Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por goodmoney » 15/3/2013 17:20

Krupper Escreveu:concordo com praticamente tudo e de facto é uma alternativa ao caminho que está a ser seguido, mais justa na minha opinião. Mas diz-me achas que isso é possível de aplicar em Portugal? O governo diz que é preciso reduzir 4 mil milhoes na despesa (o que tu defendes com os despedimentos e redução das pensões) e todas as pessoas se queixam que não pode ser, fazem manifestações, etc etc etc...



Ainda não vi nada que o Governo fizesse mesmo questão de aplicar que não tivesse aplicado. Logo é possível.

As manifestações tanto há com as medidas que são tomadas agora, como haveria com estas. Com a diferença que pelo menos podia haver quem acreditasse... Os motins começam quando o pessoal está à toma, sem esperança nem caminho...

Aliás, não vejo que o Governo se preocupe nada com isso, senão não tinha ainda o Relvas em funções depois de tanto tinta corrida...
 
Mensagens: 581
Registado: 9/11/2012 16:27

por Oberon » 15/3/2013 17:17

Stresszero Escreveu:Em que é que o aumento dos impostos foi benéfico? Este saque feito aos portugueses por acaso fez aumentar a receita fiscal? Um país de desempregados e de pessoas sem poder compra serve para quê?
Se calhar se diminuíssem os impostos e aumentassem a despesa a coisa melhorava um bocadinho. Pelos vistos esta política cega de austeridade tem seguidores, só resta saber o que vem depois, porque pelos vistos nem o Gaspar sabe. Vai mandando umas papaias com números mas não acerta uma. Agora diz que vamos crescer lá para o fim do ano, mas só não diz como. Deve estar à espera de algum milagre ou então deve ter a esperança que acertemos todos os sorteio no 1º prémio do euromilhões.
Se não fosse o Bce as taxas de juros estariam acima dos 10%, porque ninguém gosta de emprestar a falidos. Quanto a mim um perdão de dívida é cada vez mais uma grande probabilidade de vir a acontecer.
Quando se insiste sempre no mesmo erro não se chama teimosia, chama-se outra coisa mais feia.


Se calhar isso de aumentar a despesa já foi tentado em 2009 e falhou. Se calhar isso de aumentar a despesa já não depende de nós, visto que estamos sob intervenção externa. Se calhar isso de aumentar a despesa não tem resultado garantido e tem grande risco de falhar. Achas um erro os credores quererem garantir que lhes repaguemos o seu dinheiro??? Olha, hás de me emprestar dinheiro do teu, pq tenho a impressão de que vou gostar de te ter como credor. Já te deixo aí o meu Nib

Olhem as promessas que o Seguro já está a fazer. Pq acham que ele as faz agora sem tentar deitar o Governo abaixo? A resposta é simples, pq sabe que só vai ter hipótese de as implementar em 2015/2016. Se estivesse lá agora, teria de baixar as orelhas à troika e fazer exactamente o que estes andam a fazer agora...

Assim como ninguém percebe que este aumento das exportações tem muita influência dos governos do Sócrates (simplex, construção de plataformas logísticas, expansão dos Portos), ninguém vai perceber que qd estivermos a crescer em 16/17/18 vai ser por este saneamento das contas públicas e privadas que estamos a empreender neste momento. Este povo de vistas curtas só espera por soluções milagrosas e imediatas, é incapaz de fazer planeamento a anos e décadas. Adivinhem quem faz esse tipo de planeamento? Os alemães, os chineses... e olhem , eles estão tão melhor que nós, que surpresa....
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 238
Registado: 14/4/2011 15:12
Localização: 16

por MiamiBlue » 15/3/2013 17:16

JMHP Escreveu:A diferença tu já a descreves-te. Também vais nos descrever para os anos de 2000 em diante?!


Lá por JS ter sido um grande incompetente, isso inibe-nos de julgar a competência do atual Governo?

Este Governo é avaliado, conforme foram todos os outros.

E para avaliar, existem dados concretos: Objectivos, metas e indicadores.

JMHP Escreveu:Eu não defendo coisa nenhuma, limito-me a observar e a constatar a realidade que está bem exposta, todo o drama em trono do descalabro das contas publicas e os seus efeitos para mim pessoalmente não são nenhuma novidade.


Para mim também não são nenhuma novidade, por isso critico, e a realidade tem-me dado razão.

Não defendes nada? Bem, estás sempre de acordo, mas não apoias?????? Bem, next..


JMHP Escreveu:Talvez a tua profunda e cega oposição ao exercício do poder actual, te leva a julgar que outros com uma visão ou sensibilidade diferente, são a favor ou considerem positivo a realidade actual.


".. tua profunda cegueira face á realidade" - meu caro, faço minhas as tuas palavras sobre a tua relação com a realidade do país..
 
Mensagens: 1399
Registado: 17/10/2010 19:32
Localização: 14

por Krupper » 15/3/2013 17:15

crybaby Escreveu:
Krupper Escreveu:Sim, já percebemos que não confias nas medidas que estão a ser tomadas. Mas se te dessem o poder de tomar decisões para reverter a situação do défice crónico das contas públicas, que medidas tomavas?



Assim por alto e em cima do joelho:

- Renegociar as PPP. E nem é todas como quer alguma oposição, nem operações de cosmética como faz o Governo. Análise a cada PPP e onde o negócio tenha sido abusivo, estabelecer novo acordo tendo em conta o estado do País. Sim, já sei que são contratos. Também muitos portugueses tinham contratos para ganhar 1000 e já vão em 600, também muitos portugueses têm atribuída reforma de X e recebem Y;

- Despedimentos na função pública. Mas não é na malta nova, nem por mútuo acordo onde quem sai são os bons que sabem que arranjam emprego facilmente. Avaliação de desempenho a sério, indicadores de produtividade a sério, mobilidade a sério e que não cumprir, sai.

