"Temos de ir buscar o FMI"
Estiva a ler a estrevista do Henrique Neto ao público, e fiquei mais procupada ele é de opinião que não há volta a dar o FMI vai ter que vir mesmo.Las_Vegas Escreveu:AutoMech Escreveu:Esclareçam-me uma coisa: numa situação hipotética de vinda do FMI a Portugal, qualquer medida preconizada por eles tem de ser aprovada na AR como qualquer outra, certo ?
E se na AR nunca se conseguisse maioria ? Não havia carcanhol para ninguém, certo ?
Se o FMI cá entrar os tipos da AR não terão outro remédio senão aprovar tudo e de cara alegre.
Numa situação dessas a coisa já estaria mesmo preta e se o pessoal se armasse em palhaço a torneira do crédito fechava de vez e os salários aos senhores da AR e à restante malta do Estado teriam de ser pagos em miminhos.
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rasteiro Escreveu:Aqui tens:
Abraços
http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:INDMarco Martins Escreveu:Alguém sabe em que valores estão os juros da dívida portuguesa esta semana?
Obrigado "rasteiro"

Os juros parecem estar a descer, mas não com a mesma força de Maio, em que desceu para os 4.5.
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Aqui tens:
Abraços
http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND
Abraços
http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND
Marco Martins Escreveu:Alguém sabe em que valores estão os juros da dívida portuguesa esta semana?
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AutoMech Escreveu:Esclareçam-me uma coisa: numa situação hipotética de vinda do FMI a Portugal, qualquer medida preconizada por eles tem de ser aprovada na AR como qualquer outra, certo ?
E se na AR nunca se conseguisse maioria ? Não havia carcanhol para ninguém, certo ?
Se o FMI cá entrar os tipos da AR não terão outro remédio senão aprovar tudo e de cara alegre.
Numa situação dessas a coisa já estaria mesmo preta e se o pessoal se armasse em palhaço a torneira do crédito fechava de vez e os salários aos senhores da AR e à restante malta do Estado teriam de ser pagos em miminhos.
Grécia avança com novas medidas de austeridade para reduzir défice em 2011
04 Outubro 2010 | 12:22
Lusa
Grécia revela hoje o Orçamento do Estado para 2011, documento onde irá constar a estratégia para descer o défice ao longo do próximo ano.
O governo grego prevê a aplicação de mais medidas de austeridade no próximo orçamento para 2011, numa tentativa de continuar a reduzir o défice e de cumprir as metas definidas no âmbito da ajuda financeira internacional.
O ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, assegurou que o próximo orçamento, hoje apresentado no parlamento, não prevê reduções nos salários dos funcionários públicos.
No entanto, a Grécia vai avançar com novas medidas de austeridade no sentido de reduzir o défice orçamental para 7,6% do produto interno bruto até o final do próximo ano.
O défice da Grécia situou-se em quase 14 por cento do PIB no final de 2009, e o governo diz que está a caminho de cumprir a sua meta para 2010 de reduzir a diferença para 8,1% do PIB.
04 Outubro 2010 | 12:22
Lusa
Grécia revela hoje o Orçamento do Estado para 2011, documento onde irá constar a estratégia para descer o défice ao longo do próximo ano.
O governo grego prevê a aplicação de mais medidas de austeridade no próximo orçamento para 2011, numa tentativa de continuar a reduzir o défice e de cumprir as metas definidas no âmbito da ajuda financeira internacional.
O ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, assegurou que o próximo orçamento, hoje apresentado no parlamento, não prevê reduções nos salários dos funcionários públicos.
No entanto, a Grécia vai avançar com novas medidas de austeridade no sentido de reduzir o défice orçamental para 7,6% do produto interno bruto até o final do próximo ano.
O défice da Grécia situou-se em quase 14 por cento do PIB no final de 2009, e o governo diz que está a caminho de cumprir a sua meta para 2010 de reduzir a diferença para 8,1% do PIB.
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Estás a gozar ou a falar sério?Ulisses Pereira Escreveu:fafite, para tu veres que não é bom para o mundo financeiro isso, nos Estados Unidos começa até agora a surgir uma corrente de que os Estados Unidos deviam pagar a dívida de Portugal, Grécia e Irlanda. Sério.
Um abraço,
Ulisses
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fafite Escreveu:No meio disto tuo o mundo financeiro nunca sofre, pelo contrário ganha cada vez mais.
fafite, não tenhas a ilusão de pensar que o mundo financeiro nunca sofre. Neste mundo há muitos ganhadores e muitos perdedores - ao contrário do que frequentemente se julga e ouvimos dizer, estes investimentos nos países em dificuldade não correm bem a todos; é verdade que há alguns que ganham ganham grandes maquias, ao passo que outros perdem fortunas.
