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Caldeirão da Bolsa

Angola, novo Eldorado para a saída da crise

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MozHawk » 13/4/2009 8:01

JPtuga,

Menos mal que a zona do Bom Jesus até é porreira e está integrada na área boa do Bengo porque a oposta está mesmo em muito mau estado.

fnabais,

O que vale é que a malta ri-se que nem uns perdidos depois! ;) Mas até lá... Imagino essa tua experiência até Tomboco lol. Também me pareceu um caminho "interessante". Sobre banhos, tive a minha dose mas apenas com ondas até meio do para-brisas, logo a seguir aos afundanços nas lagoas lol!

Um abraço,
MozHawk
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por fnabais.ferro » 12/4/2009 22:46

MozHawk,

Fantástico! :lol: Ler o teu relato fez-me relembrar as enormes aventuras que se podem passar nestes passeios. Já para não falar nas saudades.

Já fiz uma vez o percurso Luanda->N'Zeto->Tomboco->Luanda fez agora exactamente 1 ano dia 10 de de Abril, e foi a primeira vez que tive a oportunidade de conduzir um "chefe máquina" e lembro-me da adrenalina como se fosse hoje. Lembro-me duma "lagoa" que não me apercebi da sua dimensão a tempo, e quando entrei nela uma onda de água castanha literalmente passou por cima do Land cruiser ... ainda deu para o susto ... e para uma foto do carro completamente borrado da água! :lol: :lol: :lol: Já para não falar que foi a 1ª vez que atravessei o carro! :roll: Até aí não sabia que era possível atravessar um chefe máquina eheheheh.

Em relação ao Soyo ... tal e qual ... :mrgreen: se bem que já há mais de um ano que não vou lá .. bem me lembro desse clube cheio de langas congolesses a atacar e ainda do hotel no outro lado da estrada principal (não me lembro do nome) com um ecrán gigante projectado na parede a passar constantemente músicas zairenses!!! :roll:

Excelente relato ... Em relação aos meios de comunicações, para essas aventuras eu nao me aventurava sem um telefone de satélite, ou um mínimo de 2 carros!!! De momento entre Soyo e Luanda, só tens rede Unitel em Porto Ambriz, Nzeto e Tomboco! É uma verdadeira aventura!!!

Já tou com saudades ... :mrgreen:

Cumprimentos e BN,
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por JPtuga » 12/4/2009 22:36

Mozhawk,

O que eu me ri com o relato dessa tua aventura :lol:
Estive ai em Março 15 dias, e irei novamente no principio de Maio, começar um novo projecto na zona do bom jesus.

Viana não está mal de todo, pareceu-me...
Ah e são "só" 3 ou 4 horas de trânsito infernal para Luanda todos os dias uteis, ao fim de semana, um pouco melhor.

Bem Haja e Boa pascoa a todos.
 
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por MozHawk » 12/4/2009 22:11

bestblandina,

Manda-me MP com o teu contacto de e-mail.

mfsr1980,

Deves ter as defesas muito em baixo...

goncafaria,

Sobre o Soyo. Regressei hoje de lá, após 3 dias "maravilhosos" naquele coin d'Angola... Como tinha que ir ao Ambriz ver uns mambos, pensei cá para os meus botões "se vou ao Ambriz, dou um salto até ao Soyo e aproveito para ver como está a estrada". Se mal o pensei, pior o fiz. Há uns 9 anos que não tinha tamanha aventura.

Saída de Luanda às 6:30 da manhã, em direcção a norte. Os primeiros 20km demorei 3h. Como gastei algum combustível, decidi reforçar em Porto Quipiri e regressar para trás para a Barra do Dande. Pista, a viagem estava a correr melhor. Pior foi quando vi o alcatrão acabar no cruzamento da estrada que sai da Barra do Dande e da que vem do Caxito. Com coragem, continuei. 2h depois estava em Ambriz. Indescritível... Queríamos almoçar e não havia nada para comer. Bebemos uma coca-cola e seguimos viagem. O "desvio" para Ambriz "custou-nos" quase 60km.

Sempre a abrir, porque já era quase meio-dia, rumámos em direcção a N'Zeto, mais a norte. Neste troço já nos deparámos com algumas dificuldades adicionais mas, mesmo assim, optei por continuar com a viagem. Quando chegámos a N'Zeto, 285km desde o início da viagem, já levávamos 9h30 de viagem. N'Zeto, embora maior que Ambriz, é igualmente desolador. Neste ponto, ou optava por continuar em direcção ao Soyo ou voltava para trás. Continuei, só com o meu segurança pessoal, ao meu lado, em direcção ao Soyo. Mamauê!!!

