BPN Nacionalizado
E o que acontece aos produtos estruturados cujo emitente é o próprio banco? Paulo JM
Os produtos estruturados combinam, regra geral, um depósito e uma aplicação num fundo, cabaz de acções, numa moeda ou índice. Parte do dinheiro fica no depósito e a restante tem uma remuneração variável, em função do activo subjacente. O Negócios contactou o Banco de Portugal e a CMVM para esclarecer esta questão mas até ao fecho da edição não obteve resposta. Mas conforme os casos, poderá ser accionado o Fundo de Garantia de Depósitos ou o Sistema de Indemnização ao Investidor.
Caramba, até eu sei mais que isso. A resposta depende de quem é o emitente e depende de que formato de obrigações o estruturado está montado. Sim, cada emissão tem que ser vista caso a caso. Não estou a ver como é que em qualquer formato se possa vir a accionar o sistema de indemnização do investidor.
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=333900
Perguntas e respostas
O seu dinheiro está a salvo?
O Negócios disponibilizou terça-feira no "site" um fórum para receber as dúvidas dos leitores sobre os efeitos da crise financeira no seu bolso. As muitas dezenas de questões recebidas deixam clara a ansiedade sobre a segurança das poupanças. Conheça as respostas as respostas às questões colocadas.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
(Este conteudo foi elaborado antes da alteração do Fundo de Garantia de Depósitos. O Governo aprovou o aumento do limite da garantia de 25 para 100 mil euros)
O Negócios disponibilizou no início de Outubro no "site" um fórum para receber as dúvidas dos leitores sobre os efeitos da crise financeira no seu bolso. As muitas dezenas de questões recebidas deixam clara a ansiedade sobre a segurança das poupanças. Conheça as respostas as respostas às questões colocadas.
Investimento
Os investimentos em PPR e PPA estão a salvo se o banco ou companhia de seguros falir?
Paulo O.
Embora as decisões de investimento sejam tomadas pela sociedade gestora, que tipicamente pertence a um banco, o património do fundo é autónomo. Ou seja, pertence aos investidores, que são os donos das unidades de participação, e não à sociedade gestora. Caso o banco a que ela pertence vá à falência, os investidores mantém o património que têm no fundo. O novo banco que adquirir a sociedade gestora passará a ser responsável pela gestão dos fundos. Estas regras aplicam-se a quaisquer fundos de investimento, inclusive aos PPR e PPA. O património dos planos de poupança comercializados pelas seguradoras também é autónomo, pelo que se aplica o mesmo princípio.
Tenho acções numa conta do meu banco. O que acontece se ele falir? Isabel M.
As acções continuam a pertencer-lhe. Caso, após a falência, não existam condições para restitui-las é accionado o Sistema de Indemnização dos Investidores (SII) da CMVM. Este mecanismo garante o reembolso em dinheiro do valor equivalente dos activos em causa, até um máximo de 25.000 euros por cada investidor. Ou seja, se uma conta tiver três titulares, cada um terá direito no máximo àquele montante. A soma a reembolsar é calculada com base no valor dos instrumentos financeiros à data de accionamento do SII. O sistema garante não só acções, como obrigações, unidades de participação, futuros ou opções.
O reembolso até 25.000 euros previsto no Fundo de Garantia de Depósitos aplica-se apenas aos depósitos à ordem, ou também aos depósitos a prazo? Paulo JM.
Para efeitos da garantia dada pelo Fundo, qualquer tipo de depósito é coberto.
Qual o impacto das falências dos bancos no valor dos PPA? Apenas perda de valor? Paulo O.
Caso um fundo esteja investido numa instituição financeira que tenha falido, ele sofre a desvalorização das acções dessa instituição. Ou seja, o património e as unidades de participação detidas pelos investidores perdem valor. O impacto dependerá do peso que essa instituição tinha na carteira global do fundo. Regra geral, os fundos investem de forma diversificada em várias dezenas e mesmo centenas de empresas. No caso de o fundo incluir obrigações emitidas por uma empresa que vá à falência, ele será credor desta. Ou seja, terá direito a receber parte dos activos sobrantes. O que não quer dizer que seja reposto a totalidade do capital investido pelo fundo.
O que acontece aos produtos estruturados cujo emitente é o próprio banco que vai à falência? PJM
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "O conceito de produtos estruturados é demasiado amplo para que a questão possa ser respondida linearmente. Depende do tipo de produto. No caso de depósitos estruturados, a componente de depósito é garantida, de acordo com os limites já referidos (25 mil euros por cada depositante e em cada instituição de crédito)".
E o que acontece aos produtos estruturados cujo emitente é o próprio banco? Paulo JM
Os produtos estruturados combinam, regra geral, um depósito e uma aplicação num fundo, cabaz de acções, numa moeda ou índice. Parte do dinheiro fica no depósito e a restante tem uma remuneração variável, em função do activo subjacente. O Negócios contactou o Banco de Portugal e a CMVM para esclarecer esta questão mas até ao fecho da edição não obteve resposta. Mas conforme os casos, poderá ser accionado o Fundo de Garantia de Depósitos ou o Sistema de Indemnização ao Investidor.
Qual será a expectativa até Dezembro para o cambio entre o euro e o dólar? Paulo P.
No contexto actual a incerteza predomina, dificultando as previsões. Ainda assim, a média das estimativas dos analistas consultados pela agência Bloomberg é de que o câmbio entre o euro e o dólar vai manter-se em redor dos actuais valores até ao fim do ano. Isto é, em torno dos 1,41 dólares.
Terá sido a crise financeira a influenciar a queda BRENT ou, a escalada do BRENT a contribuir para o agravamento da crise financeira? Aldo P.
É mais provável ter sido a crise financeira a influenciar a queda do Brent. A escalada do Brent tem mais efeitos económicos do que financeiros e aparentemente funcionou, na primeira fase da crise, como um activo de refúgio justificando boa parte da subida do seu preço. É possível que a perspectiva de contágio da crise financeira à economia tenha reduzido a atractividade do petróleo como activo de refúgio. Uma razão possível para isso pode ser a perspectiva de um efeito de queda das cotações do Brent por redução da procura por motivos reais (isto é para a actividade das empresas). Tudo isto são explicações que só podem ser comprovados com dados que na maioria dos casos não existem.
Sou um reformado, que aplicou todo o seu capital em acções, fundos de investimento e produtos estruturados. Perante esta crise, que me custou este ano cerca de 25% do capital, a minha questão é se devo resgatar todo o capital e assumir as perdas, ou manter a calma e aguardar que a situação se altere e possa recuperar parte do capital perdido? Fernando C.
Em primeiro lugar deve manter a calma, para tomar uma decisão ponderada. Deve ter em conta se vai necessitar do dinheiro no curto ou médio prazo. Neste caso, será prudente vender parte dos activos e colocá-los em aplicações de menor risco e com disponibilidade imediata, como os depósitos. Se puder esperar, poderá tentar recuperar as perdas. Mas ninguém sabe quanto mais podem cair as acções e durante quanto tempo.
Devido aos problemas da Segurança Social, gostaria de saber se descontando por privados tenho a minha situação mais assegurada? Tenho um PPR para que daqui a alguns anos possa receber reforma. Será que a crise financeira pode fazer com que não receba a reforma? Artur P.P.
Os descontos para a Segurança Social são obrigatórios para todos os trabalhadores, de forma a assegurar uma pensão mensal na reforma paga pelo Estado. O valor da pensão de reforma depende do montante de descontos efectuados para a Segurança Social durante o período de vida activa. Já os planos privados, como os PPR, são instrumentos de poupança autónomos, de adesão livre, que se destinam a complementar a pensão do Estado e assegurar um maior conforto financeiro após a aposentação.
Como lesado do Banco Lehman, aguardo a liquidação para receber o "rateio" de uma obrigação senior. Não deveriam os bancos, quando nos vendem produtos, nomeadamente instrumentos de dívida, informar o cliente do tipo de divida que está a adquirir? Nuno F.
A legislação obriga as instituições financeiras a informarem os clientes sobre o perfil de risco de todos os produtos que estão a comercializar. Sobre o seu caso especifico, deverá contactar a instituição financeira que lhe alienou o produto em causa para saber qual a situação actual do mesmo. Para reclamar, contacte o Banco de Portugal e/ou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Poupanças
Os meus depósitos à ordem e a prazo estão seguros, mesmo se o banco falir? Paulo O.
