no futuro.Para esses é preciso tempo.

Um abraço.

[MarcoAntonio]

Quico, eu bem que gostava de ver esta demagogia por cá.

Na verdade, cá passa-se precisamente o oposto: o descaramento é tal que a classe política goza na cara dos portugueses reivindincando mais benesses ainda em tempo de crise...

Ai adorável demagogia, venha um bocadinho dela para Portugal.



PS: Bem, nós por cá tb temos de "demagogia", mas à base da piramide e aos 2 ou 3 anos de cada vez.

[marianonunes]

Então mas se ele ainda não teve tempo para nada... porque está Portugal a anos-luz de ter um Obama?

hum...

Aparentemente não viste a amostra do primeiro dia.

Não me digas que agora vamos ficar a discutir semântica...

Primeiro dia de trabalho ou "photo oportunity"?




Resumindo...

Congelou os salários de 100 colaboradores...

Suspendeu os julgamentos em Guantanamo durante 120... só para camuflar a mentira, ingenuidade, chama-lhe o que quiseres, de fechar guantanamo nos primeiros 100 dias da sua presidência. Nem precisou chegar ao primeiro dia de presidência para mandar essa promessa ao ar.

Fez uns telefonemas a dizer que está em cima do assunto.

E disse qualquer coisa sobre os lobbys ao qual ele deu o nome de "clean break"...

ufa...

[MarcoAntonio]

Então mas se ele ainda não teve tempo para nada... porque está Portugal a anos-luz de ter um Obama?

hum...

Aparentemente não viste a amostra do primeiro dia.

Não me digas que agora vamos ficar a discutir semântica...

[Quico]

Caro Marco:

A embarcar em demagogias?! Não te estava a ver... O "efeito Obama" tem destas coisas.

Abraço

[marianonunes]

Se uns o idolatram, outros já o criticam ainda não teve ele tempo para nada...

Portanto, critiquem lá o Obama à vontade por causa do que ele disse na campanha que aqui no nosso portugalzinho estamos a anos-luz de ter um Obama.

Então mas se ele ainda não teve tempo para nada... porque está Portugal a anos-luz de ter um Obama?

hum...

Até agora vejo muita simetria entre ele e o Sócrates... só faltava o Sócrates ser um cadinho mais moreno e o Obama ter um computador "Washington" (Magalhães versão americano... podia ser outro nome qualquer) para impingir aos outros.

[Capitão Nemo]

O Expresso disponibilizou no seu site um gráfico animado com alguma informação sobre a triste história de Guantanamo.

http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=storie ... ies/493289

[Capitão Nemo]

Caso assine um decreto que ainda está em fase de rascunho Obama poderá fechar Guantánamo no espaço de um ano

21.01.2009 - 19h41 Reuters

O Presidente norte-americano Barack Obama poderá fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, no espaço de um ano se assinar um decreto que ainda está em fase de rascunho e do qual a Reuters obteve hoje uma cópia.

Obama prometeu durante a sua campanha eleitoral que iria fechar o campo prisional de Guantánamo, visto como uma “nódoa” no registo de atropelos aos direitos humanos nos Estados Unidos e como um símbolo dos abusos infligidos aos prisioneiros sob a Administração de George W. Bush.

“As unidades de detenção para os indivíduos presos em Guantánamo abrangidos por esta medida deverão ser fechadas o mais depressa possível, e nunca demorar mais de um ano desde a data da ordem”, indica o documento provisório.

De acordo com este documento, a Administração de Obama teria igualmente que proceder a uma série de revisões sobre o estatuto dos restantes prisioneiros.

O rascunho prevê ainda a transferência de prisioneiros para estabelecimentos prisionais nos Estados Unidos.

Quem estiver abrangido pela ordem e que ainda esteja em detenção quando a prisão for fechada “deverá ser repatriado, libertado, transferido para uma terceira prisão ou transferido para outro estabelecimento prisional dos Estados Unidos”, indica o mesmo documento.

Não é expectável que Obama assine já hoje o documento, mas isso poderá acontecer já nos próximos dias.

A ordem indica ainda que é do interesse da política externa norte-americana o fecho da polémica prisão.