Logo à saída do N'Zeto, uma amostra do que nos esperava nos 195km seguintes, sem nenhuma localidade digna desse nome pela frente a não ser mato. Sem meios de comunicação e poucos aventureiros na via a não ser camiões chineses, alguns sul-africanos com contentores e alguma máquinas. Esses 195km eram, na realidade, uma picada em muito mau estado por causa das chuvas. Inacreditável. Nem sei como é que não fiquei pelo caminho. Os saltos foram tantos que a chapa da matrícula da frente saltou e ficou pendurada apenas por um rebite, a bateria andava solta, o switch eléctrico que transmitia a energia da bateria ao resto do motor saltou 4 ou 5 vezes pelo que o carro morreu outras tantas. Da primeira vez ia tendo um ataque cardíaco quando o carro me morreu de repente. Pensei que tivesse ganhar o carter e ainda me pus a olhar, enterrado numa poça de água e lama, se estava a verter óleo... Pá, os apoios do tubo por onde se abastece a viatura foram à vida e aquilo andava solto.

Muitos saltos depois, fugas laterais para evitar as poças de água com dezenas de metros a toda a largura da picada, troços impossíveis de seguir os trilhos dos camiões com medo que o jipe assentasse no meio, várias quase saídas da picada com as escorregadelas, não conseguir ver a ***** de um controlo policial porque tinha os faróis cheios de lama, o pára-brisas cheio de lama e um anormal com os médios ligados na outra "faixa", ia "atropelando" o controlo. Resolvido.

A parte nocturna, ainda foram 2h30 a conduzir de noite. Finalmente, cheguei ao Soyo, 14h depois do início da viagem de 480km. Quase sem ninguém pelo caminho, sobretudo após N'Zeto. Apanhámos chuva pelo caminho, pessoal enterrado e acidentado. Tanques de guerra na berma da estrada, relíquias do passado. Aqui e além, equipas de desminagem e veículos próprios para a tarefa. Montes de tabuletas pelo caminho a assinalar os campos minados. Jamais me ocorreu que, com as chuvas, às vezes as minas deslizam para a estrada/picada. Mas a adrenalina destas viagens, é excelente para quebrar o quotidiano.

O Soyo. O Soyo é uma das piores cidades que conheço. Não há nada e não se faz nada. No único "café" da cidade, não me serviram uma tosta mista porque a empregada da cozinha estava muito cansada. Não se faz nada a não ser dormir, comer, trabalhar e, para quem é adepto do desporto, rodar as langas e, eventualmente, as namoradas mussurongas ocasionais. Sair à noite... numa das noites que lá passei, convenceram-me a sair com o pessoal e eu acabei por ir. De vez em quando, aprecio experiências "extremas". No "clube" quase ninguém. Cerca de 20 expatriados, 2 @@@@@@@ langas e alguns locais. A partir da meia-noite começou a chover torrencialmente, de tal modo que a pista de dança tornou-se piscina. Lá fora, continuava a chover torrencialmente, com os relâmpagos e trovões imediatos a tornarem o cenário ainda mais interessante. Na "pista", já havia quem dançasse descalço e em tronco nu, tanta era a água. Outros atiravam água uns aos outros. Num canto, as langas atacavam os expats mais adiantados na vida, noutro, alguns clientes já dormiam com a cabeça apoiada em cima dos braços. Claro que me escangalhei a rir quando a mesa de plástico branco, mal montada, se espetou no chão, levando-os atrás.

Os estrangeiros existem, mas são aves-raras. E a base não é acessível a todos. De todo o modo, deve ser tão interessante que muitos dos que lá residem piram-se para os botecos das proximidades à caça de langas...

Um abraço,
MozHawk
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por fnabais.ferro » 12/4/2009 17:03

mfsr1980 Escreveu:Quem quiser ir que não se esqueça de levar um "penico" para as caganeiras! :)


Nada que um bom carregamento de Imodium não resolva! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Cumprimentos e BN,
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por mfsr1980 » 12/4/2009 15:57

Quem quiser ir que não se esqueça de levar um "penico" para as caganeiras! :)
 
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por trinamixx » 11/4/2009 15:45

eu tb vou tentar...
neste momento trabalho na area da banca, mas estou aberto a novas aventuras
 
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por bestbland » 10/4/2009 15:46

vou tentar ferro,obrigado pela dica.
 