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Mas afinal é bom para o mundo financeiro que haja paíes como Portuga, Espanha , Irlanda, Grécia etc... Países que segundo eles o risco do não cumprimento é elevado e por isso mesmo ganham mais dinheiro com isso. É assim ou não é?.
No meiodisto tuo o mundo financeiro nunca sofre, pelo contrário ganha cada vez mais.
Agora uma pergunta, quando um país pede dinheiro emprestado, não é obrigado a fazer um seguro ou a ter um fiador? Se o faz porque é que razão está constantemente a ser penalizado com juros mais altos?
No meiodisto tuo o mundo financeiro nunca sofre, pelo contrário ganha cada vez mais.
Agora uma pergunta, quando um país pede dinheiro emprestado, não é obrigado a fazer um seguro ou a ter um fiador? Se o faz porque é que razão está constantemente a ser penalizado com juros mais altos?
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Elias Escreveu:Trisquel Escreveu:Elias com essa solução poderiamos ter uma concorrencia á banca, nesta fase talvez não fosse desejável. Talvez fosse melhor tentar não constituir dívida!
Pois, teríamos que decidir quem queremos proteger: a banca ou as contas públicas
"Talvez fosse melhor tentar não constituir dívida!"
Assim servia os dois!
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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Trisquel Escreveu:Elias com essa solução poderiamos ter uma concorrencia á banca, nesta fase talvez não fosse desejável. Talvez fosse melhor tentar não constituir dívida!
Pois, teríamos que decidir quem queremos proteger: a banca ou as contas públicas

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Elias Escreveu:RiscoCalculado Escreveu:Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
A taxa dos Certificados do Tesouro a 10 anos anda perto dos 5.15% e não nos 3%.
Certo, mas eu referia-me a certificados de Aforro cuja taxa anda nos 1%.
Se a taxa destes fosse de 3%, mais portugueses poupariam e a dívida externa poderia ser um pouco menor, não?
Elias com essa solução poderiamos ter uma concorrencia á banca, nesta fase talvez não fosse desejável. Talvez fosse melhor tentar não constituir dívida!
Cumpts.
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Brasil imita Portugal
Brasil elege palhaço para o Congresso
10h44m in"JN"
O palhaço brasileiro que está entre os favoritos para vencer um lugar no Congresso, no domingo, foi desafiado a provar que sabe ler e escrever. Veja o vídeo.
As sondagens apontam para uma vitória do palhaço Tiririca por mais de um milhão de votos. Mas agora há um juiz de S. Paulo que quer que o palhaço demonstre que tem a literacia requerida para a função que poderá pôr em risco o lugar de deputado federal.
Dizem os jornais, que Tiririca, tal como acontece com um em cada dez brasileiros, é analfabeto.
O palhaço candidato foi a sensação da campanha, durante a qual publicou apontamentos de humor no YouTube que atraíram milhões de visitantes.
"Vote Tiririca, pior que está não fica" e "O que é um deputado federal faz? Realmente, não sei, mas vote em mim que eu conto" são dois dos slogans de campanha do palhaço Tiririca.
O pedido do juiz para que se submeta a um teste de literacia surge após a publicação de um vídeo no site da revista "Época", no qual o palhaço parece ter claras dificuldades para conseguir ler.
O tribunal eleitoral alega que é já demasiado tarde para parar a candidatura, mas o palhaço pode ser afastado caso se prove, após a eleição, que não sabe ler nem escrever.
"Tiririca" é o nome profissional de Francisco Everardo Oliveira Silva, que começou a trabalhar num circo quando tinha oito anos no estado de Ceará, e que hoje é humorista na televisão
O palhaço disputa um dos 513 lugares no congresso entre dezenas de desportistas e gente do espectáculo que concorrem nestas eleições a par com políticos profissionais.
No total, mais de seis mil candidatos de 27 partidos concorrem às eleições de domingo.
10h44m in"JN"
O palhaço brasileiro que está entre os favoritos para vencer um lugar no Congresso, no domingo, foi desafiado a provar que sabe ler e escrever. Veja o vídeo.
As sondagens apontam para uma vitória do palhaço Tiririca por mais de um milhão de votos. Mas agora há um juiz de S. Paulo que quer que o palhaço demonstre que tem a literacia requerida para a função que poderá pôr em risco o lugar de deputado federal.
Dizem os jornais, que Tiririca, tal como acontece com um em cada dez brasileiros, é analfabeto.
O palhaço candidato foi a sensação da campanha, durante a qual publicou apontamentos de humor no YouTube que atraíram milhões de visitantes.
"Vote Tiririca, pior que está não fica" e "O que é um deputado federal faz? Realmente, não sei, mas vote em mim que eu conto" são dois dos slogans de campanha do palhaço Tiririca.