Julgamentos suspensos

Hoje cedo, o novo Presidente dos Estados Unidos tomou uma das suas primeiras medidas e pediu a suspensão dos processos judiciais por terrorismo na base naval norte-americana de Guantánamo, em Cuba, durante 120 dias.

Durante a tarde, a ordem presidencial cumpriu-se: um juiz suspendeu por 120 dias os julgamentos em Guantánamo dos cinco homens acusados de envolvimento nos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, a pedido do Presidente Barack Obama.

Entre os cinco acusados conta-se um alegado “cérebro” dos atentados, Khalid Sheikh Mohammed, que se opôs à suspensão do julgamento, argumentando querer confessar o seu papel nos ataques.

Fonte Público http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=11

[MarcoAntonio]

Se uns o idolatram, outros já o criticam ainda não teve ele tempo para nada...

Bom, mas aqui fica a amostra (agenda resumida de um dia de trabalho do Obama):

Funcionários da Casa Branca

Obama congela salários a quem ganha mais de 100.000 dólares por ano

A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que vai congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano.

Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt

A promessa de Barack Obama de maior transparência, justiça e emprego para todos começou a ganhar forma no seu primeiro dia como presidente dos Estados Unidos. Passando da teoria à prática, Obama chegou à Casa Branca e comunicou que vai congelar os salários de cerca de 100 colaboradores com um salário superior a 100.000 dólares por ano.

O congelamento significa que Obama irá manter os seus actuais salários, sem aumentos, anunciou a “AOL News”, citando a Associated Press. “As famílias norte-americanas estão a apertar o cinto, por isso Washington deve fazer o mesmo”, comunicou o 44º presidente dos EUA aos seus colaboradores durante a cerimónia oficial de apresentação na Casa Branca.


Entre os colaboradores que estão nesta situação, contam-se o chefe do "staff", o conselheiro de segurança nacional e o secretário de imprensa, salientou a mesma fonte.

Mas Obama não se ficou por aqui. Já anunciou que os EUA vão retirar as suas tropas do Iraque, suspendeu durante 120 dias os julgamentos em Guantánamo e fez telefonemas aos líderes israelita, palestiniano, egípcio e jordano, assegurando-lhes que trabalhará no sentido de consolidar o cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza.

A nível interno, a transparência prometida não está esquecida. Obama anunciou aquilo a que deu o nome de “clean break” face às normas vigentes que ditam quando e em que circunstâncias os responsáveis governamentais podem trabalhar em assuntos em torno dos quais fizeram “lobby” anteriormente, em agências governamentais.

Segundo a Associated Press, Barack Obama declarou que o período de interregno necessário para que os responsáveis governamentais possam trabalhar naquele tipo de assuntos passará de um para dois anos.

Hoje ao final do dia, Obama vai ainda reunir-se com a sua equipa de conselheiros económicos (20h15 de Lisboa) e com responsáveis militares de topo (21h15 de Lisboa).

Nós por cá temos deputados a ganhar limpos uns 6 mil euros (ou seja, umas 4x o salário médio) entre vencimento base e alcavalas e que acumulam com outras receitas grande parte das vezes e que ainda reivindicam a sexta-feira livre como o primeiro dia de um fim-de-semana especial de 3 dias para passarem mais tempo com a família (que aparentemente só eles têm) ou para poderem praticar as suas "outras profissões" mais à vontade...

Portanto, critiquem lá o Obama à vontade por causa do que ele disse na campanha que aqui no nosso portugalzinho estamos a anos-luz de ter um Obama.

[Capitão Nemo]

Sei lá, também, até que ponto as coisas más de Bush não foram amplificadas até ao exagero? Acha que os procedimentos menos ortodoxos de uma entidade como a CIA nasceram com Bush? E quem garante que não existiam sob a alçada de um Kennedy ou de um Clinton? Ou que não são procedimentos também adoptados em serviços secretos de outros países menos "mediáticos"? E o Iraque estará mesmo a ferro e fogo, como nos pintam os órgãos de comunicação social? Ou conveio até agora manter essa imagem, quando já desde há largos meses não é assim?

Quico o que eu acho é que os procedimentos menos ortodoxos da CIA deveriam ter consequências para a própria instituição mas penso que eram do conhecimento e muito provavelmente autorizadas pelo governo, as denúncias sobre a questão Guantanamo que são de conhecimento geral e a questão do Iraque pois sabe-se que foram invocadas razões que não passaram de mentiras inventadas para a invasão.

Estes dois acontecimentos têm consequências graves, em termos internacionais, para um país mesmo que seja os EUA.

Cá por mim preferia o tempo em que os políticos não eram escolhidos pela telegenia, havia poucas expectativas no início do mandato e, no final, o seu trabalho era criticado por uns, louvados por outros e a história acabaria por os julgar.
Sim, estou a falar de Churchill, que pelos critérios que me descreve, nunca teria tido a chance sequer de se aproximar da cadeira do poder: era alcoólico, fumador, snob, arrogante, e muito pouco carismático e até desprezado quando foi chamado para o nº 10 de Downing Street.

Estou de acordo consigo, hoje em dia os politicos são eleitos essencialmente pela televisão e pelas caracteristicas pessoais que as câmaras de televisão querem evidenciar, a era das ideologias que defendiam creio que morreu com o fim do comunismo e com a queda do muro de Berlim. Nos últimos anos o debate esquerda direita não existiu.

Compreendo que hoje em dia haja uma sensação de vazio de conteúdo quando os comparamos com antigos líderes euroepus ou americanos. Sinais dos tempos...

Não sou fã dele mas à dias no seu programa da RTP1, Mário Soares dizia que esta crise iria trazer de volta o debate ideológico à politica... talvez assim seja.

O pior de tudo foi que também disse que era necessário voltar a ler Marx

[Iniciado]

As espectativas são tão altas que é impossivel não desiludir.
Têm um discurso inflamado,sentimentalista e convicente,dá a ideia de quem o ouve,a seguir vai para o trabalho e produz...produz,ele consegue motivar multidões,sem duvida,só que o problema não é esse.
Todos sabemos que o problema não é os americas srem calões,nao produzirem.
Ele apela ao empenhamento do povo,mas isso nem era necessário.
Os problemas que estao a surgir ultrapassam isso tudo e infelizmente,nao sao resolvidos com mais empenhamento,nem mais trabalho.
Enfim foi uma máquina que foi montada e assim continuará.
Honra seja feita que o homem é um super orador.

[marianonunes]

Já agora vou fazer uma tradução de Obamanês para referência futura. Nem todos sabem falar Obamanês por isso aproveitem...

" O que começou como um suspiro nas escadas em chicago transformou-se num coro de milhões que jamais será calado... bla bla bla...Irei fechar guantanamo nos primeiros 100 dias da minha presidência!"

Traduzido fica assim:

"Vou suspender os tribunais de Guantanamo por 120 dias."

[marianonunes]

Pois eu lembro-me dum moço jovem e ideológico que era apologista do "Public Financing" como forma de acabar com os donativos menos claros ás campanhas eleitorais... mas que depois quando abriu os olhos voltou atrás na palavra e os media até apoiaram a decisão iluminada do moço.

Agora não me lembro do nome de quem era... mas não era o velho rançoso.

[Alvo]

Eu só gostaria de saber de onde veio o dinheiro para esta inédita campanha de marketing político para este sujeito. Dos Europeus? Dos Árabes? O futuro desvendará por certo o mistério.

Essa já se sabe e é fácil. Da internet.

Uma das grandes "descobertas" da equipa do Obama foram os donativos online que facilitam imenso grandes quantidades de pequenos donativos.

10 milhões de pessoas a dar $50 são logo $500 milhões.

Ver aqui como é fácil. Se deres mais de $30 tens direito a uma t-shirt.

Eu referia-me à verdadeira origem.

[atomez]

Eu só gostaria de saber de onde veio o dinheiro para esta inédita campanha de marketing político para este sujeito. Dos Europeus? Dos Árabes? O futuro desvendará por certo o mistério.

Essa já se sabe e é fácil. Da internet.

Uma das grandes "descobertas" da equipa do Obama foram os donativos online que facilitam imenso grandes quantidades de pequenos donativos.

10 milhões de pessoas a dar $50 são logo $500 milhões.

Ver aqui como é fácil. Se deres mais de $30 tens direito a uma t-shirt.