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por fnabais.ferro » 10/4/2009 15:37

trinamixx Escreveu:ng me arranja emprego para angola?:)


Em que ramo?

bestblandina Escreveu:Ando á procura de emprego no ramo da construção civil em Angola e no Dubai, mas ainda ninguem me chamou.Sou engenheiro civil com alguma experiencia (10 anos). Se alguem arranjar, agradeço.


Sugiro uma visita ao site http://www.jobserve.com/. É só colocar o país na pesquisa e voilá. :wink: Podes ainda melhorar a pesquisa com o tipo de trabalho/área pretendida.

Para a minha área de telecomuncações costumo ainda usar este onde há muita coisa worldwide. http://www.cellular-news.com/recruitment/

Boa sorte. 8-)

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por bestbland » 10/4/2009 14:28

Ando á procura de emprego no ramo da construção civil em Angola e no Dubai, mas ainda ninguem me chamou.Sou engenheiro civil com alguma experiencia (10 anos). Se alguem arranjar, agradeço.
 
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por trinamixx » 10/4/2009 12:52

ng me arranja emprego para angola?:)
 
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por fnabais.ferro » 9/4/2009 20:03

Goncafaria,

Viana é efectivamente nas redondezas de Luanda. Trânsito, por enquanto ainda há sempre, até mesmo ao fim de semana. A questão mais importante aqui é se escolheres Viana, tens de ir todos os dias para a cidade ou não? Se for esse o caso ainda apanhas algumas dores de cabeça com o trânsito.

Em relação ao Soyo, há 1 ano que não vou lá, mas pelo que sei há por lá muitos estrangeiros. Logicamente não tens nada parecido em termos de diversão com o que podes encontrar em Luanda. Em termos de qualidade de vida, se gostares de uma coisa mais calma, certamente que seria a melhor opção.

Agora não tenho mais tempo mas se tiveres mais alguma questão penso que consigo dar-te algum feedback durante o fim de semana.

Cumprimentos e BN,
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Re: Angola: Luanda, Viana ou Soyo ?

por pedrom » 9/4/2009 18:38

goncafaria Escreveu:Caros,

A minha anterior proposta para ir trabalhar para Angola “caducou”.

Felizmente tenho nova oportunidade e 3 alternativas: Luanda, Viana (10 km de Luanda !?!) e Soyo.

Em termos de remuneração é idêntica, sendo que em Viana e Soyo tenho alimentação garantida e em Luanda $600 USD, o que deve ser insuficente.

Mas o que mais me preocupa é que fazer fora do trabalho. Ou seja, em Viana e Soyo, existe algum tipo de entretenimento e/ou comunidade de expatriados?

Estive a ver no Google Maps e Viana e Soyo, parece tudo sem alcatrão?!?!

Em Viana sempre dá para ir passar o fim de semana a Luanda, não sofrendo com o trânsito durante a semana.

Para os que conhecem, qual a vossa opinião?

Obrigado!
Gonca


Nao conheço mas tenho 1 amigo no soyo. O que vais fazer?
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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Angola: Luanda, Viana ou Soyo ?

por goncafaria » 9/4/2009 16:57

Caros,

A minha anterior proposta para ir trabalhar para Angola “caducou”.

Felizmente tenho nova oportunidade e 3 alternativas: Luanda, Viana (10 km de Luanda !?!) e Soyo.

Em termos de remuneração é idêntica, sendo que em Viana e Soyo tenho alimentação garantida e em Luanda $600 USD, o que deve ser insuficente.

Mas o que mais me preocupa é que fazer fora do trabalho. Ou seja, em Viana e Soyo, existe algum tipo de entretenimento e/ou comunidade de expatriados?

Estive a ver no Google Maps e Viana e Soyo, parece tudo sem alcatrão?!?!

Em Viana sempre dá para ir passar o fim de semana a Luanda, não sofrendo com o trânsito durante a semana.

Para os que conhecem, qual a vossa opinião?

