Caldeirão da Bolsa

Aumento de custos condiciona evolução dos resultados do BES

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 2/2/2005 12:41

Bolsa regista maior volume mensal desde Março de 2004

Pedro Ferreira Esteves


PSI 20 prolongou ontem a trajectória positiva dos últimos dias e renovou máximo desde Novembro de 2001.

A bolsa portuguesa conseguiu ultrapassar, em Janeiro, os máximos atingidos no primeiro trimestre do ano passado, com o regresso aos valores de 2001 acima dos 8000 pontos, mas o volume de negócios ficou ainda aquém dos recordes testados em Março.

De acordo com os dados divulgados ontem pelo Euronext Lisbon, o número de negócios realizados em Janeiro no mercado de cotações oficiais e ultrapassou os 123 mil, o mais elevado desde os mais de 185 mil realizados em Março de 2004. O valor negociado atingiu os 2,346 mil milhões de euros, o número mais alto desde Maio do ano passado. Já a quantidade de acções transaccionadas foi de 802 milhões.

O crescimento registado na actividade do Euronext Lisboa em Janeiro acompanhou a valorização de 5,5% do PSI 20 para um patamar acima da importante barreira dos 8000 pontos. Esta tendência, prolongada na sessão de ontem, colocou o principal índice português no máximo desde Novembro de 2001 e representou o comportamento mensal mais forte no conjunto das bolsas europeias. Apenas a Grécia, com uma subida de 4,8%, esteve perto do desempenho da bolsa portuguesa.

No que diz respeito aos restantes mercados que integram o Euronext Lisboa, o mercado de ‘warrants’ alcançou, no mês passado, os 23 milhões de euros negociados. Já o mercado não regulamentado de produtos estruturados, apresentou um crescimento pelo quarto mês consecutivo, alargando assim a trajectória observada desde a sua criação em Outubro do ano passado. Foram negociados 63,7 milhões de ‘warrants’ autónomos para 65,5 milhões de euros, uma progressão mensal de 60%.

De registar ainda o crescimento dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) durante o mês passado para o máximo de sempre perto dos 1000 negócios, bem como os mais de 47 mil contratos transaccionados no mercado de derivados. Nesta plataforma, os contratos de futuros sobre acções chegaram aos 45 844, com 26,741 milhões de euros, mais 36% do que em Dezembro.

PT sobe mais 1,16%
O PSI 20 renovou, durante a sessão de ontem, o máximo desde Novembro de 2001 ao negociar nos 8090 pontos. O índice voltou a capitalizar o sentimento positivo proveniente do exterior - com as bolsas de Paris e Londres em máximos de dois anos e meio e a de Madrid no valor mais alto desde Junho de 2001 - tendo a PT valorizado 1,1% para os 9,61 euros, depois de ter atingido o seu valor mais alto desde 2001 nos 9,66 euros. Também em máximos de 2001, a Sonae SGPS chegou aos 1,19 euros e a PT Multimédia alcançou os 20,20 euros. O volume de negócios voltou a ser significativo, o que dá alguma solidez aos ganhos da bolsa portuguesa. Foram negociados 141,7 milhões de euros, representativos de 44,4 milhões de títulos negociados.
 
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por marafado » 2/2/2005 12:40

Bolsa regista maior volume mensal desde Março de 2004

Pedro Ferreira Esteves


PSI 20 prolongou ontem a trajectória positiva dos últimos dias e renovou máximo desde Novembro de 2001.

A bolsa portuguesa conseguiu ultrapassar, em Janeiro, os máximos atingidos no primeiro trimestre do ano passado, com o regresso aos valores de 2001 acima dos 8000 pontos, mas o volume de negócios ficou ainda aquém dos recordes testados em Março.

De acordo com os dados divulgados ontem pelo Euronext Lisbon, o número de negócios realizados em Janeiro no mercado de cotações oficiais e ultrapassou os 123 mil, o mais elevado desde os mais de 185 mil realizados em Março de 2004. O valor negociado atingiu os 2,346 mil milhões de euros, o número mais alto desde Maio do ano passado. Já a quantidade de acções transaccionadas foi de 802 milhões.