A primeira ideia a reter é que não existe nenhuma ameaça concreta sobre os bancos portugueses, pelo que não é necessário ir a correr retirar os seus depósitos. A generalidade dos bancos cumpre os rácios de solvabilidade impostos pelo Banco de Portugal, o que dá uma segurança adicional aos clientes. Mas mesmo no caso extremo de uma falência, existe uma salvaguarda: o Fundo de Garantia de Depósitos permite o reembolso do dinheiro em depósitos, até 25.000 euros por depositante.
Todas as instituições de crédito cuja actividade inclua a recepção de depósitos têm de participar obrigatoriamente no Fundo, com excepção das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo e da Caixa Central, que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, tendo um fundo específico.
O Banco de Portugal assegura 25.000 euros por cliente ou 25.000 euros por cliente e por banco? João B.
O Fundo de Garantia de Depósitos garante o valor global dos saldos por depositante e por banco. Por exemplo, se tiver 50.000 euros em depósitos, metade em cada banco, poderá ser reembolsado na totalidade. Isto é, receber 25.000 euros por cada conta.
Os meus depósitos a prazo ou à ordem em valor excedente a 50.000 euros, num banco de investimento português, estarão a salvo? Como poderei minimizar o risco de perder este dinheiro? Paulo SP.
Sendo um depósito num banco português, ele estará salvaguardado pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Mas este só cobre 25.000 euros. A diversificação é uma das regras de ouro de qualquer investimento, independentemente do nível de risco. Se tiver várias contas em diferentes bancos o risco será menor.
Fiz um depósito num balcão de um banco português no estrangeiro. Que garantias tenho se o banco for à falência? Jorge SD
O Banco de Portugal esclarece apenas, no "site" do Fundo de Garantia, que os depósitos captados por sucursais estabelecidas noutros Estados-membros da União Europeia, pertencentes a instituições de crédito com sede em Portugal, estão abrangidos pelo mesmo regime de garantia de que beneficiam os depósitos captados em Portugal pela instituição de crédito a que pertencem.
No caso de uma conta bancária ter dois titulares, os tais 25.000 euros é por conta ou multiplicado pelos dois titulares? João B.
Mesmo que existam vários titulares, o reembolso pelo Fundo de Garantia de Depósitos é aplicado por depositante e instituição. Ou seja, o limite máximo será sempre de 25.000 euros por depositante, mesmo que sejam dois ou mais os titulares. O Banco de Portugal explica que, na ausência de disposição em contrário, presume-se que os depósitos pertencem em partes iguais aos respectivos titulares. O reembolso por parte do Fundo deve ter lugar no prazo máximo de três meses a contar da data em que os depósitos se tornarem indisponíveis.
Estou a pensar investir em depósitos a prazo num banco da Letónia, chamado Privatbank, que apresenta boas taxas. Estou protegido pelo Fundo de Garantia de Depósitos? Qual o risco caso o Banco abra falência ou saia de Portugal? Paulo P.
O Privatbank é uma das instituições de crédito autorizadas pelo Banco de Portugal. Como tal, faz parte do Fundo de Garantia de Depósitos, pelo que caso o banco vá à falência terá direito ao reembolso do depósito, com o limite de 25.000 euros.
Estarão os depósitos a prazo salvaguardados, em caso de um eventual colapso de uma instituição bancária em Portugal? José P.
Não existe nenhuma ameaça concreta sobre os bancos portugueses. Todos cumprem os rácios de solvabilidade impostos pelo Banco de Portugal, o que dá uma segurança adicional aos clientes. Mas mesmo no caso extremo de uma falência, existe uma salvaguarda: o Fundo de Garantia de Depósitos permite o reembolso do dinheiro em depósitos, até 25.000 euros por depositante. Se o valor do depósito exceder aquele montante, ou o FGD não for suficiente, ficará credor da instituição financeira. Neste caso haverá uma comissão liquidatária, que distribuirá os activos sobrantes por todos os credores.
Os bancos estão fortemente a sugerir o resgate de outras aplicações, de outras instituições, nomeadamente seguradoras, para colocar em depósitos a prazo. Devo confiar mais num depósitos a prazo de um banco privado, ou num seguro de capitalização de uma seguradora privada? Nuno F.
Os dois produtos têm um perfil de risco idêntico, embora as características sejam diferentes. Nos depósitos a prazo o aforrador conhece antes de aplicar as poupanças qual será o retorno que receberá, enquanto nos seguros de capitalização este é incerto, apesar da maioria destes produtos ter uma rendibilidade mínima garantida. Os seguros de capitalização são contratos de seguro de vida segundo os quais, em troca de uma única prestação ou prestações periódicas a empresa de seguros compromete-se a pagar ao subscritor um determinado montante, decorrido um determinado número de anos. Apesar de possibilitarem a dedução à colecta do IRS, os seguros de capitalização têm tributação à saída. Os rendimentos gerados pelo investimento em seguros de capitalização estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 20% (taxa liberatória). Ao juro recebido por um depósito a prazo é também aplicada uma taxa de imposto de 20%.
Tenho alguma vantagem em concentrar no mesmo banco as minhas poupanças e os meus empréstimos? Nuno A.
A vantagem da concentração está no maior poder negocial que ganha com o seu banco, quer no pedido de melhor rendibilidade das poupanças, quer na solicitação de menores custos nos empréstimos. Contudo, a diversificação por várias instituições diminui o risco.
É mais seguro retirar o meu dinheiro dos fundos de acções e obrigações e fazer depósitos a prazo? António A.
Os depósitos a prazo têm um perfil de risco muito inferior, sobretudo comparando com os fundos de acções, sendo por isso um investimento mais "seguro". Historicamente são também aplicações com uma taxa de rendibilidade mais baixa. Na sua tomada de decisão terá ainda que ter em conta as eventuais comissões de resgate que poderá ter que pagar, caso opte por retirar o seu dinheiro dos fundos e que o investimento neste produtos deve sempre ser feito numa óptica de longo prazo. Em média nos últimos 12 meses, os fundos de obrigações taxa indexada euro apresentam uma rendibilidade média negativa de 2,97%, mas a 60 meses a rendibilidade média anualizada é positiva em 0,55%. Nas classe de acções nacionais, os fundos perdem 31,84% nos últimos 12 meses. Nos últimos 60 meses, a rendibilidade média anualizada é positiva em 9,45%. De acordo com dados do Banco de Portugal, a remuneração média dos depósitos a 12 meses era em Julho de 4,52%.
Se o dinheiro do Fundo de Garantia for insuficiente para cobrir os depósitos de um banco que entre em falência, o que acontece? Alfredo B.
Dados da Comissão Europeia mostram que o Fundo de Garantia de Depósitos cobre menos de 1% do montante existente em depósitos. No caso de os recursos serem insuficientes para fazer face às obrigações, o Fundo pode solicitar contribuições especiais ou recorrer mesmo a empréstimos. Em situações de urgência, que possam pôr em causa aspectos de estabilidade sistémica, o Banco de Portugal pode facultar temporariamente ao Fundo os recursos adequados à satisfação das suas necessidades imediatas.
Como devemos salvaguardar as nossas poupanças, sem correr nenhum risco? José P.
Se quiser fazer um aplicação financeira sem estar exposto a eventuais problemas num banco, uma alternativa é colocar as suas poupanças em certificados de aforro. Guardar o dinheiro debaixo do colchão, como se fazia antigamente, além de haver o risco de roubo, não o protege contra a inflação.
Crédito
O que acontece se um banco que for nosso credor, por exemplo num crédito à habitação, falir? Sandro S.
No caso de um banco falir, os créditos passam para a entidade que estiver a gerir a recuperação da instituição ou que a tenha adquirido. Ou seja, a responsabilidade de pagar o crédito mantém-se, embora o credor possa ser outro.
Eu fiz um contrato promessa de compra e venda de uma casa há três anos e no final deste ano o apartamento vai estar pronto, será que devo comprar a casa? Será que a taxa Euribor nunca mais vai baixar ou estabilizar? Anisabel V.
Um especialista da CB Richard Ellis considera que, em casos como este e para se defender, o comprador deverá optar por contratar um crédito à taxa fixa. Quanto ao prazo da mesmo, isso varia consoante o banco. Mas lembra que se agora desistir da casa, e após ter assinado um contrato-promessa, o comprador perde o dinheiro que entretanto já tenha entregue. Quanto à evolução da taxa Euribor, ela dependerá da actuação do Banco Central Europeu (BCE) e da estabilização do mercado monetário. As Euribor, são taxas interbancárias, que resultam das operações de financiamento realizadas entre os bancos. O seu valor têm vindo a subir nos diferentes prazos, devido à falta de liquidez no mercado monetário. Isto é, os bancos estão a reter os fundos de que dispõem recusando-se a emprestar dinheiro aos seus pares. Como o dinheiro se tornou um bem escasso, o seu preço sobe. Daí a subida das taxas Euribor. Quanto ao BCE, os analistas acreditam numa descida das taxas em 2009. Mas nada garante que as Euribor desçam, sobretudo enquanto se mantiver a incerteza sobre a solvabilidade das instituições financeiras.