Obrigado!
Gonca
 
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comentário

por jotabilo » 22/3/2009 17:58

Caro MRodrigues

Estou de acordo contigo e é esse o desiderato civilizacional que temos de completar. Mesmo perante a corrupção que grassa no meio e apesar dela, temos de continuar.
Não são sentimentos nobres aquilo que me parece comover. É apenas o cumprimento de um sentido civilizacional que julgo é só nosso e que os angolanos entendem ser bom de seguir.
Todos sabemos da cobiça e dos intersses que nos movem. Mas nós sabemos dar alguma coisa em troca e os angolanos sabem disso.
O calor na zona de Luanda a todos faz andar mais devagar, mas nesse devagar podemos e devemos chegar a algum lado. Temos de entender essa condição africana como sempre fizemos, nada de novo portanto.
Um mês apenas dá para sentir esses males que referes.É de facto um caos de interesses que é preciso ajudar a enquadrar em orientações gerais de vivência social dentro da ética humana geral.
É um nosso dever de portugueses, completar a obra
civilizacional que começámos em Angola dado que poucos ou mais ninguém, o sabe fazer, tão leal e sinceramente, como nós.
A corrupção é muita, os esquemas são a base do ganha pão e é, por isso, que se torna tão necessária a nossa proximidade humana aos angolanos para que atinjam o nível de cidadania que os habilite a corrigir e a obviar esses procedimentos.
Para nós restará sempre a legitmidade de sermos solidários com África e de algum modo assegurarmos um futuro polítco à comunidade lusitana a par do legítimo ganha pão que tb asseguraremos para os que ,a seguir, nos sucedam como tal.

cumps.
 
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por mfsr1980 » 21/3/2009 23:08

Caro Jobalito,
As tuas palavras sensibilizam-me e estão embuidas de nobres sentimentos mas...não dá mesmo. Por iniciativa própria o Angolano não trabalha, quer é dinheiro fácil e cerveja barata!
Nos dias de festa, o melhor mesmo é nós os brancos recolhermo-nos, pois eles bebem e tornam-se agressivos.
Vive-se em "gaiolas", os geradores e as bombas de água também. Ó melhor é ter sempre dinheiro trocado para nos safarmos de qualquer imprevisto.
Os Angolanos escravizam-se entre eles, tratam-se mesmo abaixo de cão e então as mulheres, coitadas, muitas são mesmo maltratadas.
Da corrupção, falando concretamente das obras públicas, não será muito diferente daqui, a nossa por enquanto é mais camuflada, mas à velocidade a que nos estamos a "africanizar" mais ano menos ano vai ser a mesma coisa. Lá, tudo se corrompe, graças a Deus, se não fosse assim não se fazia nada mesmo.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
 
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comentário

por jotabilo » 21/3/2009 21:19

Caro mfsr1980

Num mês, apenas se tem uma noção de caos. Angola não é nenhum "el dorado", exige alguma doação da nossa parte, uma certa generosidade, tolerância e compreensão da realidade que nos avassala.
Para além dos réditos que possamos obter do nosso trabalho, o que temos de dar, tem de ser a nossa cidadania de uma forma honrada e interessada na ajuda a dar.
Se quisermos que Angola nos honre como agentes civilizadores e seja um local distinto em àfrica.
A democracia só se consegue se houver uma cidadania plena. Ela só será atingida se ajudarmos sinceramente os Angolanos com o nosso modo de ser, com a nossa humanidade.
Um mês é pouco para se poder apreciar o quanto podemos ajudar Angola e o que ela nos pode ajudar.
Existe muito para fazer desde que saibamos ser os portugueses que sempre fomos.
É preciso um pouco de sacrifício e força para podermos continuar a nossa natureza em Angola. Não é fácil e temos de forçar o corpo e o espirito. Mas deixámos lá a nossa marca e temos o dever de continuar para que aquela gente continue a acreditar na nossa boa fé.
Naturalmente que existirão interesses concorrentes que tudo farão para nos retirar esse estatuto em Angola,as cobiças são muitas, mas temos os trunfos que são apenas nossos e é preciso acreditar neles.

cumps
Disclosure:
Não nasci em Angola nem nunca lá vivi para além do tempo de uma comissão de serviço.
 
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por mfsr1980 » 21/3/2009 13:27

Estive 1 mês em Angola e confesso que chamar "El dorado" aquilo é uma palavra demasiado forte. :?
O saneamento, a segurança e a alimentação deixam muito a desejar.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
 
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por Açor3 » 21/3/2009 8:42

Uma Angola que se levanta
Hoje

O Papa respondeu com um discurso a contestar a lei do mais forte ainda em vigor no continente africano


A cidade não mostrou genericamente sinais exteriores da visita do Papa. Apenas no aeroporto se cruzavam as bandeiras guerreiras de Angola com as de amarelo e branco do Vaticano. Apesar disso, o Estado não regateou financiamentos para a visita. A Igreja tomou então as rédeas da operação, tendo daí resultado de início uma "solene" confusão, a ponto de as acreditações para jornalistas terem sido entregues ontem de madrugada, horas antes da chegada do Papa. Durante a visita de João Paulo II há 17 anos, que tive o privilégio de seguir, apesar das fragilidades do tempo, o desempenho da organização foi bem melhor.