- Planofamento das reformas até no máximo 2500 euros. Quem quer mais meta-se nos PPR's e afins.

- Aumento do salário mínimo pelo menos para 500 euros, sem que este aumento seja taxado pelo Estado. A ideia é favorecer o consumo e não os cofres.

- Responsabilização do poder político. Não se pode continuar a tomar decisões, algumas delas de milhões de euros, sabendo que daí a 4 anos se está em casa à lareira da mansão a ver o País arder.

- Redução dos impostos para as empresas, das exigência em termos de ASAE's, ACT's e afins durante a crise;

- Regulação efectiva do mercado da electricidade e combustíveis, sem ser só para inglês ver..

E podia estar aqui o dia todo, mas feliz ou infelizmente não me pagam este relatório.. :lol:


concordo com praticamente tudo e de facto é uma alternativa ao caminho que está a ser seguido, mais justa na minha opinião. Mas diz-me achas que isso é possível de aplicar em Portugal? O governo diz que é preciso reduzir 4 mil milhoes na despesa (o que tu defendes com os despedimentos e redução das pensões) e todas as pessoas se queixam que não pode ser, fazem manifestações, etc etc etc...
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por goodmoney » 15/3/2013 17:11

Krupper Escreveu:Sim, já percebemos que não confias nas medidas que estão a ser tomadas. Mas se te dessem o poder de tomar decisões para reverter a situação do défice crónico das contas públicas, que medidas tomavas?



Assim por alto e em cima do joelho:

- Renegociar as PPP. E nem é todas como quer alguma oposição, nem operações de cosmética como faz o Governo. Análise a cada PPP e onde o negócio tenha sido abusivo, estabelecer novo acordo tendo em conta o estado do País. Sim, já sei que são contratos. Também muitos portugueses tinham contratos para ganhar 1000 e já vão em 600, também muitos portugueses têm atribuída reforma de X e recebem Y;

- Despedimentos na função pública. Mas não é na malta nova, nem por mútuo acordo onde quem sai são os bons que sabem que arranjam emprego facilmente. Avaliação de desempenho a sério, indicadores de produtividade a sério, mobilidade a sério e que não cumprir, sai.

- Planofamento das reformas até no máximo 2500 euros. Quem quer mais meta-se nos PPR's e afins.

- Aumento do salário mínimo pelo menos para 500 euros, sem que este aumento seja taxado pelo Estado. A ideia é favorecer o consumo e não os cofres.

- Responsabilização do poder político. Não se pode continuar a tomar decisões, algumas delas de milhões de euros, sabendo que daí a 4 anos se está em casa à lareira da mansão a ver o País arder.

- Redução dos impostos para as empresas, das exigência em termos de ASAE's, ACT's e afins durante a crise;

- Regulação efectiva do mercado da electricidade e combustíveis, sem ser só para inglês ver..

E podia estar aqui o dia todo, mas feliz ou infelizmente não me pagam este relatório.. :lol:
 
Mensagens: 581
Registado: 9/11/2012 16:27

Re: Re

por Oberon » 15/3/2013 17:10

Stresszero Escreveu:
Cem pt Escreveu:Trabalho no estrangeiro há mais de 1 ano e até agora o dinheiro ganho era creditado em Portugal e os impostos idem, direitinhos cada mês para o fisco português e Segurança Social.

Sempre achei eticamente que deveria contribuir com a minha quota-parte para que os meus impostos contribuíssem para que o meu País saísse desta situação de aflição o mais depressa possível.

Infelizmente isto passou das marcas, aquilo que era a ajuda de cada um passou a transformar-se no “sacar” o máximo possível que o Estado consiga de cada cidadão sem que a situação sequer tenda a melhorar, todos temos a perceção de que cada vez vai ser pior e que as Finanças vão ir atrás de tudo o que possa ser aproveitado para ir buscar mais algum.

Assim ninguém aguenta e cada um tem de tratar de si próprio, o Estado passou a comportar-se como raposa dentro da capoeira.

Pois com este “confisco” que passou a ser feito a quem trabalha fiquei farto de trabalhar para a nossa classe política estafar a massa sabe-se lá em mais o quê, o que me era descontado da folha de salários já ultrapassava no mês passado os 60%.

Assim já tratei da papelada toda dos vistos de trabalho no estrangeiro, neste processo descobri que há um mar de gente a tratar de casos semelhantes, e “adiós” em definitivo a Portugal.

A partir do mês que vem passo a receber tudo limpinho e sem qualquer desconto, por cada 2 que recebia líquido passarei a receber mais de 5. É certo que terei em compensação de passar a pagar o equivalente ao nosso IRS no país onde trabalho mas a diferença do sufoco nem se compara.

Com muita gente numa situação idêntica ao meu caso, que não conta para a taxa de desemprego em Portugal porque simplesmente foi transferida para o estrangeiro pelo facto das empresas necessitarem como pão para a boca de exportar e financiar-se lá fora, já que no nosso País está tudo parado, creio que os técnicos das Finanças vão ficar muito admirados quando no final do ano detetarem que afinal as receitas previstas de arrecadação do IRS e SS vai ser bem menor do que a que esperavam obter.

O motivo é porque nem toda a gente que estatisticamente está empregada, que descontava os seus impostos até agora no País, se encontra na realidade a trabalhar fisicamente em Portugal em empresas que aí mantêm a Sede.

Estas taxas de verdadeiro “confisco” só vão fazer com que as pessoas, que possam e consigam, fujam o mais rapidamente de Portugal para evitar serem verdadeiramente esbulhadas e empobrecidas à força.