O crescimento registado na actividade do Euronext Lisboa em Janeiro acompanhou a valorização de 5,5% do PSI 20 para um patamar acima da importante barreira dos 8000 pontos. Esta tendência, prolongada na sessão de ontem, colocou o principal índice português no máximo desde Novembro de 2001 e representou o comportamento mensal mais forte no conjunto das bolsas europeias. Apenas a Grécia, com uma subida de 4,8%, esteve perto do desempenho da bolsa portuguesa.

No que diz respeito aos restantes mercados que integram o Euronext Lisboa, o mercado de ‘warrants’ alcançou, no mês passado, os 23 milhões de euros negociados. Já o mercado não regulamentado de produtos estruturados, apresentou um crescimento pelo quarto mês consecutivo, alargando assim a trajectória observada desde a sua criação em Outubro do ano passado. Foram negociados 63,7 milhões de ‘warrants’ autónomos para 65,5 milhões de euros, uma progressão mensal de 60%.

De registar ainda o crescimento dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) durante o mês passado para o máximo de sempre perto dos 1000 negócios, bem como os mais de 47 mil contratos transaccionados no mercado de derivados. Nesta plataforma, os contratos de futuros sobre acções chegaram aos 45 844, com 26,741 milhões de euros, mais 36% do que em Dezembro.

PT sobe mais 1,16%
O PSI 20 renovou, durante a sessão de ontem, o máximo desde Novembro de 2001 ao negociar nos 8090 pontos. O índice voltou a capitalizar o sentimento positivo proveniente do exterior - com as bolsas de Paris e Londres em máximos de dois anos e meio e a de Madrid no valor mais alto desde Junho de 2001 - tendo a PT valorizado 1,1% para os 9,61 euros, depois de ter atingido o seu valor mais alto desde 2001 nos 9,66 euros. Também em máximos de 2001, a Sonae SGPS chegou aos 1,19 euros e a PT Multimédia alcançou os 20,20 euros. O volume de negócios voltou a ser significativo, o que dá alguma solidez aos ganhos da bolsa portuguesa. Foram negociados 141,7 milhões de euros, representativos de 44,4 milhões de títulos negociados.
 
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Aumento de custos condiciona evolução dos resultados do BES

por marafado » 2/2/2005 12:39

Aumento de custos condiciona evolução dos resultados do BES

Maria João Gago


Os lucros poderão totalizar 255 milhões de euros, contra os 250,2 milhões registados em 2003, que ainda incorporam parte do Credibom.

O aumento dos custos operacionais foi um dos principais factores que condicionou a evolução da actividade do Banco Espírito Santo no ano passado. Em 2004, a instituição liderada por Ricardo Salgado terá registado lucros de 254,65 milhões de euros, de acordo com a média das previsões dos analistas citados pela Reuters para os resultados que o BES apresenta amanhã.

Este número corresponderá a um aumento de apenas 1,77% face aos resultados de 250,2 milhões de euros verificados no exercício anterior. No entanto, os valores não são directamente comparáveis, uma vez que nos primeiros meses de 2003 o BES ainda consolidava a sua participação no Credibom, entretanto vendido ao grupo Crédit Agricole.

A progressão dos gastos, que surpreendeu o mercado quando foram divulgados os resultados do terceiro trimestre, deveu-se, segundo os analistas, aos aumentos salariais, ao investimento publicitário associado ao Euro 2004 e à preparação da adopção das novas normas internacionais de contabilidade (NIC) e das regras de Basileia II. O Caixa Banco de Investimento estima que os custos de pessoal tenham ascendido a 328 milhões de euros, enquanto os gastos de estrutura deverão ter totalizado 285 milhões. Valores idênticos aos previstos pelo BPI, que aponta para que estas duas rubricas tenha avançado 3% e 12%, respectivamente.

Outro factor que terá contribuído negativamente para o desempenho do BES em 2004 foi a quebra da margem financeira, resultante da diminuição das taxas de juro e da redução dos ‘spreads’ de crédito proporcionado pelo aumento da concorrência. De acordo com a média das previsões das mesmas casas de investimento, aquele indicador ter-se-á fixado em 698,9 milhões de euros, contra os 749,3 milhões registados em 2003.

Esta diminuição terá sido mais do que compensada pelo aumento das comissões líquidas, que na opinião do analista do BPI podem ter subido 14%, para os 399,9 milhões de euros. Em parte, a progressão destas receitas reflectiu o forte contributo do Banco Espírito Santo de Investimento, sublinha o Caixa BI.
 
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