No Aeroporto 4 de Fevereiro estavam sobretudo mulheres e jovens e tapetes muito cardinalícios. O Presidente da República de Angola tomou pela primeira vez a palavra para saudar o Papa pela capacidade que a Igreja Católica de Angola teve para sustentar no povo a esperança e dizer-lhe que é obra deste Governo, em paz há sete anos, que a reconstrução aconteça.

O Papa respondeu-lhe com um discurso a contestar a lei do mais forte ainda em vigor no continente africano e, metendo o dedo em casa, recordou-lhe que há uma multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza absoluta. Esta denúncia é mais urgente do que qualquer campanha contra a sida.

O Presidente José Eduardo dos Santos voltou a compor-se de charme na sua própria casa no alto da cidade. No discurso ao corpo diplomático, José Eduardo dos Santos fez inúmeras confusões de novo sobre o papel positivo da igreja católica em Angola. Ao ponto de oferecer ao Papa a hipótese de assinar uma concordata a que chamou Acordo Internacional com o Vaticano. Pede no retorno a promoção do clero angolano em Roma ao mais alto nível, que é, como quem diz, pelo menos mais um cardeal para Angola depois de Alexandre Nascimento, que, por idade, já não pôde eleger Bento XVI.

Na mesma ocasião, Bento XVI fez porventura o discurso mais suculento deste primeiro dia em Luanda ao pedir aos políticos que libertem o continente africano da avidez, da violência e da desordem e que, de uma vez por todas, sejam contra a corrupção.

Aos bispos reunidos na nunciatura, o Papa Ratzinger voltou com o seu tema de eleição: o relativismo, a que chamou difuso, da sociedade moderna, a cultura com forte expressão em Angola e a família, claro, fundada sobre o matrimónio.
Não lhe ficou mal a palavra de respeito pelos velhos missionários a entregar a missão à gente da terra.

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por Açor3 » 18/3/2009 9:04

ISTO HÁ-DE QUERER DIZER ALGUMA COISA


Ferreira Fernandes
Esta semana, Bento XVI vai a Angola. De facto, vai a Luanda, onde passará os três dias da visita. É a segunda vez que um Papa vai a Angola. João Paulo II já lá esteve, em 1992. Angola é a maior aposta do catolicismo em África. E se, agora, o Papa só vai à capital, o momento alto da viagem tem outro lugar como vedeta. No dia da chegada, José Eduardo dos Santos vai ofertar a Bento XVI a maqueta do monumento que ficará a marcar os seus anos de governo: a Basílica de Nossa Senhora da Muxima, sobre o rio Kuanza, a uma centena de quilómetros de Luanda. Em Muxima fica o culto mariano mais importante de África, o de Nossa Senhora da Conceição, a quem os povos de língua quimbundo chamam Muxima, que quer dizer coração. A peregrinação anual, em Agosto, leva lá 150 mil pessoas. Quando Angola foi invadida pelos holandeses foi na Muxima que os portugueses se refugiaram. Data de então, no séc. XVII, o culto à santa. A igreja velhinha e a nova basílica ficarão fronteiras. João Paulo II disse, em 92: "Angola tem 500 anos de encontro de culturas. Isso faz de vós um povo diferente." A basílica vai dizer em pedra essas palavras.


DN
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por Açor3 » 14/3/2009 9:35

Desemprego
Belmiro de Azevedo e Daniel Bessa salientam importância de Angola como solução
Belmiro de Azevedo e Daniel Bessa defenderam na noite de quinta-feira a importância de Angola para o combate ao desemprego em Portugal, como destino de emigração e dos produtos da exportação nacional



O patrão da Sonae, que falava num debate sobre desemprego promovido no Porto pelo PSD, com a presença da líder do partido, referiu mesmo que aquele país africano pode ser o destino natural de parte dos engenheiros e técnicos qualificados que venham a perder o posto de trabalho caso a fábrica da Qimonda em Portugal feche as portas.

«Às vezes, o que é mais difícil em Portugal é uma certa cultura, é as pessoas quererem emprego ali ao lado. A Qimonda, por exemplo, tem dois mil engenheiros e técnicos qualificados. É impossível arranjar empregos para todos eles [caso a fábrica encerre]. As pessoas vão ter de ir trabalhar noutro sítio: noutra parte de Portugal, da Europa ou do mundo» , disse.