Pelo menos nestes casos as Finanças perdem impostos mas sempre poupam nos pagamentos dos subsídios de desemprego, o que já não é mau.


Caro Cem,

O mais triste é haver compatriotas que estão a ser roubados pelo fisco e gostam, acham que é normal e devemos apoiar. Quem me dera estar na tua situação de poder deixar de vez este país sem futuro nenhum.
Somos governados por radicais sem o mínimo de sensibilidade social, o que eu defendo é um alívio na austeridae para poder-mos respirar. Mais nada!


Pede à troika e não ao Governo Português. Continuamos todos sem entender o que é uma intervenção externa, o que significa ter credores, o que significa não sermos financeiramente independentes. Ainda no outro dia estava uma pessoa da manifestação a clamar pela demissão do atual Governo e a eleição de uma verdadeira alternativa. Mas qual alternativa? para fazer o quê? Em Portugal só se atiram postas de pescada e no fim fala-se sobre? Nada! Mas se não percebem os problemas do País, cm se pode esperar que defendam soluções.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 238
Registado: 14/4/2011 15:12
Localização: 16

Re: Re

por Krupper » 15/3/2013 17:08

Stresszero Escreveu:
Cem pt Escreveu:Trabalho no estrangeiro há mais de 1 ano e até agora o dinheiro ganho era creditado em Portugal e os impostos idem, direitinhos cada mês para o fisco português e Segurança Social.

Sempre achei eticamente que deveria contribuir com a minha quota-parte para que os meus impostos contribuíssem para que o meu País saísse desta situação de aflição o mais depressa possível.

Infelizmente isto passou das marcas, aquilo que era a ajuda de cada um passou a transformar-se no “sacar” o máximo possível que o Estado consiga de cada cidadão sem que a situação sequer tenda a melhorar, todos temos a perceção de que cada vez vai ser pior e que as Finanças vão ir atrás de tudo o que possa ser aproveitado para ir buscar mais algum.

Assim ninguém aguenta e cada um tem de tratar de si próprio, o Estado passou a comportar-se como raposa dentro da capoeira.

Pois com este “confisco” que passou a ser feito a quem trabalha fiquei farto de trabalhar para a nossa classe política estafar a massa sabe-se lá em mais o quê, o que me era descontado da folha de salários já ultrapassava no mês passado os 60%.

Assim já tratei da papelada toda dos vistos de trabalho no estrangeiro, neste processo descobri que há um mar de gente a tratar de casos semelhantes, e “adiós” em definitivo a Portugal.

A partir do mês que vem passo a receber tudo limpinho e sem qualquer desconto, por cada 2 que recebia líquido passarei a receber mais de 5. É certo que terei em compensação de passar a pagar o equivalente ao nosso IRS no país onde trabalho mas a diferença do sufoco nem se compara.

Com muita gente numa situação idêntica ao meu caso, que não conta para a taxa de desemprego em Portugal porque simplesmente foi transferida para o estrangeiro pelo facto das empresas necessitarem como pão para a boca de exportar e financiar-se lá fora, já que no nosso País está tudo parado, creio que os técnicos das Finanças vão ficar muito admirados quando no final do ano detetarem que afinal as receitas previstas de arrecadação do IRS e SS vai ser bem menor do que a que esperavam obter.

O motivo é porque nem toda a gente que estatisticamente está empregada, que descontava os seus impostos até agora no País, se encontra na realidade a trabalhar fisicamente em Portugal em empresas que aí mantêm a Sede.

Estas taxas de verdadeiro “confisco” só vão fazer com que as pessoas, que possam e consigam, fujam o mais rapidamente de Portugal para evitar serem verdadeiramente esbulhadas e empobrecidas à força.

Pelo menos nestes casos as Finanças perdem impostos mas sempre poupam nos pagamentos dos subsídios de desemprego, o que já não é mau.


Caro Cem,

O mais triste é haver compatriotas que estão a ser roubados pelo fisco e gostam, acham que é normal e devemos apoiar. Quem me dera estar na tua situação de poder deixar de vez este país sem futuro nenhum.
Somos governados por radicais sem o mínimo de sensibilidade social, o que eu defendo é um alívio na austeridae para poder-mos respirar. Mais nada!


Caro Stresszero, quais são as medidas alternativas?
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por Oberon » 15/3/2013 17:06

crybaby Escreveu:
Oberon__ Escreveu:A "mania" é um conceito subjectivo que tu atribuis. Eu não vejo ninguém com mania...

Então a tua solução é pôr analfabetos a fazer as previsões? Se um médico falha em sucessivas operações, deveremos pôr um mecânico a fazer cirurgias?! Ou então devemos pô-lo em Tribunal? então e que tal investigares se houve negligência. A sério que às vezes não entendo este país. Pior não fica?!?! não tens noção... pior não fica, é uma barbaridade inconsciente de se dizer... à falta de casos reais até podia perceber, pq temos todos tts vistas curtas, e sempre nos foi díficil pensar no concebível, sem casos reais para comparar. Mas a verdade é que tens a Grécia aqui ao lado e dizes que Portugal pior não pode ficar... daqui a dois, três anos veremos onde está a Grécia e onde estará Portugal. isto se, entretanto os militares não pegarem nas armas, pq lhe estão a mexer nos salários (e menos que ao resto da f. pública)... autêntica república das bananas. Mesmo que saiamos desta, daqui a 20 anos estaremos aqui outra vez, é uma questão cultural transversal de ausência de planeamento, organização, iniciativa, cidadania, consciência política, compreensão de conceitos e alternativas.



A minha solução é se o médico falha em sucessivas operações, mudo de médico... Eu e qualquer outra pessoa...