Eu fiz um contrato promessa de compra e venda de uma casa há três anos e no final deste ano o apartamento vai estar pronto, será que devo comprar a casa? Será que a taxa Euribor nunca mais vai baixar ou estabilizar? Anisabel V.
Um especialista da CB Richard Ellis considera que, em casos como este e para se defender, o comprador deverá optar por contratar um crédito à taxa fixa. Quanto ao prazo da mesmo, isso varia consoante o banco. Mas lembra que se agora desistir da casa, e após ter assinado um contrato-promessa, o comprador perde o dinheiro que entretanto já tenha entregue. Quanto à evolução da taxa Euribor, ela dependerá da actuação do Banco Central Europeu (BCE) e da estabilização do mercado monetário. As Euribor, são taxas interbancárias, que resultam das operações de financiamento realizadas entre os bancos. O seu valor têm vindo a subir nos diferentes prazos, devido à falta de liquidez no mercado monetário. Isto é, os bancos estão a reter os fundos de que dispõem recusando-se a emprestar dinheiro aos seus pares. Como o dinheiro se tornou um bem escasso, o seu preço sobe. Daí a subida das taxas Euribor. Quanto ao BCE, os analistas acreditam numa descida das taxas em 2009. Mas nada garante que as Euribor desçam, sobretudo enquanto se mantiver a incerteza sobre a solvabilidade das instituições financeiras.
Gostaria de saber o que acontece a um crédito em caso de falência da instituição bancária? Celestino G.
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "A responsabilidade de uma pessoa por créditos que lhe foram concedidos não cessa pelo facto de a entidade credora falir. Esses créditos podem, por exemplo, ser comprados por outra entidade ou passarem a ser geridos por uma comissão liquidatária".
Gostaria de saber o que acontece a um crédito em caso de falência da instituição bancária? Celestino G.
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "A responsabilidade de uma pessoa por créditos que lhe foram concedidos não cessa pelo facto de a entidade credora falir. Esses créditos podem, por exemplo, ser comprados por outra entidade ou passarem a ser geridos por uma comissão liquidatária".
Perguntas e respostas
O seu dinheiro está a salvo?
O Negócios disponibilizou terça-feira no "site" um fórum para receber as dúvidas dos leitores sobre os efeitos da crise financeira no seu bolso. As muitas dezenas de questões recebidas deixam clara a ansiedade sobre a segurança das poupanças. Conheça as respostas as respostas às questões colocadas.
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(Este conteudo foi elaborado antes da alteração do Fundo de Garantia de Depósitos. O Governo aprovou o aumento do limite da garantia de 25 para 100 mil euros)
O Negócios disponibilizou no início de Outubro no "site" um fórum para receber as dúvidas dos leitores sobre os efeitos da crise financeira no seu bolso. As muitas dezenas de questões recebidas deixam clara a ansiedade sobre a segurança das poupanças. Conheça as respostas as respostas às questões colocadas.
Investimento
Os investimentos em PPR e PPA estão a salvo se o banco ou companhia de seguros falir?
Paulo O.
Embora as decisões de investimento sejam tomadas pela sociedade gestora, que tipicamente pertence a um banco, o património do fundo é autónomo. Ou seja, pertence aos investidores, que são os donos das unidades de participação, e não à sociedade gestora. Caso o banco a que ela pertence vá à falência, os investidores mantém o património que têm no fundo. O novo banco que adquirir a sociedade gestora passará a ser responsável pela gestão dos fundos. Estas regras aplicam-se a quaisquer fundos de investimento, inclusive aos PPR e PPA. O património dos planos de poupança comercializados pelas seguradoras também é autónomo, pelo que se aplica o mesmo princípio.
Tenho acções numa conta do meu banco. O que acontece se ele falir? Isabel M.
As acções continuam a pertencer-lhe. Caso, após a falência, não existam condições para restitui-las é accionado o Sistema de Indemnização dos Investidores (SII) da CMVM. Este mecanismo garante o reembolso em dinheiro do valor equivalente dos activos em causa, até um máximo de 25.000 euros por cada investidor. Ou seja, se uma conta tiver três titulares, cada um terá direito no máximo àquele montante. A soma a reembolsar é calculada com base no valor dos instrumentos financeiros à data de accionamento do SII. O sistema garante não só acções, como obrigações, unidades de participação, futuros ou opções.
O reembolso até 25.000 euros previsto no Fundo de Garantia de Depósitos aplica-se apenas aos depósitos à ordem, ou também aos depósitos a prazo? Paulo JM.
Para efeitos da garantia dada pelo Fundo, qualquer tipo de depósito é coberto.
Qual o impacto das falências dos bancos no valor dos PPA? Apenas perda de valor? Paulo O.
Caso um fundo esteja investido numa instituição financeira que tenha falido, ele sofre a desvalorização das acções dessa instituição. Ou seja, o património e as unidades de participação detidas pelos investidores perdem valor. O impacto dependerá do peso que essa instituição tinha na carteira global do fundo. Regra geral, os fundos investem de forma diversificada em várias dezenas e mesmo centenas de empresas. No caso de o fundo incluir obrigações emitidas por uma empresa que vá à falência, ele será credor desta. Ou seja, terá direito a receber parte dos activos sobrantes. O que não quer dizer que seja reposto a totalidade do capital investido pelo fundo.
O que acontece aos produtos estruturados cujo emitente é o próprio banco que vai à falência? PJM
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "O conceito de produtos estruturados é demasiado amplo para que a questão possa ser respondida linearmente. Depende do tipo de produto. No caso de depósitos estruturados, a componente de depósito é garantida, de acordo com os limites já referidos (25 mil euros por cada depositante e em cada instituição de crédito)".
E o que acontece aos produtos estruturados cujo emitente é o próprio banco? Paulo JM
Os produtos estruturados combinam, regra geral, um depósito e uma aplicação num fundo, cabaz de acções, numa moeda ou índice. Parte do dinheiro fica no depósito e a restante tem uma remuneração variável, em função do activo subjacente. O Negócios contactou o Banco de Portugal e a CMVM para esclarecer esta questão mas até ao fecho da edição não obteve resposta. Mas conforme os casos, poderá ser accionado o Fundo de Garantia de Depósitos ou o Sistema de Indemnização ao Investidor.
Qual será a expectativa até Dezembro para o cambio entre o euro e o dólar? Paulo P.
No contexto actual a incerteza predomina, dificultando as previsões. Ainda assim, a média das estimativas dos analistas consultados pela agência Bloomberg é de que o câmbio entre o euro e o dólar vai manter-se em redor dos actuais valores até ao fim do ano. Isto é, em torno dos 1,41 dólares.
Terá sido a crise financeira a influenciar a queda BRENT ou, a escalada do BRENT a contribuir para o agravamento da crise financeira? Aldo P.
É mais provável ter sido a crise financeira a influenciar a queda do Brent. A escalada do Brent tem mais efeitos económicos do que financeiros e aparentemente funcionou, na primeira fase da crise, como um activo de refúgio justificando boa parte da subida do seu preço. É possível que a perspectiva de contágio da crise financeira à economia tenha reduzido a atractividade do petróleo como activo de refúgio. Uma razão possível para isso pode ser a perspectiva de um efeito de queda das cotações do Brent por redução da procura por motivos reais (isto é para a actividade das empresas). Tudo isto são explicações que só podem ser comprovados com dados que na maioria dos casos não existem.
Sou um reformado, que aplicou todo o seu capital em acções, fundos de investimento e produtos estruturados. Perante esta crise, que me custou este ano cerca de 25% do capital, a minha questão é se devo resgatar todo o capital e assumir as perdas, ou manter a calma e aguardar que a situação se altere e possa recuperar parte do capital perdido? Fernando C.
Em primeiro lugar deve manter a calma, para tomar uma decisão ponderada. Deve ter em conta se vai necessitar do dinheiro no curto ou médio prazo. Neste caso, será prudente vender parte dos activos e colocá-los em aplicações de menor risco e com disponibilidade imediata, como os depósitos. Se puder esperar, poderá tentar recuperar as perdas. Mas ninguém sabe quanto mais podem cair as acções e durante quanto tempo.
Devido aos problemas da Segurança Social, gostaria de saber se descontando por privados tenho a minha situação mais assegurada? Tenho um PPR para que daqui a alguns anos possa receber reforma. Será que a crise financeira pode fazer com que não receba a reforma? Artur P.P.