O pedido do juiz para que se submeta a um teste de literacia surge após a publicação de um vídeo no site da revista "Época", no qual o palhaço parece ter claras dificuldades para conseguir ler.
O tribunal eleitoral alega que é já demasiado tarde para parar a candidatura, mas o palhaço pode ser afastado caso se prove, após a eleição, que não sabe ler nem escrever.
"Tiririca" é o nome profissional de Francisco Everardo Oliveira Silva, que começou a trabalhar num circo quando tinha oito anos no estado de Ceará, e que hoje é humorista na televisão
O palhaço disputa um dos 513 lugares no congresso entre dezenas de desportistas e gente do espectáculo que concorrem nestas eleições a par com políticos profissionais.
No total, mais de seis mil candidatos de 27 partidos concorrem às eleições de domingo.
P.S.- Teclado "made in Mexico", desculpem a falta de acentuacao.
Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro
Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro
RiscoCalculado Escreveu:Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
A taxa dos Certificados do Tesouro a 10 anos anda perto dos 5.15% e não nos 3%.
Certo, mas eu referia-me a certificados de Aforro cuja taxa anda nos 1%.
Se a taxa destes fosse de 3%, mais portugueses poupariam e a dívida externa poderia ser um pouco menor, não?
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Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
A taxa dos Certificados do Tesouro a 10 anos anda perto dos 5.15% e não nos 3%.
De qualquer forma o facto da divida externa portuguesa atingir valores elevados revela que a poupança portuguesa não é suficiente para satisfazer toda a necessidade de financiamento da nossa economia . Mesmo que o Estado se conseguisse financiar a taxa ligeiramente mais baixa junto do grande público isso apenas colocaria dificuldade acrescida de financiamento a outro agente qualquer.
( e já sabemos q o estado acaba por ter que dar aval a estes "agentes" em dificuldade ... )
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
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Elias Escreveu:
Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
Já tem , os certificados do tesouro, com taxa a 5,15% (para os 10 anos) se não estou em erro.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Pelo que tenho lido, o BCE continua a comprar dívida pública pelo menos até 2011, sendo que o problema colocar-se-ia quando o BCE fosse abandonando essa sua actuação.
Então, como é que se explica que os juros da dívida estejam já neste momento numa escalada galopante, aparentemente dependentes apenas do mercado?
O BCE não compra dívida pública dessa maneira que tu sugeres ...
O BCE fornece liquidez ao sistema bancário, nomeadamente o português , sendo que neste momento os bancos portugueses devem ao BCE cerca de 50 mil milhões de euros .
No entanto as necessidades de financiamento do sistema bancário português vão muito alem do simples facto de os bancos terem alguma dívida pública em carteira. A dívida dos privados (empresas , famílias ...) atinge valores muito elevados em Portugal (a dívida pública (ou melhor, parte dela) é apenas uma pequena fracção da dívida externa total portuguesa )
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Juros da dívida portuguesa a 10 anos ultrapassam os 6,5%
28 Setembro 2010 | 10:38
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos ultrapassaram a fasquia dos 6,5% pela primeira vez desde a entrada no euro, pressionados por receios relativos à consolidação orçamental.
Os juros das obrigações a 10 anos ultrapassaram o nível simbólico de 6,5% pela primeira vez desde a entrada de Portugal no euro, enquanto os juros das obrigações alemãs descem, levando os prémios de risco da dívida portuguesa a renovarem recordes.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos ascendem 22,4 pontos base para 6,641%, enquanto no prazo de cinco anos, os juros das obrigações avançam 27,5 pontos base para 5,543%. No prazo de dois anos, o retorno da dívida pública sobe 26 pontos para 4,389%.
Já os juros das obrigações alemãs continuam a descer, com os investidores a aumentarem a sua exposição à segurança relativa da dívida alemã, levando os prémios de risco da dívida portuguesa a agravarem-se ainda mais e a renovarem máximos históricos.
Os investidores estão agora a exigir um prémio de 440 pontos base para deterem a dívida pública portuguesa em vez da alemã, renovando o máximo histórico de 423 pontos base que tinha registado já esta manhã.
Já os contratos contra incumprimento da dívida de Portugal a 10 anos subiam 21,5 pontos base, para 455 pontos, aproximando-se do máximo histórico de 461 pontos tocado no dia 6 de Maio.
Portugal e Irlanda preocupam investidores internacionais
As preocupações sobre a estabilidade financeira de Portugal e Irlanda são hoje o tema central da edição Europa do The Wall Street Journal, depois do secretário geral da OCDE ter-se deslocado a Lisboa para divulgar um relatório sobre o país.
De acordo com o jornal, citado pela Lusa, os dois países "agitam os medos europeus", na sequência do corte de 'rating' de um dos maiores bancos irlandeses e do aumento da tensão política em Portugal que alimenta as dúvidas sobre os planos de redução da dívida do país.
Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
28 Setembro 2010 | 10:38
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos ultrapassaram a fasquia dos 6,5% pela primeira vez desde a entrada no euro, pressionados por receios relativos à consolidação orçamental.
Os juros das obrigações a 10 anos ultrapassaram o nível simbólico de 6,5% pela primeira vez desde a entrada de Portugal no euro, enquanto os juros das obrigações alemãs descem, levando os prémios de risco da dívida portuguesa a renovarem recordes.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos ascendem 22,4 pontos base para 6,641%, enquanto no prazo de cinco anos, os juros das obrigações avançam 27,5 pontos base para 5,543%. No prazo de dois anos, o retorno da dívida pública sobe 26 pontos para 4,389%.
Já os juros das obrigações alemãs continuam a descer, com os investidores a aumentarem a sua exposição à segurança relativa da dívida alemã, levando os prémios de risco da dívida portuguesa a agravarem-se ainda mais e a renovarem máximos históricos.
Os investidores estão agora a exigir um prémio de 440 pontos base para deterem a dívida pública portuguesa em vez da alemã, renovando o máximo histórico de 423 pontos base que tinha registado já esta manhã.
Já os contratos contra incumprimento da dívida de Portugal a 10 anos subiam 21,5 pontos base, para 455 pontos, aproximando-se do máximo histórico de 461 pontos tocado no dia 6 de Maio.
Portugal e Irlanda preocupam investidores internacionais
As preocupações sobre a estabilidade financeira de Portugal e Irlanda são hoje o tema central da edição Europa do The Wall Street Journal, depois do secretário geral da OCDE ter-se deslocado a Lisboa para divulgar um relatório sobre o país.
De acordo com o jornal, citado pela Lusa, os dois países "agitam os medos europeus", na sequência do corte de 'rating' de um dos maiores bancos irlandeses e do aumento da tensão política em Portugal que alimenta as dúvidas sobre os planos de redução da dívida do país.
Esta notícia suscita-me a seguinte questão: o Estado não faria bom negócio em colocar certificados de aforro e produtos afins a taxas mais atractivas (por exemplo 3%) de modo a conseguir financiar-se junto do grande público a taxas que fossem simultaneamente interessantes para os aforradores e para o Estado?
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crg Escreveu:Boas,
Estou aqui com uma dúvida. Para quem esteja mais dentro do assunto, agradeço uma achega.
Pelo que tenho lido, o BCE continua a comprar dívida pública pelo menos até 2011, sendo que o problema colocar-se-ia quando o BCE fosse abandonando essa sua actuação.
Então, como é que se explica que os juros da dívida estejam já neste momento numa escalada galopante, aparentemente dependentes apenas do mercado?
Abraços.
Há alguma confusão, criada pelo pouco rigor da comunicação social, quando aborda o tema.
Uma coisa são as Yields outra são os juros, enquanto as Yields sobem e descem todos os dias (tem a ver com o valor a que são transacionadas as obrigações), os juros são fixos à taxa de emissão para a duração da emissão.
O que o Estado paga é o valor definido quando emitiu as obrigações. Não sei quando vai ser a proxima emissão, eventualemnte será em Outubro, já que é preciso pagar juros de cerca de 35 mil milhões de € de divida e nessa veremos a que valor é que o Estado consegue emitir divida.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Boas,
Estou aqui com uma dúvida. Para quem esteja mais dentro do assunto, agradeço uma achega.
Pelo que tenho lido, o BCE continua a comprar dívida pública pelo menos até 2011, sendo que o problema colocar-se-ia quando o BCE fosse abandonando essa sua actuação.
Então, como é que se explica que os juros da dívida estejam já neste momento numa escalada galopante, aparentemente dependentes apenas do mercado?
Abraços.
Estou aqui com uma dúvida. Para quem esteja mais dentro do assunto, agradeço uma achega.
Pelo que tenho lido, o BCE continua a comprar dívida pública pelo menos até 2011, sendo que o problema colocar-se-ia quando o BCE fosse abandonando essa sua actuação.
Então, como é que se explica que os juros da dívida estejam já neste momento numa escalada galopante, aparentemente dependentes apenas do mercado?
Abraços.
“A elevação dos pensamentos denuncia a nobreza dos sentimentos.”
E a irem para onde? haverá por acaso algum país 100% fiável hoje em dia?Marco Martins Escreveu:JMHP Escreveu:Irlanda em contagem decrescente para ser resgatada?
Dois jornais de referência do mundo financeiro, o alemão "Handelsblatt" e o britânico "Financial Times", estão hoje a dar eco à probabilidade de a Irlanda seguir em breve os passos da Grécia.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=445541
Se isso acontecer, acho que Portugal entrará numa espiral decrescente, com muitos dos investidores com dúvidas a saírem...
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