Belmiro de Azevedo apontou o exemplo concreto de Angola, «seguramente um país que pode atrair muitas pessoas. Está no princípio do seu desenvolvimento e como tal dispõe de muitos empregos e não precisa de trabalho muito qualificado».

Daniel Bessa classificou Angola como «o país do mundo que mais contribui para resolver o problema do desemprego em Portugal», nomeadamente porque «as exportações continuam a subir, sendo actualmente o quarto mercado para os produtos portugueses, à frente do Reino Unidos, Itália ou Estados Unidos».

«Há 40 anos, os portugueses habituaram-se a vender para Angola coisas que não prestavam e que em muitos casos nem chegavam a entrar naquele país. Quem continua a pensar assim que se desengane: hoje a situação é diferente» , disse.

Apesar deste crescimento das exportações para Angola, o ex-ministro de António Guterres sublinhou que é apesar de tudo «um lugar de risco», pelo que é preferível «não pôr todos os ovos» naquele país.

Daniel Bessa admitiu que, face à orientação comunitária de violação do Pacto de Estabilidade e Crescimento, Portugal pode transgredir os três por cento previstos para o défice desde que «não cometa o erro capital de gastar mais do que os outros».

«Se é para gastar, gastemos. Agora, por favor, não gastemos maior percentagem do PIB do que os outros países, senão é o desastre: acabamos deitados fora da jangada que é o euro» , avisou.

O economista, que defendeu «sem hesitação» um prolongamento do subsídio de desemprego, disse ter «alguma dificuldade em admitir que numa conjuntura como esta se despeça».

«O país está em dificuldades, a pedir o esforço de todos, e vem uma empresa despedir porque o número trabalhadores afecta os seus resultados? Isso cai muito mal. Não sei é se é possível impedir politicamente que isso aconteça» , afirmou.

Por outro lado, frisou que o «assusta» ver o Estado a «pôr dinheiro em empresas só para salvar emprego. Isso é permissível a discricionariedades», disse.

E, tal como Belmiro de Azevedo, defendeu que o mais importante é criar riqueza - «emprego é presente, riqueza é futuro».

«O segundo governo de António Guterres teve a mais baixa taxa de desemprego, o que não impediu que tivesse sido o pior desde D. Maria» , ironizou Daniel Bessa, fazendo referência a um comentário atribuído ao antigo ministro das Finanças, Sousa Franco, após deixar aquele Executivo.

Belmiro de Azevedo sublinhou que «as empresas têm como missão essencial criar riqueza, produzir serviços ou produtos para exportar, e delegaram no Estado - eventualmente mal - as funções sociais, pagando impostos e taxas sociais. O Estado é que deve usar bem esse dinheiro».

O empresário reafirmou a defesa da mobilidade laboral e da educação e formação permanente dos trabalhadores, sublinhando que para si «é preciso ganhar o direito a ter emprego. Não basta estudar, é preciso estudar, começar às sete ou oito da manhã e terminar quando o trabalho estiver feito».

«Para haver uma oferta de emprego satisfatória temos de ser os melhores trabalhadores do mundo ou perto disso» , frisou, afirmando que, enquanto maior empregador nacional, o Grupo Sonae tem uma constante preocupação com a formação, que «em alguns casos nem implica nada de mais: para certos empregos basta saber ser simpático e sorrir, não é preciso nenhum curso universitário».

Belmiro de Azevedo defendeu que «os sindicatos terão de fazer uma correcção de trajectória quanto às suas eventualmente justas reivindicações de não deixar despedir. As pessoas não podem continuar a fazer a mesma coisa no mesmo sítio quando ela já não vende».

O padre Lino Maia, que falava em nome do sector económico solidário, sublinhou a importância deste segmento na criação de emprego, recordando que ele já tem mais colaboradores do que o dos transportes.

O sacerdote alertou para o fenómeno dos novos pobres, aqueles que há um ano já o eram por sobre-endividamento mas que viram a sua situação agravada com o desemprego.

No final, Manuela Ferreira Leite, que assistiu em silêncio ao debate, afirmou que «a ideia-base que saiu do encontro é a de que nenhuma das intervenções sugeriu que as soluções passam pela intervenção do Estado».

«A iniciativa deve ser das empresas e das pessoas. O Estado complementa, mas o empreendedorismo e a criação de riqueza e de emprego não são competências suas» , disse.