Os descontos para a Segurança Social são obrigatórios para todos os trabalhadores, de forma a assegurar uma pensão mensal na reforma paga pelo Estado. O valor da pensão de reforma depende do montante de descontos efectuados para a Segurança Social durante o período de vida activa. Já os planos privados, como os PPR, são instrumentos de poupança autónomos, de adesão livre, que se destinam a complementar a pensão do Estado e assegurar um maior conforto financeiro após a aposentação.
Como lesado do Banco Lehman, aguardo a liquidação para receber o "rateio" de uma obrigação senior. Não deveriam os bancos, quando nos vendem produtos, nomeadamente instrumentos de dívida, informar o cliente do tipo de divida que está a adquirir? Nuno F.
A legislação obriga as instituições financeiras a informarem os clientes sobre o perfil de risco de todos os produtos que estão a comercializar. Sobre o seu caso especifico, deverá contactar a instituição financeira que lhe alienou o produto em causa para saber qual a situação actual do mesmo. Para reclamar, contacte o Banco de Portugal e/ou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Poupanças
Os meus depósitos à ordem e a prazo estão seguros, mesmo se o banco falir? Paulo O.
A primeira ideia a reter é que não existe nenhuma ameaça concreta sobre os bancos portugueses, pelo que não é necessário ir a correr retirar os seus depósitos. A generalidade dos bancos cumpre os rácios de solvabilidade impostos pelo Banco de Portugal, o que dá uma segurança adicional aos clientes. Mas mesmo no caso extremo de uma falência, existe uma salvaguarda: o Fundo de Garantia de Depósitos permite o reembolso do dinheiro em depósitos, até 25.000 euros por depositante.
Todas as instituições de crédito cuja actividade inclua a recepção de depósitos têm de participar obrigatoriamente no Fundo, com excepção das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo e da Caixa Central, que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, tendo um fundo específico.
O Banco de Portugal assegura 25.000 euros por cliente ou 25.000 euros por cliente e por banco? João B.
O Fundo de Garantia de Depósitos garante o valor global dos saldos por depositante e por banco. Por exemplo, se tiver 50.000 euros em depósitos, metade em cada banco, poderá ser reembolsado na totalidade. Isto é, receber 25.000 euros por cada conta.
Os meus depósitos a prazo ou à ordem em valor excedente a 50.000 euros, num banco de investimento português, estarão a salvo? Como poderei minimizar o risco de perder este dinheiro? Paulo SP.
Sendo um depósito num banco português, ele estará salvaguardado pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Mas este só cobre 25.000 euros. A diversificação é uma das regras de ouro de qualquer investimento, independentemente do nível de risco. Se tiver várias contas em diferentes bancos o risco será menor.
Fiz um depósito num balcão de um banco português no estrangeiro. Que garantias tenho se o banco for à falência? Jorge SD
O Banco de Portugal esclarece apenas, no "site" do Fundo de Garantia, que os depósitos captados por sucursais estabelecidas noutros Estados-membros da União Europeia, pertencentes a instituições de crédito com sede em Portugal, estão abrangidos pelo mesmo regime de garantia de que beneficiam os depósitos captados em Portugal pela instituição de crédito a que pertencem.
No caso de uma conta bancária ter dois titulares, os tais 25.000 euros é por conta ou multiplicado pelos dois titulares? João B.
Mesmo que existam vários titulares, o reembolso pelo Fundo de Garantia de Depósitos é aplicado por depositante e instituição. Ou seja, o limite máximo será sempre de 25.000 euros por depositante, mesmo que sejam dois ou mais os titulares. O Banco de Portugal explica que, na ausência de disposição em contrário, presume-se que os depósitos pertencem em partes iguais aos respectivos titulares. O reembolso por parte do Fundo deve ter lugar no prazo máximo de três meses a contar da data em que os depósitos se tornarem indisponíveis.
Estou a pensar investir em depósitos a prazo num banco da Letónia, chamado Privatbank, que apresenta boas taxas. Estou protegido pelo Fundo de Garantia de Depósitos? Qual o risco caso o Banco abra falência ou saia de Portugal? Paulo P.
O Privatbank é uma das instituições de crédito autorizadas pelo Banco de Portugal. Como tal, faz parte do Fundo de Garantia de Depósitos, pelo que caso o banco vá à falência terá direito ao reembolso do depósito, com o limite de 25.000 euros.
Estarão os depósitos a prazo salvaguardados, em caso de um eventual colapso de uma instituição bancária em Portugal? José P.
Não existe nenhuma ameaça concreta sobre os bancos portugueses. Todos cumprem os rácios de solvabilidade impostos pelo Banco de Portugal, o que dá uma segurança adicional aos clientes. Mas mesmo no caso extremo de uma falência, existe uma salvaguarda: o Fundo de Garantia de Depósitos permite o reembolso do dinheiro em depósitos, até 25.000 euros por depositante. Se o valor do depósito exceder aquele montante, ou o FGD não for suficiente, ficará credor da instituição financeira. Neste caso haverá uma comissão liquidatária, que distribuirá os activos sobrantes por todos os credores.
Os bancos estão fortemente a sugerir o resgate de outras aplicações, de outras instituições, nomeadamente seguradoras, para colocar em depósitos a prazo. Devo confiar mais num depósitos a prazo de um banco privado, ou num seguro de capitalização de uma seguradora privada? Nuno F.
Os dois produtos têm um perfil de risco idêntico, embora as características sejam diferentes. Nos depósitos a prazo o aforrador conhece antes de aplicar as poupanças qual será o retorno que receberá, enquanto nos seguros de capitalização este é incerto, apesar da maioria destes produtos ter uma rendibilidade mínima garantida. Os seguros de capitalização são contratos de seguro de vida segundo os quais, em troca de uma única prestação ou prestações periódicas a empresa de seguros compromete-se a pagar ao subscritor um determinado montante, decorrido um determinado número de anos. Apesar de possibilitarem a dedução à colecta do IRS, os seguros de capitalização têm tributação à saída. Os rendimentos gerados pelo investimento em seguros de capitalização estão sujeitos a retenção na fonte, à taxa de 20% (taxa liberatória). Ao juro recebido por um depósito a prazo é também aplicada uma taxa de imposto de 20%.
Tenho alguma vantagem em concentrar no mesmo banco as minhas poupanças e os meus empréstimos? Nuno A.
A vantagem da concentração está no maior poder negocial que ganha com o seu banco, quer no pedido de melhor rendibilidade das poupanças, quer na solicitação de menores custos nos empréstimos. Contudo, a diversificação por várias instituições diminui o risco.
É mais seguro retirar o meu dinheiro dos fundos de acções e obrigações e fazer depósitos a prazo? António A.
Os depósitos a prazo têm um perfil de risco muito inferior, sobretudo comparando com os fundos de acções, sendo por isso um investimento mais "seguro". Historicamente são também aplicações com uma taxa de rendibilidade mais baixa. Na sua tomada de decisão terá ainda que ter em conta as eventuais comissões de resgate que poderá ter que pagar, caso opte por retirar o seu dinheiro dos fundos e que o investimento neste produtos deve sempre ser feito numa óptica de longo prazo. Em média nos últimos 12 meses, os fundos de obrigações taxa indexada euro apresentam uma rendibilidade média negativa de 2,97%, mas a 60 meses a rendibilidade média anualizada é positiva em 0,55%. Nas classe de acções nacionais, os fundos perdem 31,84% nos últimos 12 meses. Nos últimos 60 meses, a rendibilidade média anualizada é positiva em 9,45%. De acordo com dados do Banco de Portugal, a remuneração média dos depósitos a 12 meses era em Julho de 4,52%.
Se o dinheiro do Fundo de Garantia for insuficiente para cobrir os depósitos de um banco que entre em falência, o que acontece? Alfredo B.
Dados da Comissão Europeia mostram que o Fundo de Garantia de Depósitos cobre menos de 1% do montante existente em depósitos. No caso de os recursos serem insuficientes para fazer face às obrigações, o Fundo pode solicitar contribuições especiais ou recorrer mesmo a empréstimos. Em situações de urgência, que possam pôr em causa aspectos de estabilidade sistémica, o Banco de Portugal pode facultar temporariamente ao Fundo os recursos adequados à satisfação das suas necessidades imediatas.
Como devemos salvaguardar as nossas poupanças, sem correr nenhum risco? José P.
Se quiser fazer um aplicação financeira sem estar exposto a eventuais problemas num banco, uma alternativa é colocar as suas poupanças em certificados de aforro. Guardar o dinheiro debaixo do colchão, como se fazia antigamente, além de haver o risco de roubo, não o protege contra a inflação.
