EDP sai da gestão da Galp quando gás for liberalizado
EDP sai da gestão da Galp quando gás for liberalizado
EDP sai da gestão da Galp quando gás for liberalizado
márcio alves candoso DN
João Talone já esqueceu o plano de reestruturação, mas vai a Bruxelas pedir uma indemnização
A EDP vai abandonar o Conselho de Administração da Galp Energia "no dia em que for decidida a liberalização do sector do gás natural". A afirmação pertence ao presidente executivo da EDP e foi feita ontem durante a conferência de imprensa para apresentação de resultados anuais (ver texto em baixo) da empresa. João Talone referia-se ao facto de querer estar presente no mercado do gás, o que no momento da liberalização o tornará concorrente da Galp.
Sobre o negócio de gás natural, João Talone admite ir comprar produto a Espanha, já que, nos próximos cinco anos, estima que a empresa apenas tenha recursos internos para gerar um quarto ou um quinto das suas próprias necessidades e das dos seus clientes. Recorde-se que a EDP, através da Hidrocantábrico, controla a Naturcorp, o segundo operador espanhol no sector do gás.
O presidente executivo da EDP alertou para o facto de estar a concorrer em desvantagem com as empresas espanholas, que podem abastecer-se de gás em mercado liberalizado em Espanha. "Gostávamos que o sector do gás fosse liberalizado o quanto antes", disse João Talone. O mesmo responsável foi evasivo em relação a uma futura colaboração com a Galp, agora que o plano de reestruturação foi "chumbado". Mas ficou claro que a participação na Portgás não é suficiente para as aspirações estratégicas da EDP neste sector. Sobre a interposição de uma acção de anulação da decisão da Comissão Europeia, João Talone dis- se que a "EDP ficará sempre a ganhar". "Se perdermos, fica criado um precedente para outros possíveis negócios de concentração na Europa", disse. Se ganhar, é mais do que certo que a EDP pedirá uma indemnização. Mas põe ainda a hipótese de desistir do processo, se entretanto "surgir outra solução que seja interessante para a EDP". João Talone disse que o recurso não visa demonstrar a razão da EDP "mas sim defender o valor da empresa". Talone escusou-se a comentar as perspectivas do novo primeiro-ministro para o sector de energia, afirmando que a EDP "não faz política económica". "Temos de nos submeter a ela", frisou.
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João Talone já esqueceu o plano de reestruturação, mas vai a Bruxelas pedir uma indemnização
A EDP vai abandonar o Conselho de Administração da Galp Energia "no dia em que for decidida a liberalização do sector do gás natural". A afirmação pertence ao presidente executivo da EDP e foi feita ontem durante a conferência de imprensa para apresentação de resultados anuais (ver texto em baixo) da empresa. João Talone referia-se ao facto de querer estar presente no mercado do gás, o que no momento da liberalização o tornará concorrente da Galp.
Sobre o negócio de gás natural, João Talone admite ir comprar produto a Espanha, já que, nos próximos cinco anos, estima que a empresa apenas tenha recursos internos para gerar um quarto ou um quinto das suas próprias necessidades e das dos seus clientes. Recorde-se que a EDP, através da Hidrocantábrico, controla a Naturcorp, o segundo operador espanhol no sector do gás.
O presidente executivo da EDP alertou para o facto de estar a concorrer em desvantagem com as empresas espanholas, que podem abastecer-se de gás em mercado liberalizado em Espanha. "Gostávamos que o sector do gás fosse liberalizado o quanto antes", disse João Talone. O mesmo responsável foi evasivo em relação a uma futura colaboração com a Galp, agora que o plano de reestruturação foi "chumbado". Mas ficou claro que a participação na Portgás não é suficiente para as aspirações estratégicas da EDP neste sector. Sobre a interposição de uma acção de anulação da decisão da Comissão Europeia, João Talone dis- se que a "EDP ficará sempre a ganhar". "Se perdermos, fica criado um precedente para outros possíveis negócios de concentração na Europa", disse. Se ganhar, é mais do que certo que a EDP pedirá uma indemnização. Mas põe ainda a hipótese de desistir do processo, se entretanto "surgir outra solução que seja interessante para a EDP". João Talone disse que o recurso não visa demonstrar a razão da EDP "mas sim defender o valor da empresa". Talone escusou-se a comentar as perspectivas do novo primeiro-ministro para o sector de energia, afirmando que a EDP "não faz política económica". "Temos de nos submeter a ela", frisou.
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