Para a líder do PSD, «nenhuma das soluções apresentadas foi novidade, porque já tinham sido apresentadas» pelos sociais-democratas.

Lusa / SOL
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por Açor3 » 14/3/2009 9:33

Começar de novo
14 March 09 01:00 AM
Já por mais de uma vez ficou escrito nesta coluna que há basicamente duas formas de encarar a crise: uma, mais comum, alarmista e pessimista, quando não catastrofista, quase sempre associada à conformação com uma crítica inevitabilidade; a outra, mais rara e visionária, inconformada e optimista, apostada em aproveitar a oportunidade para construir novas soluções e condicionar o futuro.


Os rendidos à primeira retraem-se na defesa e na adopção de medidas paliativas ou proteccionistas, na tentativa (mais ou menos vã) de menorizar os efeitos da crise. Os seguidores da segunda rompem com o presente e com o passado e investem na construção de alternativas para um novo ciclo.

A História faz-se de ciclos, de crises, de rupturas. Sempre foi assim e assim há-de ser. Mas o determinismo fica-se por aí. O resto depende dos homens, da sua vontade e da sua capacidade – dos homens, das sociedades, dos países.


Ora, a primeira visita de Estado de José Eduardo dos Santos a Portugal, esta semana, ocorreu num momento histórico particular.

Um momento de indefinição e de transformação da nova ordem económica mundial.

Um momento em que as relações entre os dois Estados – e da vegetativa Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – podem e devem dar um salto qualitativo que lhes permita, em conjunto e não isoladamente, resistir às dificuldades e apostar em novas vias de desenvolvimento. De forma estrutural e alargada, do Estado à sociedade civil.

Angola é um mundo de oportunidades para Portugal e para os portugueses.

E Portugal tem um enorme potencial para Angola e para os angolanos, no caminho para o desenvolvimento e na ponte para a Europa.

Uma visão de futuro não pode ficar agarrada e prejudicada pelos complexos do passado. Nem, sobretudo, pelos do presente.

Desenganem-se os políticos, os empresários e os cidadãos em geral que olham para Angola como o El Dorado do século XXI.

Não é. Ver Angola como um embondeiro de kwanzas tal como Macau foi a árvore das patacas é condenar qualquer hipótese de construção de uma solução consolidada e de futuro.

De Macau, depois de séculos de administração e presença portuguesa, nem dez anos passados, já nada resta, a não ser resquícios históricos num punhado de fundações e museus.

Mas desenganem-se também os velhos do Restelo que clamam contra os perigos da colonização da antiga metrópole pelos colonizados de outrora. Complexos espúrios de quem não aprendeu as lições ainda tão recentes da história comum – e de cada um em particular.

Portugal e os portugueses só têm a ganhar com a prosperidade de Angola e um estreitamento efectivo das relações bilaterais a todos os níveis.

E Angola e os angolanos também só podem beneficiar de uma nova e mais profunda cooperação com Portugal e os portugueses. A todos os níveis – e não apenas nem essencialmente no progresso económico.


José Eduardo dos Santos, no único e solene discurso, no Palácio da Ajuda, defendeu precisamente que «nestes tempos de profunda crise económica e financeira, em que se prevê a pior recessão global desde os anos 30 do século passado, e em que a interdependência entre os diferentes países é acentuada, temos de contar em primeiro lugar com as nossas forças e com os amigos mais seguros. (...) Será ilusório pensar que cada um pode encontrar uma solução de forma isolada para debelar a crise».

Os dois Presidentes, os dois Governos e os mais destacados empresários de ambos os países frisaram a vontade política firme de dar novo élan às relações entre Portugal e Angola e apoio aos projectos com interesses comuns.

É a hora de começar de novo.

E de animar a CPLP – e o triângulo Europa-África-América, com vértices em Portugal, Angola e Brasil – como um novo motor na economia global.

Esta é a oportunidade.

SOL
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por Açor3 » 14/3/2009 9:24

ANGOLA E A DEMAGOGIA


João Marcelino
Director
1A visita de José Eduardo dos Santos a Lisboa voltou a servir para fazer política enquanto Cavaco Silva e José Sócrates, ambos e muito bem, tratavam dos interesses da nossa economia e eram dignos da história que une os dois países.

A questão é recorrente.

Em Portugal, sempre que se fala das relações com Angola, aparecem, à esquerda mas também à direita, umas virgens político-intelectuais que confluem no palco comunicacional para nos falarem da corrupção, da pobreza e da falta de democracia naquele país africano. A coragem só lhes falta para defenderem o que seria coerente na respectiva lógica: o corte de relações entre a "casta" democracia portuguesa e a "cleptocracia" angolana. Seriam bem mais respeitáveis as suas críticas se fossem capazes de o fazer - mas a isso não se atrevem, porque a democracia tem esta questão dos votos e elas sabem que há já umas largas dezenas de milhares de empregos portugueses que dependem das boas relações entre os dois países.

2 Francisco Louçã ainda há uma dúzia de anos era capaz de, sem se rir, defender as virtudes da "democracia" internacionalista com epicentro em Moscovo. Hoje, convertido ao sistema que combateu, teve esse gesto nobre de faltar à sessão parlamentar que recebeu José Eduardo dos Santos e apontou o dedo ao neocolonialismo que por aqui se terá visto nestes dias.

É fácil, na verdade fazer política longe das responsabilidades concretas do dia-a-dia das pessoas. Basta dizer uma parte da verdade e ser demagogo quanto baste.

Se apenas quiser ser o grilo falante da nossa democracia, Louçã faz bem em continuar assim. Numa certa medida até faz falta. Mas se quiser mesmo ajudar a sociedade portuguesa a resolver os problemas, a assumir de facto responsabilidades, terá um dia de mudar.

3 Responsavelmente, sobre esta e outras questões ligadas à diplomacia e aos interesses económicos, há que dizer o seguinte: Portugal não tem de ser uma espécie de D. Quixote da cena internacional. O País faz muito bem em relacionar-se de forma serena com todas as economias, e o Governo, em sintonia com o PR, tem razão quando aposta em abrir novos mercados às exportações nacionais e fala com todos os parceiros de igual forma.

Num mundo em crise seria uma profunda irresponsabilidade fazer política à custa da nossa depauperada economia e de mais desemprego, pois nisso redundaria a visão romântica de Francisco Louçã.

Para defender as nossas convicções colectivas sobre a democracia no palco global temos a União Europeia, as Nações Unidos e todas as outras organizações internacionais em que temos assento.

Até lá, e no caso concreto, deveríamos ver as coisas pelo lado bom: Angola tem sido, nos últimos tempos, um bom exemplo para a região do mundo em que se insere. Oxalá continue a fazer progressos nesse caminho, e esse é um problema sobretudo dos angolanos, cuja independência devemos respeitar.

Já vivi em África (Angola e depois Moçambique), embora num período curto (e jovem) da minha vida. Conheço um bocadinho daquela realidade. Tenho a consciência do que podemos, de forma realista, esperar de democracia naqueles territórios nas próximas décadas. O problema de muitos europeus é que não sabem. A tragédia do continente africano não sai do primeiro plano das notícias e eles parecem querer acreditar que podem exportar ideias e modelos de organização de sociedade como quem exporta petróleo. Ora isso não é apenas demagogia, é uma profunda e lamentável ignorância. |


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por Açor3 » 14/3/2009 9:18

Destaque
A nova dimensão africana da economia portuguesa
Mónica Silvares
14/03/09 00:05


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Partilhe: Com as exportações para a Europa em queda, Portugal redefine as suas prioridades e aponta a bússola das vendas e investimentos para África. Angola assume-se como um dos mercados de eleição.

"Espanha, Espanha, Espanha". Esta era a prioridade definida por José Sócrates assim que tomou posse. A aposta foi aliás corroborada pela Presidência da República. A crise mundial que entretanto se instalou obrigou a um reajuste de posições para os mercados onde Portugal pode ter uma vantagem competitiva - África.

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por Açor3 » 14/3/2009 9:15

Entrevista
“África é uma nova dimensão para Portugal”
António Costa
14/03/09 00:10


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Collapse Comunidade
Partilhe: A visita de Eduardo dos Santos a Lisboa e a ida do primeiro-ministro a Cabo Verde confirmam que África é a nova aposta. Em entrevista, José Sócrates, sublinha: “Os empresários têm de acreditar nestes países”.

José Sócrates recebeu esta semana o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em São Bento, e rumou à Cidade da Praia para uma visita oficial a Cabo Verde. Foi uma ‘semana africana', que mostra a importância que o Governo atribui aos países de expressão portuguesa, em termos económicos e políticos. À margem do Observatório do Semanário Económico, o primeiro-ministro concedeu uma curta entrevista sobre a presença portuguesa em África, particularmente em Angola e Cabo Verde.


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