Crédito
O que acontece se um banco que for nosso credor, por exemplo num crédito à habitação, falir? Sandro S.
No caso de um banco falir, os créditos passam para a entidade que estiver a gerir a recuperação da instituição ou que a tenha adquirido. Ou seja, a responsabilidade de pagar o crédito mantém-se, embora o credor possa ser outro.
Eu fiz um contrato promessa de compra e venda de uma casa há três anos e no final deste ano o apartamento vai estar pronto, será que devo comprar a casa? Será que a taxa Euribor nunca mais vai baixar ou estabilizar? Anisabel V.
Um especialista da CB Richard Ellis considera que, em casos como este e para se defender, o comprador deverá optar por contratar um crédito à taxa fixa. Quanto ao prazo da mesmo, isso varia consoante o banco. Mas lembra que se agora desistir da casa, e após ter assinado um contrato-promessa, o comprador perde o dinheiro que entretanto já tenha entregue. Quanto à evolução da taxa Euribor, ela dependerá da actuação do Banco Central Europeu (BCE) e da estabilização do mercado monetário. As Euribor, são taxas interbancárias, que resultam das operações de financiamento realizadas entre os bancos. O seu valor têm vindo a subir nos diferentes prazos, devido à falta de liquidez no mercado monetário. Isto é, os bancos estão a reter os fundos de que dispõem recusando-se a emprestar dinheiro aos seus pares. Como o dinheiro se tornou um bem escasso, o seu preço sobe. Daí a subida das taxas Euribor. Quanto ao BCE, os analistas acreditam numa descida das taxas em 2009. Mas nada garante que as Euribor desçam, sobretudo enquanto se mantiver a incerteza sobre a solvabilidade das instituições financeiras.
Eu fiz um contrato promessa de compra e venda de uma casa há três anos e no final deste ano o apartamento vai estar pronto, será que devo comprar a casa? Será que a taxa Euribor nunca mais vai baixar ou estabilizar? Anisabel V.
Um especialista da CB Richard Ellis considera que, em casos como este e para se defender, o comprador deverá optar por contratar um crédito à taxa fixa. Quanto ao prazo da mesmo, isso varia consoante o banco. Mas lembra que se agora desistir da casa, e após ter assinado um contrato-promessa, o comprador perde o dinheiro que entretanto já tenha entregue. Quanto à evolução da taxa Euribor, ela dependerá da actuação do Banco Central Europeu (BCE) e da estabilização do mercado monetário. As Euribor, são taxas interbancárias, que resultam das operações de financiamento realizadas entre os bancos. O seu valor têm vindo a subir nos diferentes prazos, devido à falta de liquidez no mercado monetário. Isto é, os bancos estão a reter os fundos de que dispõem recusando-se a emprestar dinheiro aos seus pares. Como o dinheiro se tornou um bem escasso, o seu preço sobe. Daí a subida das taxas Euribor. Quanto ao BCE, os analistas acreditam numa descida das taxas em 2009. Mas nada garante que as Euribor desçam, sobretudo enquanto se mantiver a incerteza sobre a solvabilidade das instituições financeiras.
Gostaria de saber o que acontece a um crédito em caso de falência da instituição bancária? Celestino G.
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "A responsabilidade de uma pessoa por créditos que lhe foram concedidos não cessa pelo facto de a entidade credora falir. Esses créditos podem, por exemplo, ser comprados por outra entidade ou passarem a ser geridos por uma comissão liquidatária".
Gostaria de saber o que acontece a um crédito em caso de falência da instituição bancária? Celestino G.
O Negócios enviou a pergunta ao Banco de Portugal, que respondeu: "A responsabilidade de uma pessoa por créditos que lhe foram concedidos não cessa pelo facto de a entidade credora falir. Esses créditos podem, por exemplo, ser comprados por outra entidade ou passarem a ser geridos por uma comissão liquidatária".
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... l=26&rss=0
BPN: É preciso apurar que partidos o banco beneficiou em campanhas eleitorais - Manuel Monteiro
Santa Maria da Feira, 15 Nov (Lusa) - O presidente demissionário do Partido da Nova Democracia (PND), defendeu hoje que é preciso apurar quais são os partidos políticos beneficiados nas suas campanhas eleitorais pelo Banco Português de Negócios (BPN).
"Independentemente dos erros ou das omissões que o Governador do Banco de Portugal possa ter cometido, está tudo a atirar poeira para cima dele (Vítor Constâncio) para desviar as atenções dos partidos e dos políticos que ao longo dos anos foram financiados e beneficiados pela existência do BPN", disse Manuel Monteiro.
Falando aos jornalistas à margem do Conselho Geral do PND, em Santa Maria da Feira, onde oficializou a demissão do cargo que ocupava desde 2003, Manuel Monteiro frisou que as responsabilidades no caso do BPN não podem ser atribuídas "num único sentido".
"Temos de ter uma direita que diga o seguinte: andam à pressa a nacionalizar o banco, não é para salvaguardar os depósitos dos seus depositantes, nem tendo em vista a estabilidade no mercado financeiro, mas para que as poucas-vergonhas feitas em conluio com a classe política nacional não sejas descobertas", sublinhou.
"Andam à pressa a nacionalizar o banco para que não se ponha a nu aquilo que provavelmente muitos dirigentes partidários dos partidos que estão no paramento sabem e vieram a beneficiar", acrescentou, sem avançar com qualquer nome.
EYD.
Lusa/Fim
BPN: É preciso apurar que partidos o banco beneficiou em campanhas eleitorais - Manuel Monteiro
Santa Maria da Feira, 15 Nov (Lusa) - O presidente demissionário do Partido da Nova Democracia (PND), defendeu hoje que é preciso apurar quais são os partidos políticos beneficiados nas suas campanhas eleitorais pelo Banco Português de Negócios (BPN).
"Independentemente dos erros ou das omissões que o Governador do Banco de Portugal possa ter cometido, está tudo a atirar poeira para cima dele (Vítor Constâncio) para desviar as atenções dos partidos e dos políticos que ao longo dos anos foram financiados e beneficiados pela existência do BPN", disse Manuel Monteiro.
Falando aos jornalistas à margem do Conselho Geral do PND, em Santa Maria da Feira, onde oficializou a demissão do cargo que ocupava desde 2003, Manuel Monteiro frisou que as responsabilidades no caso do BPN não podem ser atribuídas "num único sentido".
"Temos de ter uma direita que diga o seguinte: andam à pressa a nacionalizar o banco, não é para salvaguardar os depósitos dos seus depositantes, nem tendo em vista a estabilidade no mercado financeiro, mas para que as poucas-vergonhas feitas em conluio com a classe política nacional não sejas descobertas", sublinhou.
"Andam à pressa a nacionalizar o banco para que não se ponha a nu aquilo que provavelmente muitos dirigentes partidários dos partidos que estão no paramento sabem e vieram a beneficiar", acrescentou, sem avançar com qualquer nome.
EYD.
Lusa/Fim
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Vou fazer uma coisa que não costumo fazer e que é repetir algo que não tem uma "fonte oficial". Ouvi isto de alguém em que confio que não costuma inventar:
Parece que o BPN terá produtos a vencer em breve e a pagar juros. Serão produtos próprios, tipo estruturados. Ora parece igualmente que o banco está agora a dizer que, apesar da nacionalização, que não garantem o pagamento destes produtos. Isto afectaria principalmente produtos de capital garantido emitidos pelo banco, tipo estruturados.
Alguém leu essa noticia?
Parece que o BPN terá produtos a vencer em breve e a pagar juros. Serão produtos próprios, tipo estruturados. Ora parece igualmente que o banco está agora a dizer que, apesar da nacionalização, que não garantem o pagamento destes produtos. Isto afectaria principalmente produtos de capital garantido emitidos pelo banco, tipo estruturados.
Alguém leu essa noticia?
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=107621
Caso BPN: remessas para o Brasil foram parar a Gibraltar
O rasto aos mais de 30 milhões de euros enviadas por sociedades ligadas ao Banco Português de Negócios (BPN) para a sociedade Fuentes Participações, com sede no Brasil, em S. Paulo, acaba numa gestora de fortunas sedeada no off-shore de Gibraltar, revela o jornal Público este sábado.
Os registos que se encontram na página de Internet do banco central brasileiro permitem verificar que desde 2002 foram enviados por várias empresas do universo BPN, principalmente pelo BPN Cayman e pelo Banco Insular de Cabo Verde, mais de 30 milhões de euros para a Fuentes.
O capital desta sociedade é detido a 99 por cento pela holandesa Excellence Real Investments (EREI), fundada em 2001. Na identificação desta sociedade, aparece como administrador o nome A. Guimarães. Mas este apenas se manteve em funções até Junho deste ano, data em que Miguel Cadilhe assume a presidência do grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN)/BPN.