Se ao longo de 2 anos tenho um Governo que ainda não encontrou um caminho, que toma decisões à toa consoante o que se lembra no dia anterior, que num dia não quer mais tempo, e no dia seguinte já quer, que condena as obras públicas, mas vai gastar milhões na Trafaria, entre centenas de outras argoladas, epá, é o elo mais fraco, adeus...

Até me podiam tirar metade do ordenado se eu acreditasse no caminho e houvesse luz, assim qualquer euro é mal dado...


Pergunta 1: o que vem fazer esse novo médico? Essa é a verdadeira questão que importa perceber. Se nem tu, nem ninguém consegue perceber, então não percebo o do que estão à espera. Mais depressa me convencerias a mudar o partido que está no Governo da Alemanha do que o que está em Portugal. Sim, neste momento dependes mais do governo da Alemanha do que do Português. Habitua-te à ideia.

Pergunta 2: em que declarações o Governo condena todas as obras públicas? estou curioso. Reconheces diferença entre investir numa estrada ou num porto, em Portugal, neste momento?

Primeiro queixam-se que não há investimento público de qualidade. Agora anuncia-se um investimento público com vista ao aumento das exportações e isso é criticado...

E repara que nem estou a contar votar neste Governo, mas criticar sem nexo apenas origina que o próximo político que vá para lá faça igual ou pior do que os que estão lá. Os nosso políticos são o reflexo da população mal informada ( e sem desejo de se informar) que Portugal tem.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 238
Registado: 14/4/2011 15:12
Localização: 16

por goodmoney » 15/3/2013 16:59

Renegade Escreveu:
Marco Martins Escreveu:provavelmente votaria num "palhaço", desde que oferecesse uma mudança com pés e cabeça, mesmo que isso implicasse uma ruptura grande com as políticas actuais (desde que não se baseasse em nacionalizações)...


Percebes que ao votares num palhaço "do contra" e se ele ganhasse uma fatia expressiva dos votos, o que é isso serviria para o país se o palhaço nunca se coligaria com mais ninguém e não havia governo possível (como o que está a acontecer em Itália)?

É isto que queres?



Quem conheça meia dúzia de intervenientes na vida política sabe que entre alguns deles e os palhaços, a diferença é pouca... E sem desprimor por ninguém, é analisar isentamente o currículo e percurso profissional...
 
Mensagens: 581
Registado: 9/11/2012 16:27

por Krupper » 15/3/2013 16:58

Stresszero Escreveu:
Krupper Escreveu:
Stresszero Escreveu:
Krupper Escreveu:
Stresszero Escreveu:Se o Gaspar tivesse um pingo de vergonha demitia-se. Não acerta uma! Estamos no abismo por opção política. Esta gente sabe o que dizer 19% de desemprego? São uns tecnocratas arrogantes e é deprimente ouvi-los falar. Triste sina a nossa.


Estamos no abismo pelas opções políticas tomadas nos últimos 30 anos.

Acho incrível como é que as pessoas ainda não se mentalizaram que chegamos a este ponto devido aos erros cometidos nos últimos 30 anos e não devido ao que foi feito nos últimos 2...


Imagina se fizessem em 30 anos o que se fizeram nos últimos 2, se calhar tinha-mos 50% de desempregados.
O que crítico é a política de ajustamento, optou-se pelo empobrecimento e pelo desemprego como maneira de diminuir os custos de trabalho.
Quais são os planos deste governo para crescer-mos economicamente? Não sabem nada em relação a isso, só sabem queimar a economia. Nem daqui a 10 anos saimos deste buraco, com esta maneira de pensar.


que solução sugeres para resolver o problema crónico do défice nas contas públicas?
Evita por favor soluções à la Seguro, de promover o crescimento económico.. isso não é nada, precisamos de saber é medidas concretas para que o estado comece a gastar apenas o que recebe de impostos.


Eu pergunto-te: achas mesmo que esta política de austeridade cega e de terra queimada é a correta?
O que é que achas que vai acontecer quando tiver-mos 20% de desempregados?
Dá-me um número que aches bom desta austeridade, mas esquece a balança comercial porque essa sabemos qual á causa do equiliíbrio.


Apesar de não teres respondido à minha pergunta, vou responder às tuas:

achas mesmo que esta política de austeridade cega e de terra queimada é a correta? - Não sei se estas são politicas de terra queimada, mas não estou de acordo com muitas das medidas tomadas. Acho que são erradas e contribuem a piorar a situação do país.

O que é que achas que vai acontecer quando tiver-mos 20% de desempregados? - Não sei se vamos chegar aos 20% de desempregados, é possível que sim se o caminho ascendente continuar. No entanto, acho que não vai acontecer nada de muito diferente em relação a termos 17% de desempregados.

Dá-me um número que aches bom desta austeridade, mas esquece a balança comercial porque essa sabemos qual á causa do equiliíbrio - Esse é um bom ponto positivo. A causa principal é a diminuição das importações, um sinal de que o país andava a consumir mais do que conseguia produzir. Outro ponto positivo é possibilitar a que as pessoas pensem que estado social querem e estão dispostas a pagar. Se dói assim tanto o aumento de impostos porque razão não aceitam mexidas na despesa do estado?

Podes agora dizer-nos quais são as tuas sugestões para resolver o problema do défice crónico das contas públicas?
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

Re: Re

por STRESSZERO » 15/3/2013 16:55

Cem pt Escreveu:Trabalho no estrangeiro há mais de 1 ano e até agora o dinheiro ganho era creditado em Portugal e os impostos idem, direitinhos cada mês para o fisco português e Segurança Social.

