Caldeirão da Bolsa

Vergonha PPR - relato de uma senhora que foi enganada

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por AMR » 26/3/2008 20:23

Não se pode apresentar uma queixa-crime na polícia (esquadra ou o que for) por apropriação indevida de valores, abuso de confiança e deixar que seja o Ministério Público a deduzir acusação?

Um juíz pode não gostar muito das "equações", e muito menos da atitude do banco, ou de alguém do banco.

Mesmo não sendo crime, e sendo a máquina enferrujada que é, nunca se sabe, pelo menos o MP investiga até se cansar um cadito, e se no entretanto chegar a essa conclusão, que existiu dolo criminoso, quem sabe... no entanto, não sei se é possível apresentar queixa crime neste contexto, mas talvez alguém daqui possa confirmar.

Lamento o que lhe sucedeu, é vergonhosa a impunidade com que se engana hoje me dia tantas pessoas sem o mínimo de peso na consciência por causa de uns trocos (ou até mais).

Abraços,
AMR
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Re: Acho que...

por manicospic » 26/3/2008 20:21

Pato-Bravo Escreveu:Sugiro que recorra aos canais de televisão mais mediáticos (SIC e/ou TVI) e exponha frontalmente a sua posição.


Quack



Acho que hoje em dia é das coisas que melhor podem resultar e eu estando na mesma situação depois já ter feito tudo o que foi acima descrito sem resultados não pensava duas vezes.
 
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Re: Vergonha PPR - relato de uma senhora que foi enganada

por o faroleiro » 26/3/2008 20:21

EuroVerde Escreveu:Quinze dias depois, recebo a resposta em casa! Uma carta cheia de equações matemáticas, a justificar o porquê de chegarem aquele valor(239).


Se puderes digitaliza essa carta e mete no post.
Ave Caesar! Morituri te salutamus.
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por Nyk » 26/3/2008 20:20

Agora que estão a falar em bancos, alguem é capaz de me tirar uma duvida, os meus pais tem um certo montante em depositos a prazo no banco, quando um dia eles falecerem, eu como herdeiro tenho automaticamente direito aos montantes depositados? Ou perco alguma percentagem devido ao falecimento deles?
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Acho que...

por Pato-Bravo » 26/3/2008 20:17

Obrigado por nos relatar em 1ª pessoa do que são capazes de fazer os bancos (e seguradoras) naquela ânsia de expoliar os clientes.

[b] Acho que a pior coisa que pode fazer é resignar-se. [/b]

Sugiro que recorra aos canais de televisão mais mediáticos (SIC e/ou TVI) e exponha frontalmente a sua posição.

Envie igualmente reclamações por escrito ao Banco de Portugal que até pode ser que o Vitor Constâncio justifique o seu posto e ordenado.

Isto pode sempre subir de tom e até enveredar por vias criminosas, mas sobretudo, [u] NUNCA DESISTA [/u] .

Quack
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por rosario » 26/3/2008 20:10

Cara EuroVerde,

Compreendo a sua angustia, principalmente quando se está a ver o que é nosso ser retido injustamente.

O seu gestor de conta do Totta não lhe pode ajudar? Estão esgotadas todas as alternativas à via judicial?
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Vergonha PPR - relato de uma senhora que foi enganada

por EuroVerde » 26/3/2008 19:33

Não é treta! CASO VERÍDICO!!!

Em Março de 2002 comprei um PPR a um balcão do banco TOTTA. Abri com 1000euros e era tirado da minha conta á ordem 50? todos os meses que eram acrescentados á conta do PPR.
Achei que era boa ideia pois alguma coisa que acontecesse no futuro tinha ali um pé de meia onde me agarrar. Até porque não era o primeiro que fazia (noutras instituições) e nunca tinha tido problemas.

Li o contrato,ficando com as condições gerais em meu poder, as quais dizem bem explicito que não posso levantar o PPR em caso algum,antes de 5 anos, a menos que me encontrasse no desemprego de longa de duração ou doença que me impossibilitasse de trabalhar.

Ora em Fevereiro de 2004 fiquei desempregada! Fui vivendo, tapando dum lado, destapando do outro. Até que cheguei a um ponto que em Outubro de 2006 tive que recorrer ao PPR pois estava em risco de perder a minha casa.