A EREI é, por sua vez, detida por um trust (sociedades gestoras de património) com sede no offshore de Gibraltar, através do Fiduciary Trust (50 por cento) e Fiduciary Nominees (50 por cento).
A procura do rasto do dinheiro enviado para o Brasil permite, no entanto, verificar outras coincidências, prossegue o jornal. No mesmo ano em que foi criada a EREI, surgiu também uma outra sociedade: a Dual Commerce & Services, localizada em Londres. «A morada desta empresa, perto de Baker Street, é a mesma da Insular Holding (proprietária do cabo-verdiano Banco Insular). E também esta sociedade é detida pelo trust constituído através do Fiduciary Trust e Fiduciary Nominees», nota o jornal. No meio, há o pormenor de este trust ser dono de duas lojas de roupa de senhora em Gibraltar.
Caso BPN: remessas para o Brasil foram parar a Gibraltar
O rasto aos mais de 30 milhões de euros enviadas por sociedades ligadas ao Banco Português de Negócios (BPN) para a sociedade Fuentes Participações, com sede no Brasil, em S. Paulo, acaba numa gestora de fortunas sedeada no off-shore de Gibraltar, revela o jornal Público este sábado.
Os registos que se encontram na página de Internet do banco central brasileiro permitem verificar que desde 2002 foram enviados por várias empresas do universo BPN, principalmente pelo BPN Cayman e pelo Banco Insular de Cabo Verde, mais de 30 milhões de euros para a Fuentes.
O capital desta sociedade é detido a 99 por cento pela holandesa Excellence Real Investments (EREI), fundada em 2001. Na identificação desta sociedade, aparece como administrador o nome A. Guimarães. Mas este apenas se manteve em funções até Junho deste ano, data em que Miguel Cadilhe assume a presidência do grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN)/BPN.
A EREI é, por sua vez, detida por um trust (sociedades gestoras de património) com sede no offshore de Gibraltar, através do Fiduciary Trust (50 por cento) e Fiduciary Nominees (50 por cento).
A procura do rasto do dinheiro enviado para o Brasil permite, no entanto, verificar outras coincidências, prossegue o jornal. No mesmo ano em que foi criada a EREI, surgiu também uma outra sociedade: a Dual Commerce & Services, localizada em Londres. «A morada desta empresa, perto de Baker Street, é a mesma da Insular Holding (proprietária do cabo-verdiano Banco Insular). E também esta sociedade é detida pelo trust constituído através do Fiduciary Trust e Fiduciary Nominees», nota o jornal. No meio, há o pormenor de este trust ser dono de duas lojas de roupa de senhora em Gibraltar.
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
prós e contras conta: era uma vez o BPN
Para os mais distraídos vejam o prós e contras, a dar neste momento, sobre a nacionalização do BPN
Os ilustres são:
jorge lacão - secretário de estado da presidência;
fernando rocha andrade - constitucionalista
paulo mota pinto - vice presidente do PSD
bernardino soares - lider parlamentar do PCP (ai castanhas quentes e boas)
e na plateia accionista e um administrador do BPN entre economistas e um administrador do BES.
Vede e contai que eu não vou poder ver!
Os ilustres são:
jorge lacão - secretário de estado da presidência;
fernando rocha andrade - constitucionalista
paulo mota pinto - vice presidente do PSD
bernardino soares - lider parlamentar do PCP (ai castanhas quentes e boas)
e na plateia accionista e um administrador do BPN entre economistas e um administrador do BES.
Vede e contai que eu não vou poder ver!

Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
BPN: Nova administração assume hoje funções
Isto após a nacionalização da instituição e a demissão do anterior presidente, Miguel Cadilhe.
Após a demissão de Miguel Cadilhe, a nova administração do Banco Português de Negócios (BPN), presidida por Francisco Bandeira, assume esta segunda-feira funções.
O novo presidente do BPN é também vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos, instituição a quem o Governo confiou a gestão do banco, nacionalizado na semana passada.
De acordo com a lei que nacionaliza o BPN, a nova administração terá agora 30 dias para definir um plano para o futuro do banco e apresentar uma solução ao Executivo.
Esta poderá passar pela integração na Caixa ou pela aplicação de um plano de recuperação com vista à sua posterior venda a investidores privados, escreve a agência Lusa.
Por outro lado, Miguel Cadilhe continuará como presidente da antiga casa-mãe do banco, a Sociedade Lusa de Negócios, que possui centenas de empresas em vários sectores de actividade, desde a indústria dos cimentos à hotelaria e ao turismo.
Isto após a nacionalização da instituição e a demissão do anterior presidente, Miguel Cadilhe.
Após a demissão de Miguel Cadilhe, a nova administração do Banco Português de Negócios (BPN), presidida por Francisco Bandeira, assume esta segunda-feira funções.
O novo presidente do BPN é também vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos, instituição a quem o Governo confiou a gestão do banco, nacionalizado na semana passada.
De acordo com a lei que nacionaliza o BPN, a nova administração terá agora 30 dias para definir um plano para o futuro do banco e apresentar uma solução ao Executivo.
Esta poderá passar pela integração na Caixa ou pela aplicação de um plano de recuperação com vista à sua posterior venda a investidores privados, escreve a agência Lusa.
Por outro lado, Miguel Cadilhe continuará como presidente da antiga casa-mãe do banco, a Sociedade Lusa de Negócios, que possui centenas de empresas em vários sectores de actividade, desde a indústria dos cimentos à hotelaria e ao turismo.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
BPN/nacionalização: Constâncio vai terça-feira ao Parlamento explicar irregularidades
10 de Novembro de 2008, 09:15
Lisboa, 10 Nov (Lusa) -- O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai terça-feira ao Parlamento falar sobre as irregularidades no Banco Português de Negócios (BPN), debaixo de um coro de críticas vindas dos partidos à direita, mas defendido pelo primeiro-ministro.
A 2 de Novembro, o Governo anunciou a nacionalização do BPN depois de terem sido detectadas práticas irregulares e perdas estimadas em 700 milhões de euros.
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu de imediato a demissão de Vítor Constâncio, por considerar que o governador já falhou nas suas funções por duas vezes, numa alusão ao caso BCP, onde também foram detectadas práticas irregulares anos depois de terem acontecido.
"Nada nos garante que [o Governador do Banco de Portugal] não volte a falhar porque não reconhece os seus erros, não faz supervisão e do nosso ponto de vista devia sair do seu cargo", defendeu Paulo Portas.
"O Banco de Portugal deve ter uma actividade inspectiva preventiva e não meramente reactiva", disse ainda o líder popular, acrescentando que "não foi isso que sucedeu no BPN e já não tinha acontecido com o BCP".
Também do PSD surgiram críticas. O líder do grupo parlamentar, Paulo Rangel, afirmou que os sociais-democratas não têm dúvidas de que "houve aqui falhas de supervisão claríssimas".
"Se o próprio governador disse que já as conhecia [irregularidades] não se percebe porque é que não interveio", concluiu Paulo Rangel.
Já o primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou apoio ao governador do Banco de Portugal.
"Há momentos em que temos de escolher entre o infractor e o regulador. Este é o momento para apoiarmos o regulador, em particular numa situação em que há fortes suspeitas de comportamentos menos responsáveis, para não dizer fraudulentos, em relação a um banco", disse o chefe do Governo.
Sócrates defendeu ainda que alegadas práticas irregulares, como as que foram encontradas no BPN, são difíceis de detectar "porque implicavam uma contabilidade paralela, um balcão virtual".
A 2 de Novembro, o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal deram uma conferência de imprensa onde explicaram as operações irregulares detectadas no BPN.
Constâncio disse que com a descoberta de "operações clandestinas" no BPN, e que passaram pelo Banco Insular, de Cabo Verde, o banco deixou de cumprir os rácios mínimos legais de solvabilidade".
"Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações", afirmou.
Constâncio é ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças às 21:00.
10 de Novembro de 2008, 09:15
Lisboa, 10 Nov (Lusa) -- O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai terça-feira ao Parlamento falar sobre as irregularidades no Banco Português de Negócios (BPN), debaixo de um coro de críticas vindas dos partidos à direita, mas defendido pelo primeiro-ministro.
A 2 de Novembro, o Governo anunciou a nacionalização do BPN depois de terem sido detectadas práticas irregulares e perdas estimadas em 700 milhões de euros.
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu de imediato a demissão de Vítor Constâncio, por considerar que o governador já falhou nas suas funções por duas vezes, numa alusão ao caso BCP, onde também foram detectadas práticas irregulares anos depois de terem acontecido.
"Nada nos garante que [o Governador do Banco de Portugal] não volte a falhar porque não reconhece os seus erros, não faz supervisão e do nosso ponto de vista devia sair do seu cargo", defendeu Paulo Portas.
"O Banco de Portugal deve ter uma actividade inspectiva preventiva e não meramente reactiva", disse ainda o líder popular, acrescentando que "não foi isso que sucedeu no BPN e já não tinha acontecido com o BCP".
Também do PSD surgiram críticas. O líder do grupo parlamentar, Paulo Rangel, afirmou que os sociais-democratas não têm dúvidas de que "houve aqui falhas de supervisão claríssimas".
"Se o próprio governador disse que já as conhecia [irregularidades] não se percebe porque é que não interveio", concluiu Paulo Rangel.
Já o primeiro-ministro, José Sócrates, mostrou apoio ao governador do Banco de Portugal.
"Há momentos em que temos de escolher entre o infractor e o regulador. Este é o momento para apoiarmos o regulador, em particular numa situação em que há fortes suspeitas de comportamentos menos responsáveis, para não dizer fraudulentos, em relação a um banco", disse o chefe do Governo.
Sócrates defendeu ainda que alegadas práticas irregulares, como as que foram encontradas no BPN, são difíceis de detectar "porque implicavam uma contabilidade paralela, um balcão virtual".
A 2 de Novembro, o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal deram uma conferência de imprensa onde explicaram as operações irregulares detectadas no BPN.
Constâncio disse que com a descoberta de "operações clandestinas" no BPN, e que passaram pelo Banco Insular, de Cabo Verde, o banco deixou de cumprir os rácios mínimos legais de solvabilidade".
"Foi com surpresa que soubemos em Junho destas operações", afirmou.
Constâncio é ouvido pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças às 21:00.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Pinto Monteiro
Ministério Público não cria equipa especial para BPN pois investiga casos semelhantes
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, garantiu hoje que não será criada nenhuma equipa especial para investigar o caso BPN e admitiu que há casos semelhantes ou iguais a ser investigados pelo Ministério Público.
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios com Lusa
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, garantiu hoje que não será criada nenhuma equipa especial para investigar o caso BPN e admitiu que há casos semelhantes ou iguais a ser investigados pelo Ministério Público.
"Não vou criar nenhuma equipa especial [ para investigar o caso BPN]. A Procuradoria-Geral da República, todas as comunicações de eventuais ilícitos manda investigar, foi o que aconteceu nesse caso, como noutros casos. Há casos semelhantes e exactamente iguais a ser investigados pelo MP", admitiu hoje Pinto Monteiro.
"É para casos desses que eu peço que o segredo de justiça se prolongue quando for necessário", acrescentou o Procurador-Geral da República à margem de uma conferência sobre o papel do Estado na vida das crianças sem família, que hoje decorreu na sede da organização Pró Dignitate, em Lisboa.
Sobre a investigação que já decorria ao Banco Português de Negócios (BPN) no âmbito da operação Furacão, Pinto Monteiro disse que esta tenta apurar um tipo de ilícitos "muito diferente", daqueles que vieram agora a público.
"A operação Furacão está a investigar 300 ou 400 sociedades e bancos. O tipo de ilícitos será muito diferente. Pelo menos, os ilícitos participados, não sei que ilícitos vão ser apurados. Nem sei se vão ser apurados ilícitos", disse.
Pinto Monteiro não adiantou qualquer data para o final da investigação ao BPN.
O Procurador-Geral evitou também pronunciar-se sobre datas, afirmando que o caso "começou há pouco tempo, não posso estar a dizer o que acontece daqui a uns meses".
O Procurador considerou a investigação ao BPN "uma questão extremamente sensível" e afirmou que "todo o crime económico é um crime extremamente difícil de investigar", sobretudo se precisar da cooperação de outros países.
Ministério Público não cria equipa especial para BPN pois investiga casos semelhantes
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, garantiu hoje que não será criada nenhuma equipa especial para investigar o caso BPN e admitiu que há casos semelhantes ou iguais a ser investigados pelo Ministério Público.
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Jornal de Negócios com Lusa
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, garantiu hoje que não será criada nenhuma equipa especial para investigar o caso BPN e admitiu que há casos semelhantes ou iguais a ser investigados pelo Ministério Público.
"Não vou criar nenhuma equipa especial [ para investigar o caso BPN]. A Procuradoria-Geral da República, todas as comunicações de eventuais ilícitos manda investigar, foi o que aconteceu nesse caso, como noutros casos. Há casos semelhantes e exactamente iguais a ser investigados pelo MP", admitiu hoje Pinto Monteiro.
"É para casos desses que eu peço que o segredo de justiça se prolongue quando for necessário", acrescentou o Procurador-Geral da República à margem de uma conferência sobre o papel do Estado na vida das crianças sem família, que hoje decorreu na sede da organização Pró Dignitate, em Lisboa.
Sobre a investigação que já decorria ao Banco Português de Negócios (BPN) no âmbito da operação Furacão, Pinto Monteiro disse que esta tenta apurar um tipo de ilícitos "muito diferente", daqueles que vieram agora a público.
"A operação Furacão está a investigar 300 ou 400 sociedades e bancos. O tipo de ilícitos será muito diferente. Pelo menos, os ilícitos participados, não sei que ilícitos vão ser apurados. Nem sei se vão ser apurados ilícitos", disse.
Pinto Monteiro não adiantou qualquer data para o final da investigação ao BPN.
O Procurador-Geral evitou também pronunciar-se sobre datas, afirmando que o caso "começou há pouco tempo, não posso estar a dizer o que acontece daqui a uns meses".
O Procurador considerou a investigação ao BPN "uma questão extremamente sensível" e afirmou que "todo o crime económico é um crime extremamente difícil de investigar", sobretudo se precisar da cooperação de outros países.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Governador do Banco de Cabo Verde
Banco Insular fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN"
O governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, disse hoje que o Banco Insular estava descapitalizado porque fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN", parte deles "configurando grandes riscos".
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Jornal de Negócios com Lusa
O governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, disse hoje que o Banco Insular estava descapitalizado porque fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN", parte deles "configurando grandes riscos".
"Foram detectados (no Banco Insular) aspectos que têm a ver com a gestão de risco, grande parte das operações configuraram grandes riscos", disse Carlos Burgo, que falava na Assembleia Nacional de Cabo Verde, na Comissão Especializada de Finanças e Orçamento.
Instado a reunir-se com a comissão, para explicar o caso do BPN e Banco Insular, o governador explicou que o Banco Insular, pertença da Sociedade Lusa de Negócios, tinha insuficiências de capital praticamente desde que foi criado.
Carlos Burgo disse também que outro banco e não uma Instituição Financeira Internacional, na situação em que estava o Banco Insular "já teria sido objecto de intervenção".
"Comunicamos ao Banco de Portugal que as operações do Banco Insular tinham a ver em grande parte com clientes do BPN", disse o responsável aos deputados, acrescentando que só em "fins de Maio ou Junho " é que o Banco de Portugal e o Banco de Cabo Verde passaram a saber que os dois bancos pertenciam à Sociedade Lusa de Negócios".
A pedido dos deputados, o governador do banco central de Cabo Verde explicou também que todos os créditos do Banco Insular são do BPN com excepção de três operações.
Um responsável do Banco de Cabo Verde, também presente na reunião, precisou que existem por parte do Banco Insular uma operação grande, que neste momento totaliza cerca de 2,6 milhões de dólares, e duas pequenas, e que "são as únicas operações de crédito feitas pelo Banco Insular", porque "todas as outras estão por conta do BPN e estão nos activos do BPN".
Banco Insular fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN"
O governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, disse hoje que o Banco Insular estava descapitalizado porque fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN", parte deles "configurando grandes riscos".
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Jornal de Negócios com Lusa
O governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, disse hoje que o Banco Insular estava descapitalizado porque fazia "financiamentos a pedido e com garantia do BPN", parte deles "configurando grandes riscos".
"Foram detectados (no Banco Insular) aspectos que têm a ver com a gestão de risco, grande parte das operações configuraram grandes riscos", disse Carlos Burgo, que falava na Assembleia Nacional de Cabo Verde, na Comissão Especializada de Finanças e Orçamento.
Instado a reunir-se com a comissão, para explicar o caso do BPN e Banco Insular, o governador explicou que o Banco Insular, pertença da Sociedade Lusa de Negócios, tinha insuficiências de capital praticamente desde que foi criado.
Carlos Burgo disse também que outro banco e não uma Instituição Financeira Internacional, na situação em que estava o Banco Insular "já teria sido objecto de intervenção".