Sempre achei eticamente que deveria contribuir com a minha quota-parte para que os meus impostos contribuíssem para que o meu País saísse desta situação de aflição o mais depressa possível.

Infelizmente isto passou das marcas, aquilo que era a ajuda de cada um passou a transformar-se no “sacar” o máximo possível que o Estado consiga de cada cidadão sem que a situação sequer tenda a melhorar, todos temos a perceção de que cada vez vai ser pior e que as Finanças vão ir atrás de tudo o que possa ser aproveitado para ir buscar mais algum.

Assim ninguém aguenta e cada um tem de tratar de si próprio, o Estado passou a comportar-se como raposa dentro da capoeira.

Pois com este “confisco” que passou a ser feito a quem trabalha fiquei farto de trabalhar para a nossa classe política estafar a massa sabe-se lá em mais o quê, o que me era descontado da folha de salários já ultrapassava no mês passado os 60%.

Assim já tratei da papelada toda dos vistos de trabalho no estrangeiro, neste processo descobri que há um mar de gente a tratar de casos semelhantes, e “adiós” em definitivo a Portugal.

A partir do mês que vem passo a receber tudo limpinho e sem qualquer desconto, por cada 2 que recebia líquido passarei a receber mais de 5. É certo que terei em compensação de passar a pagar o equivalente ao nosso IRS no país onde trabalho mas a diferença do sufoco nem se compara.

Com muita gente numa situação idêntica ao meu caso, que não conta para a taxa de desemprego em Portugal porque simplesmente foi transferida para o estrangeiro pelo facto das empresas necessitarem como pão para a boca de exportar e financiar-se lá fora, já que no nosso País está tudo parado, creio que os técnicos das Finanças vão ficar muito admirados quando no final do ano detetarem que afinal as receitas previstas de arrecadação do IRS e SS vai ser bem menor do que a que esperavam obter.

O motivo é porque nem toda a gente que estatisticamente está empregada, que descontava os seus impostos até agora no País, se encontra na realidade a trabalhar fisicamente em Portugal em empresas que aí mantêm a Sede.

Estas taxas de verdadeiro “confisco” só vão fazer com que as pessoas, que possam e consigam, fujam o mais rapidamente de Portugal para evitar serem verdadeiramente esbulhadas e empobrecidas à força.

Pelo menos nestes casos as Finanças perdem impostos mas sempre poupam nos pagamentos dos subsídios de desemprego, o que já não é mau.


Caro Cem,

O mais triste é haver compatriotas que estão a ser roubados pelo fisco e gostam, acham que é normal e devemos apoiar. Quem me dera estar na tua situação de poder deixar de vez este país sem futuro nenhum.
Somos governados por radicais sem o mínimo de sensibilidade social, o que eu defendo é um alívio na austeridae para poder-mos respirar. Mais nada!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1228
Registado: 16/9/2011 9:25
Localização: 24

por Marco Martins » 15/3/2013 16:52

Renegade Escreveu:
Marco Martins Escreveu:provavelmente votaria num "palhaço", desde que oferecesse uma mudança com pés e cabeça, mesmo que isso implicasse uma ruptura grande com as políticas actuais (desde que não se baseasse em nacionalizações)...


Percebes que ao votares num palhaço "do contra" e se ele ganhasse uma fatia expressiva dos votos, o que é isso serviria para o país se o palhaço nunca se coligaria com mais ninguém e não havia governo possível (como o que está a acontecer em Itália)?

É isto que queres?


Não é isso que quero. Mas o problema aqui é se aquilo que queríamos (melhores políticas e uma melhoria nas espectativas) está a acontecer?

Tenho-me debatido a favor de muitas políticas que estão a acontecer... mas o crescente desemprego e a comparação com Espanha, cada vez mais me parecem que se calhar estamos a acreditar em algo que apenas vai trazer mais riqueza para alguns e que uma parte grande da sociedade vai estar desempregada...

Sinceramente, prefiro menor riqueza mas mais emprego para todos...

É certo que o emprego não acontece por imposição política... mas as políticas contribuem para a criação de emprego... e neste momento não me parece que haja alguma proximidade entre esses dois pontos....
 
Mensagens: 6450
Registado: 7/4/2007 17:13
Localização: Algarve

por STRESSZERO » 15/3/2013 16:48

Krupper Escreveu:
Stresszero Escreveu:
Krupper Escreveu:
Stresszero Escreveu:Se o Gaspar tivesse um pingo de vergonha demitia-se. Não acerta uma! Estamos no abismo por opção política. Esta gente sabe o que dizer 19% de desemprego? São uns tecnocratas arrogantes e é deprimente ouvi-los falar. Triste sina a nossa.


Estamos no abismo pelas opções políticas tomadas nos últimos 30 anos.

Acho incrível como é que as pessoas ainda não se mentalizaram que chegamos a este ponto devido aos erros cometidos nos últimos 30 anos e não devido ao que foi feito nos últimos 2...


Imagina se fizessem em 30 anos o que se fizeram nos últimos 2, se calhar tinha-mos 50% de desempregados.
O que crítico é a política de ajustamento, optou-se pelo empobrecimento e pelo desemprego como maneira de diminuir os custos de trabalho.
Quais são os planos deste governo para crescer-mos economicamente? Não sabem nada em relação a isso, só sabem queimar a economia. Nem daqui a 10 anos saimos deste buraco, com esta maneira de pensar.


que solução sugeres para resolver o problema crónico do défice nas contas públicas?
Evita por favor soluções à la Seguro, de promover o crescimento económico.. isso não é nada, precisamos de saber é medidas concretas para que o estado comece a gastar apenas o que recebe de impostos.