Nessa altura tinha depositado no PPR á volta de 4000? e dirigi-me a um balcão do TOTTA para fazer um resgate de 1700euros o qual foi feito sem qualquer problema nem perguntas nem pedido de qualquer documento que provasse a minha situação de desemprego (ainda perguntei se devia entregar alguma prova e disseram que não precisava, é que o PPR só fazia os 5 anos em Março de 2007, daí a minha pergunta)
Em Janeiro, e como a situação subsistia, dirigi-me novamente ao Balcão para fazer novo resgate,desta vez de 1000euros, e cancelar as entregas periódicas de 50 euros,pois não podia continuar a faze-lo. Demoraram quase um mês para transferir o dinheiro para a conta á ordem. O DINHEIRO NÃO APARECIA!

Nessa altura estavam lá cerca de 2450 (4000-1700=2300+150 (3 meses de entregas de Outubro a Janeiro)= 2450euros) assim que os 1000euros entraram na conta,1 mês depois do pedido, e achando estranho a demora, desconfiei que se passava qualquer coisa e mais uma vez dirigi-me ao balcão a saber o que se passava. Pedi o resgate do restante dinheiro (que seriam 2450) e o encerramento do PPR, e qual não é o meu espanto!.... a transferência para a conta à ordem foi de..... 239 !!

Pedi explicações e ninguém sabia responder. Dirigi-me então, a conselho do gerente do Balcão, ao TOTTA SEGUROS na Rua da Mesquita em Lisboa. Uma vez ali, fui recebida no hall de entrada, depois de passar por um detector de metais (eu pergunto, quem são os LADRÕES nesta história ??) onde me foi pedido que fizesse uma carta a pedir as devidas explicações, o que eu fiz ali mesmo.
Quinze dias depois, recebo a resposta em casa! Uma carta cheia de equações matemáticas, a justificar o porquê de chegarem aquele valor(239). Não ficando satisfeita com aquela explicação, até porque não percebia nada daqueles hieróglifos, enviei várias cartas registadas a pedir explicações.
Cartas essas que nunca obtiveram resposta da parte do TOTTA SEGUROS.

O tempo ía passando e resposta nada! Decidi então apresentar queixa no INSTITUTO PORTUGUÊS DE SEGUROS. Aí fiz uma carta explicando a situação e entregando fotocópias de todos os papeis, inclusive as condições gerais que tenho em meu poder e pelas quais me regi para comprar aquele produto.

Quase um mês depois, recebo resposta do IPS, que me dava total razão mas como mediador apenas podiam tentar resolver as coisas pela via do diálogo e me aconselhavam a dirigir-me a um advogado pois só pela via judicial seria possível de resolver.

Dirijo-me então á DECO, primeiro por email depois pessoalmente.
Mais uma vez conto toda a minha história. Eles receberam a queixa, avaliaram e o departamento jurídico deu-me razão. A DECO fez várias tentativas de contacto mas o TOTTA SEGUROS nunca se dignou responder, até que a DECO me enviou uma carta a informar-me que tinha que encerrar o processo visto o TOTTA não responder às cartas por eles enviadas ( a uns sócios expõem os
casos na comunicação social, a outros 'encolhem-se' ) e eles (DECO) apenas funcionam como moderadores e não têm poderes jurídicos para resolver a s situações. Mais uma vez me aconselham a ir para tribunal.

Acontece, meus amigos, que pelo valor em causa (1300euros que o TOTTA me ROUBOU) nenhum advogado quer pegar no assunto e como não tenho dinheiro (o TOTTA ficou-me lá com o resto) para fazer pagar esta injustiça, não consigo pôr as coisas a funcionar

Este é o País que temos meus amigos!

Contra os grandes como é que nos defendemos?
Já pensaram o quanto somos frágeis em relação aos bancos?
Eles põem e dispõem do nosso dinheiro como muito bem entendem, tiram dinheiro das nossas contas, dizendo que são taxas daqui e dali sem nos darem cavaco.

Já pensaram nisto??

Hoje foi comigo! ... amanhã pode ser com vocês!
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