"Comunicamos ao Banco de Portugal que as operações do Banco Insular tinham a ver em grande parte com clientes do BPN", disse o responsável aos deputados, acrescentando que só em "fins de Maio ou Junho " é que o Banco de Portugal e o Banco de Cabo Verde passaram a saber que os dois bancos pertenciam à Sociedade Lusa de Negócios".
A pedido dos deputados, o governador do banco central de Cabo Verde explicou também que todos os créditos do Banco Insular são do BPN com excepção de três operações.
Um responsável do Banco de Cabo Verde, também presente na reunião, precisou que existem por parte do Banco Insular uma operação grande, que neste momento totaliza cerca de 2,6 milhões de dólares, e duas pequenas, e que "são as únicas operações de crédito feitas pelo Banco Insular", porque "todas as outras estão por conta do BPN e estão nos activos do BPN".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
segundo "eles" procura defender os clientes
mas sabe-se agora existem várias centenas de milhões de euros em contas do banco e que no verão essa quantia chegou aos 500 milhões de euros. (depois de uns edits assim é que é!)
sem fonte, ouvi no telejornal
edit: encontrei a notícia
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... +euros.htm
mas sabe-se agora existem várias centenas de milhões de euros em contas do banco e que no verão essa quantia chegou aos 500 milhões de euros. (depois de uns edits assim é que é!)
sem fonte, ouvi no telejornal
edit: encontrei a notícia
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... +euros.htm
Acabei de ver agora no telejornal da rtp, num directo da assembleia da república, que estão a ser discutidas as indemnizações a pagar aos accionistas e administradores do bpn, devido à nacionalização do banco.
então o banco é salvo da falência, situação em que perdiam tudo, e ainda recebem por isso ? isto tem cabimento ?
então o banco é salvo da falência, situação em que perdiam tudo, e ainda recebem por isso ? isto tem cabimento ?
Ulisses Pereira Escreveu:acintra, então ele tinha uma excelente reforma num Banco e aceitaria ir para uma instituição em dificuldades perdendo todos os direitos que tinha adquirido anteriormente?
Aquilo não era propriamente um cargo público. Trocar uma entidade privada por outra e poder perder muito dinheiro é algo que não faria muito sentido.
Um abraço,
Ulisses
De certeza que não era neste montante, porque senão tinha ficado quieto!
Miguel cadilhe, sabia o que ia encontrar de certeza, não pode agora fazer-se de coitadinho, porque para ir comandar um barco naufragado só vai quem quer ou quem só v~e dinheiro á frente.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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Ulisses Pereira Escreveu:Percebo a ideia mas ele, como líder de uma instituição e pago pelos seus accionistas, tem que fazer tudo para defender os interesses dos seus accionistas. Tentou mas, felizmente, alguém recusou esse plano.
Um abraço,
Ulisses
Mas comose pode acreditar em alguém que não acredita nele próprio?
Já é frequente estarmos convencidos do sucesso e as coisas correm mal, então nos casos em que logo de início temos dúvidas vão correr mal de certeza.
Nunca percebi muito bem porque o Cadilhe foi para lá:
- vaidade, necessidade de protagonismo ?
- Retribuição de favores?
- Dinheiro? os 10milhões é mais que o que tinha do BCP?
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acintra, então ele tinha uma excelente reforma num Banco e aceitaria ir para uma instituição em dificuldades perdendo todos os direitos que tinha adquirido anteriormente?
Aquilo não era propriamente um cargo público. Trocar uma entidade privada por outra e poder perder muito dinheiro é algo que não faria muito sentido.
Um abraço,
Ulisses
Aquilo não era propriamente um cargo público. Trocar uma entidade privada por outra e poder perder muito dinheiro é algo que não faria muito sentido.
Um abraço,
Ulisses
PS aprova nacionalização do BPN e lei quadro, com votos contra de toda a oposição
05/11/2008
A bancada parlamentar do PS viabilizou a aprovação da lei-quadro das nacionalizações, que o Governo pôs hoje a votação urgente no Parlamento a reboque do decreto de nacionalização do BPN. Todos os partidos da oposição votaram contra.
05/11/2008
A bancada parlamentar do PS viabilizou a aprovação da lei-quadro das nacionalizações, que o Governo pôs hoje a votação urgente no Parlamento a reboque do decreto de nacionalização do BPN. Todos os partidos da oposição votaram contra.
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Bocciardi Escreveu:quarta-feira, 5 de Novembro de 2008 | 08:23 Imprimir Enviar por Email
Cadilhe só aceitou liderar BPN com PPR de 10 milhões
O ainda presidente do Banco Português de Negócios (BPN) só aceitou liderar a instituição depois de garantir, junto dos accionistas, um plano poupança reforma (PPR) no valor de, pelo menos, 10 milhões de euros.
De acordo com o Diário de Notícias desta quarta-feira, que não conseguiu confirmar a informação com Cadilhe, o responsável terá querido ressarcir-se da perda da pensão que auferia enquanto reformado do Banco Comercial Português (BCP), exigindo ainda que a sua reforma estivesse noutra seguradora que não a companhia do grupo, a Real Seguros Vida.
Na segunda-feira, o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva garantiu que não iria perder a pensão a que tem direito caso abandone o banco, o que, segundo descobriu o jornal, deverá acontecer hoje, naquele que é o último dia de Miguel Cadilhe à frente do BPN.
A lei que determina a nacionalização do BPN, ontem discutida pela primeira vez na Assembleia da República, elimina o direito dos administradores acederem a eventuais indemnizações previstas nos respectivos contratos. Contudo, nada é dito em relação à reforma negociada por Miguel Cadilhe.
@Diário Digital
São TODOS iguais, querem é o deles e o resto que se dane!
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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quarta-feira, 5 de Novembro de 2008 | 08:23 Imprimir Enviar por Email
Cadilhe só aceitou liderar BPN com PPR de 10 milhões
O ainda presidente do Banco Português de Negócios (BPN) só aceitou liderar a instituição depois de garantir, junto dos accionistas, um plano poupança reforma (PPR) no valor de, pelo menos, 10 milhões de euros.
De acordo com o Diário de Notícias desta quarta-feira, que não conseguiu confirmar a informação com Cadilhe, o responsável terá querido ressarcir-se da perda da pensão que auferia enquanto reformado do Banco Comercial Português (BCP), exigindo ainda que a sua reforma estivesse noutra seguradora que não a companhia do grupo, a Real Seguros Vida.
Na segunda-feira, o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva garantiu que não iria perder a pensão a que tem direito caso abandone o banco, o que, segundo descobriu o jornal, deverá acontecer hoje, naquele que é o último dia de Miguel Cadilhe à frente do BPN.
A lei que determina a nacionalização do BPN, ontem discutida pela primeira vez na Assembleia da República, elimina o direito dos administradores acederem a eventuais indemnizações previstas nos respectivos contratos. Contudo, nada é dito em relação à reforma negociada por Miguel Cadilhe.
@Diário Digital
Cadilhe só aceitou liderar BPN com PPR de 10 milhões
O ainda presidente do Banco Português de Negócios (BPN) só aceitou liderar a instituição depois de garantir, junto dos accionistas, um plano poupança reforma (PPR) no valor de, pelo menos, 10 milhões de euros.
De acordo com o Diário de Notícias desta quarta-feira, que não conseguiu confirmar a informação com Cadilhe, o responsável terá querido ressarcir-se da perda da pensão que auferia enquanto reformado do Banco Comercial Português (BCP), exigindo ainda que a sua reforma estivesse noutra seguradora que não a companhia do grupo, a Real Seguros Vida.
Na segunda-feira, o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva garantiu que não iria perder a pensão a que tem direito caso abandone o banco, o que, segundo descobriu o jornal, deverá acontecer hoje, naquele que é o último dia de Miguel Cadilhe à frente do BPN.
A lei que determina a nacionalização do BPN, ontem discutida pela primeira vez na Assembleia da República, elimina o direito dos administradores acederem a eventuais indemnizações previstas nos respectivos contratos. Contudo, nada é dito em relação à reforma negociada por Miguel Cadilhe.
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Pata-Hari Escreveu:Outra noticia fantástica. Já não sei se deva rir se deva chorar:

Isto pode trazer danos para a economia. Pode ser uma decisão perigosa pois pode causar o pânico na classe de administradores e naturais CEO's e pode de certa forma conduzir a um determinado atrofiamento da sua capacidade imaginativa e criativa, por relacionar o sucesso e a ética profissional com a sua remuneração.
Acho até irreponsável esta medida anunciada agora assim a contra-pé!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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