Eu pergunto-te: achas mesmo que esta política de austeridade cega e de terra queimada é a correta?
O que é que achas que vai acontecer quando tiver-mos 20% de desempregados?
Dá-me um número que aches bom desta austeridade, mas esquece a balança comercial porque essa sabemos qual á causa do equiliíbrio.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1228
Registado: 16/9/2011 9:25
Localização: 24

Re

por Cem pt » 15/3/2013 16:43

Trabalho no estrangeiro há mais de 1 ano e até agora o dinheiro ganho era creditado em Portugal e os impostos idem, direitinhos cada mês para o fisco português e Segurança Social.

Sempre achei eticamente que deveria contribuir com a minha quota-parte para que os meus impostos contribuíssem para que o meu País saísse desta situação de aflição o mais depressa possível.

Infelizmente isto passou das marcas, aquilo que era a ajuda de cada um passou a transformar-se no “sacar” o máximo possível que o Estado consiga de cada cidadão sem que a situação sequer tenda a melhorar, todos temos a perceção de que cada vez vai ser pior e que as Finanças vão ir atrás de tudo o que possa ser aproveitado para ir buscar mais algum.

Assim ninguém aguenta e cada um tem de tratar de si próprio, o Estado passou a comportar-se como raposa dentro da capoeira.

Pois com este “confisco” que passou a ser feito a quem trabalha fiquei farto de trabalhar para a nossa classe política estafar a massa sabe-se lá em mais o quê, o que me era descontado da folha de salários já ultrapassava no mês passado os 60%.

Assim já tratei da papelada toda dos vistos de trabalho no estrangeiro, neste processo descobri que há um mar de gente a tratar de casos semelhantes, e “adiós” em definitivo a Portugal.

A partir do mês que vem passo a receber tudo limpinho e sem qualquer desconto, por cada 2 que recebia líquido passarei a receber mais de 5. É certo que terei em compensação de passar a pagar o equivalente ao nosso IRS no país onde trabalho mas a diferença do sufoco nem se compara.

Com muita gente numa situação idêntica ao meu caso, que não conta para a taxa de desemprego em Portugal porque simplesmente foi transferida para o estrangeiro pelo facto das empresas necessitarem como pão para a boca de exportar e financiar-se lá fora, já que no nosso País está tudo parado, creio que os técnicos das Finanças vão ficar muito admirados quando no final do ano detetarem que afinal as receitas previstas de arrecadação do IRS e SS vai ser bem menor do que a que esperavam obter.

O motivo é porque nem toda a gente que estatisticamente está empregada, que descontava os seus impostos até agora no País, se encontra na realidade a trabalhar fisicamente em Portugal em empresas que aí mantêm a Sede.

Estas taxas de verdadeiro “confisco” só vão fazer com que as pessoas, que possam e consigam, fujam o mais rapidamente de Portugal para evitar serem verdadeiramente esbulhadas e empobrecidas à força.

Pelo menos nestes casos as Finanças perdem impostos mas sempre poupam nos pagamentos dos subsídios de desemprego, o que já não é mau.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
Mensagens: 3199
Registado: 4/3/2008 17:21
Localização: 16

por Krupper » 15/3/2013 16:41

Stresszero Escreveu:
Krupper Escreveu:
Stresszero Escreveu:Se o Gaspar tivesse um pingo de vergonha demitia-se. Não acerta uma! Estamos no abismo por opção política. Esta gente sabe o que dizer 19% de desemprego? São uns tecnocratas arrogantes e é deprimente ouvi-los falar. Triste sina a nossa.


Estamos no abismo pelas opções políticas tomadas nos últimos 30 anos.

Acho incrível como é que as pessoas ainda não se mentalizaram que chegamos a este ponto devido aos erros cometidos nos últimos 30 anos e não devido ao que foi feito nos últimos 2...


Imagina se fizessem em 30 anos o que se fizeram nos últimos 2, se calhar tinha-mos 50% de desempregados.
O que crítico é a política de ajustamento, optou-se pelo empobrecimento e pelo desemprego como maneira de diminuir os custos de trabalho.
Quais são os planos deste governo para crescer-mos economicamente? Não sabem nada em relação a isso, só sabem queimar a economia. Nem daqui a 10 anos saimos deste buraco, com esta maneira de pensar.


que solução sugeres para resolver o problema crónico do défice nas contas públicas?
Evita por favor soluções à la Seguro, de promover o crescimento económico.. isso não é nada, precisamos de saber é medidas concretas para que o estado comece a gastar apenas o que recebe de impostos.
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por STRESSZERO » 15/3/2013 16:40

Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1228
Registado: 16/9/2011 9:25
Localização: 24

por Krupper » 15/3/2013 16:31

crybaby Escreveu:
Krupper Escreveu:
crybaby Escreveu:Ninguém discute se é necessária austeridade ou não..

Agora há a austeridade com rumo e a austeridade à toa...

De 3 em 3 meses fazem-se alterações para pior, mas continua-se sempre no mesmo caminho... Na primeira previsão da Troika o desemprego era uns 13%, depois 14, depois 16, depois 18...

Recessão sempre revista, défice sempre revisto...

Qualquer um de nós já tinha sido despedido com tanta argolada.


Eu também não estou de acordo com austeridade à toa, mas deixa-me perguntar-te, que alternativas sugeres para o caminho que tem seguido?



Podes ir com alguém no carro para o sítio X e confiares que ele te vai levar lá, a partir do momento que já estás à 5 horas na viagem e já passaste pelo mesmo local 14 vezes, é natural que a tua confiança seja 0...

E política, tal como economia, é confiança.

Alguém investe nestas condições? Deus nos valha...


Sim, já percebemos que não confias nas medidas que estão a ser tomadas. Mas se te dessem o poder de tomar decisões para reverter a situação do défice crónico das contas públicas, que medidas tomavas?
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por Krupper » 15/3/2013 16:30

apagar
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por goodmoney » 15/3/2013 16:29

Krupper Escreveu:
crybaby Escreveu:Ninguém discute se é necessária austeridade ou não..

Agora há a austeridade com rumo e a austeridade à toa...

De 3 em 3 meses fazem-se alterações para pior, mas continua-se sempre no mesmo caminho... Na primeira previsão da Troika o desemprego era uns 13%, depois 14, depois 16, depois 18...

Recessão sempre revista, défice sempre revisto...

Qualquer um de nós já tinha sido despedido com tanta argolada.


Eu também não estou de acordo com austeridade à toa, mas deixa-me perguntar-te, que alternativas sugeres para o caminho que tem seguido?



Podes ir com alguém no carro para o sítio X e confiares que ele te vai levar lá, a partir do momento que já estás à 5 horas na viagem e já passaste pelo mesmo local 14 vezes, é natural que a tua confiança seja 0...

E política, tal como economia, é confiança.

Alguém investe nestas condições? Deus nos valha...
 
Mensagens: 581
Registado: 9/11/2012 16:27

por goodmoney » 15/3/2013 16:26

Oberon__ Escreveu:A "mania" é um conceito subjectivo que tu atribuis. Eu não vejo ninguém com mania...

Então a tua solução é pôr analfabetos a fazer as previsões? Se um médico falha em sucessivas operações, deveremos pôr um mecânico a fazer cirurgias?! Ou então devemos pô-lo em Tribunal? então e que tal investigares se houve negligência. A sério que às vezes não entendo este país. Pior não fica?!?! não tens noção... pior não fica, é uma barbaridade inconsciente de se dizer... à falta de casos reais até podia perceber, pq temos todos tts vistas curtas, e sempre nos foi díficil pensar no concebível, sem casos reais para comparar. Mas a verdade é que tens a Grécia aqui ao lado e dizes que Portugal pior não pode ficar... daqui a dois, três anos veremos onde está a Grécia e onde estará Portugal. isto se, entretanto os militares não pegarem nas armas, pq lhe estão a mexer nos salários (e menos que ao resto da f. pública)... autêntica república das bananas. Mesmo que saiamos desta, daqui a 20 anos estaremos aqui outra vez, é uma questão cultural transversal de ausência de planeamento, organização, iniciativa, cidadania, consciência política, compreensão de conceitos e alternativas.



A minha solução é se o médico falha em sucessivas operações, mudo de médico... Eu e qualquer outra pessoa...

Se ao longo de 2 anos tenho um Governo que ainda não encontrou um caminho, que toma decisões à toa consoante o que se lembra no dia anterior, que num dia não quer mais tempo, e no dia seguinte já quer, que condena as obras públicas, mas vai gastar milhões na Trafaria, entre centenas de outras argoladas, epá, é o elo mais fraco, adeus...

Até me podiam tirar metade do ordenado se eu acreditasse no caminho e houvesse luz, assim qualquer euro é mal dado...
 
Mensagens: 581
Registado: 9/11/2012 16:27

por Renegade » 15/3/2013 15:52

Marco Martins Escreveu:provavelmente votaria num "palhaço", desde que oferecesse uma mudança com pés e cabeça, mesmo que isso implicasse uma ruptura grande com as políticas actuais (desde que não se baseasse em nacionalizações)...


Percebes que ao votares num palhaço "do contra" e se ele ganhasse uma fatia expressiva dos votos, o que é isso serviria para o país se o palhaço nunca se coligaria com mais ninguém e não havia governo possível (como o que está a acontecer em Itália)?

É isto que queres?
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 685
Registado: 12/9/2011 14:15
Localização: Porto

por Lion_Heart » 15/3/2013 15:37

A questão foi é e será que Nenhuma reforma foi feita. Apenas cortes avulsos.

Sem reformas não temos resultados.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

por Marco Martins » 15/3/2013 15:36

JMHP Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Por isso mesmo, se neste momento surgir alguém com ideais anti-políticos e com uma visão diferente, mesmo que seja um "palhaço" (é o que está na moda), então terá uma grande parte dos votos!

Vamos ver quem surge... acho que terá de ser rápido, pois acredito que o contador decrescente do governo foi ligado e o verão será um momento de mudança!


Discordo em absoluto. Ninguém no seu prefeito juízo ou até mesmo descrente vai acreditar ou apoiar um lunático ou um palhaço populista.

Também verdade seja dita, não há ninguém com tomates para avançar com um movimento de mudança sem dinheiro... É que já todos perceberam embora muitos não gostem de admitir, que é esta austeridade que nos impede de sentir e viver a bancarrota em que o país está encurralado.

Sem dinheiro não há circo e até os palhaços já perceberam isso....


Será mesmo que não votarão num palhaço?
Pelo que vejo, neste momento tanto os socialistas como democratas não votariam novamente no PS ou PSD e muito menos no PCP ou BE!

Neste momento as pessoas votam no seu partido, apenas por descargo de consciencia e para que a cor política não mude apenas para isso não ser mais do mesmo.

Mas na realidade as pessoas tanto do PS como PSD estão profundamente desiludidas com os seus partidos e dirigentes e políticas.

Por isso, alguém que surja com um rompimento com muitas das políticas atuais, será um "rei" e uma nova esperança.

Normalmente sou uma pessoa que não varia muito nas opiniões (sem uma justificação válida), nem gosto de andar ao sabor do vento... contudo neste momento, apesar de aceitar que seria arriscado, provavelmente votaria num "palhaço", desde que oferecesse uma mudança com pés e cabeça, mesmo que isso implicasse uma ruptura grande com as políticas actuais (desde que não se baseasse em nacionalizações)...
 
Mensagens: 6450
Registado: 7/4/2007 17:13
Localização: Algarve

por STRESSZERO » 15/3/2013 15:34

Em que é que o aumento dos impostos foi benéfico? Este saque feito aos portugueses por acaso fez aumentar a receita fiscal? Um país de desempregados e de pessoas sem poder compra serve para quê?
Se calhar se diminuíssem os impostos e aumentassem a despesa a coisa melhorava um bocadinho. Pelos vistos esta política cega de austeridade tem seguidores, só resta saber o que vem depois, porque pelos vistos nem o Gaspar sabe. Vai mandando umas papaias com números mas não acerta uma. Agora diz que vamos crescer lá para o fim do ano, mas só não diz como. Deve estar à espera de algum milagre ou então deve ter a esperança que acertemos todos os sorteio no 1º prémio do euromilhões.
Se não fosse o Bce as taxas de juros estariam acima dos 10%, porque ninguém gosta de emprestar a falidos. Quanto a mim um perdão de dívida é cada vez mais uma grande probabilidade de vir a acontecer.
Quando se insiste sempre no mesmo erro não se chama teimosia, chama-se outra coisa mais feia.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1228
Registado: 16/9/2011 9:25
Localização: 24

por Oberon » 15/3/2013 15:04

alexandre7ias Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Ti Salvador Mano Escreveu:O falhanço de Gaspar
15/03/2013 | 09:30 | Dinheiro Vivo

Em Novembro do ano passado, no anterior exame – que palavra mais rebaixante – da troika, a recessão era grave (-1%), agora vai ser muito pior (-2,3%) e temo que não fique por aqui.

O desemprego já era mau (16,4%) agora vai ser muito, muito pior (18,2%) com um pico de 19% neste ou no próximo ano. Na verdade, ninguém ficará surpreendido se chegar aos 20% ou mais.

A previsão do défice público para este ano, feita apenas em Novembro, também já era alta (4,5%) do PIB), agora é de 5,5%. A dívida pública vai aos solavancos a caminho dos 124% do Produto Interno Bruto e está cada vez na zona de morte, em que deixará de ser um problema de juros (custos) e de gestão de caixa para um problema de solvabilidade. Agora, sim, a bancarrota está à vista.

O consumo privado vai desaparecer ainda mais, o investimento afunda-se também, as exportações baixam parta um crescimento de 0,8%, apenas o consumo público sobe um ponto percentual, o que é uma má notícia – ou pelo menos traduz a impossibilidade técnica de o baixar mais.

Tudo somado, Vítor Gaspar bateu na parede e levou o país com ele.Com este nível de impostos directos e indirectos o défice ficará, ainda assim, nos 5,5% do PIB. A uber austeridade falhou, por mais conceitos de défice público Gaspar traga para a discussão para tentar, em vão, esconder os disparates políticos, os erros económicos, a má gestão financeira da crise.

Gaspar falhou, falhou e falhou. Até na negociata da ANA, que todos disseram ser um abuso e uma golpada, Gaspar falhou. Não tem credibilidade. Só lhe sobra a auteridade -- a que lhe dá Passos Coelho, não outra.

Estamos em pleno voo picado e o ministro das Finanças insiste no rumo, carrega no acelerador, insiste numa política sem moderação, sem equilíbrio, sem sequer bom senso e inteligência. Gaspar é um radical, o mais radical ministro que Portugal teve nos úiltimos anos e que conduzirá a uma reação instintiva das pessoas, uma reação primária que as levará a recusar -- ou pelo menos a atacar -- as economuias liberais, a concorrência, o capitalismo, até a democracia.

O problema não é só económico e financeiro e social, embora todos esses sejam de um nível inaudito. O problema é político: o radical Gaspar abre espaço para respostas radicais. E eu não quero viver em nenhum desses países sitíados, cegos e preconceituosos.

Havia alternativa? Claro. Talvez ainda haja.


Bom resumo..

Os factos falam por si..

A destruição da economia implica menor possibilidade de pagar o que devemos- afinal quem anda a defender os credores??
.

Hoje nem vou partilhar notificas aqui no fórum para não fragilizar os analistas e especialistas.

Cada vez mais tenho a convicção que quem manda é só teoria.

Vai ser uma delícia ouvir e ler esses especialistas e defensores deste caminho!


Acho uma graça... enfim... sempre foi a teoria que nos guiou, mesmo em tempos de prosperidade. A economia é uma ciência social, consegues entender todo o alcance desse facto? Ao contrário da Fisica ou da Quimica, tem por base modelos assentes em comportamentos das pessoas... há quem diga que não constituem acontecimentos certos (são correntes, perdoem-lhes que não sabem o que dizem). E mesmo a Fisica e a Quimica vão errando nas suas teorias e ajustando a ciência a novas descobertas ou novos acontecimentos, descobertas. O Problema é que eles enganarem-se no reconhecimento do bosão de higgs não aumenta o desemprego. Para os mais desatentos, não estou a desculpar ninguém, mas causa-me um espanto incrível desacreditarem uma ciência que tt coisa boa já nos deu por um período de instabilidade como o que passamos. Por mim, substituíamos os economistas todos por analfabetos, mas já que estamos nisso, substituímos tb os médicos por mecânicos e os engenheiros de pontes por almeidas (têm caído umas pontes). Isso sim iria resolver os nossos problemas. è tão fácil falar e criticar, mas soluções ninguém as tem. Ou então são como o outro que diz que a solução para Portugal passa por baixar os impostos e aumentar a despesa... este país é fantástico
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 238
Registado: 14/4/2011 15:12
Localização: 16

AnteriorPróximo

Quem está ligado: